14 DE DEZEMBRO DE 2022

149ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: JANAINA PASCHOAL, GIL DINIZ, PAULO LULA FIORILO e CARLÃO PIGNATARI

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

6 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Comenta o pronunciamento da deputada Janaina Paschoal.

 

8 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência.

 

10 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

12 - CONTE LOPES

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

13 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

14 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

15 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Elogia a atuação do deputado Conte Lopes acerca das manifestações em decorrência do pleito eleitoral.

 

16 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

17 - ALEX DE MADUREIRA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

18 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Tece comentários sobre o pronunciamento do deputado Alex de Madureira.

 

19 - FREDERICO D'AVILA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

20 - ADRIANA BORGO

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

 

21 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Cumprimenta a deputada Adriana Borgo pelo pronunciamento.

 

22 - ADRIANA BORGO

Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.

 

23 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h53min.

 

24 - PAULO LULA FIORILO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h42min. Suspende a sessão, por cinco minutos, por conveniência da Ordem às 16h42min.

 

25 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Reabre a sessão às 16h50min.

 

26 - MILTON LEITE FILHO

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

27 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

ORDEM DO DIA

28 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

29 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados os requerimentos de urgência aos PLs 992/15, 693/21, 98/22, 104/21, 171/22, 847/17, 82/21, 453/22, 485/21, 998/19, 108/22, 1214/19, 412/20, 191/22, 48/21, 73/22, 352/21, 228/22, 801/21, 874/19, 1177/19, 511/20, 416/20, 441/16, 198/17, 225/20, 370/21, 161/22, 75/22, 538/19, 641/20, 366/22, 619/21, 520/21, 979/17, 522/22, 665/20, 457/21, 223/17, 1076/19, 517/21, 355/22, 645/21, 186/21, 683/21, 85/20, 736/19, 596/22, 194/22, 545/22, 1031/19, 82/22, 1242/19, 964/19, 357/22, 448/21, 2/22, 527/21, 231/22, 411/21, 370/20, 726/21, 450/20, 17/22, 859/21, 533/22, 382/22, 890/19, 145/22, 364/19, 573/22, 418/21, 1204/19, 137/20, 363/20 e 733/21; ao PR 9/21; e aos PLCs 40/21, 42/19, 52/19, 81/19, 30/20 e 35/21. Convoca reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Finanças, Orçamento e Planejamento, para amanhã, às 10 horas; e reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Finanças, Orçamento e Planejamento, Saúde, Educação e Cultura, Assuntos Metropolitanos e Municipais, Transportes e Comunicações, Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, Administração Pública e Relações do Trabalho, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Atividades Econômicas, Defesa do Direito da Pessoa Humana, Defesa dos Direitos do Consumidor e Defesa e dos Direitos das Mulheres, para amanhã, às 10 horas.

 

30 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

31 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 17 horas e 17 minutos. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina Paschoal.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Imediatamente, dou por aberto o Pequeno Expediente, chamando à tribuna o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.)

Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia.

Nós temos vários setores da sociedade, várias entidades se manifestando contra o Projeto de lei nº 752, de 2021, que aumenta as taxas do Judiciário. Eu quero destacar uma nota muito importante, que nós recebemos do Instituto dos Advogados do Interior Paulista, que enviou para a Assembleia Legislativa uma nota muito importante, que eu queria dar visibilidade a ela.

Primeiro, porque nós temos uma entidade defendendo os advogados do interior paulista. É uma entidade nova, começou em 2016, e tem feito um trabalho muito importante aqui no estado de São Paulo.

Inclusive, participa ativamente na defesa dos direitos e da dignidade dos advogados, contribuintes da carteira previdenciária do Ipesp, aqueles que foram golpeados por um projeto aprovado, inclusive, na Assembleia Legislativa, do ex-governador Serra, que colocou uma carteira previdenciária inteira em processo de extinção, prejudicando 40 mil advogados e advogadas.

E o Instituto dos Advogados do Interior Paulista tem dado uma contribuição nessa luta. Mas agora dando uma outra contribuição, que é contra esse PL que nós estamos aqui debatendo. Nós somos contrários, logicamente, a esse projeto, por vários motivos. Primeiro que ele agredia e violava os rendimentos dos oficiais de Justiça, mas sobretudo, também, porque ele onera a população.

Então, tem aqui o Instituto dos Advogados - queria mostrar aqui a nota sobre o PL 752, que nós recebemos. Por favor, TV Alesp, aqui no telão, para que a população conheça esse instituto. E eu quero ler aqui pelo menos um trecho dessa nota, que é muito relevante e também representa, exatamente, não só a minha posição, mas a de vários deputados e deputadas, que já estão se manifestando contra esse PL 752.

Vou ler aqui um parágrafo apenas, que é muito representativo, das consequências nefastas da aprovação desse projeto para amplos setores sociais. E eu ressalto que o Instituto dos Advogados do Interior Paulista, além de defender, logicamente, os advogados e advogadas, está preocupado também, sobretudo, com a população. E isso é resumido aqui neste parágrafo da nota:

“Há uma preocupação maior, que transcende os interesses da categoria dos advogados e advogadas, consistente na limitação do acesso à Justiça pela população situada e intitulada como classe média, baixa ou classe C, além de micro e pequenas empresas, que não se beneficiam da gratuidade da Justiça.

E, ao mesmo tempo, têm seus rendimentos comprometidos pelo aumento da carga tributária, haja vista que os parâmetros para a concessão da isenção de custas não estão sendo revisados na mesma proporção das taxas, o que gera imediata consequência de penalizar excessivamente os que estão fora da faixa praticada”.

Então, é por esses motivos que o Instituto dos Advogados do Interior de São Paulo está se manifestando contrariamente ao PL 752 e pedindo a todos os deputados e deputadas para que votem contrariamente ou façam gestões para que o projeto nem seja votado, que é também a nossa posição e a de outros setores da sociedade.

Lembrando que - quero fazer coro aqui com o instituto - nós vamos aprovar um Orçamento, o maior Orçamento da história do estado de São Paulo, de 317 bilhões de reais.

E com isso aumentou também o orçamento do Tribunal de Justiça, que vai ser de 15 bilhões e 531 milhões de reais. Então, é um orçamento que nós elevamos de 13 bilhões e 525 milhões, que é o Orçamento deste ano, para 15 bilhões; ou seja, dois bilhões a mais, já, para o ano que vem.

Então, nós entendemos que não há necessidade do aumento de taxas, que vai penalizar a população do estado de São Paulo, que já está vivendo numa profunda crise econômica e que não terá condições de arcar com essas taxas. Então, fica aqui o nosso posicionamento também.

E nós queremos parabenizar o Instituto dos Advogados do Interior Paulista por mais essa manifestação. Além de estarem ajudando os advogados contribuintes da carteira do Ipesp, estão agora fazendo essa luta, também, em defesa dos advogados, mas em defesa de toda a sociedade.

E eu gostaria, Sra. Presidente, que a cópia dessa nota sobre o PL 752 fosse publicada no Diário Oficial.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Solicito à assessoria que proceda à publicação da nota conforme solicitado pelo parlamentar, da tribuna.

Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos em Pequeno Expediente. Janaina Paschoal, inscrita. Não farei uso da palavra, sigo na Presidência. Chamo à tribuna o nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.)

Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)

Encerrada a lista principal de oradores inscritos, abro a Lista Suplementar de deputados inscritos no Pequeno Expediente chamando à tribuna o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.)

E novamente deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, de volta à tribuna no dia de hoje, eu queria dizer que nós temos que hoje, sem falta, aprovar, em caráter de extrema urgência, o projeto de lei que prorroga os contratos dos professores categoria “O” de 2018 e 2019, que vencem agora no final do mês.

Eu tenho feito esse apelo já em vários momentos aqui, em várias ocasiões - na tribuna, na reunião de líderes -, para que nós possamos resolver essa grave situação, porque senão mais de 40 mil professores serão demitidos, perderão os seus empregos. Pior ainda: nós teremos um grande colapso, uma grande crise, um grande apagão na Rede Estadual de Ensino também em relação à oferta das aulas, em 2023. Seria uma tragédia.

A Assembleia Legislativa tem que resolver essa situação. As condições já estão dadas, já que o governo praticamente lavou as mãos, dizendo que não teria condições de apresentar um projeto como tinha se comprometido anteriormente. Então a saída emergencial seria esta Assembleia aprovar o projeto na data de hoje, exatamente no dia 14 de dezembro, e o governador tem que sancionar também, em caráter de urgência, o projeto.

Eu até solicito que, assim que o projeto for aprovado hoje, na sessão extraordinária a partir das 16 horas e 30 minutos, o autógrafo seja feito hoje à noite e encaminhado já ao governador, para que amanhã ele sancione, porque nós já tivemos experiências nesse sentido aqui na Assembleia Legislativa.

Nós aprovamos um projeto num dia e no outro ele já estava sancionado. Então que haja essa rapidez, essa agilidade também com um projeto extremamente importante para o Magistério Paulista e para a Educação do estado de São Paulo.

Lembrando que nós temos que resolver essa situação imediatamente, mas nós temos que acabar, definitivamente, com as interrupções dos contratos dos professores categoria “O” e também dos agentes de organização escolar que são contratados pela Lei 1.093.

Nós temos que acabar com essa famigerada quarentena ou “duzentena” e garantir todos os direitos aos professores categoria “O” que são garantidos aos professores contratados pela atual legislação. É um absurdo essa diferenciação.

Eu apresentei um projeto de lei, que é o PLC nº 24, de 2015, que já foi aprovado com pareceres favoráveis em todas as comissões. Ele já tem, inclusive, regime de urgência aprovado, está pronto para ser votado.

Eu fiz vários pedidos, várias gestões para que ele fosse aprovado já, agora, mas o governo não autoriza, não deixa a base aprovar esse projeto neste momento, porque ele resolveria definitivamente.

O projeto que nós vamos aprovar hoje é importante, ele resolve por um ano a questão, mas o projeto PLC 24 vai além. Ele acaba com as interrupções, para que nós não passemos por um processo desgastante como este nos próximos anos.

Então nós vamos continuar a luta para que o PLC 24 seja aprovado imediatamente após a aprovação do projeto de hoje, para resolver essa questão e garantir que nenhum professor categoria “O” tenha mais os seus contratos interrompidos, para que nós possamos voltar ao que era a Lei 500, que funcionava de uma outra maneira.

O professor só perdia aula quando chegava um professor efetivo. Daí sim, por lei. Mas essa Lei nº 1.093, do PSDB, do governo Serra, foi um verdadeiro desastre, está sendo um desastre para o Magistério estadual.

Por fim, eu gostaria, Sra. Presidente, de dizer que hoje nós estivemos com as representantes do Conselho Regional de Odontologia aqui na Assembleia Legislativa, fazendo um apelo no Colégio de Líderes, para que nós possamos votar a derrubada do veto do PLC nº 34, de 2018, aquele projeto que nós aprovamos, projeto do Executivo, que o próprio governo encaminhou à Assembleia Legislativa, projeto importante, que foi encaminhado graças à mobilização dos cirurgiões-dentistas do estado de São Paulo, que fizeram uma ampla mobilização.

O governo atendeu à reivindicação, encaminhou um projeto, em 2018, nós aprovamos o projeto na Assembleia Legislativa, mas o projeto foi vetado pelo governo, pelo próprio Executivo. Encaminha um projeto, a Assembleia vota e o Executivo veta. É um absurdo isso.

É um projeto que, em síntese, ele coloca, ele integra os cirurgiões-dentistas do estado de São Paulo, do SUS, do Sistema Único de Saúde, da Secretaria da Saúde, que estão trabalhando nos vários órgãos de Saúde, hospitais, enfim, do nosso Estado, na carreira médica. Uma reivindicação básica, justa, mas o governo vetou.

Então, a Assembleia Legislativa tem que derrubar esse veto em caráter de extrema urgência. Nós estamos dispostos a votar esse projeto. As representantes do Conselho fizeram um apelo. Senti que a Assembleia tem essa disposição, bastando o presidente da Assembleia Legislativa pautar o PLC nº 34, de 2018.

Muito obrigado.  

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, de forma suplementar, chamando à tribuna o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.

Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, deputada Janaina Paschoal. Boa tarde a todos os assessores, os policiais militares e civis, público que nos assiste pela TV Alesp. Presidente, ontem nós estávamos aqui no plenário e tivemos uma discussão saudável com o deputado Carlos Giannazi, que colocou aqui a sua manifestação veemente, contra as manifestações em frente os quartéis.

Principalmente, ele citou uma escola estadual, a Escola Estadual João Guidotti, em Piracicaba, cidade de Piracicaba, e algumas pessoas da cidade entraram em contato comigo, no WhatsApp, e-mail, telefone do gabinete, indignadas com a manifestação do deputado Carlos Giannazi aqui desta tribuna.

Primeiro, pelas palavras com que ele se dirigiu ali às pessoas, aos manifestantes, os rótulos que ele colocou, mas, principalmente, pela acusação de agressão desses manifestantes à comunidade escolar da Escola Estadual João Guidotti.

Essas pessoas me pediram, presidente, para subir aqui a esta tribuna e solicitar ao deputado as cópias dos boletins de ocorrência das ameaças, alguma imagem, porventura, que professores, coordenadores pedagógicos, diretores, alunos, tenham feito, dessas ameaças feitas, segundo o deputado Carlos Giannazi, sobre esses manifestantes.  

Obviamente, repudiaram a forma como eles são descritos pelos parlamentares, e me mandaram aqui tanto o vídeo do deputado, como a postagem da deputada Bebel. A deputada Bebel publicou na sua rede social ontem, às 16 e 34: “Solidariedade à comunidade da Escola Estadual João Guidotti.

Todos sabem dos transtornos e violências praticados por grupos bolsonaristas desde 30 de outubro em todo o País. Ontem, em Brasília, a violência explodiu, com carros incendiados e ameaças às pessoas.

Em Piracicaba um grupo se concentra em frente ao tiro de guerra, está transtornando a vida de professores, estudantes e funcionários da Escola Estadual João Guidotti, localizada nas proximidades. À noite sofrem ameaças e não podem circular em uma das ruas. Em defesa dessa comunidade, protocolei requerimento de informação à Seduc e tomarei outras providências pertinentes.”.

Aí, eu que sou curioso, fui aos comentários. Tem vários, dezenas de comentários na publicação da deputada Bebel e mais de uma centena de comentários na publicação do deputado Carlos Giannazi. Noventa por cento são das pessoas que, ou estão na manifestação, ou moram na rua e desmentem as acusações dos parlamentares.

Estou abrindo aqui a rede social deles e vou pegar comentários aleatórios. Você que está em casa pode conferir também. Nazaré Franco, no comentário da publicação da Bebel: “Essa informação de perturbação da paz não procede, manifestação pacífica.”.

Claudete de Paula Oliveira: “Sou professora, tenho ficado no tiro de guerra, não presenciei nenhum ato de desrespeito, 30 anos na sala de aula, sei o que é desrespeito a uma autoridade vindo de todas as posições”.

Juliana Franco Camilo: “Lamentável ler esse post, ainda mais vindo de uma deputada que, supostamente, deveria representar o povo, nenhum dia houve qualquer ato de vandalismo, agressão e afins, pelo contrário. Muito respeito, solidariedade e companheirismo.”.

Isso está na rede social da deputada. Os munícipes ali de Piracicaba respondendo. No YouTube do deputado Carlos Giannazi, os comentários, mais de 150 comentários, começa aqui, a Larissa Lopes Camargo: “Realmente, pessoas democráticas, honestas, religiosas e felizes incomodam pessoas erradas só por estarem ali, unidas e orando.”.

“Os golpistas”, o Jorge Oliveira escreveu, “estão, de fato, agredindo os estudantes e transeuntes que por ali passam com o hino nacional, o hino da bandeira e a oração do Pai Nosso enquanto alunos e professores que se sentem agredidos, em ato de puro vandalismo, jogam tinta, esmalte sintético nos veículos dos manifestantes, viram os banheiros químicos de cabeça para baixo, entre outros atos de vandalismo, simplesmente por se sentirem coagidos e agredidos pelo hino nacional e orações.”.

Então, presidente, eu manifesto aqui, desta tribuna, a indignação desses manifestantes que estão em frente ao tiro de guerra há mais de 30 dias, mais de 40 dias, que não aceitam as alcunhas, as ofensas, mas, principalmente, as acusações de crimes feitas desta tribuna, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, feitas por esses deputados.

E não tem uma única resposta, nem da assessoria de comunicação desses deputados, a essas pessoas, mas me incumbiram aqui de vir a esta tribuna tentar o mínimo esclarecimento ao povo de São Paulo, ao povo brasileiro, mas solicitar, principalmente, presidente, solicitar as cópias dos boletins de ocorrência que professores, coordenadores, alunos ou quem foi ou se sentiu ofendido nessas manifestações fez contra essas pessoas.

Disseram aqui que provavelmente eu não encontrarei um único boletim sequer, porque as agressões não partem desses manifestantes. Então, deixo aqui registrado da tribuna o meu apoio ao povo de Piracicaba, o meu apoio ao povo brasileiro, povo de bem, povo trabalhador, povo honesto que, neste momento, está sendo acusado de todo tipo de crime por parte de autoridades aqui do estado de São Paulo e de toda a República.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu agradeço, Sr. Deputado, e rogo a V. Exa. que assuma a Presidência para eu poder falar. É possível?

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Estou subindo, Sra. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Assumindo os trabalhos aqui no Pequeno Expediente, já convido a fazer uso da tribuna a nobre deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos no Pequeno Expediente.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, presidente. Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa., colegas deputados, senhores funcionários.

Hoje pela manhã tivemos um longo Colégio de Líderes para deliberar a pauta desta semana e parte da pauta da semana que vem. Se tudo der certo, para além do Orçamento e de alguns projetos do governo que estão pendentes e os projetos de autoria coletiva, como o da categoria “O”, que é um consenso na Casa, votaremos também, pela lista que tenho aqui em mãos, 108 projetos de autoria de deputados.

Cada deputado elegeu um projeto prioritário, mas existem alguns que têm coautores. Então, se tudo der certo, votaremos esses mais de 100 projetos. Não é fácil construir esse consenso, porque, por óbvio, há projetos aqui que desagradam alguns colegas e outros que desagradam outros colegas.

Eu mesma, por convicção, obstruiria uma série de projetos desta lista, mas existem outros que são importantes, então eu elegi, por exemplo, como minha prioridade, o projeto que garante, na assistência básica de Saúde, no sistema básico de Saúde, pediatras para atenderem nossas crianças, pediatras nas equipes de médicos da família, pediatras nos programas de médicos na escola. Esse eu elegi como minha prioridade.

Existem projetos pinçados como prioridades por outros colegas que tenho a honra de funcionar como autora ou coautora, como o projeto do colega Chedid, que garante fisioterapeutas na UTIs adultas e pediátricas por 24 horas, e o projeto que foi eleito como prioridade do deputado Douglas, mas é um projeto de autoria de vários colegas aqui na Casa, inclusive o presidente, que proíbe a exigência de comprovantes de vacinação para trabalhar, estudar e ter acesso à Saúde.

Inclusive, em torno desse projeto, houve um certo conflito no Colégio de Líderes. Eu fui muito clara e reitero aqui publicamente que, se houver obstrução a esse projeto, nenhum projeto passa, porque esse projeto, hoje, ao meu sentir, é o projeto prioritário para o estado de São Paulo e para o país, porque os maiores arbítrios estão sendo cometidos em nome da ciência, em nome da Saúde, em nome da vida.

Existem funcionários públicos impedidos de trabalhar, funcionários presentes, funcionários competentes, funcionários dedicados impedidos de trabalhar única e exclusivamente por não quererem tomar uma das doses da vacina.

Existem estudantes de universidades, em especial públicas - porque as privadas, até onde eu sei, não estão fazendo isso -, impedidos de estudarem, de participarem de aulas, de fazerem suas provas, de fazerem suas matrículas e rematrículas, por não desejarem tomar uma das doses da vacina. Há denúncias de notas apagadas, frequências apagadas, por não apresentação de comprovante de vacinação em todas as universidades públicas estaduais e federais.

É preciso dizer que, apesar de o presidente da República dizer que abraça essa causa, o problema acontece também nas federais. Agora, nossa competência aqui é estadual, então, o que estou fazendo hoje, além de brigar para que esse projeto seja pautado e aprovado aqui no plenário sob pena de obstruir os demais. Estou encaminhando ofício para os Magníficos Reitores das universidades públicas solicitando os números. Por que eu estou fazendo isso, presidente?

Porque eu recebo muitos emails, telefonemas no gabinete, mensagens no WhatsApp pessoal meu e no que eu utilizo como lista de transmissão, de alunos, funcionários, até docentes, protestando diante dessa política de imposição de vacinação, mas em regra essas pessoas pedem para não terem seus nomes divulgados.

Então eu não tenho os números. Entrei em contato com alguns órgãos e as pessoas têm muito medo. Então eu estou solicitando os números dos alunos que foram desligados, dos alunos que não puderam se matricular, dos alunos que tiveram notas e frequências apagadas, os professores e funcionários que estão com seus salários suspensos.

 Eu estou solicitando esses dados, porque incrivelmente quando eu converso com as autoridades sobre esse tema - hoje mesmo no Colégio de Líderes; não sei se V. Exa. ouviu - alguns colegas dizem e algumas autoridades dizem que esse tema perdeu o objeto, porque ninguém mais está sendo punido ou impedido de exercer qualquer direito por exigência da vacinação.

Então eu ainda passo por mentirosa, presidente, porque as pessoas fazem as denúncias, trazem suas queixas e quando eu levo essas queixas adiante o que eu ouço é: “Não, isso não está acontecendo”. Então eu preciso dos dados; estou oficiando os Magníficos Srs. Reitores.

A depender da resposta, vou fazer requerimento de informações para a secretaria correspondente, muito embora haja uma autonomia universitária. E quero aqui também externar a minha indignação, o meu protesto frente ao Ministério Público, porque eu tenho recebido queixas e pedidos de ajuda de mães, presidente, que estão sendo ameaçadas de perder a guarda dos seus filhos.

Hoje mesmo, na lista de transmissão do WhatsApp do gabinete, uma senhora disse que está sob o risco de perder a guarda de seis filhos que ela entendeu por não vacinar. E eu quero deixar claro, presidente: não é a vacina do sarampo; não é a vacina da pólio; não é a vacina da meningite; é a vacina da Covid, que é uma doença que recai sobre crianças?

Também, mas não com a gravidade que acomete as pessoas que têm comorbidades ou na fase adulta, vamos dizer assim, na fase da melhor idade. Não é o mesmo impacto. Então eu quero aqui reiterar a importância desta pauta, reiterar que eu entendo, hoje, que é a principal pauta em termos de liberdade no estado de São Paulo.

Reiterar a minha cobrança respeitosa ao governador eleito para que cumpra a palavra dada durante a campanha não para deixar de fornecer vacina, deixar de recomendar, de fazer campanha de esclarecimento, mas para impedir o arbítrio da imposição de vacinação forçada, porque isso contraria a Constituição Federal.

Não tem legislação que dê respaldo a isso e isso contraria os princípios da Bioética. Então deixo aqui essa posição, trago a público a discussão respeitosa que houve no Colégio de Líderes, porque se obstruírem esse projeto, eu vou obstruir os demais. E eu peço também que inclusive se o presidente puder - vou falar sobre isso com ele, teremos um novo Colégio amanhã - para que esse projeto seja pautado na frente.

Porque será muito grave se nós aprovarmos os demais - e eu tenho objeção a vários - e quando chegar nesse, que é a pauta principal, houver algum tipo de impedimento para que ele possa tramitar. Acho que outros colegas farão uso da palavra; vou me inscrever novamente.

Obrigada, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputada Janaina Paschoal. Assino embaixo de vossas palavras. Sou coautor do projeto; tenho um projeto também nessa temática.

Não sou líder da minha bancada, respeito a posição do meu líder, mas há vários projetos ali nessa lista, que V. Exa. disse, mais de cem projetos que por convicção, por bandeira de mandato, eu obstruiria de todas as maneiras possíveis, a começar nos requerimentos de urgência. Mas entendo a posição da liderança, a tentativa de acordo no Colégio de Líderes.

Sabemos que esta Casa funciona em torno das lideranças, mas se projetos como esse de V. Exa., do qual sou coautor, forem obstruídos ou ficarem para a lista final, deixar para ser o último votado depois de todos esses projetos a que somos contrários, aí não tem como ter um acordo.

Então eu respeito a posição do meu líder, porém o tempo de discussão, e olha, discutir 108 projetos, 15 minutos cada um, fazendo verificação de presença ou então fazendo aqui as manobras regimentais que nos são permitidas, olha, acho que passa o Natal e o Ano Novo aqui tentando aprovar projetos de deputados, e eu acredito que a gente não vai conseguir fazer isso.

Então faço o apelo também para que esses projetos, eu mesmo, o meu projeto, eu falei para V. Exa., foi sem sal, mamão com açúcar. Eu tentei não colocar projetos ali. Até me arrependi, porque eu vi que há projetos ali extremamente não digo duvidosos, mas que são temas bandeiras de mandatos, e eu achei que havia um acordo para não serem colocados, e evitei o meu. Mas os líderes deliberam aqui.

Então corroboro com V. Exa. e V. Exa. tem o meu apoio. Convido aqui a assumir os trabalhos, se V. Exa. puder, aqui. O nobre deputado Danilo Balas vai fazer uso da palavra neste momento, e acho que o nobre deputado Carlos Giannazi posteriormente, no tempo do Pequeno Expediente.

Tem a palavra o nobre deputado Danilo Balas.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, servidores desta Casa, todos os que nos acompanham pela TV Assembleia, como deputado reeleito desta Casa de Leis e também integrando a Segurança Pública há 29 anos, 12 na Polícia Militar e 17 na Polícia Federal, é uma honra participar da equipe de transição do nosso governador Tarcísio de Freitas e do futuro secretário de Segurança, capitão Derrite, integrando a equipe de transição da Segurança.

Colocamos o nosso conhecimento, os nossos objetivos, as indicações, as sugestões, para que a Segurança Pública transcorra da melhor forma possível, e eu sei que isso acontecerá no estado de São Paulo, e Tarcísio de Freitas seja o melhor governador da história de nosso Estado.

O primeiro item que foi unânime ali a todos da transição é a questão do salário, a recomposição salarial das forças de Segurança Pública que compõem a Secretaria: Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Técnico-Científica e a Polícia Penal.

É importantíssima a valorização do profissional e de imediato todos ali sugeriram a indicação de um aumento para os integrantes da Segurança Pública. Conte Lopes estava lá também, nosso comandante aqui também reforçou essa importância da recomposição do salário dos policiais.

A Polícia Militar também foi promessa de campanha, e reforçamos ali na transição a necessidade do apoio jurídico e o apoio à saúde dos policiais, que infelizmente não têm, nem para eles, nem para os familiares.

Houve também sugestões de integrações com as guardas civis municipais. O estado de São Paulo possui 202 municípios com guardas municipais. Muitas vezes o efetivo da guarda de um município é maior do que o efetivo da Polícia Civil e da Polícia Militar juntos.

Então a integração dos órgãos de segurança. A Secretaria de Administração Penitenciária, importância após a aprovação da PEC nº 4, a nossa sugestão, o mais rápido possível, da lei orgânica da Polícia Penal e também uma melhor adequação na questão das transferências dos policiais penais entre as várias coordenadorias aqui da capital, grande São Paulo, e do interior.

A Polícia Técnico-Científica: nós deputados do interior sabemos que muitos IMLs e ICs estão caindo aos pedaços. O de santos, por exemplo, o IML está fechado; as vítimas de violência precisam se deslocar até a Praia Grande. O IML de Sorocaba, que fiz fiscalizações, ainda está em local inadequado.

Então, a Polícia Técnico-Científica, que também carece de efetivo como as outras polícias, também foi objeto de sugestões, em razão da nossa caminhada por todo estado de São Paulo.

A Polícia Civil: não dá para encarar uma polícia envelhecida, abandonada e que tem 14 cargos, são muito cargos. Há a necessidade de uma reestruturação para a valorização dos seus integrantes da Polícia Civil.

Presidente, na Polícia Federal por exemplo são seis cargos: o agente federal, o escrivão, o delegado, o papiloscopista, o perito e o servidor de apoio administrativo. Para que 14 cargos na Polícia Civil? Também, critérios objetivos na Polícia Civil na questão das promoções.

Passamos ao secretário de Segurança Pública que não dá para promover por caráter subjetivo. Precisamos também, que aqueles policiais subam na carreira por critérios objetivos, como acontece na Polícia Federal, subindo de terceira, para segunda, primeira e classe especial.

E finalizando, mais uma vez voltando ao item um da pauta, que foi unânime na transição com integrantes da Segurança Pública, com deputados estaduais aqui desta Casa, que os policias de São Paulo precisam de aumento de salário.

E encerro aqui o meu discurso dizendo que nós aqui da Assembleia Legislativa vamos apoiar para que nós, a Secretaria de Segurança Pública e o governador Tarcísio de Freitas vençamos o crime organizado, que está instalado no estado de São Paulo por culpa de abandono de governos anteriores.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.

 

* * *

 

 A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos de forma suplementar no Pequeno Expediente, chamo à tribuna o nobre deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, volto à essa tribuna para novamente responder o nobre deputado Carlos Giannazi do PSOL, que ontem se referia às pessoas que estão nas portas dos quartéis como antidemocráticas.

Eu não sei... não são antidemocráticos. Foi determinado que poderia haver uma fraude nas eleições e que o PL, o meu partido, através de uma assessoria formada por engenheiros do ITA cobraram do Tribunal Superior Eleitoral o código fonte das urnas, acreditando que o Bolsonaro ganhou a eleição.

É isso que está acontecendo. Porque se falasse: “Não, acabou a eleição. O Lula ganhou mesmo, como ganhou outras vezes. Foi todo mundo dormir. O Lula ganhou uma, ganhou duas, a Dilma ganhou uma, ganhou duas, foi todo mundo dormir, só que criaram essa imagem que pode ter ocorrido fraude nas urnas. É por isso que o povo está nas ruas.

Se o Tribunal Superior Eleitoral apresenta esse código fonte aí agora, acabou, vai todo mundo dormir, só daqui quatro anos. Então, esse pessoal está sendo induzido, Sra. Presidente, Janaina Paschoal.

Agora, é errado, é certo? Existe alguma coisa? Também não sei, honestamente também não sei. Que eu acho que o Bolsonaro possa ter ganhado, eu também acho. E aí? Não é que eu provo; também acho, estou torcendo. O que eu acho é que eu estou torcendo, vamos dizer assim.

Então, deputado Carlos Giannazi, quando ele vem aqui e critica, chamam de antipatriotas, as pessoas estão sendo conduzidas. Estão torcendo para quem elas votaram. Só isso que está acontecendo. Agora, o que aconteceu em Brasília, nobre deputado Carlos Giannazi? Eu sou policial há mais de 50 anos. Olha os meus cabelos brancos aqui.

Os caras vão atacar a Polícia Federal, que é uma das polícias mais conceituadas do Brasil, tipo da Rota aqui em São Paulo, teriam coragem de fazer isso? Agora eu pergunto: não prenderam ninguém por quê?

Não deram tiro em ninguém por quê? Porque obviamente, quando eu era soldado, cabo que fui, fui tenente, aspirante: se alguém vai atacar minha unidade jogando bomba, fogo, vou meter bala no cara em legítima defesa. Ninguém deu tiro em ninguém, não prenderam um.

Puseram fogo nos ônibus, nem o Corpo de Bombeiros chamaram. Que que é isso aí? Dá para entender um troço desse? Só ouvindo lá o Flávio Dino dando entrevista. Só estou dizendo por que não prenderam?

Tem que prender os caras. Se é bolsonarista, se não é, o cara tem que ser preso, tem que ser baleado, tem que ir para cadeia, para o cemitério, sei lá o quê. Agora, ninguém prendeu ninguém, não prenderam um.

Então é isso que a gente fala. Esse pessoal está sendo induzido, está sendo induzido. É o fim do mundo. Até fico meio triste por estar falando aqui, porque hoje eu acompanhava as eleições, a televisão, um projeto de lei que vai tornar o Mercadante presidente do BNDS foi aprovado na calada da noite. Deputados do meu partido, o PL, votaram contra, e alguns votaram a favor, deputado Carlos Giannazi.

Um seria o filho do presidente, não acredito, mas votou, Eduardo Bolsonaro. Até vou falar com o Gil Diniz por que ele votou isso aí. A Carla Zambelli, da mesma forma, votou a favor do Mercadante. Não dá para entender.

O povão está na rua, tomando sol, tomando chuva, chovendo canivete em cima dos caras. E os mais votados de São Paulo do partido nosso estariam apoiando o PT? Por que eu estou falando isso? Porque o pessoal liga para a gente: “Ô, Conte, o que está acontecendo?” Eu também não sei, também não sei, nem sei por que o pessoal está na porta do quartel também, também não sei.

Eu também estou aguardando, aguardando o quê? A nossa assessoria jurídica que falou que tem fajutice no código fonte lá. E se fala isso a gente pode até entrar em cana, por isso que está todo mundo aí na rua. Até o índio entrou em cana, e o índio é inimputável na verdade, deputado Carlos Giannazi, não pode prender índio. Quando eu fiz Direito pelo menos não podia prender; agora estão prendendo índio à vontade. Não prenderam nenhum que pôs fogo, que atacou a Polícia Federal. Nenhum... mas o índio entrou em cana.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para uma rápida comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - É muito rápido, até porque fui citado várias vezes pelo deputado Conte Lopes em relação a esse tema.

Primeiro, deputado Conte Lopes, olha, o presidente Lula já foi diplomado, não há mais nenhum tipo de contestação. As Forças Armadas fizeram análise do processo eleitoral e não detectou nenhuma falha.

Não existe nenhum fato concreto que desabone as urnas eletrônicas no Brasil. Ao contrário; até os organismos internacionais assinam embaixo da veracidade das urnas eletrônicas do Brasil e do processo eleitoral.

Então, na verdade, esses grupos que estão se manifestando são grupos antidemocráticos, golpistas, que defendem golpe militar, intervenção militar. Isso é crime. Vossa Excelência é um legislador, conhece a Constituição Federal. Atentar contra a Constituição, contra a ordem democrática, contra o Estado Democrático de Direito é crime. Eles estão cometendo crime.

O negócio é manifestação em defesa da Educação, em defesa da Saúde pública, do transporte público, movimento contra o racismo, contra a homofobia, em defesa da democracia. Esse movimento na frente da Assembleia Legislativa está impedindo a participação popular aqui na Assembleia Legislativa, sobretudo neste momento em que nós vamos aprovar a lei mais importante do estado de São Paulo, que é a lei orçamentária.

As pessoas não estão conseguindo chegar aqui porque estão sendo obstruídas e ameaçadas do outro lado. Muitas pessoas que vieram às nossas audiências públicas não sabiam que a entrada da rua do Exército estava fechada, caíram lá e foram ameaçadas porque estavam com uma camiseta vermelha. Olhe só o absurdo.

Então V. Exa. está enganado em relação a isso. Agora, tem uma mentira muito grande, uma grande fake news que é essa que V. Exa. está reproduzindo, e não deveria, de que havia infiltração da esquerda naquele movimento terrorista em Brasília dos bolsonaristas de extrema-direita.

Isso aí, esse filme a gente já conhece, essa mentira, essa fake news, lá de 81, V. Exa. conhece também, do Rio Centro, quando houve aquele atentado feito pelo Exército contra um show que estava acontecendo no Rio de Janeiro, no Rio Centro, inclusive liderado pelo Chico Buarque de Holanda, onde tentaram explodir, colocar bombas, mas o tiro saiu pela culatra. E era o pessoal da linha dura do Exército, ligado ao Frota. Esse general Heleno fazia parte.

Agora querem reproduzir o Rio Centro 2, mas isso não funciona, deputado Conte Lopes, todos sabem que ali era a extrema-direita bolsonarista, que é violenta, é muito violenta. Depois eu volto a esse tema, porque eu já extrapolei o meu tempo aqui.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não, deputado. É regimental.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Novamente respondendo ao nobre deputado Carlos Giannazi, que o deputado Carlos Giannazi falou que ele foi entrar na Assembleia pelo outro portão, onde está o manifesto, e ele estava de camisa vermelha e quase foi agredido. Disse ele ontem aqui.

Na verdade, o povo que está ali devia estar aqui, porque aqui é o lugar de reivindicar. Como o pessoal da esquerda, professores vêm reivindicar aqui. Já invadiram esta Casa várias vezes. Invadiram, ficaram aqui 15 dias, um mês morando aqui, dormindo aqui, quebraram um monte de coisas. Eu era deputado aqui.

Só não aconteceu uma desgraça maior porque na época o coronel Erasmo Dias, que era deputado junto comigo, como era José Dirceu e outros, conversou com o presidente da Casa, que era o Vitor Sapienza, na época, para que a Tropa de Choque não invadisse, porque teve ordem para invadir. Foi o coronel Erasmo Dias que foi falar com a tropa. Foi uma vez, foi a segunda.

Na Câmara Municipal também houve invasão do próprio professorado. Então era aqui que o povo tinha que estar, só que o povo não acredita mais em política. Como eu falei para V. Exa., eu falei ontem nesta tribuna, hoje se eu não gostei da senhora, não gostei do que ela falou, eu vou lá no Ministério Público. Ministério Público não é poder, poder somos nós.

Por isso que eu briguei aqui pelas palavras do Frederico d’Avila. Não é pelo o que ele falou do Papa, não é isso, porque nós brigamos muito para o camarada ter o direito de falar aqui. Vossa Excelência entende muito bem de Direito, é uma grande, uma das maiores professoras, maiores juristas do Brasil.

Se eu chego ali e xingo o general Campos, o cara é general do Exército, então eu não posso falar e ser contra? Então vou entrar em cana, porque é crime militar. É só eu sair dali que saio em cana. Então é o direito que o deputado tem, e hoje a gente não vê isso.

Eu estou falando, o pessoal está ligando para mim, o Gil Diniz, que é até meu amigo, precisava perguntar para ele. “Como foi, o filho do presidente Bolsonaro votou para o Mercadante ir para o BNDES?” “A Carla Zambelli?”

Então a gente é pressionado até por esse povo que está na rua. O cara está aí tomando chuva de canivete, caindo em cima dele, e os outros votando lá na calada da noite. E outros deputados do nosso partido votando contra.

Quer dizer, nem o nosso partido sabe se está a favor ou contra? Então a gente fica em uma situação difícil, responder o que para a pessoa que liga para a gente? É só isso que eu queria colocar, Sra. Presidente. Mas nós não somos favoráveis nada , tanto é que vencemos eleição desde 86. Onze ou 12, nós já disputamos.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado.

Seguindo com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna a nobre deputada Monica Seixas, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - O que me traz à tribuna hoje é fazer um apelo aos colegas. A gente está na votação do Orçamento.

Concordo que é a peça mais importante que esta Casa participa e produz. O Orçamento vai determinar aonde vai o investimento público do estado de São Paulo. E a gente tem grandes problemas a resolver. E quase nenhum deles eu vejo contemplado neste Orçamento, que é puramente protocolar.

Eu posso citar uma lista enorme de problemas que um Orçamento protocolar não vai resolver. A exemplo, o colapso da Polícia Civil. Para mim, a Polícia Civil já colapsou.

Já é regra, na maior parte das cidades e dos interiores, que você não tem trabalhadores o suficiente para você registrar o seu boletim, e botar fé que ele vai ser investigado e o crime vai ser solucionado.

Se não tem trabalhadores da Polícia Civil, precisa ter orçamento para a contratação e abertura de concursos. Posso falar a mesma coisa da Saúde. Posso falar a mesma coisa da Educação. Posso falar dos desafios para enfrentar as chuvas, enchentes e alagamentos, e a necessidade de um fundo de socorro às pessoas vítimas de fenômenos climáticos. Mas não tem nada disso no Orçamento.

Sabem o que também não tem no Orçamento, e a gente está numa batalha para dar? Durante a votação do teto, eu dizia, na solidariedade aos colegas, que o aumento do teto não ia garantir aumento para o funcionalismo de forma automática, de maneira nenhuma.

As categorias teriam que aprovar leis próprias. A lei do aumento do teto beneficiaria, de forma imediata, apenas as pessoas que estavam ali contempladas no teto. Ou seja, o governador e os seus secretários.

Era daquilo que a gente estava tratando. Pode aumentar, mas não vai, imediatamente: os policiais de baixa patente, os professores, os trabalhadores da Saúde, mas tem também um pessoal que eu acho que é vergonhoso, no estado de São Paulo, que ganha o piso.

O piso é o mínimo que o estado de São Paulo pode pagar, e corresponde ao salário mínimo paulista. Que, com todas as reformas que o Doria promoveu aqui, os confiscos, “et cetera”, a gente sabe que as nossas queridas agentes de organização escolar, as inspetoras da escola pública, ganham 800 reais por mês em dinheiro. Essa gente, esses servidores do estado de São Paulo não ganham o suficiente para comprar uma cesta básica, que está avaliada hoje em mais de mil reais.

Ou seja, o estado de São Paulo tem trabalhadores e prestadores de serviço em situação de fome. A gente pode citar diversas outras carreiras e trabalhadores que começam, no inicial, ganhando salários vergonhosos. Por isso eu fiz esse apelo ao relator. Ele levou ao governador.

Mas eu faço um apelo à Casa. Que a gente tem o dever de, depois de ter dado 50% de aumento para o teto, e passar a mensagem que existe dinheiro para investir no funcionalismo público, a gente tem o dever de, este ano, no Orçamento, reservar recursos para aumentar o piso. É nessa batalha que eu estou junto ao relator do Orçamento, o Olim. E eu espero a ajuda de todos.

Depois, passando para um outro tema, que hoje está em debate no Congresso Nacional, eu quero dizer que as nossas crianças, as crianças brasileiras, estão em risco. As crianças brasileiras estão em risco. Porque, só aqui no estado de São Paulo, a gente teve 30% de evasão escolar depois da pandemia, e não existe nenhum programa de resgate e recuperação dessas crianças.

As nossas crianças estão em risco, porque aumenta o número de mortes de crianças por arma de fogo. Só no Rio de Janeiro, esse número subiu três vezes nos últimos anos. Mulheres gestantes estão sendo vítimas de arma.

Nossas crianças estão em risco porque cai drasticamente o número da vacinação e a gente volta a conviver com doenças que a gente julgava ter extinto no século passado. Teve surto de sarampo, a gente viu a poliomielite voltar. As nossas crianças estão em risco.

As nossas crianças estão em risco, porque elas são a maioria entre as vítimas de violência sexual. E elas também são a maioria entre as que engravidam vítimas de violência sexual.

Agora elas não estão em risco, diante de um projeto que diz, falaciosamente, que quer salvar a vida de crianças, mas não considera essas crianças vítimas de violência sexual.

O Estatuto do Nascituro pode tirar o direito à interrupção de gestação de mulheres que estão em gestação de alto risco; pode tirar o direito à interrupção de gestação das vítimas de violência sexual e de estupro; e pode tirar o direito à interrupção de gestação das pessoas que estão gestando fetos anencéfalos.

Então, querem obrigar crianças vítimas de violência sexual a ter o seu corpo violentado por um processo de gestação em que a legislação brasileira já permitia a interrupção da gestação. Estuprador não é pai, criança não é mãe.

Contra o retrocesso que é a retirada do direito à interrupção da gestação nos casos legais. Eu quero aqui manifestar o meu apoio a todas as mulheres que hoje, no Congresso Nacional, estão em luta contra o Estatuto do Nascituro.

Obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Neste momento, encerro o Pequeno Expediente e imediatamente dou por aberto o Grande Expediente, iniciando a leitura da lista de oradores inscritos.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Chamando à tribuna a nobre deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Vi que o colega estava presente. Será que desistiu de falar? Ele volta? Não? (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)

Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.)

Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo regimental de 10 minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, de volta à tribuna no dia de hoje, quero primeiro reafirmar aqui o nosso pedido, apelando para que hoje a Assembleia Legislativa possa, de fato, votar o projeto de lei prorrogando os contratos dos professores categoria “O” de 2018 e 2019, para que nós não tenhamos um apagão na rede estadual de ensino, um colapso nas nossas escolas e também no Magistério estadual.

Então, é um apelo para que nós possamos votar de fato, agora, às 16 horas e 30 minutos, na primeira sessão extraordinária, o projeto de lei, para resolver essa situação e tirar mais de 40 mil professores e professoras categoria “O” de um possível desemprego.

E também livrar a rede estadual de um colapso por falta de aulas. Então, isso tem que ser mantido hoje, até porque o governador tem que sancionar imediatamente esse projeto. Nós lutamos contra o tempo, contra o ponteiro do relógio.

Eu quero ainda retomar, Sra. Presidente, esse debate que nós estávamos fazendo, deputado Conte Lopes, que veio à tribuna falar sobre o que está acontecendo no Brasil. Primeiro, deputado Conte Lopes, eu recebi aqui um tweet do Pedro Ronchi, que eu quero ler, só para começar o nosso debate aqui. Eu sei que V. Exa. não vai concordar, mas é disso que se trata. Olha só, esse é o contexto em que nós estamos vivendo.

O que diz o tweet? “No bolsonarismo, tudo é fake. O padre era fake, o índio é fake, os movimentos pacíficos são fakes, o patriotismo é fake, o combate à corrupção é fake. O presidente diz que trabalha, mas é fake. A única coisa que não é fake são os 51 imóveis comprados com dinheiro vivo pelo Bolsonaro e sua família”.

Então, tudo é fake nesse governo. Essa tese é fake, deputado Conte Lopes, de que as urnas não são seguras. Esse é um debate já superado. O presidente eleito, o presidente Lula já foi diplomado, e se V. Exa. acredita realmente nessa tese fake... Ah, tem o pen drive, a tese do pen drive, que é também fake.

O Eduardo Bolsonaro foi assistir a Copa do Mundo, deixando aqui os seus apoiadores na chuva, e disse que foi lá levar um pen drive para as pessoas que estavam participando da Copa do Mundo, porque ali tinha mais gente do mundo todo do que na ONU, ele disse, mais representação. Eu não sei se V. Exa. acreditou nisso. Então, tudo é fake nesse governo Bolsonaro, tudo.

Então essa questão das urnas já é uma questão superada, mas, se Vossa Excelência insistir realmente nessa tese, V. Exa. estará questionando a sua próxima reeleição, a nossa, e a do Tarcísio também, dos governadores, dos senadores e dos deputados estaduais e federais. Então, essa tese é fake. Ela é mentirosa, e ela serve apenas para manter a tropa nazifascista nas ruas, tentando impedir a posse de um presidente eleito.

Essa é a verdade. É o famoso “apito de cachorro” que o Bolsonaro coloca em prática, ou com seu silêncio complacente, ou através de frases dúbias, para manter esse pessoal, essas pessoas, muitas delas que são informadas através dessa indústria, do gabinete do ódio, da indústria das fake news. É a informação que elas têm. Elas não leem mais jornal, não assistem mais televisão, porque para elas tudo está contaminado, tem uma tese da conspiração.

Então, eles estão dentro de uma bolha, estão aprisionados, e acreditam em tudo, que haverá intervenção de ETs, acreditam que haverá golpe militar, qualquer coisa. Se V. Exa. for agora e subir em um carro de som aqui na frente do Exército, e dizer que o presidente Lula foi preso, todo mundo vai acreditar e bater palmas para Vossa Excelência.

Qualquer coisa que V. Exa. disser aqui, na frente desse quartel, ou de qualquer quartel, porque as pessoas estão vivendo em um universo paralelo. Essa é a grande verdade.

Mas eu estou preocupado com os atos de terror, que estão colocando em risco a vida das pessoas. O que aconteceu em Brasília é grave. Tentaram jogar um ônibus, os bolsonaristas, extremistas, fascistas, tentaram jogar um ônibus de um viaduto. Incendiaram carros, atacaram a Polícia Federal.

Vossa excelência falou que os patriotas não atacam a polícia. Atacam sim. O patriota Roberto Jefferson atirou na Polícia Federal, quase matou dois policiais. Patriota, apoiador de primeira hora do Bolsonaro. Estava armado e tentou matar. Atirou e jogou granada em dois policiais. Como que não?

Mas eu queria só colocar mais uma notícia, para que V. Exa. refletisse sobre fake news desse governo Bolsonaro. Queria colocar uma matéria. Olha, saiu hoje. “Apoiado por fazendeiro, condenado por tráfico e candidato derrotado a prefeito. Quem é o indígena bolsonarista preso pela Polícia Federal por atos antidemocráticos?”.

Esse indígena que é o cacique fake também. Ele é indígena, mas é um traidor, na verdade, da sua própria classe. Está abandonando. Porque uma pessoa um indígena que apoia o Bolsonaro está apoiando um governo contra a sua etnia, contra os indígenas. Essa é   grande verdade.

Mas não é só isso. Eu falei ontem aqui no debate sobre como que o oprimido incorpora o opressor dentro dele, e começa a reproduzir os interesses do opressor. Por isso que nesse governo do Bolsonaro você tem um ou outro indígena ali defendendo o governo, contra os seus próprios interesses e contra sua própria classe. Não é classe indígena, mas o seu próprio segmento social.

O mesmo acontece com negros, aquele presidente da Fundação Palmares, que é negro - hoje ele não é mais o presidente da Fundação, ainda bem -, mas se colocava contra o movimento negro, contra toda a luta de superação do racismo estrutural no Brasil. É a incorporação dos valores do opressor pelo oprimido.

Mas, enfim, na verdade, por detrás de tudo o que está acontecendo, tem uma manipulação e tem os seus financiadores. Então, esse indígena está sendo financiado, deputado Conte Lopes. Isso não é sério. Olha só, avançando mais a matéria, é um fazendeiro que está ajudando a financiar as manifestações golpistas e fascistas em Brasília e em outras regiões do Brasil.

Olha o fazendeiro, ele mesmo se entregando, eu tenho certeza de que ele será investigado pela Polícia Federal. Vamos assistir ao vídeo.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

É isso. Deputado Conte Lopes, veja isso. Preciso falar mais alguma coisa? Ele se entregou. Vai ser investigado, provavelmente será punido, pode ser até preso, porque está financiando atos contra a democracia, contra o estado democrático de direito e financiando um indígena que nem é cacique, não é reconhecido como cacique, é pastor, é cacique, ele se diz cacique e pastor ao mesmo tempo, parece que essas duas coisas não combinam.

Ele foi preso por tráfico de drogas. Estava preso esse cacique, esse Serere, que agora é financiado pelos fazendeiros, então têm outros interesses por trás dessas manifestações que nós temos que repudiar e defender o estado democrático de direito.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Seguindo com a lista dos oradores inscritos, Janaina Paschoal, sigo na Presidência. Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.

O deputado Conte tem sido bastante corajoso em suas manifestações, não só por respeitar o direito à manifestação, mas por ter a coragem de expor, e falo isso aqui respeitosamente, os membros do próprio partido.

Eu entendo grave que, enquanto essas pessoas - concorde o senhor ou não com a manifestação - estão se expondo a tudo que estão se expondo, com essa crença, os parlamentares que, teoricamente, representariam essas pessoas, que se elegeram com essa pauta, que se elegeram criando essa ilusão ou essa crença, votarem na madrugada como votaram.

Então eu queria cumprimentar V. Exa. pela coragem de trazer esse tema à tribuna na data de hoje.

Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Eu agradeço, Sra. Presidente, pelas palavras. Volto a esta tribuna respondendo novamente ao deputado Carlos Giannazi que não sou eu que estou falando a respeito da urna. Quem falou das urnas foi a assessoria que foi formada por engenheiros do ITA, que foi contratada, que recebeu para acompanhar a eleição.

Acabando a eleição, primeiro e segundo turnos, eles fizeram um relatório e mandaram para o Tribunal Superior Eleitoral, como mandaram os militares, pedindo esse tal de código-fonte, que não sei o que é. Então, é bom colocar isso aqui, que não sou eu.

Esse povo está ouvindo isso. Esse fazendeiro, quando ele fala, qual é o medo? Eu conheço alguns fazendeiros até. Qual é o medo dos fazendeiros? É quando o Sr. Lula vai lá e fala que vai dar um ministério para o MST. O fazendeiro tem medo de ter suas terras invadidas pelo MST. É somente isso.

Então, os caras estão pulando. Onde eles estão se pegando? Não é que alguém quer colocar o Bolsonaro lá em uma revolução, uma intervenção militar. O pessoal está acreditando que houve erro na votação. É só isso.

Era aqui que eles tinham que estar, nobre deputado. Esse pessoal que está aí deveria estar aqui, da esquerda, da direita, do centro, sei lá o que, falando como a gente está falando.

Eu não estou querendo derrubar ninguém. Fui deputado, vi o Lula ganhar eleição. Aliás, quem mais conhece o Lula aqui sou eu. Mais do que o PT até.  Duvido que os caras do PT conheçam o Lula mais do que eu.

Eu conheço o Lula desde 78. Eu era tenente de Rota e o Lula era sindicalista. A gente saía na porrada, ele falava comigo, me xingava: “Tenente, vou falar para o governador para não vir a polícia aqui”. Eu estava lá.

Estava lá também quando o Lula foi preso e a mãe do Lula morreu; nós escoltamos o Lula para que ele fosse visitar o enterro da mãe. Fomos lá, desde aquela época. Então, a gente conhece.

Não é o problema de ganhar eleição ou perder eleição, só que alguém levantou isso e o Tribunal Superior Eleitoral, na minha opinião, também não consegue falar: “Não, está tudo normal, vão dormir, vocês estão todos loucos. Está aqui.” Abre isso aí e vão embora. Ninguém é louco de ficar na rua feito idiota.

Por exemplo, amanhã... Eu recebi aqui, estão falando que o presidente Bolsonaro vem aqui no 2º QG, vai haver a mudança de comando no quartel general aqui do lado? Tem gente ligando para mim, mandando recadinho que vai ter. É fake? Não é fake? Eu não sei, ninguém fala com a gente.

Como eu falei, o problema do meu partido, até de Brasília, eu ouvi pela televisão. Dois deputados criticando o Eduardo e a Carla por terem votado a favor de o Mercadante ir para o BNDES. Depois, ele tenta se explicar: “Não, nós votamos no principal, não votamos...”

Então, cada um é cada um. Vou fazer o quê? Só que o povo cobra da gente também. Até o pessoal que está aí liga. Alguns são militares, eles me ligam: “E aí, o que vai acontecer?”. Eu não sei, não fui eu que mandei ninguém para lugar nenhum. Só estou falando o que está acontecendo.

Infelizmente, esse povo deveria estar aqui, deveria estar em Brasília, lá na Câmara, só que hoje em dia infelizmente o pessoal está tudo no TikTok, a maior parte dos políticos. Tirou o negócio de falar no TikTok, ele fica doido, mas legislar ele não vai, não vem para o plenário.

Veja V. Exa., nobre deputada, o que vai acontecer no mês que vem, quando voltar? A deputada não se elegeu. O Telhada, que está sempre aqui, também. Daqui a pouco tem que fechar, porque não vem ninguém. Então, é difícil.

O pessoal briga para ir para a Mesa e depois não vem aqui. Tem as vantagens de ser presidente, vice-presidente, diretor e tal... A situação é favorável para quem tem sessão de segunda e sexta. Ou então, quem quiser vir, vem aqui e fala, ué.

Eu sou realista, procuro falar a verdade. Não estou falando que esse pessoal “estão entrando aqui”... O cara está lá porque alguém falou para ele: “Burlaram as eleições, fica aí que nós vamos mudar”.

Acho estranho até a hora em que o presidente Bolsonaro fala, ele vai lá na frente: “Vocês mandam o que vou fazer”. O cara vai falar o quê? Espera o dia 31. Às vezes eles esperam, vai acontecer alguma coisa. Que coisa vai acontecer?

Alguém vai lá e mostra as urnas, se houve falha ou não. O meu time é esse. Se não houver, é lógico que não vai haver coisa nenhuma, não é? Tanto é que estão votando lá o BNDES, o Mercadante, até o pessoal nosso.

Então, na verdade é isso, ninguém quer guerra com ninguém, mas acho que o pessoal está sofrendo aí. Deveriam estar aqui dentro, sentados, xingando, aplaudindo. É o mundo da política, só que hoje, infelizmente, a política é diferente.

Hoje, o cara não precisa se manifestar, não precisa vir falar, não é? Tem muitos seguidores, ele vira herói porque tem muitos seguidores. Alguns são artistas, eles mesmos. Não tem mais Silvio Santos, Ratinho.

O cara mesmo vai lá, filma alguns, igual ao vereador lá do Rio de Janeiro. O cara filma, ganha para entrar. Até deputado aqui. Ele consegue ganhar a eleição com um montão de votos, 500 mil votos. Só de ficar falando ali e depois ele vem aqui e se mata. Do jeito que ele ganha, ele perde. Não sei se esse é o caminho.

Agora, só estou falando isso. Eu acho que é um absurdo o que está acontecendo. Esse pessoal todo na rua acreditando que houve fraude nas eleições. Não sou eu quem está falando, senão amanhã quem entra em cana sou eu. Não sou eu não; eu estou falando da tribuna da Assembleia.

O pessoal está aí por isso. Se alguém explicar para eles que não teve nada disso vai todo mundo embora. O fazendeiro lá ele passa que o índio vai ajudar alguma coisa lá, porque ele está defendendo a fazenda dele. Porque também aqui entre nós, aqui em São Paulo a gente pensa que o fazendeiro é o milionário, o rico. É o cara que trabalha de manhã para tirar leite, para plantar feijão, plantar arroz para mandar para a gente comer aqui no Brasil e no mundo.

São os caras que trabalham, que seguram o pepino lá. Essa é a grande verdade. Também estão aterrorizados, estão amedrontados. Então na minha opinião é isso aí. Eu acho que é o momento de a gente analisar o que está acontecendo.

Vai ligar a televisão e estão lá os deputados federais nossos brigando porque votaram contra o projeto do BNDES lá do Mercadante e os outros votaram favoráveis, e tenta explicar que estava certo de votar favorável.

É a mesma coisa que eu votar para o PT a favor e votar para o PT contra. E na hora se eu tiver que votar eu voto, o problema é meu, mas assuma. Se você é governo você vai lá e vota.

Não tem problema nenhum. Quando o Haddad foi prefeito de São Paulo o meu partido, o PTB, apoiava o Haddad e a gente votava com o Haddad. Qual o problema? Fui cobrado.

O que eu tenho que falar? O duro é você ser PL aqui, ter 20 deputados e ninguém ouvir a gente. Isso que é errado, porque é lógico, campanha é isso. É o ônus e o bônus. Ou você está num time ou você está contra um time. Agora, você está num time que não tem ônus nenhum e não tem bônus nenhum, também é muito difícil. Então vamos seguir esse caminho aí, mas o que eu acho é isso.

O que está acontecendo em São Paulo e no Brasil é que esse povo não é guerrilheiro. São senhores igual a mim, aposentado, dona de casa, criança. Só que estão explicando para eles que tem uma chance, porque eles adoram o Bolsonaro, e um monte se elegeu, deputado Carlos Giannazi, por causa do Bolsonaro.

Aliás, quase todo mundo. Se não fosse o Bolsonaro não elegia ninguém. Tem cara aí que não sabe nem quem é. O povo nem sabe. Que política ele fez? Mas ele é Bolsonaro. Então esses meninos que estão aí fora, esses senhores, eles votam. Eu posso falar. Eu ganhei dez eleições e com Bolsonaro foi essa, mas o resto é Bolsonaro.

Se não der Bolsonaro não se elege mais. Se o Bolsonaro morrer - porque a gente morre, a gente vai ficando velho e a gente morre - eu quero ver o que eles vão fazer. E começando por aí, votando com tudo do lado do PT.  “Você votou, votou?”. “Não, é que eu votei no principal, porque vai ter uma emendinha ali que eu votei contra”. Opa, espere aí. O projeto anda e você vota depois na emendinha? Estou perguntando também.

Como ninguém me ouve e não quer saber de mim, então eu falo. Se me chamasse: “Nós vamos fazer isso, isso e isso”, tudo bem, só não chama. Eu sou político antigo, velho. A gente costuma debater aqui na Assembleia. É aqui que a gente debate. Então é isso aí. Então a gente espera ouvir do partido o que está acontecendo também. Essa é a realidade. Você vai falar, nobre deputado? Então eu vou falando.

Pegue uma gravata emprestada, Frederico d'Avila. Briguei muito aqui pelo Frederico. A esquerda votou tudo contra o Frederico d'Avila. O próprio Frederico foi lá pedir perdão para o papa. Errou aqui. Agora, aqui o cara tem direito de falar o que ele bem entender, quaisquer palavras. Eu posso falar o que eu quiser aqui, menos xingar o Alexandre de Moraes, porque o outro lá quis prender a gente.

Não poderia prender. Não deve e não pode prender, porque aqui a pessoa tem condições de falar o que bem entender. Por isso que ele é deputado. Então aqui uma pessoa fala o que ela bem entender. É essa a grande verdade.

Então, sei lá, a gente fica meio perdido no que está acontecendo. Esse povo na rua aí... Agora, o que eu falei para o deputado Carlos Giannazi que eu achei estranho é que a Polícia não prendeu ninguém.

Eu não falei que foi de esquerda, eu não falei que foi o PT ou o PSOL que foi lá atacar a Polícia Federal. O que eu achei estranho é não prender ninguém. O ônibus pegando fogo, e não foi um carro dos Bombeiros lá, que é a minha área, que eu sempre atuei, por mais de 50 anos. O cara atacar a sede da Polícia Federal e ninguém prender ninguém é piada. É piada.

É igual você atacar a Rota e ninguém prender. Outro dia um cara entrou, tentou atacar a Rota lá, pôr fogo na Rota, ele morreu, no comando do Coronel Telhada. Não é assim. Eu não estou falando que é o PT ou o PSOL que foi lá. Eu só estou achando estranho a Polícia não prender ninguém daqueles caras que fizeram aquilo. Pode ser do Bolsonaro, pode ser meu parente, pode ser quem quiser, mas quem fez aquilo tem que ser preso.

Como é que você vai atacar o quartel, uma delegacia, e ninguém é preso? O cara põe fogo no ônibus, é que eles não morreram, o cara empurrando o ônibus, e ninguém prende ninguém? Que porcaria de polícia, então só prende o índio? E o índio não pode prender, porque o índio é deputado. Aprendi no banco da faculdade.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Alex de Madureira. Terá o prazo regimental de dez minutos.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, todos os deputados aqui presentes, Sra. Presidente, deputada Janaina, a todos os que nos assistem pela Rede Alesp, eu não vou usar nem dois minutos da minha fala, mas eu não poderia deixar de registrar aqui a indignação e também a defesa de chamados manifestantes, que estão em frente a vários quartéis do Tiro de Guerra, em vários municípios do estado de São Paulo. Mas eu quero falar da minha cidade, quero falar de Piracicaba, cidade onde eu nasci, onde eu cresci, onde me formei, onde comecei a trabalhar.

Não tive a felicidade, deputada Janaina, de fazer o Tiro de Guerra, o chamado Tiro de Guerra, porque eu morava em uma região de zona rural, então nós éramos dispensados por esse fato. Mas admirei muito aqueles que serviram, que lá estiveram, que doaram seu tempo, a sua dedicação, a se preparar eventualmente para se nós houvéssemos uma necessidade, que graças a Deus, no Brasil, nós nunca tivemos.

Mas vendo o envolvimento de outros deputados desta Casa em assuntos como esse, nós respeitamos todo tipo de opinião ou crítica. Mas quando essas críticas ou opiniões são infundadas, nós temos a obrigação de rebatê-las e até de informar a população de uma forma correta.

Então eu não poderia deixar de vir a esta tribuna, até pouco faço uso dela, procuro usar o meu tempo de outra forma, indo até os municípios e conhecendo a problemática de cada um deles, ouvindo vereadores, prefeitos, lideranças, entidades, para que a gente possa entender quais são os problemas da população do nosso Estado.

Mas quando se faz necessário, vou utilizar o meu tempo aqui, que tenho como deputado eleito aqui no estado de São Paulo, para defender as pessoas que estão, pessoas de bem que estão em frente ao Tiro de Guerra ali de Piracicaba, ao TG-028, que estão se manifestando de forma democrática, que estão se manifestando de forma ordeira.

Falo isso porque eu não tenho frequentado lá, até porque eu não tenho tempo. Quando eu chego, eu saio de casa muito cedo, tenho que vir para São Paulo, e volto muito tarde. Quando eu chego, se eu não for para casa, para dormir um pouquinho, eu não consigo voltar no outro dia. Mas meu pai, por exemplo, tem ido todos os dias.

O meu pai tem 78 anos de idade. Aliás, ele vai me xingar, porque ele tem 77, vai fazer setenta e oito. Meu pai é uma pessoa inquieta: ele pega a moto dele, aliás, ele tem três motos em casa, por falta de uma.

Quando ele tinha duas nós falamos para ele: “Pai, vende isso aí”. Ele foi e comprou mais um, e ele vai todos os dias até o Tiro de Guerra. E ele um dia perguntou para mim: “Filho, você não precisa vir aqui, eu estou aqui te representando, nós estamos aqui te representando”. E claro, nós temos tomado um certo cuidado também.

Eu vejo que outros deputados têm tomado a mesma atitude que a minha de apoiar, mas não estão frequentando os locais de manifestação. Volto a dizer, manifestação ordeira, manifestação consciente sem mexer com ninguém, sem atacar ninguém.

E quando eu vejo deputados desta Casa ligando fatos que aconteceram em Brasília com as pessoas que estão em frente ao Tiro de Guerra de Piracicaba, eu não poderia deixar de vir aqui me indignar por isso e esclarecer, de outra forma, aquilo que realmente está acontecendo. As pessoas estão lá, sim, organizadas de forma ordeira, sem mexer com ninguém, sem atacar ninguém, respeitando o espaço de cada um.

Então, esse é o fato, presidente, que eu gostaria de esclarecer aqui hoje. Todo nosso apoio às pessoas que ali estão, toda a nossa solidariedade contra os ataques que estão havendo de pessoas que pensam diferente de nós, que têm todo direito de pensar diferente, mas quando alguém utiliza suas redes sociais, utiliza a tribuna desta Casa, utiliza o espaço público que nós temos direito aqui de utilizar para nos manifestar, eu não poderia deixar de vir aqui e deixar minha solidariedade, e deixar também aqui a minha indignação por aquilo que vi nas redes sociais de um deputado aqui desta Casa.

Então, muito obrigado, Sra. Presidente, e a nossa solidariedade a todos os que estão ali no TG 028, em Piracicaba, na minha cidade.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado.

Cumprimento V.Exa. pela justa defesa, mas gostaria de...até porque eu tenho feito postagens a esse respeito, não com relação às pessoas que estão ali em Piracicaba ou à frente de qualquer outro ponto em específico. Aliás, fiquei feliz de saber que o pai de V.Exa. tem quase 78 anos e está no auge da saúde. Eu tenho pais mais jovens, mas infelizmente com muitos problemas de saúde. Então fico feliz de ouvir isso a respeito do pai de Vossa Excelência.

Mas até em respeito a essas pessoas, Sr. Deputado, eu entendo que as autoridades deveriam falar a verdade. Sabe, é isso que tem me incomodado muito. São pessoas de bem, eu reitero aqui, corroboro a fala de Vossa Excelência. São pessoas que estão com muita esperança, mas muitas das esperanças que essas pessoas levam assim no coração, com toda a honestidade, são impossíveis de serem verificadas.

Então, as autoridades que sabem disso precisariam falar com todas as letras. Então, eu tenho feito postagens a respeito dessas manifestações também, e o pleito que eu faço aqui, como cidadã, como deputada, é que as pessoas parem de estimular uma esperança que é impossível, uma expectativa que é impossível de ser alcançada.

Isso tem me incomodado muito porque são pessoas, já algumas com idade avançada, que estão se expondo e, infelizmente, a meu sentir, estão sendo induzidas, ouso dizer estão sendo enganadas.

Mas eu sigo aqui com a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, chamando à tribuna o nobre deputado Frederico d'Avila, que terá o prazo regimental de 10 minutos.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, prezados colegas, venho hoje a esta tribuna para parabenizar a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, que, através do deputado do PL, deputado Major Mauro, conseguiu passar um projeto de lei que garante às mulheres aquisição de arma de fogo, aquelas mulheres que foram vítimas de algum tipo de violência, sexual, armada, violência contra a mulher.

Com certeza o governador Caiado vai sancionar, pelo o que eu o conheço. Parabéns ao deputado Major Araújo pela iniciativa, eu não o conheço pessoalmente. Queria aproveitar para mandar um abraço ao deputado Amauri Ribeiro, meu amigo, que faz um belíssimo trabalho em defesa do produtor rural goiano naquela Casa Legislativa.

Medidas como essa, de Goiás, são medidas pró-povo, pró-população, pro-mulheres, pró-defesa da vida e das pessoas, deputado Conte Lopes. O senhor está chegando, eu estou dizendo que passou lá em Goiás, na Assembleia Legislativa, eles apelidaram até o projeto de bolsa-arma para as mulheres. Então as mulheres vão ter lá uma condição especial de aquisição de armas de fogo, mulheres essas que foram submetidas a algum tipo de violência.

Parabenizando a Assembleia Legislativa de Goiás, ao mesmo tempo eu me entristeço mais uma vez. Ontem eu já comentei esse assunto aqui, mas hoje comento de novo, porque repercute em toda a imprensa.

Até a imprensa, que é praticamente uma extensão da assessoria de imprensa do PT, até essa imprensa está boquiaberta - não é, professora Janaina? - com o sambinha de ontem na casa do advogado Kakay, famoso Kakay, Antônio Carlos de Almeida Castro.

Quanto a ele fazer um convescote na sua casa, não tem problema nenhum, é direito dele, a casa é dele. Não sei se o Guilherme Boulos estava participando, porque agora, pelo jeito, quem vai passar escritura no Brasil vai ser o Guilherme Boulos, deputado Conte Lopes.

Então vamos ver se, eu não sei se ele estava lá, mas no sambinha na casa do Kakay, ontem, tinha Lula, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Barroso - Barroso não sei -, Lewandowski e mais outras pessoas que lá estavam. Bruno Dantas, presidente do TCU, Tribunal de Contas da União, o juiz corregedor que falou no ouvido do presidente Alexandre que missão dada é missão cumprida.

Então, o que nós estamos vendo? O advogado, que tem trânsito livre no Tribunal Superior Eleitoral, que entra em dias de final de semana de bermuda na egrégia Corte, circula por ali como se fosse um corredor da sua residência, faz um convescote na sua casa, recebe o dito presidente eleito, futuro dito presidente eleito, junto com mais três ou quatro integrantes da Corte, junto com o presidente do Tribunal de Contas da União eleito, que vai julgar as contas do governo que supostamente ele vai gerir.

Ali também o juiz corregedor que falou que missão dada é missão cumprida e que em um evento, que eu não sei qual foi, se foi o casamento dele ou qualquer outro evento, ganhou uns tapinhas carinhosos no rosto do próprio Lula. Então eu não sei que maior esculhambação nós assistiremos no Brasil.

Imagine só, deputado Conte Lopes, o senhor, homem da lei, deputada Janaina, mulher versada nas ciências do Direito, amanhã um elemento faz um convescote na sua casa.

Aí eu encontro lá a professora Janaina, eu, o senhor. Aí tem lá integrantes de facções criminosas, ou outros elementos que estejam envolvidos em ações pouco republicanas ou pouco recomendáveis. Não é possível uma coisa dessa. É inacreditável uma coisa dessa.

Agora a gente tem que medir as palavras, professora Janaina, como disse o deputado Conte, porque eu estava lendo agora, nas notícias, que o presidente do TSE disse que, encerrado o processo eleitoral, ainda tem muita gente que deve ser multada, e outras que devem ser presas. Não é mais novidade, para nós, que processo não existe, o devido processo legal não existe. Contraditório não existe. Tudo aquilo que a gente aprendeu na faculdade de Direito não existe mais. Ficou só nos Anais do arcabouço jurídico.

Agora eu pergunto. O que significa, para a Nação, que assiste de fora, isso que nós assistimos ontem? Sambinha, é um sambinha. Estão se alegrando na casa de um advogado multimilionário, com uma banca de clientes riquíssimos. Até aí, nenhum problema. Agora, quem estava lá?

Três ou quatro juízes da Suprema Corte da Nação, que julgam as matérias constitucionais de maior importância da Nação, que concedem habeas corpus, que versam sobre matérias de diversas fontes, o presidente do Tribunal de Contas, o juiz corregedor eleitoral.

O que é isso? No dia da diplomação? Como se estivessem comemorando alguma coisa espúria, que não pode ser comemorada nas ruas, e foi comemorada intramuros na casa de um terceiro. E o povo, onde é que fica nessa história? É o que eu falei ontem aqui. A esquerda assumiu o poder.

Eu pergunto, deputado Conte, acho que nem o senhor sabe. Qual é o maior palácio do mundo? Não é Versalhes, não é Buckingham, não é o Taj Mahal, não é. O maior palácio do mundo é o palácio de Bucareste, feito pelo ditador comunista Nicolae Ceausescu. Ele é o construtor do maior palácio do mundo.

A esquerda não gosta de pobre, de pobreza. Ela gosta da pobreza para se aproveitar da pobreza. Como eu disse aqui ontem, ela precisa tanto da pobreza quanto um urubu precisa de carniça. Porque senão ela não sobrevive.

Ela é a maior interessada na manutenção da pobreza. E, quando eles chegam ao poder, os palácios são deles. Para quem não se lembra, a falecida dona Marisa Letícia, que Deus a tenha, não sei se a senhora lembra, a deputada Adriana deve lembrar, decorou os jardins do Palácio da Alvorada com uma estrela vermelha, de plantas vermelhas.

Não sei se era rosa, não sei o que era. Mas era uma estrela vermelha. Que, por acaso, é o símbolo do PT. Agora, imagina se o presidente Bolsonaro usa plantas ornamentais e faz um desenho com um perfil de uma pistola, de um revólver, ou com a Bandeira Nacional. Ia ser fuzilado no dia seguinte pela imprensa.

É inacreditável o que nós estamos vivendo nos dias de hoje. É inacreditável. É samba na cara da população. É atentado em Brasília, dizendo que é de bolsonarista, como disse o deputado Alex de Madureira, que me antecedeu. Mas, na verdade, a gente sabe muito bem quem fez esses atos.

Para quem não se lembra, a história se repete. Em 1933, os nazistas tocaram fogo no Parlamento Alemão, e botaram a culpa nos comunistas. E, dessa forma, tomaram o poder, dizendo que a culpa era dos comunistas.

E dessa forma tomaram o poder, dizendo que a culpa era dos comunistas, mas na verdade foram eles mesmos que tocaram fogo no Parlamento. Então, é muito triste, mas é triste mesmo, nós chegarmos à constatação de que o país, hoje, vive a total avacalhação.

E, depois do que disse o presidente do TSE, que tem muita gente para multar e muita gente para prender... Com isso aí, você está ameaçando a deputada Adriana, a senhora, o deputado Conte, todos os outros 91 colegas que nós temos aqui, que não estão aqui agora; e mais os 513 deputados e 81 senadores, e os mais de 1.100 deputados estaduais que nós temos ao longo do Brasil inteiro, de pensar 20 vezes, né Conte, o que vão falar, utilizando-se da tribuna e da sua atividade parlamentar.

Então, eu não sei aonde nós vamos parar, professora Janaina. Sinceramente, eu não sei. Porque hoje, como eu disse ontem aqui, quem está dando risada é o PT. Eu falei aqui ontem que o presidente Lula seria degolado, porque vão degolá-lo, não propriamente dito, com a faca ou com a guilhotina. Esses mesmos que eles estão aplaudindo hoje são os que amanhã o degolarão, politicamente falando, para manter o status quo, para continuar sambando na cara do povo brasileiro.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - AGIR - Pela ordem, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não, deputada.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - AGIR - Eu gostaria de falar pelo Art. 82.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu vou chamar três nomes, encerrar a lista, e dou a palavra a Vossa Excelência. Pode ser? Só para encerrar a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente. Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Márcia Lia. (Pausa.) Marta Costa. (Pausa.) Douglas Garcia. (Pausa.) Caio França. (Pausa.)

Deputada Adriana Borgo. Tem o prazo regimental de cinco minutos, pelo Art. 82. Obrigada.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - AGIR - PELO ART. 82 - Obrigada, presidente. Boa tarde a todos, a todos os presentes, a todos da Casa, meus policiais civis e militares. Muito, muito obrigada por mais uma vez estarem aqui, nos apoiando em nossos trabalhos.

Bom, hoje eu vou ser bem rapidinha. Eu vim falar a respeito do Projeto 533/2022, de minha autoria e também com coautoria do deputado Gil Diniz, que está tramitando nesta Casa, que cria o Museu das Tradições Nordestinas.

Deputada Janaina, um museu muito importante, onde lá, dentro desse museu, será catalogada toda a história desse povo tão importante, da cultura e do trabalho, da economia e de tudo o que esse povo representa para o povo paulista.

Essa fusão de estados, que, na verdade, contribui não só para a economia, mas engrandece, principalmente, a nossa parte folclórica e toda essa magia de festas, de tradições, de luta.

O esforço deles ao chegarem aqui ao nosso Estado, até hoje, na esperança de dias melhores. Então, esse Projeto 533 está para ser votado nesses próximos dias, e eu peço o apoio de todos os deputados para que a gente possa homenagear, incentivar e deixar o nosso carinho a todo o povo nordestino, que merece.

E também tramita aqui na Casa o Projeto 30/2020. Esse projeto, deputado Conte, é muito importante, porque hoje, nos quadros da Polícia Militar, nós temos concursos para que os nossos policiais sejam promovidos internamente. E infelizmente muitos policiais são acometidos de acidentes e ficam lesionados, impossibilitados de fazer o TAF. E param, simplesmente, na carreira, dentro da instituição.

E infelizmente, também, não há um olhar de amor, não há um olhar de reconhecimento pela vida, pelo trabalho desses heróis, desses profissionais que todos os dias saem de sua casa, vão para a rua e morrem, se for preciso, por quem nem conhecem.

Então, esse Projeto 30, muito importante, visa promover, de uma outra forma, achar dispositivos, dentro do sistema da Polícia Militar, para que os policiais militares que sofreram lesões durante o serviço, nos itíneres de suas casas para o serviço, tenham a possibilidade de prestar concurso, serem promovidos, e não ficarem jogados aí em administrações, em postos, fazendo faxina, como inúteis.

Ninguém se machuca porque quer, acontece. Acontece com todos nós, e o agente da lei é um ser humano diferenciado. Nós podemos querer ser policiais civis ou policiais militares, mas é algo que está no sangue, é um servir e proteger que vai além das expectativas de nós, paisanos, simples mortais. Porque eu só conheço uma pessoa que sai de sua casa e morre por alguém: Jesus. Ele fez isso por nós, e os nossos policiais fazem isso e correm esse risco todos os dias, então nada mais justo.

Então também peço apoio aqui na Casa para esse Projeto 30/2020, que vai, de uma forma justa, promover e dar condições para que todos os policiais militares que tenham sido lesionados possam prestar concurso para sargento e terem a sua carreira progredida.

E mais, né, Conte? Agora nós temos esperança, com o novo secretário de Segurança, que é um policial militar, que é da nossa família, que ele olhe também pelo plano de carreira para os nossos policiais, olhe pelas nossas pensionistas.

Olhem, sim, para os aposentados que hoje estão ganhando uma miséria e que, quando se aposentam, deveriam descansar, mas têm que ficar se matando num bico em padaria, bico em posto de gasolina e não têm dinheiro às vezes nem para comprar um remédio.

Um policial, quando entra na instituição, é feito um TAF, é feito um exame psicológico, e ele entra garotão, ou garotona, com todas as condições físicas. Quando ele sai, quando não é demitido injustamente por se envolver em alguma ocorrência, ele sai todo machucado, todo lesionado, com problema na coluna, problema emocional principalmente. E o Estado simplesmente não olha para esses veteranos que por tantos anos serviram ao nosso Estado, deram as suas vidas, deram tempo, deram o seu amor.

Então esperamos agora, com o novo governo, que nós tenhamos um olhar realmente humano não só para os profissionais de Segurança Pública, mas para o funcionalismo público de São Paulo, os professores, os profissionais da Saúde, porque há muitos anos estão jogados.

Muito obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sra. Deputada. Cumprimento V. Exa. pelas importantes pautas, inclusive pelo Museu do Nordestino. Digo por conhecimento de causa; eu, que sou neta de pernambucanos que vieram também para São Paulo com muita dificuldade e foram acolhidos por este Estado-Nação. Então cumprimento V. Exa. pelas pautas e pela proposta do museu.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - AGIR - Obrigada. Sra. Presidente, havendo acordo de líderes, eu peço o levantamento da presente sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Sim, nós vamos suspender a sessão até as 16 e 30, porque hoje teremos a análise de vários pedidos de urgência na tramitação de dezenas de projetos de colegas deputados.

Então fica suspensa a presente sessão até as 16 e 30.

Muito obrigada a todos.

 

* * *

 

- Suspensa às 15 horas e 53 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 42 minutos, sob a Presidência do Sr. Paulo Fiorilo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Reaberta a sessão. E suspendo por cinco minutos, para que a gente possa organizar aqui a lista. Em seguida, darei a palavra ao senhor. 

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 42 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 50 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Reaberta a sessão.

Deputado Milton Leite Filho.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu queria registrar a presença, aqui com a gente, do deputado eleito pelo União Brasil, Rafael Saraiva, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Seja bem-vindo à Assembleia Legislativa de São Paulo.

Deputado Carlos Giannazi, pois não.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu queria fazer o registro de uma comissão de trabalhadoras da Educação, de merendeiras terceirizadas que estão sendo vítimas, Sr. Presidente, de um verdadeiro processo de perseguição, de assédio e, sobretudo, elas não estão recebendo seus respectivos salários.

Não estão recebendo o vale-refeição, o fundo de garantia, nada. Elas são terceirizadas pelo estado, já foram à Secretaria da Educação, já foram às diretorias de ensino de Guarulhos Sul, Guarulhos Norte, Leste 1 e nada. Foram à empresa, foram quase vítimas de cárcere privado nessa empresa na segunda-feira.

Hoje estiveram na Secretaria da Educação pela manhã, não foram recebidas. Aliás, a Secretaria Estadual da Educação não recebe mais ninguém, nem deputado mais é recebido pela atual Secretaria da Educação, foram recebidos lá pela ouvidoria, mas a ouvidoria você faz denúncia pelo telefone. Deram entrevista hoje à Rede Globo, já foi ao ar a matéria com elas denunciando o que está acontecendo, na Record também.

O fato é que nós queremos fazer essa denúncia aqui também, na Assembleia Legislativa, porque elas são nossas colegas, trabalhadoras da Educação, merendeiras que estão sendo atacadas por essa empresa, a Torres e Viana Food Eireli. Uma empresa já com várias denúncias e mesmo assim o Estado continua contratando essas empresas.

O Estado diz que já depositou o dinheiro, a empresa diz que não e elas são vítimas de um jogo de empurra entre o Estado e a empresa. Então nós queremos, aqui, apelar também à Assembleia Legislativa para que providências sejam tomadas.

Nós já estamos acionando o Ministério Público do Trabalho contra a empresa e contra o Estado, que também é responsável pelo trabalho delas. E também a nossa Comissão de Educação, a Comissão de Direitos Humanos, porque é um atentado contra os direitos humanos. Tem a relação de Comissão do Trabalho também. A Alesp não pode fechar os olhos para essa situação

Também registro, logicamente, a presença dos nossos colegas, professores categoria “O” que estão acompanhando hoje a votação da prorrogação dos contratos de 2018 e 2019.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero uma comunicação, mas fazendo uma saudação.

Nós tivemos, desde a segunda-feira, ontem e hoje, a presença dos professores e professoras categoria “O”, que estão aí. É final de ano e é importante para mostrar a importância da votação desse PLC 42.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Parabéns.

Item 1 - Urgência ao PL 992/15. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 2 - Urgência ao PL 693/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 3 - Urgência ao PL 98/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Urgência ao PL 104/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 5 - Urgência ao PLC 40/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Urgência ao PL 171/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 7 - Urgência ao PL 847/17. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Urgência ao PL 82/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Urgência ao PL 453/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Urgência ao PL 485/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Urgência ao PL 998/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 12 - Urgência ao PL 108/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 13 - Urgência ao PL 1.214/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 14 - Urgência ao PL 412/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 15 - Urgência ao PL 191/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 16 - Urgência ao PL 48/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 17 - Urgência ao PL 73/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 18 - Urgência ao PL 352/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 19 - Urgência ao PL 228/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 20 - Urgência ao PL 801/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 21 - Urgência ao PL 874/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 22 - Urgência ao PL 1.177/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 23 - Urgência ao PL 511/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 24 - Urgência ao PL 416/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 25 - Urgência ao PLC 42/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 26 - Urgência ao PL 441/16. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 27 - Urgência ao PL 198/17. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 28 - Urgência ao PL 225/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 29 - Urgência ao PL 370/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 30 - Urgência ao PL 161/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 31 - Urgência ao PL 75/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 32 - Urgência ao PR 09/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 33 - Urgência ao PL 538/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 34 - Urgência ao PL 641/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 35 - Urgência ao PL 366/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 36 - Urgência ao PL 619/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 37 - Urgência ao PLC 52/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 38 - Urgência ao PL 520/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 39 - Urgência ao PL 979/17. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 40 - Urgência ao PL 522/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 41 - Urgência ao PL 665/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 42 - Urgência ao PL 457/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 43 - Urgência ao PL 223/17. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 44 - Urgência ao PL 1.076/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 45 - Urgência ao PL 517/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 46 - Urgência ao PL 355/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 47 - Urgência ao PL 645/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 48 - Urgência ao PLC 81/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 49 - Urgência ao PL 186/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 50 - Urgência ao PL 683/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 51 - Urgência ao PL 85/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 52 - Urgência ao PL 736/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 53 - Urgência ao PL 596/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 54 - Urgência ao PL 194/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 55 - Urgência ao PL 545/22. Está certo isso? Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 56 - Urgência ao PL 1.031/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 57 - Urgência ao PL 82/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 58 - Urgência ao PL 1.242/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 59 - Urgência ao PL 964/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 60 - Urgência ao PL 357/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 61 - Urgência ao PL 448/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 62 - Urgência ao PL 2/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 63 - Urgência ao PL 527/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 64 - Urgência ao PL 231/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 65 - Urgência ao PL 411/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 66 - Urgência ao PL 370/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 67 - Urgência ao PL 726/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 68 - Urgência ao PL 450/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 69 - Urgência ao PL 17/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 70 - Urgência ao PL 859/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 71 - Urgência ao PLC 30/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 72 - Urgência ao PL 533/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 73 - Urgência ao PL 382/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 74 - Urgência ao PL 890/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 75 - Urgência ao PL 145/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 76 - Urgência ao PL 364/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 77 - Urgência ao PL 573/22. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 78 - Urgência ao PL 418/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 79 - Urgência ao PL 1.204/19. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 80 - Urgência ao PL 137/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 81 - Urgência ao PLC 35/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 82 - Urgência ao PL 363/20. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Item 83 - Urgência ao PL 733/21. Em discussão. Em votação. (Pausa.) Aprovado.

Convocação. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, às 10 horas, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 641, de 2022, de autoria do Sr. Governador.

Convocação. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos mesmos termos, convoco as Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Finanças, Orçamento e Planejamento; Saúde; Educação e Cultura; Assuntos Metropolitanos e Municipais; Transportes e Comunicações; Segurança Pública e Assuntos Penitenciários; Administração Pública e Relações do Trabalho; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Atividades Econômicas; Defesa dos Direitos da Pessoa Humana; Defesa dos Direitos do Consumidor; Defesa dos Direitos das Mulheres, para as reuniões conjuntas a se realizarem amanhã, às 10 horas, no salão nobre, com a finalidade de apreciar as seguintes proposituras: PL 623/21, PL 98/22, PL 104/21, PLC 40/21, PL 171/22, PL 82/21, PL 453/22, PL 485/21, PL 998/19, PL 108/22, PL 412/20, PL 191/22, PL 48/21, PL 73/22, PL 352/21, PL 228/22, PL 801/21, PL 874/19, PL 1.177/19, PL 511/20, PL 416/20, PLC 42/19, PL 197/21, PL 225/20, PL 370/21, PL 161/22, PL 75/22, PL 884/21, PR 9/21, PL 641/20, PL 366/22, PL 152/19, PL 520/21, PL 522/22, PL 665/20, PL 457/21, PL 1076/19, PL 517/21, PL 355/22. PL 645/21, PLC 81/19, PL 186/21, PL 683/21, PL 736/19, PL 596/22, PL 194/22, PL 545/22, PL 1031/19, PL 82/22, PL 964/19, PL 357/22, PL 448/21, PL 2/22, PL 527/21, PL 231/22, PL 411/21, PL 370/20, PL 726/21, PL 450/20, PL 17/22, PL 859/21, PLC 30/20, PL 533/22, PL 382/22, PL 145/22, PL 364/19, PL 573/22, PL 418/21, PLC 35/21, PL 363/20, PL 733/21.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Havendo acordo de lideranças, pedir para levantar a presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da nossa sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

Não havendo mais o objeto desta sessão, está levantada a presente sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 17 horas e 7 minutos.

 

* * *