13 DE DEZEMBRO DE 2022
148ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL e CARLÃO PIGNATARI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PROFESSORA BEBEL
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento da deputada Professora Bebel.
Cumprimenta o deputado estadual eleito, capitão Telhada, presente no plenário.
7 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Presta condolências pelo falecimento do monsenhor Jonas Abib.
10 - LETICIA AGUIAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Comenta o pronunciamento da deputada Leticia Aguiar.
12 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
16 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
17 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
19 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do deputado Conte Lopes.
20 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento.
21 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado
Frederico d'Avila).
22 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Comenta o pronunciamento do deputado Conte Lopes.
23 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - MAJOR MECCA
Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até
as 16 horas e 30 minutos.
25 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h03min.
26 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Reabre a sessão às 16h33min. Convoca sessão extraordinária a
ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão.
27 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
28 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Tece considerações sobre a pauta da sessão a ser realizada
amanhã.
29 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
30 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Comenta política acerca dos professores categoria
"O".
31 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - DELEGADO OLIM
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
33 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 14/12, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão
extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão.
Levanta a sessão.
* * *
-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Imediatamente, dou por aberto o Pequeno
Expediente chamando à tribuna o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando.
(Pausa.)
Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Janaina
Paschoal. Sigo na Presidência, não farei uso da palavra. Deputado Castello
Branco. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, ontem, segunda-feira, tivemos duas vitórias
importantes em duas cidades do interior paulista, referente à luta que nós
travamos em relação à defesa dos direitos e da dignidade das educadoras de
Educação Infantil dos nossos municípios, que trabalham, sobretudo, nas creches,
e que em muitos municípios não são consideradas professoras, não estão ainda
integradas na carreira do Magistério.
Então, temos um
movimento forte aqui no estado de São Paulo que se chama “Somos todas
Professoras”, que começou inclusive aqui na Assembleia Legislativa, em 2019.
É um movimento
que tem avançado bastante na luta, dando suporte e apoio às educadoras de Educação
Infantil no sentido de que elas consigam ser integradas à carreira do
Magistério, sobretudo através da aprovação de projetos de lei nas câmaras
municipais, projetos encaminhados pelo Executivo Municipal.
Ontem, tivemos
em Roseira, uma cidade aqui do interior paulista, a aprovação do PL nº 38, de
2022, que reconhece esse direito, reconhece o trabalho da educadora de Educação
Infantil como parte da classe docente, de tal forma que garanta a elas todos os
direitos do Magistério, como o piso nacional salarial, aposentadoria especial.
Então, houve
uma ampla mobilização em Roseira e as educadoras de Educação Infantil conseguiram
aprovar. Com apoio do prefeito, com apoio da Câmara Municipal, o projeto foi
aprovado e elas conquistaram, através de muita luta... Elas participam do
movimento “Somos Todas Professoras” e foi uma vitória importante.
O mesmo ocorreu
em Nova Odessa, que é outro município importante do interior paulista. Lá
também foi aprovado o PLC nº 83, de 2022, também trazendo essa garantia, esse
reconhecimento de que as educadoras de Educação Infantil estão exercendo a
função docente; logo, elas devem ter também os mesmos direitos do Magistério.
Como citei: aposentadoria especial, jornada adequada de trabalho, piso nacional
salarial.
Hoje isso é
possível, mais ainda, não só do ponto de vista legal, que nem haveria
necessidade de muito debate sobre isso porque a LDB já garante o Plano Nacional
de Educação, mas sobretudo do ponto de vista financeiro não há óbice nenhum,
até porque nós aprovamos a nova Lei do Fundeb e haverá mais recursos até 2026
do Orçamento.
A transferência
vai aumentar para os municípios por conta do novo Fundeb. Então isso é
importante. Isso vai ajudar bastante as prefeituras a incluírem, a integrarem
as nossas educadoras da Educação Infantil na carreira do Magistério. Então em
Roseira e Nova Odessa também ontem foi aprovado o Projeto de lei Complementar
nº 83.
E aqui da
tribuna eu quero agradecer o prefeito, o secretário de Educação que fez gestões
para que isso ocorresse, o vereador Antônio, o secretário José Jorge, o
prefeito Leitinho. Eles ajudaram na construção desse projeto; o projeto foi
aprovado. Quero parabenizar todas as educadoras que participaram do movimento.
Parabenizar o
grande jurista, advogado, que assessora vários movimentos aqui, especialista
nessa área, Alexandre Mandel, o movimento Somos Todas Professoras, o nosso
Observatório aqui, que tem dado suporte também às educadoras da Educação
Infantil em todo o estado, que é coordenado pela professora Luciane Cavalcante.
E nós vamos
continuar na luta, apelando, rogando para que todos os prefeitos sigam os
exemplos da prefeitura, do prefeito de Roseira, da Câmara Municipal de Roseira,
do prefeito da cidade de Nova Odessa e também da Câmara Municipal dessa cidade.
Porque esse é o
caminho: de valorização da Educação Infantil. Porque quem defende de fato a
primeira infância tem que investir em quem cuida da primeira infância. E quem
cuida da primeira infância é a professora que está na creche, porque ela fica o
dia todo com a criança, deputado Jorge do Carmo.
Uma professora
da Educação Infantil é quem cuida da criança, do bebê de seis, de um ano. Então
ela tem que ser valorizada. Eu vejo muitos prefeitos falando, muitos deputados:
“Eu defendo a primeira infância; a primeira infância é importante”, mas não
investem em quem cuida da primeira infância. Então não adianta.
Então, prefeitos
de todo o estado de São Paulo, invistam na primeira infância investindo
sobretudo nas educadoras de Educação Infantil, que são todas professoras e
devem estar integradas na carreira do Magistério.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos,
chamando à tribuna o nobre deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Analice
Fernandes. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo, V. Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, deputada Janaina
Paschoal, presidindo neste Pequeno Expediente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público da TV Alesp, assessoria aqui presente, venho a esta tribuna hoje para
falar de dois assuntos que reputo importantes.
Ontem fizemos
aqui duas sessões extraordinárias, oportunidades em que aprovamos aqui a PEC
4/22, que versa sobre a majoração das emendas impositivas que cada deputado e
deputada apresentam nesta Casa ao Orçamento respectivamente do próximo
exercício. E por que eu vim fazer a defesa?
Eu sou um
deputado que moro na periferia de São Paulo. Eu moro no bairro longínquo do
centro da cidade, Cidade Tiradentes. Imagine, deputada presidenta, o quanto de
demandas nós temos na periferia da cidade de São Paulo, por exemplo; o quanto
de demanda nós temos na região metropolitana; o quanto de demanda nós temos nas
cidades do interior também.
E por que falo
isso? É bem verdade - e que bom que é assim - que 50% das nossas emendas, no
mínimo, têm que ser destinadas para a Saúde.
Agora, tem
hospitais tanto na Grande São Paulo como na cidade de São Paulo ou no interior
que todo ano a gente vê corte da Saúde aqui no Orçamento. O governador ao invés
de majorar o recurso para a Saúde, diminui o recurso da Saúde.
E o prefeito e
o vereador de cada cidade, ou a liderança daquela região, ficam pedindo para os
deputados, para nós, para ajudar aquela comunidade, aquela cidade, aquela
região, a Santa Casa, que muitas vezes a gente vê em situação de penúria,
faltando recurso para o custeio da Saúde.
Por isso eu fiz
a defesa, votei favorável, e acho de suma importância que nós, deputadas e
deputados, tenhamos aqui o direito de aumentar um pouco esse valor, esse
percentual, que agora é 0,45, chegando aí a dez milhões e meio, para que a
gente possa destinar cem, duzentos, quinhentos mil, um milhão, para cada região
que tem demandas importantes, as demandas sociais.
Todas as minhas
emendas, e não são poucas, procuro distribuí-las da melhor forma possível, são
destinadas para áreas sociais, seja da Saúde, da Infraestrutura, da melhoria.
“Tem uma entidade ali que tem um projeto legal de combate ao racismo, de
combate à exclusão”: eu sempre destinei recursos para essas entidades.
Acho de suma
importância a gente fazer isso, e por essas razões foi que votei favorável, e
quero fazer a defesa das emendas impositivas, que elas são importantes para
cada deputada e deputado.
Por isso, cada
um de nós, a partir da aprovação do Orçamento, vamos destinar, cada um com seus
critérios, evidentemente, mas eu vou fazer sempre aquilo que fiz durante esses
quatro anos: destinar para as áreas sociais, onde a cidade, a periferia, aquela
região, ou o hospital, ou aquela entidade ali, mais precisa. Por isso fiz a
defesa e quero reafirmar aqui o meu compromisso com a destinação e o bom uso
desse recurso, que é um recurso público, que será destinado para áreas
pertinentes na cidade ou no estado de São Paulo.
Para concluir,
quero falar de um outro projeto que eu apresentei nesta Casa, e amanhã nós
vamos fazer o Colégio de Líderes, oportunidade em que vamos fazer a discussão e
a aprovação de projetos de deputadas e deputados.
Às vezes, você
fica o ano inteiro ou três ou quatro anos aqui para aprovar um projeto, e
quando aprova é vetado pelo governador. Esperamos. Eu apresentei aqui o Projeto
nº 82, de 2022.
Ele versa
sobre: “autorizo o Poder Executivo a instituir o programa de remoção segura e
protetiva, visando criar mecanismo para a proteção dos direitos das famílias de
pessoas que venham a ser afetadas ou removidas em áreas consideradas de risco
nos municípios do estado de São Paulo.”
Vejam bem,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nós estamos de novo chegando no período de
chuvas, e todo ano se repete na região da Grande São Paulo, na periferia. Todo
ano se repetem as mesmas cenas lamentáveis de famílias perdendo vidas, perdendo
suas moradias, perdendo seus pertences, porque não tem um programa, não tem um
projeto, uma proposta do Governo do Estado para ajudar as administrações
municipais, as prefeituras.
Nós vimos o ano
passado, em Franco da Rocha, em outras cidades da Região Metropolitana de São
Paulo, vimos famílias perdendo suas vidas. Por quê? Porque não tem um programa
para investimento nessas áreas.
Então esse
projeto que os deputados Marcio Nakashima e Luiz Fernando Teixeira já pediram
coautoria, eu vou defender que ele seja aprovado. E, mais que isso, eu vou
defender que o governador tenha a sensibilidade de sancioná-lo, para que nós
não presenciemos cenas lamentáveis, que são essas de as pessoas perderem suas
vidas, suas casas e suas dignidades.
Todo ano se
repetem essas cenas aqui. É por isso que eu acredito que esse projeto será
aprovado e será muito importante para a gente evitar situações como essas.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Até o momento - porque eu não falto em nenhum
Colégio, né? - eu não vi colega nenhum implicando com o projeto do senhor.
Seguindo aqui com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna a nobre deputada Márcia Lia. (Pausa.) Nobre deputado
Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Nobre
deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Nobre deputado Adalberto Freitas. (Pausa.)
Nobre deputado Agente Federal Danilo
Balas. (Pausa.) Nobre deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Nobre deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputada Carla Morando.
(Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Marcos
Damasio. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde Sra.
Presidente, a todos que se encontram neste plenário prestigiando o
trabalho legislativo, o trabalho parlamentar, de onde se faz valer a voz do
povo do estado de São Paulo.
Hoje, pela
manhã, eu estive com um grupo de deputados estaduais, deputados federais da
Segurança Pública, na sede da Secretaria de Segurança
Pública. Fomos
recebidos pelo futuro secretário de Segurança Pública, o capitão Derrite; o
futuro delegado-adjunto, doutor Nico; delegado-geral, doutor Arthur; e o futuro
comandante-geral da PM, coronel Cássio.
Essa reunião foi para que todos nós pudéssemos apresentar as
nossas pautas e o nosso trabalho, que faremos em conjunto com o futuro
governador do estado de São Paulo, governador Tarcísio de Freitas e o futuro
secretário.
Foi um ato inédito no estado de São Paulo - pelo menos
enquanto eu sou parlamentar -, porque ao longo desse Governo, que está
terminando, nós nunca tivemos a possiblidade de nos reunir com o Governo e
termos as nossas pautas ouvidas e muito menos atendidas.
Coronel Telhada, que está chegando aqui junto ao capitão
Telhada, deputado estadual eleito, estava junto nessa reunião e participou.
Eu apresentei e entreguei por escrito ao futuro secretário
de Segurança Pública, capitão Derrite, as nossas propostas num plano de ação
nos primeiros 100 dias de Governo. Essas nossas pautas, que apresentamos ao
futuro secretário, trazem as nossas propostas em relação ao reajuste salarial.
Levei comigo o holerite de um soldado da Polícia Militar do
estado de São Paulo, que ganha quatro mil reais no estado mais rico do país. Um
profissional que, dos 30 dias do mês, ele trabalha os 30 dias com carga horária
diária de no mínimo 14 horas.
Nós acompanhamos o resultado desse tratamento desumano e
indigno que o atual Governo de São Paulo impôs aos nossos policiais nos últimos
30 anos, gerando graves problemas de saúde aos nossos operadores de Segurança,
um número altíssimo de suicídios.
Falamos dos problemas de assistência médica, a falência do
Hospital da Polícia Militar, do Hospital do Servidor Público, onde não há
atenção, não há um envio de recurso suficiente para que haja estrutura de
recursos humanos, de equipamento para atender os nossos policiais do estado de
São Paulo, os funcionários públicos do estado de São Paulo com o devido
respeito que eles merecem.
Citei a situação recente e atual de um soldado da Polícia
Militar que foi alvejado com oito tiros, foi salvo pelo colete balístico. E
conversando com ele - na última conversa, que foi na semana passada - a maior
preocupação é com a questão de o crime organizado ter descoberto que ele é
policial e ele mora na favela junto com mãe, esposa e filhos pequenos.
E o crime descobriu devido a repercussão do fato, o crime
descobriu que ele é policial e ele encontra-se em situação extremamente difícil
e perigosa nesse momento. Ou seja,
resumindo, nós apresentamos a situação crítica e caótica que os policiais no estado de São
Paulo se encontram.
E com o esforço
das bancadas de segurança pública estadual, federal, Secretaria de Segurança
Pública junto ao governador, a nossa proposta e a nossa postura é contribuir e
proporcionar condições para que esses homens e mulheres comecem a ser tratados
com dignidade, com o respeito que eles merecem.
Muito obrigado.
Numa nova oportunidade, através desta tribuna, ao futuro secretário de
Segurança Pública, capitão Derrite, ao secretário-adjunto, Dr. Nico, e conte
com a nossa bancada e com todas as bancadas desta Casa Legislativa, pois nesses
quatro anos desse mandato nenhum deputado desta Casa nunca se opôs a estender
as mãos e ajudar os policiais do estado de São Paulo.
A nossa
dificuldade foi sempre com o governo do Estado, que nos abandonou, mas acredito
que a partir de janeiro de 2023 entraremos numa situação diferente para todos
nós, policiais e povo de bem, cidadãos trabalhadores do nosso Estado.
Muito obrigado,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos,
Sr. Deputado.
Sigo aqui com a lista dos oradores
inscritos, chamando à tribuna o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada
Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Nobre deputada
Professora Bebel.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sra. Presidente, cumprimento os assessores que
fazem parte da Mesa, também os assessores à minha esquerda, à minha direita,
Srs. Deputados, público presente, todos que nos veem e assistem através da Rede
Alesp.
Eu subo a esta
tribuna primeiro imbuída de um sentimento assim preocupante, que embora
tenhamos aí pacificado a aprovação do PLC 42, de 2022, e que acabou contando
com a autoria, com coautorias, começou com o deputado Carlos Giannazi e demais,
mas a autoria é minha, e quis que fosse assim porque entendo que a Casa tem que
assumir um papel também de legislar, e legislar não só com voto, mas também com
conhecimento da área da pauta e o conhecimento da importância que é participar
de um projeto que envolve professores, profissionais da Educação.
Nós estamos
falando, vejam bem, quando eu subi aqui eu dizia: 40 mil poderão ser demitidos.
Não são mais 40 mil, são 50 mil, porque você vai aposentando, as pessoas vão se
aposentando, então acaba que o número vai aumentando.
Então, é de uma
magnitude, deputado Coronel Telhada, está aqui também o deputado Giannazi,
enfim, Major Mecca - não é mais major, é coronel, assim, a votação desse PLC,
hoje, e que o governador Rodrigo Garcia sancione até, porque aí não terá o
impacto, 24 de dezembro e nem 30 de dezembro, porque os contratos assinados em
2018 todos serão demitidos em 24 de dezembro; em 2019, 30 de dezembro.
Olha a data da
demissão, horrível. Professores perdem dinheiro, e imagine que o ano letivo
venha não poder começar por falta de professores. Que catástrofe até para o
governador que vai começar.
Eu sei que não
serão tempos fáceis, mas eu vou retornar a dizer aqui, todos que são da bancada
do governador eleito Tarcísio de Meira, Freitas - Tarcísio Meira é outro, é o
ator -, Tarcísio Freitas, agora eu acertei, eu quero dizer que é importante que
vocês articulem uma mesa de negociação com o funcionalismo, com os professores.
Tem uma demanda, a forma do trato, tudo ficou ruim, e tudo poderia ser muito
bem negociado.
A minha pessoa
na Casa demonstra que nós não somos implacáveis em não querer negociar, pelo
contrário, nós temos um trato com a negociação primeiro. Aí, quando não dá,
deputada, a gente tem que usar as armas, aquilo que, lamentavelmente, não é
bom, a gente não vai para atitudes agressivas, mas temos que usar as armas que
nos compete, paralisação, greve.
Isso não é bom
nem para o estudante, nem para nada. Uma negociação evita isso, ela abre
espaço, abre os lados todos e a gente consegue. Então já estou pedindo para
vocês nos ajudarem nesse papel.
Também acredito
que isso já tenha a ver com o governo federal, mas esse apagão nas
universidades também é muito impactante. Tem universidade que não tem dinheiro
para pagar, inclusive cumprir com o custeio, coisas básicas. Então nós temos
que também fazer gestão com o atual, com o futuro, nós vamos fazer mesmo, para
ampliar o Orçamento.
Oxalá nós
consigamos ter 10% do Produto Interno Bruto, que está previsto no Plano
Nacional da Educação. E também os royalties do pré-sal, que sejam aplicados
desde a Educação Infantil até a Educação Superior.
Aqui no Estado
nós temos uma tarefa de pegar os 9,58 para serem calculados em cima do real
valor que tem que ser, tirar aquelas coisas que põem e depois faz uma apuração
do valor. Não, tem que fazer em cima de um montante maior para que os 9,58
signifiquem um ganho para as universidades.
É isso.
Muito obrigada,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sra. Deputada. Tenho certeza de que é interesse de todos que esses
professores sigam vinculados ao Estado, para que as crianças possam iniciar as
aulas em 2023 com tranquilidade.
Pelo menos é o que eu tenho sentido da
parte de todos. Não seria racional que fosse diferente. Então cumprimento V.
Exa. e todos os colegas que abraçaram essa causa.
Sigo com a lista dos oradores inscritos
chamando à tribuna o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni.
(Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Com isso, encerro a lista
principal dos oradores inscritos no Pequeno Expediente.
Imediatamente, abro a Lista Suplementar,
chamando à tribuna o nobre deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Castello
Branco. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada.
Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
Já cumprimento o deputado eleito,
Capitão Telhada, que, em uma semana, será também deputado diplomado.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Presidente, a quem saúdo também, Sras. Deputadas aqui presentes,
Srs. Deputados, assessores, funcionários, policiais militares aqui presentes e
todos os que nos assistem pela Rede Alesp.
Quero também,
conforme já foi dito, nós estivemos hoje com o futuro secretário de Segurança
Pública, Capitão Derrite, deputado federal, quando nós apresentamos algumas
propostas, algumas pendências que nós achamos interessantes para a Polícia
Civil, para a Polícia Militar, para a Polícia Técnico-Científica.
Quero
publicamente também desejar muito sucesso, muitas realizações ao Capitão
Derrite e a todo o seu grupo, Dr. Nico também, que vai ser o secretário
adjunto, para que a Segurança Pública realmente tome caminhos de trabalhar
forte contra o crime organizado, valorizar os homens e mulheres da Segurança
Pública e principalmente cuidar da população do estado de São Paulo.
O que nós
sentimos é que o Capitão Derrite tem um trabalho forte junto a esta Casa. Todos
os deputados, independentemente de partido, o que ficou bem claro lá, é que vai
trabalhar por todos aqui, visando a Segurança Pública, não com bandeira
partidária, mas sim com a valorização dos profissionais e o combate real ao
crime, porque é o que nós precisamos.
Falando em
combate ao crime, quero iniciar dizendo que nós tivemos mais uma lei aprovada.
Muitas pessoas não dão valor para isso. É uma lei de denominação, a Lei nº
17.581, do dia 8 de dezembro, que denomina o 34º Batalhão de Polícia do
Interior, de Atibaia, com o nome do cabo Nilson Mikio Furuta Junior.
O cabo Nilson
morreu numa ocorrência de roubo a banco na cidade, uma ocorrência gravíssima,
onde ele foi baleado na cabeça. Inclusive, o Capitão Telhada, aqui presente -
deputado estadual eleito - esteve nessa ocorrência. Até teve uma viatura de
PDO, se não me engano, que tombou na ocorrência.
Enfim, uma
ocorrência muito grave. Lá, o jovem cabo Nilson perdeu a vida. Estive no
funeral dele, junto com o Capitão Telhada, no dia seguinte. Nós conseguimos que
o 34º BPMI, a partir do dia 8 de dezembro, seja nominado com o nome do cabo
Nilson.
Nós não
trazemos mais a vida desse herói da Polícia Militar, mas faremos com que o nome
dele fique na eternidade junto ao batalhão que comanda a região de Braganca, a
região de Atibaia, Socorro, toda aquela região.
Então, o nosso
abraço ao pessoal de toda a região de Braganca, do 34º BPMI. E também os nossos
sentimentos, mais uma vez, à família do cabo Nilson Mikio Furuta Junior, que, a
partir de agora, é o nome do 34º BPMI.
Outra
ocorrência grave, que não posso deixar de comentar, gente. A gente vai falar
muito, infelizmente. Porque, enquanto nós estamos preocupados com a situação do
País, mudança de governo, realmente, é preocupação, porque tem a ver com o
nosso futuro, a Segurança Pública continua um problema sério.
A criminalidade
continua a todo vapor. Inúmeros policiais têm sido vítimas de ataque, têm
morrido nessas ações. Em uma dessas ações, morreu, inclusive, um sargento da
Polícia Militar aposentado e cadeirante. É o sargento reformado José Viturino
de Macedo Neto.
Foi morto aqui
no litoral de São Paulo, no sábado, dia 10. Ele estava em frente à casa, numa
cadeira motorizada, quando três criminosos, em bicicletas, abordaram e mataram
o sargento José Viturino de Macedo Neto. Ele estava com 62 anos.
E os criminosos
que o mataram levaram o celular e a arma dele. Então é até um alerta para que
os policiais militares da reserva, os policiais civis, fiquem atentos porque o
crime organizado, infelizmente, está atacando policiais da reserva também.
Dias antes, na
segunda-feira, dia 5 de dezembro, o investigador da Polícia Civil Carlos
Eduardo Franco, também de 62 anos, teve a morte cerebral confirmada, porque foi
vítima também de uma ocorrência, onde ele acabou sendo vitimado por criminosos
que o atacaram. Volta a foto, por favor. Então, os nossos sentimentos à família
do sargento Viturino de Macedo Neto. Foi uma grande perda para a Polícia Militar.
Falando em
perda, nós também tivemos uma grande perda na Fundação Casa. Muitas vezes, os
funcionários da Fundação Casa, homens e mulheres, não são valorizados, não são
reconhecidos. O Estado... eu acho que o Estado maltrata muito esses homens e mulheres
que trabalham na segurança de estabelecimentos onde menores infratores são
contidos.
Foi o que
aconteceu com esse cidadão. É o senhor Evaldo Gomes de Souza, de 45 anos, que
era agente socioeducativo da Fundação Casa. Ele foi enforcado numa ocorrência
onde os menores fizeram uma fuga no local. Ele foi enforcado e encontrado morto
na unidade do Guarujá, no litoral paulista. Eu sei bem disso, em pleno 2022, a
turma fala que não tem pena de morte.
Tem sim. Está
aí, esse cidadão foi enforcado por menores infratores. Na rebelião, eles
fizeram três reféns dentro da unidade, pegaram as chaves e fugiram pelos
alambrados. Sete jovens infratores conseguiram escapar e nenhum deles foi
recapturado.
Está aí esse
cidadão da Fundação Casa, Evaldo Gomes de Souza, de 45 anos, que não é
valorizado pelo governo estadual, perdendo a vida de uma maneira terrível, de
uma maneira ingrata, e ninguém valoriza. Isso é uma coisa com que o estado tem
que se preocupar - dar a devida atenção aos agentes da Fundação Casa, que se encontram
numa situação de abandono.
Eu queria aqui
citar a morte de mais dois policiais no Rio de Janeiro. Olha só que situação
terrível que o país passa. Para vocês terem uma ideia, tem até um rol que nós
fizemos da situação - só para terminar, Sra. Presidente, me perdoe - dos
policiais mortos no Rio de Janeiro. Olha, gente, nós estamos em 2022. Se fala
tanta coisa. Não põe a foto ainda, Machado; volta para mim aqui, por favor.
A situação no
Rio de Janeiro neste ano, em 2022: 39 policiais militares foram mortos, cinco
policiais civis, cinco militares da Marinha, dois policiais penais, dois do
Corpo de Bombeiros Militares do Rio, um da Polícia Rodoviária Federal - PRF -,
um do Degase, um da GCM, um da Força Aérea e um do Exército. Cinquenta e oito
agentes de Segurança mortos no Rio de Janeiro.
Queria aqui
citar um deles, que foi morto agora, no dia 11, domingo: é o soldado de 31
anos, jovem soldado da Polícia Militar, Caio Cezar Lamas. Pode colocar a foto,
por favor. O Caio Cezar Lamas, de 31 anos, ingressou na corporação em 2018 e
morreu durante troca de tiros com criminosos na favela do Tirol, em
Jacarepaguá.
Ele recebeu
informações de que criminosos estariam reunidos no local. E se deslocaram até
lá, onde houve o confronto, foram recebidos a tiro, e o soldado Lamas foi
atingido e socorrido no hospital, mas não resistiu ao ferimento. Deixou esposa
e filhos. Coincidentemente, aqui em São Paulo nós tivemos um soldado Lamas
também, morto na área do 43; inclusive, era o nome do 43o Batalhão
de Polícia Militar. Nossos sentimentos aos policiais militares do Rio de
Janeiro e à família do soldado Caio Cezar Lamas.
Também no Rio
de Janeiro, mais um policial militar morto. Na segunda-feira, dia 12, ontem, o
sargento Marcelo Ferreira dos Santos, de 43 anos, foi atingido por diversos
tiros efetuados por criminosos. Ele ingressou na Polícia Militar em 2000.
Deixou esposa e três filhos. Mais um policial militar que estava trabalhando e
foi morto por criminosos, o sargento Marcelo Ferreira dos Santos, de 43 anos.
Então, notem
que a situação da Segurança Pública no país é uma situação difícil, merece
atenção das autoridades, não só do Executivo, mas do Legislativo e do
Judiciário, para tentarmos amenizar essa situação.
Para fechar,
lembrar que hoje, dia 13 de dezembro, é o Dia do Marinheiro. Nós tivemos um
evento pela manhã; não fui ao evento, porque nós estávamos com o secretário de
Segurança Pública. Mas um abraço a todos os irmãos e irmãs da Marinha de
Guerra, da Marinha do Brasil.
E hoje também é
o dia de aniversário dos seguintes municípios: Guaiçara, Luiz Antônio, Ourinhos
e Palmeira do Oeste.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a lista de oradores inscritos de forma
suplementar no Pequeno Expediente, chamando à tribuna o nobre deputado Gil
Diniz. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, deputada Janaina Paschoal, boa
tarde aos deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, deputada Bebel,
deputado Coronel Telhada, que me antecedeu, deputada Leticia Aguiar, deputado
Major Mecca, deputado eleito Capitão Telhada. Boa tarde aos nossos assessores,
aos policiais militares e civis, ao público aqui na galeria e a quem nos
assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
subo à tribuna neste momento para prestar minhas condolências à família de
Monsenhor Jonas Abib, a seus amigos, a toda a comunidade da Canção Nova, ao
povo do Vale do Paraíba. Monsenhor Jonas, padre católico que hoje veio a
falecer. E uso este meu tempo regimental, Sra. Presidente, para falar aqui da
biografia de Monsenhor Jonas Abib.
Natural de
Elias Fausto, Monsenhor Jonas nasceu em 21 de dezembro de 1936. Aos 13 anos,
entrou para o seminário salesiano do colégio São Manoel, em Lavrinhas. Cursou
filosofia em Lorena e teologia em São Paulo, sendo ordenado sacerdote em 1964,
com o lema “feito tudo para todos”.
Um dos marcos
em sua vida em Ministério foi quando conheceu a Renovação Carismática Católica,
em setenta e um. Empenhado no trabalho com a juventude, fundou a Comunidade
Canção Nova oito anos depois, em 78, um carisma cuja missão é a evangelização pelos
meios de comunicação.
Em 2002, esteve com o papa João Paulo II,
hoje santo da Igreja católica. O encontro foi para ele a confirmação de sua
missão na Canção Nova. Em 2014, foi a vez de Fátima, Portugal. Lá ele consagrou
ao Imaculado Coração de Maria todo o sistema Canção Nova de Comunicação e
também os membros e sócios dessa obra.
Uma grande realização veio em 2004: a
inauguração do Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moraes, um local
para mais de 80 mil pessoas. Por ocasião da novidade, um grande evento, que se
tornou o maior da comunidade: Hosana Brasil.
Já aos 70 anos de idade, a novidade foi a
gravação do seu primeiro DVD musical, intitulado “Como é linda a nossa
família”. A obra foi lançada no dia 2 de fevereiro de 2008, quando a comunidade
completou 30 anos, e apresenta algumas das melodias consagradas em sua
caminhada na música católica.
Em outubro de 2007, um reconhecimento
importante para o seu ministério sacerdotal: o título de monsenhor foi
concedido pelo papa Bento XVI a pedido do bispo da Diocese de Lorena, dom
Benedito Beni Santos. No ano seguinte, um marco para a Comunidade Canção Nova:
o reconhecimento pontifício em Roma, no Vaticano.
O reconhecimento definitivo veio em 2014,
no dia 29 de junho. Com isso, a Comunidade Canção Nova é considerada pela Santa
Sé como uma associação de fiéis internacional de direito pontifício, ou seja,
está a serviço da Igreja do mundo inteiro, e não só local.
Então as minhas condolências aos irmãos da
Canção Nova. O Monsenhor Jonas Abib eu tive a oportunidade, a honra de conhecer
quando o presidente Bolsonaro visitou a Canção Nova em seu exercício.
O Monsenhor nos recebeu gentilmente na
comunidade, e ele é um testemunho de fé para todos nós, principalmente para os
jovens, ele que é salesiano. A Ordem Salesiana tem esse carisma, né? Cuidar,
promover a juventude, principalmente os mais pobres.
Então eu deixo aqui, desta tribuna, o meu
reconhecimento ao trabalho de Monsenhor Jonas Abib; as minhas condolências aos
amigos, familiares, a toda rede Canção Nova, a todo povo do Vale do Paraíba,
Cachoeira Paulista, deputada Leticia Aguiar, que V. Exa. conhece bem. Essa obra
de Monsenhor não é uma obra local. Como eu disse aqui no texto, é uma obra que
influenciou e influencia o estado de São Paulo, o Brasil e o mundo.
Então hoje é um dia em que nós estamos
enlutados, mas com a certeza daquilo que Monsenhor Jonas Abib pregou durante
toda sua vida, a ressurreição, e nós testemunhamos essa fé.
Eu vejo isso no trabalho de Monsenhor
Jonas Abib à frente da Canção Nova e no seu testemunho, que foi, durante toda a
sua vida, principalmente, deputada Janaina
Paschoal, durante
essa enfermidade que o acometeu, sempre muito sereno, sempre muito correto,
aceitando essas dores que a idade lhe trouxe, que a doença lhe trouxe, mas
sempre dando testemunho de fé na ressurreição e naquilo que ele sempre pregou:
Jesus Cristo.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos,
Sr. Deputado. Eu me uno à V. Exa. externando aqui os sentimentos meus e da Casa
pela passagem do Monsenhor Jonas. Nossos sentimentos, nossa solidariedade aos
familiares, amigos, ao rebanho de Monsenhor. Que seja bem acolhido na Pátria Espiritual.
Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos
de forma suplementar chamando à tribuna o deputado Agente Federal Danilo Balas.
(Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
Deputada Leticia Aguiar.
Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PP -
Obrigada, Sra. Presidente,
cumprimento V. Exa. deputada Janaina Paschoal. Sempre é uma honra estar na sua
presença. Cumprimento todos os colegas aqui presentes, quem nos acompanha pela
galeria e quem nos acompanha pelas redes da Rede Alesp.
Ontem, dia 12
de dezembro de 2022, nós perdemos um grande homem, nosso querido, amado
Monsenhor Jonas, da “Canção Nova”, um homem muito importante para mim, para
minha vida.
Ele foi muito
importante porque, como um pai, um pai de tantas pessoas, ele conseguiu,
evangelizar, curar, restaurar tantas vidas.
O padre Jonas
tem um significado muito importante para toda a família católica, para toda a
família da Renovação Carismática, mas para toda a família cristã do Brasil,
porque foi um grande líder. Ele fez parte da minha geração, eu que sou também
filha da “Canção Nova”, eu e minha família.
Ele fará muita
falta, pelo grande exemplo de ser humano que foi e o grande sonho que ele
conseguiu construir e realizar, que foi esse canal de evangelização, a “TV
Canção Nova”.
A “TV Canção
Nova”, essa grande rede de comunicação, nasceu do coração do padre Jonas e hoje
alcança tantas e tantas vidas, faz tantos milagres, restaura tantas casas e
tantas famílias.
Padre Jonas,
meu muito obrigada.
Obrigada pelo
seu “sim”, pela sua devoção, pela pessoa fantástica que o senhor foi aqui na
Terra. O senhor foi um exemplo, foi um espelho de Jesus aqui na Terra.
E tem uma fala
sua, em uma das suas inúmeras palestras, das suas homilias, das quais eu tive a
alegria de assistir, que o senhor disse qual seria o sentimento de quando um
filho de Deus chega no Céu. Tem esse
trecho neste vídeo.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
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* *
Eu fico
imaginando como foi a chegada de Padre Jonas no céu. Foi exatamente assim.
Tenho certeza que o Céu, os anjos muito se alegraram em receber de volta o
padre Jonas. E nessa imagem - na outra foto, por favor - essas duas pessoas que
estão nessa imagem, padre Léo e monsenhor Jonas Abib, duas grandes referências
católicas e cristãs para mim.
O quanto essas
duas figuras fizeram parte da minha vida, da minha fé, da minha família, e da
vida de tantas e tantas pessoas que sabem do que eu estou falando, que ficam
emocionadas também, porque o padre Léo foi uma das pessoas mais incríveis de
evangelização, de fé, um grande padre, um grande homem de Deus, e o monsenhor
Jonas Abib, juntos, agora no Céu, estão intercedendo por nós.
Tem uma canção
do padre Zezinho que acredito que foi a última canção que o padre Léo cantou,
já doente ele cantou “Alô, meu Deus, fazia tanto tempo que eu não mais te
procurava. Alô, meu Deus, senti saudades tuas e acabei voltando aqui. Andei por
mil caminhos e, como as andorinhas, eu vim fazer meu ninho em tua casa e
repousar.”
Repouse, padre
Jonas, e interceda por nós que, aqui na Terra, vamos continuar precisando do
senhor.
Obrigada.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Belíssima
homenagem da colega Letícia ao padre Jonas. Merecida homenagem. Todos ficamos
emocionados, todos os amigos da Canção Nova recebam esse abraço da colega, o
meu, o desta Casa.
Seguindo aqui com a lista dos oradores
inscritos de forma suplementar no Pequeno Expediente, chamo à tribuna o nobre
deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, hoje pela manhã estivemos na
Secretaria de Segurança Pública com o novo secretário, capitão Derrite, os
deputados desta Casa, Coronel Telhada - grande policial e grande político, a
política vai sentir a sua falta pelo trabalho, pela assiduidade, sempre aqui,
sempre atuante -; Major Mecca estava lá também; capitão Telhada, que está
chegando a esta Casa; Gil Diniz estava lá também e, realmente, foi a primeira vez
que eu vi uma reunião...
Os outros
delegados, o Delegado Olim e outros delegados, deputados federais e estaduais,
pessoas da área, fazendo uma reunião antes da posse do secretário e do
governador Tarcísio.
Eu acho muito
importante isso. Se eu me recordo, a última vez que vi isso foi quando o
coronel Erasmo Dias reuniu nós, da Rota, criando o Garra. Porque tem que ter a
união das polícias para combater o crime.
Nós cobramos
isso lá. Falei a respeito do que aconteceu no litoral, que bandidos invadem a
casa de conhecidos meus, roubam sete mil reais, roubam o veículo Toro, chegam a
agredir a família, levam joias.
Pessoas
trabalhadoras, até pescador, não eram pessoas ricas não. São perseguidos no
Guarujá, há uma troca de tiros, um bandido morre, um é baleado e o outro é
preso.
A corregedoria
da Polícia Militar, como fogo amigo, covardes, hipócritas, pegam as câmeras dos
policiais e fazem eles uma análise das câmeras. As câmeras não falam nada. Eles
acham que o policial, quando atirou no bandido, se jogou no chão para dar o tiro,
para não ver atingir o bandido.
Eles que acham.
Também não sou contra nenhuma apuração, como falei hoje ao secretário Derrite,
que está assumindo, e ao próprio coronel Cássio, que estava assumindo,
juntamente com o delegado Artur.
Não sou contra
nada disso, o que não pode é a Corregedoria da Polícia Militar agir
politicamente contra o governo Tarcísio e contra o secretário e o comandante
que estão entrando, apresentando aquelas imagens, tipo: “Se vocês tirarem as
câmeras, olhem a desgraça que vai acontecer”.
Quer dizer,
eles analisaram, eles não mandaram para a promotoria pública, eles não mandaram
os policiais para serem julgados no júri, que é a função da Justiça, julgar. Eu
fui julgado dezenas e dezenas de vezes.
O Caco
Barcellos fez um livro e colocou um capítulo especial só para mim, “o deputado
matador”. Eu tive que escrever um outro, o “Matar ou Morrer”, que eu tenho as
minhas histórias, porque eu não entro na Globo para falar, não é?
A única vez que
eu fui na Globo me chamaram lá para ser entrevistado e tinham dois bandidos que
saíram da cadeia para debater comigo, não sei o que lá, os caras... Não sabia
nem que eram bandidos, mas foram lá debater comigo.
Fiquei uma hora
sentado esperando em um quartinho e quando me chamaram estavam lá dois bandidos.
Até hoje estão aí, são cantores. O problema é deles, não é problema meu, mas
estou falando como funciona.
Então, o triste
é a Corregedoria da Polícia Militar colocar na cadeia policiais que estão
trabalhando. Eles não estavam embriagados, não estavam... Estavam perseguindo
bandidos.
Então, eu
espero, governador Tarcísio, peço a Deus, rogo a Deus que realmente você cumpra
aquilo que foi prometido na campanha, pois nós apoiamos e rodamos São Paulo
inteiro com as mesmas ideias, com aqueles deputados, delegados e militares do
estado. Se a gente afinar para qualquer pressão, eles atropelam a gente mesmo.
Vem Globo, vem não sei o quê.
A polícia tem
que dar segurança para o povo. Não tem que dar segurança para ninguém, a não
ser para o povo. Não tem que dar satisfação para ninguém, a não ser para o
povo, aquele que vota em mim e que me elege. Essa é a grande verdade.
“Ah, os
bandidos do PCC...” Que PCC? Hoje mesmo recebi um recado de um coronel lá da
Baixada, Alexandre não sei o quê, parece que é um comandante, para os policiais
aposentados... Coronel Telhada, Major Mecca, para os aposentados tomarem
cuidado, para andarem nas ruas e tomarem cuidado, pois os bandidos, por ordem
do PCC, estão nos matando, aposentados, para pegar a nossa arma. E quem vai
fazer o quê? Sou eu que vou fazer?
Até me lembrei
hoje, em uma reunião lá, de uma coisa que um coronel amigo meu, que começou a
carreira comigo na Rota, como tenente, o coronel Hermínio, que um dia me liga e
fala, eu como deputado: “Vem aqui, tem uma ameaça de morte contra você”.
Eu vou lá, o
Hermínio me chama na sala... Estávamos eu e o Rafael, que trabalha comigo. E
ele fala: “Olha, realmente está correndo...” Trouxe o P2, não sei o quê. “Esse
cara está a fim de te matar.” E me mostra a fotografia do cara.
Eu fiquei
olhando para o coronel, que é meu amigo, era meu amigo. Vou fazer o quê? Abri
os braços: “Espera aí, vou fazer o quê?”. Até pedi apoio aqui, na época, à
Assessoria Militar e o bandido foi preso. Mas, por incrível que pareça, o
coitado do coronel Hermínio foi andar de bicicleta na Engenheiro Caetano
Álvares e foi morto por bandidos lá.
Então, é a
mesma coisa agora. Será que é verdade? O coronel mandou mensagem para os
aposentados tomarem cuidado? O que o aposentado vai fazer, meu Deus do céu? O
que você vai fazer com 60, 70, 50, contra bandido? É a polícia que tem que
fazer, a Polícia Civil e a Polícia Militar. Ou vamos ficar pior que o Rio de
Janeiro?
É isso que
vamos exigir. Vamos cobrar, vamos cobrar, sim, para a população, não para mim.
Para mim, não, eu já vivi muito. Para mim não tem muito o que fazer, mas a
população que elege os seus políticos tem que ter direito à segurança, como foi
falado pelo próprio Major Mecca.
O problema do
pancadão é um terror desgraçado, ninguém consegue dormir em vários lugares de
São Paulo. Não consegue sair de casa, não consegue chegar em casa. Tem criança
passando a noite inteira acordada por causa de bandido, por causa do PCC.
Então, eu
espero que essa reunião realmente tenha vantagens e realmente que o pessoal que
está assumindo, pessoas jovens, que ponham a polícia na rua, que deem condições
para os policiais civis e militares trabalharem, paguem um salário digno,
valorizem.
E que o
Tarcísio, governador, cumpra o que foi prometido na campanha. O Doria também prometeu
e, na primeira ocorrência, lá de Paraisópolis, ele fugiu. A partir dali, ele
morreu.
Obrigado,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Haja vista que só temos um minuto para o término do
Pequeno Expediente, finalizo o Pequeno Expediente neste momento.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Abro o Grande
Expediente iniciando a chamada dos oradores inscritos, chamando à tribuna a
nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado
Daniel José. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia
Amary. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo.
(Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de dez minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Retorno aqui a esta tribuna no
Grande Expediente para falar e assinar embaixo das palavras do deputado Conte
Lopes, elogiar também o discurso do Major Mecca - acompanhava pelas redes aqui
da Assembleia Legislativa.
Hoje nós fomos
na Secretaria de Segurança Pública a convite do secretário Guilherme Derrite,
capitão de Polícia Militar, que gentilmente nos concedeu esse tempo para ouvir
aqui as demandas. Estavam juntos o coronel Cássio, que será o próximo
comandante-geral de Polícia Militar; o delegado Arthur; o adjunto, delegado
Nico.
E nós desejamos
a essa equipe da pasta de Segurança Pública muito sucesso e que contem conosco
aqui neste Parlamento, o deputado capitão Conte Lopes e o deputado Major Mecca,
que têm muito mais experiência do que eu, do que muitos aqui neste plenário
nessa questão da Segurança Pública. E eu aprendo diariamente com eles aqui no
dia a dia no plenário, na comissão também.
Fui membro da
Comissão de Segurança Pública. Quero continuar, Major Mecca, deputado Conte
Lopes, contribuindo também e aprendendo com V. Exas. e ajudando o governador
eleito Tarcísio Gomes de Freitas e agora o secretário Guilherme Derrite nessa
missão de gerenciar a Segurança Pública no estado de São Paulo. Nós sabemos que
a Segurança Pública aqui está um caos.
O Coronel
Telhada em seu discurso aqui colocou vários crimes contra a vida dos nossos
policiais militares, Major Mecca, e isso se tornou - não só policiais
militares, agentes também da Fundação Casa, policiais civis também - uma rotina
aqui no estado durante as últimas décadas. Nós queremos resgatar isso e
obviamente o governo eleito terá o nosso apoio.
Justamente
fomos eleitos, essa bancada de Segurança Pública, fazendo o contraponto ao
governo do PSDB e obviamente prometendo ali mudanças na Segurança Pública.
Então o que nós
prometemos, Conte Lopes, na campanha, nós seremos cobrados também e muito
cobrados, porque nós sempre no último mandato mantivemos a coerência aqui.
Então,
obviamente, o nosso público - não só os policiais militares e civis - fará essa
cobrança, mas principalmente aqueles que são atendidos pela Segurança Pública:
a população.
Os deputados
que estão aqui, Major Mecca, deputado Conte Lopes, foram campeões de votos
justamente com essa pauta, com essa demanda.
Então nós vamos
aqui fazer as nossas contribuições e ajudar o governador, o secretário, a
viabilizar essas promessas, essas demandas.
Mas,
presidente, retornei aqui à tribuna para repercutir um pouco daquela noite de
terror em Brasília ontem. Primeiro, o xerife Alexandre de Moraes na posse do
Lula, num gesto de - ponha aspas aqui - “pacificação”, saiu ameaçando o Brasil
inteiro. Disse ali com todas as palavras que vai continuar perseguindo desafeto
político. A tradução daquele discurso é essa.
E é
perigosíssima uma fala como daquele ministro num discurso da diplomação do
presidente Lula. O ministro magistrado está fazendo política ali, ele está
falando de política. Meu Deus do céu, ele não sabe o lugar dele; nós sabemos.
Ele não sabe. Ele acha que ele pode tudo, que ele é o todo poderoso e não há
nada que pare a saga de Alexandre.
Ele mandou
executar ontem, deputada Janaina Paschoal, a prisão de um índio. Olhe, já
prendeu deputado no exercício do mandato, já afastou prefeito numa canetada, o
prefeito eleito.
Cidadão, o teu
voto não está valendo mais nada se depender da vontade desse cidadão, que se
acha acima da lei, e está acima da lei, descumprindo a lei. Eu falo isso como
deputado, sabendo do risco que eu corro de perder meu mandato, deputado Conte
Lopes, de perder a minha liberdade.
Esse cidadão,
ele está tirando caminhão de empresa, multando, deputada Janaina Paschoal, em
cem mil, em vinte mil/hora quem ele acha que deve multar. E ontem ele mandou
executar a prisão de um índio.
Onde é que ele
vai parar? Onde ele vai parar? Cadê as organizações de direitos humanos? Cadê a
bancada de esquerda? Ah, não, espera aí. Esse índio aí não faz parte do
movimento, não merece ser protegido.
Vejam vocês
aqui, utilizam essas minorias como massa de manobra o dia inteiro,
diuturnamente. Não apareceu um para defender, da esquerda, obviamente, esse
cidadão, um líder indígena. Por quê? Porque ele defende o presidente Bolsonaro,
porque ele não é de esquerda, porque ele não estava ali fazendo a algazarra que
os companheiros aqui fazem.
E olha que coincidência:
o consórcio da imprensa, quando aqueles militantes incendeiam Brasília, quebram
carros, Mecca, incendeiam ônibus, tem ali vários marginais de capuz com
estilingue, coquetel molotov. “Manifestações bolsonaristas ateiam o caos em
Brasília.” Mentira. Mentira.
Há anos nós
vamos às ruas, e sequer uma lixeira nós viramos. Não tem uma janela quebrada.
Há 40 dias, deputado Conte Lopes, cidadãos brasileiros estão em Brasília
acampando em frente ao quartel general do Exército e não tem uma única pichação
em um muro.
Aí, olha que
coincidência: quando os companheiros aparecem em Brasília para apoiar o
descondenado, aí vem o caos, aí vem aquela tática Black Bloc que nós conhecemos
aqui, que a nossa Polícia Militar conhece aqui das manifestações de 2013 e
outras mais; incêndios criminosos em ataques. Marginais, bandidos.
“Olha, foram os
bolsonaristas.” Acuse do que você faz, xingue do que você é. Canalhas,
bandidos. Aquele gordo, e eu falo com lugar de fala, deputada Janaina Paschoal,
porque sou gordo também, que será ministro da Justiça, ele convoca, Mecca, uma
coletiva de imprensa como se ele já fosse ministro.
O próximo
delegado-geral da Polícia Federal dá entrevista dizendo que os marginais estão
lá no QG, são do QG, mas não prenderam um, não prenderam ninguém. A Polícia do
DF, tão elogiada, mas não prendeu ninguém, não prendeu um para saber o destino
daqueles marginais, de onde vieram. Nenhum.
E não prenderam
nenhum. Já sabem de onde são, de onde vieram, financiados por quem. Mais uma
narrativa para criminalizar pessoas de bem, cidadãos de bem, ordeiros, que
estão há mais de 40 dias em frente ao quartel general do Exército. Por favor,
Machado, passe aqui um vídeo por gentileza. É só um resumo ali do que aconteceu
ontem.
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- É exibido o
vídeo.
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Olha que
interessante, estão dizendo que os patriotas, Mecca, estavam queimando um carro
ali com a bandeira nacional. Olha que interessante, os patriotas estavam
gritando “Lula livre” e “Fora, Bolsonaro”.
Ah, pelo amor
de Deus, parem de mentir, ninguém acredita nisso, nem vocês que estão colocando
aqui essa narrativa, digo novamente, para criminalizar cidadãos de bem,
cidadãos ordeiros, cidadãos que estão nas ruas protestando e a Constituição que
o xerife não respeita. Mas nós ainda temos uma Constituição.
Então, deixo
mais uma vez aqui o meu repúdio a esse ministro que se acha acima do bem e do
mal, que se acha acima da lei, que ameaça o povo brasileiro nesse momento e
que, entre outros absurdos, prendeu uma liderança indígena ontem.
E olha que o
mandado de prisão estava desde o dia 10, mandado desde o dia dez. Demoraram
dois, três dias para achar o líder indígena, e calhou de ser justamente no dia
da diplomação do descondensado. Olha que coincidência.
Já prendeu um
deputado federal no exercício do mandato, já multou empresa, já derrubou rede
social de parlamentares aqui, cerceando o direito de o deputado se comunicar
com seu eleitorado, e nós não sabemos onde esse cidadão vai parar.
Hoje, os
conservadores, as lideranças de direita são as vítimas desse cidadão, muito
embora o Partido da Causa Operária, que está no espectro à esquerda, cometeu o
crime de defender a liberdade de expressão e foi punido também por esse
cidadão.
Hoje, alguns
deputados recuperaram as suas redes sociais, mas estão, deputada Janaina
Paschoal, com a sua tornozeleira digital, porque se ousarem digitar ali alguns
termos tomarão, Mecca, 20 mil reais de multa descontados em seus holerites, em
suas folhas de pagamento se cometerem o crime de digitarem algumas palavras em
suas redes sociais.
Até quando,
senhores, onde o xerife vai parar?
Muito obrigado,
Sra. Deputada Janaina Paschoal.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
Seguindo aqui com a lista dos oradores
inscritos no Grande Expediente, chamo à tribuna o nobre deputado Marcio
Nakashima. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado
Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris
Moura. (Pausa.)
Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado
Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar.
(Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Janaina Paschoal. Não farei uso da
palavra. Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de 10 minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, de
volta à tribuna no dia de hoje, eu estava no meu primeiro pronunciamento aqui
comemorando e parabenizando as educadoras de Educação Infantil, tanto de
Roseira como também de Nova Odessa, que conseguiram aprovar dois projetos
importantes de valorização das suas respectivas carreiras, reconhecendo que
elas são docentes.
Eu queria só,
para encerrar esse meu pronunciamento, passar aqui os dois vídeos desse momento
da aprovação. O primeiro vídeo é da Câmara Municipal de Roseira, onde foi
aprovado um dos projetos.
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- É exibido o
vídeo.
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E agora o outro
vídeo da cidade de Nova Odessa.
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- É exibido o
vídeo.
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* *
Então duas
vitórias importantes das educadoras de Educação Infantil e do movimento “Somos
todas Professoras”.
E quero, Sra.
Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público aqui presente, primeiro,
logicamente, repudiar veementemente o que aconteceu ontem em Brasília, na
capital do País, atos de terrorismo, atos nazifascistas, de delinquentes,
seguidores do Bolsonaro, seguidores da extrema-direita do Bolsonaro, que são
verdadeiros delinquentes.
Tocaram o
terror ontem em Brasília, queimando ônibus, atacando um escritório, uma sede da
Polícia Federal, queimando carros, ameaçando pessoas entrando dentro de
restaurantes. Foi um absurdo o que aconteceu ontem. O Brasil tem que repudiar
veementemente.
E ali não foi
só esse ato protofascista. O que mais nos preocupa é a omissão das
instituições. Onde estava a polícia para reprimir? A polícia do Distrito
Federal só chegou horas depois, ninguém foi preso, não teve uma única pessoa
presa, fichada. Um absurdo o que está acontecendo hoje, no Brasil. Há uma
complacência, uma prevaricação das instituições responsáveis por monitorar e
por oferecer segurança à população.
Porque todos
que sabem que esses atos são atos contra o Estado Democrático de Direito,
contra a Constituição Federal, contra a democracia, e eles estão espalhados em
todo o Brasil. São pequenos, mas são barulhentos e são violentos, muitas vezes.
Grupos fechando estradas, tocando terror nas estradas.
Aqui na frente
da Assembleia Legislativa, é uma vergonha o que está acontecendo aqui, a
entrada da Assembleia Legislativa está fechada já há um mês. O Poder
Legislativo, a maior Assembleia Legislativa da América Latina está fechada, se
curvando a golpistas, a pessoas que defendem golpe militar. É um absurdo. A
Assembleia Legislativa não pode aceitar.
Inclusive, eu
já faço aqui um pedido público ao presidente da Assembleia Legislativa, à Mesa
Diretora, para que tomem providências no sentido de que haja a abertura da rua.
Eles que fiquem
lá do outro lado, mas não deste lado, porque essa ocupação, essa invasão, que
não é democrática, porque quem pede golpe militar, golpe de Estado, não está
dentro da Constituição Federal. Isso não é uma manifestação popular, é uma
manifestação autoritária, que defende ditadura, intervenção militar.
Então eles não
têm o direito de fechar a porta da Assembleia Legislativa, impedindo que as
pessoas frequentem a Assembleia Legislativa, participem dos debates, das
audiências públicas, trazendo transtornos.
Eu tenho
realizado várias audiências nesses dias e as pessoas reclamam, falam “eu não
sabia que aquela entrada estava fechada e sem querer eu saí ali e quase fui
agredido, porque estava com uma camisa vermelha, pensaram que eu era um
petista”. E a pessoa quase foi agredida lá do outro lado, um absurdo isso. A
Assembleia Legislativa tem que tomar providências.
É o que está
acontecendo em Piracicaba. Eu estou acompanhando, existe uma escola estadual na
mesma rua do Tiro de Guerra, que é a Escola João Guidotti. Lá, a comunidade
escolar é ameaçada pelos golpistas, que ameaçam professores, alunos, pais de alunos.
Eles ocupam toda a frente da escola e ameaçam a comunidade escolar. Mas ontem
foi demais, a sociedade tem que reagir.
Vi o deputado
Gil Diniz falando que o Alexandre Moraes mandou prender um índio. Deputado,
quem mandou prender foi o PGR, foi o Aras, que vocês indicaram. Foi o PGR que
mandou prender, ele só cumpriu a decisão, ele só avalizou. Foi isso. E esse
índio é um índio duvidoso, considerado um índio traidor da comunidade indígena,
não tem representatividade nenhuma.
O Bolsonaro tem
isso, quem apoia é tudo fake, padre fake. É um indígena que apoia um governo
contra a comunidade indígena. Ele nomeia um negro na Fundação Palmares que é
contra os negros, contra o movimento negro e que diz que não tem racismo no
Brasil. Nomeia um ministro do Meio Ambiente que é contra o Meio Ambiente.
Nomeia um
ministro da Educação que é contra a Educação pública. Educação destruída no
Brasil, cortes de verbas: assim é o governo Bolsonaro. Vem a Damares, para
representar as mulheres.
Ela é contra as
mulheres do Brasil. Esse é o governo Bolsonaro, o governo da destruição
nacional, mas que está vivendo os seus últimos momentos. Mas agora ele criou o
“Bolsoterrorismo” no Brasil.
Então o que
aconteceu ontem foi muito grave. Isso tem que ser respondido. Vossa Excelência
também disse que o Flávio Dino, que foi indicado para ser o novo ministro da
Justiça, foi dar entrevista em Brasília. Logicamente, porque o atual ministro
da Justiça é cúmplice do que está acontecendo em Brasília. Ele não foi lá. Ele
estava jantando num restaurante.
Só depois,
quase meia noite, que soltou uma nota. No momento, ele estava jantando, e não
tomou nenhuma providência. Mas nós sabemos que esses atos são orquestrados, na
verdade, pelo Gabinete do Ódio, e existe um movimento por detrás disso, para
tentar produzir um Capitólio tupiniquim na posse do Lula. Eles já começaram o
Capitólio. Isso é um Capitólio, e pode ser muito pior lá na frente.
Porque, quantos
CACs estão armados? Mais de 1 milhão de pessoas armadas no Brasil. Foi por isso
que ele liberou as armas. Sei que V. Exa. defende os CACs, já fez até audiência
pública aqui. Mas é temeroso o que pode acontecer. Mas o Flávio Dino não
deveria estar lá. Mas há uma omissão, há um vazio de poder, e é um vazio também
deliberado.
É um vazio que
tem um projeto. O silêncio é um silêncio cúmplice, para estimular a violência,
que só pode se agravar mais se nada for feito. Então eu queria até, nos poucos
minutos que me restam, passar as imagens do vandalismo da extrema direita dos
seguidores do Bolsonaro.
Olha só, esse é
o bolsonarismo, a extrema direita, a noite de terror. Bojões de gás, olha lá,
para explodir. Tentaram empurrar um ônibus de um viaduto, que mataria várias
pessoas. Olha só, o ônibus. Esse é um viaduto. Tentaram empurrar. É que o
chassis desse ônibus ficou encravado numa parte da ponte. Senão o ônibus ia
cair lá embaixo, e matar várias pessoas.
Isso é o
bolsonarismo, a extrema direita. Esse é o nazifascismo do Brasil tupiniquim.
Esse é o início do Capitólio que eles querem fazer. E fizeram, ontem, porque
foi exatamente a diplomação do Lula. Foi por isso que eles fizeram.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
Aí tem os
vídeos mostrando. Esse é o Bolsonaro, essa é a extrema direita, é o fascismo, é
o nazismo. Isso é o que V. Exas. estão defendendo. E o Brasil repudia isso.
Então era isso.
Fica aqui o nosso repúdio veemente aos atos de terror nazifascista do governo
Bolsonaro.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Uma breve comunicação.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - O deputado Carlos Giannazi não nos concedeu um aparte, que o
Conte Lopes solicitou, e solicitei também. Ele não nos deu. Mas eu queria
dialogar com o deputado Carlos Giannazi. Ele disse que os manifestantes viram
ele com a camisa vermelha, e o identificaram como petista.
Nós sabemos
que, na carteirinha, ele é do PSOL. Mas, no coração dele, com certeza ele é
petista. Defende com unhas e dentes o petismo, ainda que diga que não. É uma
paralaxe cognitiva. Tem a definição desse conceito.
Presidente, nós
repudiamos aquela noite de horror em Brasília. Foi o que eu disse: eu não
concordo com aquilo. Ainda que aquelas pessoas, terroristas - nisso, eu
concordo com o Giannazi - fossem nossas aliadas. Mas não são, presidente.
Eu trago aqui
para São Paulo. Meses atrás, o Galo do Lula, que eles chamam, na rede social,
de Galo de Luta, eles incendiaram, em São Paulo um monumento a Borba Gato. Um
incêndio ao lado de um posto de gasolina. Mas não deram uma linha de repúdio.
Pelo contrário: incentivaram esses atos de vandalismo, esses atos de
terrorismo.
Esse cidadão
será condenado. Já está pronto para ser condenado, e espero que seja, no
tribunal. E fiz parte também desse processo, tentei ajudar, com meu mandato, a
esclarecer esse crime. Deputado Giannazi também.
Ele acha que
ele tem o monopólio - com todo o respeito, deputado Giannazi - da ofensa.
Porque ele ofende, desta tribuna, índios, ofende negros, ofende mulheres, como
já ofendeu várias vezes a ministra Damares, deputado Frederico d'Avila.
E está tudo normal.
Mas vai um de
nós falar um “azinho”, ainda que de maneira efusiva, impulsiva... Para você ver
o que a militância, a narrativa de esquerda faz conosco. Destrói a nossa vida,
a nossa reputação.
Então, eu deixo
aqui, desta tribuna, o meu repúdio a esses terroristas, mas o meu repúdio
também ao preconceito, ao racismo do deputado Carlos Giannazi, que acha que um
negro que critica a esquerda não merece ser chamado de negro, que um índio que
não é de esquerda não merece ter o título de índio.
É só verificar
as palavras do deputado Giannazi, que disse aqui: “um índio duvidoso”. O que é
um índio duvidoso, meu Deus do céu? O que é um índio duvidoso? A ministra
Damares, que agora é senadora da república, não merece ser respeitada como
mulher. Violência de gênero, não? Então, deixo aqui o meu repúdio aos
terroristas, mas ao preconceito, também, do nosso colega de Parlamento,
deputado Carlos Giannazi.
Espero que seja
um deputado, aqui, em desconstrução de tanto preconceito.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não,
deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Poderia fazer uma
comunicação, se o deputado d'Avila permitir?
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu concedo a V.
Exa., depois ao deputado Mecca, e aí passamos para o orador. Pode ser,
deputado? É regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sra. Deputada. O deputado Gil Diniz está distorcendo
as minhas palavras. Vamos lá, ponto a ponto: primeiramente, eu não disse que eu
fui agredido lá fora e que estava com a camisa vermelha.
Pessoas que
entraram aqui na Assembleia Legislativa, e que porventura estavam com roupas
vermelhas, foram agredidas nesse acampamento de golpistas, de pessoas que estão
agredindo a Constituição Federal, pedindo golpe militar. Essas pessoas foram
agredidas. Então, primeiro ponto. Acho que V. Exa. se equivocou. É só voltar a
fita aqui.
Em segundo
lugar, em nenhum momento eu fiz afirmações racistas ou preconceituosas. Eu fiz
aqui uma análise crítica do comportamento de pessoas ligadas ao bolsonarismo,
que faz parte...
Por exemplo,
ele nomeou, na Fundação Palmares, que é uma fundação que tem como missão
fundamental defender o povo negro, a cultura negra e combater o racismo
institucional e estrutural, uma pessoa que diz que não há racismo no Brasil,
uma pessoa que milita contra o Movimento Negro e contra toda a história de luta
dos negros, que lutam contra o racismo e a escravidão.
E assim é.
Nomeou um ministro do Meio Ambiente que ajudou a destruir o Meio Ambiente do
Brasil; inclusive, responde a processo por isso, teve que sair do ministério
respondendo a vários processos. E assim vai.
A agora
senadora Damares também; eu não estou fazendo uma crítica à pessoa dela, mas ao
comportamento dela enquanto ministra. E tenho certeza de que vai ser um
desastre como senadora. Também milita contra os interesses das mulheres: não
contra a esquerda que eu estou falando, é contra os interesses básicos das
mulheres.
Isso é o
bolsonarismo. Mas o Paulo Freire, que V. Exa. deveria ler mais, explica isso,
que é: o oprimido hospeda dentro dele o opressor. Então, tem um indígena, por
exemplo esse, que foi preso por ordem do Aras, o procurador-geral da
república... Foi ele que ordenou a prisão desse “indígena” - entre aspas,
porque ele é pastor, é estranho. É um índio, no mínimo, estranho.
Mas, de
qualquer forma, ele apoia um governo contra a comunidade indígena. É o oprimido
absorvendo, incorporando dentro dele os interesses do opressor; isso
infelizmente acontece.
É o processo
ideológico; aí tem que fazer um estudo do que é a ideologia, de como ela se
manifesta e de como que uma pessoa oprimida defende interesses que são da
classe do opressor.
Muito obrigado.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sra.
Presidente. Para uma comunicação.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental,
deputado.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Deputado Carlos
Giannazi, o senhor sabe o quanto nós temos respeito pelo seu trabalho
legislativo. No entanto, nos causa perplexidade os CACs incomodarem tanto a
esquerda, e traficantes e criminosos integrantes de facções não os incomodam
armados, matando cidadãos de bem, matando trabalhadores, dominando o povo pobre
do nosso Estado, nas favelas, que são dominadas pelo crime organizado.
Na verdade,
deputado, seria muita ingenuidade e falta de discernimento acreditar que as
ações provocadas ontem à noite no Distrito Federal foram feitas por patriotas,
por homens e mulheres que respeitam a bandeira, a nação, o nosso povo. É muito
pouco discernimento dizer que aquilo ali foi causado por essas pessoas que
estão aqui, em frente ao Comando Militar do Sudeste, exercendo um direito
constitucional de manifestação.
Eu, ao longo
dos meus 31 anos na Polícia Militar do Estado de São
Paulo já preservei
manifestação de maconheiros, pedindo a liberação de drogas, e a Polícia Militar
teve que fazer a segurança dos manifestantes, que pediam a liberação de drogas.
Nós sempre
respeitamos as manifestações. Quantas vezes nós fomos recebidos, nós, policiais
militares, em manifestações, nos agredindo verbalmente, chamando-nos de
assassinos, nos agredindo com pauladas, pedradas, garrafadas.
Nós sempre
efetuamos as prisões e mantivemos o direito de manifestação. É impressionante
como, neste momento, no Brasil, a Constituição Federal é desrespeitada. O povo
não pode ao menos não concordar com um processo eleitoral que não mostra a
transparência suficiente para convencer a maior parcela do povo brasileiro que
o processo foi legítimo e transparente.
Não podemos
viver em um país onde o povo não é respeitado, e estou aqui nesta Casa hoje
porque, ao longo dos meus 31 anos de Polícia, eu sempre constatei a falta de
respeito com o povo. Porque a esquerda, quando esteve no poder, nunca ajudou o
povo da favela.
Eu sempre fiz
parto dentro de viatura, soldado sempre socorreu criança dentro de favela,
porque em São Paulo nunca teve hospital público, nunca teve escola digna para
educar as crianças.
Na quebrada
nunca teve centro educacional, esportivo, cultural, para ensinar para uma
criança o que é música, o que é teatro, o que é cinema. Ficam incentivando
pancadão, dizendo que é cultura, para enganar o povo, para que os pobres dos
jovens, das crianças, fiquem curtindo festas regadas a drogas, com marginal
ostentando fuzil, oprimindo aquele trabalhador que chega em casa e não consegue
dormir, como delata para nós em ligações.
“Major, hoje
está insuportável o cheiro de maconha na porta da minha casa, ninguém consegue
sair e ninguém consegue entrar dentro de casa, a rua inteira”. E, quando chegam
os policiais militares lá, para desfazer o pancadão, a PM é aplaudida pelo povo
de bem, e é oprimida e punida pelo atual governo do estado de São Paulo.
É isso que a
esquerda proporcionou para o nosso povo: enganação. E agora está aí, na
formação dos ministérios.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado, e passo a palavra ao deputado Frederico d’Avila, por
sessão de tempo do deputado Agente Federal Danilo Balas.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Um aparte para eu responder ao
nobre deputado Carlos Giannazi, que está se retirando. Eu pedi um aparte e
ele não agiu democraticamente, como ele costuma agir, mas me deixou falando
sozinho aqui.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Deputado, só
um minuto. Vossa Excelência concede o aparte? Palavra com o deputado Conte.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Carlos
Giannazi, é uma vergonha, realmente, o que você nos coloca. O povo está aqui no
Exército.
O povo deveria
estar aqui nesta Casa. E sabe por que não está? Porque os políticos de hoje são
tudo TikTok. Os políticos ficam brigando na imprensa porque tiraram o celular
dele, a rede social que ele fala ou deixa de falar.
Em vez de os
caras estarem em Brasília, brigando lá para ver se as urnas foram válidas ou
não foram válidas. Ele então procurou nas redes sociais deles. Esse pessoal
está aí porque, como eu, colocaram a dúvida se a urna foi verídica ou não. Eu
também não sei, eles também.
Se alguém falar
para eles “ó, não, realmente a urna... ganhou”. Eu falei aqui mil vezes na
tribuna, a eleição se ganha ou se perde. É no dia que se ganha a eleição. Se o
Lula ganhou a eleição nós vamos chorar na cama, agora alguém inventou, não fui
eu, que pode ter fraude nas eleições. E nós vamos ficar a vida inteira pensando
se teve fraude ou não? Alguém não pode explicar para a gente, o Tribunal
Superior Eleitoral, se houve fraude ou não?
É isso que esse
povo quer saber, a hora que falar: “Não, realmente o cara ganhou, o outro é...”
acabou. Só que a própria deputada colocou nas redes dela esse problema.
Por que o povo
está na rua? Porque levaram uma suspeita. E são pessoas idosas até, muitos como
eu, que estão aí nas ruas achando que estão brigando porque foram surrupiados
nas eleições, é só isso. Se alguém explicar para eles o código fonte, que eu
nunca ouvi falar nisso aí, tem um código fonte lá, e explicar essas coisas.
É só isso que o
povo quer, se explica vai todo mundo embora, mas não, está a dúvida sobre o que
aconteceu nas eleições. E eu acho que eles deveriam estar aqui. Vossa
Excelência mesmo já invadiu esta Casa com os professores.
Não lembro, mas
na época ficaram vários... quinze dias aqui. Invadiram a Câmara Municipal,
voltaram a invadir aqui. Aqui é o lugar de invadir, eu não sei por que o povo
está no Exército, eu também não sei por que. Deviam estar aqui. E não nós,
deviam estar em Brasília cobrando.
Essas deputadas
que têm redes sociais, os deputados. Os deputados no Qatar, não sei aonde,
deveriam estar lá segurando os projetos, defendendo o povo. Agora, se ninguém
faz nada...
Aqui mesmo
nesta Casa, quantas vezes defendi o deputado Frederico d’Avila aqui, para ter o
direito de falar. Muitos aqui, inclusive vários deputados, queriam proibir o
deputado de se defender, de falar na Casa.
Se o deputado
não pode falar está certo o Alexandre de Moraes quando ele prende o Daniel. Vão
os deputados lá e votam favoravelmente à prisão do cara.
Mudou a
política. Do meu tempo mudou. Esta Casa, inclusive... Hoje não, qualquer coisa
que você fala aqui, não, “vou entrar no Ministério Público”. E entra. Todo
deputado aqui vai ao Ministério Público, como se isso não fosse poder.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB -
Independentemente de questão ideológica, de conceitos e... A fala do deputado
Conte é muito importante, porque quando um deputado abre mão de exercer o seu
mandato, de debater os temas dos projetos no Parlamento, no plenário, e vai
pedir para o Judiciário resolver as suas pendências, está infantilizando um
poder que está na mesma altura do Poder Judiciário.
Então, independentemente de ser de
esquerda, de direita, do partido, o que está acontecendo hoje é consequência
desse projeto de infantilização.
Os membros do Poder Legislativo têm que
parar de baixar a cabeça e de buscar solução para os seus conflitos em outros
poderes, então a fala de V. Exa. é preciosa sobre o ponto de vista da teoria do
estado.
Agora passo a palavra ao deputado que
está na tribuna, Frederico d’Avila, pelo prazo regimental e dez minutos.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL -
Olha, infelizmente o professor Giannazi já deixou aqui o plenário, mas eu
queria esclarecer para ele, deputado Gil Diniz, que essa esquerda vive de
paradoxos, não é?
Por exemplo, o
Sr. Josef Stalin, o Sr. Adolf Hitler, o Sr. Benito Mussolini, o Sr. Kim
Il-sung, o Sr. Enver Hoxha, o marechal Tito, eram todos desarmamentistas. Aí eu
falei aqui de fascista, nazista, comunista, a característica em comum deles é
que são todos desarmamentistas.
Então como pode
o professor Giannazi categorizar como nazistas e fascistas aquelas pessoas que
estão se manifestando em Brasília ou aqui em São Paulo?
Ditadura
militar, esse pessoal aplaude muito aquele famoso quadro dos quatro perfis:
Marx, Lenin, Trótski e Stalin, né? E Engels, não é? Os quatro que têm muito lá
na União Soviética. Aplaudem todos esses aí.
E nós vimos aí
o Flávio Dino, no ano passado, segurando uma foice e um martelo com um boné
equivalente ao da farda cubana, com uma estrela vermelha em cima, e ele esquece
de dizer também...
Ele quer dizer
para nós: “Ditadura Militar”. O marechal Tito era o quê? Na Iugoslávia, né? O
Sr. Fidel Castro era o quê? O Sr. Daniel Ortega é o quê? O ex-presidente Hugo
Chávez, que era coronel do Exército, era o quê? É tudo ditadura militar.
Agora, quando é
deles, não é ditadura. Quando é nosso, é ditadura. É aquela história: não é o
que você diz, é quem diz. Se é do lado deles, não é ditadura, é a favor do
povo, é a favor da minoria.
É o que disse
aqui o deputado Gil Diniz: o Sérgio Camargo está desautorizado pela esquerda a
falar pelos negros. A ministra Damares está desautorizada pela esquerda a falar
pelas mulheres. Quem mais?
O índio que
eles falaram... Ontem, no UOL, professora Janaina, estavam dizendo “suposto
indígena”. Hoje, ele falou... Não sei se é tupi-guarani, porque não sou versado
em línguas indígenas, mas ele falou na língua indígena, deve ser algum dialeto
xavante.
Ele falou em um
vídeo hoje em língua indígena e o UOL, a Folha, da família Frias, dizem que é
“suposto indígena”. O deputado Giannazi veio aqui falar que ele não sabe se é
índio ou não é porque ele é evangélico. Quer dizer, o índio não pode ser
evangélico, não pode ser católico.
Eu inclusive
recomendo - estou assistindo, estou no segundo capítulo ainda -, do Brasil
Paralelo, “A Última Cruzada”. Estou no segundo capítulo. O professor Giannazi
deve ter aprendido nos mesmos livros que nós aprendemos, aquele monte de
mentira criado pelos historiadores brasileiros e pela República, que são todos
esquerdistas. Tudo distorcido, tudo mentira. Aí, quando você vai ver lá, aquilo
lá é o que calha com a realidade.
Para piorar um
pouquinho a situação do dia de ontem, deputado Conte Lopes, acabada a
diplomação do ex-presidente Lula, teve um sambinha na casa do Dr. Antônio
Carlos de Almeida Castro, o famoso Kakay, que tinha 17 clientes da Lava Jato na
sua banca de advogados. Tinha um sambinha lá na casa do Kakay.
A casa do
Kakay, em Brasília, para quem não conhece - eu nunca fui lá, mas já vi fotos -,
tem pelo menos uns 10 ou 12 mil metros quadrados de terreno em um lugar muito
nobre. E aí o Sr. Lula, que é conhecido... O Sr. Lula é povão quando ele vai
nesse negócio de movimento... Como é que chama? Comício, etc. e tal.
Aí ele é popular.
Mas lá ele gosta de charuto Cohiba, que é 300 reais a unidade, conhaque
Hennessy. Aí é outro padrão. Aquela caninha Havana, que tem lá em Minas Gerais,
que custa mil reais a garrafa.
O Sr. Lula é
povão para fora, tanto é que, como a gente viu no casamento dele, parece que
gastaram 150 mil reais de vinho no casamento do Sr. Lula. Então, povão é só
para inglês ver, como todos os socialistas.
Veio a
Revolução Russa em 1917 e todos os membros bolcheviques, eles não foram morar
nos casebres sem aquecimento na União Soviética, eles foram morar nos palácios
da família Romanov, que tinham aquecimento, funcionários, 20 quartos,
banheiros, essas coisas.
Ou seja, esse
pessoal não gosta de pobreza. Não gosta. Eles se utilizam da pobreza. Eles
precisam da pobreza tanto quanto um urubu precisa de uma carniça. O urubu quer
que morra a vaca, o cavalo, o cachorro na estrada, atropelado, passarinho,
cobra, para ele sobreviver. A esquerda não quer tirar ninguém da pobreza. É só
falar e só dizer que vai tirar, mas ele não quer que tire, não quer tirar
ninguém da pobreza.
Como dizia o
presidente Reagan, o maior projeto social é o crescimento econômico e a geração
de emprego, tudo o que eles não querem. Quando eles estão no poder o que eles
fazem? Aumentam a legislação trabalhista, arrocham a legislação trabalhista,
aumentam o imposto, aumentam o tamanho do Estado, aumentam a regulação, para
quê?
Para sufocar
todos os meios de geração de trabalho; é isso que eles fazem. Então é um
discurso totalmente paradoxal. Vem aqui o deputado Giannazi e fala em ditadura
militar. Todos os ídolos dele, a maioria, são ditadores militares de esquerda.
Depois vem aqui e fala que o Sérgio Camargo está desautorizado a falar pelos
negros.
Depois vem aqui
e diz que a Damares está desautorizada a falar pelas mulheres. Daqui a pouco
ele vai dizer aqui que o deputado Conte e o deputado Mecca estão desautorizados
a falarem sobre a atividade ou pela Polícia Militar e pela Polícia Civil. É
inacreditável!
Inclusive,
professora Janaina, uma coisa que eu tenho observado que eu não sei se a
senhora tem observado também: a necessidade extrema de todo esse consórcio de
imprensa hoje e da esquerda como um todo de reafirmar a legitimidade das
eleições.
Deputado Gil
Diniz, eles falam 24 horas por dia porque ganhou, porque vai tomar posse,
porque a Janja vai fazer a festa, porque vai chamar não sei quem, porque isso,
porque vai subir a rampa dia tal, quem vai decorar vai ser Fulano, quem vai
cantar vai ser Sicrano.
Ficam
reafirmando a legitimidade das eleições “ad eternum”. Nem eles mesmos estão
acreditando no resultado eleitoral. Eles estão tendo que se reafirmar a todo
momento. Então, deputado Conte, o que eu vejo?
O senhor já viu
muito mais coisa do que eu vi, mas meu pai que já tem 91 anos e meio, que o
senhor o conhece, disse o seguinte: “Meu filho, eu já vi sair do Getúlio e
virar o Dutra; vi o Dutra virar o Getúlio de novo; vi o Getúlio se matar; vi
depois o Juscelino; vi depois o Jânio; vi o Jango; vi o regime militar; vi o
Sarney, Collor, tudo”.
Ele falou
assim: “Eu nunca vi tamanha esculhambação como nós estamos vivendo hoje”,
porque como disse a professora Janaina, a Suprema Corte se transformou...
Não sei o que é
aquilo. É praticamente um oráculo de fluidez interpretativa das leis. Eles
falam o que eles quiserem, fazem o que eles quiserem, chamam os outros de mané,
falam que vão prender, falam que vão soltar.
Quando eu
estava na faculdade de Direito, eu me lembro de que índio era relativamente
incapaz, tinha características específicas para o Processo Penal. Não sei se
mudou, porque o Sr. Alexandre de Moraes prendeu ele em horas; em horas ele
estava preso.
Então nós
vivemos a pior das ditaduras, que é aquela travestida de democracia. Hoje, o PT
está dando risada, achando graça que o Lula recebeu o diploma ontem das mãos do
Sr. Alexandre Moraes, mas pode ter certeza...
Eu não sou
profeta, não sou enviado de lugar nenhum, a não ser das mesmas condições de todos
os seres humanos, mas esse mandato - se o presidente Lula assumir o mandato
presidencial - ele vai assumir sem ter assumido, porque essas forças que não
são uma pessoa só, é uma concertação, não vão permitir que ele governe e ele
será degolado. O Lula do terceiro mandato é o Getúlio do terceiro mandato.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos no
Grande Expediente, chamo à tribuna o nobre deputado Alex de Madureira. (Pausa.)
E novamente o deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo regimental de
dez minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL
- Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, volto a esta tribuna para
responder até ao deputado Carlos Giannazi, do PSOL, que não me deu um aparte.
Se o povo está aqui no Exército, é porque o povo não pode entrar na Assembleia
Legislativa, não é verdade?
Porque esta
Casa infelizmente não funciona, Sra. Presidente. Eu até estava falando agora
com o Gil Diniz, deputado, para a gente acabar com essa sessão de segunda e
sexta-feira aqui na Casa.
É obrigado a
ter um quórum para abrir a sessão, e muitas vezes não dá o quórum. Ou se acabe
com essa sessão, ou então quem vem fala, porque é um absurdo que cheguem aqui
deputados que não podem falar porque não deu o quórum.
Então o que
aconteceu é o seguinte: hoje os deputados são tudo, tudo, Tiktok, negócio de
celular. Eles reclamam mais das redes sociais do que trabalham para o povo,
inclusive na Câmara federal.
O povo não
devia estar aqui no Exército, não; devia estar acampado aqui, como o Carlos
Giannazi e outros professores já acamparam aqui, vários e vários dias. Vários e
vários dias.
Então é
importante que se o povo não acredita nos seus representantes legais, ele vai
lá no Exército. Não sei o que vai fazer lá, mas V. Exa. colocou bem lá, o que o
cara está fazendo lá? Esperando um general tomar uma decisão?
Que decisão o
general vai tomar se aqueles em que eles votaram não tomam a decisão? Cadê a
Câmara federal também? Cadê os deputados federais? Cadê? Uns estão no Catar,
outros estão não sei onde, outros estão procurando a rede social deles. Não se
movimentam junto ao presidente do Congresso, não cobram do presidente, não
cobram do Sr. Pacheco lá se pode ou não pedir impeachment de ministros. Ninguém
faz nada.
Fica tudo na
rede social, é uma maravilha, não é? Na entrevista, todo mundo é bonito,
inteligente, ou fala com um milhão, ou tem 300 mil, 400 mil. O que adianta isso
aí para o povo? E a função de deputado? Aqui, esta Casa é muito importante,
Sra. Presidente. Aqui vinham os presidentes de Tribunal de Justiça, os
promotores, era um poder.
Aqui não é mais
poder. A gente fala qualquer coisa aqui, qualquer deputado, da esquerda, da
direita, o cara vai lá e “vou entrar no Ministério Público”, e entra.
Ministério Público não é poder, mas aqui todo mundo entra. Aqui nós não estamos
discutindo sexo, quem é gay, não é gay, não sei que tal, tal.
Bom, isso aí
sempre existiu, desde que eu era pequenininho. Desde que inventaram o mundo tem
isso aí, só que aqui a gente discute, um briga com o outro. “Vai entrar no
banheiro da mulher, não vai entrar no banheiro da mulher”, a gente fica
discutindo essas coisas.
Infelizmente, é
isso. Então o povo devia estar aqui, deputado Carlos Giannazi, devia estar aqui
cobrando da gente. E esse povo está na rua porque ele não sabe se houve fraude
na eleição ou não.
Não sou eu que
estou falando, é o povo. Eu ganhei a eleição, estou aqui. Alguns perderam. Até
alguns que perderam podem pedir eleição tudo de novo, e eu tenho que fazer
campanha tudo de novo.
Agora, quem tem
que explicar para o povo se houve fraude ou não é o Tribunal Superior
Eleitoral, são os técnicos, os caras do ITA, não sei de onde. Eu não. Eu nunca
ouvi falar desse código fonte que existe hoje, está tudo lá, quem vota, quem
não vota.
Então por que
não já apresenta isso aí para o povo? Ou vão ficar nessa dúvida, o Lula
assumindo, e continua a dúvida. Eu sempre falei aqui da tribuna, então posso
falar para o PT, para todo mundo: eleição se ganha no dia.
Não adianta
ficar chorando. Não adianta vocês militarem, os policiais, ficarem... “Oh, vai
ter uma revolução depois”. Não vai ter revolução depois porcaria nenhuma. Ou se
ganha, ou não se ganha. Agora, apresentaram uma outra dúvida: houve fraude na
eleição, ou não houve? Esse povo está na rua por causa disso. É por isso que
eles estão aí na rua.
Acredito que o
Lula vai ficar 4 anos no mandato ouvindo isso, sendo xingado e cobrando, que
ele foi eleito. Então eu acho que é só isso que o povo quer. Não estou
desconfiando de urna coisa nenhuma. Não é nada disso.
A gente pode
até ser preso. Agora, que o povo está na rua por causa disso, é por causa
disso, se não, não estaria, ninguém é burro. O cara ia ficar fazendo o que na
rua aí? Perdeu a eleição, você vai para casa.
O Lula ganhou
duas eleições, foi presidente duas vezes; a Dilma foi presidente duas vezes.
Nós perdemos para a Erundina aqui em São Paulo, perdemos para o Haddad aqui em
São Paulo, nunca houve guerra. Só que hoje, Sra. Presidente, apresentaram um
negócio chamado fraude.
É isso que
colocaram. Houve fraude, e os próprios ministros do Supremo não conseguem
explicar isso aí para o povo. Não conseguem falar se a urna, nossa do Brasil,
realmente ela é real ou não, se eu fui eleito ou não fui eleito.
Eu fui eleito,
para mim está bom 400 mil votos para mim estão excelentes, ganhei a eleição.
Olha, tem um monte que perdeu aqui também, burlaram as eleições de quem perdeu?
Essa é a minha pergunta, que todo mundo quer saber. É simplesmente isso.
Então,
respondendo ao deputado Carlos Giannazi, do PSOL: o povo está na rua, está aqui
na porta, não devia estar; devia estar aqui dentro. Dormir aqui, ficar aqui
dentro, almoçar aqui, usar os banheiros, como os professores já invadiram aqui
duas ou três vezes, ou a própria Câmara Municipal foi invadida.
Como deviam
estar na Câmara Federal, no Senado, o povo tinha que estar lá dentro exigindo
daquele que ele votou providências para que ele lute pelos seus direitos, é
essa a função da esquerda, da direita. Essa é a função.
Quantas vezes o
PT encheu essa Casa aqui? Quantas vezes? Essa é a função. Agora, o que está
acontecendo aí, automaticamente, é que o povo que está aí fora não pode vir
aqui para dentro; se viesse aqui para dentro, evidentemente, estaria aqui
dentro, não estaria no Sol e na chuva. E simplesmente isso que eu acredito: que
a hora que se abrir o código fonte está tudo resolvido.
Não pediram o
código fonte, por que não apresentaram? Com a palavra, deputado.
O SR. FREDERICO
D’AVILA - PL - COM
ASSENTIMENTO DO ORADOR - Deputado
Conte, eu não era deputado aqui à época, mas o senhor era, e não faz muito
tempo, acho que foi na legislatura passada. Naquela entrada ali, o deputado de
Sorocaba do PSOL agrediu um policial militar aqui da Assessoria Militar da
Casa, que acho até que o delegado Olim, o senhor, o Coronel Telhada, tiveram
que intervir por meio.
O SR. CONTE LOPES - PL
- Eu não estava.,
eu estava como vereador.
O SR. FREDERICO
D’AVILA - PL - Você
era vereador, está certo. Então, foi o Coronel Telhada que...
O SR. CONTE LOPES - PL
- Acho que era do
PT, Marcolino se não me falha a memória.
O SR. FREDERICO
D’AVILA - PL - Não,
era de Sorocaba. Acho que o...
O SR. CONTE LOPES - PL
- Não é
Marcolino que era do PT?
O SR. FREDERICO
D’AVILA - PL - Não.
Acho que é o Rillo, não é?
O SR. CONTE LOPES - PL
- Rillo, é.
O SR. FREDERICO
D’AVILA - PL - Rillo,
é. Rio Preto. Então, quando eles fazem, pode. É uma maravilha, pode, é
democrático. E quando é do outro lado, é capitólio, é ditadura militar.
Então,
depende de onde que sai: se a ação saí deles, é tudo certo; se a ação sai do
outro lado, é tudo errado. É inacreditável como eles podem tratar coisas
absolutamente diferentes como se iguais fossem.
Então,
vir até aqui agredir - acho que era - um subtenente ou um sargento da Polícia
Militar da Assessoria da Polícia Militar aqui na porta, pode. Porque tem os
interesses dos professores, não sei o que, pode. Agora, quando o povo vai
ordenadamente, ali na frente do quartel - ou onde que seja, na frente da
Alvorada ou aqui na Casa - não pode.
Como
disse aqui o deputado Gil Diniz, mais cedo, eu também não corroboro de nada
disso que aconteceu ontem em Brasília. E tenho a plena certeza de que aquilo
ali foi - como é que se diz na polícia, Conte? - intruso, infiltrado que fez
aquele tipo de ação. Não tenho dúvida nenhuma.
O SR. CONTE LOPES - PL
- É para falar
sobre aquilo, é muito simples. Como prenderam o índio, que também quando eu fiz
direito diziam que o índio era semi-imputável, inimputável. O que era,
presidente? O índio é semi-imputável, inimputável, o que é o índio, por
gentileza?
A SRA.
PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Então, era considerado... tem quem
defendesse que era inimputável, depois semi-imputável. E agora se entende -
pelo menos uma ala - que é uma questão de consciência da ilicitude. Então,
teria que verificar se agiu em erro contra a proibição.
Mas
tem uma corrente muito forte... Foi bom o senhor trazer. Os senhores, não é?
Porque existem, inclusive, precedentes jurisprudenciais que exigem o laudo antropológico
para o índio poder ser responsabilizado criminalmente, entendeu? O laudo
antropológico para avaliar se ele tem consciência da situação, para saber se
ele pode ser responsabilizado. Mas há até quem defenda a inimputabilidade.
O SR. CONTE LOPES - PL
- Agradeço à Sra. Presidente, que é professora de
direito na USP, por essa aula. É isso que eu falo. É isso que o povo deveria
estar discutindo lá em Brasília: pode-se prender o índio, ou não? Está aí, uma
aula de direito.
E
cobrar do Sr. Alexandre de Moraes que prendeu o índio, se pode ou não. Com
relação aos que puseram fogo em Brasília, é muito simples. Eu sou policial,
qual que é a função? Prender quem está quebrando, quem está pondo fogo.
Não
prenderam nenhum, a Polícia Federal, a Polícia em Brasília, a PM, não prenderam
um cara sequer? Não conseguiram prender um? O índio prenderam, perseguiram o
índio com o filho, com a mulher, com tudo, jogaram o índio de ponta cabeça, e
os caras que quebraram lá e invadiram a Polícia Federal? Aí não prenderam ninguém?
Fica aí, Sra.
Presidente.
Obrigado pela
oportunidade.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu que
agradeço, Sr. Deputado.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não, deputado.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Para uma breve
comunicação.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental,
Excelência.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu só queria dar publicidade aqui a todos os que nos acompanham
pela TV Alesp, pelas redes sociais, o nosso trabalho parlamentar. Voltaram a
cobrar o imposto de renda sobre a diária extraordinária de trabalho, que é a
DJEN.
O policial,
como ele ganha muito pouco, no dia de folga, o Estado o coloca para trabalhar e
paga uma diária extraordinária para ele. Não se pagava imposto de renda sobre
essa diária, e voltou a incidir o imposto de renda sobre a DJEN.
Assim que isso
voltou a acontecer, eu fui conversar com o presidente da Casa, o deputado
Carlão Pignatari, que nos deu apoio, articulou junto ao Palácio dos
Bandeirantes para que viesse um projeto de lei complementar do governo para
esta Casa para retirar a incidência do imposto de renda na DJEN.
O deputado
Carlos Cezar, que está aqui, está nos ajudando nessa demanda em benefício dos
policiais militares. Passei hoje para o nosso futuro secretário de Segurança
Pública, capitão Derrite, para que todos, em conjunto, façam esforços junto ao
Palácio dos Bandeirantes para que envie um projeto sem a demanda que veio junto
com essa do imposto de renda sobre a DJEN, porque está sendo difícil votar o
projeto, deputado Carlos Cezar, porque junto ao projeto veio uma demanda
aumentando em mais de 200 cargos, uma universidade no estado de São Paulo, e
isso está dificultando o trâmite e a votação em plenário desse projeto
importantíssimo para os policiais militares, para os policiais do estado de São
Paulo.
Então, nós,
deputados da Segurança Pública, os deputados da bancada do Partido Liberal, o
deputado Carlos Cezar integra, está articulando junto ao governo que foi eleito
e junto ao governo que ainda está até o dia 31, para que traga para esta Casa
até o final do ano, até o final dessa semana, no máximo, um projeto que permita
nós votarmos. É a derrubada da incidência do imposto de renda sobre a DJEN.
Fica aqui
público o pedido dos policiais do estado de São Paulo que todos nós
representamos.
Muito obrigado,
deputado Carlos Cezar, pelo seu apoio.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Sra. Presidente,
havendo acordo de lideranças pedimos a suspensão da sessão até as 16 horas e 30
minutos.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental,
Sr. Deputado.
Suspendo a presente sessão até as 16
horas e 30 minutos, quando teremos Ordem do Dia, e a princípio teremos ainda
hoje duas extras. Mas vamos aguardar as convocações do Sr. Presidente.
Está suspensa a presente sessão.
*
* *
- Suspensa às 16 horas e três minutos,
a sessão é reaberta às 16 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão
Pignatari.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Reaberta a
sessão. Convocação. Nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno,
convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos
após o término da presente sessão com a finalidade de ser apreciada a seguinte
Ordem do Dia:
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 44a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 14/12/2022.
*
* *
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Pela
ordem, Sr. Presidente. Eu gostaria de saber por que o 42, de 2022, não está
sendo pautado. E, se não está sendo pautado hoje, será amanhã com a lista de
deputados?
Gostaria de saber de V. Exa. se seria
possível o senhor chamar duas extras: na primeira tratar do 42, de 2022 - na
primeira extra - depois tratar do grupo de projetos de deputados na segunda
extra.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Exatamente
isso, Professora Bebel.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sobre esse...
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - O que nós
vamos... Como é um projeto da Casa, nós vamos pautar amanhã, em uma extra,
separado, o categoria “O”. No outro, os projetos dos deputados. Não sei se vai
dar acordo ou não naquela imensidão de projetos. Então, vai ser uma extra
apenas para a categoria “O”.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Ok. Satisfeita, Sr.
Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Pela
ordem, Sr. Presidente. Esse projeto é muito importante porque, como eu disse,
se ele não for aprovado, vamos ter um verdadeiro colapso na rede estadual. Mais
de 40 mil professores serão demitidos e, com isso, vamos ter falta de
professores para iniciar o ano letivo de 2023.
Por isso, a urgência é fundamental para
que a gente possa resolver, pelo menos, uma parte do problema porque temos
quase 100 mil professores da categoria “O” e temos que mudar essa forma de
contratação de professores, acabando com a quarentena, com a duzentena e com as
interrupções dos contratos. Isso é fundamental e espero que a gente possa
resolver definitivamente essa situação.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado
Carlos Giannazi, é exatamente isso. Vamos prorrogar até dezembro de 2023 para
que tenha, nesse próximo ano, os concursos favoráveis ou resolver
definitivamente a categoria “O”, que é uma preocupação de todo o corpo docente
do Estado.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem. Gostaria
de fazer uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - A
comunicação que faço vem nessa direção, que já temos aprovado o Plano Estadual
de Educação e há uma meta, que é a 18.20. Se nós aprovamos o plano, a meta
18.20 já está lá, ela já prevê uma forma de contratação.
Então, quem sabe esta Casa não começa a
pensar na forma de contratação. Foi debatido com 75 entidades.
Obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado,
deputada.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Havendo acordo, pedir
o levantamento da sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Havendo acordo
de lideranças, está levantada a presente sessão. Antes, porém, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de
hoje, lembrando-os ainda da sessão extra a realizar-se hoje, dez minutos após o
término desta sessão.
Está levantada a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 37
minutos.
*
* *