6 DE DEZEMBRO DE 2022
144ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI, JANAINA PASCHOAL e GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão. Saúda os estudantes da
Unesp de Presidente Prudente, presentes no plenário.
2 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, faz pronunciamento.
4 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
5 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
8 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - JANAINA PASCHOAL
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
10 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 07/12, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr.
Carlos Giannazi.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
recebe o expediente.
Entro então na lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente. Com a palavra o nobre deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Com a palavra a deputada Janaina Paschoal, que fará uso
regimental da tribuna.
Enquanto a deputada se dirige à
tribuna, eu quero anunciar as honrosas presenças aqui dos estudantes da Unesp
de Presidente Prudente, do Saulo, estudante de Geografia, e do Elber, estudante
de química.
Eles vieram hoje em uma missão
importante aqui na Assembleia
Legislativa, conversar com os deputados
sobre a questão da moradia estudantil, que está totalmente degradada em
Presidente Prudente.
Precisa ser reformada e precisa de uma
ampliação, de um outro prédio para acomodar minimamente os alunos e alunas. E
também trouxeram aqui um documento importante, sobre a questão da biblioteca,
que precisa de investimento. Parabéns pela luta de vocês, Elber e Saulo, e
contem com o nosso total apoio nessa luta.
Com a palavra a deputada Janaina
Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito
obrigada. Cumprimento os alunos que nos visitam, nos honram hoje. Presidente
Prudente, uma terra quente e maravilhosa. Cumprimento V. Exa., Sr. Presidente, funcionários da Casa, os
demais colegas, pessoas que nos acompanham, coincidentemente vou falar das
universidades públicas hoje.
Bem, qual é o
tema que me traz aqui à tribuna hoje? A imposição da vacinação contra Covid-19.
Todos sabem que desde o primeiro momento eu fui uma defensora aguerrida das
medidas de prevenção ao contágio da Covid quando ninguém usava máscaras aqui,
no início de 2020, eu já vinha para o plenário de máscara.
Fui uma das
primeiras a adoecer, fui internada, alertei à população sobre os riscos da
doença, sobre a dificuldade que é enfrentar a falta de ar da Covid. Quando as
vacinas chegaram, eu fui uma das que mais trabalhou para que os grupos que não
eram vistos como prioritários fossem contemplados, funcionários de presídios,
por exemplo. Pessoas hemofílicas e outros tantos grupos em favor dos quais eu
apresentei indicações, fiz requerimentos de informação, ofícios e assim por
diante.
Quando
aprovamos o projeto aqui sobre vacinas, lutei firmemente para que empresas
pudessem dar essas vacinas aos seus funcionários, lutei também pelo soro
anticovid, que foi uma conquista aqui do estado de São Paulo. Infelizmente, foi
aprovado tardiamente, mas ainda assim foi aplicado.
Porém, mesmo
sendo uma defensora de todas as medidas de prevenção e não sendo uma
negacionista nem com relação à doença e nem com relação às vacinas, sou uma
defensora igualmente aguerrida da autonomia individual.
E, na condição
de professora, não só de direito, mas de bioética, na cadeira do Direito da
USP, sempre ensinei aos meus alunos que a autonomia é um dos princípios mais
importantes da bioética.
Por isso, não
posso aceitar, não é nem só a imposição da vacinação, o tal do passaporte da
vacina, é a aplicação de sanções não previstas em lei a docentes e discentes de
graduação e pós-graduação e funcionários das universidades públicas.
Este final de
semana me envolvi em uma polêmica referente à exigência de vacinação para os
estudantes que foram fazer o vestibular de ingresso na universidade. Posso até
ter magoado algumas pessoas, algumas me escreveram com sentimento, até um pouco
de ressentimento, de que eu estaria fazendo as postagens que fiz ou dando as
entrevistas que dei com o intuito de gerar algum tipo de engajamento, com algum
tipo de protagonismo, mas não é disso que se trata.
Eu tenho a
firme convicção jurídica, jurídica, não é política, não é ideológica, de que um
ser humano não pode ser punido por não desejar tomar uma vacina ou, imperioso
esclarecer, as doses de reforço. Porque no princípio as punições eram aplicadas
àqueles que não queriam tomar a vacina, pura e simplesmente, e já era
equivocado, sob o ponto de vista do direito.
Agora, punir as
pessoas por não desejarem tomar uma terceira dose de reforço, uma quarta dose,
se as indústrias farmacêuticas criarem uma quinta dose, a quinta dose. Não tem
sustentação jurídica para isso.
Em alguns
casos, professores, funcionários e alunos chegam a apresentar documentos
médicos e muitas vezes... Há vezes, há situações em que os documentos são
admitidos, preciso ser justa, mas há situações em que os documentos não são
aceitos.
Então é
necessário rever essa política. Quando as vacinas foram apresentadas à Nação,
falava-se em vacinar 70% da população e que isso seria suficiente. Já estamos
muito além dessa porcentagem.
Falava-se em
duas doses, agora já se fala em quatro doses. Exigem-se as quatro doses para
que as pessoas possam frequentar aulas, possam dar aulas, possam entrar nas
suas repartições, possam receber seus salários.
Vossa
Excelência me concede uma comunicação?
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
PARA COMUNICAÇÃO - Não tem respaldo jurídico para isso. Funcionários públicos
estão sofrendo sindicâncias, processos administrativos, é preciso que se diga,
dentro das universidades públicas especialmente, com o argumento da autonomia
universitária, mas em outros órgãos públicos, com base em um decreto baixado
pelo governador João Doria, decreto este que não prevê de maneira clara essas
punições que vêm sendo aplicadas, decreto este que não tem fundamentação
jurídica, ele próprio.
A autonomia universitária
não está acima da letra da lei. O governador não tem poder para baixar decreto
e fazer valer decreto que não tenha respaldo na lei. O funcionário público não
pode ser punido, o aluno não pode perder uma vaga conquistada a duras penas,
porque esses vestibulares são dificílimos. Estão aqui os alunos que não me
deixam mentir. São vestibulares dificílimos. Como apagar presença, apagar nota
já lançada? Presenças e notas lançadas são direito adquirido.
Então, venho
aqui reiterar essa convicção de natureza jurídica e deixar claro que a minha
objeção não tem nada a ver com questões partidárias ou ideológicas.
Inclusive,
neste final de semana, li matéria - não sei, não ouvi isso do governador eleito
- de que a equipe do governador eleito estaria recuando na promessa feita de
derrubar esse tal passaporte da vacina. Vejam: não é deixar de fornecer vacina.
Não é deixar de fazer campanhas de esclarecimento. É deixar de punir as
pessoas, de proibir as pessoas de estudar, trabalhar e se tratar por não desejarem
tomar uma das doses dessas vacinas.
Foi uma
promessa do governador eleito - eu sou testemunha disso - e neste final de
semana veio a público matéria dizendo que sua equipe estaria recuando dessa
promessa.
Não ouvi isso
do próprio governador eleito, mas gostaria de fazer uma cobrança respeitosa,
pública, do governador eleito relativamente à observância da palavra dada.
Palavra dada no sentido de que esse passaporte instituído por um decreto ilegal
do ex-governador João Doria seria derrubado assim que ele tomasse posse.
Por ora é isso,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputada. Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o
deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.)
Com a palavra, o deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Com a palavra, o deputado Coronel
Telhada. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Com a
palavra, o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Carlos
Cezar. (Pausa.)
Com a palavra, a deputada Marta Costa.
(Pausa.) Com a palavra, o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Com a palavra, a deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Com a palavra, o deputado
Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.)
Com a palavra, a deputada Leci Brandão.
(Pausa.) Com a palavra, o deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Com a palavra,
o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Castello Branco.
(Pausa.) Com a palavra, o deputado Caio França. (Pausa.)
Passo a palavra então à deputada
Janaina Paschoal, para continuar presidindo a sessão.
* * *
- Assume a Presidência a Sra. Janaina
Paschoal.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Assumo
honrosamente a Presidência de nossos trabalhos chamando à tribuna imediatamente
o nobre deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, novamente quero aqui registar a presença dos
alunos da Unesp de Presidente Prudente, o Saulo, o Élber, dois alunos que estão
trazendo para a Assembleia Legislativa a proposta de que, no Orçamento de 2023,
haja recursos para a moradia estudantil, porque temos que garantir o acesso,
garantir a qualidade do ensino, mas garantir a permanência dos nossos alunos
também na universidade pública.
A moradia
estudantil é fundamental, ela cumpre um papel na área da permanência. Então,
estão trazendo uma radiografia da situação, inclusive com fotos da moradia, que
está degradada e precisa ser reformada imediatamente, porque ela está em
condições subumanas de moradia e habitação, e também um outro tema importante,
que é sobre a biblioteca.
Então nós vamos
encaminhar isso ao deputado Delegado Olim, que é o nosso relator do Orçamento.
Já tem emendas que nós apresentamos por conta dessa reivindicação. Então mais
uma vez contem com o nosso total apoio, Saulo e Élber.
Gostaria ainda,
Sra. Presidente, de... Nós estamos já há um bom tempo aqui lutando para que as
pessoas com deficiências sejam tratadas com dignidade pelo estado de São Paulo.
Eu me refiro aqui à questão da isenção do IPVA que o Doria, quando aprovou aquele
famigerado PL 529, acabou praticamente na prática com a isenção do IPVA para
uma boa parte das pessoas com deficiência.
Depois de muita
luta, muita resistência feita pelo movimento organizado, pela Comissão 48, pelo
movimento “Podemos Sim PCD”, pelo “Diário PCD”, que é do combativo jornalista
Abrão Dib, nós conseguimos aqui aprovar um projeto de lei que reverteu
parcialmente a situação, mas na prática pouca coisa mudou, porque o Estado tem
sabotado na prática que as pessoas tenham acesso a essa isenção.
Um absurdo o
que está acontecendo. Eu tenho inclusive aqui vários depoimentos, mas o Abrão
me passou um vídeo aqui que eu quero mostrar para V. Exas. virem a situação de
sabotagem do governo estadual para que os PCDs tenham acesso a essa isenção do
IPVA. Então existe algo pró-forma dizendo que eles terão acesso, mas na prática
não.
Por quê?
Acontece que o Imesc, que é o responsável pelas perícias médicas, não tem
condições de fazer, de atender 32.000 PCDs no estado de São Paulo. Nós só temos
15 clínicas do Imesc.
É impossível
isso acontecer. Então quero passar um vídeo aqui de duas pessoas que estão
sendo penalizadas por esse processo, por essa sabotagem do governo estadual.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Então vejam só
a situação. Essa situação que nós mostramos aqui por meio de um vídeo que nos
foi encaminhado pelo Abrão, jornalista Abrão Dib, que é um jornalista
combativo, que faz um trabalho inclusive de campo em relação a esse tema; olha
só, o Eduardo Tadeu é lá do Espírito Santo do Pinhal, e o Cícero Bessa da Silva
é de Jaguariúna. Os dois foram até Mogi-Guaçu, em um posto da Secretaria da
Fazenda, e não conseguiram atendimento.
Essa situação
está acontecendo em todo o estado de São Paulo. Mais de 32 mil PCDs estão sendo
prejudicados. Ou seja, se a Assembleia Legislativa não tomar providências, e
quais são as providências? Primeiro, aprovar os dois projetos que nós
encaminhamos. Nós temos um PDL e um projeto de lei que resolve a situação.
Eu falei hoje,
inclusive, no Colégio de Líderes, para que esse grupo seja recebido na próxima
reunião, porque eles pedem o apoio, logicamente, para os dois projetos que
tramitam aqui e vão resolver a situação. E mais também a instalação de uma CPI,
porque é um descaso total o que vem acontecendo com os PCDs. Então fica aqui o
nosso apelo.
Quero,
rapidamente, só para concluir a minha intervenção no dia de hoje aqui na
tribuna, dizer que a Assembleia Legislativa tem que aprovar em caráter de
extrema urgência o projeto de lei que prorroga os contratos dos professores
categoria “O” dos contratos de 2018 e 2019, porque se não nós vamos ter um
colapso na Educação do estado de São Paulo.
Quarenta mil
professores ficarão desempregados, sem aulas. Sem aulas ficarão os alunos.
Imagine o colapso que vai ser na rede estadual no ano que vem. E a Assembleia
Legislativa está demorando. O Governo lavou as mãos, praticamente; disse que
iria apresentar o projeto. Agora recuou, dizendo que não vai mais apresentar.
A Assembleia
que se vire e aprove um projeto que provavelmente o governador vai sancionar o
projeto da Alesp. Então essa tem sido a nossa luta. Mas infelizmente só vai
ficar para a semana que vem, terça ou quarta-feira que vem. Mas a Alesp tem que
aprovar em caráter de urgência esse projeto, que nós estamos aqui debatendo na
Assembleia Legislativa.
Quero ainda
dizer que é muito importante que o governo pague o bônus de resultado. Nós
aprovamos uma Lei aqui no plenário, lei que veio do Executivo, que obriga o
Governo a pagar o bônus de resultado para os professores e professoras da rede
estadual. Nós já estamos encerrando o ano, e o governo não consegue definir a
data do pagamento: disse que está fazendo um cálculo. Isso é um absurdo.
Então já era
tempo, o governo teve o ano todo para fazer esse cálculo, e agora não finalizou
com nenhuma data, deixando a categoria, deixando os professores, o magistério
estadual, numa ansiedade imensa. As pessoas precisam fazer o planejamento de
quando vão receber esse bônus.
Então nós
queremos exigir aqui da Secretaria da Educação que apresente uma data e pague
também o bônus de resultado, que é regulado por lei, por uma legislação, que
ele pague em caráter de extrema urgência.
E por fim
manifestar aqui o nosso repúdio total a essa possibilidade, porque eu espero
que isso não se concretize, mas as matérias veiculadas ontem e hoje nos
jornais, nos principais sites, é de que o governador eleito, Tarcísio de
Freitas, fez um convite para o ministro Paulo Guedes ser o secretário da
Fazenda aqui do estado de São Paulo.
Para quem não
sabe, para quem se esqueceu, o Paulo Guedes é aquele ministro que disse,
naquela famosa reunião de 2020, que iria colocar uma granada, uma bomba, no
bolso dos servidores públicos do Brasil, em plena pandemia. Todos se lembram
disso. E ele colocou a granada. Aliás, colocou várias granadas, que explodiram
no bolso e nas vidas de milhares de servidores do Brasil.
Vou lembrar
aqui algumas bombas, algumas granadas, do Paulo Guedes contra todos os
servidores, da Segurança Pública, da Educação, da Saúde: congelamento dos
quinquênios, congelamento da sexta-parte, congelamento da licença-prêmio. Todos
se lembram disso, nós tivemos um congelamento por quase dois anos desse direito
garantido pela Lei.
Foi Paulo
Guedes que congelou os quinquênios, a sexta-parte e também a licença-prêmio do
servidor público; isso em todo o Brasil, dos municipais, dos estaduais e dos
federais.
Querem mais? A
reforma da Previdência do Paulo Guedes, já em 2019, a reforma da Previdência
que implantou o confisco das aposentadorias e pensões, e dificultou ainda mais
o acesso dos trabalhadores do Brasil à aposentadoria, elevando a idade mínima e
elevando também o tempo de contribuição. Foram vários os ataques desse governo,
sobretudo desse ministro Paulo Guedes, aos servidores e aos trabalhadores, em
geral.
Eu só fiz um recorte aqui de servidores
públicos. Fico imaginando o que ele não faria aqui no estado de São Paulo.
Espero que ele não seja jamais o secretário da Fazenda, porque o Tarcísio já
está nomeando o Renato Feder para a Educação - aquele que disse que queria
acabar com o MEC - ele queria extinguir o MEC, o Ministério da Educação, queria
privatizar todas.
Defendia a privatização de todas as
escolas públicas do Brasil, e está fazendo isso no Paraná. Ele é o secretário
do Paraná e ele está já privatizando 27 escolas, entregando sem licitação, sem
concorrência 27 escolas para empresas privadas.
Também implantou quase 200 escolas
cívico-militar, que faliram, inclusive, não estão funcionando corretamente no
estado do Paraná. Colocou em extinção todos os cargos efetivos do Quadro de
Apoio Escolar, no estado do Paraná, e tinha contratos milionários aqui com o
estado de São Paulo. Ele já tinha sido funcionário. Ele é um empresário,
milionário, mas se colocou como um voluntário para trabalhar, em 2017, na Secretaria
da Educação.
E lembro disso, foi assessor sem ganhar
nada, colocou-se à disposição e ficou lá com aquele secretário Nali, não sei
fazendo o que lá. Depois foi para o Paraná, e ganha milhões e milhões com
contratos com a União, com o estado de São Paulo, e outros entes federativos.
Engraçado que agora ele vai largar tudo
isso para ser o secretário de Educação aqui. É estranho que ele abra mão,
porque ele não vai ter mais a empresa dele, a Multilaser, não poderá mais ter
nenhum tipo de licitação com o estado de São Paulo. O que que ele ganha com
isso?
Talvez ele esteja interessado em
administrar os quase 50 bilhões, não milhões, bilhões de reais que a Secretaria
da Educação terá no ano que vem. Cinquenta bilhões de reais; talvez esteja de
olho é nesse dinheiro e nesse orçamento.
Então era isso.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL
- PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado.
Seguindo
aqui com a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamo à tribuna
o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado
Tenente Nascimento. (Pausa.)
Encerrando
a lista principal, inicio a leitura da Lista Suplementar cumprimentando os
senhores policiais militares que nos brindam com suas presenças. Sejam sempre
muito bem-vindos a esta Casa, que é de todos nós.
Abro
agora a Lista Suplementar de oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamando
à tribuna o nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Vinícius
Camarinha. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente,
deputada Janaina Paschoal, a quem cumprimento, boa tarde aos assessores, aos
policiais militares e civis, público seleto que nos acompanha aqui na galeria.
Boa tarde, seja bem-vindos aqui nossos policiais militares, CPI-9.
Este deputado aqui que vos fala - deputado
Gil Diniz - fui soldado PM temporário, SAVI-13. Servi na Escola de Sargentos,
antigo Cefap, e guardo, deputada Janaina Paschoal, boas lembranças da Polícia
Militar do estado de São Paulo, uma escola de formação de lideranças, mas uma
escola de vida também.
Dór está aqui do lado, estava conversando
com ele. Dór, tinha um cabo, foi para a reserva como sargento, Sargento Ortega,
que era para mim como um pai. O tempo útil que eu não tinha, deputada Janaina
Paschoal, com o meu pai, e olha que eu já tinha 22 anos ali, 21, 22 anos.
E ele sempre me colocava no banquinho lá
e: “Vem cá, Joe, deixe eu te contar uma coisa da vida aqui.” E foi uma
experiência para lá de enriquecedora na minha vida. Levo boas lembranças e bons
amigos até hoje. Então nosso maior respeito pelos nossos policiais militares.
Sejam bem-vindos a esta Casa.
Junto à Polícia
Militar, deputada Janaina Paschoal, faço um trabalho com os policiais do
Proerd. Todo ano pego parte das minhas emendas e invisto no Proerd. Nossos
policiais militares dentro das salas de aula fazendo esse combate primário à
drogadição, principalmente a infantil, e quebrando, muitas vezes, a barreira de
preconceito que a nossa PM sofre, inclusive dentro das escolas.
Nossos soldados
são amigos, principalmente das nossas crianças. Aprendi a admirar o Proerd com
o meu filho Natan, que fazia as suas aulinhas na escola pública em que ele
estudava. Então o meu abraço também aos policiais do Proerd.
O nosso
governador Tarcísio, governador eleito, anunciou para a pasta da Secretaria de
Segurança Pública o nobre deputado Capitão Derrite, vai ser o nosso futuro
secretário. Eu tenho certeza absoluta de que fará um bom trabalho e será o
melhor, um dos melhores, senão o melhor secretário de Segurança Pública do
estado de São Paulo de todos os tempos. Derrite, meus parabéns. Secretário
Derrite, meus parabéns. Conte conosco na Assembleia Legislativa. Vossa
Excelência tem um soldado aqui nessa trincheira.
Para finalizar,
presidente, só cumprimentar os diáconos da cidade de São Paulo, que foram
ordenados no último sábado, na Catedral Metropolitana da Sé. Meus parabéns
principalmente ao agora padre Lucas Martinez, que foi ordenado sacerdote.
Quero mandar
meus parabéns a Dom Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo, por
essa ordenação sacerdotal. Serão cinco padres que estarão nas mais diversas
regiões da cidade de São Paulo, da Arquidiocese, fazendo esse trabalho social
em prol da nossa população.
Agradecer
também a sanção do meu projeto pelo governador em exercício, Rodrigo Garcia.
Ele sancionou o meu projeto, que colocou no calendário oficial do estado de São
Paulo o Dia de Nossa Senhora de Fátima, que será, que já é celebrado, uma
devoção muito enraizada no Brasil. Agora o Estado só reconhece o que é uma
devoção popular, porque nós celebramos todo 13 de maio nas nossas comunidades.
Então agradeço
aqui aos deputados que votaram favoravelmente a esse projeto, agradeço ao
governador. Para nossos fiéis católicos, sou católico com muito orgulho, deixo
aqui o meu agradecimento. Conto com as suas orações.
Muito obrigado,
deputada Janaina Paschoal.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu agradeço,
deputado. Indago se V. Exa. pode assumir a Presidência para eu voltar à
tribuna. Enquanto o colega sobe, chamo à tribuna o nobre deputado Caio França.
(Pausa.)
Uma vez mais, deputado Carlos Giannazi.
Acho que não se encontra presente. Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado
Edmir Chedid. (Pausa.) Passo a Presidência ao colega Gil Diniz, agradecendo-o
pela gentileza.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Dando
sequência à lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, convido para
fazer uso da tribuna o nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputado
Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputada Maria Lúcia Amary.
(Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal.
Enquanto ela se dirige à tribuna,
solicito à assessoria das notas taquigráficas que envie o trecho do meu
discurso referente aos sacerdotes ordenados para a Cúria Metropolitana, para o
cardeal arcebispo Dom Odilo Pedro Scherer.
Com a palavra a nobre deputada Janaina
Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, presidente. Eu gostaria de esclarecer,
porque às vezes as pessoas ficam muito agoniadas porque têm um conhecido ou uma
conhecida que precisa de um tratamento, e aí manda email, manda WhatsApp,
pedindo para a gente, de alguma maneira, ajudar.
E eu sempre
respondo, para essas pessoas, que existe uma fila, que existe uma coordenação
central que acontece no Cross. Eu já visitei o Cross. Fiz algumas sugestões.
Faço reiteradamente, desde o início do meu mandato.
Tenho,
inclusive, sugerido que se mude a logística das filas no estado de São Paulo.
Tive a oportunidade de discutir com vários especialistas. Alguns concordam,
outros não concordam. Mas, o que eu tenho sentido, e depois vou chegar no ponto
central da fala, é uma perda de recursos públicos e humanos muito grande.
Na medida em
que a pessoa é submetida a uma bateria de exames para, por exemplo, fazer um
procedimento e esse procedimento não acontece, é remarcado por alguma razão,
muitas vezes, não declarada para aquela pessoa.
E, quando vai
fazer o procedimento, finalmente, os exames têm que ser todos refeitos. Então é
uma perda de dinheiro público muito grande. Isso, sem contar a frustração do
paciente. Então eu vou dar alguns exemplos.
A pessoa passou
pelo médico, pelo clínico, pelo médico da família, que pede um número “x” de
exames. Essa pessoa recebe o resultado dos exames, precisa ir para um
especialista. Demora tanto a consulta que, quando chega no especialista, os
exames já estão obsoletos, precisam ser refeitos.
Há casos, que
são os mais comuns, esses que chegam, em regra, ao meu conhecimento, de pessoas
que são encaminhadas para o procedimento. Muitas vezes têm a cirurgia agendada.
Mas, quando chegam para fazer a cirurgia, por tanto que demora, os exames já
estão velhos, vamos dizer assim. Já estão ultrapassados. E é necessário adiar a
cirurgia para refazer os exames.
Se fosse um
caso ou outro, eu compreenderia. Mas isso é recorrente. Então se isso é
recorrente, é porque a logística, é porque a dinâmica das filas não tem
inteligência. Desculpem eu falar dessa forma. E, nos últimos dias, as pessoas
têm pedido muito socorro, literalmente, com casos específicos do trato ginecológico
das pacientes.
Então são
muitos casos de mioma, mulheres que estão tendo sangramentos excessivos,
sangramentos significativos, que precisam fazer uma cirurgia de retirada desses
miomas.
Algumas
precisam retirar o útero, até os ovários, dependendo da situação. E elas não
conseguem fazer o procedimento. Nos últimos dias, eu venho recebendo pleitos
dos mais diversos cantos do Estado. Então alguma coisa está acontecendo.
Alguma coisa
está acontecendo. Eu li, em recente matéria, que a equipe de transição está
fazendo esforços e estudos para, assim que o novo governador assuma, possa
fazer uma aceleração na realização das cirurgias. Recebemos recentemente também
o secretário atual, o secretário executivo atual, do governo atual. Dizendo que
foram adquiridas, do sistema privado, várias cirurgias, para poder fazer andar
essa fila de cirurgias eletivas.
As pessoas
entendem mal esse termo “eletivo”. Acham que é algo, vamos dizer assim, de
perfumaria, algo desnecessário. Mas não. Por exemplo, uma mulher que tem um
mioma gigante: como ela vai agendar essa cirurgia, é uma cirurgia eletiva, sob
o ponto de vista da linguagem técnica da Medicina.
Isso não
significa que seja um luxo, que seja algo desnecessário. Então, tudo isso para
dizer o quê? É óbvio que nós queremos que o governador eleito, ao assumir,
agilize isso. Mas não dá para esperar, gente! Não dá para esperar.
Eu tenho
recebido relatos de pessoas que estavam com a sua cirurgia agendada para
outubro. Quando a pessoa chegou para fazer a cirurgia, em outubro, avisaram que
era dezembro.
Às vésperas da
pessoa se internar, alguém entrou em contato na casa da pessoa, e deixou recado
que já não é mais dezembro, é fevereiro. E a cada nova remarcação, os exames
precisam ser refeitos.
É dinheiro
público sendo jogado no lixo, fora a saúde física dessa paciente... Dessas,
porque são várias. A saúde emocional e mental. A programação profissional, porque
geralmente a pessoa trabalha, então se organiza no trabalho, já alerta o colega
que vai substituir. Tudo isso cai por terra.
Mas eu fico
pensando: quem é que ganha com esses exames sendo refeitos sempre? Porque
quando algo acontece sem inteligência, sem lógica, acreditem em mim, alguma
lógica tem que ter.
Porque eu não
posso acreditar, presidente, que eu veja algo que quem está ali no centro do
poder não veja, no Estado mais rico da federação. Então, se não tem
inteligência, alguma inteligência tem. Porque quando os exames são jogados no
lixo e precisam ser refeitos, alguém ganha para refazer esses exames.
Então, eu estou
aqui pedindo um olhar atencioso às nossas mulheres que estão literalmente
sangrando, aguardando cirurgias relativamente simples, presidente. Porque eu
não estou falando de mulheres que estão, por exemplo, com tumores graves, que
precisam fazer quimio, radio, e que merecem nossa atenção também. São mulheres
que têm miomas, que estão sendo levadas a repetir exames indefinidamente. Alguma
coisa está acontecendo, porque são várias reclamando.
Então, eu peço
encarecidamente um olhar carinhoso para com as nossas mulheres. Não dá para
esperar o próximo governador assumir. Não dá para esperar passar natal, passar
ano novo, passar a Copa.
É isso, Sr.
Presidente.
Não sei se o
colega Frederico vai fazer uso da palavra. Não?
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Então, Excelência,
havendo acordo de lideranças e não havendo mais colegas para usarem a tribuna,
eu solicito a V. Exa. o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a presente sessão.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 42
minutos.
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