1 DE DEZEMBRO DE 2022
143ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
4 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Solidariza-se com vítimas de deslizamentos
de terra, no Paraná. Convoca os Srs. Deputados para a próxima sessão ordinária,
de acordo com o Requerimento 2035/22. Levanta a sessão.
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-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
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- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
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A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos.
Presente número regimental de Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos
trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da
Ata da sessão anterior e recebe o Expediente. Imediatamente dou por aberto o
Pequeno Expediente, iniciando a leitura dos oradores inscritos chamando à
tribuna o nobre deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado
Reinaldo Alguz. (Pausa.)
Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)
Deputada Analice Fernandes. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado
Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia; venho mais uma vez à
tribuna da Assembleia Legislativa aqui exigir que a Secretaria da Educação tome
providências imediatas e altere os critérios do processo de atribuição de
aulas, que já está em andamento na Rede Estadual de Ensino.
Já venho
falando sobre esse tema e cobrando a Secretaria há muito tempo, mas a situação
está insuportável. É inaceitável o que a Secretaria está fazendo com os nossos
professores e com as nossas professoras. Os critérios estabelecidos pela
Resolução nº 85, que versa sobre esse tema.
São critérios
cruéis, injustos e que estão criando um verdadeiro colapso na rede estadual,
não só no campo do Magistério, mas esse colapso vai, com certeza, se alastrar
também para os alunos da rede estadual.
Por exemplo,
esse critério de que os professores não terão mais o respeito à sua pontuação.
Então um professor, por exemplo, está há 20 anos na rede estadual, que tem uma
pontuação, que tem experiência, que tem titulação, isso nada mais serve no
processo de atribuição.
O que vale
agora é a jornada do professor. Quanto maior a jornada, ou seja, se ele tem uma
jornada de 40 horas, ele tem preferência no processo de escolha. É um critério
injusto porque ele não leva em conta, primeiro, o que eu disse, o tempo de
serviço desse professor na rede estadual, não leva em conta a titulação, a
experiência, o vínculo que esse professor tem com a escola, com a comunidade escolar
e com o projeto pedagógico da escola.
Dessa forma,
mantido esse critério, esse professor será afastado dessa escola, ele não vai
ter condições de escolher a aula. E normalmente um professor que tem uma carga
reduzida em um cargo é porque ele acumula com outro cargo, ou ele dá aula na
prefeitura, no estado, ele tem acúmulo lícito, garantido pela Constituição
Federal, ou ele tem dois cargos na rede estadual.
Então esse
professor está sendo prejudicado no processo de atribuição de aulas. Esse
critério tem que ser alterado imediatamente. Os professores da categoria “O”
dos contratos de 2018, 2019 estão tendo a pontuação zerada. Olhe o absurdo. Sem
contar que estão, ainda, reféns da não prorrogação dos contratos.
Essa
prorrogação não foi feita ainda, o governo praticamente lavou as mãos em
relação à prorrogação, segundo o presidente da Assembleia Legislativa, dizendo
que o governo não vai apresentar mais.
O governo, que
se comprometeu a apresentar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa
prorrogar os contratos, lavou as mãos, disse que não vai mais apresentar porque
a PGE não autoriza. Olhe só o absurdo, jogou a responsabilidade para a
Assembleia Legislativa aprovar um projeto prorrogando os contratos.
Isso será
feito, logicamente, pela Assembleia Legislativa. Agora, o governador, será que
ele vai sancionar um projeto que ele mesmo está dizendo que não vai encaminhar?
É muito estranho tudo isso.
O fato é que há
uma crise geral hoje no Magistério e ela vai atingir os alunos, vai atingir o
processo ensino-aprendizagem, sobretudo a oferta da qualidade de ensino da rede
estadual, porque esse ataque aos professores é mais um ataque da Secretaria da
Educação, mais um ataque do PSDB, desse governo que vive o seu ocaso, os seus
últimos dias, os seus últimos momentos. Mesmo assim ele continua prejudicando o
Magistério e a Educação do estado de São Paulo.
Então nós
exigimos mudança nesse critério. Ainda há tempo para que a secretaria reverta
essa injustiça e esses cruéis critérios estabelecidos, prejudicando professores.
Eu vi o
calendário, eu fiquei chocado porque esse governo é tão cruel, tão sádico que
ele vai obrigar os professores, no calendário de escolha de aulas, no processo
de atribuição, os professores vão escolher do dia 26 ao dia primeiro. Gente, o
professor não vai poder nem curtir o seu Natal, o seu Ano Novo, porque no dia
26, no dia seguinte, ele estará já no processo de atribuição de aulas.
Olhe a
crueldade desse governo, o sadismo desse governo do PSDB, que, ainda bem, está
indo embora. Mas mesmo vivendo seus últimos momentos ele ataca, com crueldade,
os nossos professores, tanto os efetivos, concursados, como também os
professores da categoria “O”.
Então, nesse
sentido, é fundamental que a Seduc tome providências. Eu já estou acionando o
Ministério Público Estadual, o Tribunal de Contas, porque, repito, ao atacar o
Magistério dessa maneira, ao prejudicar milhares e milhares de professores em
todo o estado de São Paulo muitos deles perderão suas aulas, muitos deles
perderão o vínculo com as suas comunidades escolares, com as suas escolas, onde
eles têm lotação.
Eles já
escolheram as aulas há muito tempo, porque tem professor desenvolvendo trabalho
no projeto pedagógico da escola.
Tudo isso será
quebrado, eliminado, por conta dessa decisão da Secretaria da Educação, que não
leva em conta a realidade e as necessidades dos professores, do Magistério e
também dos próprios alunos.
Quero ainda, no
tema da Educação, mais uma vez, cobrar providências da Secretaria da Educação
em relação à Escola que fica na Barra Funda, que eu já citei aqui, a Escola
Estadual Alarico Silveira. Repito: essa escola, só agora começou a ter uma
reforma, da FDE. A escola estava com o piso cedendo.
Na verdade, a
escola estava afundando. Eu visitei essa escola no auge da pandemia, em 2020.
Eu fui até lá, fiz uma diligência, conversei com a comunidade escolar. Acionei
a Secretaria da Educação pedindo uma reforma urgente, até aproveitando que era
a pandemia.
E tinha que
reformar, aproveitando aquele momento em que a escola estava fechada. Mas nada
disso foi feito. Só agora que começou a reforma da escola, e vai durar,
aproximadamente, segundo informações, um ano, a reforma.
Mas então, a
escola está sendo reformada. Só que não consegue ter aulas. Os alunos entraram
agora, no mês de outubro, em aula online, pelo Centro de Mídias. Só que, para o
ano que vem, a escola, a comunidade já foi comunicada, pela Secretaria da
Educação, que os alunos serão transferidos para a Escola Estadual Benedito
Tolosa, uma escola que fica longe, fica na Casa Verde, que é uma escola PEI.
Essa, que eu falei também, a Escola Alarico Silveira, é uma escola PEI, do
Programa de Ensino Integral.
Então eles vão
juntar duas escolas num único prédio. Vai ser um caos. Vai ser a destruição das
duas escolas, do projeto pedagógico das duas escolas. Porque é impossível você
ter duas escolas no mesmo prédio. Isso não existe.
Nós temos
várias experiências horríveis, aqui no estado de São Paulo, de duas escolas num
único prédio. Principalmente na região de Parelheiros, que eu já denunciei,
inclusive, aqui na tribuna da Assembleia Legislativa. O fato é que a comunidade
quer que as crianças sejam acomodadas na própria região, enquanto a obra tem o
seu prosseguimento.
Existem outras
alternativas, que a Secretaria da Educação tem que conversar com a comunidade.
Por exemplo, existe uma escola fechada, uma escola particular, que pode ser
alugada; um prédio, se não me engano, da Escola Oswaldo Cruz, que fica na
avenida Angélica.
Esse prédio
está desativado. O Estado pode alugar, por um ano, esse prédio, e acomodar a
escola nesse prédio, de tal forma que os alunos possam ir até a pé. Porque essa
escola, esse prédio fechado, ele é próximo ao prédio da Escola Alarico
Silveira.
Então existem
várias alternativas. Mas a secretaria escolheu a pior alternativa, sem
consultar as duas escolas, que não foram consultadas. Então nós estamos fazendo
também essa exigência.
Que a
Secretaria da Educação, através da Diretoria Centro, que ela tome essas
providências, dialogue com a comunidade, chame os pais de alunos, os alunos,
chame o Conselho de Escola, a Direção da Escola, para buscar a melhor saída.
Mas eles não fizeram isso, não respeitaram a gestão democrática da escola
pública, que é um princípio constitucional.
E já tomaram a
decisão de transferir, para uma região distante, todos os alunos dessa escola,
da Escola Estadual Alarico Silveira. Eles serão matriculados e terão que
frequentar a Escola Benedito Tolosa, na Casa Verde, que é muito distante, tem
mais de cinco quilômetros de distância.
Então fica aqui
o nosso pedido e a nossa exigência. Que a Seduc tome as providências
necessárias para acomodar os alunos durante esse período de reforma da Escola
Alarico, na própria região. Tem prédios ociosos na região, que a secretaria
pode alugar. É muito simples. Havendo interesse, a secretaria resolve essa
situação.
Quero ainda,
para concluir a minha intervenção no dia de hoje, dizer que o Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo está fazendo diligências nas creches de alguns
municípios. Tenho um material que chama Fiscalização Ordenada de 2022 nas
Creches.
Essa
fiscalização foi feita em 190 municípios, em 223 creches, que são os Centros de
Educação Infantil dos municípios, que é uma área estratégica e fundamental na
área da Educação básica; inclusive, é a primeira etapa da Educação básica. A
Educação infantil é dividida em creche e pré-escola.
E o Tribunal de
Contas realizou agora, recentemente, uma fiscalização e diligências em 223
Centros de Educação Infantil, o que equivaleria a 190 municípios. Eu quero
destacar que é muito importante que isso ocorra. Eu tive uma reunião recente
com o presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o conselheiro
Dimas Ramalho, que nos recebeu muito bem.
Nós levamos a
ele essa demanda da Educação infantil do estado de São Paulo, dizendo-lhe que
havia um sucateamento, uma degradação, uma falta de investimento na Educação
infantil das creches de várias cidades. E nós fomos a ele através do...
Nós criamos
aqui um observatório, no nosso mandato, que se chama Observatório de
Acompanhamento da Educação Infantil do Estado de São Paulo. E nós estamos
acompanhando e recebendo muitas denúncias de professoras da área da Educação
infantil de vários municípios.
E ao mesmo
tempo nós temos um outro movimento importante, que é o Somos Todas Professoras,
que luta pelo enquadramento das professoras dessas creches exatamente na
carreira do Magistério.
Nós levamos
essa demanda para o Tribunal de Contas, juntamente com a coordenadora do
observatório, que é a professora Luciene Cavalcante, supervisora de ensino.
Fomos recebidos e levamos a demanda.
Essa
fiscalização atende a uma parte das nossas reivindicações, da conversa que nós
tivemos com o Tribunal de Contas. Quero parabenizar aqui o Tribunal de Contas
pela fiscalização.
E é importante
que os prefeitos tomem providências. Por exemplo, no município do Guarujá, tem
creches com 40 bebês numa única sala. Existe uma precarização do atendimento
nas creches do município do Guarujá.
Eu fui lá, fiz
uma visita a uma das creches, conversei com as educadoras de Educação infantil;
inclusive, elas participam desse movimento também. Eu fiquei chocado, porque,
como diretor de escola, conheço bastante a Educação infantil de vários
municípios, de São Paulo, mas nunca entrei numa sala, numa creche com 50
crianças numa única turma. Isso, eu nunca vi; e lá existe essa situação. O
Tribunal de Contas foi até lá. Nós levamos uma relação para o Tribunal de
Contas.
Enfim, é uma
boa notícia essa. Nós vamos continuar pedindo que haja fiscalização, que o
Tribunal de Contas amplie mais ainda essa fiscalização. Ele fiscalizou 190
municípios; tem que fiscalizar os 644 municípios. Só de São Paulo que não, pois
tem um Tribunal de Contas próprio aqui na cidade de São Paulo. Mas os outros
devem, sim, ser fiscalizados.
E o Tribunal de
Contas tem que exigir condições adequadas de funcionamento dessas creches e
respeito às educadoras de Educação infantil. E que o Tribunal exija também que
elas sejam todas enquadradas na carreira do Magistério, porque elas exercem a
carreira docente; elas foram aprovadas em concurso público e têm formação.
Então, é importante que o Tribunal de Contas faça essa cobrança para todos os
municípios do estado de São Paulo. Era isso.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Não havendo mais
nenhum orador para fazer o uso da tribuna, e havendo acordo entre as
lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.
Eu queria, antes, externar aqui a solidariedade e sentimento, de minha parte e
da parte dos demais membros da Casa, relativamente às perdas ocorridas nos
desmoronamentos no estado do Paraná. Santa Catarina também está enfrentando uma
situação difícil. Vi que Sergipe também está.
Mas, salvo algum equívoco de minha
parte, as perdas humanas ocorreram no Paraná. Há muitas pessoas soterradas,
ainda sendo buscadas. Pedimos a Deus que sejam encontradas com vida. Então,
fica aqui expressa a solidariedade da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo para com os outros estados que estão enfrentando essa difícil situação.
Sras. Deputadas
e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar
por levantados os nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
segunda-feira, à ordem regimental, sem Ordem do Dia, ou, na hipótese prevista
no Requerimento aprovado de nº 2.035, de 2022, para a sessão ordinária de
terça-feira, à ordem regimental, com a mesma Ordem do Dia de 30 de novembro
último.
Eu gostaria de explicar que houve uma
votação aqui no plenário para que nós não tivéssemos plenário funcionando nos
dias de jogos do Brasil. Então, como amanhã tem o jogo do Brasil, não teremos o
plenário. A Casa funciona até as 13 horas e trinta minutos. A depender da
escala, pode ser que tenhamos jogo também na segunda-feira, por isso esta
mensagem.
Se não tivermos jogo do Brasil na
segunda, o plenário funcionará normalmente na tarde de segunda-feira. Se
tivermos, o plenário retorna na terça-feira. Entretanto, mesmo nos dias de
jogos, a Casa abre na parte da manhã normalmente.
Feita a explicação, agradeço a todos e
desejo uma excelente tarde e um excelente jogo para o Brasil amanhã.
Está levantada
a sessão.
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- Levanta-se a
sessão às 14 horas e 21 minutos.
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