7 DE NOVEMBRO DE 2022
129ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, CARLOS GIANNAZI e JANAINA
PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
4 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
6 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Saúda o deputado estadual eleito, Capitão Telhada.
8 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
10 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - CONTE LOPES
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
12 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Endossa o pronunciamento do deputado Conte
Lopes. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 08/11, à hora
regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, dia 7 de novembro de
2022, segunda-feira.
Iniciamos o Pequeno Expediente com os
seguintes oradores inscritos: deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Dr.
Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Janaina
Paschoal. (Pausa.)
Deputado Castello Branco. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado
Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Telhada, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, telespectador da TV Assembleia, mais uma vez, venho à tribuna da
Assembleia Legislativa para denunciar o autoritarismo, o processo de
perseguição, de assédio, de constrangimento e de demissão eu diria que já quase
em massa de professores da rede estadual, que estão sofrendo com essa avaliação
extremamente autoritária, conhecida como “avaliação trezentos e sessenta”, que
foi imposta nas escolas do Programa de Ensino Integral, as escolas conhecidas
como PEI, que eu tenho denunciado como a farsa da escola de tempo integral do
Estado de São Paulo.
Nós estamos
recebendo centenas de denúncias de escolas de todo o estado de São Paulo: do
interior paulista, da Grande São Paulo, da Baixada Santista, aqui da Capital,
de perseguição em massa, Sr. Presidente.
Um verdadeiro
terrorismo está sendo implantado na rede pela Secretaria da Educação, por meio
desse modelo de avaliação, um modelo de avaliação personalista e extremamente
parcial do ponto de vista do trabalho pedagógico dos professores e das
professoras.
Vários
professores estão sendo desligados desse programa por conta desse modelo de
avaliação, que é um modelo subjetivo, personalista, que deixa o professor refém
dessa condição.
É direto, nós
estamos recebendo várias denúncias. Não só eu, mas vários deputados já vieram
me falar inclusive sobre isso, Sr. Presidente. São vários os casos.
Eu quero
registrar um deles só para ilustrar o que está acontecendo. Refiro-me aqui à
Escola Estadual Wilson Rachid, uma escola da zona leste, da Diretoria Leste 2.
Lá, cinco professores foram desligados ao mesmo tempo.
Cinco
professores, que têm o trabalho pedagógico interrompido. A comunidade ficará
sem esses professores por conta desse modelo de avaliação. Esse exemplo, Sr.
Presidente, ilustra o que está acontecendo em várias escolas do nosso Estado.
Temos que
revogar imediatamente esse modelo de avaliação. Repito que é o modelo
autoritário. Na verdade, até a própria contratação dos professores da escola
PEI é um modelo extremamente eu diria que até ilegal, porque ele não respeita o
estatuto do magistério. É um outro estatuto dentro do estatuto do magistério.
É um absurdo o
que essa gestão Doria/Rodrigo Garcia e ainda o ex-secretário Rossieli fez com a
rede estadual. Eles destruíram a carreira do magistério com a aprovação do
Projeto de lei que instituiu o que eles chamam de “a nova carreira”, que de
nova não tem nada, foi a destruição.
Mas esse modelo
tem que ser alterado imediatamente, tem que ser revogado esse modelo do
Programa de Ensino Integral, tanto do ponto de vista da contratação dos
professores, essa avaliação, que é perversa e é cruel.
Estamos
recebendo inclusive denúncias de pessoas, diretoras e até mesmo dirigentes de
ensino que apoiaram a campanha do ex-secretário Rossieli Soares que agora estão
perseguindo professores, Sr. Presidente. Isso é muito grave.
Nós estamos
acionando o Ministério Público e a Comissão de Educação, que eu já acionei aqui
na Assembleia Legislativa; vamos levar o caso também para o Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo fazendo todas essas denúncias e pedindo providências
imediatas para que seja feito um levantamento contra todos esses processos,
essas perseguições, essas demissões, que são ilegais.
A gente não
pode aceitar, porque toda a comunidade escolar será prejudicada e representa
também uma agressão à dignidade humana das professoras e professores da rede
estadual de ensino.
Por fim, Sr.
Presidente, eu queria aqui fazer mais uma denúncia séria. Olha, nós estamos
acompanhando, analisando o Orçamento para 2023, que consta na lei orçamentária,
o Projeto de lei nº 578, de 2022, que foi protocolado aqui pelo Poder
Executivo.
É uma lei
orçamentária totalmente antipopular, antidemocrática, que não colocou o povo. O
povo está fora do Orçamento do Estado de São Paulo.
Mas só para a
gente ter uma ideia da gravidade da situação, Sr. Presidente, o Iamspe,
novamente, o Iamspe, que precisa de recursos do governo estadual.
Todos
acompanham aqui a situação do Iamspe, o sucateamento do Hospital do Servidor
Público Estadual, as terceirizações generalizadas, a dificuldade de um servidor
conseguir uma consulta, um exame, uma cirurgia, de ter acesso a um remédio, a
falta de convênios em todo o interior de São Paulo.
Dos 645
municípios, apenas 173 têm convênios, têm algum tipo de atendimento. Faltam
convênios com laboratórios, com Santas Casas, com hospitais regionais, com
clínicas em todo o Estado. A situação é muito grave, é de calamidade pública do
Iamspe.
Mesmo assim,
Sr. Presidente, só para concluir, olha só: no Orçamento, é inacreditável, o
governo só vai investir do Orçamento geral, que tem a ver com a contribuição
dos servidores para manutenção do hospital, o Orçamento previsto é de 1,971
bilhão de reais.
É o orçamento
do Iamspe. O governo estadual só vai entrar com 0,16% desse orçamento, que
chega aproximadamente a apenas três milhões de reais desse 1,971 bilhão.
Olha como é
grave, Sr. Presidente, é um descaso total com o Iamspe. Isso mostra certamente
o que venho denunciando já há anos, que cada vez mais o governo estadual, o
governo do PSDB, tem abandonado, e agora abandonou de vez o financiamento, a
sua preocupação com a saúde dos servidores estaduais, que são totalmente reféns
dessa situação.
Estão
abandonados, 0,16% é o que o governo vai investir no orçamento do Iamspe, esse
valor que eu citei aqui, de um 1,971 bilhão. O estado mais rico da federação,
que vai aprovar o maior Orçamento da história do estado de São Paulo, o
Orçamento previsto de 317 bilhões de reais, ele só vai disponibilizar três
bilhões para o Iamspe, ou seja, vai piorar ainda a situação.
Lembrando, Sr.
Presidente, que nesse Orçamento também haverá a maior transferência da história
do estado de São Paulo, do nosso Orçamento público, do dinheiro público do
contribuinte para os grandes grupos econômicos.
Lá no
Orçamento, 80 bilhões para os grandes empresários, muitos deles devedores e
caloteiros da dívida pública, como os grandes frigoríficos, mineradoras e
tantos outros setores que serão isentos, ou terão redução do ICMS, dinheiro que
vai fazer falta para o SUS, para a educação básica, para a USP, para a Unicamp,
para as universidades, como o Centro Paula Souza, para a segurança pública.
Esse é o
Orçamento que vai ser debatido aqui.
Eu já
apresentei, logicamente, emendas, recompondo esse valor do Iamspe. Eu peço
ajuda de todos os deputados para que as nossas emendas sejam aprovadas e a
Assembleia Legislativa possa reverter essa grave situação, financiando
adequadamente o Iamspe.
Para concluir,
Sr. Presidente, porque a nossa luta com o Iamspe, é que o Iamspe, que o governo
estadual contribua com pelo menos 3% para o funcionário público, para o
servidor público, que já contribui também com dois ou três por cento.
E que haja
também gestão democrática do Iamspe, porque o Iamspe é do servidor público, não
é do governo. Então por isso que a nossa defesa é que o conselho do Iamspe seja
um conselho deliberativo, e não apenas consultivo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado.
Solicito que o deputado Giannazi assuma
a Presidência dos trabalhos para que eu possa fazer uso da palavra.
Próximo deputado, deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado
Coronel Nishikawa. (Pausa.)
*
* *
Assume a Presidência o Sr. Carlos
Giannazi.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência
à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra agora o
deputado Coronel Telhada, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, Sr. Deputado, deputada Janaina Paschoal, a todos que nos assistem
pela Rede Alesp, aos senhores e senhoras aqui presentes, assessores, policiais
militares, policiais civis aqui presentes, hoje, segunda-feira, dia 7 de
novembro de 2022.
Quero começar
com um assunto que está rodando hoje na rede social, que foi a morte do ex-ator
Guilherme de Pádua, que, em 1992, assassinou, junto com a então mulher dele,
Paula Thomaz, a jovem Daniella Perez. A jovem Daniella Perez foi morta a golpes
de tesoura, um crime absurdo.
A mãe dela, da
Daniella Perez, até fez um trabalho forte na época, para que o homicídio fosse
considerado um crime hediondo. Acabou o Guilherme sendo condenado a 19 anos e 6
meses de cadeia, mas como é o Brasil, ele ficou só 6 anos e 9 meses, nem 7 anos
preso. Foi colocado em liberdade e morreu ontem, vítima de um infarto.
Então é uma
coisa a se pensar, ele viveu 30 anos a mais que a Daniella Perez, uma jovem na
flor da idade que foi morta. Todo mundo aqui comenta, a gente, que é policial,
vive muito isso.
Mas quando é
uma pessoa famosa a vítima todo mundo dá mais atenção. Como ela era uma artista
de televisão, ainda mais da famigerada Rede Globo, acabou-se dando uma
repercussão muito grande a esse caso.
Mas para ver
como é, a pessoa morre, apodrece dentro de um caixão, e seu assassino continua
vivendo, preso ou não. Ele viveu sete anos preso, 23 anos em liberdade. Ele até
se converteu, se tornou pastor. Deus tenha piedade da alma dele. Eu também sou
favorável de a pessoa se regenerar, mas é uma situação que é boa para parar
para pensar.
A nossa lei é
muito frágil, muito fraca. Ela não pune devidamente. A nossa lei incentiva o
crime. Agora com um presidente eleito que acha normal roubar um celular para
tomar uma cerveja no final de semana, o negócio vai piorar mais ainda. Nós
temos ouvido vários comentários, inclusive da liberação de presos e crime de
menor potencial ofensivo.
Ou seja, o País
já está em uma situação tão difícil em relação à criminalidade, há anos
sofrendo disso. Bolsonaro não conseguiu reverter essa situação, porque é uma
situação que precisa de um trabalho muito forte, um trabalho político muito
forte. Agora um presidente eleito que acha normal roubar celular, matar
pessoas, acha normal isso.
A gente, como
policial militar e como político, teme muito o que vai acontecer com o nosso
Brasil, a situação da criminalidade. Nós felizmente estamos atentos, crendo que
haverá um número alto no índice de roubos, de furtos, de invasão de
propriedades, o terrorismo do MST. Eu vi, eu trabalhei com isso, eu vi aqueles
criminosos agindo, invadindo fazendas, matando gado, depredando plantações, um
negócio absurdo.
Nós sabemos
que, infelizmente, agora, com esse governo famigerado possivelmente voltará a
ação desses terroristas. Quem viveu essa ação, como eu vivi diretamente, sabe
do grau de violência desses criminosos. Mas, a princípio, não é possível provar
que houve alguma coisa errada. Teoricamente foi a maioria da população que
votou.
Agora todos nós
sofreremos esse revés terrível com um partido que gosta de dinheiro, adora
dinheiro, tanto que a primeira ação desse partido foi quebrar o teto, pedindo
200 bilhões a mais para o orçamento de 2023, uma coisa absurda, que a imprensa
acha normal, todo mundo achou normal. Se fosse o Bolsonaro seria um absurdo.
Falando em
violência, nós temos que lamentar a morte de mais um policial militar, um jovem
policial militar morto nesses dias no Rio de Janeiro. Tinha que ser no Rio de
Janeiro.
Ele foi ferido
na última sexta-feira, dia quatro, policial militar Fábio Alves de Almeida, de
35 anos, que foi baleado após uma tentativa de roubo no Viaduto dos
Marinheiros, na zona norte. Morreu e foi enterrado na tarde de domingo.
É uma situação
muito difícil porque muitos homens e mulheres da Segurança estão sendo alvos de
criminosos, estão sendo mortos diariamente. Esse rapaz deixou a mulher e um
filho de três anos, um filho órfão agora.
Ele foi ferido
com um tiro na cabeça e socorrido por colegas de farda. Está aí, um jovem
policial militar, mais uma vítima da violência no Rio de Janeiro. Fábio Alves
de Almeida, de 35 anos. É mais novo que o meu filho. É muito triste.
Temos a
lamentar, também, a morte de duas crianças praticamente, dois jovens. Olhe a
foto. Ponha a foto em quadro total, por favor, Machado. Dois meninos ainda,
pilotos da Força Aérea Brasileira. A semana passada, no sábado, dia 5, uma
aeronave T-25 Uirapuru acabou decolando de Pirassununga. Lá no Sul do País, em
Florianópolis, acabou se chocando com uma montanha, o tempo estava muito ruim.
Nesse acidente
acabou falecendo o cadete Sérgio Branquinho Júnior, de Ribeirão Preto.
Possivelmente, o cadete seja o que está com lenço no pescoço. E o capitão
Rodrigo Alves da Silva, de Japeri, Rio de Janeiro. E mesmo os capitães são
jovens.
Podem ver que o
cadete tinha 22 anos, e fazia um voo de treinamento. E o capitão, não tenho a
idade dele aqui. Mas era um jovem. Só pela foto, dá para ver que era um jovem
capitão também.
Os dois,
vítimas desse acidente, um avião T-25, da Força Aérea Brasileira. Nossos
pêsames aos queridos amigos e amigas da Força Aérea Brasileira. Dois heróis
brasileiros que se vão. E infelizmente ninguém reconhece o trabalho dessas
pessoas.
Para fechar, quero
citar que, no dia 5 de novembro, sábado, foi o aniversário de Espírito Santo do
Turvo, Guatapará, Itapetininga, Pilar do Sul e Rosana. Um abraço a todos os
amigos e amigas desses municípios.
E hoje é o Dia
Nacional do Amigo da Marinha. Um abraço a todos os amigos. Quero mandar um
abraço aqui, em especial ao meu amigo Paulo Marinheiro, presidente da Soamar. A
todos os amigos, de todas as Soamares do Brasil, um grande abraço.
Salvo engano,
hoje também é o Dia do Radialista, se não me engano. Então, um abraço a todos
os radialistas do Brasil.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito
obrigado, deputado Coronel Telhada.
Com a palavra, o deputado Major Mecca.
(Pausa.)
Lista Suplementar. Com a palavra, o
deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Castello Branco.
(Pausa.) Com a palavra, o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Com a palavra, a deputada Janaina Paschoal, que fará uso regimental da tribuna.
*
* *
- Assume a Presidência o S. Coronel
Telhada.
*
* *
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento as pessoas que nos acompanham, V. Exa., Sr.
Presidente, colegas deputados, senhores funcionários.
Eu queria
tratar de um tema que, de certa forma, está aterrorizando as pessoas, ou, pelo
menos, um grupo de pessoas, ou alguns grupos de pessoas, que é a questão da
higidez, da confiabilidade do nosso sistema eleitoral, do resultado das
eleições.
Então eu
queria, primeiramente, deixar consignado, já fiz várias vezes, mas, novamente,
que sempre fui uma defensora do voto impresso. Sempre fui, muito antes do
presidente abraçar essa bandeira.
Em sala de
aula, eu já defendia o voto impresso, por entender que a materialização do voto
confere segurança a todas as partes. Por exemplo, diante da situação de dúvida,
que se estabeleceu no País, ou em parte do País, se nós tivéssemos os votos
impressos, poderíamos fazer a recontagem, que é algo que acontece nas nações
mais desenvolvidas pelo mundo afora.
O tema foi
debatido no Congresso, foi debatido no Supremo. Infelizmente, não foi
implementado. Então quero deixar isso registrado. Porque eu não sou o tipo de
pessoa que muda de opinião a depender do contexto.
Também quero
deixar registrado que eu acredito firmemente que o presidente Jair Bolsonaro
perdeu. Eu acredito que o presidente perdeu.
E entendo que perdeu por culpa do seu núcleo duro, de pessoas
agressivas, pessoas persecutórias. Sobretudo, com quadros da direita. Porque eu
nunca vi o bolsonarismo bater em esquerdista como eles bateram, e batem, em
direitistas.
Então eu quero
deixar registrado que, enquanto o presidente eleito, Lula, estava buscando
estabelecer alianças com os espectros divergentes da sociedade, o presidente
Bolsonaro, na melhor das hipóteses, se calou diante das perseguições feitas
pelos seus apoiadores mais próximos.
Porque eram
perseguições feitas por pessoas que frequentavam e frequentam o palácio,
pessoas que frequentavam e frequentam a casa do presidente da República. Então
é impossível dizer que não soubesse.
Eu perdi a
conta do tanto de postagem de discurso, de áudio, que fiz, alertando que era
necessário ter um pouco de humildade, porque as pessoas que discordavam, as
pessoas que faziam perguntas, as pessoas que, de alguma maneira, se mostravam
indecisas, eram atacadas no lugar de serem conquistadas.
Então, eu
acredito, de verdade, que o presidente perdeu. Não foi o Lula que ganhou, foi o
presidente que perdeu, pela falta de humildade do seu entorno.
Independentemente disso, nós temos um número significativo de cidadãos que não
acreditam no resultado. Não entendo que a melhor maneira de lidar com esses
cidadãos seja calá-los. Eu não entendo que seja essa a melhor maneira. Digo
isso respeitosamente.
Nesse final de
semana, o professor Marcos Cintra fez postagens urbanas, postagens educadas,
postagens não agressivas, não ofensivas. Teve suas redes suspensas.
E o que é pior:
o Exmo. Sr. Ministro Alexandre de Moraes determinou que ele seja ouvido pela
Polícia Federal, como se tivesse praticado um crime. O professor Cintra não
praticou crime nenhum.
Eu confio no
resultado. Mesmo sendo defensora do voto impresso, por entender que neste
momento o voto impresso nos ajudaria a trazer um pouco mais de tranquilidade,
eu confio no resultado. Não obstante, não posso entender natural, numa
democracia, que os demais cidadãos estejam impedidos de fazer questionamentos,
de desejar esclarecimentos.
Eu assisti às
tais “lives” do tal ativista, jornalista argentino. O que eu penso sobre isso?
Eu penso que nós temos instituições fortes neste país, eu penso que o
presidente da república está vinculado a um partido forte, grande e rico.
Ou mentiram o
tempo inteiro ou as Forças Armadas auditaram e acompanharam todo o processo,
porque foi isso que foi alardeado na imprensa. Então, com todo o respeito, não
me parece que seja um jornalista do país vizinho que vá dizer se houve ou não houve
fraude.
Eu estou
aguardando, haja vista o desespero de vários cidadãos neste país, que primeiro
as Forças Armadas - que disseram que auditaram, que acompanharam - se
manifestem.
Diferentemente
de muitos que estão na frente dos quartéis, não sei que saudosismo é esse, meu
Deus do céu. Pedindo intervenção, algo absolutamente incompatível com a nossa
Constituição Federal, com a nossa legislação, com a história, com o momento
vivido pelo mundo.
Diferentemente
desses saudosistas de algo ruim, com todo o respeito, eu acompanhei os
noticiários. O próprio presidente da república determinou que as Forças Armadas
acompanhassem o processo.
Meu Deus do
céu, seja para confirmar o resultado, seja para dizer que há dúvidas, é
necessário que alguma instituição neste país venha a público. Porque não é
possível que vão ficar todos calados, enquanto as pessoas estão se
descabelando, chorando, entrando em pânico na frente dos quartéis.
Não é possível.
E o partido do presidente, o PL? Entende que aquela documentação, que aquela
tal “live” vale de alguma coisa, entende que não? Tem que ter um comunicado,
tem que ter um manifesto.
Porque,
senhores, muito embora eu acredite no resultado, quando as pessoas começam a
levantar dúvidas, e no lugar de virem esclarecimentos, vêm ordens de intimação,
de condução à Polícia Federal, de derrubada de redes, infelizmente as dúvidas
acabam ganhando força.
Então, eu
entendo que já passou da hora de a tal auditoria que o presidente determinou
que fosse feita ao longo do processo eleitoral ser apresentada para a nação. Já
passou da hora de o partido do presidente se manifestar, porque, quando houve
dúvidas no pleito entre a ex-presidente Dilma e o agora deputado federal Aécio,
o partido do candidato que perdeu pediu uma verificação.
Então essas
dúvidas, esses pedidos de verificações são inerentes à democracia. O que não é
inerente à democracia é as pessoas não terem o direito sequer de duvidar.
Então aqui é um
pleito como cidadã, como deputada, como professora de direito, que aqueles que
acompanharam esse processo se manifestem de forma técnica. Não é de forma
adjetivada, “é golpe”, “não é golpe”, “é fraude”, “não é fraude”, “isso fere o
sentimento da democracia”, porque essas frases feitas retomam momentos ruins da
nossa história.
A divergência,
a dúvida, isso não tem nada a ver com ferir instituições, atacar instituições,
que é isso? Também não dá para o presidente da República fica calado vendo o
circo pegar fogo. É isso que ele quer?
Eu perdi a
conta, presidente, do número de pessoas que me ligaram, escreveram, algumas
chorando. Essas pessoas merecem respeito. É muito cômodo para a família
Bolsonaro ficar em silêncio vendo o circo pegar fogo.
Se as Forças
Armadas acompanharam o processo, seja para dizer que está tudo certo ou que não
está, eu entendo que tem que ter uma manifestação oficial. Desculpa, não é o
jornalista amigo do Eduardo que vai me fazer crer que está tudo errado.
Agora, na
medida em que levantaram essa situação, as instituições precisam dar uma
resposta, e não é calando Marcos Cintra e outros tantos que isso vai se
resolver.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada. Eu solicito que V. Exa. assuma a Presidência dos trabalhos, tendo em
vista que eu tenho uma reunião de imediato e o deputado Giannazi se inscreveu
novamente para falar.
Antes de chamar o deputado Giannazi, eu
quero saudar o deputado eleito Capitão Telhada, que se encontra no plenário
acompanhando nossos trabalhos. Muito obrigado, deputado.
Convido para fazer uso da palavra o Sr.
Deputado Carlos Giannazi, pelo tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, de volta à tribuna no dia de hoje, eu gostaria de dizer que nós
estamos extremamente preocupados, porque o Brasil agora entrou no novo tempo, o
tempo da reconstrução de tudo aquilo que foi destruído pelo governo
protofascista do Bolsonaro. A verdade é essa, e isso ficou muito claro agora,
na transição.
O Bolsonaro
estava enganando o povo brasileiro em relação ao orçamento para 2023, quando
disse que iria dar aumento real para o salário mínimo. Está lá agora a imprensa
toda divulgando, a própria base aliada dele mostrando, no orçamento, a previsão
orçamentária para 2023. Não há nenhum tipo de aumento real para o salário mínimo.
Ele estava enganando o povo. Os seus próprios apoiadores estavam sendo
ludibriados.
Ele não deixou
um centavo para a Farmácia Popular e tirou dinheiro da merenda escolar. A
merenda escolar no Brasil retrocedeu aos anos 80, quando existia apenas uma
bolacha seca e um suco qualquer com açúcar, com aditivo, com química, que faz
muito mal para a saúde.
Essa é a
merenda escolar hoje das nossas escolas públicas brasileiras por conta do
governo Bolsonaro, governo protofascista, governo da destruição nacional,
governo que vetou a internet gratuita nas escolas públicas do Brasil.
Bolsonaro vetou
a distribuição de absorventes para as meninas das escolas públicas do Brasil.
Ele não deixou nada no Orçamento.
Vetou, Sra. Presidente, as leis de incentivo
à Cultura, para socorrer os trabalhadores e as trabalhadoras da Cultura, do
setor cultural durante a pandemia. A lei Paulo Gustavo foi vetada pelo
Bolsonaro. Olha a crueldade, um governo que ataca a lei Aldir Blanc, que foi
vetada também.
As duas
principais leis para socorrer a área cultural do Brasil, as duas leis foram
vetadas por esse governo, e agora tudo está se revelando na Peça Orçamentária
para 2023, a cada dia um novo escândalo, uma nova mentira aparece no debate que
está sendo feito hoje no Congresso Nacional.
Fico imaginando
a hora que o presidente Lula assumir, e levantar os sigilos do Bolsonaro,
aqueles sigilos que foram impostos, sigilos de 100 anos. Meu Deus, vai
explodir. A gente vai ter acesso a muitas mentiras que foram contadas.
Se agora, que
ele mal assumiu, ainda é uma transição, ainda lenta, que está ocorrendo, eu
fico imaginando no ano que vem, quando o novo governo assumir e ter, de fato,
acesso a tudo que aconteceu nesses quatro anos.
O Brasil vai
ficar mais indignado, e talvez muitas pessoas que estão se manifestando hoje,
pedindo golpe militar - e é ilegal isso, é uma agressão à democracia ao estado
democrático de direito e à Constituição - essas pessoas talvez vão se sentir
envergonhadas e arrependidas de estarem perambulando pelas ruas, sobretudo
fechando estradas, e agora na frente dos quartéis, pedindo golpe militar.
Essas pessoas
vão se sentir enganadas, como se sentiram aquelas pessoas que apoiaram o
Collor. Depois se sentiram envergonhadas, quando ele confiscou as poupanças.
Teve o impeachment, e aí ninguém mais voltou no Collor.
A mesma coisa
vai acontecer com o Bolsonaro, porque ele sabe que o destino dele, depois que
as revelações vierem a público, do que aconteceu nesse governo, o destino dele,
provavelmente, se o Brasil fizer justiça, provavelmente será a cadeia, para ele
e os seus sócios da destruição nacional.
O povo
brasileiro não se esqueceu, os familiares dos 700 mil mortos pela pandemia,
mortes que poderiam ter sido, sim, evitadas, caso houvesse o mínimo de preocupação
do presidente. Teve denúncias de atraso na vacina, sabotagem no isolamento,
sabotagem na conta da compra da vacina. Todo mundo acompanhou o que aconteceu
no Brasil.
Então, agora é
o momento da reconstrução do Brasil, de retomar a luta em defesa da Educação
Pública, da Cultura, do Meio Ambiente. Esse negócio de questionar as eleições
não tem o mínimo sentido. O mundo já reconheceu, a ONU reconheceu, o presidente
dos Estados Unidos já ligou para o presidente Lula, deputado Conte Lopes - o
que é isso?, - o presidente da França. Vários países, mais de 80 países já
reconheceram as eleições, que foram legítimas.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.
*
* *
O Lula vai ser
o presidente do Brasil, queira ou não. O dólar já caiu, inclusive, só com a
reeleição do Lula. Então, é o momento da frente ampla democrática. Não é nem o
governo do Lula, deputado Conte Lopes - eu sei que V. Exa. não concorda, e nem
precisa, porque é um debate -, mas esse governo não é do Lula, não é do PT. É
de uma frente democrática do Brasil, de reconstrução. Porque, repito, o governo
Bolsonaro destruiu o Brasil em todas as áreas.
Olha só a
celebração que está ocorrendo no Egito, na COP 27, com a eleição do Lula, e,
com a participação dele, o Brasil vai retomar a luta, de fato, em defesa do
Meio Ambiente.
O mundo todo
está celebrando isso, as relações internacionais estão sendo reatadas, do
Brasil, porque até isso o Bolsonaro destruiu. Então, é nisso que nós temos que
nos empenhar agora, no futuro, na reconstrução do Brasil de um novo tempo.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Assumo aqui a
Presidência dos trabalhos e sigo com a lista dos oradores inscritos de forma
suplementar, chamando à tribuna o nobre deputado Conte Lopes, que terá o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Sra.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Ouvi o nobre deputado Carlos
Giannazi falando a respeito de uma possível prisão de Jair Bolsonaro.
Ora, o Lula
ficou preso por dois anos e 580 dias, ele trocou cartas com a Janja. Me parece
que ganhou a eleição. Pelo menos estão falando de eleição. Então, tudo são
conjunturas, não é verdade? Então, mesmo o presidente ficando preso por dois
anos, não deixou de ter voto; em ganhando a eleição, ele teve votos. Então, não
se prevê o futuro assim, nobre deputado Carlos Giannazi. É bem assim.
Inclusive, o
povo que está nas ruas se manifestando são aqueles que pagam o salário, nobre
presidente Janaina Paschoal. O nosso salário de deputado nesta Casa, o salário
dos ministros, do Alexandre de Moraes, quem trabalha é que paga, é isso que eu
quero dizer. Paga o trabalho da polícia é quem trabalha, é quem produz, as
pessoas que estão na rua aí, se manifestando.
Agora, uma
pequena colocação. Não sei se eu posso falar, mas, qualquer novidade, eu vou
pedir para a deputada Janaina me defender. Acompanhando as eleições, no
primeiro turno, ouvi uma declaração de S. Exa., o ministro Alexandre de Moraes
- que eu conheço há muito tempo, desde que ele foi presidente da Febem; foi
secretário municipal do Kassab, se não me falha a memória; foi secretário do
Alckmin; foi ministro do Temer e, hoje, ministro do Supremo.
Ele fazia a
seguinte colocação no dia da eleição, no primeiro turno: que ele, quando jovem,
ou criança, foi assistir a uma partida de futebol entre Corinthians... E ele é
corintiano fanático, dizia ele.
Nessa partida
de futebol, o Internacional fez um gol e a bola não entrou, bateu fora da
trave. Não sei se V. Exa. ou alguém acompanhou, mas eu acompanhei, eu vi. Ele
estava triste, até hoje ele é triste com aquilo lá, mas não adiantou reclamar.
Eu fiquei
até... Eu sou um homem muito sensível, quase que eu choro quando ele falou
aquilo lá. Então, sei lá, então ele já estava prevendo que, se um ou outro
ganhasse, para ninguém chorar. Não era para ninguém reclamar, entendeu?
Então, talvez
também esse pessoal que está aí não está acreditando muito que a bola do Lula
entrou. É só isso. Não sei se eu posso falar isso, Sra. Presidente. Entende? Se
a bola do Lula entrou no gol mesmo no dia da eleição, se ganhou. É isso.
Cabe a quem
explicar para essa população? O TSE. O TSE que tem que vir falar: “Realmente,
vamos explicar. Naquelas urnas todas em que o Lula teve voto - 240, 250 - e o
Bolsonaro não teve nenhum, zero...”, se foi aquilo mesmo.
Se foi, tudo
bem, a gente tem que bater palmas. É difícil isso? Não. É só, talvez, até
reunindo as pessoas, né? “Ou, reúne tudo. Vocês votaram todos? Parabéns”. Está
resolvido o problema, entendem?
Então, não tem
muita dificuldade. O povo está aí e volto a dizer: estão aí de verde e amarelo.
Estão exigindo o quê? Que as eleições tenham sido honestas. É isso o que eles
estão pedindo e, como pagam o nosso salário, são trabalhadores...
É o pessoal do
agronegócio, são trabalhadores, são empresários. Tem um monte de gente: classe
média, classe alta, classe baixa. É um direito do cara.
Como o próprio
Alexandre de Moraes, o ministro, ficou insatisfeito quando um juiz de futebol
deu um gol do Internacional contra o time dele, Corinthians, em que a bola não
entrou e ele viu que foi fora do gol... Viu que foi fora, mas o que ele podia
fazer? Então, talvez, esse pessoal está só reclamando.
Se a gente
conseguir explicar para esse pessoal, nobre presidente, obviamente o cara vai
para casa, pega a bandeira dele e vai embora, não resta a menor dúvida. Agora,
é o argentino, é o não sei o que.
Estou falando
aqui, desta tribuna da Assembleia; eu tenho dez mandatos, eu ganhei a eleição e
eu acho que, aqui, a gente tem imunidade para falar o que quiser. Vem um
argentino e fala para tudo quanto é lugar, o outro vai e fala, a Carla Zambelli
vai falar não sei lá onde.
Então, o povo
está aí perdido, sem saber o que vai acontecer, o que vai fazer. “Ah, vai vir
uma audiência, uma auditoria das Forças Armadas amanhã”, ou hoje, amanhã é sei
lá o que. Então, esse pessoal está reclamando disso, está esperando uma
solução.
Eu não acho
nenhum absurdo. Não é nenhuma revolução, não tem ninguém armado nisso aí, não
tem ninguém xingando, ninguém matando. O pessoal está reclamando. Estão
tristonhos, porque quando você ganha a eleição você fica alegre, quando você
perde fica triste. É natural, é lógico. Democracia é isso.
Agora,
democracia também tem que ser dentro das leis, não é? Quem ganha leva e quem
perde vai para casa. O duro é não conseguir explicar que quem ganhou levou e
quem tem que ir para casa, só isso. Mas acho que a hora que resolver esse
problema ninguém mais vai reclamar de nada.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente,
havendo acordo entre os deputados da Casa, peço o levantamento da presente
sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental,
deputado. É isso. Não existem manifestações antidemocráticas quando são
pacíficas, sem nenhum tipo de violência contra pessoas ou bens, sejam públicos,
sejam privados.
Realmente, as pessoas só querem se
sentir confiantes com relação ao resultado, o que é um direito constitucional
delas. É um direito constitucional.
Pois bem, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por
levantados os nossos trabalhos, convoca as Vossas Excelências para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia da
sessão ordinária de 25 de outubro.
Muito boa tarde a todos, bom final de
dia, está levantada a presente sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 46
minutos.
* * *