3 DE NOVEMBRO DE 2022
127ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
4 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do deputado Conte Lopes.
7 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
12 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 04/11, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, dia 03 de novembro de
2022.
Vamos começar o Pequeno Expediente, com
os seguintes oradores inscritos: o primeiro orador é o deputado Dr. Jorge do
Carmo. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal.
Vossa Excelência tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Agora sim. Cumprimento as pessoas que nos acompanham, V.
Exa., Sr. Presidente, srs. funcionários, colegas deputados. Bem, é o retorno da
Casa, vamos dizer assim, depois do segundo turno. Alguns ainda estão
comemorando; outros, protestando, lamentando; outros, buscando entender.
Eu gostaria de
falar com as pessoas, sobretudo as pessoas que estão nas ruas, as pessoas que
estão nas estradas, as pessoas que estão aqui em frente à Assembleia, na frente
dos quartéis.
Eu respeito a
dor que os senhores estão sentindo. Eu respeito muito, até porque as minhas
ideias, as minhas convicções e a minha história mostram que eu, com todo o
respeito, não tenho alinhamento, vamos dizer assim, com o grupo que venceu -
ideologicamente, em termos das bandeiras defendidas.
Então, eu
compreendo, respeito, mas eu gostaria aqui de rememorar o tanto que eu venho
alertando e o tempo pelo qual eu venho alertando, as vezes que me manifestei
neste plenário, os áudios que enviei nos meus grupos, nas minhas listas de
transmissão, no meu Telegram, no meu Instagram, dizendo que o comportamento da
base bolsonarista precisava mudar.
Com isso, eu
não estou querendo aqui, vamos dizer, vestir aquela camisa de dizer “Olhe, eu
avisei”, ou me colocar em uma situação superior. Não é isso, mas é necessário
fazer esse resgate para que as pessoas enxerguem a realidade.
Muitas pessoas
que eu conheço que fizeram campanha pelo presidente ao meu lado, em 2018, me
confidenciaram, muito antes da eleição, que votariam no adversário, e votaram.
Quando eu
alertava, não era para atacar. Eu alertava, e alertei até os últimos minutos,
porque eu queria que desse certo, com todo respeito, que os senhores que estão
nas ruas hoje estavam sendo enganados.
Estavam sendo
manipulados e ainda estão, porque muitas dessas pessoas que estão nas ruas, Sr.
Presidente, me telefonaram esses dias todos, me escreveram pedindo pelo amor de
Deus para eu explicar que, juridicamente, o presidente eleito não pode tomar
posse.
Só que, antes
de ser uma deputada, eu sou uma professora de direito, eu sou uma advogada. Eu
preciso dizer para os senhores com todas as letras, e eu sei que isso dói nos
senhores, porque os senhores foram enganados. Eu preciso dizer que
juridicamente não tem nenhum instrumento, nenhum instrumento, senhores, para
impedir que o presidente eleito tome posse.
O erro foi
gastar energia... Não foi só durante a campanha, foi por mais de anos, no
discurso da fraude, no discurso de que o Art. 142 traria uma saída, no discurso
de que as Forças Armadas tomariam o poder. Esse discurso não tem nenhuma
sustentação na realidade, senhores. Nenhuma sustentação.
E eu procurei
alertá-los inúmeras vezes, mas só o que consegui foi ser atacada, foi ser
acusada de comunista, de petista, de esquerdista. Uma pessoa com a minha
história, com os textos que eu escrevi, com os livros que eu publiquei
defendendo as liberdades individuais, defendendo a vida a partir da concepção,
contra a legalização de drogas, a favor da Lei de Anistia. Tenho textos
acadêmicos publicados a favor da Lei de Anistia, que foi um processo de
pacificação do nosso País para os dois lados.
Então, eu
preciso que os senhores compreendam que quem colocou na cabeça dos senhores que
os senhores ficando na rua, nas ruas - inclusive inventaram um período de 72
horas, que não sei de onde surgiu - por 72 horas para que as eleições não
tenham validade, quem inventou isso ou fez sem nenhum conhecimento, ou fez com
má fé. Fez com má fé.
Não importam os
nomes agora, mas é necessário reconhecer os erros, até para que esses erros não
se repitam. O petismo, na era do PT, nos vários governos do PT, foi
autoritário, perseguindo quem divergia. Eu fui uma delas, de pessoas
perseguidas por divergir dentro da universidade pública.
O bolsonarismo,
infelizmente, foi muito autoritário, especialmente com quem apoiou a eleição do
presidente em 18. Eu fui alvo dessa perseguição por divergir de uma ou outra
coisa.
Então é muito
importante que as pessoas se conscientizem, que comecem a se acalmar, que
comecem a voltar para as suas casas, para as suas atividades, para os seus
trabalhos, que parem de insuflar as demais a fazerem barricadas, passeatas,
manifestações, pararem estradas.
Com isso eu não
estou falando contra o direito de manifestação, sou uma defensora aguerrida
dele, mas na medida em que o objetivo dessas tais manifestações é impedir algo
que, pelo direito, pela lei, não pode ser impedido, é necessário começar a
digerir que perdeu.
Eu estou aqui,
presidente, dizendo isso, porque perdi a conta do número de mensagens, de
e-mails, de telefonemas das pessoas querendo que eu escreva um documento.
Nenhum
professor de direito que preze... Não tem como porque não existe fundamento
para isso. E ainda há parlamentares estimulando, insuflando. Esses
parlamentares que os senhores aplaudiram tanto, que os senhores aplaudem,
mentiram para os senhores.
Eu disse a
verdade o tempo inteiro e estou dizendo a verdade agora. E a verdade infelizmente não é algo apreciado na política,
presidente. A verdade não é algo apreciado na política, mas eu prefiro a
verdade a fazer as pessoas se iludirem e estarem sem chão, como eu sei que
nesse momento estão.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada. Próximo deputado é o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Eu solicito que a
deputada Janaina Paschoal, por gentileza, assuma a Presidência dos trabalhos
para que eu possa fazer uso da palavra.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Janaina
Paschoal.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Assumo
honrosamente a Presidência dos nossos trabalhos. Chamando à tribuna o nobre
deputado Coronel Telhada, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, Sra. Presidente. Saúdo a senhora e os demais deputados presentes, a
todos os assessores e funcionários aqui no plenário da Assembleia, as nossas
policiais, os nossos policiais militares, policiais civis aqui presentes, a
todos que nos assistem pela rede Alesp.
Hoje, dia três
de novembro de 2022, quero começar aqui meu discurso de hoje - para nós é um
dia feliz - saudando a minha filha Juliana Telhada, que completa hoje
aniversário. Quero mandar um beijo especial para minha filha, mãe dos meus dois
netos - do João Paulo e do José Pedro - esposa do capitão José Antônio também.
Minha filha,
que é uma mulher batalhadora, guerreira, uma pessoa maravilhosa. Filha,
parabéns pelo seu aniversário, que Deus lhe dê muita saúde e felicidade. Que
Deus lhe abençoe; não só você, mas toda a sua família. Papai te ama, Deus
abençoe.
Também quero
aqui hoje saudar o município aniversariante. O município aniversariante de hoje
é o município de Gabriel Monteiro, um abraço a todos os amigos e amigas de
Gabriel Monteiro.
E também saudar
hoje o dia três de novembro como sendo o dia da instituição do direito de voto
da mulher, se eu não me engano foi de 1934, quando a mulher recebeu na
Constituição de 34 o direito de voto. Que era um absurdo: até antes as mulheres
não votavam, absurdo!
Mas enfim,
também não posso deixar aqui hoje de falar dos resultados das eleições, um
resultado triste. Para nós triste e preocupante porque, todo mundo sabe, que
aqui nós apoiamos o governo de Jair Bolsonaro ao longo desses anos e combatemos
veementemente o agora presidente eleito que infelizmente não é um exemplo a ser
seguido por nenhum brasileiro.
Uma série de
senões. Muita gente me ligando, me cobrando: “Mas foi fraude? Não foi fraude?”
Não tem como provar se foi fraude. Nós temos as nossas suspeitas, as nossas
preocupações, mas não há nenhuma prova. Então, se não há prova, não há o que se
falar de fraude. Se houvesse provas com certeza já teriam sido apresentadas.
Como a deputada
que me precedeu - deputada Janaina - falou, a gente só tem uma solução agora: é
aceitar o resultado e trabalhar para o melhor do nosso Brasil. Eu tenho visto
muitas atitudes, muitas manifestações, que eu até entendo como louváveis e até
parabenizo todos que estiveram batalhando ao longo desses dias. Mas se não
houver provas e provas cabais, provas contundentes, não há o que se falar em
ilegalidade.
Nós, como
políticos, como policial militar que sou, que sempre trabalhei pela legalidade,
não há como nesse momento se falar em outra atitude que não seja dentro da lei.
A realidade é essa, infelizmente faz parte do jogo. Faz parte do jogo e nós
teremos que aceitar.
Eu estou aqui
há oito anos nessa Assembleia, diariamente nessa tribuna com outros deputados
clamando, gritando, defendendo a nossa polícia, dizendo das nossas ideias, dos
nossos ideais, das nossas posturas constitucionais, pela família, pela pátria,
contra a ideologia de gênero, pelas crianças, pela religião. E nós trabalhamos
forte com isso, batalhamos.
Fomos chamados
de uma série de nomes por pessoas que deveriam nos apoiar. Criticaram, nos
xingaram. Não fui eleito deputado federal; graças a Deus, meu filho foi eleito
deputado estadual, mas isso é resultado de uma política onde as pessoas, ao
invés de se unirem, passaram a se criticar mutuamente, de uma maneira feroz, de
uma maneira ferrenha, de uma maneira até inconveniente, porque não eram só
críticas, eram xingamentos. O resultado foi esse, infelizmente.
Ao invés de nos
unirmos, nos separamos, apontamos o dedo um para o outro, e o resultado foi a
dispersão do nosso voto, da nossa força. Ao invés de estarmos ali brigando
pelos nossos ideais, pelas nossas ideias, muitos passaram a verificar somente
vantagens pessoais. E nós, que não entramos nessa linha, que continuamos a
perseverar, fomos taxados em uma situação onde nem eleitos nós fomos.
Então, agora,
principalmente pela situação em que nos encontramos, só nos resta trabalhar,
cuidar da nossa vida, cuidar do nosso estado de São Paulo e orar para que Deus
tenha piedade do Brasil. É o que teremos que ter, pois muitas coisas virão.
Agora, quando
vierem reclamar da falta de segurança, quando vierem reclamar do excesso de
crimes, quando vierem reclamar que isso não é justo, que aquilo não é justo, a
gente só vai ter uma resposta: “Faz o ‘L’. Faz o ‘L’”.
Quem quer isso
é a população. Não sou eu, nem os deputados que estão aqui. Quem votou foi a população. A população fez
esse resultado. A população trouxe essa triste realidade para o Brasil. “Ah,
mas eu não fiz, 50 milhões não fizeram.” Tudo bem, mas a maioria fez e o jogo
constitucional é esse: a maioria vence.
Não tem como
partirmos para a ilegalidade agora ou clamarmos para que alguém faça alguma
coisa errada, porque quando alguém faz alguma coisa errada, responde por esses
resultados. Eu não serei responsável pela vida ou pela prisão de ninguém.
Ontem, lá em
Mirassol, tivemos um fato lamentável: várias pessoas foram atropeladas por um
criminoso que não respeitou aquelas pessoas que estavam se manifestando. Eu não
vi nenhuma imprensa, nenhum canal de televisão, não vi ninguém se manifestar a
respeito disso.
Hoje o pessoal
estava mais preocupado com o resultado da “Fazenda”, com resultado disso,
daquilo. Nós temos pessoas feridas, e ninguém da imprensa se manifestou a
respeito, ou seja, não está acontecendo nada no Brasil. E está. As estradas
continuam bloqueadas, vários pontos de bloqueio.
Ontem, milhões
de pessoas foram às ruas, às portas de quartéis, às portas de prédios públicos,
e notem que a maioria da imprensa fez ouvido de mercador. Não falou nada, não
mostrou nada. Essa imprensa é uma das culpadas desse triste resultado que o
Brasil vai ter que amargar nos próximos quatro anos.
Eu estou
tranquilo, eu fiz a minha parte. Trabalhei, me expus, coloquei minha vida à
disposição da pátria, fui denunciado, fui processado, fui xingado, fui
caluniado, mas fiz a minha parte e continuarei trabalhando, continuarei
batalhando, esteja onde estiver, pelos ideais que desde que nasci, desde que
entrei na Polícia Militar, ideais de família, ideais de igreja que aprendi. Não
trairei esses ideais.
Aconteça o que
acontecer com o Brasil, trabalharei firme pela família, pelos bons costumes,
pela valorização das crianças, pela valorização das forças de Segurança. Sempre
trabalharei forte contra o crime, porque bandido, no meu entendimento, não tem
lugar na sociedade.
A sociedade é
feita para trabalhador, a sociedade é feita para quem cumpre as suas
obrigações. Para mim, vou repetir mais uma vez, como sempre repeti: bandido é
na cadeia. Se puxar a arma da polícia, tem que tomar tiro, e para morrer,
porque vagabundo não vale nada.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Cumprimento a sua filha Juliana, desejando muita
saúde.
Sigo com a lista dos oradores
inscritos, chamando à tribuna o nobre deputado Conte Lopes, que terá o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, subo a esta tribuna para
contrariar um pouco o nobre deputado Coronel Telhada e também contrariar o
nobre deputado Carlos Giannazi, que está ali fazendo um “L”.
Então a gente é
obrigado a vir aqui falar. Primeiramente, Sra. Presidente, nós elegemos o
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Deve estar descansando lá no Rio
de Janeiro. Ele merece descanso. Elegemos também um astronauta senador, Marcos
Pontes, do nosso partido. Então tivemos vitórias.
Com relação ao
resultado das urnas, eu vi um monte de gente nas ruas, até hoje. “Vamos para a
rua.” Estão mandando os caras irem para a rua. Eu estou falando que nós
elegemos, também ninguém falou nada para nós, Coronel Telhada. E as pessoas
cobram.
Queiram ou não,
eu tive quase 200 mil votos. O Coronel Telhada sempre foi muito bem eleito, o
filho se elegeu, como a nobre deputada Janaina se candidata ao Senado, sem
partido político.
Nós já brigamos
antes disso, então eu posso falar para Vossa Excelência. Sem televisão é uma
guerra meio inglória, não é? E o Carlos Giannazi muito bem votado aí, deputado
do PSOL mais uma vez.
Então ninguém
fala nada, a gente fica meio perdido do que está acontecendo. Perdoe-me, mas
vou contrariar o Coronel Telhada no seguinte: falaram tanto em auditorias. Cadê
as auditorias? As Forças Armadas iriam fazer a auditoria. No ITA, não sei quem,
não sei o quê. E aí? Ninguém fala nada para a gente?
Eu queria até
cumprimentar o povo que está na rua aí, realmente, vestidos de verde e amarelo,
lutando, mostrando uma parte que, pelo menos nesse aspecto, o Bolsonaro colocou
mesmo. Voltou o verde e amarelo.
O Bolsonaro
elegeu um monte de gente mais uma vez por esse Brasil afora, não é? Tem uns até
que ficam fazendo piadinha com ele. Mourão, por exemplo, seria o quê?
Vice-presidente da República sem o Bolsonaro? Seria senador sem o Bolsonaro?
Os que se
elegeram por São Paulo também. Não estou criticando ninguém, só estou falando.
Mas também vamos devagar, não é? Queira ou não, o homem defendeu uma bandeira.
Agora que eu perguntei isso, quer dizer, o bom do resultado da auditoria foi,
está certo, aqui, olha, sem novidade. Ficam jogando, na minha época falava
“bisu”, não é? Sou meio velhão.
Na época da
Polícia, “está soltando bisu aí”. Então fica todo mundo meio perdido com
relação a isso. Mas nós somos vencedores aqui em São Paulo, elegemos o
governador de São Paulo.
Bolsonaro que
lançou o governador. Bolsonaro que lançou o astronauta, Marcos Pontes. Foi ele
que lançou vários deputados. Muitos viraram guerreiro, ele é uma beleza, até na
campanha política andei em São Paulo inteiro, para todo lado.
Cobrei até mais
periferia, Coronel Telhada. Quantas vezes cobrei aqui desta tribuna e aqui dos
deputados? Periferia tem voto. A zona leste tem o quê? Três milhões de votos, e
a zona sul, mais três.
Deixaram o PT
trabalhar sozinho lá. Não foram. Eu cobrava, ué, falava. Então o nosso objetivo
a gente fazia, não é? Então na verdade é isso. Agora, meus cumprimentos a quem
está na rua, está batalhando. Acabar com esses bloqueios nas estradas, que é um
absurdo, realmente atrapalha todo mundo. E ganhar a eleição e perder é a mesma
coisa, é assim a vida.
Eu falava isso
aqui. Quantas vezes eu falei na tribuna? Não adianta falar em guerra, “vamos
para a guerra”. Que guerra? Que o presidente está falando de guerra é o quê?
Faz 30 anos que ele está na vida pública, como nós.
Ele é capitão
do Exército, não foi expulso do exército. Estava talvez revoltado, como eu fui
encostado uma vez na vida, tirado do policiamento e colocado no Hospital
Militar, e resolvi sair candidato, ele deve ter feito a mesma coisa.
Mas não tem
poder total devido a ele virar, e também acho que não é o objetivo dele. Agora,
simplesmente está um povo meio perdido. Então a gente queria ouvir dos nossos
líderes o que está acontecendo. Simplesmente isso. “Não, está normal.”
E aí, qual é o
problema? Nem ao perder do jogo, é o povo realmente que escolhe. É o povo que
escolhe, se não, não entra na vida política. Se a pessoa entra na vida pública
só para ganhar, está no lugar errado, porque aqui se ganha e se perde.
Essa é a grande
verdade. Já ganhei dez eleições, mas já perdi também. Então o que eu acho que
está muita gente perdida no espaço, que muita gente importante que falava,
falava, estava no zap. Quer dizer, o mundo é do zap, não é? Os caras se elegem
no Tiktok. Vi policial com cachorro na cabeça... sei lá o que aconteceu.
“O que você fez
na vida?” É bom no Tiktok, ele é excelente. “O que fez de bom? Bom, qual é a
sua história?” Problema de cada um, mas é o que ele mesmo falou, o Coronel
Telhada, as escolhas são essas, vamos cobrar daqueles que foram eleitos. Nós
estamos à disposição, mesma coisa, mais uma vez.
Só para
terminar: elegemos um governador do Estado, e não é fácil, depois de 30 anos o
PSDB saiu do governo de São Paulo e está entrando um novo governo, que é o
Tarcísio de Freitas que nós corremos juntos desde o primeiro dia. O Coronel
Telhada está junto aí acompanhando, a deputada Janaina da mesma forma, desde o
primeiro dia, foi uma conselheira, inclusive, do governador eleito.
Então, essa é a
verdade, essa é a verdade. O que me deixa surpreso são as auditorias que todo
mundo ia fazer. Cadê a auditoria? Fizeram, não fizeram? Está certo, está
errado? Aí vem bisu da Rússia, dos Estados Unidos, e a pessoa fica meio perdida
aí no que faz.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Importantíssima a fala de Vossa Excelência. Eu penso
que se houve avaliações, se houve acompanhamento seria muito importante para a
pacificação, para trazer alguma tranquilidade para essas pessoas que estão nas
ruas que esse resultado fosse apresentado. Endosso a fala de Vossa Excelência.
Cumprimento V.Exa. por ela.
Sigo aqui com a lista dos oradores
inscritos chamando à tribuna o nobre deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.)
Encerrada a lista principal de oradores
inscritos, abro a Lista Suplementar chamando à tribuna o nobre deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia, sejam bem-vindos a um novo
tempo.
A democracia
venceu a barbárie, o processo civilizatório do Brasil será restaurado com a eleição
do Lula, que não representa apenas o PT. Representa uma frente democrática, uma
frente ampla constituída por vários setores da sociedade que temiam e temem
pelo fim da democracia. Por isso que foi organizada essa frente com vários
segmentos da sociedade, inclusive da direita liberal, tamanha era a gravidade
da situação, e é ainda do Brasil. O Brasil precisa ser reconstruído.
Então nós temos
que comemorar esse avanço pela reconstrução do Brasil. Nós temos que tirar o
Brasil da fila do osso, nós temos que tirar o Brasil dessa situação de ter 33
milhões de pessoas passando fome e mais 120 milhões de pessoas com insegurança
alimentar.
Nós não podemos
tolerar que esse governo Bolsonaro dê apenas 36 centavos para a merenda escolar
dos estados e municípios. Nós não podemos tolerar que esse governo tenha vetado
o projeto de lei que oferecia internet grátis paras as escolas públicas do
Brasil. Nós não podemos tolerar um governo que vetou o projeto para
distribuição de absorventes para as meninas pobres das escolas públicas do
nosso país.
Foram tantos os
ataques aos trabalhadores, às trabalhadoras, às áreas sociais que o Brasil
reagiu, e reagiu no voto. Agora, é lamentável e execrável essas manifestações
golpistas que são criminosas, porque defender golpe no Brasil afronta a
Constituição Federal, afronta toda a legislação.
Então é
execrável o que está acontecendo no Brasil, não só do ponto de vista dos
bloqueios das rodovias, que isso é criminoso, mas também há crime nas
manifestações pedindo intervenção militar, golpe militar. Isso é crime, o
Brasil tem o Estado Democrático de Direito garantido pela Constituição Federal.
O Lula foi
eleito presidente da República e ele vai assumir. Agora, todo esse ambiente
tóxico que está ocorrendo no Brasil leva à seguinte situação em uma escola: eu
fiquei chocado aqui, como é minha área de atuação, que é como diretor de
escola, como professor, como uma pessoa ligada à Educação, eu fiquei chocado,
Srs. Deputados e Sras. Deputadas, com essa notícia do Colégio Visconde de Porto
Seguro, uma escola particular aqui de Valinhos, onde foi criado um grupo de
WhatsApp com manifestações racistas, xenofóbicas e classistas.
Tem frases
como, por exemplo, “quero que esses nordestinos morram de sede”, “sou pró
reescravização do Nordeste”, “pobre é burro”. E tem figuras da suástica,
inclusive, nesse grupo de WhatsApp da escola.
Alunos foram
discriminados nessa escola, e a escola não deu uma resposta à altura. Isso aqui
é um escândalo, a imprensa está noticiando. Ou seja, isso vai formando também
alunos racistas, nazifascistas nas nossas escolas por conta desse ambiente
tóxico, Srs. Deputados e Sras. Deputadas.
Então nós
exigimos que a Secretaria Estadual da Educação faça uma profunda investigação e
apure o que aconteceu nessa escola, porque isso aqui é crime também, fazer
alusão ao nazismo, ao racismo de uma forma clara e aberta como está acontecendo
nessa escola é crime.
A Secretaria da
Educação, que faz a supervisão e a autorização das escolas particulares do
estado de São Paulo, tem que fiscalizar, tem que fazer uma supervisão imediata,
tomar as devidas providências e punir os responsáveis pela criação desse grupo
de WhatsApp. Inclusive, a direção da escola tem que se posicionar e tomar
medidas, no sentido de que isso não aconteça mais.
É grave a
situação do Brasil, nós estamos vivendo uma tentativa de sabotagem do Estado
Democrático de Direito. O presidente Lula foi eleito, uma frente ampla com
vários setores da sociedade, e vai assumir, vai reconstruir o Brasil.
Logicamente que
a oposição vai existir, mas oposição golpista de extrema-direita, protonazifascista
não, isso é crime. Que faça oposição no parlamento com movimentos sociais
organizados, mas esse tipo de manifestação é contra a democracia, contra o
processo civilizatório.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Seguindo a
lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) E novamente o nobre deputado Coronel Telhada,
que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Retorno à tribuna no dia 03 de novembro de 2022. Eu não iria falar, mas eu,
falando da campanha, acabei passando um assunto importante que nós não podemos
jamais deixar de mencionar, a morte de um guarda civil que morreu trabalhando
pela segurança de sua cidade, sacrificou sua vida em prol das pessoas que ele
defendia. É o guarda civil José Carlos da Silva Perete.
Eu não sei se
os senhores se recordam, há uns 15 dias, aproximadamente, o GCM de segunda
classe José Carlos da Silva Perete se encontrava em uma viatura, ele é da
Guarda Civil de Capivari, e ele foi abordar, junto com seu parceiro, colega de
viatura, alguns carros suspeitos, acho que era ocorrência de roubo, e nessa
abordagem eles acabaram sendo baleados. O parceiro dele foi ferido e ele foi
gravemente ferido na cabeça com tiros de arma de grosso calibre, fuzil.
Ontem, acho que
foi ontem, foi dia 02 isso, ele faleceu e deixou família. Era um homem, salvo
engano, de 50 anos de idade. Deu a sua vida pela comunidade, pela população da
sua cidade. Quem vai se lembrar disso? Ninguém. Ninguém está preocupado com
isso.
Estariam
preocupados se fosse um vagabundo que estivesse assaltando, aí estariam fazendo
manifestação, aí a imprensa mostraria, aí fariam movimento, tacavam fogo em
ônibus, em pneu, mas é um homem da lei, um trabalhador, um homem que ganha uma
porcaria de um salário para defender a população, ninguém vai nem comentar isso
aí.
Como eu falava
há pouco aqui sobre a situação macabra que o Brasil vai passar nos próximos
quatro anos com esse governo que elegeu um presidente que acha normal roubar um
celular para comprar uma cervejinha no final de semana, que acha normal colocar
bandido na rua, que acha normal o crime organizado se imiscuir na política e
acaba influenciando um presidente que tem uma história negra no Brasil.
Em um partido
que estava há quase 16 anos no poder, deixou 13 milhões de desempregados e
ainda vem falar que vai melhorar o Brasil.
Melhorar o
Brasil onde, se em 16 anos não melhorou nada? Não levou água para o nordeste,
não ajudou o nordestino, não ajudou nenhum cidadão. O crime no Brasil deitando
a torto e à direita com essas leis frágeis contra o crime. Com uma lei que não
coloca bandido na cadeia, e sim polícia na cadeia, e as pessoas acham isso
normal.
Então, está aí
mais um homem que sacrificou a sua vida por uma população que não reconhece o
trabalho dessas pessoas. Elegeram um partido do qual o presidente será o
dirigente do País nos próximos quatro anos.
Eu quero ver,
eu repito aqui, o capitão Conte falou aqui: “Eu vou falar contra o Coronel
Telhada”, mas acabou concordando com tudo o que nós falamos, falou a mesma
coisa.
Porque nós
pensamos, comungamos da mesma ideia, somos policiais militares. Trabalhamos
forte contra o crime, trabalhamos pela população. E fomos vítimas ao longo da
nossa carreira de Polícia Militar de inúmeras arbitrariedades praticadas e
incentivadas por pessoas que valorizam o crime.
E nós sempre
fomos muito criticados por causa disso, porque nós não nos dobramos ao crime,
porque nós não aceitamos o criminoso ser valorizado e o policial não. Porque
nós não aceitamos que um pai de família morra por causa de um celular, por
causa de uma bolsa, por causa de um carro. Nós não aceitamos que o cidadão não
possa defender a sua família dentro da sua casa.
É isso que nós
nos pusemos toda a vida contra, mas infelizmente a triste realidade, como o
próprio capitão Conte falou aqui, é que ele foi eleito. E o silêncio se instala
no Brasil. Ninguém fala o que está acontecendo, ninguém explica o que está
acontecendo.
Há provas de
que houve alguma fraude? Se há provas, apresente-as. “Não, os concursos, as
Forças Armadas, as empresas, agora as organizações estão investigando...”, e
nada é mostrado. Como é que fica isso? Então, eu falei isto aqui: se não há
provas, não existe outra situação a não ser aceitar a situação que está
instalada.
E como eu
disse, agora não adianta reclamar. Nós temos é que nos unir para trabalharmos
politicamente, para trabalharmos dentro da lei, para combater o que nós
acharmos errado. Porque não adianta agora se rebelar, porque a rebelião é uma
coisa não está prevista pela lei. Aliás, é contra a lei.
E nós, que
somos legalistas, que sempre nos expusemos mais do que devíamos pela
legalidade, pelo bem da população, somos os primeiros a nos manifestar que não
vale a pena morrer pela política. “Não, vamos tomar o poder, vamos rebelar”.
Rebelar, morrem pessoas. Vai morrer você, seu filho, seu amigo, não é assim que
funcionam as coisas.
Nós tínhamos o
poder pelo voto e perdemos pelo voto, porque não nos unimos. Repito mais uma
vez: tudo isso é fruto de desunião, tudo isso é fruto de não trabalharmos os
nossos ideais. Tudo isso é fruto de nós acreditarmos na historinha da
Carochinha e do Papai Noel, onde aquela velha lenga-lenga do pobre, do coitado
que está passando necessidade, do churrasquinho de final de semana.
A realidade do
Brasil nós veremos daqui para frente. Como eu disse, eu continuarei trabalhando
forte pelos meus ideais, pelas minhas ideias, pela minha família, pelas
famílias, pelo cidadão de bem, esteja onde eu estiver. Tenho certeza de que eu
não vou parar de trabalhar.
Agora, a
população, o Brasil tem que fazer uma retomada, uma repensada do que se quer
realmente para este País. Ou nós queremos um governo forte, defendendo as
famílias, ou nós queremos um governo que ache normal roubar um celular para
comprar um churrasquinho, uma cerveja no final de semana.
Ou nós
defendemos as pessoas trabalhadoras, que se matam para poder viver, ou nós
aceitamos que todo mundo tem que aceitar uma cesta básica, aceitar um presente
para poder votar e achar que está tudo certo.
Ou nós aceitamos
a boa situação das famílias dentro de uma vida moral, dentro de uma vida
íntegra, dentro de uma vida trabalhadora, ou nós aceitamos que os nossos netos
e netas acabem usando o mesmo banheiro.
Ou nós
aceitamos que tanto faz se você teme a Deus ou não, porque a sua religião não
será respeitada. Ou nós aceitamos que não precisamos mais de uma polícia, uma
polícia forte, que combate o crime, ou nós aceitamos que a anormalidade é
normal. Cabe a você decidir isso, porque infelizmente o resultado que teve
dessa eleição é uma coisa que me preocupa e muito pelos próximos anos.
Tenho certeza.
Eu continuarei fazendo a minha batalha, o meu dia a dia, a minha luta contra
todo o mal da sociedade, diariamente, como eu fiz ao longo desses quase 10 anos
de política.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. E novamente chamo à tribuna o nobre deputado Conte
Lopes, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, volto a esta tribuna.
As pessoas que
se mobilizaram, ou estão se mobilizando, pelo Brasil afora, evidentemente estão
defendendo as ideias do atual presidente, Jair Bolsonaro. Voltaram à bandeira
verde e amarela, usam camisa das cores do Brasil, e estão de parabéns. Não é
bem como falou o deputado que me antecedeu, deputado Carlos Giannazi, que são
golpistas. Por que golpistas?
Quando o Lula
perdeu a eleição, para Fernando Henrique Cardoso, ele não criou um governo paralelo?
Nada mais justo que nós termos os nossos governos paralelos também.
Principalmente quem foi eleito deputado federal, senador.
E aqui, como
deputado estadual, defendemos as cores de Tarcísio de Freitas. O que têm que
fazer os senadores eleitos por Bolsonaro, e os deputados de direita, eleitos
por Bolsonaro? Impedir acordos com Argentina, que está numa caca desgraçada, e
o presidente já está aí, com mais de 120% de inflação por ano.
Vai querer
deixar o dinheiro do Brasil ajudar a Argentina? Nós vamos ajudar a Venezuela de
novo? Vamos ajudar Cuba de novo? Vamos ajudar o ditador que fecha igrejas, que
prende padres, prende freiras? É essa a função da oposição.
O Lula não é
Deus, não. Aliás, estou rezando para ele todo o dia, nobre deputado Giannazi.
Vou rezar por Lula, todo o dia, durante quatro anos, para ele não morrer.
Porque ele tem a mesma idade que eu. Na nossa idade, você vai dormir mal, e
acorda morto.
Eu tenho que
ficar rezando para o Lula, para o Geraldo Alckmin não assumir. Olha que
tristeza a minha, ter que rezar para a saúde do Lula. Onde que a gente chega na
política!
O Geraldo
Alckmin, eu andava com ele no jipinho, fazendo campanha para prefeito, quando
perdemos para o Kassab aqui. E ele, xingando o PT e xingando o Lula. Andava eu,
ele, a mulher dele, o motorista, e a filha às vezes, no jipinho, fazendo
carreata. Depois ele virou lulista. Agora está aí, lulista. Mas está tudo bem.
Então, o que a
gente quer... Esse pessoal que está aí, se movimentando, está de parabéns,
gente. Não são revolucionários coisa nenhuma. Eles têm as ideias deles. Têm as
ideias: frequentar a igreja que bem entender, defender as cores do Brasil, não
ajudar outros países em vez de ajudar o Brasil.
É lógico, todos
nós, que fomos eleitos, temos obrigação. Como nós, aqui em São Paulo, temos que
melhorar a situação de São Paulo, que estava 30 anos na mão do PSDB, melhorar a
Polícia.
Os nossos
deputados federais, e senadores, têm que brigar para não... Estavam gritando,
na posse do Lula, o fim da Polícia Militar. Vejam bem, o fim da Polícia
Militar, que tanto trabalha e faz. Quem é que, quando tem um problema na vida,
não liga 190? Um assalto, um sequestro, quem não liga 190, quem não pede
socorro para a Polícia Militar?
Agora estavam
falando que o Lula vai criar uma Guarda Nacional. O nobre deputado Giannazi é
contra isso. É contra isso que esse pessoal está reunido também, na porta do
Exército. O que é uma Guarda Nacional? Vão acabar as Forças Armadas? Vai acabar
a Polícia Militar? Vai acabar a Polícia Civil? Vamos mudar tudo?
Não é bem assim
também. Então, esse pessoal, que está cantando o Hino Nacional Brasileiro, que
está nas portas dos quartéis, defendendo as nossas cores, é um direito deles.
Como o Lula
fez, criando até um governo paralelo quando perdeu. Agora é isso aí, é decisão
de cada um, ué. Então, pelo contrário, essas pessoas têm que se mobilizar. E
aqueles que foram eleitos têm que continuar também lutando por suas ideias; não
é abandonar.
Não é
abandonar, não. Ou vai querer pegar o dinheiro do Brasil e começar a jogar,
como fizeram o tempo todo aí, fazer metrô em Cuba, na Venezuela? Os caras estão
tudo atiçados, né. Estão aí os caras da Venezuela, da Argentina, de Cuba, tudo
falando: “opa, festa!”. Não, espera aí.
O que é do
Brasil, que está produzindo, o agro que está produzindo, o agro que está
produzindo no Brasil. Então, a gente tem que ver esse outro lado das coisas. E,
realmente, quem está nas ruas aí tem os seus direitos e tem os meus
cumprimentos; está brigando por sua família e pelos seus ideais.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Novamente, chamo à tribuna o Sr. Deputado Carlos
Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, de volta à tribuna no
dia de hoje, antes de voltar a esse tema das manifestações golpistas contra o
Estado Democrático de Direito que estão ocorrendo em algumas regiões do País,
eu queria, primeiramente, fazer aqui um apelo ao governador Rodrigo Garcia e à
Secretaria Estadual de Educação.
Primeiramente,
para que a secretaria faça o pagamento imediato do bônus por resultado, que faz
parte de uma exigência da lei que foi aprovada aqui na Assembleia Legislativa.
Nós aprovamos duas leis referentes à bonificação, às quais, inclusive, nós
somos críticos, porque esse bônus não é incorporado ao salário dos nossos
servidores.
Nós aprovamos
duas leis, uma em 2008, a Lei 1.078/08; e depois nós aprovamos uma outra, a no
1.361, em 2021, instituindo a bonificação por resultado para os vários
segmentos dos servidores, mas especificamente estou falando aqui da Educação. E
essa bonificação não foi paga ainda. Ela é feita de acordo com os critérios,
antes do Saresp e do Idesp, e agora do Ideb, para este ano de 2022.
E os
professores, os servidores da Educação em geral, todos eles estão ansiosos,
justamente porque nós já estamos indo para o final do ano, já entramos no mês
de novembro, penúltimo do ano, e nada de a bonificação ser paga. Então, nós
exigimos que o bônus seja pago imediatamente para todos os profissionais da
Educação da rede estadual.
Aproveito,
ainda, para pedir ao governador Rodrigo Garcia que faça a sanção do PLC que nós
aprovamos aqui, o PLC 43, que já chegou, na semana passada, à mesa do
governador, se não me engano no dia 26 ou vinte e sete.
Nós aprovamos
no dia 25; acho que no 27 chegou ao Palácio. Foi feito o autógrafo, publicado o
autógrafo, deputado Conte Lopes, e até agora o governador não... Basta
sancionar a lei. Já tinha um acordo.
Cobrei, no dia
da votação, uma explicação do presidente da Assembleia Legislativa, e ele disse
que já havia um acordo com o governador, e ele iria sancionar o projeto.
Eu até pensei
que ele iria fazer a sanção no dia 28, semana passada, que foi o dia do
servidor público, dia do funcionalismo público estadual. Mas nada. E até agora
a sanção do PLC não foi feita.
Espero que ele
faça imediatamente. Amanhã ele pode assinar, ou hoje, e a lei pode ser
publicada amanhã no Diário Oficial. Logicamente, nós entendemos que ele tem 15
dias úteis para publicar, a partir do momento em que ele recebe o autógrafo da
lei. Ele recebeu, se eu não estiver enganado, exatamente no dia 26 ou 27; acho
que vinte e sete.
Então, ele já
tem todas as condições de sancionar a lei. Caso isso não ocorra, se ele
extrapolar esse prazo, o projeto volta para a Assembleia Legislativa, e a Alesp
vai promulgar. Aí vira lei, independentemente da vontade dele. Caso ele vete,
nós temos uma obrigação moral de derrubar o veto. Então, fica aqui o nosso
apelo ao governador.
Quero ainda,
Sra. Presidente, Srs. Deputados, para terminar esta primeira parte do meu
pronunciamento, dizer que, após a nossa luta, a nossa mobilização vitoriosa que
derrubou o confisco das aposentadorias e pensões - quer dizer, nós aprovamos a
lei derrubando o confisco aqui na Assembleia Legislativa - nós estamos também
já há um bom tempo trabalhando a derrubada do confisco das aposentadorias na
Rede Municipal de São Paulo.
O prefeito
Ricardo Nunes copiou o mesmo projeto e implantou o confisco municipal na
aprovação do projeto da reforma da Previdência municipal, conhecido como
SampaPrev.
Nessa
aprovação, também já foi instituída a cobrança das contribuições para quem
ganha abaixo do teto. Lá a porcentagem é única, de 14% para todas as faixas. Um
absurdo, um confisco que está afetando mais de 100 mil servidoras e servidores
da Prefeitura de São Paulo, professoras, professores, quadro de apoio escolar,
servidores da Saúde, assistentes sociais, psicólogos, todos confiscados.
Há uma luta
imensa já. Nós estamos lutando já há um bom tempo lá, embora estivéssemos
focados aqui no Estado. Mas, com a derrubada do confisco estadual, agora nós
estamos centrando toda a nossa atenção e as nossas energias na derrubada do
confisco municipal.
Tem uma frente
de luta muito forte, muito organizada dentro da Câmara Municipal, que nós
estamos apoiando, que é a frente organizada pelo mandato do vereador Celso
Giannazi, que já apresentou inclusive um PDL, que é o PDL, Projeto de Decreto
Legislativo nº 92/22.
É muito próximo
do nosso, né? O nosso era o PDL 22, e lá é o 92/22, que vai exatamente revogar,
anular o criminoso confisco das aposentadorias da Prefeitura de São Paulo.
Tem
abaixo-assinado, eles estão organizando reuniões, manifestações. É muito
importante que você, que é servidor da Prefeitura de São Paulo aposentado,
participe do movimento, entre em contato com o mandato do vereador Celso
Giannazi na Câmara Municipal de São Paulo.
Tem a
participação também da professora Luciane Cavalcante, que participa desse
movimento como participou e participa do nosso aqui, então tem uma organização.
É muito
importante que vocês participem, não só o pessoal da Educação, mas todos os
servidores da prefeitura que estão sendo confiscados, os aposentados e
pensionistas confiscados pelo SampaPrev, pelo prefeito Ricardo Nunes, que
seguiu a mesma cartilha do Doria.
Então eu queria
fazer essa convocação para essa mobilização, Sra. Presidente.
Muito obrigado.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo
acordo então entre as lideranças, e não havendo mais nenhum orador para fazer o
uso da tribuna, eu solicito o levantamento desta sessão.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL -
PRTB - É regimental. Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, havendo acordo das lideranças, esta Presidência, antes de dar por
levantados os nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Desejo uma boa tarde a todos e uma
boa noite. Está levantada a presente sessão.
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- Levanta-se a
sessão às 14 horas e 53 minutos.
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