24 DE OUTUBRO DE 2022
122ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do deputado Carlos Giannazi.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
6 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 25/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
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- Assume a
Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina Paschoal.
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- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa
tarde a todos, boa semana. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e
Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Imediatamente
dou por aberto o Pequeno Expediente iniciando a leitura da lista de oradores
inscritos. A primeira inscrita é Janaina Paschoal, não farei uso da palavra.
(Pausa.) Na sequência, deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Luiz
Fernando. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. tem o prazo regimental de cinco
minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, após uma grande e ampla mobilização histórica
dos aposentados e pensionistas do estado de São Paulo, dos servidores
aposentados do estado de São Paulo...
Uma
mobilização que já dura mais de dois anos por conta do famigerado e criminoso
Decreto nº 65.021, que assaltou, que roubou as aposentadorias dos aposentados e
pensionistas. E também com um grande apoio sobretudo das tuiteiras, as
aposentadas que dominaram o instrumento do Twitter e das redes sociais, e
também com a mobilização das entidades representativas dos servidores públicos,
a Assembleia Legislativa - depois
de tanto que foi pressionada e também de tanto que o governo foi pressionado,
os candidatos ao Governo do Estado - provavelmente amanhã terça-feira, se for
cumprido o acordo feito, entre amanhã e quarta será votado um projeto de lei
que vai revogar o confisco das aposentadorias e pensões.
Esse
projeto que será votado é assinado pelos 93 deputados da Assembleia Legislativa, de autoria
coletiva. Esse projeto coloca a revogação para ser válida a partir do dia
primeiro de janeiro.
Tem
uma diferença, o nosso PDL - o PDL que eu apresentei, que também está pronto
para ser votado em Regime de Urgência com mais de 53 assinaturas para que ele
seja pautado - ele revoga imediatamente o confisco.
Mas
enfim, o que vai ser votado amanhã ou na quarta-feira vai ser o PLC 43, porque
ele precisa passar, provavelmente amanhã, por um congresso de comissões e
depois ele estará apto, em condições de ser votado aqui no plenário.
Acredito
que como é um projeto da Assembleia
Legislativa, dos 93 deputados e deputadas, então ele será aprovado sem
nenhum tipo de obstrução. Espero que seja sancionado imediatamente. Eu queria
fazer aqui esse registro para que as pessoas acompanhem amanhã - amanhã ou
quarta-feira - essa votação.
Quero
ainda dizer que nós estamos perplexos com as notícias da semana passada de -
que foram, inclusive, publicadas em vários órgãos da imprensa e confirmadas
pelo Bolsonaro, confirmadas pelo seu ministro da Economia - que o governo
Bolsonaro pretende desvincular... isso é perigoso e é preocupante.
O
Brasil tem que estar atento a isso, sobretudo, os aposentados e pensionistas.
Eles confirmaram, eles não desmentiram. O governo pretende desvincular o
aumento do salário mínimo - o aumento não - o reajuste do salário mínimo da
inflação do ano anterior.
É
sempre bom lembrar que hoje não existe mais aumento real do salário mínimo; a
partir do governo Temer acabou o aumento real, ele só está tendo reajuste pela
inflação. Agora nem isso haverá mais, essa é a proposta do ministro da Economia
Paulo Guedes e também do Bolsonaro, que confirmou essa informação.
Repito:
isso está em todas as notícias, nos jornais, nos sites, eles confirmam. Agora,
isso é um ataque sem precedentes aos aposentados e pensionistas e às pessoas
que recebem também o BPC porque haverá um achatamento, não haverá mais aumento
praticamente do salário mínimo e nem das aposentadorias e nem das pensões.
Nem
os militares conseguiram fazer isso e agora Paulo Guedes quer fazer, justamente
para depois aprovar a privatização que eles tanto defendem, a capitalização da
nossa Previdência.
Eles
vão reduzir de tal forma o valor do salário mínimo, e isso repercute na
aposentadoria, que depois é muito fácil aprovar a capitalização. Tem uma grande
jogada por de trás disso.
Então,
os aposentados e pensionistas do Brasil inteiro... Segundo economistas, essa
decisão se for levada à frente, se ela for aprovada vai prejudicar mais de 80
milhões de pessoas no Brasil. Será o fim da aposentadoria, o fim das pensões, o
fim do BPC.
E
isso vai prejudicar imensamente também a Economia brasileira. Só vai beneficiar
quem? Os grandes investidores do mercado financeiro, os banqueiros nacionais e
internacionais, e os especuladores da dívida pública. Então, é bom que a
população do Brasil saiba desse atentado, também criminoso, contra os
aposentados e pensionistas.
Sem
contar que tem também um anúncio de que o governo quer votar a PEC 32, aquela
que acaba com o concurso público, que acaba com a estabilidade no emprego,
aquela que acaba com a evolução funcional, com o quinquênio, com a sexta-parte,
com a licença-prêmio, aquela que institui a terceirização generalizada nos serviços
públicos, a privatização.
E, com isso, o
fundo previdenciário também será afetado, porque não haverá novos
contribuintes. Então é muito importante que você aposentado, você pensionista,
fique atento ao que está acontecendo. Um anúncio, feito na semana passada, da
desvinculação do salário mínimo à inflação, isso é grave: a sua aposentadoria
corre um sério risco, e a sua pensão também.
E o anúncio
feito, de que o Lira que é o líder do Centrão, presidente da Câmara dos
Deputados, aliado do Bolsonaro, que ele vai colocar em pauta, o quê? A PEC 32,
a farsa da Reforma administrativa. Então amanhã estaremos atentos para aprovar
o fim do confisco. Amanhã, ou terça-feira.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos,
Sr. Deputado. E até agradeço a V. Exa. por ter feito esse esclarecimento na
tribuna. Porque é até engraçado. Eu comentei sobre essa votação, e alguém
interpretou que eu teria roubado o PDL de Vossa Excelência. Ligou no meu
gabinete, uma senhora, indignada, dizendo: “A deputada Janaina roubou o PDL do
Giannazi”.
Então eu fico feliz que V. Exa. tenha
explicado que há o PDL, com maciço apoio dos deputados, meu, inclusive. E que
depois houve essa construção de um outro caminho, por meio do PLC, com essa
diferença das datas. Porque alguém interpretou que eu teria roubado o PDL de
Vossa Excelência.
Então eu agradeço o esclarecimento. E
reitero o meu apoio ao PDL de Vossa Excelência. E, obviamente, se houver essa
votação antes, votarei favoravelmente. Porque, o que interessa, é que nós
solucionemos o problema dos aposentados.
Seguindo com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna a deputada Professora Bebel. (Pausa.) O deputado Gil
Diniz. (Pausa.) E o deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Com isso, eu encerro a lista principal
de oradores inscritos no Pequeno Expediente, abrindo imediatamente a lista
suplementar. Chamando à tribuna o Sr. Deputado Delegado Olim. (Pausa.).
Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) E,
novamente, deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo regimental de
cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, de volta à tribuna no dia de hoje, eu
quero também ainda dizer que nós estamos na luta para a prorrogação dos
contratos dos professores categoria “O”, dos contratos de 2018 e 2019.
Pressionando a
Secretaria da Educação, para que ela encaminhe o projeto de lei que foi
prometido, para a Assembleia Legislativa aprovar em regime de extrema urgência,
para que haja prorrogação dos contratos.
Esse projeto
ainda não chegou na Assembleia Legislativa, esse PLC. No entanto, eu tenho um
PLC que resolve essa situação. Eu já disse aqui, inúmeras vezes. O meu projeto
é de 2015 ainda. Eu estou nessa luta para derrubar a quarentena, ou a
duzentena, ou a interrupção dos contratos precarizados, da Lei nº 1.093, desde
2009.
Desde a sua
aprovação aqui, pela gestão do ex-governador Serra, do PSDB, que instituiu uma
política de ódio contra os professores e contra todos os servidores do estado
de São Paulo. Aliás, essa tem sido a grande tônica do PSDB aqui no estado de
São Paulo. Por isso que desapareceu do mapa. Foi liquidado, acabou o
tucanistão, que agora virou um apêndice.
Inclusive, está
mendigando cargos, numa possível gestão, que tomara que não aconteça, do
Tarcísio de Freitas. Está se ajoelhando para conseguir alguns cargos em algumas
secretarias, para conseguir espaço na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Triste fim, o do tucanistão, que tanto atacou os servidores do estado de São
Paulo.
Porém, o PLC
que eu apresentei, Projeto de lei Complementar nº 24, de 2015, já foi aprovado
em todas as comissões. Passou por todas elas. Está em Regime de Urgência. Já
aprovei, faz tempo, o Regime de Urgência. No entanto, o projeto nunca é
aprovado, porque tem a obstrução do governo.
O governo nunca
quis resolver isso; nem o governo Serra, nem o governo Doria, nem o governo
Alckmin, nem o governo, agora, do Rodrigo Garcia. As condições estão todas
dadas; é só aprovar o PLC 24. Mas não.
Está
já aprovado o Regime de Urgência; ele pode entrar na pauta a qualquer momento.
Não precisa mais de congresso de comissões, de nada disso. Não precisa aprovar Regime
de Urgência, porque já foi aprovado há muito tempo. Basta o governo pautar o
projeto, daí nós vamos resolver essa situação definitivamente.
Ao
mesmo tempo, nós pressionamos a Secretaria da Educação para que ela realize um
processo de atribuição presencial, com transparência total, não como tem sido
feito nas atribuições anteriores.
E
que ela tenha uma lista única, que leve em conta o tempo de serviço de todos os
professores categoria “O”. Essa é a nossa luta em torno da garantia dos
direitos e da dignidade de todos os professores categoria “O” do estado de São
Paulo.
E
que haja abertura imediata, autorização de licitação de concurso público. Tem
que ter edital de concurso público. Nós estamos vivendo essa situação, com
quase 100 mil professores categoria “O”, porque o Governo do Estado não faz
concurso. E quando faz, não chama.
Nós
temos que acionar o Ministério Público, o Tribunal de Contas, fazer manifestação,
audiência pública, pressão de todos os lados para que haja a chamada dos
aprovados nos concursos realizados aqui no estado de São Paulo.
Então,
nós temos a solução: PLC 24. Está aqui pronto para ser votado; já foi aprovado
o Regime de Urgência, inclusive. Ou que o governo encaminhe o seu projeto de
lei, para que seja aprovado aqui no plenário da Assembleia Legislativa. Então,
essa é a nossa luta pela prorrogação imediata dos contratos dos professores
categoria “O”, contratos de 2018 e 2019.
Queria,
ainda, Sra. Presidente, falar de uma boa notícia. São tempos sombrios e
obscuros, de retirada de direitos dos trabalhadores, das trabalhadoras, e
ataque ao Meio Ambiente, com extinção dos institutos de pesquisa, como o
Instituto Florestal, o Instituto Geológico, o de Botânica. Nós queremos que
eles sejam recriados imediatamente - essa é a nossa luta.
Nós
temos aqui uma boa notícia: o Tribunal de Justiça, TJ, acabou de dar uma
liminar atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual, proibindo que
haja a Concorrência no 01, da Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente.
Eu
já tinha denunciado isso semana passada, várias vezes, inclusive pela tribuna,
dizendo que o governo estadual estaria privatizando, entregando algumas áreas
importantes de pesquisa, de estudos científicos, de preservação, sobretudo, e
de manejo. Áreas ambientais do estado de São Paulo.
Em
plena crise ambiental, o governo do tucanistão estava entregando, através dessa
concorrência, essas áreas. Eu me refiro aqui às estações ecológicas de
Itirapina, de Itapeva e às três florestas: de Águas de Santa Bárbara, de Piraju
e de Angatuba.
Essas
três florestas também estão nessa concorrência, para serem privatizadas,
entregues, por 15 anos no mínimo, a empresas, praticamente, que vão explorar a
plantação de eucaliptos e pinos. Olha só o absurdo. Para alimentar a indústria
de papel e celulose.
Na
oportunidade, eu ainda fiz uma relação com uma notícia do “Agência Globo”, de
que o ex-governador Doria - um dos responsáveis por esse processo, um privatista
nato, que sempre defendeu essas privatizações, de entrega do patrimônio público
para o capital privado, para os grandes empresários - foi contratado por uma
empresa internacional, empresa Paper Excellence, uma empresa asiática,
internacional, logicamente, que explora exatamente essa área, de papel e
celulose. Uma coincidência.
E
ao mesmo tempo o Rodrigo Garcia entrega as áreas para serem privatizadas, para
a exploração comercial e econômica. Ou seja, são áreas de pesquisa, de estudo,
de manejo e de preservação, entregues, justamente, para essas empresas.
Seriam
todas terceirizadas, e seriam exploradas, do ponto de vista comercial, com a
plantação e a venda, logicamente, de uma vegetação que destrói o Meio Ambiente
- todo mundo sabe disso - para beneficiar essas empresas, muitas delas
multinacionais.
Eu
acionei já o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, contra essa
concorrência, fiz a convocação do secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente,
aqui na nossa Comissão de Meio Ambiente, e tinha esse pedido também do
Ministério Público Estadual porque lá tem uma ação civil pública tramitando no
TJ, e o próprio Tribunal de Justiça concedeu aqui a liminar, suspendendo,
proibindo essa concorrência, essa licitação que seria feita no dia 17 de
novembro.
Então,
é uma vitória do Ministério Público, do movimento organizado, dos
ambientalistas, e, sobretudo, da população do estado de São Paulo, do Brasil, e
do Meio Ambiente.
Então
eu queria aqui comemorar, e dizer que é uma liminar. Pode ser derrubada,
logicamente, mas ela é importante, porque ela tem um efeito também pedagógico
de esclarecer à população a gravidade da situação e de como o governo continua,
mesmo derrotado, a privataria tucana continua a todo o vapor, agora me parece
que aliada ao bolsonarismo e aliada ao Tarcísio.
Inclusive,
fizeram um evento que, na minha opinião, é altamente irregular, no Palácio dos
Bandeirantes, estendendo o tapete vermelho para candidatos, o candidato
Bolsonaro e o candidato Tarcísio.
Mas
era isso, Sra. Presidente.
Muito
obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB -
Nós agradecemos. Indago a V. Exa. se fará uso da palavra no Grande Expediente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Muito obrigado, Sra. Presidente.
Não havendo mais nenhum orador presente, e havendo acordo entre as lideranças,
solicito o levantamento desta sessão.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB -
É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças,
esta Presidência, antes de dar para levantados os nossos trabalhos, convoca V.
Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma ordem
do dia da última quarta-feira, informando que já foi convocado o Colégio de
Líderes para amanhã, às onze horas da manhã, onde será debatida a pauta de
votação da semana.
Agradeço a
todos, e desejo uma excelente tarde.
Está levantada
a presente sessão.
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- Levanta-se a sessão às 14
horas e 27 minutos.
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