13 DE OUTUBRO DE 2022
115ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, CARLOS GIANNAZI e JANAINA
PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
4 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
7 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
9 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Endossa o discurso do deputado Carlos
Giannazi. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 14/10, à
hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr.
Coronel Telhada.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número de Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior e
recebe o expediente na data de hoje, dia 13 de outubro de 2022, uma quinta
feira.
Vamos começar o Pequeno Expediente com os
seguintes oradores inscritos: Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado
Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.)
Deputado Coronel Telhada. Falarei
posteriormente. Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
Deputada Analice Fernandes. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado
Edson Giriboni. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Daniel José.
(Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira.
Pela lista suplementar. Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi.
Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Deputado Coronel Telhada, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, alunos, professores que
visitam a Alesp.
Eu queria, Sr.
Presidente, primeiramente agradecer o apoio de vários deputados que, na última
terça-feira, se manifestaram favoravelmente à aprovação do PDL 22, que eu
apresentei em 2020 e que já está pronto para ser votado a qualquer momento.
E que revoga,
que anula o criminoso, nefasto e cruel confisco das aposentadorias e pensões de
mais de 600 mil servidores e servidoras aposentados e pensionistas; Decreto nº
65.021 editado no auge da pandemia pelo ex-governador Doria/Rodrigo Garcia,
pelos tucanos aqui em São Paulo.
E na
terça-feira, houve uma manifestação muito importante de deputados de vários
partidos defendendo a aprovação do PDL 22. Estou com uma perspectiva de uma
aprovação, talvez hoje até, mas eu acho que pelo quórum que eu vi, Sr.
Presidente, só tem 17 deputados até agora, vai ser meio difícil. Mas nós vamos
continuar com a luta pela aprovação do PDL 22, a nossa luta contra o confisco
criminoso, eu repito, das aposentadorias e pensões
Como sempre
faço, Sr. Presidente, quero aqui entregar o meu tempo aos aposentados e
pensionistas colocando dois vídeos de dois professores da rede estadual
aposentados: professor José e depois a
professora Lúcia, para que eles falem com os deputados e com o governador
Rodrigo Garcia.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Então, o
professor José está fazendo um apelo à Assembleia
Legislativa para que haja o fim do confisco, e aqui nós podemos derrubar
o criminoso confisco aprovando o PDL 22. Mais uma pessoa, Sr. Presidente, se V.
Exa. me permitir. Não chegou o vídeo? Então, não dá. Eu faço amanhã.
Então, Sr.
Presidente, eu quero fazer essa manifestação pública aqui, novamente, dizendo
que o nosso PDL 22 já está pronto para ser votado; já foi aprovado em todas as
comissões; ele já tem o parecer favorável, inclusive, foi V. Exa. deputado
Coronel Telhada que apresentou o parecer favorável no congresso de comissões,
em 2020 ainda, no dia 16 de dezembro de 2020, quando o projeto entrou em
votação, inclusive, mas foi obstruído pela liderança do Governo, que apresentou
emenda de plenário. Senão, o projeto já tinha sido votado no dia 16 de dezembro
de 2020.
Porém, ele
sobreviveu, a emenda foi aprovada, o projeto voltou e está em regime de
urgência. Olha só, projeto em Regime de Urgência, o PDL 22. O projeto tem a
assinatura, em um requerimento, de 53 deputados e deputadas.
É algo
suprapartidário, todos sabem disso. São vários partidos assinando, inclusive
deputados da base do governo assinando a necessidade de urgência da votação,
pedindo para que o projeto seja pautado aqui no plenário da Assembleia
Legislativa.
Quero dizer,
para terminar, que as condições estão todas dadas para que o nosso PDL 22 seja
aprovado em regime de extrema urgência a qualquer momento, para que a
Assembleia Legislativa faça justiça e repare o grave erro que cometeu indo na
ladainha, na cantilena do ex-governador Doria e do ex-governador também, que
vai embora, ainda bem, Rodrigo Garcia. Agora é o fim do tucanistão. O
tucanistão está historicamente sepultado no estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
deputado. Solicito que V. Exa. assuma a Presidência dos trabalhos para que eu
possa fazer uso da palavra.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos
Giannazi.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o
deputado Coronel Telhada, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Sr. Presidente, todos funcionários e assessores aqui presentes, policiais
militares e policiais civis que fazem a segurança da Assembleia Legislativa,
público aqui presente - sejam bem-vindos -, todos que nos assistem pela TV
Alesp, quero começar a minha fala hoje aqui, Sr. Presidente, no dia 13 de
outubro de 2022, quinta-feira, corroborando vossas palavras no sentido de que,
na terça-feira, realmente foi conversado entre os deputados de trazer o PDL 22,
finalmente, para o plenário, para que seja votado.
Tenha a certeza
de que o PDL tem o apoio da maioria dos deputados. Inclusive, o deputado Wellington Moura, que
está presidindo a Casa, tendo em vista que o deputado Carlão está no Governo,
fez de tudo para que o projeto viesse, mas, infelizmente, o quórum foi
insuficiente para que houvesse a votação.
Senão, com
certeza teria sido votado naquele dia e teria sido realizado um trabalho que
principalmente V. Exa. tem feito há muitos anos. Há mais de dois anos nessa
batalha.
Vamos torcer
para que a gente consiga o quórum, porque está difícil até de os deputados
virem assinar a lista aqui. Está incrível isso. Mas trazer pelo menos o quórum
de 48 deputados para a gente poder trazer o PDL 22 a plenário. Nós estamos aqui
fazendo a nossa parte, mas solicito que os demais deputados compareçam à Casa,
venham ao plenário, assinem a lista, para que a gente, na próxima terça-feira,
consiga colocar o PDL 22 em votação neste plenário.
Pois bem, quero
fazer só algumas referências: ontem, além do Dia das Crianças, foi o Dia de
Aparecida. A Polícia Militar tem feito um excelente trabalho na operação para
garantir a segurança dos romeiros, principalmente no trecho da Rota da Luz,
entre Roseira, Potim e Guaratinguetá, o Caminho da Fé, na área do 23º Batalhão
do Interior, batalhão em que servi em 1983 e 1984, quando eu era aspirante
ainda.
Então, parabéns
a todos os policiais militares que trabalharam nessa missão de trazer segurança
para os romeiros que se deslocaram para Aparecida e que estão retornando agora
para suas cidades, para que pudessem fazer o Caminho da Fé com tranquilidade e
segurança. Parabéns a todos os policiais militares envolvidos na missão.
Temos também a
notícia de que policiais militares do 4º BAEP, Batalhão de Ações Especiais de
Polícia, salvaram esse jovem de apenas cinco meses, o bebê Pietro. A idade do
meu neto mais novo: cinco meses.
Ele estava
engasgado e desacordado quando o pai solicitou socorro à equipe, que
imediatamente efetuou a manobra de Heimlich, desobstruindo as vias aéreas dessa
criança e salvando a vida do pequeno Pietro. É pena que a Polícia Militar não
coloca o nome de policiais. Parece que ela tem vergonha de divulgar os bons
trabalhos. É incrível isso.
Se fosse alguma
porcaria que tivesse acontecido, estavam escrachados os nomes dos policiais,
mas os policiais que salvaram essa criança, infelizmente, não foram citados
aqui. São do 4º Batalhão de Ações Especiais de Polícia, do 4º Baep. Também,
outra ocorrência na mesma continuação: “Policiais militares salvam
recém-nascido engasgado”, também do 4º Baep.
Salvaram o
pequeno Mohamed, que está aí na foto, de apenas um ano de vida. “Durante o
patrulhamento, a equipe foi acionada por um pai aflito com um neném engasgado
no colo.
Também
efetuaram a Manobra de Heimlimch e conseguiram desobstruir as vias aéreas dessa
criança”, salvando a vida dessa criança, que se não fosse a ação rápida desses
policiais do 4º Baep, infelizmente, teria vindo a óbito o pequeno Mohamed.
Parabéns a
esses policiais, que, infelizmente, a polícia também não divulga o nome. Acho
que é vergonha de prestar um bom serviço. Não é possível, só pode ser isso. Mas
é muito ruim o serviço de divulgação da Polícia Militar, muito, muito ruim.
Vai aqui o
nosso protesto pela maneira que a Polícia Militar trata as ocorrências que
deveriam ser postadas, deveriam ser comentadas. Excelentes ocorrências e,
infelizmente, a população não fica sabendo por culpa da própria polícia que não
faz a divulgação do trabalho policial.
Como eu citei
aqui, foi o Dia das Crianças ontem. Nós fizemos uma homenagem na nossa rede
social. Aí eu pus a foto minha e da minha esposa com os meus quatro netos.
Lembrando aqui
que as crianças são o nosso futuro e merecem tudo de bom que a gente merece
fazer por elas. E é pelos filhos e pelos netos que a gente trabalha e tem o
maior prazer em viver graças a essas crianças maravilhosas.
Para fechar,
Sr. Presidente, eu só queria citar que no dia 11 de outubro, terça-feira, foi o
aniversário do município de Pariquera-Açu. Um abraço a todos os amigos e amigas
da cidade de Pariquera-Açu, que aniversariou no dia 11 de outubro. Ontem,
quarta-feira, dia 12 de outubro, vários municípios foram aniversariantes.
São os
seguintes municípios: Guaraçaí, Júlio Mesquita, Lavínia, Nova Aliança,
Presidente Bernardes, Três Fronteiras e Tupã. Um abraço a todos esses
municípios aniversariantes. E hoje, quinta-feira, dia 13 de outubro, é o dia do
município de Porto Feliz. Um abraço a todos os amigos e amigas que nos assistem
que são desses municípios.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputado Coronel Telhada. Com a palavra a deputada Janaina Paschoal, que fará
uso regimental da tribuna.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento a todos que nos acompanham, os alunos que
estavam aqui no plenário que já começam a sair - são sempre muito bem-vindos -,
V. Exa., Sr. Presidente, senhores funcionários.
Na verdade, é
mais um pedido àqueles que ainda estão aí enfrentando o processo eleitoral.
Todos nós saímos de um processo eleitoral muito duro. Eu sou uma das pessoas
que passei por um processo muito duro, muito duro, enfrentando conflitos dentro
do partido em que me filiei, brigas pela direção do partido, dificuldades com
pressões de toda ordem para abandonar a minha candidatura.
Então todos nós
passamos por um processo muito duro e aqueles que ainda estão aí enfrentando o
período pré-eleitoral do segundo turno, período pré-segundo turno, também estão
tensos.
O País está
tenso, o País está dividido, mas eu queria, na esteira do que já fiz aqui,
pedir a todos que são candidatos à Presidência da República, aos vários
governos de estado, que tomem cuidado para não aprofundar a dificuldade que nós
já vivenciamos do “nós e eles”.
Eu sempre fui
muito crítica dos governos petistas e, mais recentemente, do governo
bolsonarista por essa dinâmica de dividir a Nação entre “nós e eles”. Isso foi
plantado lá atrás pelo ex-presidente Lula, que agora quer voltar a ser
presidente da República, e essa dinâmica, infelizmente, acabou tomando conta da
nossa nação. Ela segue no governo atual.
E eu já falei
aqui, já escrevi nas minhas redes e volto a dizer e pedir: se a cisão política
é ruim, a cisão religiosa é ainda mais deletéria, mais prejudicial e mais
perigosa ao País, à sociedade, à nossa população.
Então eu peço
encarecidamente, seja o presidente da República que busca reeleição, seja o
ex-presidente, que busca se eleger, que evitem essas falas, essas postagens,
esses vídeos, de quem que é cristão, quem não é cristão, quem é de Deus, quem
não é de Deus, quem é aceitável, quem não é aceitável.
Então uma hora
é porque um foi a uma missa, o outro foi a um culto, o outro foi a uma reunião
com maçonaria, o outro foi a um centro espírita, o outro apareceu tomando um
passe, o outro, tomando uma hóstia.
Então, assim, é
tão triste de ver o nível a que os debates se resumiram, se reduziram. É
triste, não como deputada, não como professora de Direito, nem advogada, mas é
triste como cidadã que nós tenhamos no lugar de presenciar debates de ideias,
discussões de ideias, comparações de propostas efetivas para o nosso País, para
os nossos estados, para o nosso povo, que nós tenhamos que testemunhar pessoas
adultas, suas respectivas famílias, apoiadores, políticos da base, fazendo uma
guerra santa neste País.
Não é possível
também dizer que é o lado “A” ou o lado “B”, porque se houve por parte de um
lado uma demonização das religiões espiritualistas, espíritas de forma geral,
também houve pelo outro lado a demonização das reuniões maçônicas.
E agora há uma
briga entre cristãos evangélicos e cristãos católicos. Então eu não estou
gostando do rumo que esse debate está tomando. Nós ainda temos um bom tempo de
discussões antes do segundo turno. Não é saudável, não é saudável que esses
embates religiosos sigam sendo admitidos.
Eu penso que
isso é inadmissível: candidatos à Presidência da República permitirem que as
suas campanhas oficiais ou suas campanhas extraoficiais, que são feitas por
apoiadores, e obviamente que chegam a eles, demonizem integrantes da nossa sociedade
por suas escolhas políticas, filosóficas e, sobretudo, religiosas. Não existe
democracia sem pluralidade e sem liberdade religiosa.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito
obrigado, deputada Janaina. Eu gostaria de convidar V. Exa. para conduzir os
trabalhos aqui do Pequeno Expediente.
* * *
- Assume a Presidência a Sra. Janaina
Paschoal.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Assumindo
aqui honrosamente a Presidência dos nossos trabalhos, chamo à tribuna o nobre
deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Cara deputada Janaina Paschoal, quero saudar aqui o
deputado Marcos Damasio pela excelente eleição que ele teve, excelente votação.
Parabéns, deputado.
Quero mais uma
vez, daqui da tribuna da Assembleia Legislativa, denunciar o autoritarismo que
está sendo implantado na rede estadual de ensino. São várias ações que foram
implantadas, na verdade, aprovadas, sobretudo, nessa última gestão do Doria e
do Rodrigo Garcia, mas, sobretudo, o fim da falta abonada, o fim da falta-aula,
a farsa do novo plano de carreira e, também, a farsa da escola PEI, que é esse
Programa de Ensino Integral.
Isso está
destruindo a carreira do Magistério e propiciando na rede estadual o
crescimento do assédio moral, das perseguições, dos constrangimentos, sobretudo
aos professores.
É com muita
tristeza que eu quero lamentar a morte de dois professores. Em menos de 15
dias, nós perdemos agora dois professores que foram, de certa forma, vítimas
desse autoritarismo, desse processo de tensionamento que há hoje na rede
estadual.
Eu me refiro ao
professor da Escola Estadual Sergio Murillo, que fica em Parelheiros, no bairro
da Varginha, que eu conheço, uma escola de lata. Inclusive, agora eu recebi
informações de que a gestão está dizendo que a escola vai virar PEI, sem
condição estrutural nenhuma.
A escola é de
lata, ela tem que ser reconstruída de alvenaria, mesmo assim, de cima para
baixo, me parece que haverá implantação autoritária, sem consulta à comunidade,
o que é um absurdo e não pode acontecer.
O professor
dessa escola, nosso colega da rede estadual, professor Jorge Renato Mussi de
Moura, veio a falecer recentemente porque teve um AVC na escola por conta desse
tensionamento.
Ele precisou,
gostaria de ter uma consulta médica, mas não queria faltar porque a falta hoje
faz uma diferença e prejudica o professor na sua avaliação, prejudica o
professor em qualquer nível.
O fato é que
esse professor, por conta dessa legislação autoritária, cruel e nefasta,
morreu. Teve um AVC, foi socorrido no Hospital de Parelheiros, ficou internado,
mas veio a falecer. Nós perdemos um educador, um professor da rede estadual.
Agora, mais
recentemente, nós perdemos o professor Fábio Parise Petazoni, professor da
Escola Estadual Leda Felice, na região de Itapecerica da Serra, também. Essa
escola é uma escola PEI e os professores estão reclamando também de assédio,
perseguição. O professor foi humilhado, passou mal na escola, foi levado ao
hospital, mas veio a falecer no mesmo dia.
Tudo isso por
conta desse regime autoritário que é implantado na rede. Já existia, agora
piorou bastante, sobretudo com esse modelo que é chamado de PEI, Programa de
Ensino Integral, que é uma verdadeira farsa. É um programa eleitoreiro, um
programa autoritário e extremamente excludente em geral, porque ele exclui
alunos.
Uma escola,
quando vira PEI, não consegue atender toda a demanda escolar. Se a escola tem
mil alunos e ela vira PEI, ela é transformada em PEI, ela só vai atender 400,
os outros 600 ficam de fora, serão matriculados em outras escolas distantes,
muitas vezes, do próprio bairro ou da própria cidade. Já tem cidades onde os
alunos são obrigados a fazer matrículas em outras cidades, porque naquela
cidade a escola virou PEI.
Então o aluno
que não pode estudar durante o dia, que precisa trabalhar e estudar à noite,
faz algum curso profissionalizante, tem outra atividade durante o dia, esse
aluno fica excluído dessa escola do seu próprio bairro. Às vezes o aluno mora
em frente à escola, e ele é excluído.
Mas o regime de
trabalho é extremamente autoritário. Isso tem tensionado e levado, agora,
professores à morte. Dois professores, dois educadores morreram. Por isso que
nós somos contra essa farsa da nova carreira, a reforma administrativa que foi
feita pelo ex-governador Doria e, também, esse modelo.
Nós não somos
contra - eu quero deixar claro aqui - a escola integral. Nós somos a favor da
escola integral, ela é importante, mas esse modelo do PSDB, do tucanistão, é
uma verdadeira farsa. Repito, é um projeto autoritário, é um projeto
eleitoreiro e excludente.
E eles
continuam implantando, não respeitando a decisão da comunidade escolar. É o
caso da Escola Sergio Murillo, que eu conheço, escola de lata. Eles querem
transformá-la em escola PEI. A escola não vai ter laboratório, não vai ter
oficina, não vai ter sala de leitura, sala de informática, nada, só para dizer
que é PEI. Olhe que absurdo.
Então espero
que esse processo seja detido imediatamente. Eu já acionei o Ministério Público
Estadual, tenho ação popular no Tribunal de Justiça, já acionei o Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo e a nossa Comissão de Educação, para que
providências sejam tomadas contra essa implantação autoritária de PEI, que
agora começa já a matar os nossos professores.
Então eu quero
prestar aqui a minha solidariedade aos dois professores. Ao professor Fábio, de
Itapecerica da Serra. Nós vamos exigir uma rigorosa apuração do que aconteceu
com ele, uma rigorosa apuração. E também o professor Jorge Renato, da escola
Sérgio Murílio, que eu citei agora.
Fica aqui o meu
abraço aos familiares, aos amigos, aos professores que trabalhavam com eles,
com os dois professores, o Fábio e o Jorge, e dizer que nós vamos tomar
providências e exigir justiça. E a maior justiça que a gente vai poder fazer é
acabar com essas duas farsas: a farsa do PEI e a farsa da nova carreira.
Gostaria ainda,
Sra. Presidente deputada Janaina Paschoal, de voltar ao tema do PDL 22
primeiramente agradecendo a intervenção que V. Exa. fez na última terça-feira
defendendo no microfone a aprovação do PDL 22, que acaba com o confisco das
aposentadorias e pensões. Infelizmente ainda o projeto não foi aprovado, mas
nós vamos continuar insistindo.
E como eu
sempre faço, venho colocando os vídeos dos aposentados no meu momento aqui de
intervenção no Pequeno Expediente. Já passei um no primeiro pronunciamento,
quero passar um outro, mas antes de passar, eu queria, só mais um minuto antes
de passar esse vídeo... Não, vamos passar, depois eu falo do professor
categoria “O”.
Nossa colega
professora da rede estadual, inclusive da Apampesp, né? Ela vai também fazer
uma intervenção agora defendendo o PDL 22 e o fim do confisco das
aposentadorias. Em seguida, quero fazer mais um pronunciamento sobre a questão
gravíssima dos professora categoria “O” do estado de São Paulo.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Obrigado,
professora Lúcia, fazendo mais uma intervenção aqui em defesa do fim do
confisco, em defesa dos aposentados e dos pensionistas. Gostaria ainda de
abordar aqui um tema importantíssimo que eu tenho abordado constantemente na
tribuna e também através das nossas ações de pressão com a Secretaria da
Educação, para que haja a imediata prorrogação dos contratos dos professores
categoria “O”.
Prorrogação dos
contratos de 2018 e 2019, que vão vencer agora no dia 31 de dezembro. Porque,
caso isto não ocorra, imediatamente nós vamos ter um colapso na rede estadual,
iniciando no ano que vem. Porque nós não teremos professores.
Quarenta mil
professores serão praticamente desvinculados da rede estadual. E haverá um
colapso, porque não teremos professores para dar aulas numa boa parte da rede
estadual. Sem contar que haverá um desemprego em massa no estado de São Paulo,
pelo menos 40 mil professores.
Então é urgente
que o governo tome as providências cabíveis: ou aprovando o nosso PLC 24, de
2015, que já está também pronto para ser votado em Regime de Urgência, aprovado
em todas as comissões, que acaba com essa interrupção dos contratos, e ainda
garante que o professor de categoria “O” possa utilizar o Iamspe ou o governo
apresenta um projeto.
Ele tem que
apresentar esse projeto. Ele me parece que sinalizou, via secretário da
Educação, o ex-secretário Rossieli Soares, em campanha pra deputado federal,
mas que não foi eleito. Ele fez esse pronunciamento como se fosse o secretário
da Educação, como se estivesse falando em nome do governo.
Me parece que o
governo tem a intenção de apresentar um projeto, prorrogando mas ainda não
chegou nada na Assembleia Legislativa. Tem que encaminhar o projeto para que a
gente possa votar, em Regime de Urgência, e dar tranquilidade aos professores
categoria “O” dos contratos 2018 e 2019, e também aos alunos da rede estadual
de ensino, à comunidade escolar que é atendida pela rede. Então isso é básico.
Mas, além
disso, nós exigimos também que a Secretaria da Educação organize um processo de
atribuição de aulas justo, democrático, aberto, presencial e transparente para
que não haja nenhum tipo de prejuízo para os professores categoria “O”. Porque
isso vem acontecendo em todas as atribuições.
Além disso, nós
defendemos que haja uma lista única, levando em conta a pontuação de todos os
professores, o tempo de serviço de quem já está na rede. Isso é fundamental
para que haja um processo democrático e justo no processo de escolha.
E que os
professores, sobretudo os que estão nas escolas PEI, possam permanecer nelas.
Porque o governo não está oferecendo essa possibilidade, nesse momento, para
que não seja quebrado o vínculo do professor com a comunidade escolar.
Uma lei não
pode estar acima do processo educacional, do processo pedagógico, do processo
de ensino-aprendizagem, por uma questão burocrática, tecnocrática. A lei tem
que se adaptar ao pedagógico.
Essa Lei nº
1.093, que precarizou a contratação dos professores categoria “O”, não visa o
pedagógico nem a Educação. Ela visa quebrar o vínculo dos professores com o
Estado.
E,
infelizmente, nós temos quase 100 mil professores contratados por essa Lei nº
1.093, por esse processo de precarização das contratações do professor
categoria “O”. Então é um absurdo, essa lei. Tem que ser alterada.
Por isso que
apresentei o PLC 24, em 2015. Ele foi aprovado, em todas as comissões, com
pareceres favoráveis. Ele está pronto para ser votado, em Regime de Urgência,
que eu aprovei há muito tempo.
Se o governo
tem intenção de resolver, fácil. É só aprovar o nosso PLC 24, repito, de 2015.
Então eu faço esse apelo: que a Assembleia Legislativa, o presidente da
Assembleia Legislativa, ou a Seduc, apresente um projeto para que nós possamos
fazer exatamente essa votação e dar tranquilidade aos 40 mil professores
categoria “O”. Então era isso, Sra. Presidente.
Queria também
agradecer à minha líder, deputada Monica Seixas, pela importante intervenção
que V. Exa. fez na terça-feira, em defesa do nosso PDL 22, que coloca um fim
definitivo a esse confisco das aposentadorias e pensões.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Não havendo mais
oradores inscritos, e havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o
levantamento desta sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental,
Sr. Deputado. Cumprimento os visitantes que nos brindam com as suas presenças,
a deputada presente também.
E reitero o apoio para que seja pautado
e aprovado o PDL 22, porque vai ser a correção de uma injustiça praticada à
revelia do que foi debatido nesta Casa quando da reforma da Previdência.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a presente sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 45
minutos.
* * *