7 DE OUTUBRO DE 2022
25ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO DIA DO REPRESENTANTE
COMERCIAL
Presidência: CASTELLO BRANCO
RESUMO
1 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.
3 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão
solene em "Homenagem ao Dia do Representante Comercial", por
solicitação deste deputado.
4 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, convida o público a entoar, de pé, o
"Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a exibição de vídeo institucional
sobre o Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo
- Core-SP.
5 - JOSÉ LUIZ ABRANTES PEREIRA
Representante comercial, lê texto acerca do Dia Estadual do
Representante Comercial.
6 - EZIO ODORISSIO JÚNIOR
Diretor da Ezio Representações e representante comercial,
profere palestra com o tema "O representante de alta performance".
7 - SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ
Diretor-presidente do Core-SP, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Tece considerações sobre a importância dos representantes
comerciais para a economia. Relata o período em que se dedicou à profissão citada.
Lembra que a atividade de representação comercial foi regulamentada durante o
governo Castello Branco. Presta homenagem ao Core-SP, com a entrega de uma
placa a Sidney Fernandes Gutierrez, diretor-presidente da entidade.
9 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, informa a prestação de homenagem, por
parte do Core-SP, ao setor de atendimento da sede da instituição, com a entrega
de placa ao coordenador do setor, Fabrício Santos. Anuncia a entrega de placa
do Core-SP em homenagem a Francisco Clemente, representante comercial e
conselheiro da entidade no triênio 2019-2022; e a exibição de vídeo sobre a
trajetória pessoal do homenageado.
10 - FRANCISCO CLEMENTE
Representante comercial e conselheiro do Core-SP no triênio
2019-2022, faz pronunciamento.
11 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, anuncia homenagem do Core-SP ao
deputado Castello Branco, com a entrega de um diploma.
12 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Agradece pela homenagem recebida.
13 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de troféus e diplomas
a diversos representantes comerciais registrados no Core-SP.
14 - MANUEL RODRIGUES DE FREITAS
Representante comercial, faz pronunciamento.
15 - LUCIANO EDUARDO
Representante comercial, faz pronunciamento.
16 - MARCIO BALLAS
Palhaço, improvisador, apresentador e diretor, faz
apresentação com o tema "Improviso e criatividade".
17 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de lembranças a
Lucimare Ferreira Vilarino e Cáritas Benitez, eleitas para o conselho do Core-SP
no triênio 2022-2025, que agradecem pela homenagem.
18 - SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ
Diretor-presidente do Core-SP, faz pronunciamento.
19 - CASTELLO BRANCO
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Castello Branco.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Sob a
proteção e a bênção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos legislativos desta
noite, nos termos regimentais. Esta Presidência da Assembleia Legislativa de
São Paulo dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.
Senhoras e senhores, queridos convidados
do Conselho Regional de Representantes Comerciais do Estado de São Paulo, esta
sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de leis, o nobre
deputado Carlão Pignatari, atendendo a solicitação deste deputado, Castello
Branco, com a finalidade de homenagear o Dia Estadual do Representante
Comercial do Estado de São Paulo, Core-SP.
Declaro aberta esta nobre sessão
solene.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Convidamos a
todos para, em posição de respeito, cantarmos o Hino Nacional Brasileiro.
*
* *
- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.
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* *
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Agradecemos
ao maestro da sessão, do corpo musical da Polícia Militar, primeiro-sargento
PM, Sr. Geziel. Hoje é um dia muito especial em que comemoramos o Dia Estadual
do Representante Comercial. Para você, que está acompanhando esta sessão
solene, convido para conhecer um pouco mais sobre a história do Core-SP no
vídeo que será apresentado agora.
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- É exibido o vídeo.
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* *
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Convidamos o
Sr. José Luiz Abrantes Pereira para a leitura do texto alusivo ao Dia Estadual
do Representante Comercial. O Sr. José Luiz Abrantes Pereira é representante
comercial há muitos anos, com ampla experiência no segmento de motopeças.
O
SR. JOSÉ LUIZ ABRANTES PEREIRA - Boa noite a todos.
Excelentíssimo deputado Castello Branco, proponente deste ato; RC Sidney
Fernandes Gutierrez, diretor-presidente Core-SP, na pessoa do qual cumprimento
todas as demais autoridades presentes; Paulo Naoiaki, na pessoa do qual
cumprimento os demais integrantes desta mesa, RCs e demais convidados.
O dia primeiro de outubro foi declarado
como o Dia Pan-Americano do Representante Comercial, em um congresso realizado
entre os dias 25 de setembro e 2 de outubro de 1937, na cidade de Buenos Aires,
na Argentina.
Nesse evento, além dos vários delegados
pertencentes às diferentes organizações na Argentina, em conjunto participaram
representantes do Brasil, Chile, México e Uruguai, todos com o intuito de
analisar e intercambiar suas experiências com as problemáticas trabalhistas da
América Latina.
Foi justamente nesse evento que ocorreu
o fortalecimento e o direcionamento para uma regulamentação legal, para
proteger, enaltecer o trabalho dos representantes comerciais.
Nada é por acaso. Quis o destino que
hoje estivéssemos aqui reunidos para comemorar o Dia Estadual dos
Representantes Comerciais, cujo PL 17.407, de 2021, que institui essa data no
calendário oficial do estado de São Paulo, tem como autor o excelentíssimo deputado
Castello Branco, sobrinho-neto do presidente Castello Branco, que, em
09.12.1965, sancionou a Lei 4.686, que deu início à regulamentação dessa antiga
e importante profissão, primeiros desbravadores.
Conhecidos como mascates, tiveram papel
fundamental no desenvolvimento das relações comerciais e foram responsáveis por
levar os produtos desenvolvidos nas indústrias paulistas por esse Brasilzão de
proporções continentais.
Abasteciam-se de produtos e retornavam
seguindo roteiro realizado anteriormente, gerando vínculos comerciais e de
amizades que perduraram pela vida toda, até mesmo por gerações.
Com o passar do tempo, surge a figura
do caixeiro-viajante, que, diferente do mascate, que vendia um produto
adquirido de forma prévia, o caixeiro-viajante passa a receber uma comissão
pelos pedidos que retira e envia à indústria.
Se no passado o mascate abriu as portas
do desenvolvimento comercial, o caixeiro-viajante surge para ser o elo entre a
indústria, o comércio e o consumidor.
Hoje o representante comercial
desempenha um papel que vai muito além do que simplesmente tirar um pedido. Com
a evolução tecnológica, nossa profissão se tornou cada vez mais técnica e
específica, para atender um consumidor cada vez mais informado e exigente.
O representante comercial é um
empreendedor nato, que investe e espera colher os frutos da sua parceria,
sempre realizada a quatro mãos.
Somos a personificação da palavra
resiliência, pois nos reinventamos a cada dia, a cada semana, a cada mês.
Quantos aniversários, eventos escolares, apresentações em clubes deixamos de
nos fazer presentes porque estávamos em viagem ou atendendo um cliente?
Não podemos nos esquecer dos heróis
anônimos que foram à luta de forma corajosa e responsável, garantindo que a
cadeia de abastecimento fosse mantida. As indústrias, os comércios e os
serviços foram equipados por conta da ação direta dos representantes comerciais,
que não fugiram da luta e se mantiveram firmes.
Aos colegas que perdemos para a
Covid-19, meus sentimentos aos familiares e meu respeito pela coragem,
dedicação e empenho à profissão.
Senhoras e senhores, finalizo
agradecendo a oportunidade de pertencer a uma profissão tão plural e dinâmica,
que me permite evoluir mês a mês. Somos o progresso e o desenvolvimento deste
País. Deus, pátria, família e liberdade.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY -
Vamos dar início à nossa primeira palestra. Convidamos o Sr. Ezio Odorissio
Junior para proferir a palestra “O representante de alta performance”.
Currículo. Um jovem filho de empresário
que decidiu sair da zona de conforto e da empresa do pai para seguir carreira
solo e optou pela maravilhosa carreira de vendedor, hoje orgulhosamente
representante comercial.
Com o passar dos tempos, se aprofundou
nos mercados de atuação e identificou as dificuldades e necessidades dos
clientes em preparar, desenvolver e treinar suas equipes.
Buscou, no ano de 2010, buscar
alternativas, cursos, livros e formações para atender gratuitamente sua
carteira de clientes. Com o passar do tempo, a procura por seu trabalho
aumentou. Trabalha com desenvolvimento pessoal dos líderes e equipes comerciais
de vendas.
Por favor, Sr. Ezio. (Palmas.)
O
SR. EZIO ODORISSIO JUNIOR - Boa noite. Esse
pessoal vai ficar todo nas minhas costas? Que beleza.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY -
Fiquem à vontade, as mesas compostas, para ocupar seus lugares aqui embaixo.
Depois da palestra, podem ocupar novamente.
O
SR. EZIO ODORISSIO JÚNIOR - Porque senão eu fico
de costas, não é? Falta de educação, cheio de campeão, cheio de modelo, e eu de
costas para os caras. Preciso do apoio, da energia dos meus colegas
representantes comerciais. Ficar de costas, ali, complica.
Eu vou falar do representante comercial
de alta performance. Mas me chamou atenção que a gente tem várias áreas nesse
ambiente, temos o deputado - muito obrigado pelo seu trabalho - tem o pessoal
da técnica, tem fotógrafo, tem um monte de gente aqui dentro, um monte de
profissional, os trabalhadores da Casa.
Então o que eu for falar aqui eu vou
direcionar para o representante comercial, mas eu peço que vocês entendam para
a profissão de vocês. O nosso cameraman ali, sensacional, Brutos ou Pavarotti,
os fotógrafos. Então levem para a profissão de vocês também essa dica que eu
vou dar. Vamos em frente. Está bom?
Como a Manu falou - muito obrigado,
Manu, pela apresentação - eu comecei com 16 anos na empresa do meu pai, no meio
do carnaval. Eu estava lá preparando o meu arsenal de... Deixe-me tentar ver um
pouquinho da idade do pessoal aqui.
Bico de chupeta e bexiga. Eu estava
enchendo-as para a guerra de água na minha cidade, São Carlos, e meu pai falou:
“Está bom o carnaval?”. Falei: “Está ótimo, pai, está uma beleza”. “Então
aproveita, segunda-feira você começa a trabalhar”. Falei: “O que, pai? É
carnaval, espera até quarta-feira.”. “Segunda-feira, às sete horas, na
empresa”. A casa caiu.
Eu tinha feito aquele curso maravilhoso
do Senac. Quem frequentou... Senai. Senac foi depois. Curso de datilografia
ASDF. Tem muita gente aqui que não vai entender o que estou falando. E lá tinha
também o curso de auxiliar de escritório e loja. Então esse era todo o meu
know-how para começar a trabalhar.
“Pai, mas como eu vou rápido assim?” “A
menina, a secretária vai ter neném, você vai substituí-la”. Poxa, secretária,
naquela época, fazia tudo, não eram várias para cada setor. E eu fui assumir o
lugar da Josiane.
Graças a Deus, tinha apostila do Senai,
porque eu fiquei três, quatro dias com ela, e ela foi embora, e aquela apostila
não saía da minha gaveta. Meu pai: “Você precisa fazer nota.”. Eu fazia nota. E
para descobrir os códigos das notas? “Agora você tem que preencher cheque com
duas vias”.
Enfim, aí foi a minha carreira. Só que
eu sempre fui muito de pesquisar, buscar, ter informação. Meu pai era o
administrador da empresa, o sócio dele era mais comercial e produção.
Eram escritórios separados, a fábrica
ficava embaixo, o escritório em cima. Eu sempre descia para ver o que estava
acontecendo, ia lá aprender com o pessoal da produção, ia conhecer a galera lá
embaixo.
Lá embaixo tinha quem? Os
representantes comerciais, os vendedores. Então ali começou o meu contato, ali
que eu comecei a ter contato com essa classe. O curso de auxiliar de escritório
e loja era durante o dia.
À noite, tinha loja do Senai, que tinha
curso de cabeleireira, manicure, esses negócios, e quem quisesse poderia
participar, ficar na loja fazendo exercício prático, atendendo as mulheres.
Então comecei a vender a bobe, laquê,
cortador de unha, esses negócios todos. E era uma delícia, não era obrigado,
mas eu ia. Aquilo, depois, foi juntando, juntando. Falei, acho que esse é o
caminho.
Meu pai era administrador, eu não
gostava. Aí comecei a encostar mais no sócio do meu pai, que tinha mais contato
com os representantes, e essa paixão veio. Aí se foram 30 anos.
Talvez eu me lembre de falar alguma
coisa ali, na hora em que eu estiver no quadrante, de voltar a falar da
empresa, porque eu saí de lá, eu vou tentar usar o exemplo do quadrante ali.
Pode trocar o slide, por favor? Então
eu vou perguntar para vocês, quem começou, não é quem pegou isso andando, quem
começou como representante comercial ou vendedor que tinha esses equipamentos?
Notebook, tablet, smartphone. Quem começou a carreira nessa época? Dois, três,
tem umas crianças aqui. Bacana. Próximo slide, por favor.
E quem começou nessa época aí? Fax,
aquele negócio dos capetas, em que você punha o papel do lado, só tinha um fio
no negócio e saía papel do outro lado. A gente ficava olhando atrás do fax,
“como esse negócio sai lá do outro lado?”. O fax, o tal do Palm e o PT950, essa
desgraça de celular, que aí começou a nossa vida.
Acho que o Sidnei me cobrou, lá na
apresentação de Ribeirão, o bipe. Eu me esqueci do bipe. Eu passei pouco tempo
pelo bipe, porque aquilo também atormentava a vida da gente. Aqui começou a
velocidade da coisa.
Esse PT950, quando eu comprei isso aí,
paguei 1.200 dólares. Tinha fila de espera e era raríssimo quem tinha. Então
era muito bom, porque custava caro. O cliente ou o nosso gerente ia ligar para
a gente, era muito cara a ligação, então era bem objetivo.
Fala, fala, resolve, vamos embora,
senão vai ficar mais caro que o pedido. Bateria, para aguentar, você comprava
um celular e uma bolsa de acessórios, que eram 50 baterias. É, a verde
aguentava mais. Quinze carregadores, 150 baterias para você trabalhar o dia
inteiro. Era isso aí.
Só que antes de eu comprar esse
celular, eu achei muito engraçado, eu estive na Europa, acho que foi em 94
isso. Na entrada do Vaticano, chamou-me a atenção que os camelôs e as lojinhas
em volta, tinham bastante, todos os camelôs tinham celular.
Nas lojas, eu estava olhando, aquilo
ali estava na faixa de 100 dólares. Falei, a hora em que isso chegar no Brasil
vai acabar o mundo. E hoje a gente vive isso, não tem como escapar. Próximo
slide, por favor.
Quem começou a trabalhar nessa época?
Não tenha vergonha de levantar. Lá em Ribeirão também me chamaram a atenção
porque eu me esqueci do Telex. O Telex eu não peguei. Mas ali, para explicar
para as crianças que começaram com smartphone, estava a tecnologia da época.
Aquele negócio compridinho ali é o
teclado, mais conhecido como caneta. Certo? Quando você a usava, você digitava
e aparecia naquela tela branca que é o talão de pedido.
Essa era toda a tecnologia. O tal do
papel carbono, que se alguém trabalhou em banco, a galera de banco era muito
malvada, mandava os novatos lavarem carbono, quem pegou isso, era muita sacanagem.
Então você punha o papel carbono entre as duas folhas, assinava a via do
pedido, a original ficava para o cliente, a cópia era nossa.
Quando a tecnologia começou a chegar, a
gente achava algum hotel, ou uma estação, ou um correio, pagava um real, sei lá
o que, que era a moeda da época, para passar o fax para o pedido ser mais
rápido.
Senão nós fazíamos todo o setor,
chegávamos à empresa na sexta-feira ou na outra segunda-feira, entregávamos
todos os pedidos, ninguém estava te cobrando até isso. Você tinha prometido 30,
60, 90 dias de entrega, todo mundo esperava. Vocês se lembram disso? Todo mundo
esperava e acontecia normal.
Então era esse monte de equipamento e
para substituir aquela, para substituir não, deu origem àquela maleta de
bateria do PT950, era a nossa pasta daquela fichinha ali, que era ficha de
telefone público.
Então era dali que nós tínhamos
comunicação com a empresa, achava aquele negócio que chama telefone público,
orelhão. Existem alguns perdidos por aí.
Você tinha que ter uma cartela, um
monte dessa ficha, porque durava, se eu não me engano, um minuto e meio, uma
coisa assim, aí você ficava ligando, falando e aquilo só caindo. Aí, você ia
comunicando a empresa, o que estava acontecendo, o que era urgente ou não.
Então aí começou.
Atrás da gente vieram - pode mudar, por
favor, acho que tem a foto dele ali; não, tem o meu currículo - os
representantes comerciais, os caixeiros-viajantes que foram citados aqui. Achei
maravilhosa essa estátua, antes da gente veio esse pessoal, o que muito me
honra e muito me deixou feliz este convite.
Mais uma vez, obrigado, Manu, obrigado,
Sidnei, toda a bancada aqui pela honra de estar à frente de vocês, os
guerreiros desta profissão maravilhosa. Eu não tenho dúvida nenhuma de que essa
profissão é a locomotiva da economia de qualquer país.
Tudo o que acontece aqui, todos os
materiais que estão por aí passaram pela mão de um vendedor, de um
representante comercial. Então, se não fossem vocês, não estaria acontecendo.
Então uma salva de palmas para todos vocês. (Palmas.)
A Manu falou do meu currículo, só que o
meu currículo, na minha cabeça, é assim, desde lá de trás, dos nossos pais, até
como eu falei um pouco da tecnologia, ela vem melhorando.
Às vezes a gente se incomoda, porque
não se adequa a isso, mas ela vem melhorando. Você sabendo usar tudo o que tem,
ela vem para ajudar e vem para melhorar.
Então nós, como seres humanos, também
temos a obrigação de deixar um legado, deixar alguma coisa melhor para trás
quando a gente partir daqui. Então, o meu currículo é justamente isso: eu
deixar tudo que eu puder do que eu estudei, do que eu li, do que passei fazendo
as apresentações ou passando para quem precisa, quem solicita.
O bom de ser palestrante é que eu
preciso estudar mais o tema que eu me proponho a falar e quando eu estou
falando, a minha boca está mais perto do meu ouvido, então eu escuto primeiro
que vocês; escuto dobrado, esse é o lado bom.
Mas eu tenho que trazer para o mundo
aqueles “serezinhos” ali melhores que eu. Esse é o meu currículo: deixar o meu
filho Thales, que é o maiorzão de barba; e a Laurinha que é a de preto embaixo.
A Amanda é a nora; e a maravilhosa
esposa, que conheci na faculdade de educação física. Eu chegava de viagem
cansado, depois do dia inteiro, encostava o carro, e como a faculdade era só
100 metros da minha casa, eu falei: “eu vou fazer essa faculdade.”
Então, estava sendo preparado por
alguém que eu fosse para a faculdade estudar um curso - porque eu sempre gostei
de esporte - e conheci minha esposa maravilhosa lá, e ela é meu diploma de
educador físico. Eu já era vendedor antes, acabei me formando, a gente se
formou junto, foi uma festa muito gostosa.
E estão ali a Laura e o Thales. O
Thales hoje formado em engenheiro de materiais e diretor de uma empresa, melhor
que o pai dele; a Laura se formando em medicina, entrando para o quinto ano de
medicina, melhor que o pai dela. A minha missão está quase cumprida, ainda tem
um pouquinho. Então, esse é o meu currículo. Pode trocar, por favor.
E ali, o caixeiro-viajante. Esse
camarada que desbravou, vendedor de porta a porta. Não sei se vocês já
assistiram esse filme, é maravilhoso. Tem um filme do vendedor de porta a
porta, sensacional. Esse cara começou, desbravou, e assim começa o processo de
vendas, dentro do meu entendimento.
Nós começamos a trabalhar onde o nosso
trabalho era focado nos produtos. O que nós tínhamos que dar? Total atenção,
maximizar tudo que nós tínhamos para entregar o produto. Por quê?
Porque a concorrência era menor, tinham
poucos vendedores, poucas indústrias. Todo mundo comprava quase que qualquer
coisa. Então, a gente precisava focar nos nossos produtos, nas características
do produto, para que o nosso cliente comprasse.
Passada essa época - começando a
aumentar o processo, começando a aumentar tudo isso - nós entramos nessa fase
em que o foco já era o cliente. Começou a aumentar a nossa concorrência, então
nós escolhíamos o cliente: “esse eu vou vender, esse eu não vou vender. Esse eu
quero, esse eu quero, esse eu quero.” Nós começamos a colocar - nós, indústria;
nós, vendedores - o foco no cliente.
E vem a outra fase - outro slide, por
favor - que eu imagino que é essa que nós estamos agora. Passamos do foco do
produto, para o foco no cliente, e agora nós entramos no foco do cliente.
Agora o poder está na mão deles. Certo?
Não sei se todos concordam comigo, ou não. Mas, agora, é ele que enxerga a sua
empresa, o seu produto ou você, profissional: se você faz parte do que ele quer
para o negócio dele, se o seu produto faz parte do que ele quer para o negócio
dele.
Agora, mudou. Por isso, não dá mais
para a gente ficar parado, não dá para a gente ser o mesmo de sempre porque a
gente agora tem que encantar esses caras; mais ainda, e mais, e mais, e mais.
Então, agora está lá o foco sob o ponto de vista dele cliente. Pode trocar, por
favor.
Esse quadro explica totalmente o que eu
estou falando para vocês. O pintor é o nosso cliente, o rinoceronte, e eu estou
enxergando aquela árvore maravilhosa com o meu olhar.
Como que eu vou discutir com ele que
não é daquele jeito que ele está vendo? Olha o desgaste que eu vou ter de falar
para ele, que a visão dele daquela árvore está errada.
Olha quanta energia que eu vou
demandar, o atrito que eu vou ter, sendo que essa é a visão dele. Está ali o
chifrão dele na frente, e eu vou querer provar isso ao contrário? Então, isso
sintetiza o momento que nós estamos vivendo. Está joia? Então, muita atenção.
Por isso que eu vou brincar um pouco com vocês, puxar um pouco a orelha para o
quadrante que vai entrar agora, por favor.
Por que da concorrência? Por que está
desse jeito? Por que o poder voltou para a mão dele? Porque hoje o que mais têm
no mercado é isso: empresas similares, empregando pessoas similares, que
tiveram uma educação similar, exercendo funções similares, tendo ideias
similares, produzindo coisas similares, com preços similares e ideias
similares. Ou seja, está tudo igual.
Eu peço para vocês olharem para essa
foto e verem quem vocês são ali: o laranjinha ou o azulzinho? Quem é você? Onde
você quer estar? Você vai esperar o quê? Vai esperar o Palmeiras ter mundial? O
que vocês vão esperar para ser o azulzinho? É agora, gente! É agora, não dá
mais! Esperar já foi, está bom? Troca lá, por favor.
Deputado, o senhor é palmeirense? Eu
também, eu também. Volta uma teclada, por favor, deixa tudo em branco. Por isso
que o deputado é sábio. Estamos juntos, deputado.
Ali tem duas linhas - perfeito,
brincadeiras à parte - a linha horizontal dos nossos resultados; a linha
vertical, o desenvolvimento técnico e pessoal. Não se separa mais, querendo ou
não querendo.
Então, se você se encontra... E eu
tenho total certeza de que numa sexta-feira, sete horas da noite, vocês virem
aqui escutar o Ezio, vocês não estão no quadrante nem um, nem dois, nem três.
Aqui não é para qualquer um. Talvez se fosse outro dia isso aqui estivesse
lotado, mas aqui só tem quadrante quatro, é certeza disso.
O que é o quadrante um? Se você pegar
as duas linhas é de 0 a 100, certo? Onde o meio ali é cinquenta. O quadrante um
- não tecla nada não. Deixa em branco, por favor - é o profissional que não
fecha meta e não se desenvolve, é aquele monte de laranjinha lá. Ele não faz o
trabalho dele e também não busca saber o que fazer.
E o Brasil passa por um apagão de
talento assustador, gente! Assustador! Dentro da nossa realidade, vamos falar
no seguinte: quem de nós... Eu usei esse exemplo, vou usar ali de novo.
Eu tenho as tabelas que a empresa manda
para a gente - em PDF ou Excel, qualquer coisa - e eu tenho um sistema que eu
passo para o cliente usar, um sistema que está totalmente configurado dentro da
política dele. Certo?
Eu vou lá com o comprador, explico a tabela,
assim: “se você não gostar do meu sistema, a tabela é essa.” “Você compra no
Mercado Livre?” “Compro.” “Você compra na Americanas?” “Compro.” “Você compra
na Shopee?” “Compro.” “Meu sistema é igual.
Entra aqui para fazer um pedido.” E o
cara entra: “Uau! Que legal, Ezio! Nossa, facilitou a minha vida.” Beleza, viro
as costas - eu vou ser bonzinho, vou falar três dias - três dias, esse
comprador me liga: “Ezio, quanto custa aquele negócio?”
É só comigo que acontece isso, gente? São só
os meus? É isso gente, é quadrante um de monte. É que nem falar: “vamos matar
um leão por dia?” Matar o leão é fácil, o duro está em desviar das antas. Está
fácil matar o leão, está fácil.
Você pula para o quadrante dois. O
quadrante dois é aquele camarada que está ali, ele dá resultados, ele fecha
suas cotas, suas metas, mas ele não se desenvolve mais. “Está bom, já sei tudo.
Já faz 30 anos que eu sou representante comercial. Eu comecei aqui antes do
gerente. Eu sou amigo do dono da empresa.”
É o quadrante dois. Quem tem desses
caras na equipe? Está ali o quadrante dois, está tudo certo. Se a empresa for
igual a ele - se a empresa só quer bater a meta, fechar os números dela e não
busca - vai acontecer o mesmo com os dois.
A gente pula para o quadrante três. O
quadrante três é aquele camarada que está vendo a necessidade, ele se
desenvolve, ele busca, ele está buscando curso, ele está aqui, ele ouviu que
tem o curso do Core. O Core está fazendo um trabalho sensacional, oferecendo um
monte de coisa. Parabéns pelo site. Eu entrei no site, está lindo o site novo.
Então, o Core está oferecendo um monte
de coisa, esse cara está indo buscar. Só que ele se esquece de trabalhar, ele
se esquece de pôr para acontecer, esquece-se de buscar, está faltando um pouco
da parte técnica, está faltando a mão na massa. Então, ele se desenvolve, mas
ele não está dando resultado.
E vamos falar de nós: nós estamos no
quadrante quatro. A gente está fechando meta, está buscando se desenvolver, a
gente não para! A gente está cada vez mais, por quê? Porque está atrás da
gente.
Quando virou a pandemia, quem achou que
a profissão de representante comercial iria acabar? Eu fui um. Eu falo: “Agora
vai acabar.” Eu tinha quase certeza, falei: “Esses raios de internet, esse
negócio, agora vem com tudo. Agora vão acabar com a gente.” Eu tinha certeza
disso.
Fui lá, catei todos os meus livros de
venda. Falei: “vou tacar fogo em tudo isso aqui, serve para mais nada agora.”
Tinha meus cursos ali, falei: “agora o que eu faço? Como que eu vou rever? Eu
não vou sair de casa, estou preso. Como é que vai acontecer o negócio.”
Alguns segmentos sofreram
assustadoramente, no meu segmento, graças a Deus, não aconteceu isso. Pelo
contrário, jogou a gente numa zona de conforto maravilhosa. Nós vendemos para
caramba assistindo sessão da tarde: Rocky 1, 2, 3, 20, 25, 30; Lagoa Azul e
tudo mais; e pedido, pedido, pedido, pedido. Nossa Senhora! Viramos até
Masterchef, todas as receitas da Ana Maria Braga a gente assistiu.
Falei: “agora ficou linda a nossa
profissão. Não vou sair de casa, não pago pedágio, não faço revisão no carro.
Nossa Senhora!” Eu, particularmente, sofri um acidente em novembro de 20... e
agora?
Eu acho que foi novembro de 21. Eu
sofri um acidente, deu perda total no carro. Graças a Deus não aconteceu nada.
E eu lá no carro, não abria as portas, não abria nada. Eu rodei no meio da
Bandeirantes e fui para o barranco.
O carro não abria as portas e o cliente
me ligando: “Ezio, quanto custa isso?” Falei: “Acabei de sofrer um acidente, eu
preciso falar com o seguro.” “Não, mas tudo bem, Ezio. Quanto custa isso?”
Cara, isso aconteceu.
Falei: “Vim me socorrer você não quer
vir, não é?” Mas aconteceu, e até o seguro resolver - foi uma chatice isso - eu
fiquei quatro meses sem carro. Falei: “eu não vou comprar mais carro. Não estou
precisando sair, não vou sair, vou só alugar carro.” Então, vai mudar tudo.
Peguei meus livros... até estava hoje
vindo para cá escutando um “audiobook” de um dos livros que eu li, acho que uns
25 anos atrás: O maior vendedor do mundo”, Og Mandino.
Quem não leu isso, leia! É sensacional.
Então, foi esse e o “Bíblia de Vendas” que eu falei assim: “Vou jogar fora.
Isso aqui vou tacar fogo, não dá nem para dar para ninguém.” E numa repassada
ali... sensacionais, muito atual! E vocês vão ver ali na frente do que eu estou
falando.
Mas agora, os colegas de outras
profissões que se conseguirem levar para a profissão deles, é a mesma coisa:
tem que se desenvolver, nós temos que acompanhar. Tecnologia está aí, as
gerações x, y, z estão aí voando; ou a gente fala a mesma língua deles, ou a
gente fica sem falar com ninguém, porque são eles que estão consumindo, eles
que são os consumidores do futuro.
Então, eu peço agora uma pausa. Que
essa fala, que esse quadrante, vocês levem para a vida pessoal de vocês, está
bom? Filhos, todos são. Quem aqui é pai? Quem aqui é mãe? Quem não for, é
namorado, noivo, juntado, amasiado, companheiro, companheira; quem aqui também
tem alguém que divide as dores, as alegrias, as tristezas?
É com você que eu estou falando agora,
acho que ninguém ficou sem levantar a mão: como que você é com a sua esposa? Em
que quadrante você está? Não está nem cumprindo a meta e nem se desenvolvendo?
E você esposa, você está onde? No
quadrante dois, ali? “Complemento, mas não me desenvolvo. Não sou uma boa
ouvinte.” “Não sou um bom ouvinte.” “Está tudo bom, a gente está junto há 20
anos, 30 anos.”
Não está fazendo mais nada: não se leva
flor, não precisa mais fazer aquela comidinha que ele gosta quando chega. Como
é que você está? Ou você está indo buscar alta performance? Cara, nós estamos
vivos. A vida não para em qualquer área da nossa vida, em qualquer área é
quadrante quatro sempre.
Quem é pai? Quem é mãe? Onde você está?
As crianças nascem, elas estão no nosso colo, elas não sabem que caminho vão
tomar da vida, quem são eles. A educação, a tratativa, é de um jeito. Eles
começam a engatinhar, começam a andar, começam a se espelhar em nós. Que
exemplo você está dando?
Eles começam a correr, eles levantam
voo, viram adolescentes. Eles estão percorrendo todos os quadrantes e você está
indo atrás? Você foi adolescente, você foi criança, você esqueceu? Você se
esqueceu disso?
Você tem que acompanhar, saber a
linguagem deles. Você beija, abraça, acolhe quando ele chega? Para tudo,
desliga essa desgraça de celular. Pare de atender cliente para atender sua
esposa, seu marido, seu filho, sua filha.
Você vai deixar que um traficante tome
conta? Você vai entender o que está acontecendo no mundo do seu filho e vai
deixar que um bandido tome conta? Então é para isso gente, isso aqui serve para
tudo na vida. Está bom?
Então, vamos lá, uma tecladinha só que
o quadrante um tem um verbo ali. O verbo é “encaminhar.” E serve também para a
gente, tá? Se eu não estiver cumprindo metas, se eu não estiver me
desenvolvendo, minha mulher vai me encaminhar. Entendeu?
Mesma coisa a empresa: você pode
encaminhar - e falando sério agora - esse profissional para uma outra área,
para um outro líder; talvez ele não se adeque a você, ele não está entendendo
você e essa pessoa está no cargo errado.
E você transferindo ele, encaminhando
para um outro setor, ele vai se desenvolver e vai embora. Ou você encaminha
para o RH: “vejam o que vocês fazem, porque comigo não trabalha mais”.
Não sai do lugar e não fecha meta. O
que é legal? Quando aquele amigo seu concorrente liga e fala: “Você tem alguém
para me indicar?”. Dá-lhe quadrante um, dá-lhe.
E é a mesma coisa quando eu falo: “Você
está na empresa. A sua empresa é quadrante um, quadrante dois, quadrante três,
quadrante quatro?”. Ô representante, aquela empresa não desenvolve, não troca
produto, não acompanha mercado?
Encaminha ela, gente, pelo amor de
Deus. Não fica sofrendo queimando a sua imagem. É o seu nome, é a sua cara que
está ali. Encaminha ela. Não perde tempo, não fica brigando, não desgasta não.
Mais uma teclada - por favor aí,
companheiro. Desacomodar, o que é o desacomodar? É o cara, é o amigo do dono há
30 anos no mercado, eu conheço todos os clientes, eu conheço todo mundo, só que
aquele cara que eu visitava lá não está mais no comando. Agora é o filho dele,
é o sobrinho dele, é o neto dele. Mudou tudo.
Então se eu me acomodar, um abraço. Ele
está comprando do concorrente, está comprando de outro, porque eu fui lá
visitar ele de terno e gravata, o cara foi lá com a camisa, o tênis novo lá do
Jordan, não sei o quê: “Ah, mas eu vou comprar daquele velho lá? Vou comprar do
moleque do Jordan aqui”. Mudou tudo. E aí? Bora lá, gente, desacomodar.
Mais uma teclada, por favor. Quadrante
três. O quadrante três, né? O cara está aprendendo, ele está se desenvolvendo e
tal, só que o que falta para ele buscar resultado, né?
Quando a gente tem o “a” na frente de
uma palavra, significa “não”, né? Vamos brincar um pouco com isso. Então é uma
pessoa normal, certo? Ou uma pessoa anormal, não é normal? Então aprender ali
seria não prender.
Não se prenda ao que você sabia.
Estudou, aprendeu, desenvolveu? Bota para usar. Vamos lá, tem um monte de gente
estudando. Mais do que nunca, ciências entraram em vendas. Eu estava lendo
esses dias um livro falando sobre o efeito dos hormônios na hora da venda.
Os Estados Unidos talvez até lançaram,
não sei, está para ver a dilatação da pupila quando a pessoa olha o produto que
ela quer. Olha o nível da coisa. Então neurociência, PNL, tudo entrando na
nossa técnica de venda. Está tudo entrando aí. Então a coisa está voando.
Então não dá para se apegar ao que a
gente fez lá atrás, quando eu comecei lá com meus 18, 19 anos. Não dá mais, já
foi. E aí o quadrante quatro, que são vocês que estão em uma sexta-feira aqui.
Mais uma tecladinha, por favor. Esse é
o cara que a empresa quer. Ele dá resultado, ele está se desenvolvendo, ele
exige da sua liderança algo melhor, ele exige da sua empresa algo melhor e ele
leva tudo de melhor para o cliente dele.
Aí o cliente dele quer que você vá lá,
ele quer que você atenda ele. É isso que ele quer, porque você é diferente.
Mais uma teclada, por favor, ou duas, porque o quadrante quatro é o talento. É
o Neymar. É esse cara que o mercado quer. Não dá mais.
Aí como eu falei e brinquei com vocês
sobre pessoa, vamos falar que um ente querido nosso está precisando de um
médico neurologista. De qual quadrante você vai pegar o médico? Do um? Né?
E aí você quer que o vendedor atenda
quem, o do um ou do quatro? Você quer que o vendedor dê preferência, o
comprador dê preferência para quem? A empresa, na hora de selecionar, vai
buscar quem?
É disso que eu estou falando, gente.
Não dá mais para parar. Por favor, muda ali. Só volta, só volta no quadrante,
eu lembrei de uma história agora. Eu estava no aeroporto esperando um colega
chegar de viagem, e aí me chamou a atenção que eu estava parado ali - quando
chega no aeroporto que desce um pessoal ali, para pegar ele e já ir embora,
sair para trabalhar -, tinha uma família. Uma mãe, duas crianças - uma
criancinha de colo e uma criança no chão, maiorzinha.
E aquela molecada, aquela família, sabe
aquela euforia, aquela ansiedade, aquela coisa gostosa de ver, bonita, eu
falei: “Nossa, que legal, né, cara? O que será que está acontecendo com essa
família? Acho que vai chegar alguém - o pai, imagino eu - que deve estar há uns
três meses fora viajando, trabalhando fora, alguma coisa assim, né?”.
E fui me aproximando, aproximando,
fiquei perto ali, e ele chegou no mesmo voo do colega que eu estava esperando.
E aí chegou, eu vi, abraçou, os filhos correram, pai, mãe, pai, e beijo e
abraço.
Aí falei: “Que gostoso”. Aí eu peguei e
não me aguentei. Eu virei e falei: “Parabéns, que gostoso, cara, ver a família
te recebendo assim”. E eu falei: “Deve ser vendedor, né? Está chegando de
viagem”.
Aí falei: “Que bacana”. Ele falou:
“Obrigado”. Eu falei assim: “Então, faz quanto tempo que você está fora,
cara?”. “Dois dias”. Eu: “Han?”. Dois dias. Falei: “Nossa, que coisa linda,
cara. Parabéns. Eu queria que a minha família fosse assim”. Sabe o que eu ouvi?
“Não queira. Decida”. Em que quadrante você está? Decida para qual você vai. É
disso que a gente está falando.
Pode mudar, por favor. Recentemente,
fiz um curso na Escola Superior de Propaganda e Marketing, e eles soltaram isso
aqui. Mais uma teclada, por favor. Aí, muito obrigado.
Isso aqui foi uma pesquisa feita com
180 empresas, em que eles ouviram como que você, comprador, como que você,
empresário, considera um fornecedor ali, um fornecedor-chave, um case supplier.
Como você considera, o que você quer
que ele faça? Olhem as coisas que eles pediram ali, que eles falaram que
gostariam de ter: que eles me eduquem com ideias ou perspectiva. Ou seja, cara,
me traz coisa nova. Mais do mesmo não dá, né? Traga-me informação, me traz
produto, me traz técnica, traz coisa nova.
Colaborem comigo. Não venha só vender.
Você só quer meu dinheiro, cara pálida? Todo mundo quer. Colabora um pouco,
vamos fazer acontecer, vamos andar juntos, né? Demonstre-me que alcançaremos
resultados superiores. Poxa, você está comprando isso, mas não está dando
certo?
Vamos fazer daquele jeito, vamos trocar
esse produto por outro, vamos usar uma outra técnica, um outro método, vamos
falar com sua equipe, vamos ver as dificuldades, né? Então vamos fazer
acontecer. E olha lá os maridos e as esposas. “Eu gostaria de que o meu
fornecedor me escutasse... me ouça, me escute”. Sabe a escuta ativa?
Vocês já ouviram falar de escuta ativa?
É de parar tudo, olho no olho, agora escuta. Escutou o que eu quero? Agora me
entrega. Acabou, só isso, coisa mais fácil que tem. Escutou o que ele quer
comprar, você entrega o que ele quer vender, muito obrigado, vamos tomar café e
vamos embora - é o que ele está pedindo.
Entenda as minhas necessidades. Para de
vender o que você quer, para de vender o que a empresa mandou você socar aqui
para dentro do meu estoque. Se ela não vende, não sou eu que vou vender. Para
com isso, não dá mais joelhada, acabou, não tem mais jeito. Ajude a evitar
possíveis armadilhas. A mesma coisa: não venda mico para mim, não venda mico.
Hoje eu conversando agora com um
gerente aí, eu falei: “Cara, eu preciso ir para lá para entender isso”. Ele me
falando do número de vendas de resistência de chuveiro na Bahia. Eu falei:
“Não, aí não. Vamos ter que estudar isso aí. Leve-me junto que eu quero ver o
que esse camarada faz para...”. Mas tem mercado? A gente acha que não.
“Ah, minha região, pior que tem”. “Ah,
minha região é região da fome”. “Ah, todos os concorrentes estão na minha
região”. É o que a gente faz, a gente inventa desculpa e mentira para nós
mesmos, isso que é o pior. E acreditamos nela. Que elabore uma solução
atraente.
Solução: eu tenho um problema, me traz
solução, por favor. Você quer me ajudar, vamos andar juntos, vamos crescer
juntos? Traga-me solução. Problemas, tem
um monte aí. Perfeito?
Processo de compra representado com
precisão. Cara, você vende dez por mês, eu vou te vender dez, só que está
atrasando a minha entrega, vamos por dois a mais só para não ter um
probleminha? Pronto, acabou.
“Ah, vendo dez por mês”. Tá, mas você
tem que comprar 150 para ter 1,5% de desconto a mais. “Cara, mas vai ficar três
anos sem vender. Eu não vou comprar durante três anos”.
Ah, mas não tem importância, preciso
fechar minha cota lá. Problema, problema, toda vez que o cara olhar aquele
produto, ele vai lembrar de você negativamente.
Conectado comigo pessoalmente. Ele não
quer só um CNPJ lá, ele quer um CPF, ele quer entender que ele está fazendo
negócio com pessoas. Ele quer olhar no olho senão a nossa profissão teria
acabado mesmo na pandemia. Mas ele quer olho no olho, ele quer sentir o calor,
ele quer sentir a emoção. Ele quer desabafar com você.
Como eu tenho certeza que muitos de
vocês têm, ele quer só desabafar com você de um problema que ele tem fora da
empresa. E não quer nem comprar naquele dia, no dia seguinte ele te passa um
pedidão, mas não fala de pedido, só me escuta hoje. Ele quer essa relação
pessoal. Ele não ser sentir ali: “Ó, você veio aqui para abrir o meu cofre,
né?”. Entendeu?
E o valor geral da empresa é superior
às outras opções. O valor da sua empresa, sua empresa, sua empresa, Ezio
Representações, vale mais do que qualquer outra. A sua empresa, o produto que
você vende vale mais que qualquer outro.
E a sua loja, meu cliente, vale mais do
que qualquer outro, você é o cara. É isso que eles estão pedindo. É simples
assim. Então a gente faz...
Até estava conversando com a Malu lá
atrás, ela falou assim: “Está fácil, né? A gente pergunta para o cliente o que
ele quer, ele responde para a gente traduzir em português”. Olha que beleza.
Então só faça a pergunta: meu cliente, o que você está precisando? E atenda
ele. Mais uma, por favor, DJ. Mais um... Ih, pulou. O que será que está por
vir? Será que o mercado parou? Volta um, por favor. Aí.
Realidade aumentada na prática: como
pode ser usada nos negócios? Está aí já. Tem um monte de corretor de imóvel já
fazendo negócio, o cara nem sai da casa dele, compra apartamento, compra
fazenda, compra aras.
Recentemente um amigo meu vendeu um
aras, o cara nem pisou lá mas ele viu tudo, tudo de que precisava estava na
realidade aumentada, já está aí.
Próximo, por favor: 5G, o que
representa nos nossos negócios? Tudo, gente. Está aí a velocidade, né? Mostrei
lá o fax, não tem tempo mais, é 5G agora, não vai dar mais nem para enrolar o
gerente de que está sem sinal, sem não sei o quê. Não dá para tirar foto do
ponto de venda? “Ah, estou sem sinal aqui”. Não tem mais jeito. É a velocidade.
Um médico dos Estados Unidos vai estar
operando um paciente aqui em São Paulo usando o 5G. Aí por que não vai vir para
a área comercial? Está aí. Mais uma. Vendas no Metaverso. Quinta-feira que vem
vai ter uma palestra sobre isso, um cara sensacional - acho que vai ser no Orkut
- vai falar sobre o Metaverso.
Vendas no Metaverso: como os negócios
B2B vão participar dessa tendência? Opa, perdão, Orkut não, Linkedin. Eita,
quer falar que é velho, fala logo, né? Linkedin. Orkut, só tem uma conta lá.
Vai ter no Linkedin, perdão, do Adriano, professor da ESPM.
Então, o Metaverso está aí, uma loucura
aquilo, né? Comprando roupa que não existe, tênis que não existe, terreno que
não existe, empresa que não existe, pagando fortuna.
Caramba, velho. Mas é verdade? É, está
acontecendo. Então o que a gente tem que fazer, gente? Para o quadrante quatro,
vamos ver o que eu vou fazer com tudo isso aí e vou usar. Porque senão, foi
para o um, voltamos para trás.
Hoje não dá mais para ficar parado
esperando. Hoje não dá mais, tá bom? E para terminar, coloca o último slide,
por favor, que é a frase de um CEO da Coca-Cola: Se você pensa que terá sucesso
em conduzir o seu negócio nos próximos dez anos - eu falaria três ou quatro
anos -, do mesmo modo que você fez nos últimos dez anos, você está perdido.
Para ter sucesso, você tem que
perturbar o presente. Chega, chega, acabou, gente. Não dá tempo mais, não dá
para esperar, não dá para esperar a empresa mudar, não dá para esperar o
produto mudar, não dá para esperar o Palmeiras ser campeão mundial, tem que
fazer acontecer.
Vamos lá, vamos para frente, vamos
buscar informação, vamos ver o que tem. E é isso que eu queria falar para
vocês. Muito obrigado pela paciência de vocês, pelo ouvido de vocês.
Muito obrigado pelo convite, Sidney.
Gratidão, uma ótima noite para vocês.
Aperta mais um, por favor, e muito
obrigado. (Palmas.)
A
SRA. EMANUELLE MARIZY - MESTRE DE CERIMÔNIAS - Momento
do uso da palavra. Convidamos o Sr. Sidney Fernandes Gutierrez,
diretor-presidente do Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado
de São Paulo, para fazer o uso da palavra.
O
SR. SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ - Muito boa noite
a todos e a todas. Evento de homenagem ao Dia do Representante Comercial.
Prezados representantes comerciais, seus familiares, autoridades, funcionários
do Core-SP e demais presentes.
Hoje é um dia festivo, pois nos
reunimos para homenagear aqueles que tanto contribuem para o desenvolvimento do
nosso Estado.
O Dia Estadual do Representante
Comercial, comemorado em primeiro de outubro, é um merecido reconhecimento do
trabalho incansável de profissionais que conectam a indústria ao comércio e aos
consumidores finais, movimentando toda a economia nacional.
Como diretor-presidente do Core-SP,
quero expressar meu orgulho de ser representante comercial, além de renovar meu
compromisso, firmado no início da atual gestão, de trabalhar em prol da
categoria.
Em 2022, após dois anos de pandemia, o Core-SP
retomou eventos presenciais em diversas cidades paulistas, com o objetivo de
estar mais próximo do representante comercial.
Encontros com a presidência, com a
fiscalização, e o plantão jurídico tiveram, por finalidade, informar e orientar
a respeito das necessidades de registro, esclarecer quanto aos direitos e
deveres previstos na Lei nº 4.886, de 1965. Também foram mantidas as lives
iniciadas na pandemia, com assuntos de interesse dos profissionais.
Em relação aos direitos dos
representantes comerciais, buscamos o apoio dos deputados federais paulistas,
para fins de aprovação de dois projetos de lei relevantes para a categoria.
O primeiro é o PLP 99, de 2022, que
modifica o enquadramento dos representantes comerciais no Simples Nacional, de
forma a incluir a atividade desses profissionais em uma tabela de tributação
com alíquotas menores do que as praticadas atualmente. O projeto atualmente
aguarda a apreciação por parte do plenário da Câmara dos Deputados.
O segundo é o PL 981, de 2019, que
isenta os representantes comerciais do imposto sobre produtos industrializados,
o famoso IPI, incidente sobre a aquisição de veículos automotores de fabricação
nacional.
O projeto foi aprovado recentemente
pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Câmara dos Deputados, e
aguarda apreciação conclusiva das demais comissões.
Estejam certos de que o Core-SP está ao
lado dos representantes comerciais, na luta de seus direitos. Agradeço ao nobre
deputado Castello Branco, que em 2020, na procura do nosso pleito, abraçou a
causa do representante comercial, e implementou a lei do Dia Estadual do
Representante Comercial. Isso é um marco histórico. Porque, há 56 anos, a
categoria tem a sua regulamentação.
E nós, normalmente, como o José Luiz
disse anteriormente, comemorávamos o Dia Pan-americano do Representante
Comercial. Então, desde a minha ascensão no Core-SP, era um projeto de lei que
eu buscava essa aprovação.
E nossos quadrantes se encontraram,
deputado. Então nada é por acaso nas nossas vidas. Agradeço muito o apoio que o
senhor tem dedicado à nossa categoria.
Muito obrigado, deputado. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Convidamos
o excelentíssimo deputado estadual Castello Branco, presidente deste ato
solene, para o uso da palavra. Por gentileza, os conselheiros retomem os seus
lugares na mesa.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Senhoras e
senhores, muito boa noite. É uma grande honra e um privilégio recebê-los hoje
em nossa Casa de Leis, Palácio Nove de Julho, Assembleia Legislativa de São
Paulo, para esta sessão solene. Começo agradecendo à figura do presidente,
Sidney Fernandes. É uma honra ter trabalhado contigo. Já te considero um amigo.
Muito obrigado pela oportunidade de fazer parte dessa história.
Ao vice-presidente do Core Santa
Catarina, Orivaldo Besen, muito obrigado pela ilustre presença. O presidente do
Core Paraná, Paulo Nauiack. Aos conselheiros Dante Orefice Junior, Francisco
Clemente, José Luiz Abrantes. Milton Alves, Fábio Kalil, Jorge Peretti,
Maurício Pereira, Fábio Lofrano. Em especial, ao José Luiz, pelo brilhante
texto lido em homenagem ao Dia do Representante Comercial. E ao Ézio,
palestrante, pela palestra.
Depois eu faço questão de conhecê-lo
melhor. Pena que eu não te conheci antes. Porque a minha equipe, do meu
gabinete parlamentar, precisava da sua palestra. Você já tem um cliente aqui.
Eu considero o evento do Conselho
Regional de Representantes Comerciais do Estado de São Paulo um dos mais
importantes do calendário da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Dos 39 eventos, ou homenagens, que nós
prestamos por ano, nesta Casa, apenas no meu gabinete, como, por exemplo,
Forças Armadas, Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Polícia Civil,
Polícia Federal, Maçonaria, Sociedade Brasileira de Eubiose, Ordem dos
Advogados do Brasil, Ordem dos Economistas do Brasil, Sindicato dos
Contabilistas e Contadores, a dos representantes comerciais hoje ocupa um local
de destaque.
Graças ao esforço do Sidney que, no
final de 2019, começo de 2020, levado pelo Bruno Zambelli para uma reunião
histórica, nasceu o embrião do que hoje é esse evento. Cinquenta e cinco anos
depois daquela data, estamos realizando um grande sonho. Para mim é muito
importante o evento. Porque eu fui representante comercial.
Eu entrei no Exército muito cedo, com
14 anos, impulsionado e motivado pela minha mãe, cujo pai era irmão do
presidente Castello Branco, a entrar no Colégio Militar, e depois seguir
carreira na Escola de Cadetes e na Academia.
Que ironia do destino! Tantos anos
depois, nunca imaginava ser deputado, e estando nesta Casa, sou contatado para
fazer o Dia do Representante Comercial. O universo e o tempo conspirando a
nosso favor. Sem dúvida, a força do destino.
Eu sei das dificuldades da profissão. E
como! Porque, depois de muitos anos de Forças Armadas, e com uma carreira
brilhante, o destino me prega uma peça: eu sofro um acidente de helicóptero
gravíssimo. Eu trabalhava com ações especiais, na Amazônia, no combate ao
narcotráfico, na Cabeça do Cachorro, fronteira com a Colômbia. Numa dessas
missões, o meu helicóptero sofreu uma queda. Quase vim a falecer e fiquei dois
anos no hospital, quase tetraplégico.
Desse drama, ainda jovem, com 34 para
35 anos, eu me recupero, começo a voltar a andar, milagrosamente. E precisava
trabalhar. O Exército já não podia me aceitar, porque eu não atendi os
requisitos operacionais básicos para o exercício da profissão.
E vou trabalhar como representante
comercial, vendendo asfalto,
pavimentação, produtos de engenharia. Eu admiro muito a profissão de
vocês. Se não fosse o salário que eu tinha, do Exército, eu tinha morrido de
fome, porque eu não conseguia vender.
Aliás, eu não tinha sido preparado para
isso. As virtudes que foram aqui narradas, persistência, determinação,
resiliência, não desistir e, principalmente, paciência, porque, entre você
apresentar o produto e finalizar a venda, às vezes passava um tempo enorme. Eu
aprendi a valorizar muito a profissão de vocês.
Agora faço um resgate histórico
interessante. Porque o marechal Humberto de Alencar Castello Branco, quando
assume a Presidência da República, o primeiro presidente do governo militar, no
dia 15 de abril de 1964, ele tinha uma série de demandas reprimidas. Uma delas
era a regulamentação de várias profissões. Na verdade, 65 profissões não tinham
regulamentação.
Logo em dezembro do ano seguinte,
imagina o esforço que foi feito, porque a gente sabe o trabalho que dá para
fazer o decreto, ele regulamenta a profissão de representante comercial.
E por que ele escolheu essa? Tinha
tantas outras. Ele tinha dois irmãos que ele gostava muito. Um era auditor da
Receita, que ficou famoso por causa da história do Simca Chambord. O outro era
representante comercial.
E o irmão dizia para ele: “A gente tem
uma das profissões mais antigas do mundo, e uma das mais importantes. E a gente
não tem regulamentação trabalhista nenhuma”.
E aí nasce um decreto que, para a
época, foi muito bem feito. Tanto que chegou até os dias de hoje. Agora sim,
sendo modernizado, adaptado, enfim.
O interessante da história é que o
presidente Castello Branco tinha uma visão aguçada do futuro. E aqui eu me
permito um parênteses político. Porque, na verdade, ele não queria passar para
o Costa e Silva. Esse assunto é delicado. Ele queria que o Juscelino Kubitschek
assumisse novamente, que fossem abertas eleições. O clima era difícil na época,
e ele acabou sendo vencido.
Eu conheci o Castello Branco. Eu estive
com ele, e acho que agrego valor na cerimônia de hoje com essa história. Eu
tinha cinco anos. Ele foi padrinho de casamento da minha tia, Moema, aqui em
São Paulo. Eu era o pajem, aquele menininho que leva a aliança, junto com as
madrinhas e as menininhas.
Muito bem. A festa foi na casa do vovô
Oscar, esse, que também era representante comercial. E naquela ocasião, aquelas
fotos de família, eu acabo tirando uma foto com o presidente Castello Branco.
Papai era médico, e se tornou médico dele. Conversava bastante com o Castello.
O fato é que isso aconteceu em 26 de
maio de 1967. Ele tinha deixado a Presidência da República no dia 15 de março
de 1967. Curiosamente, ninguém se pergunta por que ele não completou os quatro
anos. Porque ele não queria. Ele queria realmente abrir para eleições gerais
naquela ocasião. Ele foi voto vencido. (Palmas.) Obrigado.
E aí, o que acontece? Cinquenta e seis
dias depois desse casamento, onde eu fui o pajem, ele morre num acidente
misterioso. Aliás, para a nossa família, não foi acidente. Mas isso fica para
outro dia. Mas eu deixo registrado, para os anais da Alesp, considerando que
estamos em rede de comunicação aberta, esse testemunho. E aí nós nos despedimos
do Castello Branco dessa forma trágica.
Mas ficou o seu legado: o legado de
reconhecer a profissão mais antiga do mundo, ou uma das. E, 55 anos depois,
aliás, hoje, 57 anos depois, 55 quando nós começamos o projeto, nós realizamos
o nosso primeiro ato solene aqui no auditório Franco Montoro. E agora, no
plenário Juscelino Kubitschek, que é o mais nobre desta Casa, as comemorações
desta primeira sessão solene oficial.
É uma tradição que eu espero que se
perpetue, que viva nesta Casa. Legado esse que eu passarei para o Bruno
Zambelli que, quis o destino, agora será deputado estadual.
Vai estar nesta Casa, e vai dar
continuidade ao reconhecimento, ao prestígio e à nobreza de trabalhar com essa
profissão maravilhosa dos representantes comerciais.
Muito obrigado, Emanuelle. Você, que
esteve junto conosco nessa caminhada. Mais uma vez, Sidney, minha gratidão a
todos vocês, heróis anônimos do Brasil, que lutam bravamente pela nossa
Economia. Um elo importantíssimo entre a indústria, o comércio e o consumo. Eu,
particularmente, reconheço e enalteço.
Parabéns à sua gestão, Sidney, que
criou, o “Departamento de Relações Institucionais”, que conversa com o
Congresso Nacional, conversa com a Assembleia Legislativa, com as câmaras
municipais.
Porque, sem dúvida nenhuma, a profissão
de representante comercial ainda tem pela frente enormes desafios a serem
vencidos. Conte sempre comigo e com a minha equipe.
Eu termino a minha fala com uma frase
do querido mestre Henrique José de Souza: “A esperança da colheita reside na
semente”. A gente só pode esperar colher aquilo que vai plantar. Parece óbvio,
mas não é. Assim, hoje, nós estamos plantando, mais uma vez, boas sementes que
vão colher bons frutos. Estamos colhendo bons frutos das suas boas sementes.
Muito obrigado a todos.
É uma noite gloriosa.
Muito obrigado. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Iniciamos
neste momento as homenagens.
A Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo homenageia o Conselho Regional dos Representantes Comerciais do
Estado de São Paulo, em comemoração ao Dia Estadual do Representante Comercial,
em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao desenvolvimento humano e
econômico.
O Core-SP, Conselho Regional dos
Representantes Comerciais do Estado de São Paulo, é uma autarquia federal,
fiscalizadora do exercício profissional, criada pela Lei nº 4.886, de 1965.
Trata-se de um órgão consultivo, orientador, disciplinador e fiscalizador do exercício
da profissão do representante comercial.
É uma entidade dotada de direito
público, com autonomia técnica, administrativa e financeira, e não recebe
nenhuma subvenção do governo federal, tendo todo o seu recurso alicerçado nos
recursos pagos pelos representantes comerciais.
As principais atribuições do Conselho
Regional dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo são:
Promover o registro profissional.
Fiscalizar o exercício da profissão.
Zelar pelo cumprimento da Lei nº 4.886,
de 1965, esclarecendo os representantes comerciais e as empresas representadas
sobre os direitos e deveres inerentes à profissão.
Também são atribuições do Core-SP:
Expedir carteiras profissionais.
Organizar e manter o registro dos
representantes comerciais.
Julgar infrações e impor penalidades,
conforme a legislação que regula a categoria.
Convidamos o Sr. Sidney Fernandes
Gutierrez, presidente do Core-SP, para receber a homenagem da Assembleia
Legislativa de São Paulo ao Conselho Regional dos Representantes Comerciais do
Estado de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE -
CASTELLO BRANCO - PL - “Ao Conselho
Regional dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo, Core-SP, pelos
seus relevantes serviços prestados ao Brasil, em particular ao desenvolvimento
humano, econômico e financeiro da população do estado de São Paulo.
A esperança
da colheita reside na semente, professor Henrique José de Souza. São Paulo,
sete de outubro de 2022, sexta-feira. Assina esta Casa.”
Obrigado,
Sidney. (Palmas.)
* * *
- É entregue
a homenagem.
* * *
O SR. SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ
- Mais uma vez, deputado, nós que somos gratos, nós representantes dos
comerciantes aqui presentes, seus familiares, nossa diretoria aqui composta. A
gratidão será sempre o reconhecimento do teu trabalho perante a nossa
categoria. Muito agradecido, sempre. Obrigado. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - O Core-SP tem a
honra de homenagear o setor de atendimento da nossa sede em São Paulo.
Para
receber a homenagem, convidamos o coordenador do setor de atendimento, Sr.
Fabrício Santos. Para realizar a entrega da placa, convidamos os conselheiros
Sr. Dante Orefice Junior e o Sr. Fabio Calil. (Palmas.)
Senhores,
por favor fazer a leitura da placa.
O SR. FABIO CALIL -
“Homenagem. O Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Estado de São
Paulo tem orgulho em reconhecer o empenho de todos os colaboradores que
integram seu setor de atendimento na nossa sede em São Paulo, tanto pela
excelência com que atende aos representantes comerciais, como pelo
encaminhamento das demais demandas inerentes ao seu dia a dia.
Obrigado
pela disposição, transparência, ética, empatia e outras boas práticas aplicadas
ao trabalho. Com respeito e gratidão, da diretoria do Core-SP.” (Palmas.)
* * *
- É entregue
a homenagem.
* * *
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Dando
sequência, o Core-SP tem a honra de homenagear o Sr. Francisco Clemente, que,
além de atuar por 52 anos como representante comercial, integra o quadro de
conselheiros no triênio 2019 a 2022. Conheçam um pouco mais sobre a história
deste profissional. (Palmas.)
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Convidamos,
além do nosso presidente, Sr. Sidney Fernandes Gutierrez, o nosso conselheiro,
José Luiz Abrantes, para realizarem a entrega da placa ao Sr. Francisco
Clemente.
O
SR. JOSÉ LUIZ ABRANTES - “Homenagem. O
Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado de São Paulo tem a
honra de homenagear a trajetória profissional do Sr. Francisco Clemente, que,
além de atuar por 52 anos como representante comercial, integrou o quadro dos
conselheiros no triênio 2019-2022.
Obrigado por exercer a atividade
profissional de maneira ética, transparente e atenta às boas práticas. A
diretoria do Core-SP deseja cada vez mais prosperidade e bons resultados em
todos os âmbitos da vida.” (Palmas.)
* * *
- É entregue
a homenagem.
* * *
O
SR. FRANCISCO CLEMENTE - Boa noite a todos.
Agradeço a presença de vocês, e agradeço também o Sr. Presidente do Core-SP, porque essa mudança que o senhor vem
fazendo no Core de São Paulo, principalmente nessa gestão, essa mudança, essa
transformação no Core e no representante...
Por intermédio do Core, eu tenho
visitado cidades no interior. Têm pessoas, representantes com mais de 20 anos,
que não conheciam, que tinham uma categoria dessa, não tinha o Core.
Então, foi isso, e eu, como
representante, eu comecei pequeno, vendedor. Porque a gente era vendedor, e
hoje a gente continua sendo vendedor representante, com as dificuldades, mas
hoje eu acho que não posso também falar, do tempo que eu comecei, e até pouco
tempo, a mudança que teve.
Eu peço para o senhores representantes
e senhoras representantes. A presença nossa é muito importante nos seus
clientes, porque hoje você está só digitando. Então, eu estou notando que está
perdendo.
Eu sou representante, porque têm
pessoas que me conhecem porque eu fiquei em uma empresa 39 anos. Chamam-me pelo
nome da empresa. Nem falam “Clemente”. Até vou falar o nome da empresa que eu
trabalhava. Protin. “Ô, Protin, vem cá!”. Mesmo agora.
Então, é isso aí. Eu quero que vocês...
É o presencial que é o importante, porque o comprador - a gente fala comprador
- tem que sentir a confiança em você. Então, é isso, meus amigos. Com noventa,
a minha pilha já está acabando.
Então, muito obrigado a vocês.
Não sei se eu servi de exemplo, mas
estamos aí.
Fiquem com Deus. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Agora chegou
o momento mais especial. Os representantes comerciais paulistas agradecem ao
Excelentíssimo Sr. Deputado Estadual Castello Branco, por seu envolvimento e
empenho na defesa de causas importantes para toda a sociedade civil e pela
categoria profissional, incluindo a celebração do Dia Estadual do Representante
Comercial, instituída a partir da sanção da Lei nº 17.407, em 15 de setembro de
2021, e comemorada anualmente em primeiro de outubro.
Convidamos os representantes, Sr. Fábio
Lofrano e Jorge Pieretti, para fazerem a entrega do diploma ao deputado
Castello Branco.
O
SR. FÁBIO LOFRANO - “Homenagem. Os
representantes comerciais paulistas agradecem ao Excelentíssimo Deputado
Estadual Castello Branco, pelo envolvimento e empenho na defesa das causas
importantes para toda a sociedade civil e por nossa categoria profissional, o
que inclui a celebração do Dia Estadual do Representante Comercial, instituído
a partir da sanção da Lei nº 17.407, em 15 de setembro de 2021, e comemorado
anualmente em primeiro de outubro.
São Paulo, 01.10.2022.”
Assinam os representantes comerciais do
estado de São Paulo, e tem uma frasezinha aqui para ele. “Há para todas as
coisas um tempo, determinado por Deus. Eclesiastes 3.”
* * *
- É entregue a homenagem.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Olha, eu queria
deixar registrada mais uma dessas maravilhosas coincidências do destino. O
número 17.407 é um número importante na minha vida.
Foi uma “coincidência”, que eu nunca
imaginei, e o dia 15 de setembro é o dia de nascimento do professor Henrique
José de Souza, que é um dos nossos principais baluartes aqui no mandato. E a
frase não poderia vir mais a calhar, viu? Para a gente resistir bem às
provações do tempo.
Eu queria aproveitar a oportunidade e
registrar a presença do Maurício e da Carmem, representantes comerciais, meus
amigos há quase 30 anos, que conviveram comigo na época em que eu fui educador.
Acabei pulando essa parte da minha história.
Muito obrigado, e com certeza esse
diploma vai ocupar um local de destaque na minha galeria.
Obrigado. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Entrega de
troféus e diplomas aos representantes comerciais. O Core-SP, por meio da
Resolução nº 3, de 2020, instituiu a honraria ao mérito em representação
comercial no estado de São Paulo, constituída pelos diplomas de honra e o
Troféu Representante Comercial Paulista.
Foram indicados e escolhidos, neste
exercício de 2022, na categoria profissionais com mais de 25 anos e 50 anos.
São, no total, 34 homenageados pelos anos de contribuição.
Dois deles confirmaram presença. Então,
chamo à frente o Sr. Alcides Emygdio, por 54 anos de registro no Core-SP.
Senhor Manuel Rodrigues de Freitas, por 53 anos de contribuição.
Presidente Sidney, por favor, acompanhe
os senhores na foto.
* * *
- São entregues as homenagens.
* * *
O
SR. MANUEL RODRIGUES DE FREITAS - Eu queria muito
agradecer a vocês, e a toda a sociedade de São Paulo que está aqui. Eu sou
pernambucano. Comecei, vim para cá com muita dificuldade e cinco filhos.
Nasceu mais um aqui, seis. Todos
trabalharam comigo, aí duas filhas saíram porque foram tomar conta das filhas
do casamento delas, e meus quatro filhos continuam comigo. Está ali o Arlindo,
que hoje praticamente administra toda a empresa sozinho.
Muita dificuldade. Eu vi pessoas falando
aqui sobre venda. Eu só queria falar uma coisa para vocês. Às vezes, o
representante, a gente pega marca de produtos de boa qualidade, mas os preços
são diferentes. Então, você tem, às vezes, dificuldade. Eu vou mostrar para
vocês uma coisa que aconteceu comigo.
Eu vendia, e até hoje vendo, moto
esmeril. E um dia eu cheguei em um cliente, o De Meo, na Florêncio de Abreu,
quase todo mundo conhece. Os vendedores falaram comigo: “Sr. Freitas - porque
todos me conhecem como Freitas - nós não podemos comprar o seu moto esmeril
porque ele é o mais caro que tem”. Isso o vendedor falando comigo.
Eu falei: “espera um pouquinho. Você
vive de salário ou de comissão?” Ele disse: “as duas coisas. Eu tenho um pouco
de salário e um pouco de comissão”. Eu falei: “pois é, você vende um moto
esmeril - naquela época - por 10 reais, e vende o meu por quinze. Qual é o
percentual maior de comissão que você vai ter?”
Ele disse: “poxa, eu nunca parei para
pensar nisso”. Aí ele mesmo induziu a empresa a comprar quase só moto esmeril
Ferrari, que é a minha marca. Então, gente, a gente trabalhava com muitas
coisas diferentes.
Eu tenho um orgulho muito grande da
minha família. Eu me emociono muito de falar, e nós viemos de uma família muito
pobre, uma pobreza incrível, incrível. Vocês nem sabem a dor que eu tive.
Quando eu cheguei aqui, com cinco
filhos, eu não tinha nem uma mala. Minhas roupas vieram em dois sacos de
farinha de trigo, porque eu não tinha mala.
Hoje, minha família está toda
estabilizada, com a profissão de representante, que eu acho que, não
desrespeitando as outras profissões, mas é uma das mais lindas da história da
humanidade, porque nós somos respeitados pelas empresas, somos respeitados
pelos clientes e pela família também. Teve gente aqui que falou da família, a
família é a melhor base de tudo.
Porque, por exemplo, meus filhos, todos
eles se formaram. Consegui formar todos os meus filhos, mas nenhum quis sair do
meu escritório. Tá vendo? Então, é o maior presente da minha vida, meus filhos.
Acho que hoje, com a tecnologia de hoje, eu não tenho condições de administrar
meu escritório e as empresas, porque nós estamos representando nove empresas.
Eu tenho empresa comigo há 52 anos já.
Então, meus filhos hoje que administram
tudo. Agora, eu não sou inútil. Sabe por quê? A minha vida profissional, e a
prática que eu tive nesses 53 anos de carreira, ela ainda está aqui. Então,
toda dificuldade que têm para as empresas... eu participo das empresas.
Um dia eu fui em uma convenção. Quando
chegou lá, o diretor da empresa falou assim: “Sr. Freitas, depois eu quero
falar com o senhor”. Eu disse: “tá bom”. Aí nós entramos na fila do café.
Daqui a pouco, quando eu cheguei na
fila do café, tinham uns 15 representantes, do Brasil inteiro. Eu disse: “o que
houve?”. Ele disse: “é que todo mundo já escutou falar do seu nome, Freitas,
todo mundo quer conhecer o senhor”.
Então, gente, respeitar, não importa a
profissão que for, principalmente, o ser humano. A gente tem que ter muito
cuidado, e respeitar as pessoas, e ter muito privilégio. O privilégio que nós
criamos, que nós produzimos, para transferir para as nossas famílias e para os
nossos profissionais.
Eu vou terminar com uma mensagenzinha
que eu vi em um livro, porque eu leio muito, que falou que nós vivemos a
primeira, a segunda e a terceira idade. Eu estou na terceira idade.
Eu já estou com 85 anos. Quando você
está na terceira idade, você vive e escuta o que você produziu na primeira e na
segunda. Estou dizendo isso principalmente para quem é mais jovem, para preparar
a terceira idade de vocês, porque o maior presente na nossa vida é eu estar
aqui, com 85 anos, ativo. Eu estar aqui junto com vocês é o maior presente da
minha história.
Muito obrigado.
Que Deus abençoe todos vocês.
Obrigado.
O
SR. ALCIDES EMYGDIO - Pessoal, eu tenho
orgulho de ser representante comercial há muito tempo, e vou chamar o meu
filho, que é um dos meus sucessores, que está aqui para falar em meu nome. É o
Sr. Luciano Eduardo. Esse é um grande sucessor, viu?
O
SR. LUCIANO EDUARDO - Aqui está um grande
professor que eu tive durante toda a minha vida. É um legado de mais de 30 anos
de sucessão, em que eu aprendi com ele muitos valores, muito conhecimento, que
eu continuo colocando em prática.
Graças a Deus, está sendo uma jornada
de muito sucesso. Tenho muito a agradecer a este mentor, professor, pai, e é um
orgulho poder estar aqui com ele, compartilhando este momento nesta noite de
comemoração.
Parabéns, pai. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Seguindo
com a lista de homenagens da noite, não puderam estar presentes os senhores:
Ademar Trevisan; Alberto Fernandes Martins; Hans (Inaudível.); José Basilio de
Souza; Nelson Rabuske; Samuel Gregorn; Alcides Emides... Alcides Emides está.
Carlos Pereira Molina; Carlos Roberto Peloto; Sírio Marino Moroto; Domingos
Della Monica; Donato Umehara; Edson Bernal; Hélio Caruso. Ezio Norio Sodeyama;
Flavio José de Toledo. José da Silva Afonso; Leonildo Borachini; Marcelino dos
Anjos Cordeiro; Miguel Cedera Pardo; Nelson Schnem; Henrique da Costa; Nelson
Stradiotto; Olivio Del Bel; Renato Soller; Sergio Benacchio; Takuro Yoshida;
Valdir Pereira de Oliveira; Centro Sul Representações; Parabor Indústria e
Comércio de Produtos; Rema Comércio e Representações.
Todos os homenageados receberão suas
honrarias em dia e hora posteriormente marcados, na sede do Core-SP,
respeitando todos os protocolos.
Próxima palestra. Em homenagem a todos
os representantes comerciais do estado de São Paulo, apresentamos agora a
segunda palestra da noite, “Improviso e criatividade”, proferida pelo
palestrante Marcio Ballas. Marcio Ballas viveu por três anos em Paris, onde
estudou na École Internationale de Théâtre Jacques Lecoq.
Apresentou-se com os Palhaços sem
Fronteiras numa expedição para Madagascar e outra em campos de refugiados
durante a guerra de Kosovo. Formou-se no Institut du Clown Relationnel, na
Bélgica, com Christian Moffarts.
No Brasil, foi integrante, durante
quatro anos, do Doutores da Alegria. É um dos diretores e criadores, com César
Gouvêa, do “Jogando no Quintal”, de 2002, o espetáculo de improviso em cartaz
mais antigo do Brasil, já visto por mais de 500 mil pessoas.
Participou de festivais de improviso na
Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Peru e Uruguai. No campeonato internacional
de Bogotá, sagrou-se campeão mundial representando a seleção brasileira.
É diretor e ator do “Caleidoscópio”, um
dos primeiros espetáculos long form de improviso no Brasil. Foi diretor
improvisacional do espetáculo “Improvável”, da Companhia Barbixas de Humor,
onde também atua como mestre de cerimônias e jogador convidado.
Foi apresentador do programa “É tudo
improviso”, na Rede Bandeirantes, em reapresentação no Canal TBS. Foi
apresentador do programa “Cante se puder”, no SBT, com a Patrícia Abravanel.
Participou do programa “Os incríveis”, no canal National Geographic. Apresentador
do programa “Esse artista sou eu”, no SBT. Apresentador do programa “Americans
Video Brazil”, no Canal TBS.
Está em cartaz há três anos no
Comedians Club dirigindo e atuando no espetáculo “Noite de improviso”. Diretor
artístico e professor da Casa do Humor, espaço de cursos de improviso, palhaços
e stand up. Seja bem-vindo, Marcio Ballas. (Palmas.)
O
SR. MARCIO BALLAS - Obrigada. Boa noite,
boa noite, boa noite.
TODOS
- Boa noite.
O
SR. MARCIO BALLAS - Muito prazer. Para
quem não me conhece, eu sou o Marcio Ballas. Para quem me conhece, eu sou o
Marcio Ballas também, né? É um prazer estar aqui, agradeço o convite.
Eu não sei se algum de vocês já me
assistiu fazer um programa na Band que se chamava “É tudo improviso”. Era um
programa que durou uns dois, três anos. Depois, eu fui para o SBT e fiz um
outro programa, com a Patrícia Abravanel, filha do Silvio Santos. Depois, fiz
alguns outros programas de TV e tal.
Uma coisa que começou a acontecer...
Depois, quando eu voltei aos teatros, eu voltei a me apresentar depois da
televisão. O que acabou acontecendo é que, normalmente, assim, quando eu entro
e chego nos palcos, a plateia levanta, bate palmas, grita, faz barulho, o que
não aconteceu hoje aqui, né? Então, eu queria pedir um favor para vocês, para a
gente começar, assim, um pouco mais lá em cima.
Eu queria, assim, sair - e eu vou me
apresentar - e eu queria que, quando eu voltasse, vocês fingissem estar muito
felizes com a minha presença. Posso pedir esse favor para vocês?
Aí, batam palmas, aplaudam, gritem umas
coisas. Como é que é seu nome? Você. Vinicius, você pode gritar um
“Maravilhoso”? Pode ser? Dá? Não tem problema. Posso pedir um favor? Você, como
é que é o seu nome? Adriano, você pode gritar “Supimpa”, que é uma coisa que
falavam antigamente? Pode ser? Fechou.
Então, vamos voltar. Finjam que nada
disso aconteceu e a gente recomeça. Senhoras e senhores, com vocês, o incrível,
inenarrável, inexorável, imprestável Marcio Ballas.
* * *
- É feita a apresentação.
* * *
Agora, uma perguntinha, para entrar no
nosso assunto aqui: quem de vocês aqui acha que é criativo? Quem acha que é
criativo? É Gustavo, né? O Gustavo levantou a mão com tudo.
Ótimo, adorei; vai ser nosso exemplo de
hoje. Teve uma pessoa que levantou, ficou meio em dúvida, depois outra, mas não
sei... Então, é disso um pouco que eu quero falar hoje aqui para vocês.
Eu andei pesquisando esse assunto nos
últimos 20 anos e eu queria compartilhar um pouco do que eu andei aprendendo.
Eu quero começar pelo princípio, porque tudo sempre tem um princípio.
Então, eu quero mostrar para vocês: o
meu princípio é aquele ali. Eu sou, para quem não reconheceu, aquele que nadou,
nadou, nadou. Em 1971, eu vim para este mundo. Eu sou de São Paulo, eu fiz
ESPM, que é uma faculdade de propaganda e marketing, e, dos 17 aos 27 anos, eu
trabalhei na papelaria do meu pai.
As pessoas acham que eu sou artista
desde pequeno e tal; não. Eu comecei a fazer teatro bem tarde mesmo, porque,
quando eu tinha 17 anos, o meu pai faleceu subitamente. Foi de uma hora para a
outra, então, eu tive que começar a trabalhar na papelaria dele com dezessete.
Assim foi durante dez anos, até que eu
resolvi mudar de carreira, porque, nestes anos todos, eu costumo dizer que eu
era uma pessoa normal. Eu tinha um salário normal, um horário normal, uma
rotina normal. Eu era todo normal, até que eu decidi que eu queria ser palhaço.
É, profissional, de verdade. Eu queria trabalhar com isso.
Na época, a minha mãe ficou
desesperada. Ela não achou graça nenhuma, mas eu queria tentar fazer isso. Como
todas as profissões, palhaço é uma profissão em que você tem que estudar
também, e eu acabei indo atrás de escolas. Eu acabei achando uma escola fora do
Brasil, na França, onde eu fiquei três anos em Paris, estudando para ser
palhaço.
Lá, eu tinha que me virar. Eu não tinha
grana, então eu cuidava de um menininho de quatro, cinco anos; fazia mudança;
trabalhava de garçom; fazia shows na rua, passando o chapéu para angariar
dinheiro, fundos e tal.
Lá na França, eu recebi o convite para
a apresentação mais difícil que eu já tive na minha vida: eu fui convidado para
trabalhar junto com os Palhaços sem Fronteiras. Vocês já devem ter ouvido
falar.
Sabem os Médicos sem Fronteiras,
Repórteres sem Fronteiras? Existem também os Palhaços sem Fronteiras, que fazem
expedições para lugares em guerra, lugares em conflito.
Então, quando eu recebi o convite da
associação para participar dessa viagem com eles, imediatamente eu disse “Sim”
e fiquei muito feliz, muito, muito feliz. Eu me lembro de que eu desliguei o
telefone e fiz: “Yes, vou viajar. Yes, que legal, que legal, que legal”.
À medida que a adrenalina foi baixando,
assim, eu comecei a sair desse estado de felicidade. Começou a bater uma
apreensão e eu me vi, pela primeira vez, com medo de me apresentar.
Eu tinha sido convidado para me
apresentar durante a guerra do Kosovo. Para quem é mais velho - que nem eu, do
outro século -, talvez se lembre: em 99, rolou a guerra do Kosovo e, por conta
dessa guerra, formaram-se campos de refugiados. A gente ia fazer espetáculo no
meio da guerra, no meio desses campos de refugiados.
Foi a primeira vez na minha carreira
que me veio a seguinte pergunta: será que é possível criar em qualquer
lugar? Será que dá para fazer espetáculo
no meio da guerra?
Foram três semanas com essas minhocas
na cabeça, até que chegou o dia da partida. Então, a gente pegou um avião;
fomos para a Albânia, fronteira com o Kosovo. Chegamos lá, deixamos as coisas
na sede e fomos fazer o primeiro espetáculo.
Eu me lembro de eu sentadinho na van,
indo em direção ao primeiro espetáculo. A gente passou por uma estrada sinuosa.
No caminho, a gente via postos de controle, casas totalmente destruídas e em
escombros, tanques de guerra, até que a gente chegou no primeiro lugar.
Assim que a gente chegou nesse primeiro
campo, o nosso chefe - a gente tinha um chefe - falou: “Cada um vai ter uma
hora para se aprontar”, e a gente marcou um ponto de encontro.
Nesse momento, eu achei um cantinho lá,
onde não tinha ninguém, e fui fazer a primeira coisa que a gente tem que fazer
quando a gente quer entrar em um estado criativo, quando a gente quer estar lá
para valer, que é conectar com a gente.
Então, eu fui para o meu cantinho, fiz
minhas respirações. Eu estava muito nervoso, né? Olhar para o corpo, perceber -
coração batia forte, mãos suadas. Eu estava tenso, tenso, tenso mesmo.
Então, eu fiz meu alongamento, fiz meu
aquecimento, coloquei minha maquiagem, o meu figurino, chapéu, nariz vermelho
e, uma hora depois, eu estava pronto.
Fui encontrar com os meus parceiros.
Assim que eu cheguei, já estava quase todo mundo lá e, aí, o nosso coordenador
pediu para a gente fazer uma roda, darmos as mãos e ficarmos em silêncio,
olhando uns para os outros, porque, quando a gente quer criar junto, a gente
tem que conectar com o outro, seja o outro nosso parceiro, nosso colega, nosso
companheiro.
A gente tem que estar junto, então a
gente precisa se conectar.
Então
a gente ficou de mãos dadas, ficamos olhando uns para os outros, olho no olho.
Fizemos então o nosso grito de guerra e fomos fazer o espetáculo. Será que eles
vão entender? Será que eles vão gostar?
Lá
eles falavam em outra língua, eles falavam albanês, uma língua diferente de
qualquer língua que eu sabia falar. E lá fomos nós fazer o espetáculo.
Então
o espetáculo começou. No início, logo no início, a gente fazia o aquecimento da
plateia.
A
gente ia para as crianças pequenas, nesse tête-à-tête, encontrar eles um a um,
para depois começar os números do espetáculo. Então, neste outro slide, vocês
veem as plateias, muito grandes. Este de vermelho sou eu. Eram plateias de
1.200, 1.300 pessoas. À esquerda o trapézio, o Jaime, trapezista, voando pelos
ares. Depois disso a gente fazia um número de mágica e fazia um número de
malabares.
Na
sequência, a gente vê a cara das crianças, e desta foto eu gosto muito porque
não é só que elas estão rindo, elas estão lá prestando atenção, conectadas
naquele espetáculo, naquele instante, esquecendo um pouco aquela dura realidade
que estavam vivendo lá.
Do
outro lado, na outra foto, você vê uma coisa que eu também nunca tinha tido
contato que é pessoas com metralhadoras durante o espetáculo, trazendo uma
tensão a mais para aquele momento.
Até
que terminou esse dia, esse primeiro espetáculo. Assim que acabou, eu lembro da
plateia bater palma, assobiar, gritar umas palavras que eu nem entendi o que
estavam falando, mas neste instante eu percebi que, sim, é possível criar em
qualquer lugar, desde que a gente tenha alguns pré-requisitos por trás dessa
criação. E é isso que eu quero contar na segunda parte para vocês.
Para
terminar a minha história, a gente fazia uma distribuição de narizes vermelhos.
A gente deixava um nariz vermelho com cada um, tanto com as crianças quanto os
adultos, porque era uma maneira de o espetáculo durar mais tempo e era uma
maneira de a gente ficar lá mesmo depois de a gente ter ido embora.
Bom,
terminei esse período de três anos na França, voltei ao Brasil e tinha que
tentar trabalhar como palhaço aqui. Eu acabei indo atrás de grupos que
trabalhavam com palhaços, passei em uma seleção e comecei a trabalhar como
palhaço em hospital, nos Doutores da Alegria, que trabalham com palhaços em
hospital. Vocês já ouviram falar ou conhecem? Levante a mão quem já ouviu falar.
Legal.
Então
eu fiquei muito feliz. Foi o meu primeiro trabalho como palhaço. Eu podia
contar para a minha mãe. Os Doutores são uma associação. Não é um trabalho
voluntário, é um trabalho profissional, remunerado, então você tem um salário
para trabalhar toda semana no hospital. Então eu fiquei muito feliz, porque foi
o meu primeiro salário da vida nesse novo campo artístico.
Então
foram dois meses de treinamento até que chegou o dia da minha primeira visita
ao hospital. Eu lembro de estar acordando de manhã, acordando mais cedo, que
nem o Gustavo no dia do aniversário, que acorda mais cedo, nem precisa esperar
o despertador. Ele fez “É verdade”. E lá fui eu feliz para o meu primeiro dia
de trabalho. Então eu lembro de estar sentadinho indo para estação Jabaquara,
que é a última do metrô, para quem conhece o metrô da Linha Azul.
À
medida que as estações foram passando, passando, e eu feliz, feliz, feliz... De
novo, eu me vi com essa sensação meio estranha, e de novo eu me vi com medo. E
me voltou aquela mesma pergunta lá de trás: será que é possível criar em
qualquer lugar? Será que dá para fazer interação, graça, humor no meio do
hospital, um lugar cinza, duro, tenso?
Quem
tem filho sabe. Eu tenho três filhos, e o pior lugar do mundo que você quer
levar o seu filho é o hospital. Mesmo que seja uma coisa simples, a gente não
quer estar lá. Então, mais uma vez, de novo, eu me vi com medo.
Bom,
cheguei lá e fui recebido pelo meu chefe. Ele falou: “Olha, Ballas, esta é a
salinha dos médicos, é aqui que a gente se troca. Você vai ali naquele canto,
eu te espero aqui”.
Ele
me deu um jaleco branco, desses de médico, e falou: “Em 40 minutos, eu quero
você pronto aqui”. Mais uma vez fui lá eu para o meu cantinho fazer minhas
respirações, minha meditação, aquecimento, alongamento, maquiagem, figurino,
jaleco branco. Quarenta minutos depois, eu estava pronto.
Quando
eu estava pronto, fui encontrar com ele. Ele já estava totalmente paramentado,
me estendeu a mão e falou: “Doutor João Grandão - sou eu - seja bem-vindo.
Lembre-se de que nós estamos juntos, e a partir de agora você também é médico,
um médico besteirologista. E lá fomos nós para o trabalho.
No
hospital, você trabalha com todo mundo, com o médico, a enfermeira, a
nutricionista, o rapaz da limpeza. As crianças estão passando no corredor, como
esse menininho - a gente estava ali e cruzamos com ele, fizemos uma interação.
Então foi um dia superlegal, supercheio de coisas.
Curiosamente,
o quarto de que eu mais me lembro foi logo o segundo quarto, porque foi o mais
difícil. Nesse quarto, assim que a gente abriu a porta e olhou para dentro, o
menino que estava deitado na cama era mais velho, adolescente, sabe?
Quatorze,
quinze anos. Então, assim que viu a gente, ele se deitou, se cobriu. A mãe atrás
fez “Não, obrigada. Obrigada, não precisa. Obrigada”. E a gente entendeu, ele
disse “não”.
O
palhaço joga com aquilo que lhe acontece, o improvisador joga com aquilo que
acontece. Imagino que é como vocês, representantes. Vocês têm que jogar com
aquele cliente, com aquele momento, com aquela pessoa, com aquela situação,
porque não dá para prever e tem que atuar frente aquilo que acontece.
Então,
quando ele disse esse “não”, a gente foi indo embora, não sem antes falar “tchau”
para ele, de várias maneiras. Então a gente abria a porta, fazia “tchau” e
saía. Abria a porta, fazia “tchau, tchau, tchau”, e saía. Abria a porta, fazia
“tchau, tchau, tchau, tchau” e saía.
O
último “tchau” que a gente deu foi em câmera lenta: “Tchau”, e o menino riu.
Yes, ele riu. A gente foi embora com aquela sensação de missão cumprida.
Transformamos aquele instante.
Quando
a gente estava entrando no próximo quarto, alguém chama a gente. Era a mãe do
menino, e ela vem até perto da gente e começa a chorar. Ela conta para gente que
o menino estava internado há dois dias.
Há
dois dias ele maltratava os médicos, as enfermeiras, nem com os irmãos ele
estava falando, mas, depois de dois dias, ela tinha visto o filho dela sorrir.
Então ela abraçava a gente e chorava, ria; abraçava e chorava, ria.
A
gente pegou um copinho de plástico e ficou recolhendo as lágrimas dela. Estava
com falta de água naquela época em São Paulo. Fizemos então um brinde de
lágrimas e seguimos o nosso trabalho.
Mais
uma vez, gente, nesse dia eu entendi que, sim, é possível criar em qualquer
lugar, desde que a gente tenha uns pré-requisitos por trás desse trabalho, e é
isso que eu quero falar agora na segunda parte final da minha fala. Que
pré-requisitos são esses que podem servir para vocês no dia a dia de vocês
representantes no dia a dia de vocês na vida, etc. e tal.
Bom,
na sequência, acabei fazendo televisão, como eu falei para vocês. Fui para o
SBT, para a Band TV, internet, YouTube, etc. e tal. Uns anos atrás me
convidaram para fazer um Ted Talk, aquelas falas de 15 minutos, e foi isso que
me obrigou a pensar no que era a essência do meu trabalho, que poderia servir
para qualquer pessoa, não só alguém que quer fazer teatro ou palhaço, qualquer
pessoa em qualquer trabalho.
O
que é que tem por trás do nosso mundo artístico? As pessoas, quando acaba o
espetáculo, dizem: “Ballas, parabéns, você tem o dom, não é mesmo?”. Eu falo:
“Não”. Quando eu comecei, lá atrás, eu era iniciante, eu era ruim, e a gente
vai melhorando, vai aprendendo e vai ficando melhor, não é? Vocês sabem muito
bem disso. Com o tempo, a gente vai ficando melhor.
Está
aí o Vandi, que está começando. Vai ficando, vai melhorando, vai trabalhando. A
Nerina já pode dar aulas de representante de representantes. Enfim, então eu
fiquei pensando qual é, e cheguei à conclusão de que tem um elemento que a
gente trabalha no palhaço e no improviso que não pode faltar em ninguém que
quer ter uma cabeça criativa, um mindset criativo, um olhar criativo, que é o
que a gente chama de “sim”, o “sim”. Ai, gente, vocês estão ótimos. Vou falar
de novo: o “sim”. Sensacional. Vinícius, você está ótimo.
O
“sim” é nosso elemento central, o “sim” é nosso mestre Yoda, o “sim” é nosso
senhor Miyagi, para quem é da época do Karatê Kid. Conhecem? O “sim” é o nosso
elemento central, e eu queria explicar um pouco para vocês o que é esse tal de
“sim” que a gente trabalha. Eu gosto de começar falando pelo inverso, que é
falando do “não”. Para explicar o “sim”, a gente fala do “não”, porque o “não”
é mais fácil de visualizar.
Todo
mundo tem no seu time, na sua equipe, no seu entorno, na sua família uma pessoa
que é aquela pessoa que eu chamo de “pessoa não”, o “mister no”. Sabe aquela
pessoa que qualquer coisa que você fala que é um pouco diferente para ela,
qualquer novidadezinha, ela fala: “Não, acho que não”?
E
se a gente fizer tal coisa? “Não, prefiro não”. E se a gente fosse comer numa
pizzaria diferente? “Não, vamos sempre na mesma pizzaria”. E se a gente fizesse
uma reunião? “Não, é melhor fazer sempre do mesmo jeito”.
Localizam
alguém assim na vida de vocês? “Vários”, alguém falou. Sempre tem alguém assim.
Se não tem, cuidado, porque pode ser você essa pessoa. Muitas vezes esse “não”
mora na nossa cabeça.
E
por que isso acontece? Porque a gente muitas vezes tem medo do novo, tem medo
do desconhecido, tem medo do que vai acontecer, então a gente quer sempre fazer
do mesmo jeito.
Só
que, se a gente quer começar a pensar um pouco de um jeito diferente, atuar um
pouco de um jeito diferente, como um pouco do exemplo que a gente viu na nossa
palestra anterior, que a gente começar a entender as diferenças. Olha como o
representante trabalhava muitos anos atrás e olha como ele trabalha hoje. É
muito diferente, e vai mudar e cada vez mais.
Então,
para isso, a gente precisa mudar um pouquinho a nossa cabeça e se abrir. Se
abrir quer dizer a gente olhar para outros mercados e ver como fazem; olhar
para outros tipos de representantes, de outros lugares, para ver como eles
trabalham; ver como a moçada jovem faz e associar isso com a coisa que vocês
sabem fazer, porque vocês têm experiência; e assim criar de um outro jeito.
Então,
para fechar a minha fala sobre o “sim”, basicamente tem três “sins” que a gente
trabalha, e eu queria deixar com vocês, para vocês matutarem e levarem para o
dia a dia de vocês, começando pelo primeiro, que é o que a gente chama de
“dizer sim para mim”.
A
primeira coisa importante que a gente precisa entender quando fala de
criatividade é que a gente cria a partir da gente, e cada um é de um jeito. Um
é melhor com finanças, o outro é melhor com gente, o outro é melhor para fazer
tal coisa, e o outro é melhor no crochê.
Cada
um é de um jeito, e a gente tem que aceitar que a gente é do nosso jeito e a
gente vai ter o nosso jeito para criar também. Quando a gente quiser estar
nesse estado criativo... O que é estar nesse estado criativo? Você vai precisar
apresentar alguma coisa importante.
De
repente você vai a uma reunião em que é você que tem que mostrar um produto
para clientes muito importantes, ou você é representante de uma empresa e a
diretoria quer falar com você, quer que você se apresente. É importante você
conectar com você antes de você entrar ali em cena.
E
o que é conectar com você? É você tomar alguns minutinhos para você. Antes de
entrar em cena no teatro, a gente faz uma preparação para a gente se preparar
para entrar no teatro.
Lembram
que eu falei dos Palhaços sem Fronteiras? A gente não chegava ao campo de
refugiados e saía apresentando. Tinha esse momento em que eu vou para o meu
cantinho, respiro.
Então
isto é muito importante: quando vocês quiserem entrar nesse estado criativo,
tomem um tempo para vocês. Façam três respirações profundas, fechem o olho,
deem uma alongada, façam o seu axé.
Cada
um ache o seu ritual para fazer, porque cada um vai achar o seu jeito, mas
conecte com você em primeiro lugar. Então isso é o que a gente chama de “dizer
sim para você”, “dizer sim para mim”.
Legal?
Para
a gente fazer deste capítulo um exemplo, eu queria saber se eu posso contar com
um voluntário ou uma voluntária que tope... Olha, eu adoro as crianças. Pode
ser? Vamos experimentar fazer com crianças, vocês topam? Sim? Então vem para
cá. Uma salva de palmas para o nosso super volunteer. (Palmas.) Sensacional.
* * *
- É feita a apresentação.
* * *
O
SR. MARCIO BALLAS - Senhoras e senhores,
uma salva de palmas para o Gustavo. (Palmas.) Sensacional, sensacional. Olha os
pais orgulhosos. Muito bom.
Vocês viram que quando a gente vai para
o “sim”, a cena acontece entre dois? O que é o “sim” nessa cena? Ele foi
dizendo “sim” para as minhas propostas. Eu tinha que dizer “sim” para a
proposta dele. Vocês tiveram que dizer “sim” e a gente, juntos, fez uma cena acontecer.
Outro “sim” que é muito importante e
que aconteceu é que as crianças são melhores que a gente. Lembra que eu falei:
“Quem é voluntário aqui?” “Eu!” Ele nem sabia o que era, mas ele se dispôs a
participar sem saber o que era.
Tem um risco aí? Tem um risco aí, é
óbvio que tem, mas quanto mais a gente se coloca, se joga, experimenta, maior a
possibilidade de a gente criar algo novo e algo diferente.
Bom, para a gente ir para o nosso
segundo, penúltimo ponto e se despedir, o segundo “sim” com que a gente
trabalha é o “sim para o momento”, o “sim para o instante”, estar no momento
presente, no aqui e agora. É muito importante, quando a gente quer estar
naquele instante, como ele estava aqui comigo, a gente conectar.
Isso parece simples, porque a gente
fala: “Eu sempre estou no momento”. Não, porque a gente é capaz de estar em
muitos lugares da nossa cabeça ao mesmo tempo, viajando e pensando em outras
coisas. Exatamente.
Quem às vezes já não esteve em um papo,
alguém te contando um problema importante e falando “Ai, poxa...” E você
pensando: “Nossa, preciso pagar o boleto; nossa, preciso passar naquele
cliente; nossa, preciso levar o Gustavo para a escola”. “Ah, é verdade,
difícil, né?”
Porque a gente, adulto, consegue fazer
isso. Só que quando a gente quer estar lá, totalmente presente, a gente tem que
estar no momento. Estar no momento é estar ali onde a gente está, olhando,
escutando com os olhos, percebendo o que está acontecendo.
Então, para dar um exemplozinho do
“sim”, eu queria mostrar um trechinho bem curtinho de uma cena do hospital para
vocês darem uma olhadinha.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Muito bom, né? Vocês veem que a gente
vai jogando com ela. Ela não é tão pequena que foi entrando logo na brincadeira
de que a gente era médico.
Então, à medida que a gente vai
jogando, vai percebendo o que vai vindo e jogando junto, que é um pouco o que o
representante faz quando está na frente do cliente.
Ele propõe alguma coisa, vê qual é a
ressalva, propõe algo diferente, vê qual é a objeção. Ele tem que estar lá
olhando para o outro, percebendo o outro naquele momento para fazer aquela
conexão acontecer. Legal?
A gente termina com o terceiro e último
ponto, que é o “sim para o outro”. Então a gente tem o “sim para mim”, que é o
conectar comigo, conectar com o momento, para, depois, conectar com o outro. Aí
a gente entra nessa cocriação, que eu chamo, de a gente criar juntos.
A cocriação é feita por várias pessoas.
Quando eu falo em cocriação, é entender que cada um de nós vem de uma história,
de uma experiência, de uma visão, de uma cidade, de Potirendaba... Potirendaba!
Cada um vem de um lugar.
Quando a gente junta com outra pessoa
que vem de outra história, outra vivência, isso aumenta a nossa capacidade
criativa. A gente fica mais criativo quando a gente se junta com o outro.
Então, isso, às vezes, é o que se chama de trabalho em equipe.
Agora, para ser um trabalho em equipe
mesmo, de verdade, cocriador, não adianta só estar junto. Precisa entender que
cada um é protagonista. Não é você que tem que matar no peito e fazer a coisa
acontecer, ao mesmo tempo você está junto com o outro. O objetivo é comum. A
responsabilidade é compartilhada, mas o objetivo tem que ser o mesmo desse time
que está junto.
Por quê? Porque se der alguma coisa
errada, não adianta falar: “Não, eu fiz a minha parte”. “Não, eu fiz.” “Não, eu
fiz o meu.” Não serve. A gente tem que entender que é um espírito de grupo, de
time, de verdade. No improviso, a gente trabalha sempre assim.
Então, nunca tem “a minha cena foi
boa”. É sempre “a nossa cena foi ótima”. “Hum, aquela nossa cena não
funcionou.” É sempre “a nossa”. Quando dá errado, a gente, juntos, tenta
consertar e criar.
Então, é por isso que eu digo que, em
um trabalho de cocriação, tem que estar todo mundo envolvido e junto. Saber que
a gente é diferente. A gente tem que aceitar que o outro é diferente da gente e
isso é bom para o processo criativo.
É bom ter pessoas diferentes no mesmo
time, no mesmo grupo, porque pessoas diferentes vão vir com ideias diferentes,
com inputs diferentes, com insights diferentes e aí a capacidade de a gente
processar é maior e a possibilidade de sair algo novo é melhor mesmo. Está bom?
Então, no “sim para o outro”, eu queria
terminar fazendo uma cocriação, pedindo para vocês alguns inputs para eu
devolver para vocês.
* * *
- É feita a apresentação.
* * *
O
SR. MARCIO BALLAS - Quem for de São
Paulo, aproveitando, eu estou no teatro. Então quem quiser vá no meu Instagram
@marcioballas e me mande uma mensagenzinha. Eu vou mandar até um cupom de 50%
de desconto porque o Core é parceiro e vocês também ou peçam para a Manu ou
para o pessoal ou me mandem lá.
Às terças-feiras, à noite, quem quiser
vir assistir ao vivo no teatro. E de verdade, obrigado.
Muito obrigado.
Obrigado, pequeno Gustavo, pela
participação e uma salva de palmas para vocês.
Obrigado. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY -
Estamos quase chegando no fim, mas peço atenção de todos. O Core-SP realizou no
dia 12 de agosto de 2022 a eleição para o triênio 2022-2025.
Na ocasião, pela primeira vez na
história do conselho foram eleitas duas mulheres, que farão parte da diretoria
desta autarquia, reforçando a brilhante atuação da mulher na profissão e a
importância da participação delas nos processos de decisão do Core-SP.
Convido as Sras. Lucimare Ferreira
Vilarino e Karita Benitez para receberem uma singela lembrança, desejando as
boas-vindas neste conselho.
* * *
- São entregues as homenagens.
* * *
A
SRA. LUCIMARE FERREIRA VILARINO - (Inaudível.)
para compor o conselho do Core-SP.
Sei que esse é um papel muito difícil porque o Sr. Clemente é uma pessoa muito
ativa e eu jamais estarei no Core junto com os conselheiros no intuito de
ocupar o lugar do Sr. Clemente, porque ele realmente é insubstituível nesse
caso, mas eu estarei à disposição de todo o conselho, de todo o Core de São
Paulo e pela primeira vez como as primeiras mulheres a ocupar um cargo desse.
Então eu só tenho a agradecer. Tenho
muito o que aprender. Tenho já 18 anos no segmento comercial e há quatro anos
eu abri a minha representação comercial. E venho crescendo muito e venho
aprendendo muito também desde que eu me afiliei ao Core.
E é só gratidão e gratidão ao Sr.
Clemente. (Pausa.)
A
SRA. KARITA BENITEZ - Boa noite a todas e a
todos. Eu já sou representante há 30 anos. (Inaudível.), Seu Freitas, quando eu
comecei, o Arlindo ali. Sou representante de material de construção e também de
produtos sustentáveis. É um desafio muito grande para nós, mulheres.
Quando eu comecei nas recepções não
tinha mulher, presidente; só eram homens. Tivemos muitas barreiras, mas hoje
nós somos respeitadas e nós queremos que as mulheres e homens...
Porque, assim, o presidente marcou a
história em muitas situações no Core. Eu vim para cancelar a minha inscrição no
Core, de verdade - não sei se o senhor sabe disse.
E aí quando eu cheguei o Sr. Clemente
ali me chamou de lado e falou: “Menina, você não sabe o que está acontecendo
aqui”, e ele me falou das mudanças, e parte dessas mudanças é nós estarmos
aqui. “E nós queremos fazer história, nós queremos que o Core seja participado
por todas vocês”.
É o sonho dele que todos aqui participem,
porque ele abriu mão de muitas coisas e ele lutou muito para que a mulher
tivesse espaço no Core. É uma barreira que foi vencida e nós juntos, mulheres e
homens, temos que fortalecer nossa categoria. Ele já conseguiu muitas
conquistas; são muitas.
A gente tem que estar aqui comemorando
sim. Foram conquistas que outras direções que estiveram aí não lutaram e não
fizeram nada pela nossa categoria. Simplesmente estavam lá cumprindo as
exigências da lei, mas quando esse homem chegou ele veio para mudar e ele foi
reeleito. “Ganhou, não teve outra chapa”. É claro que não teve, porque a
categoria reconheceu o trabalho dele e ele merece uma salva de palmas.
(Palmas.)
Reconheceu o que o senhor fez por nós e
a gente sabe que essa direção... Eu quero que meus colegas que foram nessa
direção com ele levantem, porque todos deram a sua energia, o seu amor, a sua
participação para que ele fizesse essas conquistas.
A Manu esteve com ele em todos os
momentos. Foi para Brasília, andou Brasil afora para convencer as pessoas que
representante tem que ser reconhecido.
E nós temos duas leis que ele lutou
junto aqui com eles para que fossem conquistadas e são importantes para nós,
não é, Fábio?
São importantes, mas ele só vai
conseguir conquistas muito mais se tiver a participação de todos aqui, porque o
Core não é dele, não é nosso. O Core é de todos nós, não é, Manu?
E a gente fica triste. Às vezes tem
palestra, alguma situação no Core e que não tem a participação do
representante. E a gente só vai ser uma categoria forte, reconhecida e
respeitada, se nós dermos as nossas mãos e juntos participarmos com ele para
vencer cada obstáculo.
Porque ele abriu mão de tanto sonho, de
tantas coisas para estar aqui e ele merece que vocês fiquem de pé e reconheçam
a luta desse homem honesto, guerreiro. E tem brio, gente, podem acreditar. Ele
defende a categoria, ele vestiu a camisa da nossa categoria e junto com ele nós
vamos avançar muito mais.
Então muito obrigada, presidente, pela
oportunidade. Agradeço meus amigos também, porque se esses homens não falassem
“não” para as mulheres, nós, mulheres, não estaríamos aqui. Então vocês estão
de parabéns também por abrir oportunidade, para fazer história. Demorou 55
anos, Manu?
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY -
Um pouquinho mais, cinquenta e sete.
A
SRA. KARITA BENITEZ - Cinquenta e sete para
que o Core tivesse mulheres na diretoria. Olhe só, gente, quanto tempo. Então
que nós juntos, homens e mulheres, possamos lutar pela nossa categoria. Muito
obrigada. Parabéns a todos.
Muito obrigada, presidente. (Palmas.)
O
SR. SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ - Vou ser breve.
Quem esteve na Assembleia no evento que a gente fez logo nos meus primeiros
três anos, eu realizei um sonho. Eu comentei lá que eu gostaria que tivesse
numa próxima eleição pelo menos uma mulher na diretoria.
Então esse triênio está terminando,
encerrando-se, findando em 22 dezembro de 2022 e a partir daí vai iniciar um
novo triênio, compondo duas mulheres dentro da nossa diretoria. É uma visão
diferente; é uma visão mais centrada. O homem é um pouco mais disperso e a
mulher tem um outro olhar, uma outra visão.
E é com esse intuito que eu hoje na
última eleição convoquei-as para assumir essa breve mudança. A gente considera
que é um passo para, quem sabe amanhã, uma presidente estar sentada lá também.
Então são inovações, são mudanças, são leis que a gente tem que estar propensos
à alteração, atualização da nossa lei e grandes conquistas virão.
Muito obrigado.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY - Antes
do encerramento, alguns avisos
importantes. Primeiro, que esses materiais que estão nas mesas são de muita
informação.
Então levem para a casa a cartilha do
representante. Tem também aí sobre os programas de incentivos e o livro lei que
vai te orientar muito dentro da profissão.
Quando sairmos, ainda tem um café.
Então nós gostaríamos de que você ficasse mais um pouco lá fora e aproveitasse
esse café também.
E dentro do programa de incentivos do Core-SP
nós temos o programa de benefícios que concede descontos para os
representantes. Duas empresas credenciadas neste programa estão aqui hoje, que
é o Senhor Contábil e a Ravi Seguros.
As duas empresas que vocês conhecerão
um pouco lá fora trouxeram alguns brindes para serem sorteados aqui nesta
noite. Então nós temos uma mochila, temos um vinho, temos “bags”.
Então eu vou chamar aqui os
conselheiros para me ajudarem. Venham aqui, José Luiz, Fábio Calil, Maurício,
para a gente conseguir sortear rapidamente esses presentes.
Então primeiro de tudo vamos sortear os
do Senhor Contábil, que é uma contabilidade online para representantes
comerciais por R$ 68,00 ao mês e tem outras vantagens. Você tem que entrar em
contato com eles lá. O site é senhorcontabil.com.br. Gente, só um minutinho.
Antes disso, a gente não pode ter
dentro do ato solene o sorteio, então o deputado vai encerrar e a gente
continua o sorteio, está bom?
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Antes de
encerrar a sessão, gostaria de lembrar que a Rede de Comunicação Alesp tem uma
visualização de mais de 500 mil pessoas por semana e convidamos vocês a
conhecerem as nossas redes sociais: castellobrancosp e Rede de Comunicação
Alesp.
Esgotado o objeto da presente sessão
solene, a Presidência desta Mesa de trabalho parlamentar da Assembleia
Legislativa de São Paulo agradece a todas as autoridades presentes, ao público
presencial e virtual, à equipe do gabinete Castello Branco e a todos os servidores
e técnicos desta Casa Legislativa paulista que nos deram a honra de ficar até o
momento.
Minha gratidão.
Parabenizamos todos os representantes
comerciais do estado de São Paulo e assim declaro encerrada esta sessão solene
em homenagem ao Dia do Representante Comercial do Estado de São Paulo.
Deus abençoe o Core-SP.
Deus nos abençoe e Deus abençoe o
Brasil.
Boa noite.
* * *
- Encerra-se a sessão às 22 horas e 19
minutos.
* * *