6 DE OUTUBRO DE 2022
111ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Faz coro ao pronunciamento do deputado Carlos Giannazi.
5 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
8 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Endossa o pronunciamento do deputado Carlos
Giannazi. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 07/10, à
hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
a Sra. Janaina Paschoal.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Imediatamente dou por aberto o Pequeno
Expediente iniciando a leitura da lista dos oradores inscritos chamando à
tribuna o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada
Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Edson
Giriboni. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.)
Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, V. Exa. tem o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Cumprimentar
a todos os deputados e as deputadas aqui presentes, assessores, funcionários e
a todos que nos assistem pela Rede Alesp.
Cumprimentar
aqui o cabo Dorr e a cabo Bruna, em nome de quem cumprimento a nossa querida
Polícia Militar, trabalhando diariamente aqui pela nossa segurança, não só aqui
na Assembleia, mas em todo o estado de São Paulo.
Quero aqui
começar a minha fala de hoje, quinta-feira, dia 6 de outubro de 2022.
Infelizmente, no dia da eleição, no dia 2, nós perdemos aí um querido amigo, um
grande esportista brasileiro: Éder Jofre. O Éder Jofre foi o pugilista
tricampeão mundial de pesos-pena.
E há alguns
anos passados aí - se eu não me engano, em 2019, um pouco antes da pandemia -,
nós fizemos um evento aqui nesta Casa, onde nós entregamos ao Éder Jofre a
Colar de Honra ao Mérito Legislativo. Não só a ele foi entregue aquele dia, mas
ao querido amigo Carlos Alberto de Nóbrega.
O Éder Jofre
morreu no dia 2 de outubro, foi velado aqui na Assembleia Legislativa, e no dia
3 foi seu sepultamento. Eu participei do velório dele.
Então eu quero
mandar um abraço a todos os familiares do senhor Éder Jofre, e a todos os
amigos também, pela passagem desse grande esportista brasileiro, tricampeão
mundial dos pesos-penas. Foi vereador em São Paulo também, e deixou um grande
legado na sua história. Descanse em paz, Éder Jofre.
Também quero
falar de outro herói brasileiro, um herói da Segunda Guerra Mundial, o tenente
André Ragalzi, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial. Ele faleceu aos 100
anos de idade, em Campo Grande, lá no Mato Grosso. André Ragalzi era
ex-combatente da Segunda Guerra Mundial.
Nasceu em 30 de
novembro de 1921, em Aquidauana. Ingressou no Exército em 1944, no 1º Esquadrão
do 10º Regimento de Cavalaria de Bela Vista. Ele participou da guerra lá na
Itália, junto com o primeiro escalão da FEB. E lutou contra os nazistas até
retornar ao Brasil, vitorioso, em julho de 1945. Recebeu o título de
ex-combatente em 1967. E deixou viúva, 11 filhos, 20 netos e 24 bisnetos.
Então, a todos
os familiares do tenente André Ragalzi, os meus sentimentos. Eu sempre digo
aqui: os meus heróis não morreram de overdose. Os meus heróis são heróis de
verdade. Não são drogados que ficam se fazendo de falsos heróis, e têm um monte
de idiota que fica atrás. Os meus heróis são heróis de verdade.
Falando de
outro guerreiro, quero lamentar a morte do sargento Euclides. O sargento
Euclides foi, muitos anos, da Força Tática de Araraquara. Era muito querido na
região. E faleceu vítima de um infarto. Ele já estava aposentado. Era
subtenente aposentado. Estava pedalando no final de semana e teve um mal
súbito, e faleceu, morte súbita, vítima de um infarto.
O sargento, ou
melhor, o subtenente Euclides, foi muitos anos da Força Tática, um grande
patrulheiro, muito querido na região de Araraquara. Infelizmente nos deixou.
Quero deixar os meus sentimentos a toda a família do sargento Euclides, a todos
os policiais de Araraquara, e a todos os policiais de São Paulo.
Dizendo sempre,
Sra. Presidente, que nós, apesar de não termos sido eleitos para deputado
federal, continuaremos na nossa missão de deputado estadual até o dia 14 de
março, à disposição da população.
No dia 15 de
março será a assunção do novo mandato, do qual o meu filho, Capitão Telhada,
faz parte desse novo mandato. A quem eu desejo, mais uma vez, e a todos os
deputados, eleitos e reeleitos também, muito sucesso na missão. E dizendo que
agora estamos trabalhando forte na campanha para governador do estado, segundo
turno.
Nós
trabalharemos e, com certeza, teremos a vitória do nosso candidato, capitão
Tarcísio de Freitas, para o governo de São Paulo. E, para a Presidência do
Brasil, também continuaremos na batalha. Desde o início nós estivemos juntos,
acompanhando as motociatas e acompanhando os eventos do nosso presidente,
capitão Bolsonaro. Então nós acreditamos num Brasil melhor.
Trabalhamos, ao
longo desses dois mandatos, oito anos praticamente, fazendo plenário todos os
dias, com outros queridos deputados, diariamente, neste plenário, trabalhando,
procurando ajudar as pessoas. Mas o destino a Deus pertence. Não foi dessa vez
que nós fomos reeleitos. Deus sabe de todas as coisas.
Mas o
importante é que nós fizemos o nosso melhor. O sentimento de missão cumprida é
nosso. Tenham certeza que continuarei à disposição para todas as missões
futuras que vierem a aparecer.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Sigo com a lista dos oradores inscritos, chamando à
tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, venho
à tribuna, no dia de hoje, para continuar cobrando da Assembleia Legislativa, e
cobrando do governo estadual, o fim do confisco das aposentadorias e pensões. O
fim do roubo, do assalto que continua retirando a dignidade, a sobrevivência.
Continua
retirando o remédio, o tratamento médico, a possibilidade de uma sobrevivência
minimamente digna de milhares de aposentados e pensionistas em todo o estado de
São Paulo.
E como todos os
dias eu faço aqui na tribuna, eu quero colocar mais um aposentado, dando voz
aos aposentados aqui na tribuna da Assembleia
Legislativa. Hoje, eu quero ceder uma parte do meu tempo para o servidor
público do Tribunal de Justiça aposentado de Bananal, Estênio Mendes Filho, que
vai fazer a sua intervenção, o seu apelo aos deputados e ao governo estadual.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Nós que
agradecemos ao Estênio, que é servidor aposentado do Tribunal de Justiça da
cidade de Bananal; fazendo a sua intervenção, o seu apelo ao governador ainda
Rodrigo Garcia, que é o governador que ainda pode assinar um decreto,
protocolar um decreto, editar um decreto revogando o Decreto nº 65.021.
Ou a Assembleia Legislativa aprovar o nosso
PDL - que eu apresentei - o 22/20, prontíssimo para ser votado a qualquer
momento, inclusive, em Regime de Urgência e com 53 deputados assinando o
requerimento para que ele seja pautado. Então, a Assembleia Legislativa diz “sim” ao PDL 22, diz “sim”, nesse
momento, ao fim do confisco.
Agora, a
Presidência da Assembleia Legislativa
continua segurando o projeto e eu estou aqui perplexo porque a eleição já
terminou, vai ter o segundo turno, mas a Assembleia Legislativa continua vazia, continua não votando os
projetos para beneficiar a população do estado de São
Paulo.
Então, nós
temos que voltar e continuar o nosso trabalho. Eu não parei: eu estou
apresentando projetos; fiscalizando o Poder Executivo; acionando o Ministério
Público; acionando o Tribunal de Contas contra as várias irregularidades que
estavam acontecendo.
Nós temos casos
de corrupção, denúncias de pagamento de propina, de superfaturamento, de
improbidade administrativa dessa gestão do “tucanato” - que já chegou ao seu
fim, mas eles ficam até o dia 31 de janeiro na máquina do Estado.
Então, os deputados devem permanecer
trabalhando, cumprindo as suas funções, cumprindo o papel que lhes cabe - que é
de fiscalizar, de legislar e de representar os interesses e as necessidades da
população.
Então, uma das
nossas grandes prioridades - não só minha, mas eu sei que é de muitos deputados
- é, sem dúvida, o fim do confisco das aposentadorias e pensões que - como eu
disse, incialmente - está matando os aposentados, as aposentadas, os
pensionistas.
Está tirando a
dignidade humana de 600 mil pessoas, mais que 600 mil pessoas do estado de São
Paulo. Então, vamos
aprovar já o PDL 22 e derrubar o confisco das aposentadorias e pensões.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada, Sr.
Deputado. Queria fazer um comentário sobre a fala de Vossa Excelência: um dos
argumentos que o governador utilizou para não revogar o decreto que institui
esse desconto na aposentadoria daquelas pessoas que já estavam aposentadas,
algo que não foi aprovado aqui na Assembleia. Um dos argumentos era de que nós
estávamos em período eleitoral.
Na medida em que ele não está no
segundo turno, ele já não tem mais esse impedimento, porque o argumento dele é
que, se ele revogasse nesse período, seria como se ele estivesse dando um
benefício em período eleitoral, e isso poderia ter alguma repercussão na sua
própria eleição. Se o governador Rodrigo Garcia não está no segundo turno, esse
impedimento não existe mais. Então, ele já pode, sim, baixar esse decreto
revogando o anterior e cessando esses descontos, que são indevidos desde a
origem.
Aliás, já poderia ter feito. Como ele
também pode, já neste momento, revogar o decreto do antigo governador João
Doria que está obrigando as pessoas a se vacinarem no estado de São Paulo,
inclusive com as várias doses de reforço. Estou falando da vacina contra a
Covid. Porque depois pegam um trecho da fala da gente e colocam em outro
contexto.
Estou falando da vacina contra a Covid.
Ele já poderia revogar esse decreto, evitando que os estudantes da USP, da
Unicamp e da Unesp sejam privados de suas vagas, conquistadas a duras penas.
Porque, num futuro próximo, São Paulo vai precisar indenizar esses estudantes.
Mas é isso.
Seguindo aqui com a lista dos oradores
inscritos, Janaina Paschoal. Na Presidência, não farei uso da palavra. Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Gil
Diniz. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.)
Encerrada a Lista Principal, começo a
leitura da Lista Suplementar de oradores inscritos no Pequeno Expediente,
chamando à tribuna o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
E novamente o deputado Carlos Giannazi,
que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - De volta à tribuna no dia de hoje, eu quero continuar
denunciando, continuar fazendo uma denúncia que eu sempre fiz durante todo o
tempo em que foi instalada a farsa da escola PEI, o famoso Programa de Ensino
Integral. É a farsa da escola integral do PSDB, que está arruinando a nossa
rede estadual.
Primeiramente,
esse modelo é extremamente autoritário, porque é imposto de cima para baixo,
não respeitando, em muitas escolas, a decisão da comunidade escolar. Nós temos
inúmeras denúncias de manipulação das consultas que são feitas por gestões, por
diretorias de ensino, que orientam, via Secretaria da Educação, logicamente, a
indução ou mesmo o atropelamento das decisões da comunidade escolar que são
contrárias à implantação desse programa PEI - Programa de Ensino Integral.
Deixando claro
que nós não somos contra a escola de tempo integral; nós somos a favor, mas não
desse modelo. É um modelo autoritário, vem de cima para baixo, é eleitoreiro,
porque ele visava apenas beneficiar a campanha do ex-governador Doria, agora do
Rodrigo Garcia, e principalmente, também, do ex-secretário Rossieli Soares,
para mostrar que São Paulo tinha duas, três mil escolas de tempo integral.
Mas, como eles
foram praticamente sepultados eleitoralmente e também politicamente e
historicamente no estado de São Paulo - foi o fim do “tucanistão”, acabou o
tucanato em São Paulo - isso não tem mais sentido.
Mas é um
projeto também excludente, que exclui os alunos das escolas porque uma escola
que vira PEI diminui drasticamente o atendimento da demanda. E expurga,
praticamente, uma boa parte da comunidade escolar. E esse projeto continua
sendo implantado, mesmo assim.
Ontem eu
conversei com a comunidade escolar da Escola Estadual António Inácio Maciel.
Conversei com pais de alunos, inclusive, que fizeram uma grave denúncia - só
ilustrando o que eu estou dizendo sobre esse modelo, essa implantação
autoritária.
Os pais me
trouxeram documentos; inclusive, tem um abaixo assinado bem numeroso dizendo
que houve manipulação, houve indução, que a decisão da comunidade não foi
respeitada.
Mas houve uma
manipulação da decisão. E, no entanto, a comunidade escolar é contra, tem
abaixo assinado, tem documentos mostrando isso, e essa escola pertence à Diretoria
de Ensino de Taboão da Serra.
Então eu quero fazer esta denúncia pública
aqui e pedir uma revisão, não pela Diretoria de Ensino, porque me parece que o
dirigente de lá foi um ardoroso defensor e organizador também, participou
ativamente da campanha do ex-secretário Rossieli Soares, que foi candidato a
deputado federal. Eu quero uma auditoria pela Secretaria da Educação, porque,
enquanto ele estiver lá, não é possível confiar em nenhum tipo de fiscalização.
Aliás, muitos dirigentes de ensino traíram
o Magistério, foram apoiar candidaturas de pessoas que elaboraram a destruição
da carreira do Magistério. São os famosos traidores do Magistério, e eles serão
sempre lembrados, serão sempre lembrados por nós, inclusive.
Nós estamos já fazendo a lista dos traidores
do Magistério, de quem traiu o Magistério apoiando o Rodrigo Garcia, apoiando
esse ex-secretário que detonou a carreira do Magistério estadual.
Então, em relação a essa escola que eu
citei, Escola Estadual Antônio Inácio Maciel, nós exigimos providências
imediatas para que haja uma consulta respeitando a gestão democrática da escola
pública, como reza, como determina a Constituição Federal no seu Capítulo da
Educação; a LDB, que regulamenta a própria Constituição; o Plano Nacional de
Educação; e a nossa Constituição Estadual, que coloca a gestão democrática da
escola pública como um princípio da Educação brasileira.
Então nós exigimos que providências sejam
tomadas, e aqui da tribuna eu peço para que o meu pronunciamento seja
encaminhado à Secretaria da Educação, porque essa escola não quer a implantação
do PEI, porque muitos alunos serão excluídos. É o que diz a comunidade escolar.
Quero ainda, no campo da Educação...
Deputada Janaina, acho que eu me inscrevo
de novo, para continuar falando, pode ser?
Obrigado.
O SR. CARLOS GIANNAZI -
PSOL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Eu não posso deixar
aqui de falar também e cobrar da Secretaria da Educação a solução para o
problema dos professores categoria “O”, um problema que a própria secretaria
criou, na verdade, que é a precarização das contratações pela Lei 1.093, de
2009.
Nós temos dois contratos vencendo, o de
2018 e o de 2019. Eles vencem no dia 31 de dezembro, e são quase 40 mil
professores envolvidos nesses dois contratos. Se não houver, de fato, a prorrogação
dos contratos, nós vamos entrar o ano de 2023 com 40 mil professores não
trabalhando, desempregados, e muitas escolas ficarão sem aula. Haverá um
colapso na Rede Estadual de ensino, o colapso da falta de professores.
Olha o absurdo, a incompetência, o
descaso, a irresponsabilidade do governo estadual, do governo do PSDB, do
governador Rodrigo Garcia e da Secretaria da Educação. O governo sinalizou que
enviará um projeto de lei à Assembleia Legislativa para a prorrogação desses
contratos. Até agora, o projeto não chegou à Assembleia Legislativa.
Eu tenho uma proposta que já está pronta
para ser votada desde 2015, quando eu apresentei esse projeto. Ele pode ser
aprovado, ele já foi aprovado em todas as comissões, ele tem regime de urgência
já aprovado.
É o PLC n 24, de 2015, que resolve essa
situação, acabando com as interrupções, com a quarentena, com a duzentena, e
ainda garante que esse professor, nosso colega da rede estadual, tenha direito
também ao Iamspe, por exemplo.
O projeto está pronto, mas o governo não
permite a aprovação do meu PLC 24, que está pronto para ser votado. Ele boicota
através de sua base de sustentação e não encaminhou até agora um projeto.
Então nós queremos cobrar, aqui da tribuna
da Assembleia Legislativa, a Secretaria da Educação e o governador Rodrigo
Garcia para que encaminhem, então. Se não vai a aprovar o meu, não tem
importância. Mande, encaminhe um projeto para a Alesp, que nós vamos aprovar
aqui rapidamente, em regime de urgência.
Mas, além disso, nós também exigimos
justiça no processo de atribuição de aulas para os professores categoria “O”.
Nós exigimos uma lista única respeitando o tempo de serviço, a pontuação de
todos os professores, inclusive dos mais antigos, que estão perdendo com esse
procedimento da Seduc. Então, lista única, atribuição presencial também, e
transparente.
Nós queremos
atribuição presencial e transparente, com uma lista única, respeitando toda a
pontuação dos professores e a prorrogação imediata dos contratos, que pode ser
feita rapidamente, caso o governo cumpra o que prometeu, encaminhando o projeto
de lei aqui para a Assembleia Legislativa, como nós já fizemos em outros
momentos. Isso é possível de ser feito.
Por fim, eu não
posso aqui deixar de registrar a nossa revolta, a nossa indignação com esse
anúncio de ontem, que foi publicado nos principais jornais do país, de que o
governo Bolsonaro está cortando aproximadamente dois bilhões e quatrocentos
milhões de reais da Educação pública brasileira. Olha, dois bilhões e
quatrocentos milhões de reais. Isso vai arrebentar as nossas universidades
públicas, as federais, porque não haverá mais como financiá-las.
Não vai ter nem
como pagar mais a conta de água e de luz, e as universidades públicas do Brasil
têm uma função importante, além do ensino e da extensão. Elas são responsáveis
por uma boa parte da pesquisa realizada no país, e atendem também na extensão,
através dos seus hospitais universitários, a população, que é atendida por
esses hospitais universitários. Olha só a gravidade da situação.
Então, o
governo, em plena crise econômica, corta dois bilhões e 400 milhões, além de já
ter cortado, por exemplo, 59% do programa da farmácia popular, que oferecia
remédios para a população de baixa renda. Então 59% desse programa foi cortado.
A população mais pobre e mais carente será a mais prejudicada.
Cortou
aproximadamente 59% de investimento para a saúde indígena. Cortou ainda, olha
só, 46% no programa de controle do câncer. As pessoas que fazem tratamento de
câncer estão sendo duramente penalizados pelo corte desse programa. Trinta e
seis por cento de corte no programa de imunização e para o orçamento secreto,
do centrão, 22% a mais. Esse é o governo Bolsonaro.
Agora, eu fico
imaginando, só para concluir, Sra.
Presidente, que com esses cortes todos, agora, em plena campanha
eleitoral - o Bolsonaro está cortando o orçamento social, o orçamento para a
população mais carente - fico imaginando um governo apoiado pelo Bolsonaro aqui
em São Paulo. Ele vai destruir as nossas universidades, vai cortar o orçamento
da USP, da Unicamp e da Unesp. Isso nós não queremos aqui no estado de São
Paulo, não.
Governo
bolsonarista aqui no estado de São Paulo jamais, porque eles vão destruir as
nossas três principais universidades, como fez e tenta fazer com as
universidades federais, e também com o Centro Paula Souza. Então, nós não
podemos permitir que isso aconteça em nenhuma região do país, muito menos aqui
no estado de São Paulo.
Era isso, Sra. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- Não havendo mais nenhum orador
inscrito, e havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o levantamento
desta sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Esta
Presidência recebe o documento apresentado por V. Exa., encaminhando-o à
publicação, depois do seu exame, nos termos do Art. 18, Inciso V, do Regimento
Interno, e rogo que o pronunciamento de V. Exa., conforme solicitado, seja
encaminhado ao Sr. Secretário da Educação.
Eu não sei se a notícia que eu acabei
de receber aqui decorre desses cortes, mas está tendo até um protesto por parte
dos estudantes do Instituto Federal aqui de São Paulo, dado o corte da
alimentação. Então, eu não sei se tem a ver com esse corte orçamentário, mas eu
já venho acompanhando essa pauta há algum tempo. Visitei algumas das escolas
técnicas federais, e é uma preocupação que os alunos recebam a alimentação para
que possam se concentrar nos estudos.
Então, fica aqui já um pleito a todas
as autoridades federais, estaduais e municipais, porque muitas vezes há
convênios nesse sentido, para que a alimentação dos alunos do Ensino Médio e
dos institutos federais seja mantida. São centros de excelência, são centros
formadores de profissionais da maior qualidade, então, temos que ter cuidado ao
realizar esses cortes.
Pois bem, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por
levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à
hora regimental, sem Ordem do Dia.
Uma excelente tarde a todos.
Está levantada a nossa sessão.
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* *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 30
minutos.
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