8 DE SETEMBRO DE 2022
94ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CORONEL TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - CORONEL TELHADA
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
7 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 09/09, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
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* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente.
Imediatamente dou início à leitura da
lista dos Oradores inscritos no Pequeno Expediente: deputado Coronel Telhada.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado
Major Mecca. (Pausa.)
Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)
Janaina Paschoal segue na Presidência, não farei uso da palavra. (Pausa.)
Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Alex
de Madureira. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal, deputado
Telhada, telespectador da TV Assembleia, ontem eu participei de um ato
importante aqui na cidade de São Paulo, o ato do “Grito dos Excluídos”, que é
um ato que acontece no Brasil há 28 anos em várias cidades e em várias
capitais. E nós levamos a pauta dos aposentados e pensionistas.
Levamos esse
debate, uma faixa, levamos o material para também ganhar o apoio da população
para essa causa. Os aposentados e pensionistas do estado de São Paulo estão
hoje classificados também como excluídos e eles foram excluídos justamente pelo
governo do PSDB, pelo Doria, pelo Rodrigo Garcia e pelos tucanos. Estão sendo
vítimas de um verdadeiro confisco, de um verdadeiro assalto às suas
aposentadorias e pensões.
E é por isso
que a nossa luta prioritária aqui na Assembleia Legislativa é derrubar esse
confisco. Ou através de uma pressão, que nós já estamos fazendo, para que o
governador edite um decreto revogando o Decreto nº 65.021, ou aprovando o nosso
PDL 22, o PDL que já está pronto para ser votado em regime de Urgência com 53
assinaturas de deputados e deputadas pedindo para que ele seja pautado.
Não cabe nem
obstrução mais a esse projeto. Nós já temos os votos, todas as condições
regimentais estão dadas para que ele seja aprovado e tenhamos a revogação do
Decreto nº 65.021.
Eu estou
fazendo aqui praticamente em todos os meus pronunciamentos, estou trazendo aqui
a voz dos aposentados e aposentadas, as pessoas que estão sendo confiscadas,
para que elas falem, para que elas ocupem a tribuna da Assembleia Legislativa.
E como sempre
faço, eu quero hoje dar voz a duas professoras que estão sendo confiscadas e
prejudicadas pelo confisco: a professora Ana Lúcia e a professora Katia Lopes
falarão aqui no meu tempo.
Gostaria de
colocar os vídeos que elas fizeram. É importante ouvi-las.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Agora nós vamos
ouvir a professora Ana Lúcia, que também fez o seu vídeo ocupando a tribuna da
Assembleia Legislativa.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Só para
terminar, deputada. As duas professoras, nossas colegas aposentadas da rede
estadual de ensino, as professoras Ana Lúcia e Kátia Lopes, sintetizaram
bastante a revolta e a indignação de todos nós.
E sobretudo dos
aposentados e pensionistas, colocando questões importantes. Primeiro, que tem
que devolver o dinheiro. Esse dinheiro confiscado tem que ser devolvido após a
derrubada do Decreto nº 65.021.
Elas colocam
também que é inconstitucional fazer o confisco para quem ganha abaixo do teto.
Elas ecoam o parecer da Procuradoria Geral da República, que emitiu um parecer,
dizendo exatamente o que elas estão dizendo: que é inconstitucional, que nós
parlamentares não somos empregados do governo estadual.
Não podemos ser
o puxadinho do Palácio dos Bandeirantes. Nós fomos eleitos com o compromisso de
atender a população do estado de São Paulo e não as orientações dos governos de
plantão, sobretudo esses do PSDB.
Então quero
agradecer às duas professoras, as professoras Ana Lúcia e Kátia Lopes, que
utilizaram hoje a tribuna para ecoar a voz indignada dos aposentados e
pensionistas que estão sendo roubados e assaltados pelo governo Rodrigo Garcia.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo com a lista dos oradores inscritos, chamo à
tribuna o deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.)
Encerrando a lista principal, início a
leitura da lista suplementar de oradores inscritos, chamando à tribuna o Sr.
Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, que esteve
desfilando no 7 de Setembro, V. Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sra. Presidente deputada Janaina Paschoal, deputado Giannazi, a
todos os assessores e funcionários aqui presentes, senhoras policiais militares
aqui presentes, a todos que nos assistem pela Rede Alesp.
Hoje, dia 8 de
setembro de 2022, venho aqui para dar satisfação das nossas missões, dos nossos
trabalhos. Na segunda-feira última passada, dia 5 de setembro, nós participamos
da solenidade do Mérito Desportivo 2022, da Associação Paulista de Jiu-Jitsu.
Nós estivemos
lá, mais uma vez, com o querido amigo, nosso presidente da associação, o grão-mestre
Otávio de Almeida. Quero agradecer ao amigo José Jantália, também, que nos
prestigiou, que está conosco na foto.
O capitão
Telhada também, o deputado Castello Branco e o nosso amigo, o vereador Paulo
Frange; participaram todos lá. Uma solenidade muito bonita, com muitas
premiações. Parabéns a todos os que foram homenageados.
Ontem, conforme
a deputada Janaina falou, dia sete de setembro, nós, pela manhã, participamos
do desfile cívico-militar que ocorreu ali no Ipiranga, junto ao Monumento do
Ipiranga. Foi um desfile muito bonito, apesar da chuva e do frio que tivemos
que aguentar lá durante um bom período. Mas conseguimos desfilar com nossa
viatura militar antiga.
A deputada
Janaina estava presente também no palanque. Até peço desculpas, viu deputada,
pois na hora nem vi a senhora ali. Mas é que são muitas coisas para a gente
acabar vendo. Mas me falaram que a senhora estava; inclusive, nos cumprimentou.
E obrigado pelo trabalho que a senhora tem realizado junto ao estado de São
Paulo.
E ontem nós
participamos da solenidade, que infelizmente não contou com a presença do nosso
governador. Eu não entendi. Uma solenidade de 200 Anos da Independência do
Brasil.
O nosso
governador simplesmente fez uma desfeita total, não só à solenidade da Independência,
mas ao povo presente, que estava lá tomando chuva: crianças e idosos, chuva,
frio. E o governador simplesmente não apareceu, não deu as caras.
Eu vi o
secretário de Segurança Pública, vi os comandantes das três Forças Armadas -
Marinha, Exército e Aeronáutica -, vi outras autoridades, vi o coronel
presidente do nosso TJM também, coronel Geraldi.
Mas eu vi que
infelizmente o nosso governador não se apresentou para essa solenidade. É um
total descaso. Aquela velha mania de achar que essa solenidade é de “a”, de “b”
ou de “c”. Porque, por incrível que pareça, a cor verde e amarelo fica
associada ao Bolsonaro. Eu não entendo isso.
A cor verde e
amarelo é a cor do Brasil. Mas a esquerda é tão fraca, faz tanta besteira, que
eles conseguiram achar que a cor verde-e-amarela é associada ao Bolsonaro.
Que seja: é a
cor do Brasil associada ao nosso presidente Bolsonaro, sim. E nós estávamos lá
comemorando 200 anos de Independência do Brasil. E nosso governador fez uma
desfeita, não comparecendo.
À tarde, estivemos
na Paulista também, eu e meu filho capitão Telhada. Encontramos vários
apoiadores no local, várias pessoas que nos acompanham na rede social; centenas
de pessoas fizeram questão de nos cumprimentar, tirar foto conosco, enfim.
Foi uma festa
muito bonita, com milhares de pessoas presentes. Infelizmente, a maioria da
mídia escrita e televisada não deu o devido valor, não só em São Paulo, como
nos outros estados. Então, a gente sabe que é desfeita, né; estão de biquinho.
Estão de
biquinho, porque sabem que o resultado do dia dois de outubro é certo já, e nós
teremos Bolsonaro reeleito presidente, com certeza. Porque o apoio maciço é uma
coisa inegável.
Aonde o
presidente vai, ele mal consegue andar, devido ao ajuntamento de pessoas e
apoiadores. E o outro cara lá, o “nove dedos”, mal e porcamente consegue ficar
entre 10, 20, 50 pessoas, quando não toma umas ovadas na cara, porque é o que
ele merece, né.
Pelo que ele
fez ao Brasil, ele devia estar preso, e não devia estar fazendo campanha. Ele
deveria estar preso. Mas a nossa justiça é falha também. Ele não foi
inocentado. Ele não é inocente, ele continua sendo acusado dos crimes que
cometeu.
Mas, devido a
uma manobra jurídica, foi cancelado o presente, até o momento. Mas ele não foi
inocentado, diga-se isso de passagem. Ele deve - e, se Deus quiser, vai -
pagar. Tá bom? O Brasil precisa entender que lugar de bandido é na cadeia, e
não na política.
Infelizmente,
ontem nós perdemos um querido amigo, um velho amigo dos tempos de Barro Branco,
ainda, o coronel Vanderlei Manoel de Oliveira. Ele era muito conhecido ali na
região de Mogi Guaçu, tendo em vista que serviu vários anos no 26o
BPMI; serviu em Campinas também. O coronel Vanderlei Manoel era um cara muito
querido, não só pela turma dele, mas por todos que o conheceram.
Infelizmente,
ele lutava contra um câncer há muitos anos. E faleceu na noite de quarta-feira,
na data de ontem, sete de setembro, no Hospital 22 de Outubro. Era um dos mais
ilustres cidadãos de Mogi Guaçu e lutava contra um câncer há muitos anos.
Nossos sentimentos à família do querido amigo, coronel Vanderlei Manoel. Que
descanse em paz.
Infelizmente,
nós perdemos um policial militar também, morto, fuzilado de uma maneira
absurda. É o policial Fabiano Aparecido Meles, policial militar, soldado, que
trabalhava no 18o Batalhão.
Ontem ele
estava saindo de um culto religioso quando o carro dele quebrou ali na rua Sete
Barras, na Freguesia do Ó, perto inclusive de onde a minha mãe reside. Ele não
conseguiu consertar o automóvel, chamou um motorista de aplicativo, mas acabou
sendo vítima de três homens que chegaram a pé, anunciaram o roubo e acabaram
matando o policial Fabiano Aparecido Meles com tiros disparados por esses
criminosos que mataram o policial e fugiram.
Equipes do 18º Batalhão estão trabalhando
no sentido de prender esses canalhas que mataram o soldado Meles. Ele foi
assassinado a sangue frio, possivelmente por ter sido identificado como
policial militar.
Um abraço e nossos sentimentos aos
familiares do soldado Fabiano Aparecido Meles e a todos os queridos amigos do
18º Batalhão, que fazem um serviço inestimável na zona norte de São Paulo.
Também queria comunicar ao meio político
hoje o falecimento da mãe do prefeito de Barueri, a Sra. Beatriz Furlan, mãe do
nosso amigo Rubens Furlan. Ela faleceu.
Ela completaria, no próximo dia 14, 88
anos. Não foi revelada a causa da morte dela, mas os nossos sentimentos à
família do prefeito Rubens Furlan. Ao próprio Rubens Furlan, nossos
sentimentos. Que Deus os console em um momento tão difícil.
Terça-feira, dia 6 de setembro, foi o aniversário
de Boituva e de Ribeirão Branco. Um abraço a todos os amigos dessas queridas
cidades, Boituva e Ribeirão Branco.
Hoje, dia 8 de setembro, quinta-feira, é o
aniversário das cidades de Buritizal, Descalvado, Itaquaquecetuba, Mirassol e
Nipoã. Um abraço a todos os amigos e amigas das cidades de Buritizal,
Descalvado, Itaquaquecetuba, Mirassol e Nipoã.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui
com a lista dos oradores inscritos de forma suplementar no Pequeno Expediente
chamando à tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI -
PSOL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - De volta à tribuna no
dia de hoje, eu queria dizer que o atual governador do Estado, Rodrigo/Doria,
Rodrigo Garcia, está desesperado, porque ele parece que não anda bem nas
pesquisas eleitorais.
Ele tem usado a máquina pública
exaustivamente - eu já denunciei isso - cooptando prefeitos e vereadores com
distribuição de máquinas, tratores, ambulâncias, viaturas, máquinas agrícolas,
emendas parlamentares extraoficiais, as emendas secretas.
Aqui também existe, na Assembleia
Legislativa, um orçamento secreto. O desespero é tão grande que o governo
publicou uma autorização para a realização de um concurso público na área da
Educação, que nós estamos defendendo já há muitos anos.
É difícil ter concurso aqui no estado de
São Paulo, e, quando tem, o governo não chama os aprovados. Ele prefere
precarizar as contratações, agora através da Lei 1.093, a famigerada lei que
criou o professor categoria “O”, um professor que fica refém das duzentenas,
das quarentenas, das interrupções dos contratos, um professor que fica refém da
redução de direitos, que fica em uma situação extremamente difícil do ponto de
vista trabalhista.
Nós temos mais de 70 mil professores
contratados por essa lei, com contratações extremamente precarizadas. Nós
defendemos que eles sejam efetivados. Nós queremos abertura de concurso público
para que eles sejam efetivos, concursados e tenham todos os direitos
garantidos.
O que fez o governo agora, depois de muita
pressão, de muitas críticas e denúncias que nós fizemos aqui pela Assembleia
Legislativa, com as entidades representativas do Magistério, a Apeoesp, todas
elas - a Udemo, a Apase, enfim, o CPP?
Há uma pressão muito grande das entidades
para a abertura de concursos públicos de provas e títulos para o ingresso no
Magistério, como determina a Constituição Federal e como determina a LDB.
O que o governo fez agora, a alguns dias
da eleição? Ele publicou uma autorização para realização de concurso público,
para a abertura de um edital, ainda.
Eu, ouvindo,
assistindo um vídeo, na verdade, do presidente da Udemo, do Chico Poli, fiquei
atento ao que ele colocou, que tinha passado um pouco despercebido por todos
nós. Inclusive, eu quero colocar aqui no telão essa autorização, publicada
agora, no último dia cinco, no Diário Oficial.
O professor
Chico Poli, sempre atento às coisas, e com a visão crítica do que vem fazendo
esse governo, observou algo que até marquei ali, que o concurso só terá
validade em 2024. Ou seja, o governo está fazendo aqui uma propaganda enganosa
para a sociedade e para o Magistério.
Ele nem abriu o
edital, ele está autorizando ainda - logicamente achando que isso vai dar algum
tipo de impacto eleitoral, a alguns dias da eleição, mas, quando a gente
observa e lê com atenção, e percebe o truque do governo Rodrigo Garcia e da
Seduc, eles empurram esse concurso para 2024.
É propaganda
enganosa, é desespero. Isso é um absurdo. Nós temos que denunciar
exaustivamente o que o governo vem fazendo agora, em vários atos de desespero,
por conta da eleição. Nós defendemos o concurso, ele abre aí, autoriza ainda,
em algum momento, a abertura de um edital para a realização de um concurso para
apenas 15 mil vagas.
Isso é
insuficiente. Eu disse agora que nós temos 70 mil professores categoria “O”.
Tem que abrir mais vagas. Isso não é suficiente, mas ele joga para 2024 ainda.
Olha só o truque, a propaganda enganosa do PSDB e do Rodrigo Garcia.
Eu quero
frisar, isso é propaganda enganosa. Nós defendemos concurso. Tem que ter
concurso. Nós queremos efetivar os 70 mil professores categoria “O”, porque
eles merecem respeito e dignidade.
Quero ainda, Sra. Presidente, para encerrar a minha
participação hoje aqui no Pequeno Expediente, dizer que eu organizei na semana
passada uma audiência pública aqui na Assembleia Legislativa, com os estudantes
e com os professores da Unib, da Universidade Ibirapuera, que passa por uma
grave crise.
Essa universidade
não está pagando os professores. Uma faculdade que não recolhe o fundo de
garantia dos professores, não recolhe o INSS, que não paga os professores. Os
professores estão dando aula de graça para não prejudicar os alunos.
É uma crise
jamais vista, e os alunos não conseguem nem pedir transferência, porque eles
estão percebendo ali que talvez a faculdade entre em falência, porque ela não
tem mais condições, ela perdeu totalmente a credibilidade.
Nós ouvimos
muitos relatos dos alunos e dos professores. Eu já fiz muitas audiências
públicas aqui, com alunos e professores de escolas particulares, e sobretudo de
universidades em crise, mas nunca acompanhei uma situação como essa. Eu nunca
ouvi relatos tão tenebrosos assim, sobre a situação dos alunos e dos
professores.
Os alunos nem
conseguem pedir uma transferência, porque a universidade não entrega a
documentação. Eles dificultam ao máximo. É uma tortura psicológica para os
alunos, que ficam em uma indefinição, não sabendo se vão conseguir.
Eles não estão
tendo aulas, olha que absurdo. Eles não podem pedir transferência, porque a
faculdade não oferece a documentação necessária, histórico escolar. Os
professores estão dando aula, e não recebem.
É uma situação
jamais vista, e nós tomamos várias decisões ao final dessa audiência pública,
que teve a participação muito importante do Sinpro, que é o Sindicato dos
Professores da rede particular aqui de São Paulo, e da Federação dos
Professores do Estado de São Paulo, que estava representada aqui pelo professor
Celso Napolitano, pelo professor José Jorge, e nós fizemos encaminhamentos
importantes junto com os alunos e professores, porque a situação ali é um caso
de polícia.
Tanto é que
vários encaminhamentos serão feitos, a partir dessa audiência pública realizada
aqui na Assembleia Legislativa.
Eu já tinha
solicitado a convocação dos representantes da Unib na Comissão de Educação aqui
da Assembleia Legislativa, mas nós estamos também, acionando o Ministério da
Educação, que não resolve nada, porque é um caos absoluto esse MEC, que estava,
recentemente, negociando propinas com barra de ouro e é um ministério tomado
pelos privatistas, pelos donos das escolas particulares do Brasil - do ponto de
vista ideológico, sobretudo, também.
Mas nós
acionamos, também, o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União,
porque ali tem dinheiro do FIES, tem as isenções do Prouni, então, envolve
dinheiro do governo federal. Sobretudo, como virou um caso de polícia, saiu uma
proposta bem interessante.
Nós vamos
também acionar a Polícia Federal para que ela investigue essa ação jamais vista
em uma faculdade, que está torturando professores, que não recebem os seus
salários, e alunos, que não podem ter as aulas e não sabem se podem continuar
ou não frequentando essas aulas, porque a faculdade está em franco declínio,
ela perdeu totalmente as condições de funcionamento. É grave a situação.
Então, mandar
aqui o recado para os donos, ou para o dono, dessa universidade UNIB: que nós
vamos acionar a Polícia Federal para que ela investigue vocês, o Ministério
Público Federal, o Tribunal de Contas, a Comissão de Educação. Todas as medidas
estão sendo tomadas contra esse ataque que vocês estão fazendo aos alunos e
professores da UBIB.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não,
deputado Telhada.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Só queria fazer uma
rápida comunicação.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Eu
queria saudar aqui - devido ao excesso de assuntos ali, acabou passando batido
- saudar um amigo que está sempre conosco aqui, o João Medeiros, que é lá da
Cohab aqui de São Paulo e tem nos apoiado aí. Inclusive, na zona sul, ele é um
dos apoiadores fortes com relação ao nosso mandato, lá na região de Jabaquara,
Vila Guarani.
Então, agradecer ao João pela sua
sempre presença aqui, João. Obrigado. Estamos juntos no apoio. Conte com a
gente aí nessa batalha.
Obrigado, João.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Não havendo mais
oradores inscritos, Sra. Presidente, eu queria solicitar de V. Exa. o
levantamento do presente trabalho.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.
Cumprimento o Sr. João Medeiros também. Seja bem-vindo. É sempre bom receber
visitas aqui na Assembleia, que é a Casa de todos nós, não é? Pois não.
Então, não havendo mais oradores para
fazerem o uso da palavra, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo das
lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os nossos trabalhos,
convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem
Ordem do Dia.
Está levantada a presente sessão.
Muito obrigada.
Excelente tarde a todos.
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* *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 33
minutos.
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