6 DE SETEMBRO DE 2022
93ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PROFESSORA BEBEL
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - MARINA HELOU
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Faz coro ao pronunciamento da deputada Marina Helou.
6 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
8 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Faz menção às comemorações do Bicentenário
da Independência. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 08/09, à
hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a
sessão a Sra. Janaina Paschoal.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA
PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente,
imediatamente dando por aberto o Pequeno Expediente e iniciando a chamada da
lista dos oradores inscritos.
Inicio
chamando à tribuna o deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo regimental de
cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Janaina
Paschoal,
deputados e deputadas, deputada Bebel, deputada Marina, deputado José Américo,
telespectador da TV Assembleia, nós estamos acompanhando, aqui pela Assembleia
Legislativa, através do nosso observatório, o cumprimento do piso nacional do
Magistério em vários municípios, e nós temos muitos deles aqui no estado de São Paulo que não estão pagando o piso nacional salarial do
Magistério, que é fruto de uma lei aprovada em 2008.
A
lei foi questionada, inclusive, eu me lembro, na época, por cinco estados no Supremo
Tribunal Federal. O Supremo Tribunal Federal julgou a ação, e
confirmou que a lei é constitucional - o piso nacional salarial. Não só o valor
do piso, como também a jornada do piso, e, infelizmente, nem o governo estadual
cumpre integralmente o piso nacional.
Ele
só cumpre, na verdade, pagando abono complementar, que é inconstitucional. Isso
a lei não aceita, a Lei nº 11.738,
mas, além disso, além de o estado dar um péssimo exemplo, porque é o estado
mais rico do Brasil e não paga o piso na sua integralidade, nós temos também
muitos municípios, em todo o Estado, que não estão pagando.
Eu já fui ao
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Tive uma reunião com o presidente do
TCE, com o Dimas Ramalho - que foi, inclusive, já deputado estadual aqui na
Assembleia Legislativa - e nós levamos essa demanda para ele, para que haja uma
investigação profunda dos municípios que não pagam o piso. São vários; eu já
levei uma relação para ele e protocolei, agora recentemente.
Mas eu quero
destacar aqui, Sra. Presidente, uma iniciativa muito importante do vereador
Carlos Eduardo Torres, da Câmara Municipal de Borborema. Ele teve a iniciativa
de apresentar um requerimento ao Executivo municipal lá da sua cidade, um
requerimento que foi assinado, que teve aqui o apoio de todos os...
Todos os
deputados não, os vereadores da Câmara Municipal de Borborema, pedindo para que
o piso seja cumprido, que a Lei nº 11.738 seja respeitada na sua integralidade
e, o piso, pago a todos os professores municipais.
É o que
determina a lei. Se o prefeito não tem condições orçamentárias, pela própria
lei, ele pode requisitar a suplementação ao governo federal, ao MEC. Isso está
no Art. 4º da lei, é só o prefeito ler a Lei nº 11.738. Se o Governo não
suplementar, ele tem que acionar o Ministério Público, a PGR, o Tribunal de
Contas da União.
Ele tem que
tomar iniciativas, chamar a Câmara Municipal, chamar os professores e
pressionar o governo federal a pagar o piso, mas o que nós temos é que muitos
prefeitos, em vez de fazerem exatamente isso que eu estou dizendo, preferem não
pagar e ainda criminalizar qualquer tipo de reação dos professores das redes
municipais.
Então, o
município de Borborema não está pagando o piso nacional salarial do Magistério
e aqui existe um requerimento ao Executivo, ao prefeito, dizendo que ele tem
que pagar, citando inclusive, aqui, a própria legislação municipal também, que
já determina esse pagamento.
Então, eu quero
saudar aqui o nosso colega vereador de Borborema, que teve essa iniciativa, e
todos os vereadores que assinaram o requerimento para que o piso seja pago na
sua integralidade.
O valor do
piso, hoje, é de R$ 3.845,00; ele tem que ser pago e esse município não está
pagando, por isso é que foi feito esse movimento, fruto, também, de uma
mobilização dos professores da rede municipal. Então, a lei federal tem que ser
cumprida, Lei nº 11.738, de 2008, que estabelece o piso nacional do Magistério.
Então, é uma
ótima iniciativa. Eu até gostaria, Sra. Presidente, de encaminhar esse
requerimento, esse documento, para que ele fosse publicado no Diário Oficial e
outros vereadores tenham também a mesma iniciativa que o nosso vereador Carlos Eduardo
Torres, que também é professor, é gestor de escola pública na cidade dele, é um
professor defendendo a educação.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Solicito à assessoria que faça os encaminhamentos,
conforme requerido pelo parlamentar na tribuna.
Sigo aqui com a lista dos oradores
inscritos no Pequeno Expediente. A próxima seria Janaina Paschoal. Sigo na
Presidência. Na sequência, deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Gil
Diniz. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.)
Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Coronel
Nishikawa. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.)
Finda a lista principal, abro a lista
suplementar de oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamando à tribuna o
Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello
Branco. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de cinco minutos.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sra.
Presidente. Cumprimento as assessoras a minha esquerda e assessores a minha
direita, enfim, todos que nos ouvem e assistem através da Rede Alesp.
E falo o
seguinte, deputado Giannazi, eu acho que quando V. Exa. toca na questão do piso
é muito importante, e nós da Apeoesp sempre tivemos isso como pauta central.
Não porque o piso agora ultrapassou.
Quando o piso
salarial profissional nacional foi instituído, em 2008, nós, aqui no estado de
São Paulo, ganhávamos 59% acima do piso salarial. Agora nós ganhamos 36% abaixo
do piso salarial profissional nacional.
É importante
entender também que, quando veio aquela proposta de subsídio aqui, o valor
inicial, deputada Janaina, é nada mais, nada menos, do que a aplicabilidade do
piso salarial profissional nacional como deve ser, sem esses negócios de
penduricalho, de gratificação, sem nada disso, como deve ser.
Aí são os cinco
mil reais que foram dados como início de carreira. Ora, então fizesse isso e a
gente... Era o que eu dizia, dá os 32.3% e já vai chegar aos cinco mil reais de
carreira e a gente continua com a nossa carreira. O que aconteceu foi o
desmonte da carreira, porque piso é ponto de partida, não é teto. É importante
ter isso muito claro.
Mas eu também
quero aproveitar e falar de outro piso, o da enfermagem. Eu posso, de maneira
muito respeitosa, eu não estou me dirigindo ao Poder Judiciário nem nada disso,
mas digo que o ministro Barroso exorbitou, tá? Porque o Congresso Nacional
também é um poder e eles têm que se articular entre si, harmoniosamente. Um não
sobrepõe o outro.
Se o Congresso
Nacional instituiu que tem o piso da enfermagem, vejam bem, não é nenhum
absurdo. Tem uma escala, então 70%... É 4.750, então pega 70% de 4.750, é o
piso que tem que ser pago para aquela escala, é por escala. Depois tem a
segunda escala, que são os agentes, é 50% de 4.750, não é nenhum absurdo.
Então não
adianta ficar com essa balela “Ah, salvaram vidas”, “Foi a categoria que merece
ser reconhecida”, mas, na hora que é reconhecida, vai um ministro do STF e diz
que vai suspender por 60 dias para demonstrar de onde sai o dinheiro para pagar
esse piso, porque vai quebrar estado e município.
Não, o que
quebra o estado e o município é outra coisa. É como faz o governador aqui do
estado de São Paulo, por exemplo, isentando empresas e deixando de aplicar nos
serviços públicos. Municípios, por certo, tem que ter um regime de colaboração,
então me parece que não é acabando com os servidores públicos, ou exigindo
deles um esforço maior, que nós vamos chegar a esse denominador comum.
Então estou
aqui na defesa incondicional para que o ministro Barroso reveja essa posição e
que ouça também a outra parte, porque ele ouviu só uma parte. Eu acho que
ministro, juiz, tem que ouvir as duas partes, chamar as partes para conversar.
Deputada
Janaina, eu também entendo que tem que ter orçamento, mas exija, abra uma
negociação nacional e que estados e municípios façam esses debates em mesas
permanentes de negociação.
Eu tenho
certeza, os servidores públicos são estudiosos, eles têm Dieese, têm
departamentos de estudo, eles sabem fazer a inflexão se necessário for, apontar
de onde tem que sair o dinheiro. Eles sabem fazer isso. Então eu quero lamentar
essa posição do ministro Barroso.
E, para
terminar, dizer que hoje tivemos um ato lá em frente ao Hospital do Servidor,
do Iamspe. Foi bastante significativo, uma assembleia, tirou um dia de
paralisação, que é para a próxima quarta-feira, às 10 horas, vamos estar todos
lá para garantir que o Iamspe não seja privatizado. O Rodrigo/Doria quer
privatizar o Iamspe.
O Iamspe, desde
o terreno que foi comprado, foi uma professora que deu. Depois, tivemos
auferido dos nossos salários o dinheiro para comprar o prédio dos servidores do
Iamspe. Até hoje quem banca somos nós, e nós não queremos que o governador do estado
de São Paulo mande sozinho. Queremos um conselho gestor de administração.
Muito obrigada,
Sra. Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sra. Deputada. É muito importante essa discussão acerca do Iamspe.
Há muitas reclamações sobre interrupção de atendimentos, qualidade do
atendimento. É necessário mesmo fazer essa discussão, até para compreender se
tem algum interesse por trás dessa situação toda.
Seguindo com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna o deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado
Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Marina Helou, que terá o prazo regimental de
cinco minutos.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada pela palavra, presidente. Agradeço a
oportunidade de subir à tribuna e cumprimento a todos que estão trabalhando
aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, cumprimento a todos que
estão nos acompanhando.
Venho dizer que
hoje é dia 6 de setembro, prévias do dia 7, um dia importante, a Independência
do Brasil, em que a gente comemora o bicentenário dessa Independência. É um dia
em que espero que a gente possa celebrar a nossa democracia, que a gente possa
celebrar a força que o nosso país tem para todas as pessoas, que a gente
celebre as nossas cores, a nossa bandeira, o nosso amor por este país,
independente do nosso partido, independente da nossa visão ideológica, porque o
Brasil é e tem que ser muito maior do que este momento eleitoral.
Também me
preocupam as muitas notícias de projeção de violência, de projeção de um grande
contingente de pessoas armadas que a gente tem na nossa população hoje. Então,
venho celebrar aqui a decisão do ministro Fachin, de suspender o decreto de
armamento do governo Bolsonaro que facilitava muito o acesso a armas, inclusive
nesse período eleitoral, com muitas cenas de violência e muita projeção de
violência neste momento.
Ao mesmo tempo,
a gente tem uma pesquisa que fala que 82% das mulheres são contra a facilidade
do acesso às armas. Por quê? Porque aumenta a violência contra a mulher. Não é
à toa que a gente está tendo um número altíssimo de registros de assassinatos
de mulheres todos os dias neste país, com muita facilidade de acesso à arma na
violência doméstica.
A gente precisa
entender a complexidade dos problemas e lutar e combater a violência contra a
mulher, proteger a vida das mulheres em cada uma das casas. Não adianta a gente
colocar um policial em cada esquina deste país, porque é uma violência que
acontece dentro de casa.
A gente precisa
entender que falar sobre regulação de armas também é falar sobre a segurança
das mulheres, que estão se sentindo ameaçadas em nosso país e estão sendo
assassinadas todos os dias.
Subo aqui
também para dizer que a gente segue acompanhando a importância desse momento
das aulas. A gente está ainda com uma evasão muito alta no ensino médio e a
gente precisa lutar por mais ensino técnico com qualificação para as
competências do século 21, que é um tema que a gente tem trabalhado bastante.
Falar de
desenvolvimento sustentável é falar de como a gente prepara uma geração para os
empregos que vão vir: energia solar, transporte por energia elétrica... Como a
gente se prepara para a computação, para o software, para o turismo? É para
isso que a gente precisa pensar um novo modelo de desenvolvimento que gere
emprego e renda.
É uma das
minhas principais preocupações neste momento, inclusive olhando para os nossos
adolescentes, para a nossa juventude, que precisam de um prognóstico de vida,
que precisam de uma proposta de atuação.
Ainda tenho
dois minutos e posso celebrar então, também, neste mês do Setembro Amarelo, as
nossas iniciativas de apoio à saúde mental. A gente está vivendo, pós-pandemia,
um grande problema de fragilidade e de doenças mentais na sociedade, e ele se
torna mais evidente nas crianças e nos adolescentes, que ficaram tanto tempo
afastados da escola. Tem professores que não foram preparados para este momento
e que também sofrem com essa sobrecarga.
A gente precisa
falar de saúde mental nas escolas, precisa falar de saúde mental nos nossos
policiais, porque a gente vive reclamando que a gente precisa de uma polícia
melhor, mas para isso a gente precisa cuidar melhor dos nossos policiais.
E aqui a gente
não está falando de um curso sobre saúde mental para eles. A gente não está
falando de aumentar as horas que eles têm que trabalhar para fazer uma formação
sobre saúde mental.
A gente está
falando de políticas estruturantes sérias que possam contribuir para esse
problema grave na nossa instituição. Setembro amarelo, quando a gente fala de
saúde mental a gente precisa falar sobre condições de vida para essas mães,
para essas crianças, para que elas possam ter alimentação, educação, habitação
para que a saúde mental possa acontecer.
Então, quero celebrar
também que a gente continue a falar da importância de estarmos bem, de falarmos
sobre depressão, sobre ansiedade, sobre bipolaridade, sobre transtornos
psíquicos, que são doenças e precisam ser encaminhadas, precisam ser tratadas e
precisam ter seriedade nas políticas públicas. Infelizmente, a gente ainda vê
uma disparidade muito grande nesse sentido, principalmente quando acometem as
nossas crianças e adolescentes.
Termino aqui
falando que a gente segue num mês de muito trabalho. A gente tem uma Assembleia
que está bastante paralisada pelas eleições, mas isso não significa que o nosso
mandato esteja parado.
Segue
trabalhando pelas mulheres, pelas crianças, pela Segurança Pública do nosso
Estado, pela geração de emprego e renda e por um desenvolvimento sustentável
que faça sentido para o Brasil que a gente é e pode ser.
Muito obrigada.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sra. Deputada. Não vou
aguentar. Acho que tinha que pautar uns projetos, não é? Vossa Excelência falou
que é a questão eleitoral.
Eu estou agoniada, porque, por exemplo,
tem um projeto que precisa regulamentar o artigo da Constituição que trata da
distribuição do ICMS, que é importante para que os nossos municípios recebam o
dinheiro do Fundeb. Desculpe.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Eu concordo plenamente
com isso. Eu tenho uma emenda importantíssima de minha autoria, inclusive,
sobre a primeira infância. Como que a gente não pauta isso?
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Então por mais
que seja um período eleitoral, nós
precisávamos votar e eu sei que todos estamos trabalhando, mas essa não votação
está me agoniando.
Desculpe, deputada.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Eu faço coro com as
suas palavras, deputada, porque é fundamental
que a gente possa garantir um dos temas mais importantes, que pode transformar
a Educação no nosso Estado, o projeto de lei do ICMS Educacional. Coloquei uma
emenda falando da primeira infância e, infelizmente, a gente não está
discutindo isso.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Muito bem.
Obrigada, deputada. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos e chamo à
tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco
minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - De volta à tribuna no dia de hoje, quero me associar ao que
disse a deputada Marina e a deputada Janaina Paschoal que nós temos que votar
projetos de lei na Assembleia Legislativa. Não é porque nós estamos em processo
eleitoral que a Assembleia Legislativa não possa votar projetos.
Aliás, tem que
votar projetos importantes, sobretudo os projetos dos deputados e das deputadas,
que são, muitos deles, projetos estratégicos para as áreas sociais.
Eu aproveito a
oportunidade para reafirmar a nossa luta pela aprovação do PDL 22, que acaba,
que revoga o confisco das aposentadorias e pensões, que revoga o Decreto nº 65.021.
A PGR, o procurador-geral
da República, emitiu um parecer para o Supremo Tribunal Federal dizendo que
esse confisco é inconstitucional. Confiscar abaixo do teto salarial significa
uma afronta à dignidade humana; está no relatório, no parecer exatamente essa
afirmação nesse parecer da PGR, da Procuradoria-Geral da República.
Então é um
crime de lesa-humanidade confiscar aposentadorias de pessoas que já pagaram,
que já contribuíram com o seu sistema previdenciário.
Por isso que a
nossa prioridade aqui é votar o PDL 22, que já está em condições de ser votado.
Ele tem todas as condições regimentais - não cabe nem mais obstrução - e já tem
os votos.
Já tem 53
deputados e deputadas assinando o requerimento para que ele seja pautado. Então
é muito importante. E eu estou aqui basicamente todos os dias trazendo depoimentos,
as intervenções, os relatos dos aposentados e dos pensionistas para a tribuna,
dando voz a eles.
Já que o
governo Rodrigo Garcia não os ouve, ele vai ter que ouvir aqui pela tribuna da
Assembleia Legislativa. É por isso que eu quero aqui chamar, primeiramente, a
professora Vilma, professora aposentada que está nessa luta para derrubar esse
criminoso confisco. Eu vou colocar aqui o vídeo dela, por favor. É a Vilma
ocupando a tribuna da Alesp.
*
* *
-
É exibido o vídeo.
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* *
Essa foi a professora
Vilma, que está fazendo um trabalho muito importante aí na militância contra o
confisco. Agora nós vamos ouvir mais uma colega professora, a professora Gilda,
também professora aposentada.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Professora
Gilda também, quero agradecer à Gilda, à Vilma, porque esse é o retrato da
situação dos aposentados e pensionistas. Essas intervenções que são feitas
mostram claramente a crueldade, a perversidade, o sadismo desse governo do
Rodrigo/Doria com os aposentados e pensionistas e com os servidores em geral,
porque esse decreto pode ser, sim, derrubado, pode ser, sim, anulado.
Não há nenhum
empecilho legal para que isso ocorra. Ele mesmo, se quiser, pode publicar um
outro decreto, revogando o Decreto nº 65.021. A Assembleia Legislativa pode
votar o PDL nº 22, derrubar o confisco. Nós sabemos disso porque outros estados
já o fizeram.
Estavam
confiscando e já, por meio de aprovação de projetos nos seus respectivos
legislativos, conseguiram aprovar projetos revogando, anulando. É o caso de
Sergipe, o estado mais recente, é o caso inclusive também do estado de Alagoas.
Há estados que
nem fizeram esse confisco, fizeram a reforma da Previdência sem confiscar os
proventos dos aposentados e pensionistas. Então a Assembleia Legislativa pode,
sim, revogar o Decreto nº 65.021, aprovando o PDL nº 22, que já está pronto,
prontíssimo, para ser votado, inclusive em Regime de Urgência.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo então
acordo entre as lideranças, e não havendo mais nenhum orador presente para
fazer uso da tribuna, eu solicito o levantamento desta sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É
regimental. Antes eu gostaria de dizer que cumprimento todos os brasileiros
pela Independência, que será comemorada amanhã, e desejo que todos participem
dessas comemorações da maneira que entenderem que devem. A desfiles oficiais eu
estarei presente. Mas seja qual for essa forma de participação que seja
harmoniosa, que seja positiva, que seja construtiva para o nosso país.
Somos todos, formamos todos uma só
nação, e esse sentimento é que precisa ser reforçado nos momentos de
festividades, sobretudo nas festividades cívicas.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
nossos trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão ordinária de quinta-feira, à
hora regimental, sem Ordem do Dia.
Um bom final de dia a todos, uma
excelente comemoração da nossa Independência, bom feriado, para aqueles que vão
apenas descansar.
Está levantada a presente sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 30
minutos.
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