20 DE ABRIL DE 2022
23ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI e JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e faz pronunciamento.
5 - CASTELLO BRANCO
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do deputado Castello Branco.
7 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - CASTELLO BRANCO
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - RICARDO MELLÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do deputado Ricardo Mellão.
11 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - LETICIA AGUIAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento da deputada Leticia Aguiar.
14 - ADRIANA BORGO
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Presta solidariedade à deputada Adriana Borgo.
16 - ADRIANA BORGO
Para comunicação, faz pronunciamento.
17 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
19 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Discorre sobre o Parlamento húngaro.
21 - ADRIANA BORGO
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Presta solidariedade à deputada Adriana Borgo.
23 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado
Frederico d'Avila).
24 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
25 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
26 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
28 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
29 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 25/04, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre
a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR.
PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Dou início à chamada dos oradores inscritos no Pequeno
Expediente. Com a palavra o deputado Castello Branco. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Paulo Lula Fiorilo (Pausa.)
Com a palavra a deputada Janaina Paschoal, que fará uso
regimental da tribuna.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento
as pessoas que nos acompanham; V. Exa., Sr. Presidente; colegas deputados;
funcionários.
Eu
inicio, por questões de transparência, anunciando que, depois dos meus
protestos aqui na segunda-feira - pode ser até que não tenha a ver, mas depois
dos meus protestos -, a Presidência da Casa convocou Colégio de Líderes para a
próxima segunda-feira às 16 e 30 e inclusive solicitou indicação de pauta por
parte dos parlamentares líderes. Como nós recebemos isso no grupo de deputados
líderes, anuncio também para os demais colegas, para as pessoas que nos
acompanham.
Eu
fico feliz com essa sinalização de que a Casa voltará a funcionar no sentido de
apreciar projeto, porque funcionar nós estamos aqui todos os dias, mas apreciar
projetos.
Eu
queria dividir com os senhores algumas queixas que eu venho recebendo, alguns
pedidos de ajuda de pessoas que estão sendo prejudicadas pela greve dos
funcionários do INSS. São pessoas humildes, pessoas carentes, que dependem
muito do trabalho, do funcionamento do INSS.
Eu
respeito, sei que tem colegas que apoiam a greve. Eu sou muito resistente à
greve, isso desde sempre, já como professora na USP eu sempre trabalhei durante
a greve.
Muitas
pessoas me criticavam por isso, é da democracia as pessoas divergirem,
criticarem o pensamento das outras, mas eu queria pedir um pouco de
consciência, porque, por mais que os funcionários públicos estejam esperando
seus aumentos, os funcionários públicos, diferentemente da esmagadora maioria
da população, pelo menos tinham a garantia de algum tipo de recebimento.
E
a população, em sua maioria, não teve essa segurança, ganhando bem ou ganhando
mal, o funcionalismo público tinha a certeza do recebimento. E agora essas
pessoas mais humildes estão sofrendo. Vou ler para os senhores, não vou falar
nomes.
Uma
senhora me escreveu dizendo “Prezada deputada, venho solicitar a sua ajuda não
só para mim, mas para centenas ou até milhares de pessoas neste País. O INSS
está de greve e as pessoas que tiveram seu benefício vencido durante o período
receberam uma nova data de agendamento, porém, diferentemente das outras vezes,
desta vez cessaram os benefícios.
Eu
tive um acidente de trabalho que me deixou com uma deficiência física, estou
incapaz de retornar ao meu trabalho e, mesmo assim, fico sem benefício. Nova
perícia em junho e eu receberei apenas em julho. Eu sei até que pagarão, mas e
os nossos compromissos? Eles não retrocedem. Acredito que, assim como eu,
centenas e milhares de brasileiros estão na mesma situação.
Peço
pelo amor de Deus, eu sei que é um problema federal, mas a senhora como
deputada poderia lutar por nós?”
Um
outro senhor, muito humilde também, me escreveu, disse que estava esperando a
data para realizar a perícia e, quando chegou, as portas fechadas. Então, os
pleitos, as reivindicações, elas são legítimas, elas podem ser feitas sem que a
população seja vitimada por esses movimentos. Aqui é um pedido mesmo de
conscientização, sobretudo para esses órgãos, esses funcionários que atendem as
pessoas mais carentes.
Também
trago aqui a minha solidariedade ao vereador Moisés Marques, de Rio Claro. O
vereador Moisés Marques esteve aqui no gabinete, depois eu fui a Rio Claro, à
Câmara dos Vereadores, ele conseguiu aprovar com o apoio de praticamente a
Câmara inteira de Rio Claro um projeto importante, prevendo a internação
involuntária.
Não
tem nada a ver com passar e recolher pessoas que estão nas ruas. Internação
involuntária conta com análise de médicos, análise de profissionais da área de
assistência social, com pedido de familiares.
Ele
conseguiu aprovar uma lei municipal totalmente coerente com a legislação
federal, garantindo a internação voluntária de dependentes químicos graves, que
se encontram nas ruas de Rio Claro.
Infelizmente
ele está tendo dificuldades, porque recebeu uma notificação, inclusive do
Ministério Público, o Ministério Público do Estado de São Paulo, subprocuradoria-geral
de Justiça, questionando a respeito da constitucionalidade da lei.
Eu
analisei o projeto, é um projeto que coaduna com a legislação federal, com os
direitos fundamentais, porque, em regra, são pessoas que já perderam a sua
consciência pelo uso pesado de drogas, então, na verdade, o estado que não zela
por tratar dessas pessoas, este sim é omisso. Fica aqui a minha solidariedade
ao Sr. Vereador.
Muito
obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o nobre deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Alex de Madureira. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Com a palavra o deputado Dr.
Jorge Lula do Carmo, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Carlos
Giannazi, hoje na Presidência do Pequeno Expediente, quero cumprimentá-lo e
cumprimentar as Sras. Deputadas, os Srs. Deputados, o público da TV Alesp, os
policiais aqui presentes, as assessorias.
Sr. Presidente,
venho a esta tribuna para prestar minha solidariedade aos servidores públicos
que estão em greve, do INSS, e dizer que, de fato, essa questão do INSS é um
problema muito sério em nosso país.
* * *
- Assume a Presidência a Sra.
Janaina Paschoal.
* * *
As pessoas que
dependem, que precisam de benefícios, que precisam dos serviços do INSS, da
Previdência Social, realmente sofrem. Já sofrem por natureza pelas filas, pelo
mau atendimento, infelizmente, pela demora desse serviço, que é um serviço
essencial e um direito dos trabalhadores, das pessoas, especialmente daquelas
que dependem de pagar suas contas pelos benefícios, pela aposentadoria, enfim,
ou aqueles que dependem de uma perícia.
Eu quero dizer
que sou solidário aos servidores e dizer que o governo deveria ouvi-los. O
direito de greve é um direito constitucional. É um direito dos trabalhadores
que não estão contentes fazerem o seu movimento, mas é preciso abrir um canal
de negociação.
Se tem o
direito dos trabalhadores que estão descontentes, que precisam dos seus
salários, dos seus provimentos, daquilo que recebem para prestar o serviço, por
outro lado também tem as pessoas que precisam do trabalho dos servidores.
Então, é o meio-termo, a negociação, abrir a porta para sentar, conversar sobre
uma mesa para que possamos chegar a um bom terno.
Então, quero
prestar minha solidariedade aos servidores que estão, neste momento, lutando
por melhores condições de trabalho e de salário e dizer que o governo precisa
abrir a porta para que as pessoas possam entrar, sentar, negociar, porque tem
direitos dos dois lados.
Nós temos que
lutar sempre por mais direitos e não por menos direitos. Então, minha
solidariedade aos trabalhadores e dizer que o governo precisa parar com a
intransigência e abrir um canal de negociação com as representações e os
trabalhadores.
Quero também
aproveitar, Sra. Presidenta, deputada Janaina Paschoal, no comando desta
sessão, deste Pequeno Expediente, quero aproveitar para falar de um outro
assunto que incomoda bastante. A mim pessoalmente incomoda, porque milito muito
na área da moradia, da regularização, da posse da propriedade.
Estava vendo
uma reportagem que falava o seguinte, que o auxílio aluguel há sete anos não
tem reajuste. Imagine que aluguel as pessoas conseguem pagar com 400 reais. Faz
sete anos que, na cidade de São Paulo e no estado de São Paulo também, o
auxílio aluguel é de apenas 400 reais.
“Ah, mas é
auxílio.” É bem verdade, não estou dizendo que o dinheiro tem que conseguir
pagar o aluguel, mas, em sete anos, imagine o quanto foi corrigido pelos
contratos de locação.
Então, aquilo
que você conseguia, em auxílio, pagar com 400 reais há sete anos, hoje não
consegue nem a metade, talvez. Não tem aluguel na cidade de São Paulo, nas
cidades da Grande São Paulo ou do interior por menos de 800 reais, mil reais.
Não existe aluguel que você consiga pagar metade, por exemplo, que seja metade,
com 400 reais.
Então, o
prefeito de São Paulo, o secretário de Habitação, o governador do estado e o
secretário de Habitação do Estado precisam olhar para essa questão do auxílio
aluguel, porque não é uma coisa que as pessoas fazem porque gostam.
Moram em uma
área de ocupação, moram em uma área de inundação, foram removidas de lá com o
compromisso de terem uma moradia em um programa habitacional, o que também não
existe mais no Brasil.
Tem um programa
na cidade de São Paulo que chama “Pode Entrar”, mas as pessoas não entram. Por
que não entram? Porque não estão executando. A lei, por si só, se não fizer
valer, não vai acontecer, não vai construir moradia. Tem a lei mas, se não
regulamentar a lei e não colocar recurso, não vai ter moradia para tirar as
pessoas do auxílio-aluguel e diminuir o déficit habitacional na cidade de São
Paulo ou no estado de São Paulo.
Então,
prefeito de São Paulo Ricardo Nunes, olhe para esse auxílio-aluguel, que não
tem a menor condição de continuar por mais um tempo - já são sete anos. Governador
do estado, secretário de Habitação do Estado, olhem por esse valor, que é muito
pequeno.
Precisa
ser reajustado, precisa ser resolvida essa questão de uma vez por todas. Então
minha solidariedade às pessoas que dependem desse valor, desse auxílio-aluguel
e que não têm o apoio dos governantes para melhorar, para amenizar o sofrimento
das pessoas que não têm suas moradias.
Muito
obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Destaco
aqui a presença de funcionários do sistema prisional do estado de São Paulo.
Trazem a faixa: “Sistema prisional de São Paulo, exemplo para o Brasil. Somos
eficientes mesmo no caos. Somos Segurança Pública sim”. Recebam o apoio, a acolhida
também da Casa. Tem visitante hoje? Vossa Excelência quer destacar aqui?
O SR. CASTELLO BRANCO
- PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Nós gostaríamos de anunciar
a presença do deputado estadual pela Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado
Wilker Barreto. Economista, com vários mandatos, já foi presidente da
Assembleia Legislativa do Amazonas, que nos dá a honra da sua visita para
tratar de pautas muito importantes que ligam o estado de São Paulo ao estado do
Amazonas.
Muito
mais que a população possa imaginar, apesar dos 6.000 quilômetros que nos separam
e da selva Amazônica, as relações comerciais, industriais e de Meio Ambiente entre
o estado do Amazonas e o estado de São Paulo são importantíssimas.
Apenas
para não ocupar muito a fala, para cada R$ 1,00 gerado na Zona Franca de
Manaus, são gerados R$ 10,00 em empregos, mão de obra e recursos no estado de
São Paulo. Se a senhora permitir que o deputado Wilker pudesse falar um
pouquinho e agradecer a presença dele...
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu
não sei se tem, mas, por favor. Estou presidindo aqui, mas eu acredito que não
possa. Não pode. Deputado, eu vou pedir perdão, mas eu agradeço imensamente a
presença de Vossa Excelência. Já tive a alegria e a honra de visitar a Assembleia Legislativa do Amazonas.
Também fui
muito bem recebida e acolhida por vários parlamentares de lá. Então sinta-se
abraçado. Eu peço desculpa. Se dependesse apenas de mim V. Exa. teria a palavra.
Eu peço desculpa. Até sou defensora de um maior convívio, um maior intercâmbio
entre as Assembleias; ficaríamos mais fortes. Seja bem-vindo a São Paulo.
Obrigada.
Seguindo aqui
com a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamo à tribuna o
deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi, V. Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia, quero aqui cumprimentar o deputado
Wilker Barreto, do estado do Amazonas, que está acompanhando hoje o deputado
Castello Branco.
Quero
saudar e também anunciar a presença dos servidores do sistema prisional do Fórum
Penitenciário, que estão em luta na Assembleia Legislativa. Retomaram, na
verdade, um acampamento importante para que a Assembleia Legislativa saia em defesa
de uma pauta importante que eles estão defendendo e que tem que ser a pauta dos
94 deputados e deputadas.
É
um acampamento, é uma vigília feita aqui na frente da Assembleia Legislativa
pelo Fórum Penitenciário defendendo a imediata aprovação das PECs 1 e 2, que
instalam no estado de São Paulo a Polícia Penal; do abono penitenciário; pela
aprovação do PDL 22 contra o confisco das aposentadorias e pensões; pela
chamada imediata dos concursos que foram realizados desde 2014, 2017, 2018 -
não houve chamada ainda.
E
dizer - vou conversar ali agora com o Fábio Jabá - que já tem uma boa notícia.
A mobilização, a ocupação do espaço aqui na frente da Assembleia Legislativa já
está dando resultado, porque o presidente - o presidente, não - o secretário da
SAP já chamou o Fórum Penitenciário para uma conversa, para uma reunião na
próxima terça-feira pela manhã.
Então,
é importante, porque o governo nem estava negociando nem ouvindo. Então, já é
uma vitória, fruto desse movimento e desse acampamento aqui na frente da
Assembleia Legislativa.
Eu quero aqui
da tribuna da Assembleia Legislativa repudiar veementemente a atitude covarde e
cruel da Prefeitura de Francisco Morato, que entrou na Justiça para
criminalizar, para impedir que os nossos colegas profissionais da Educação
exerçam o direito constitucional de greve.
É um absurdo
total; as educadoras e os educadores, na verdade todos os profissionais da
Educação, estão em luta na cidade de Francisco Morato, fazendo um movimento
importante, reivindicando o cumprimento da Lei Federal 11.738, que estabelece o
piso nacional salarial que não é pago pela cidade de Francisco Morato.
Estão também em
luta contra a redução da jornada de trabalho e da carga horária de trabalho e
da redução salarial dos servidores da Educação. Estão em luta defendendo a
regulamentação da sede das merendeiras, que é uma pauta importante desse
movimento, e também pela valorização salarial dos auxiliares educacionais que
estão recebendo um salário inferior ao salário mínimo. Essa é a pauta desse
importante movimento de Francisco Morato.
No entanto,
além de não atender a pauta com as reivindicações, agora a prefeitura, a
prefeita da cidade de Francisco Morato acionou a Justiça e conseguiu uma
liminar impedindo a greve, que é um instrumento sagrado de luta, uma conquista
histórica da classe trabalhadora. Um absurdo total.
Nós repudiamos
veementemente essa atitude de criminalizar, de satanizar o movimento
importante, movimento de greve, que faz uma justa reivindicação, pagamento do
piso nacional salarial, regularização da sede para as merendeiras, reajuste
salarial para os servidores, os auxiliares que não têm, não ganham nem o
salário mínimo.
Essa é a luta
que os servidores e servidoras da Educação estão travando em Francisco Morato.
Então todo nosso apoio a vocês que estão em luta e todo o nosso repúdio à
prefeita que usou desse instrumento covarde, cruel e perverso.
E também quero
discordar veementemente aqui do Tribunal de Justiça, que concedeu, minha gente,
concedeu essa liminar, desrespeitando, afrontando, violando o direito sagrado
da greve dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, porque é uma conquista
histórica que nós inscrevemos inclusive na Constituição Federal de 88 também
para os servidores públicos de todo o Brasil, dos municípios, dos estados e
para os servidores da União. É lamentável.
Então fica aqui
o nosso protesto e dizer que nós tomaremos providências contra esse ataque
covarde da prefeita de Francisco Morato, que afeta a luta histórica importante
dos profissionais da Educação de Francisco Morato.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
E sigo aqui com a lista dos oradores
inscritos no Pequeno Expediente, chamando à tribuna a nobre deputada Márcia
Lia. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Professora Bebel.
(Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado
Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Caio
França. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Frederico
d’Avila. (Pausa.)
Deputado Douglas Garcia. (Pausa.)
Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Edna
Macedo. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife
do Consumidor. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.)
Neste momento abro a lista suplementar
de oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamando à tribuna o deputado
Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Castello Branco, que já está na tribuna e tem
o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito bem, destacando novamente a presença do ilustre
deputado estadual Wilker Barreto, representando a Assembleia Legislativa do
Amazonas, que eu tive a honra e o privilégio de conhecer na minha visita
técnico-profissional realizada no ano passado, visita longa, em que nós tivemos
por objetivo estreitar os laços industriais, comerciais e as relações
ambientais com um dos estados mais importantes do Brasil, que é o estado do
Amazonas.
Eu costumo
brincar que o estado mais rico é o estado de São Paulo, mas o estado mais
importante talvez seja o estado do Amazonas. É o maior estado em extensão
territorial, é o estado que tem a maior quantidade de riquezas minerais,
florestais, socioambientais do planeta. A pergunta que o cidadão paulista vai
fazer é: o que tem a ver o estado do Amazonas, a seis mil quilômetros de
distância do estado de São Paulo? Tem tudo a ver. Nós poderíamos fazer uma
longa preleção, mas vou me ater a três pontos.
O primeiro é
que a Zona Franca de Manaus, hoje conhecida como Suframa, Superintendência da
Zona Franca de Manaus, criada pelo meu tio-avô, presidente Castello Branco, em
21 de fevereiro de 1967 com o objetivo de desenvolver o estado do Amazonas, até
hoje é o modelo econômico sustentável.
Eu costumo
dizer que a Zona Franca de Manaus economiza para o Brasil milhões de
quilômetros quadrados de devastação florestal. Para cada real que é gerado na
Zona Franca de Manaus é menos extrativismo vegetal que se tem naquele estado.
Segundo ponto
importante da relação é que a Zona Franca de Manaus produz emprego, produz
renda, produz produtos que são comercializados no estado de São Paulo. Uma
estatística do IBGE de uns anos atrás dizia que para cada um real gerado lá no
estado do Amazonas gerava-se dez reais em São Paulo. Para cada emprego gerado
no estado do Amazonas se gerava quatro empregos em São Paulo.
Vou dar um
exemplo clássico sobre isso, a fábrica de motocicleta Yamaha, que é feita lá em
Manaus. Precisa ser vendida, quem é o maior mercado consumidor do País de
motocicleta? O estado de São Paulo. Precisa de uma concessionária, precisa de
mecânico, precisa de vendedor, precisa de autoescola, enfim, a partir desse
exemplo da motocicleta a gente pode expandir para outros artigos.
E o terceiro
ponto, muito importante, é a questão da preservação ambiental do Amazonas, que
impacta diretamente nas chuvas de todo o continente e, claro, na agricultura do
estado de São Paulo, o agronegócio, que é um dos pilares também do estado de
São Paulo.
Por tudo isso,
nós estamos fazendo aqui uma Frente Parlamentar de Desenvolvimento de Ações
Conjuntas entre o estado de São Paulo e o estado do Amazonas para que os
deputados dessas Casas possam conversar mais sobre vários assuntos, Meio
Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Educação, professor Giannazi, entre
outros temas que são afins aos dois estados.
Por fim, que o
senhor leve daqui as nossas melhores referências, que em breve possamos estar
junto às câmaras técnicas trabalhando algumas questões. Eu, como membro da
Comissão de Infraestrutura e de Ciência e Tecnologia, coloco as nossas
comissões ao seu dispor.
Sei que o
senhor já teve contato com essas comissões, que já pontuou através de ofícios,
de cartas, que, infelizmente, ainda não obtiveram resposta, mas me coloco como
interlocutor dessas negociações com as nossas comissões, afinal de contas, o
Brasil é um só e temos que lutar todos por um só ideal.
Muito obrigado,
deputado estadual Wilker Barreto, com uma longa trajetória política, de
vereador a deputado, quase vice-governador do estado do Amazonas,
vice-prefeito, aliás. Conte com a Assembleia Legislativa de São Paulo para que
possamos crescer juntos. Juntos somos mais fortes, somos todos um só.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada, Sr.
Deputado. Novamente destacando a honrosa visita do deputado estadual do estado
do Amazonas, Dr. Wilker, agradecendo a honra.
Eu sigo com a leitura da lista dos oradores
inscritos de forma suplementar, chamando à tribuna o deputado Agente Federal
Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Professora
Bebel. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Ricardo
Mellão. Vossa Excelência vai fazer uso da tribuna? Deputado Mellão? Então V.
Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente nas
galerias.
Eu queria
aproveitar, deputada Janaina Paschoal, que está hoje na nossa Presidência, para
corroborar com uma queixa que ela já fez aqui em plenário. Fez, inclusive,
junto aos líderes dos partidos.
Que é a falta
de atividade desta Casa, no que tange à questão legislativa neste ano. Porque,
pelas minhas contas, acho que a última votação foi a dos reajustes. Depois
disso, não tivemos mais nenhuma votação nesta Casa.
Infelizmente,
esqueceram que o papel do deputado é legislar, é criar leis, é discutir
projetos de lei. É o que não está acontecendo. Não sei se por ser o meu
primeiro mandato aqui na Casa, eu não tenho tanto conhecimento de como é a
rotina desta Casa num ano eleitoral.
Mas não parece
normal, quando a gente vem aqui, consciente de qual é o nosso dever. É o dever
que a própria lei atribui a um deputado, que é o de legislar e fiscalizar o
Poder Executivo.
E a gente,
infelizmente, vê poucas ações nesse sentido. Existe um plenário aqui, que
consome luz. Inclusive, foi reformada, recentemente, uma boa parte das
estruturas aqui. E nós não vemos nenhuma discussão.
Existem
milhares de projetos na pauta. Existem projetos dos deputados da Casa. E eu
falo isso com toda a tranquilidade porque eu tive, junto com o deputado Sergio
Victor, um projeto votado neste ano. Então não falo nem em causa própria.
Eu falo em nome
de todos os outros deputados que têm projetos esperando para serem pautados e
discutidos. E que, pelo que nós estamos vendo, pelo andar da carruagem, não
serão pautados esses projetos.
Então isso me
preocupa muito. Eu queria deixar o meu registro e fazer, novamente, esse apelo
e esse alerta. Pessoal, vamos trabalhar! Vamos discutir projeto de lei aqui.
Vamos debater. Esta Casa foi feita para isso. Esta Casa tem um custo altíssimo.
É um custo
bilionário ao pagador de impostos paulista justamente para que sejam discutidas
propostas de lei que vão beneficiar toda a sociedade. Ou não, dependendo da lei
que é colocada.
Mas tem que ser
debatido. É a democracia. Nós não podemos aceitar esse tipo de situação. Se
isso era uma cultura da Casa, até então, está errado. Nós não recebemos salário
para ficar fazendo política, só. A gente recebe salário para cumprir com o
papel de deputado.
Quem acha a
tarefa de ser deputado, que é vir aqui, discutir projeto de lei, debater e
fiscalizar o Executivo, uma tarefa chata, árdua, escolhe outro ofício, gente.
Ninguém paga um parlamentar para ficar fazendo apenas política, para ficar
rodando, para fazer acordo e para pensar na sua próxima eleição e na sua
sobrevivência aqui na Casa.
Então fica o
meu registro. Estou extremamente inconformado e desconfortável com o fato de a
gente não estar discutindo, há boas semanas, simplesmente nenhum projeto,
quando a gente sabe que tem vários assuntos na pauta que poderiam já estar
sendo colocados aqui, principalmente dos próprios deputados da Casa, que não
tiveram ainda os seus projetos de lei sendo discutidos. Então faço esse apelo à
nossa Presidência para que a Casa volte ao seu ritmo normal.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos. Inclusive, agradecemos o apoio, Sr. Deputado.
Sigo com a lista dos oradores inscritos de
forma suplementar, chamando à tribuna o deputado Caio França. (Pausa.) Na
sequência, o deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o prazo regimental de
cinco minutos.
O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado,
Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal. Eu cumprimento a todos os deputados
presentes no Pequeno Expediente, deputada Leticia Aguiar, deputada Adriana
Borgo, Castello Branco, Giannazi. Wilker Barreto, deputado pelo estado do
Amazonas, seja muito bem-vindo a esta Casa, muito bem acompanhado pelo Castello
Branco. Damasio, que está aqui também. Cumprimento os nossos policiais
militares e civis, os nossos assessores, público que nos assiste da galeria e
quem nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
fiquei surpreso hoje, vindo para a Assembleia, com a notícia de uma possível
renúncia de Arthur do Val. Vai renunciar; arregou, correu. Vive faltando, né.
Se você olhar aqui, você nunca o encontra na Assembleia. É engraçado, Borgo,
que ele diz - pelo menos, segundo a notícia - que vai renunciar nesta data. E
ele pediu afastamento, Leticia. Ele está afastado e renuncia; não trabalha,
ninguém sabe.
Olha,
a assessoria dele já deve estar transpirando sangue, né. Vai ter que trabalhar
aquele bando de vagabundo, também, regado a gratificação especial de
desempenho: 18 mil reais para não trabalhar, não produzir absolutamente nada,
presidente. E nós sabemos disso.
E,
para nem tanta surpresa assim, o que ele diz? Que está sendo perseguido por
este Parlamento. Mesmo no declínio, mesmo sabendo que vai ser cassado, deputado
Carlos Giannazi, pela quebra de decoro parlamentar, ele continua insistindo
nessa narrativa canalha de perseguição.
Arthur
do Val que tem duas punições no Conselho de Ética, duas advertências. E eu me
orgulho, porque uma delas fui eu que dei. Por quê, Jabá? Porque ele liberou um
assessor que ganhava mais de 20 mil reais para ir pedalar nas montanhas do
Chile. O cara fraudou o ponto, e ele assume isso. Ele assume isso ao
desembargador. O desembargador fez vista grossa: “não é comigo”. Exatamente...
Chamando
funcionário público, neste plenário, de vagabundo. Mas nós sabemos quem é o
verdadeiro vagabundo. E, presidente, ele continua fazendo chacota deste
Parlamento.
Põe
aqui uma imagem que os líderes do MBL postaram esta semana. Olha que coisa
fofa, olha que bonitinho: Arthur do Val de Cezar, aula magna. E ele diz ali que
vai explicar por que está sendo cassado, por que está sendo perseguido.
Obviamente,
ele não diz que é um predador sexual, que é um tarado, que não pode ver mulher,
inclusive comparando mulheres refugiadas, numa fila ali, tentando fugir da
guerra, com uma fila de balada, Leticia.
Explicando
aos seus pares, aos seus amigos, que o Renan dos Santos, outro canalha... Estou
processando, Frederico d'Avila, o Renan dos Santos, só que o cara é tão canalha, tão
vagabundo, que o oficial de Justiça não consegue citá-lo. Não acham o Renan.
E
ele explica como - abre aspas - “pegar mulher”. Tem que ser pobre, segundo ele;
tem que ser em cidades pobres, tem que ser em fila de mercado. Isso são
palavras desse deputado, que vai ser cassado, de um deputado que estava na
Ucrânia fazendo bomba incendiária, para quê? Para que ele fazia bomba
incendiária, deputado Frederico d'Avila? Então, será cassado pela quebra de
decoro parlamentar, pelos seus crimes.
Mas
a gente precisa deixar registrados aqui os nossos parabéns à incompetência do
advogado desse cidadão, porque se tivesse renunciado... Ele diz aqui na nota
que está renunciando porque agora nós vamos discutir, Janaina, os seus direitos
políticos. Ele sabe que não; ele sabe que, cassado, perderá os direitos
políticos. Ele quer fazer mais fumaça, Giannazi; ele quer tentar constranger
este Parlamento.
Ele
será cassado e ficará inelegível. Que pena que é por oito anos, poderiam ser
mais. Poderia ser banido da política. Mas quer continuar fazendo vídeo para o
YouTube, se vitimizando, coitado.
Seus
assessores ganhando milhares de reais do pagador de imposto, ofendendo os
parlamentares que, sim, vamos nos reunir aqui em momento oportuno e vamos
cassar o mandato desse cidadão chamado Arthur do Val. É um criminoso, quebrou o
decoro parlamentar, sabe disso, é reincidente no Conselho de Ética, poucos
sabem disso, e será cassado.
Continue
aí, Arthur. Vá para trás da saia da mamãe, se esconda debaixo da mesa, porque
desde o seu retorno da Ucrânia você não teve coragem de vir aqui a este
plenário, seu covarde, canalha. Será cassado.
Muito
obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB -
Nós agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos
chamando à tribuna a nobre deputada Leticia Aguiar, que terá o prazo regimental
de cinco minutos.
A SRA. LETICIA AGUIAR
- PP - Obrigada,
Sra. Presidente. Cumprimento a todos os presentes aqui na galeria, cumprimento
a todos os deputados, colegas e a todos que nos acompanham pela Rede Alesp.
Quero
cumprimentar aqui o pessoal do sistema prisional, que está clamando aí para que
sejam chamados, para que haja o chamamento dos concursados. Contem com o apoio
desta deputada também em prol do Sistema Prisional, da Segurança Pública e do
Sistema Prisional.
Pois
bem, Sra. Presidente, eu quero, hoje, falar de uma questão bastante importante.
Eu tenho recebido muitas notificações sobre o pagamento do auxílio Bolsa do
Povo, que foi aprovado nesta Casa aqui no ano passado e a gente tem recebido
muitas notificações sobre a falta de pagamento desses benefícios.
Recebi
diversos e-mails e imediatamente, em março deste ano, eu já comuniquei a
Secretaria de Desenvolvimento Social solicitando esclarecimentos e explicações
sobre o não pagamento dos benefícios.
Até
o momento, das duas notificações que eu fiz à Secretaria de Desenvolvimento
Social, as duas respostas que eu obtive são inócuas, não são claras, são
informações rasas, sem nenhuma efetividade.
Ocorre
que, se você entrar no site bolsadopovo.sp.gov.br, está lá, na primeira página,
“investimento de um bilhão em 2021, maior programa de assistência social e
transferência de renda da história do estado de São Paulo”.
A
gente sabe que esse governo, o governo Doria, sabe fazer o seu marketing muito
bem, mas o que a gente quer é explicação, transparência e a efetividade do
pagamento desses auxílios de pessoas em situação de vulnerabilidade, que
precisam receber porque estão diante de uma situação muito difícil e esse
prejuízo não pode acontecer, já que esta Casa aprovou esse projeto Bolsa do
Povo.
Agora
quero, também, notificar todas as famílias das pessoas que entraram em contato
conosco, no nosso gabinete, de que vou fazer a terceira notificação para a
Secretaria de Desenvolvimento Social, agora com um requerimento de informações
mais amplo, mais detalhado, e seguirei cobrando e fazendo a minha parte.
Então
você, mulher, homem, famílias que estão dependendo desse auxílio emergencial,
desse benefício, você que está aí em uma situação difícil e precisa receber
esse auxílio, conte aqui com o trabalho desta deputada.
Obrigada,
Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB -
Nós agradecemos, Sra. Deputada. Receba a minha solidariedade e o meu apoio,
porque também recebi reclamações e denúncias neste sentido.
Então venho
aqui me unir à V. Exa. neste pleito de que se cumpra a palavra dada. Aliás,
quando votamos o projeto aqui eu alertei que o projeto era vago demais, deixava
o Executivo livre demais, e agora estamos vendo os resultados.
Seguindo com a
lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna a nobre deputada Adriana Borgo,
que tem o prazo regimental de cinco minutos.
A SRA. ADRIANA BORGO -
PTC - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Boa tarde a todos, a todos os policiais presentes aqui, meus amigos
parlamentares e, lógico, ao Sistema Prisional se fazendo presente, cobrando
aquilo que é de direito, que é o chamamento dos concursos, há mais de oito anos
esperando.
Que
vocês tenham sucesso e que o governador Rodrigo Garcia tenha esse olhar humano,
não só porque é uma questão de direito, mas uma questão de necessidade de todo
o povo paulista. Parabéns pelo manifesto e pela marcante presença.
Gostaria de que
a técnica soltasse uma foto. Esta semana tive um acidente: uma peça de um
caminhão se desprendeu e a gente acabou se envolvendo em um acidente com mais
seis carros.
Graças a Deus
ninguém foi ferido, mas tivemos prejuízos não só no carro oficial, mas nos
outros carros também. Essa peça foi quicando e acabou atingindo os veículos,
cortando pneus, enfim, teve um caso mais grave.
Nessa ocasião,
fui atendida por esses policiais militares, além de toda a equipe da AutoBAn. É
o 3º Sargento Costa, o soldado Eli Garcia, o cabo Damasceno, a policial
feminina Amado e também o soldado Carriel. Como todo policial do estado de São
Paulo, sempre ativos, sempre prontos, em prontidão para nos dar o maior
atendimento possível, para nos acalmar.
Esses policiais
militares rodoviários estão tendo as suas funções desviadas e o povo está
ficando sem segurança nas rodovias, porque já são mais de 47 bases da Polícia
Rodoviária que foram fechadas pelo então “desgovernador” João Doria.
Nós viemos aqui
para fazer um apelo ao novo governador para que reabra essas bases da Polícia
Rodoviária, porque nos assaltos de cargas, nos acidentes nas rodovias, no
pronto atendimento a qualquer ocorrência, são esses homens e mulheres que nos
protegem.
E mais: as
concessionárias pagam e pagam bem pelas viaturas que fornecem para a Polícia
Rodoviária, pagam bem para que eles tenham suas bases arrumadas. Então, não há
motivo para que o Comando da Polícia Militar seja conivente com esse jeito
ridículo anterior, desse “desgovernador”, de fechar as bases ao invés de
aumentar e dar meios e condições.
Lembrando que
todo esse dinheiro pago para manter os policiais rodoviários nos dando
segurança nas rodovias é pago pelo meu pedágio, pelo seu pedágio, com dinheiro
que é do povo, e é caro, é absurdo.
Fui de Campinas
a Avaí, mais de 17 pedágios, ida e volta. Então, tem muito dinheiro sobrando e
esses policiais, como todos os policiais militares do estado de São Paulo, os
policiais civis e o pessoal da SAP, têm que ser valorizados. Então, quero
deixar o meu agradecimento a vocês.
Também estive
ontem, Dia do Índio, em uma celebração em uma tribo Terena, onde fui
homenageada porque talvez os menos favorecidos, de onde não tem voto, sejam
menos procurados e tenham menos parlamentares interessados em ajudá-los.
Nessa visita de
ontem à tribo Terena, eu pude ver a alegria deles com uma emenda parlamentar
que, graças a minha estada como deputada, pudemos destinar para construir uma
quadra para que eles possam, dentro da vila indígena, que congrega várias
aldeias, fazer seus esportes e também servir para a sua educação. Então,
gostaria que vocês soltassem o vídeo, por favor.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Quero
agradecer, em nome do cacique Chicão, todo esse carinho. São meus irmãos, faço
parte da etnia. Alguns deputados andaram caçoando de mim nos grupinhos
pessoais, machistas e idiotas.
Fica aqui o meu
repúdio, porque onde tiver gente, não importa a tribo, nem o sexo, nem a
religião, esta deputada vai estar lá, porque o meu papel é defender a todos, do
pobre ao rico, aqueles que precisam e também aqueles que menos valorizam a
gente como parlamentar.
Um beijo no
coração. Muito obrigada.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos,
Sra. Deputada. Receba também a minha solidariedade. Eu nem sabia que tinham
falado qualquer coisa.
Minha solidariedade pelo acidente,
primeiro. Fico feliz que nada grave tenha ocorrido e por essas... Não sei o que
foi que disseram, mas me surpreendeu, porque o vídeo não tem nada; não tem
sentido.
A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - PARA
COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, ainda o machismo é muito grande não só em todas
as esferas, mas dentro da Assembleia Legislativa também. É ridículo.
São deputados
que nos abraçam aqui e que depois nos bastidores são valentões e ficam caçoando
da gente. Mas tudo bem, faz parte. Isso não menospreza o valor que nós temos
como parlamentares.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB -
Com certeza o mal está no outro. Receba o meu apoio, Sra. Deputada. Sigo aqui
com a lista dos oradores inscritos, chamando à tribuna o Sr. Deputado Frederico
d'Avila, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O SR. FREDERICO
D'AVILA - PL -
Sra. Presidente deputada Janaina Paschoal, Srs. Deputados, colegas aqui
presentes, venho a esta tribuna no dia de hoje conclamar um pleito que já vem
há muito tempo sendo cobrado do meu gabinete das indústrias do estado de São
Paulo.
As
indústrias que têm acumulados milhões de reais em créditos de ICMS e que não
são revertidos em prol dessas indústrias. Créditos de direito, créditos que são
de direito dessas indústrias.
E
para minha surpresa, no dia de ontem, chegou para mim um ofício de um
escritório de Contabilidade especializado em contabilidade rural, reclamando
que agora a recuperação de créditos de ICMS por parte dos produtores rurais
está encontrando dificuldades através do site da Secretaria da Fazenda, onde
você fazia o processo quase que todo de modo eletrônico.
Para
quem não entende muito dessa matéria, eu queria dizer que isso é muito ruim
para a economia do estado de São Paulo. Afinal de contas, quando você não restitui
os créditos de ICMS, primeiro, você está cerceando um direito daquele pagador
de impostos.
Segundo,
no caso das indústrias, você está impedindo o crescimento das indústrias, o reinvestimento
das indústrias aqui no estado de São Paulo e das suas manufaturas.
Então
nós temos indústrias não só de máquinas agrícolas, mas indústrias de toda
sorte, de toda espécie, de todo ramo de atuação, que estão com milhões - que se
somarmos vão chegar a bilhões de reais - em créditos acumulados de ICMS que
poderiam estar sendo investidos na ampliação dos seus parques industriais, na construção
de centros de distribuição, como recentemente uma empresa nos procurou na
região de Mogi Mirim.
Uma
empresa nos procurou dizendo que tinha milhões de reais em créditos retidos na
Secretaria da Fazenda e que se os créditos fossem liberados eles iriam investir
integralmente na ampliação da indústria, o que traria mais empregos, mais renda
e inclusive mais geração de tributos para o Estado.
Então,
de novo, professora Janaina, deputada Adriana Borgo, Sr. Deputado Gil Diniz,
Heni Cukier, o que acontece? Hoje nós temos o Estado derramando dinheiro em
algumas prefeituras, em alguns municípios, em programas do governo estadual às
custas do contribuinte.
De
um lado o contribuinte que foi imolado, asfixiado pelos efeitos do PL 529, que
se transformou em lei - a lei do cheque em branco do ICMS - aonde toda a economia
paulista foi imolada. E também, agora, a retenção dos créditos de ICMS por
parte da Secretaria da Fazenda para ficar fazendo graça para os prefeitos.
Sem
esquecer daquilo que o deputado Gil Diniz comentou ontem aqui nesta tribuna,
que foi a cooptação de prefeitos de outros partidos para o partido do Governo
do Estado.
Prefeitos
foram retirados do Republicanos, do PTB, do PP, do próprio Democratas, que
virou União Brasil, prefeitos que foram coagidos, compelidos a mudar de legenda
para que recebessem recursos e consequentemente votassem a favor do então
candidato, do então governador João Doria, que era pré-candidato nas prévias do
PSDB para ser candidato à Presidência da República.
Ou
seja, isso é praticamente uma extorsão. Então você muda de partido e eu te dou
recursos. Isso é um verdadeiro absurdo. Então tem bilhões de reais que foram
enviados pelo presidente Bolsonaro para o estado de São Paulo, por ocasião da
pandemia.
Teve
a suspensão de pagamento da dívida com a União da ordem de 14 bilhões de reais
por ano, o aumento da carga tributária dos efeitos do Projeto de lei 529, e
também agora, deputado Gil Diniz, deputada Janaina, a retenção de bilhões de
reais das indústrias, e agora também do produtor rural paulista, que poderiam
estar sendo reinjetados na economia.
A economia
estava girando mais rápido, recuperando mais rápido, dando mais emprego, e
consequentemente gerando mais tributos.
Queria aqui me
solidarizar com a Abimaq, que congrega as indústrias fabricantes de
equipamentos, que tem esse pleito como um principal pleito, e precisa que esses
créditos de ICMS sejam devolvidos, porque isso não é favor, não.
É um direito,
um direito do setor, o imposto foi recolhido e precisa ser restituído na medida
em que a legislação assim o permite. Nós não podemos continuar bastecendo o
caixa do Estado através do suor dos paulistas para o governo ficar fazendo
gracinha e fazendo campanha eleitoral antecipada através de máquina pública.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
Sigo aqui com a lista dos oradores
inscritos chamando novamente à tribuna o Sr. Deputado Carlos Giannazi, que tem
o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia; de volta à tribuna no dia de
hoje eu quero aqui manifestar o meu apoio e minha total solidariedade aos
professores da Universidade Federal do ABC, Prof. Fernando Cassio e o Prof.
Marco Antônio Bueno Filho, dois professores que foram vítimas de uma
perseguição política de censura, de mordaça porque, conversei até recentemente
com o Prof. Fernando Cassio e ele acabou de receber uma informação de uma
denúncia que foi feita contra ele e o Prof. Marco Antônio, uma denúncia feita
ao Ministério Público Federal.
Mas essa
denúncia foi feita há dois anos sobre um artigo que ambos assinaram, e que foi
publicado na UOL, falando, criticando, analisando aquela famigerada reunião
ministerial do governo Bolsonaro, aquela que foi feita no dia 22 de abril de
2020.
Todos se lembram quando o Ricardo Salles, o
ex-ministro do Meio Ambiente, disse que tinha que aproveitar a pandemia para
passar a boiada e atropelar a legislação ambiental para fazer, logicamente, o
desmatamento da Floresta Amazônica, naquela famigerada reunião que o Paulo
Guedes, ministro da Economia, disse que tinha que aproveitar a pandemia para
colocar uma bomba no bolso dos servidores públicos.
E colocaram,
porque daí eles congelaram os salários, congelaram os concursos públicos,
congelaram inclusive a evolução funcional, com a Lei Complementar 173.
O Weintraub, aquele
ministro fujão, que fugiu para os Estados Unidos e ganhou um cargo no Banco
Mundial do governo Bolsonaro, que atacou o Supremo, falou que tinha que prender
os ministros do Supremo.
O próprio
Bolsonaro disse que iria fazer intervenção na Polícia Federal, com medo de que
a Polícia Federal investigasse os seus filhos e os seus amigos. Foi aquela
reunião que foi criticada pelo artigo.
Então entraram
com uma denúncia contra dois professores universitários. Só que, logicamente,
não tinha fundamento nenhum, porque se trata de respeito à liberdade de
opinião, de manifestação, e esses professores têm a proteção da Constituição
Federal - o Art. 5º os protege.
Mas eles foram
vítimas de uma investigação do Ministério Público, que, logicamente, viu que
não tinha fundamento, mas só agora eles tiveram acesso a esse inquérito que foi
aberto, essa investigação. Logicamente, esse processo, essa investigação foi
arquivada porque ela não tem nenhum fundamento legal.
O que me
assusta é que isso é um atentado à democracia, um atentado à Constituição
Federal, um atentado à liberdade de expressão e mostra muito o caráter desse
governo, que é um governo protofascista, essa é a verdade, que tem sempre a
intenção, sempre sinaliza com golpe, sempre sinaliza com intervenção, um governo
extremamente perigoso, que tenta impor, sim, a censura e a mordaça.
Tentou impor
censura e mordaça nas nossas escolas, nos nossos professores em geral com o
“Escola sem partido”, mas não conseguiram, porque essa proposta é
inconstitucional. Então manifesto o nosso total apoio aos dois professores,
Fernando Cássio e Marco Antonio Bueno Filho.
Quero, só para
terminar a minha intervenção hoje na tribuna, manifestar novamente o meu apoio
à greve dos servidores do INSS. Estão em greve, não só reivindicando reposição
das perdas inflacionárias e melhores condições de trabalho, mas a principal
luta desses servidores em greve, inclusive que ocupam ainda hoje um setor da
Superintendência do INSS de São Paulo, é justamente pela melhoria do
atendimento.
O governo
Bolsonaro destruiu a Previdência Social no Brasil. Houve uma redução de 40 mil
servidores para 17 mil. O governo Bolsonaro não faz mais concurso público e
está colocando militares e estagiários para atender a população, pessoas sem
nenhuma experiência. É por isso que os processos estão todos atrasados.
Quem realmente
defende a população, que é a usuária do INSS, primeiro tem que defender que
haja uma estrutura adequada. As pessoas humildes que estão sofrendo e
reclamando agora, na verdade, já estavam reclamando antes.
A greve, na
verdade, é em defesa de toda a população usuária da Previdência Social. Então,
mais uma vez, manifesto o meu apoio e a minha solidariedade a esse importante
movimento que defende a Previdência Social e um atendimento digno para toda a
população.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos. Neste momento, encerro o Pequeno Expediente, abrindo imediatamente
o Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Iniciando a
leitura da lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Caio
França. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife
do Consumidor. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de dez minutos.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Para uma comunicação,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu só queria fazer um breve registro, que ontem nós tivemos
aqui uma solenidade sobre o parlamento da Hungria. Estiveram aqui a
cônsul-geral da Hungria, Sra. Zsuzsanna László; a cônsul Cultural da Hungria,
Sra. Eszter Dobos.
A mostra do parlamento húngaro está no espaço Quinto Centenário, na
entrada da Assembleia, do lado do Exército. As fotos, muito bonitas, tem toda a
exposição ali.
Ontem foi
ministrada no plenário ao lado por um historiador húngaro toda a história,
desde a concepção do parlamento húngaro, que completou, neste ano, 120 anos.
É um dos
prédios mais bonitos do mundo, é o terceiro maior parlamento do mundo. Eu não
sabia disso também. Mas ontem foi feita uma belíssima exposição aqui. Eu queria
convidar a todos para que conheçam.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Muito
obrigada, Sr. Deputado. Vamos sim visitar a exposição. Meus cumprimentos aos
representantes da Hungria.
Tive a honra de conhecer esse
importante país. População muito sofrida por dois totalitarismos. Para quem
tiver a oportunidade de visitar, eu recomendo irem ao museu, conhecido como
Casa do Terror, que menciona o terror mesmo que o povo húngaro vivenciou ao
longo de sua história. A palavra é de Vossa Excelência.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PTC -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Novamente, volto aqui para agradecer. Ontem eu tive uma
reunião muito importante e muito interessante, que aconteceu na Coopertrans,
uma das cooperativas que são integradas à Fecotrac, Federação das Cooperativas
de Transporte de Cargas.
É um universo
onde a gente não faz ideia de quais são as necessidades dessa categoria. Desde
segurança nas pistas, desde a fiscalização, desde baixo lucro para que eles
possam operar.
E o projeto das
cooperativas vem criar força não só para reduzir custos com o combustível, para
gerar mais empregos, mas também para ter força política, para reivindicarem os
seus direitos.
Nós estamos
lançando na Casa uma frente parlamentar em defesa das cooperativas dos
transportadores de cargas do estado de São Paulo. Convido a todos os
parlamentares que puderem assinar e conhecer um pouco mais dessa categoria que
movimenta o Brasil.
Sem os
caminhoneiros o Brasil para, isso é fato. Vimos aí, tanto nos manifestos
reivindicatórios como em apoio ao nosso presidente. Então coloco e peço a ajuda
dos deputados desta Casa para que se engajem nessa frente parlamentar tão
importante e tão solicitada por eles.
Venho também
fazer um apelo ao governador Rodrigo Garcia, mais uma vez. Para que ouça e
convoque o sistema prisional, que está à espera das nomeações, não só dos ASPs,
mas dos AEVPs, que está defasado.
Que olhe com
amor, que olhe com consideração porque o povo paulista precisa desse efetivo. E
quem está, já não aguenta mais ter que passar por tanta humilhação e por tantos
descasos por falta desses novos trabalhadores.
Mandar também
um abraço muito especial a todos da Fundação Casa, que, não diferente dos
outros segmentos da Segurança Pública, continuam defasados nos seus salários,
continuam sendo arrochados na ponta da linha, os seus sindicatos perseguidos
pelo jeito PSDB de governar.
Então eu peço.
Nós estamos no início de um novo mandato, onde temos esperanças de mudanças.
Que o governador comece a olhar esses pedidos e essas categorias tão precisadas
de apoio e de reconhecimento.
Não posso
deixar também de fazer um novo pedido para o governador a respeito dos bônus da
Polícia Militar e da Polícia Civil. Gente, o último semestre, quarto, quinto e
sexto bimestres, foi pago em 2020. O Estado está dando um ano de canseira e de
calote aos nossos profissionais de Segurança Pública, aos nossos policiais
militares.
Nós,
parlamentares que defendemos a Segurança Pública, já oficiamos, já pedimos e
não temos respostas concretas. Dá-se a impressão de que nós não estamos fazendo
a nossa parte.
Mas, na
verdade, é o governo que não cumpre nem com aquilo que foi prometido e
acordado, que é o bônus. Já que não tem aumento salarial digno, pelo menos
pague os bônus das categorias da Segurança Pública.
Para terminar,
eu gostaria de falar sobre um tema ligado à Segurança Pública, que saiu na
“Folha de S. Paulo”, a respeito do alto índice de suicídio dos profissionais de
Segurança Pública. Agora, magicamente, despertou a preocupação do Comando Geral
da Polícia Militar, da Polícia Civil e dos bastidores do Governo do Estado.
Oras, eu estou
parlamentar há mais de três anos. A primeira coisa que eu fiz, quando eu
cheguei nesta Casa, foi criar uma frente parlamentar em combate ao suicídio de
profissionais de Segurança Pública. Sabem quantas vezes eu fui procurada pelo
comando de uma das instituições? Nunca. Sabem quantas vezes eu ofereci ajuda?
Todos os meses, todas as semanas.
Nós
já tiramos policiais de dentro das unidades, com depressão. Nós já tiramos, a
fórceps mesmo, policiais entregues à bebida em quartinhos escondidos dentro de
companhia.
Conseguimos,
graças a Deus, mobilizar e colocar essa policial em tratamento não só para a
cura dessa dependência e de outras dependências químicas. E o suicídio é uma
constante, uma verdade muito real.
Ninguém
consegue dar aquilo que não tem. Uma tropa doente é reflexo de um comando da
Polícia Militar, da Polícia Civil, doente. Se aqui nós temos um grupo de
narcisistas, que vem descendo no topo e adoecendo a tropa, é óbvio que, na hora
do confronto, o policial não tem mais estrutura emocional para combater o crime
e viver, em questão de segundos, entre a vida e a morte, e ter a melhor
solução.
Sofre
o povo e sofre o profissional de Segurança Pública. Agora está todo mundo se
preocupando, está alertado. “Nossa, o que nós vamos fazer? Puxa vida, o que nós
vamos fazer?”. O nosso gabinete, através de uma equipe de psicólogos gratuitos,
colocou à disposição, informou a todas as unidades da polícia que os
profissionais de Segurança Pública têm atendimento gratuito, não precisam se
deslocar.
Porque
hoje acontece uma coisa muito estranha, presidente: os policiais são atestados
pelos psicólogos e psiquiatras e são desatestados nas unidades, quando chegam,
e no HPM, da Polícia Militar, por exemplo, por ortopedistas, que só sabem ver a
dor física. Mas, da dor da alma, quem entende são os profissionais.
Eles
violam todos os tipos de direitos humanos dos policiais. A saúde mental, na
Polícia Militar... Eu falo da Polícia Militar porque é o que nós recebemos mais
de demanda. A Polícia Militar, hoje, contém um grupo de psicólogos excelentes:
os Naps, que são os núcleos de atendimento psicológico.
Esses
policiais, quando batem de frente e denunciam que o policial não está apto e
que ele precisa ser afastado, esses policiais - que são psicólogos, não ganham
nada a mais por isso - são afastados e concorrem até a escalas de jogo de
futebol para serem punidos. “Não mexam, quem manda aqui somos nós”.
Tiram-se
os direitos... Quando você se afasta por saúde, por licença doença, a sua
insalubridade continua sendo descontada e uma série de outros fatores são
descontados. Essa câmera maldita que fica observando... E aquilo não é para
proteger o policial, é para inibir as ações dele, porque o que vale são as
questões políticas, e não o poder de palavra de um policial, que foi treinado e
foi constituído pelo estado para exercer a função de policial.
Essa
câmera não é para proteger porque os bons não precisam; e a maioria é boa. Essa
câmera é para inibir, para “caguetar”, para transformar verdades e pôr os
policiais expostos a um comando e aos comandos que usam o “r-quero”.
O
“r-quero”, presidente, é assim: “eu não gosto de você” ou “eu questiono alguma
coisa”. Então, não é o regulamento disciplinar que impera, é o “r-quero”. “Eu
quero, eu posso, eu mando, eu sou coronel, eu sou superior, e quem manda na
‘bagaça’ aqui sou eu” - é isso que eles falam. Quantos abusos de autoridade nós
estamos recebendo, quantos policiais doentes mental e fisicamente, trabalhando
com colunas arrebentadas?
Os
profissionais de Segurança que vêm trabalhar e sofrem acidentes são afastados e
não concorrem às promoções, porque não é feito... Nós já colocamos projetos
aqui desse tipo, e ninguém tem um olhar de amor.
Porque
eles não podem fazer o TAF, nem concorrer às suas promoções devidas. Alguém se
acidenta porque quis? Alguém, por acaso, vai entrar debaixo de um caminhão e
ficar paraplégico, ou vai ficar com um problema físico, porque quis?
Meu
Deus do céu! E como que a gente vem falar de direitos humanos, como é que nós
queremos que os nossos profissionais de Segurança Pública garantam os direitos
dos outros se todos os dias, dentro das instituições, dentro dos quartéis, das
unidades, das delegacias, desde a falta de papel, aquela humilhação que os
escrivães passam, que os investigadores passam... Não tem viatura, não tem
nada.
O
policial militar, para quem tudo, tudo é RD. Se não pega na legalidade, inventa
um artigo lá, e vai pelo 13, vai pelo 12. Desconsidera a vida pregressa deles.
Todos os dias, policiais, na bica de se aposentar, próximos, são demitidos
injustamente, são exonerados. Não têm nem o direito à via rápida; mandam
embora, e você perde 30 anos da sua vida.
Você
entrou novinho, entrou saudável. Não é feito um exame para quando você sai da
polícia, porque se fosse feito e se tivesse uma justiça correta, se tivesse um
sistema de Previdência correto, esse policial não poderia sair das fileiras das
instituições.
Porque
você pega um menino novo e devolve um caco, seja emocionalmente, seja
fisicamente, e ninguém faz nada. A gente vem a esta tribuna, a gente
fala, a gente coloca os projetos. Olha, fazemos requerimentos que, às vezes... Tem
chegado resposta de requerimentos de urgência de dois anos atrás.
A gente já resolveu o problema do
policial ou o policial já saiu, já deu baixa, já foi transferido. Agora, o descaso
do governo em relação a nos dar resposta como parlamentares... E a gente
continua assistindo, continua aplaudindo, continua votando as coisas desses
caras aqui, e eles não olham o mínimo para o funcionalismo público.
Educação, Segurança e Saúde são o tripé
do Estado, é o que move tudo isto aqui, mas eu falo da Segurança Pública,
porque as outras categorias têm sindicatos. Os policiais militares, por exemplo,
não têm, não podem se expressar. Cabe a nós, como representantes, fazermos isso
por eles, e muitas vezes a gente faz, e a nossa voz é ignorada.
Então nós precisamos nos unir, presidente,
para que isso cesse, para que a valorização do humano policial, para que o
ser humano policial esteja acima de uma farda, de um colete e de uma armadura
que se impõem a eles, sendo que o coração e a alma estão feridos, a necessidade
física e financeira também.
Muito obrigada.
A SRA.
PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu que agradeço e mais uma vez me solidarizo com V. Exa. e
vosso trabalho.
Sigo aqui a leitura da lista dos oradores inscritos no Grande
Expediente chamando à tribuna o deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.)
Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.)
Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado
Douglas Garcia. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.)
Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.)
Deputado Frederico d'Avila, V. Exa. vai usar a tribuna? Não?
Abre mão de fazer o uso da palavra. Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi,
vai fazer uso da tribuna? Também abre mão da palavra. Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz, V. Exa. tem o prazo de 10 minutos.
O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado,
presidente. Volto aqui a esta tribuna só para deixar registrado o meu apoio às
nomeações dos funcionários, dos trabalhadores que já passaram no concurso, Fred,
e estão aguardando serem nomeados, os AEVPs, a nossa Polícia Penal, e inclusive
a regulamentação da Polícia Penal.
Para quem não entende, você que está em
casa, o deputado Giannazi protocolou uma PEC para regulamentar a Polícia Penal
aqui do Estado. O governador mandou a sua base sentar em cima, não regulamentou
ainda.
Falta interesse político da base do
governo, sendo que já era - vocês sabem disso - para ter sido regulamentada,
para que os nossos trabalhadores do sistema penal tivessem a sua carreira
regulamentada, nossos policiais penais. Então deixo aqui registrado, mais uma
vez, o meu apoio.
Presidente, retorno a esta tribuna para
falar um pouco sobre a CPI da Prevent Senior. Tentaram implantar, aprovar uma
CPI durante a pandemia, a CPI da Prevent Senior.
Um deputado do PT fez a proposta. O então
governador João Doria, naqueles comícios que ele fazia no Palácio dos
Bandeirantes diariamente, disse aos jornalistas que era favorável à implantação
dessa CPI nesta Casa de Leis.
A base do governo ficou toda ouriçada
para votar e aprovar, a toque de caixa, um requerimento de urgência, porque,
vejam vocês, olhem que crime: os profissionais da Prevent Senior estavam salvando
muitas vidas em seus hospitais, utilizando aqueles remédios, aqueles
medicamentos demonizados por esse pessoal.
Colocaram aqui a discussão do
requerimento de urgência e perderam. Não conseguiram, Fred. Acho que foi talvez
a única vitória que nós tivemos aqui durante o mandato. Seguramos a aprovação
do requerimento de urgência e a posterior implantação dessa famigerada CPI.
E
vejam vocês, senhores! Ontem li a matéria de que a Polícia Civil mandou
arquivar o caso, que os profissionais da Prevent Senior, Frederico d’Avila, não
cometeram crime nenhum, não cometeram irregularidade nenhuma, deputada Janaina.
E estavam sendo perseguidos aqui por vários dos deputados desta Casa, com o
patrocínio de João Doria, com o patrocínio de Rodrigo Garcia.
Como
é que fica agora? A honra desses profissionais da Saúde jogada na lata do lixo,
todos os dias deputados aqui, inclusive o presidente desta Casa, dando
entrevistas, dizendo que era favorável à investigação, que tinha que se
investigar.
O SR. FREDERICO
D’AVILA - PL -
COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Um aparte, deputado.
Só
para dizer que essa questão que o senhor tem colocado aqui é muito importante e
dizer que agora, passado todo esse episódio, nós vemos que o governo do estado
agiu para, politicamente, desmoralizar uma empresa que atende milhares de
pessoas que iam ficar desamparadas, provavelmente ia causar danos irreparáveis
à empresa, danos financeiros e econômicos irreparáveis à empresa, deixar essas
pessoas, que já têm uma certa idade, em uma situação complicadíssima para ingressar
em um outro plano de Saúde por conta de uma disputa política.
Na
verdade, o que eles queriam com a CPI da Prevent Senior era atingir o
presidente Bolsonaro, não é? E, a cada dia que passa, nós, que recebemos as
notícias do governo federal e também aquilo que o presidente falava em março,
abril de 2020 agora tem sido materializado como... O que ele vinha dizendo tem
sido materializado como a real efetividade daquilo que ele previa.
Então,
mais uma vez, o Sr. João Doria não pensou duas vezes em prejudicar
profissionais de um lado, dependentes do plano de outro, para atingir objetivos
políticos. E nada mais justo do que, passados esses dois anos e dois meses do
início da pandemia, que o Sr. João Doria pontue estratosféricos 1% nas
intenções de voto.
O SR. GIL DINIZ - PL - E já perde para a margem de erro.
A margem de erro é superior aos números, supostos números, de intenção de voto.
Vossa
Excelência colocou muito bem o ataque, a tentativa de ataque ao presidente
Bolsonaro, mas vou além. Tinha, sim, essa estratégia política de desgaste do
governo federal. João Doria que tenta, a todo custo, se viabilizar como
candidato, ou pré-candidato pelo PSDB. Ali dentro do ninho tucano tem uma briga
fratricida e, nessa briga, eu realmente torço pela briga.
Só
que tinha outros interesses, Frederico d’Avila. Alguns até inconfessáveis por
parte deles. A disputa de mercado desses homens e mulheres, desses idosos;
idosos tão discriminados, tão perseguidos por esse governo de São Paulo, do Sr.
João Doria. Idosos que, inclusive, perderam a sua gratuidade no transporte
coletivo aqui em São Paulo.
Vim
aqui a esta tribuna à época, deputada Janaina - V. Exa. também pontuou várias
vezes desta tribuna - dizer: “Vejam bem, não é uma guerra pelo mercado? Será
que não tem empresas patrocinando essa CPI neste plenário?”. Porque a energia
que esses senhores gastavam aqui para aprovar um requerimento de urgência, no
mínimo, chamava a atenção.
E
eu lembro que na época eu pedi para que se procurasse para quais candidatos,
para quais deputados ou senadores o CEO, os dirigentes de uma empresa
concorrente doaram.
Faz
uma pesquisa aí no Google que você vai encontrar. Então, na verdade, estavam
utilizando essa ferramenta, que é a CPI, Frederico d’Avila, politicamente. Para
desgastar o presidente por um lado e, por um outro lado, tentando aí fazer uma
guerra de mercado usando este parlamento.
Alguns
aqui, inocentes úteis, para não falar idiotas úteis. Outros sabiam muito bem a
quem estavam servindo e a quem estão servindo até hoje.
Então,
fico feliz de ver o resultado dessa nossa resistência aqui no plenário para que
não se aprovasse aquele requerimento de urgência - conseguimos barrar - e para
que não se implantasse essa famigerada CPI. Hoje nós vemos que estávamos com a
razão.
Senhores,
vários crimes foram cometidos por gestores durante essa CPI. Tirar as crianças
das escolas, obrigar as crianças a se inocularem com substâncias experimentais
e vários outros. Aumentos de impostos, arrancando o coro do cidadão. Mas não
vai ficar por isso mesmo, porque a nossa população está acordando.
Nós estamos
vendo quem realmente lutava pela população, mas eu peço a vocês que vejam as
posições desses deputados estaduais, federais e senadores, como se posicionaram
nessas questões, como alguns gastaram a sua energia querendo dinamitar uma
empresa séria como a Prevent Senior.
Eu fico
tranquilo para falar da Prevent, porque não conheço ninguém da Prevent Senior,
ninguém que trabalha na Prevent Senior. Ninguém. Conheço usuários, pessoas que
me dão um bom testemunho do atendimento dessa empresa.
E deixo aqui
registrados os meus parabéns a esses profissionais da Saúde, esses sim heróis
que combateram o vírus, que salvaram vidas, que salvaram vidas humanas ali na
linha de frente, que não mediram esforços para fazer o possível naquele momento
de crise, mesmo sendo atacados por esses irresponsáveis que tentavam a todo
custo destruir as carreiras desses médicos e essa empresa que nós sabemos ser
séria.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu agradeço,
Sr. Deputado.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL -
Pela ordem. Gostaria de usar a palavra pelo Art. 82 pela liderança do PSOL.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Vossa
Excelência tem a palavra pelo prazo regimental de cinco minutos.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - PELO ART. 82 - Bom, primeiro quero saudar os trabalhadores
do serviço penitenciário que estão mobilizados em acampamento aqui na frente e
ocupando o plenário, lutando pelos seus direitos trabalhistas e por dignidade
no serviço prestado à população.
Em nome deles,
saudar outros tantos servidores e servidoras que estão em luta pelo estado de
São Paulo nos seus municípios.
A gente está
atravessando agora o que a gente está chamando de “Outono Vermelho”. São
dezenas de cidades e servidores em lutas por reparação salarial, pelo piso da
carreira de professores e por dignidade, pelo trabalho, como estão aqui os
trabalhadores do serviço penitenciário do estado de São Paulo.
Ontem, por exemplo,
estive em Araraquara. Quero saudar os servidores públicos municiais de
Araraquara que estão em estado de greve lutando por reposição salarial e faço
aqui um apelo ao prefeito Edinho, do Partido dos Trabalhadores, para que receba
a comissão grevista e negocie junto aos trabalhadores que, desde 2019, não
recebem reposição salarial.
A gente está
atravessando uma pandemia e, para você que está em casa e não entende direito o
que está acontecendo, todo ano a gente tem reajuste do salário mínimo e os trabalhadores
da iniciativa privada recebem o dissídio.
Durante a
pandemia, diversos servidores públicos não receberam reparação salarial. A
gente está diante de um esdrúxulo cenário que tem servidores municipais
ganhando abaixo do salário mínimo nacional estadual. A gente tem diversas
carreiras ganhando, em média, 1.000 reais, 1.080 reais, quando o salário mínimo
já supera muito esse valor.
As prefeituras
alegam diversos motivos para não receberem esses trabalhadores e não negociarem
reajustes dignos. Salário digno, o mínimo salarial e o piso da categoria dos
trabalhadores da Educação, é direito.
Por
isso quero saudar os trabalhadores de Araraquara, de Campinas, que estão em
estado de greve, de São Bernardo do Campo, de Santo André, de Amparo, de
Ourinhos, de Itanhaém, Mongaguá, São Caetano do Sul, Piracicaba, de São Paulo,
do Judiciário, os condutores, os professores estaduais, trabalhadores da rede municipal
de São José dos Campos, de Guarulhos, que tiveram a vexatória proposta de zero
de reajuste para este ano, os trabalhadores da Toyota, da iniciativa privada,
mas que também estão em estado de greve, estão lutando por reposição salarial,
de Taubaté, os professores de Francisco Morato, os aposentados do Estado e os
trabalhadores do INSS, que estão agora ocupando a sede do INSS aqui na cidade
de São Paulo.
Mais
tarde também devo estar com eles. São muitas as lutas dos trabalhadores do
Judiciário também do estado de São Paulo. São muitas as lutas e mobilizações
dos trabalhadores e servidores públicos do estado de São Paulo e dos municípios
do estado de São Paulo por condição digna de vida.
Você,
trabalhador, deve estar entendendo que um salário mínimo já não dá mais para o
supermercado, não dá mais para a compra do mês; que o seu salário antigo, seja
ele qual for, não fecha mais as contas. Não dá para pagar a luz, a gasolina, o
gás, o aluguel e o supermercado.
É
por isso também que o impacto sobre a vida dos servidores públicos, esses tão
atacados e acachapados no último período. Esses que a gente chama de privilegiados
- quer dizer, que alguns chamam de privilegiados -, mas que na grande maioria são
professores e trabalhadores da Segurança Pública com salários vergonhosos, que sem
reajuste nos últimos anos não estão conseguindo também pagar as contas do seu
mês.
Nós
estamos oficiando todas as prefeituras pedindo que se faça o mínimo, que é
receber os grevistas e os servidores públicos para abrir uma mesa de negociação
a fim de negociar o que seria a dignidade mínima para os trabalhadores que
prestam o serviço à população em estado de vulnerabilidade e a toda a população
do estado de São Paulo.
Porque
os servidores públicos - eu sempre digo isso - são aqueles que fazem o Estado
chegar e prestar o seu serviço à população. Não existe estado sem o servidor
público. Portanto, o servidor público precisa ser valorizado, o que a gente não
está verificando no último período.
Mais
uma vez deixar a minha solidariedade; daqui a pouco vou passar pelo acampamento
de vocês. Nosso mandato segue à disposição dos agentes penitenciários e segue à
disposição de todos os servidores públicos do estado de São Paulo.
Obrigada.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB -
Nós agradecemos, Sra. Deputada.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PL -
Para uma comunicação, Sra. Presidente?
A SRA.
PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não. É regimental.
O SR. FREDERICO
D'AVILA - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu queria manifestar aqui a minha indignação com essa reforma
aqui na Assembleia que está acontecendo exatamente aos moldes do Palácio dos
Bandeirantes: estão pintando tudo de cinza e preto. Está parecendo um mausoléu
aqui a Assembleia Legislativa, igual ao Palácio dos Bandeirantes.
Então,
porta preta, corredor cinza, a coisa mais horrível do mundo. Isso aqui mostra
que nós não passamos de uma extensão, um puxadinho, infelizmente, do Palácio
dos Bandeirantes. Até a coloração do interior da Casa, da decoração da Casa,
está copiando o Palácio dos Bandeirantes.
Como
não há mal que sempre dure - e o Palácio dos Bandeirantes por dentro parece uma
catacumba de tão escuro e cinza que estão ali todas as salas - se Deus quiser,
em janeiro, nós vamos bater lixa em tudo aquilo ali e voltar a sua decoração
original dos lambris de madeira, cor de madeira, porque é inacreditável a
interferência do Executivo no Legislativo até na questão arquitetônica.
Obrigado,
Sra. Presidente.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL -
Pela ordem.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois
não, deputada.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Primeiro, para uma comunicação, quero dizer que a gente não
concorda em muita coisa, mas nisso eu concordo com o Frederico.
A gente é um
mausoléu, seja pelo mau gosto e pelo preço do mármore branco, e agora pelo
adendo decorativo do preto e cinza por toda parte. E, por fim, se não houver
mais ninguém querendo falar e usar, eu ia pedir o levantamento da sessão.
O SR. GIL DINIZ - PL - Rapidamente,
presidente, para uma comunicação antes de levantar os trabalhos?
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É
regimental.
O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só
para deixar registrado os meus parabéns ao Exército brasileiro, que fez mais um
ano de aniversário ontem, o Exército Brasileiro que atua nos quatro cantos do
País.
Temos aqui em
frente à Assembleia Legislativa, ao Palácio Nove de Julho o Comando Militar do
Sudeste. Então, deixar registrado meus parabéns a esses homens e mulheres
que... 374 anos da Batalha dos Guararapes.
Então deixo
registrado aqui, presidente, meus parabéns, parabéns ao general Tomás,
Comandante Militar do Sudeste, a todos os militares, oficiais, às praças,
principalmente a essas pessoas que a gente tem contato diariamente.
Registrado aqui
meus parabéns ao nosso Exército Brasileiro, especialmente ao Colégio Militar de
São Paulo, onde meu filho hoje, Nathan, estuda, o mais novo colégio do Sistema
Colégio Militar.
Obrigado,
presidente.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Agora sim peço
o levantamento da presente sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada,
deputada.
Também estendo meus cumprimentos ao
Exército Brasileiro. Ontem, inclusive, ao lado de vários colegas, estive na
cerimônia aqui em frente em comemoração à data tão importante.
E havendo acordo de lideranças, Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, antes de dar por levantados os
nossos trabalhos, convoca V. Exas. para uma sessão ordinária a ter lugar na
segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Muito obrigada, boa tarde a todos.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 15 horas e 36 minutos.
*
* *