30 DE MARÇO DE 2022

12ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CARLOS GIANNAZI, CORONEL TELHADA, JANAINA PASCHOAL, CARLÃO PIGNATARI e DELEGADO OLIM

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CASTELLO BRANCO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

4 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - EDNA MACEDO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência.

 

8 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - ALTAIR MORAES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

10 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

12 - PAULO LULA FIORILO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

13 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

14 - PAULO LULA FIORILO

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

15 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

16 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

17 - MAJOR MECCA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

18 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

19 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

20 - PAULO LULA FIORILO

Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado Conte Lopes).

 

21 - PAULO LULA FIORILO

Solicita a suspensão da sessão até as 16h30min, por acordo de lideranças.

 

22 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Defere o pedido. Suspende a sessão às 15 horas e 57 minutos, até as 16h30min.

 

ORDEM DO DIA

23 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h32min. Encerra a discussão e coloca em votação o requerimento de urgência ao PL 884/21.

 

24 - TEONILIO BARBA LULA

Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 884/21.

 

25 - DELEGADO OLIM

Assume a Presidência. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de urgência ao PL 884/21. Coloca em votação e declara aprovado o PDL 14/22.

 

26 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

27 - PRESIDENTE DELEGADO OLIM

Defere o pedido. Convoca para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior, e recebe o expediente, e vamos iniciar a chamada da lista de oradores do Pequeno Expediente.

Com a palavra o deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Com a palavra deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)  Com a palavra Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Castello Branco, para uso regimental da tribuna.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, público do estado de São Paulo, 30 de março 2022, uma quarta-feira. Estamos aqui no Pequeno Expediente para falar de um assunto diretamente ligado ao exercício do meu mandato parlamentar, que é a aviação.

Tudo o que diz respeito à aviação, nós estamos sempre presentes. Brigamos pela redução do ICMS de combustível. Brigamos e lutamos pela modernização das pistas no estado de São Paulo. Brigamos pela valorização dos pilotos, pelo aumento de linhas aéreas para o interior, e hoje trazemos uma modernização importante que ocorre no Aeroporto de Congonhas.

Estamos falando do Ministério da Infraestrutura, que entregou, nesta última sexta-feira, dia 25 de março, uma nova área de escape, com um sistema especializado de frenagem de aviões, no Aeroporto de Congonhas. A engenharia de retenção de velocidade, ou de diminuição de velocidade, foi implantada na pista principal do terminal, na Cabeceira 17 - Direita, do Aeroporto de Congonhas.

Congonhas é o primeiro aeroporto da América Latina a ter essa tecnologia, que já existe desde os anos 90, mas pela primeira vez chega ao Brasil. Ela está sendo implantada 15 anos após o acidente do Voo JJ 3054 da TAM, que foi um dos maiores da história do Brasil, e que, infelizmente, causou tantas vítimas. Se esse material, se essa tecnologia tivesse sido utilizada, nós não teríamos tido aquelas perdas.

De acordo com o cronograma original da obra, ela deveria ser entregue em mais dois meses, mas, por competência, por boa gestão, nós conseguimos antecipar a entrega, graças à boa administração do nosso ministro Tarcísio Gomes de Freitas

O sistema chama-se Emas, “engineered materials arresting system”, que, traduzindo, pode ser colocado como uma redução de velocidade ao final da pista. É um sistema que foi inventado chamado “runaway end area safety”. Ou seja, no final da pista você coloca uma estrutura metálica, um complemento de pista, e um tipo de asfalto, composto por blocos de concreto expandido, com uma característica tecnológica de que, quanto for maior a velocidade, e maior o peso, mais ela segura o avião.

Evidentemente, o avião vai perder os pneus, vai avariar um pouco o trem de pouso, mas não vai causar um acidente grave que comprometa a vida das pessoas. Foi um investimento de 122 milhões e 500 mil reais. Inicialmente, na Cabeceira 17 - Direita, que é a mais movimentada. Oportunamente, vai ser colocado também na Cabeceira 35 - Esquerda.

Na Cabeceira 17 - Direita, foram prolongados 70 metros com esse tipo de material, e na Cabeceira 35 - Esquerda, vai ser aumentado em 75 metros. As obras já começaram, com previsão de entrega até o final do ano.

Com isso, o Aeroporto de Congonhas, que era apelidado pelos bons pilotos com um porta-aviões perigoso, no meio da cidade de São Paulo, principalmente para pousos e decolagens em final de tarde chuvosos, com chuva.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

Eu pessoalmente, já tive a oportunidade de ter um pequeno incidente quando pilotava um Learjet, em 1994, e depois em 96, tomamos muito sustos. Final de tarde, dia chuvoso, pista curta, e você varar a pista.

Eu até hoje confesso, agora não mais, em função desse material, toda vez que vinha para São Paulo, com o tempo nublado, chovendo, começava a rezar, porque não sabia se o avião ia parar. Agora ele vai parar por força dessa tecnologia.

Nós temos aqui que o EMAS já é utilizado em mais de 200 aeroportos nos Estados Unidos, na Ásia, na Europa, mas, como eu já disse, em Congonhas temos o primeiro da América Latina.

Aqui tem um diagrama muito legal que mostra como isso funciona. É uma tecnologia desenvolvida para proporcionar a máxima desaceleração possível no menor espaço, lembrando que quanto maior a velocidade, maior o peso, mas ela vai frear o avião.

Ali tem um esquema dos blocos de concreto leve expandido que eu mostrei há pouco. Eu tenho uma amostra aqui, que se deformam quando uma aeronave ultrapassa o limite da pista.

E ali está mostrando o movimento da roda afundando nesse tipo de composto de piso, evitando que o avião vare a pista, caia do outro lado e cause vítimas. É genial. Foi feito por uma empresa suíça em consórcio com outras empresas de outros países a um custo muito baixo, uma excelente relação custo-benefício.

Aqui a gente tem uma visão terminal da Cabeceira 17 já pronta para uso. Essa estrutura metálica é uma novidade de Congonhas. São mais de 170 toneladas de ferro utilizados, porque quem conhece São Paulo, sabe que a pista estava com seu limite esgotado, então teve que fazer essa estrutura metálica para aumentar a pista em 70 metros. Genial e aprovado pelos órgãos internacionais de aviação.

Mais uma imagem, aqui outra visão lateral. Você vê a estrutura metálica e, em cima, o composto de concreto expandido. Essa é uma demanda antiga, um sonho acalentado por muitos pilotos, por muitos passageiros, e no pacote houve também a modernização do terminal Congonhas, que hoje conta com o que tem de mais moderno em conforto para os passageiros.

Parabéns ao ministro Tarcísio, parabéns ao governo do presidente Bolsonaro, excelente relação custo-benefício para a população de São Paulo. Como piloto eu posso dizer que agora as minhas orações foram atendidas e eu me sinto muito melhor, muito mais seguro, muito mais confortável em pousar em Congonhas, principalmente em dias de chuva.

Juntos somos mais fortes.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado Castello Branco.

Seguindo a lista de oradores, deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Eu falarei posteriormente. Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.  Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Coronel Telhada que preside esta sessão, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectadores da TV Assembleia, ontem nós assistimos aqui, neste plenário, a um verdadeiro massacre contra a carreira do Magistério estadual com a aprovação do projeto do Doria/Rossieli da farsa da nova carreira, o PLC nº 03.

O projeto é tão ruim, tão indecente, tão destruidor da carreira do Magistério que o governo, para aprová-lo, teve que incluir vários submarinos, teve que utilizar de artifícios nada republicanos, como, por exemplo, colocar o reajuste dos 10% para o Magistério e para os aposentados e pensionistas. Esse item do projeto deveria estar no PLC nº 02, como reivindicamos o tempo todo.

O PLC nº 02, que foi aprovado há um mês, esse sim era o projeto do reajuste geral de todos os servidores do estado de São Paulo. Mas o governo, de forma maquiavélica e perversa, incluiu o reajuste nesse PLC 03, para forçar a aprovação.

Utilizou também, além desse reajuste para aprovar o projeto, os servidores do QAE e do QSE, servidores fundamentais para o funcionamento das nossas escolas, incluindo no PLC 03, que, em tese, é um plano de carreira do Magistério.

Ele incluiu dentro uma outra carreira, que não é do Magistério, é da Educação, mas tem um plano próprio, que ele deveria ter enviado um projeto específico de valorização da carreira, de fato, do QAE e do QSE.

Não, ele utilizou, mais uma vez, o QAE e o QSE para aprovar esse projeto e também os professores categoria “O”, dizendo que os professores categoria “O” vão ter um salário agora de cinco mil reais.

Mas vamos aos fatos: primeiramente que o governo sempre desprezou e continua desprezando os professores categoria “O”, com a contratação precarizada pela Lei nº 1.093, com duzentena, com quarentena, com humilhação no processo de atribuição de aulas, que a gente acompanha há anos.

Então, utilizou o professor categoria “O”, que depois é expulso da rede por essa Lei nº 1.093, de 2009, do PSDB, que expulsa os professores categoria “O”. Usou também os aposentados e pensionistas. Eu vim aqui à tribuna e vi o líder do Governo falando em nome dos aposentados.

Nunca vi tanta hipocrisia, porque esse governo massacra os aposentados e pensionistas. Confiscou as aposentadorias, as pensões, fez uma reforma perversa da Previdência, boicota o tempo todo o nosso PDL 22 para que ele não seja aprovado e haja o fim desse confisco, apesar do apoio de vários deputados, inclusive da base do governo, querendo aprovar o PDL nº 22.

Utilizou então de várias artimanhas para aprovar o projeto e o projeto, infelizmente, foi aprovado. Ele vai prejudicar... Nós apresentamos o nosso roteiro para destacar, para aprovar apenas o reajuste, que nós defendemos até mais de 10 por cento.

Nós defendemos, na verdade, o reajuste do piso nacional salarial de 33,24% e também destacamos que iríamos votar favoravelmente e por isso nós pedimos no momento do debate o destaque para o QAE e o QSE, para os servidores do quadro de apoio escolar, que nós também defendemos, logicamente.

Mas, enfim, o projeto foi aprovado e, como ele foi aprovado, ele vai destruir a carreira do Magistério estadual. Ele vai prejudicar mais de 250 mil profissionais da Educação, do Magistério, como professores, diretores e supervisores de ensino. Eu só vou dar...

Ontem eu citei esse artigo, mas só para os deputados saberem o que eles aprovaram de fato... Muitos foram enganados aqui, caíram na cantilena, no canto da sereia do candidato agora, Rossieli Soares. Vi uma matéria hoje no G1 de que ele vai ser candidato a deputado federal. Então, acho que ele sai junto com o Doria, talvez amanhã ou até o dia 2.

Mas olha, Sr. Presidente, só para finalizar a primeira intervenção que vou fazer hoje - quero fazer outra -, o que diz o PL 51? Isso aqui é um AI-5, é um instrumento autoritário que vai penalizar milhares de professores. Olha só o que diz o Art. 51 sobre a permanência dos professores nas escolas PEI. Segundo o governo, vamos ter até o final do ano três mil escolas PEI de ensino integral, ou seja, mais da metade da rede.

Ele diz o seguinte, Sr. Presidente. Vou só ler aqui o Art. 51 do projeto que V. Exas. aprovaram contra o Magistério: “A permanência dos integrantes do Quadro do Magistério nas escolas estaduais do PEI - Programa Ensino Integral será disciplinada em regulamento próprio e está condicionada ao cumprimento dos seguintes requisitos”.

Entre eles, o mais assustador de todos, Sr. Presidente, é o § 1º do inciso II, que diz o seguinte: “É permitida, no interesse da administração escolar, a imediata cessação da atuação do docente nas escolas PEI”. Ou seja, o diretor, a direção da escola, pode demitir o professor a qualquer momento sem nenhum tipo de justificativa, sem mesmo uma avaliação.

É um instrumento autoritário, é o AI-5 da Educação. Foi isso que a Assembleia Legislativa aprovou ontem para beneficiar a propaganda eleitoral do Doria e do Rossieli Soares. Nós vamos judicializar, viu, Sr. Presidente? Estamos preparando uma Adin contra esse projeto que é eivado por inconstitucionalidades.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado.

Machado, por gentileza, eu não estou... Não sei se é você que cuida disso, mas o sinal dos cinco minutos, veja quem é para mim, por favor. Não está tocando o sinal. Por gentileza. Ok? Obrigado.

Prosseguindo na lista aqui, o próximo deputado é o deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)

Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, vai falar? Vossa Excelência tem os cinco minutos regimentais.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde a todos os deputados presentes aqui no Pequeno Expediente. Boa tarde aos nossos assessores, aos policiais militares e civis, ao público que nos acompanha pela Rede Alesp. Presidente, estive na zona leste de São Paulo entregando junto com o Ministério do Desenvolvimento Regional cerca de 300 unidades habitacionais.

Há dois dias, estive junto com o Ministério do Desenvolvimento Regional, deputado Altair, em Jaboatão dos Guararapes. O senhor conhece, a sua terra natal. Estive lá também em Pernambuco entregando 280 unidades habitacionais, Conjunto Suassuna 6, junto com o prefeito Anderson Ferreira.

Eu digo isso, deputado Altair, porque o governo federal durante esses três anos já entregou por todo o Brasil mais de um milhão e 250 mil unidades habitacionais para a nossa população de baixa renda. Repito aqui, Mecca: um milhão e 250 mil unidades habitacionais para a nossa população de baixa renda. E onde viu essa notícia?

Em lugar nenhum, ninguém fala. Mas ainda assim o presidente Bolsonaro com o ministro Rogério Marinho continua trabalhando pela nossa população, independente, Altair, de bandeira partidária, independente se o prefeito é do PT, do PSDB, do DEM, seja lá de onde. Então a gente estava com o prefeito Ricardo Nunes. Na cidade de São Paulo serão mais de 50 mil unidades, só na cidade de São Paulo, isso no Ministério do Desenvolvimento Regional falando de moradia popular, Altair.

Mas vejam vocês o trabalho desse ministério levando água para o Nordeste, conclusão da transposição do São Francisco. É verdade que foi outro governo que começou essa obra, mas não terminaram, Mecca, abandonaram por muitas vezes. Tivemos que refazer o projeto e gastar outros milhões para refazer aquilo que foi mal feito.

E foi concluído, Altair, em menos de quatro anos do primeiro mandato do presidente Bolsonaro. O partido que estava aí não concluiu em quase 16 anos de poder. E o que deixou ali de rastro? Corrupção, falta de projeto, deterioração do que tinha. Então parabéns ao presidente.

Parabéns ao Ministério do Desenvolvimento Regional, ministro Rogério Marinho, pelo trabalho que vem fazendo pelo nosso povo, principalmente pelo povo mais pobre.

Rogério Marinho, que esteve na região do Aricanduva, zona leste de São Paulo, dias atrás, entregando obra de contenção de enchente; esteve em Osasco conosco no Rochdale. Você aí de Osasco conhece, é histórica a situação do Rochdale.

Chove, tem enchente; chove, tem enchente; chove, tem enchente, e o governo federal investindo milhões de recursos aqui no estado de São Paulo, estado dominado por esse câncer que é o PSDB. Estivemos no Ipiranga também; o presidente Bolsonaro fez questão de vir.

Mais obras de contenção, de combate às enchentes. Então nós não olhamos aqui no governo federal coloração partidária, se governadores, deputado Coronel Telhada, fazem chicana com o presidente como o pífio governador João Doria, que atingiu, deputado Carlos Giannazi, 1% de intenção de votos, governador com toda a máquina do estado de São Paulo, com bilhões de Orçamento, com a propaganda que nunca se viu, nunca antes na história desse país nós vimos governador comprando a imprensa, comprando propaganda, conseguiu atingir a marca de 1% e já perde para a margem de erro. E vai tomar um golpe agora do Eduardo Leite dentro do PSDB.

Então, nós continuamos, seguimos trabalhando aqui pelo povo brasileiro independente, de onde esse povo esteja. E eu repito mais uma vez, tenho orgulho de defender o presidente Bolsonaro, tenho orgulho de defender aqui um ministro como o Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, que já entregou, em cerca de três anos, 1.250 mil unidades habitacionais para a nossa população de baixa renda. E é só o começo, Coronel Telhada.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado.

Próximo deputado, deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) 

Pela lista suplementar: deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.)

Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Edna Macedo.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, presidente Coronel Telhada, Sras. e Srs. Deputados, assessoria aqui presente no plenário, senhoras e senhores e todos os que nos assistem através da TV, a TV Alesp; em primeiro lugar, deputado Giannazi, eu quero dizer para V.Exa. que você pode contar com esta deputada no apoio no PDL 22. Estamos juntos.

Segundo, eu queria também falar para os professores que eu fiquei muito triste de não ter passado. Eu assinei junto com a Professora Bebel os 10% de aumento para o professorado, que foi uma tristeza muito grande.

É uma discriminação, dá para uns um valor e dá para outros outro, enfim, mas estamos juntos aqui. Não votei, não estava aqui, não pude votar, porque eu estava em Brasília, mas infelizmente passou, a gente só tem a lamentar.

E outra coisa que eu gostaria de falar, que eu estou muito feliz e satisfeita pela vinda dos ministros Tarcísio Freitas e a Damares, Damares Alves, para o nosso partido, Republicanos.

Foi assim uma coisa assim maravilhosa para nós por termos pessoas, gente como a gente, pessoas que pensam no povo, e quem pensa no povo pensa como Deus. Isso para nós é fantástico, porque o Republicanos abraça as pessoas com todo carinho e pensa, de fato e de verdade, no povo brasileiro.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.

 

* * *

Então está aqui a minha solidariedade com esse pessoal. Estamos juntos, eu fiquei muito, muito, muito feliz mesmo por ter a ministra Damares conosco e o ministro Tarcísio, que é um homem trabalhador, mostrou a que veio, é um dos melhores ministros do Bolsonaro, do presidente Bolsonaro.

Na Infraestrutura, realizou obras fantásticas, e o mais importante de tudo é o que eu falo sobre gestão: gestor não é aquele que quer inventar moda para deixar sua marca, não. É dar continuidade àquelas obras que começaram com dinheiro público e ele terminar a obra. Isso é que é ser um bom gestor.

Então, está de parabéns o nosso ministro. Que Deus os abençoe, e vamos caminhar juntos, porque a vitória será certa.

Muito obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sra. Deputada.

Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Coronel Telhada, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, assessores, funcionários aqui presentes, todos que nos assistem pela Rede Alesp, policiais femininas.

Aliás, o empoderamento feminino está terrível aqui hoje, Edna. Só mulher no policiamento, uma presidente, a senhora aqui, o policiamento todo feminino. Hoje o empoderamento feminino aqui na sessão está forte. Obrigado, meninas, pelo policiamento, pela segurança que têm trazido para a gente aqui. Policiais que estão ali em cima, também muito obrigado.

Hoje, dia 30 de março, quarta-feira, nós temos dois municípios aniversariando, o município de Orlândia - aproveito e mando um abraço ao amigo Fabião Junqueira, de Orlândia, e a toda família - e também da cidade de Jambeiro. Um abraço, então, a todos os amigos e amigas das cidades de Orlândia e também de Jambeiro.

Os senhores sabem que eu, diariamente, trago as notícias da Polícia Militar. A gente procura falar sobre segurança, que é o tema com que a gente praticamente trabalhou toda a vida.

Hoje nós temos uma notícia a lamentar aqui, não exatamente da Polícia Militar, mas de um membro da Segurança Pública, um policial penal que foi assassinado lá no bairro Santa Maria, bairro Jardim Filadélfia, na zona norte de Belo Horizonte.

É o agente penal Bruno Washington Tameirão, esse jovem aí. Ele tinha 40 anos de idade, deixou um filho de oito. Vocês sabem por que esse rapaz foi assassinado? Ele é policial penal e ele andava uniformizado, com o uniforme da polícia penal.

Os traficantes do bairro onde ele morava, deputada presidente, começaram a se incomodar com a presença desse policial, e um traficante de nome Sérgio, que foi preso já, esse canalha, esse traficante matou esse policial militar com uma facada.

Sabe por que, gente? Porque ele estava incomodando, atrapalhando o tráfico de entorpecentes do bairro, capitão Conte. Pior, esse traficante, advinha, estava de tornozeleira.

Eu entendo que quando acontece isso a nossa Justiça tinha que ser responsabilizada pela vida, pela morte desse cidadão. Ele só morreu porque esse canalha estava na rua a mando da Justiça brasileira, porque esse cara estava condenado, tanto era que estava de tornozeleira.

A Justiça colocou na rua esse traficante que estava traficando e ainda matou um policial penal lá em Minas Gerais, em Belo Horizonte, o policial penal de 40 anos, Bruno Washington Tameirão. Essa é a Justiça brasileira, põe ladrão na rua e mata homens e mulheres da Segurança, essa é a Justiça brasileira.

Queria comentar também uma ocorrência da Polícia Militar Ambiental lá da região, do nosso Litoral, mais especificamente do 3º Batalhão Ambiental. Essa ocorrência eu trouxe aqui por causa da tipicidade dela. Se não fosse trágico, seria cômico, se não fosse uma desgraça, seria uma piada.

Policiais militares do batalhão ambiental, do 3º BPM, estavam realizando patrulhamento no município de Ubatuba, lá no litoral de São Paulo, quando eles foram solicitados por um munícipe, que informou que um bote de alumínio havia sido furtado dentro do rancho dele, na praia do Perequê-Açu, bem como uma rede de pesca de 500 metros de comprimento.

O vagabundo, para vocês terem uma ideia, estava entrando em contato com o dono do bote e da rede pedindo o resgate do bote e da rede. Olhe só aonde nós chegamos, pedindo resgate de bote e de rede, 1.500 reais o vagabundo queria para devolver o bote e a rede do pescador.

E a Polícia Militar, patrulhando, acabou localizando o bote e essa rede, devolveu-os ao proprietário e o vagabundo conseguiu fugir antes da chegada da PM. Ainda foram localizados mais dois botes, de 8 HP e 15 HP.

Isso é para vocês verem o dia a dia da Polícia Militar, salva vidas, salva crianças, troca tira com ladrão, prende vagabundo, apreende material, prende traficante, e mesmo assim não tem valor. Aliás, o que esse governo tem feito é atrapalhar o serviço da polícia.

Ele tem colocado câmeras nos peitos dos policiais para os policiais não trabalharem. Ele tem pago um salário irrisório prometendo mentiras e não tem tido resultado satisfatório. Por quê? Porque o chefe da polícia, o governador, não valoriza as suas polícias.

E o resultado é este: é uma segurança falha, é uma segurança deficiente e a população em uma situação muito difícil trancada dentro de suas residências. Vamos mudar urgentemente o governo do estado de São Paulo. PSDB nunca mais.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Altair Moraes. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Cumprimento a Sra. Presidente e todos os deputados e funcionários da Alesp, os nossos policiais que estão aqui, uma galerazinha que está ali em cima que eu não sei quem é, mas cumprimento vocês também, tá? Obrigado por terem vindo aqui na Alesp.

Sra. Presidente, hoje eu quero fazer um anúncio com muita felicidade. O anúncio que o ministro Tarcísio, é hoje, filiado ao Republicanos e pré-candidato ao governo do estado de São Paulo. Eu vou falar algumas coisinhas, porque eu quero que o paulistano e o paulista entendam muito bem.

Nós estamos falando de um homem, coronel Conte Lopes, meu amigo, que está aqui, o Gil Diniz, o meu amigo que está aqui, o Major Mecca, deputado Wellington e outros. Nós estamos falando de um homem que está sendo colocado não só por causa de um partido. É muito interessante a gente colocar isso.

Falam que o presidente Bolsonaro é radical, falam que o presidente Bolsonaro não tem jogo, não tem conversa, não tem diálogo. Qual o presidente da República que teria coragem e peito para fazer o que ele fez?

Pegar um camarada que foi da época do PT, trabalhou com a Dilma Rousseff, como diretor da DNIT, um homem totalmente qualificado, técnico, que conhece muito bem a estrutura.

Qual o presidente que faria isso? Ele ficou lá, depois veio o Michel Temer, ele continuou por capacidade. Quando chegaram para o presidente Bolsonaro e falaram dele, ele poderia muito bem dizer: “Ah, não, mas peraí, foi do governo da Dilma, foi do governo do PT”. Não, o presidente não viu isso. O presidente deu carta branca e o colocou como ministro da Infraestrutura.

Então, não tem como questionar a capacidade de um homem desse. É inquestionável. Eu quero parabenizar o presidente Bolsonaro por ter feito isso, porque eu duvido muito, senhores, que qualquer um outro tivesse a coragem e o peito para fazer o que ele fez e deu total liberdade para montar o seu time e fazer o trabalho de excelência que o Tarcísio tem feito pelo Brasil.

E hoje eu trago uma boa nova, que é o nosso pré-candidato a governador do estado de São Paulo pelo Republicanos – dez - , o nosso Tarcisão. Queria que você que está do outro lado prestasse muita atenção ao que eu vou dizer: em relação à capacidade desse homem, é inquestionável, inquestionável.

Trabalhou no governo do PT, depois ficou com o Temer. Ninguém teve coragem de tirar, Telhada, de tão bom que o cara era. “Comigo não vai, porque o senhor é de outro partido, eu não gosto, é outra ideologia, vai embora, meu irmão”. Não, fica, porque nós precisamos de você.

E o presidente Bolsonaro foi macho, foi homem para dizer: “Eu não quero saber se ele entrou no governo Dilma ou não, eu quero saber da qualificação desse homem, da qualidade que ele tem”. E ele teve essa visão. Nenhum presidente faria isso, o senhor concorda, Telhada? Nenhum teria coragem de fazer isso.

Mas ele fez, apoiou, e estamos aqui com o nosso Tarcísio como pré-candidato ao governo de São Paulo que, na minha opinião, o melhor nome para São Paulo é o Tarcísio.

Então, povo paulistano: acorde. Acho que dá tempo de colocar um videozinho muito curto. Muito curto. Porque, da qualificação dele, da qualidade dele, como profissional e como gestor, não tenha dúvida. Mas eu vou falar de outra área, para mim, muito importante, e que o Republicanos preza muito. Pode soltar, por favor.

 

* * *

 

- É exibido vídeo.

 

* * *

 

Talvez, você que está me olhando do outro lado, diz assim. “Para mim, isso é besteira. Para mim, é bobagem. Acho que não tem nada a ver, isso.” Desculpa, eu respeito, tenho consideração e admiração por alguém que respeita a sua esposa, que valoriza a sua amada.

Quem ajudou a cavar o poço, tem direito de beber a água. Isso, para mim, que sou Republicanos, que sou conservador, tem um valor imensurável. Porque é valor de caráter, de família.

É isso que São Paulo precisa: um homem capacitado, mas um exemplo para a sua casa e para a sua família. Tarcísio: muito bem-vindo ao Republicanos, nosso pré-candidato a governador. E tenho certeza: rumo à vitória.

Muito obrigado, senhores.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado.

Eu queria saudar, aqui, temos uma turminha de visitantes. São estudantes. Aqui, de longe, eu não consigo ler o nome da escola. Mas sejam bem-vindos. Alumni! Sejam bem-vindos.

É importante já observar os trabalhos. Quem sabe, vão pegando o gosto. Precisamos de estudantes atentos, futuros deputados, senadores, presidentes. Sejam muito bem-vindos.

Sigo com a lista dos oradores inscritos. Chamo à tribuna o nobre deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, policiais que estão aqui, cuidando da gente, pessoal que está acompanhando a gente, o nosso trabalho, a todos vocês na Rede Alesp, e também pela rede social.

Eu estou aqui, senhores parlamentares, para mostrar aos senhores a situação dos policiais do estado de São Paulo. E vou mostrar a todos vocês uma situação específica dos soldados que servem na 4ª Companhia do 7º Batalhão, no Centro de São Paulo. No Centro da Capital mais rica do Brasil.

Eu quero que vocês vejam o que atravessa um soldado da Polícia Militar no estado de São Paulo. Não basta o policial morar em áreas de alto risco. Não basta o policial ser expulso, muitas vezes, da sua casa, com a família, pelo crime organizado. Quando ele vai para o quartel, ele precisa fazer um descanso, e os policiais que estão aqui, sabem o que é isso.

Muitas vezes, você puxa um turno de 12, 20 horas, e precisa descansar para poder fazer o deslocamento atento e com segurança. Por gentileza, solta o vídeo do alojamento dos soldados na 4a Companhia do 7o Batalhão, no centro. Olha só. Faz favor, eu quero que mostre o alojamento, porque eu fiz essa fiscalização no dia três de março.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Porque o general Campos, o secretário da Segurança, falou que os investimentos vultosos e inigualáveis na polícia que o governador João Doria fez... A gente sai para a rua, né, Conte, para ver onde está esse investimento, que os policiais não sabem onde está. Os policiais não fazem ideia de onde está esse investimento.

Pessoal, é esse trecho aí, a imagem está um pouco escura. Deixa passar, vamos ver se dá para ver a parte em que eu filmo o teto. Passa de novo, por favor, para ver se o pessoal, se os deputados aqui desta Casa Legislativa conseguem ter uma ideia do que é o alojamento de um soldado da Polícia Militar numa companhia no centro de São Paulo. Dá uma pausa aí, faz favor.

Esse espaço aí do alojamento de cabo e soldado é um espaço de quatro metros por quatro, Gil Diniz. Tem dois beliches, e aquilo ali é o alojamento. O policial deita na cama de cima, ali, para fazer um repouso, para descansar, para poder retornar para casa depois de 15, 20, 24 horas de serviço. Se ele tiver um pesadelo, ele bate a cabeça no teto.

E está aqui, olha, o meu requerimento de informação do início do mês de março. Nós estamos no dia 30. Secretário da Segurança, general Campos, já tocou a “Alvorada”, viu, general. Acorda! Comandante-geral da PM, por que eu não recebi resposta alguma em relação ao meu requerimento de informação a respeito dessa companhia da PM? Na verdade, os senhores não respondem a nada.

Os senhores se sentem superiores ao tempo, superiores a tudo. A nossa tropa passando por uma dificuldade imensa, faltando comida na mesa. Policial que mora em Presidente Prudente trabalha no centro de São Paulo, trabalha na zona leste, e o recurso humano da polícia nem para conseguir organizar para que o policial sirva perto de casa.

E os senhores não respondem nem a requerimento de informação, que está na Constituição do Estado de São Paulo: os senhores têm prazo para responder. E por que não respondem?

Os senhores estão acima da lei, governador do estado de São Paulo, secretário de Segurança, comandante-geral, comandante do CPA? Ninguém responde. Se for para punir o policial, vem a jato, deputado Conte. No outro dia, o policial é recolhido para a Corregedoria ou é transferido.

E a situação do policial? Eu vou voltar hoje lá, vou fazer outro vídeo e vou cobrar vocês, a incompetência de vocês. Em São Paulo, são mais de 27 mil imóveis do estado de São Paulo que estão jogados, abandonados, e vocês nem para aproveitar esses imóveis para dar um espaço digno para os nossos policiais, seja no quartel, seja em questão de moradia.

Dá vergonha de ver o governo do estado de São Paulo e o comando das polícias -Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Técnico-Científica, Polícia Penal. Dá vergonha de ver esse comando que abandonou a tropa. A gente está na rua e conversa com o soldado; o soldado se sente abandonado. E a gente se sente indignado, porque cobra, não tem retorno.

O policial parece que vive num estado onde quem está à frente é um bando de incompetentes, e, realmente, é um bando de incompetentes, que não sabe cuidar do ser humano, principalmente o ser humano policial militar. Dá vergonha de vocês.  

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Seguindo aqui, cumprimentando o deputado que fez uso da palavra, sigo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamando à tribuna o nobre deputado Conte Lopes, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, voltamos a esta tribuna, e queria falar a respeito das colocações do deputado Altair, quanto ao presidente Bolsonaro indicar, para concorrer ao governo de São Paulo, o ministro Tarcísio.

E a gente, observando, é homem muito competente e que, realmente, vem para disputar a eleição. Colocou, até que o Tarcísio,  já trabalhou com o PT. Veja bem, Paulo Fiorilo. Trabalhou com PT, já com a Dilma Rousseff.

E aqui fica uma colocação, a diferença do Doria na política. Quando o Doria saiu candidato a prefeito, eu vereador, a gente tinha alguns cargos lá, na vereança de São Paulo. Lá tem, aqui não tem nada, mas lá tem. Na subprefeitura de Santana, Tucuruvi, do Jaçanã. E esse pessoal trabalhou na campanha do Doria, porque o meu partido passou a apoiar o Doria.

Então, obviamente, uma questão partidária. E o PT nem falou nada. O Doria ganhou a eleição para prefeito, a primeira coisa que ele fez foi mandar todo mundo embora da administração anterior. Até o pessoal nosso que trabalhou para ele.

Então, esse é o Doria. O grande traidor Doria. Ele consegue trair todo mundo. Nunca vi igual. Um cara que entrou na política sozinho, pelas mãos Geraldo Alckmin - não podemos esquecer disso - ele entrou pelas mãos do Geraldo Alckmin.

Foi o criador de Doria. Apesar que lá, na própria Câmara, a gente gritava: “governador Alckmin - porque ele foi amigo nosso -, não faz isso. Pegar o candidato no bolso do colete nunca deu certo”.

Tá aí quando o Quércia pegou o Fleury. O Quércia ia ser presidente da República. Pegou o Fleury, o Fleury pegou os amigos , o Quércia se ferrou.   O Maluf, então, com 90% de aprovação do povo de São Paulo, lançou um candidato.

Precisava lançar um candidato, e tinha tantos, o Curiati, Reinaldo de Barros, poderia lançar. Mas não, chegaram os marqueteiros dos Estados Unidos, e viram o Pitta.   Então, o Maluf achou que deveria ler o primeiro prefeito negro de São Paulo.

Não estou falando aqui de raça, ou nada disso aí. Estou falando as colocações. O Paulo Maluf foi para a televisão: “se o Pitta não fizer um bom governo, nunca mais votem em mim”.

Infelizmente, o Pitta não fez um bom governo. Aí, quando eu cobrei do Maluf. “Ô, Dr. Paulo, vai lá e fala com o cara. O cara faz todo o contrário do que é para fazer na política”.Aí ele falou: “Conte, quando o cara se elege e está com a caneta na mão, é ele que toma decisão.

E, o pior de tudo, quando ele vai entrar no elevador, e o PM faz continência para ele, ele acha realmente que ele é dono dos votos dele. Isso também serviu para a dona Dilma, nobre deputado Paulo Fiorilo, que foi escolhida pelo Lula. E a dona Dilma conseguiu ser cassada. Ela tinha 130 votos da esquerda, deputado Paulo Fiorilo, e, com 40 ministérios, ela não conseguiu 40 votos.

Mas também, ela não falava com ninguém, e esse pessoal não fala com ninguém. Não fala. O Doria nunca falou com ninguém. Ele não fala com ninguém.

Até para tirar a máscara ele foi para a televisão: “A partir de agora ninguém usa mais a máscara”, aí ele estava com dois, caiu para um. Deve ser a mulher que vota nele e mais os filhos. É o fim da picada. Ele conseguiu acabar com tudo isso.

Então, veja como é, Doria, como acabou com a polícia. Como você coloca uma câmera no peito de um policial? Não, é bonito, é a coisa mais linda do mundo, mas eu pergunto, em uma escola, que é a especialidade do deputado Carlos Giannazi, em que está ocorrendo tráfico de drogas, como a diretora, uma funcionária da escola, vai chegar para o policial, sendo filmada pelo policial, e dizer: “Olha, policial, o Benedito ali está traficando drogas”. Como ela vai falar isso e ficar filmado que ela está falando, entregando?

E quando chegar em juízo o advogado do traficante vai exigir que seja colocada a figura dela lá, como já vimos várias vezes a Justiça exigir. Então, como alguém denuncia o crime sendo gravado pelo próprio policial? Então, fica aí.

Realmente estamos nessa luta e esperamos que mude alguma coisa aqui no governo de São Paulo, no PSDB. Estamos aí, pré-candidato Tarcísio foi lançado e é um bom candidato.

Obrigado, Sra. Presidente. E também estamos lutando pela senhora.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Muito obrigada, Sr. Deputado. Jamais. Jamais isso acontecerá.

Chamo à tribuna o nobre deputado Paulo Fiorilo, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos acompanha, aqueles que nos acompanham pela TV Alesp, quero aproveitar o Pequeno Expediente para trazer um tema que me foi apresentado ontem, dos trabalhadores demitidos do Metrô em 2020.

Estranho, porque são mais de 120 demitidos e que não tiveram os seus direitos pagos pela Companhia Metropolitana de São Paulo. Na primeira quinzena de outubro de 2020 o Metrô resolveu praticar demissões em massa dos metroviários que haviam obtido o benefício de aposentadoria especial por meio de decisões judiciais, muitas delas em caráter liminar. Foram mais de 100 demitidos.

Porém, mais do que simples despedidas por iniciativa do empregador, o que geralmente acarreta o pagamento de verbas rescisórias, o Metrô de São Paulo resolveu deixar de pagá-las, alegando que se tratava de demissão a pedido de trabalhador.

Sim, a empresa alegou que, ao obterem a aposentadoria especial, os trabalhadores estariam, em verdade, e mesmo contra sua expressa vontade, “pedindo demissão”. Haveria na hipótese um pedido indireto de demissão.

Essa é a mais nova que eu já vi, o empregador deduz que o empregado está pedindo demissão indiretamente. E o pior é que eles não receberam os seus direitos, entraram na Justiça, já está na segunda instância, eles estão recorrendo e é triste, porque são pais de famílias que tiveram que vender carro, propriedades, para poder se manter, enquanto o Metrô não se manifesta. E usou o argumento de que tinha problema de caixa e que, por isso, precisava demitir esses trabalhadores.

A avaliação da assessoria jurídica do Sindicato dos Metroviários é contra essa leitura feita pelo Metrô. Entendo que é preciso que a Companhia Metropolitana de São Paulo, o Metrô, se manifeste.

Por isso, Sra. Presidenta, eu solicito que encaminhe ao Metrô pedido de informações sobre essa situação das demissões ocorridas em outubro de 2020, próximo de 120 trabalhadores, e que cópia do meu pronunciamento seja enviada ao Sindicato dos Metroviários, para que tenham ciência de que essa é uma situação grave e que precisa ser apurada o mais rápido possível.

Há já, por parte do deputado federal, deputado Zarattini, um pedido de diálogo com o governo para que se chegue a um bom termo, até porque as pessoas estão com um problema grave, neste momento difícil de pandemia, para garantir a sua sobrevivência. Esse é um tema e eu gostaria que a gente pudesse ter uma resposta o mais rápido possível da Companhia do Metropolitano.

Por fim, dialogar aqui com o deputado Conte Lopes, por quem tenho um apreço muito grande. Aliás, tivemos a oportunidade de estarmos na Câmara Municipal de São Paulo juntos. Eu fiquei em dúvida, deputado, se a história que o senhor contou do Pitta e da Dilma tem alguma relação com o Tarcísio.

Eu fiquei na dúvida porque, apesar de o senhor fazer os elogios, o senhor coloca dois exemplos para falar do Tarcísio. Será que é um problema recorrente na política? O senhor ainda diz aqui, olha: “Depois que o cara tem a caneta, acabou”.

Parece-me estranho. Não sei qual é o espanto do deputado Gil Diniz. Não sei. Preciso até perguntar depois que eu descer da tribuna, o espanto. Quem fez a fala aqui não fui eu, foi o deputado Conte, um decano no Parlamento, conhecedor profundo das relações, principalmente do Pitta. Aliás, acompanhou de perto.

E uma outra semelhança, né? O Pitta não era de São Paulo. De onde era o Pitta? Rio de Janeiro. É verdade. O Celso Pitta era do Rio de Janeiro e o Maluf disse isso: “Se ele não for um bom prefeito, não votem mais em mim”. É isso.

Eu acho que o deputado Conte, com toda a sua sabedoria, trouxe elementos importantes para uma reflexão mais profunda. Infelizmente, o tempo já exauriu e eu não poderia utilizá-lo para fazer esse debate com maior profundidade, como o senhor o fez no tempo regimental de cinco minutos, mas eu espero que o senhor possa aprofundar brevemente esse raciocínio que o senhor trouxe aqui, muito interessante, fazendo uma analogia entre Celso Pitta, Dilma, Tarcísio, Rio de Janeiro e etc.

Muito obrigado, Sr. Deputado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos. Solicito à assessoria que faça os encaminhamentos requeridos pelo Sr. Deputado que fez uso da tribuna. Neste momento, dou por encerrado o Pequeno Expediente e imediatamente abro o Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Iniciando a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. Uma breve comunicação para dialogar com o Fiorilo enquanto o orador se dirige à tribuna?

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu não entendi a fala do deputado Fiorilo. É uma fala recorrente do candidato do governo João Doria, o Rodrigo Garcia. Eu sinto, deputada Janaina Paschoal, um certo preconceito com o ministro Tarcísio da parte do Partido dos Trabalhadores e do PSDB, pelo Tarcísio não ser de São Paulo.

O Fiorilo cita agora o Pitta. O deputado Frederico d’Avila lembrou muito bem: talvez o Fiorilo não lembre, mas o Lula foi candidato ao governo de São Paulo em 82 e, como sempre, perdeu aqui. E vai perder mais uma vez. Coloca aqui os seus postes, os seus prepostos aqui em São Paulo, mas não adianta.

Agora, temos uma chapa à presidência com Lula e Geraldo Alckmin, deputado Carlos Giannazi. É de fazer o fantasma perder o lençol pelo caminho. Ninguém imaginava uma junção dessas.

Um governador que destruiu São Paulo, destruiu o funcionalismo público, um governador duramente criticado pelo Paulo Fiorilo aqui da tribuna. Agora, sobe ao palanque do Partido dos Trabalhadores e agora é o companheiro Geraldo Alckmin. Vão ter que explicar muito para a militância petista.

Mas, Fiorilo, só peço a vocês que tirem um pouquinho desse preconceito contra quem não é de São Paulo. Eu mesmo não sou de São Paulo, sou de Pernambuco. Sou de Serra Talhada, Pernambuco.

Fui eleito em 2018 com a quinta maior votação no estado de São Paulo. Para o paulista que gosta de trabalhar, não ser de São Paulo não tem problema nenhum. O problema é ser corrupto, ser ladrão, ser preso por desvio de merenda, por exemplo, ou de outros contratos que nós vimos grandes julgamentos - no estado de São Paulo não, que o PSDB domina -, mas pelo Brasil, com quadros do Partido dos Trabalhadores sendo condenados.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Para uma comunicação, com a anuência do orador?

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Vossa Excelência tem a palavra.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sra. Presidente. Me estranha o deputado Gil com esse discurso. Olhe só, o deputado Gil diz que é de Serra Talhada. Acusa o Lula, que foi candidato, que não era daqui. O Lula quando foi candidato a governador - aliás, o deputado sabe - morava em São Bernardo. Então não estou entendendo.

Aliás, eu não coloquei aqui nenhum empecilho a quem é de fora ser candidato. O senhor foi eleito e, aliás, nós não podemos fazer isso, deputado. Nós não podemos construir muros e barreiras para quem vem de fora. Esse discurso é a tentativa de esconder os problemas que estão do outro lado com o presidente da República Jair Messias Bolsonaro, que, aliás, iniciou o seu mandato xingando o centrão.

Hoje está sentado ao lado do centrão. Impressionante! “O PT precisa explicar o Alckmin.” Eu queria que o senhor explicasse o centrão que vocês acusaram o tempo todo de corruptos. Agora sentam e dão os braços ao centrão. Aliás, eu podia continuar lembrando, já que o senhor falou de corrupção.

A rachadinha de que o presidente do senhor é acusado permanentemente, que o filho do presidente buscou todos os recursos para impedir a investigação, talvez o senhor pudesse falar. Aliás, quem sabe a gente pudesse recuperar um quilo de ouro. Quem sabe a gente podia recuperar dinheiro para poder ter reunião com o ministro. Ministro que o presidente disse que colocaria a cara no fogo.

Aliás, ele deve ter queimado não só a cara, porque ele foi para o hospital. Deve ter queimado muito mais. Esse é o discurso da direita, da moralidade, da família. A gente podia falar de família, deputado Gil. O filho do presidente se elegeu por São Paulo; não sai do Rio de Janeiro.

É impressionante! Deve ter um vínculo com o Rio de Janeiro grande, porque a família é de lá, né? Então é impressionante como tentam fugir do debate. Eu deixo aqui para o deputado Gil explicar o centrão.

Muito obrigado, Sra. Presidenta.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu agradeço e passo a palavra ao deputado Giannazi pelo prazo de dez minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, de volta à tribuna no dia de hoje eu queria aqui continuar falando sobre o que aconteceu ontem no plenário da Assembleia Legislativa, o massacre contra o Magistério estadual.

Um ataque jamais visto contra a nossa carreira, representado pela aprovação do Projeto de lei Complementar nº 3. Como eu disse no meu primeiro pronunciamento de hoje, o governo usou várias artimanhas perversas, como incluir no projeto o reajuste de dez por cento, uma parte que beneficiava o QAE, o QSE. Apelou inclusive para fake news, que o secretário utilizou em exaustão nas suas redes sociais para convencer sobretudo aqui a base do governo.

Mas eu queria dizer que o governo ainda continua devendo o abono-Fundeb para o QAE e o QSE. Esses servidores foram enganados pelo governo, porque no dia 6 de janeiro o secretário da Educação Rossieli Soares fez um vídeo nas suas redes sociais - está lá para quem quiser ver - dizendo que estaria encaminhando o projeto de lei para a Assembleia Legislativa a fim de pagar o abono-Fundeb.

Até agora o projeto não chegou e parece, deputado Conte Lopes, que ele vai sair também do governo junto com o Doria agora. Saiu uma matéria no “Globo” falando que o Doria será candidato, o Rossieli candidato a deputado federal.

Segundo a matéria do “Globo”, o Rodrigo Maia, que veio aqui não sei fazer o que no Rio de Janeiro, também foi nomeado aqui no governo estadual numa secretaria, mas volta para o Rio para ser candidato a deputado federal.

O Henrique Meirelles também abandona o governo agora. Vai para Goiás para ser governador em Goiás. Tem um outro, acho que do Turismo ou Esporte, se não me engano, que vai para Santa Catarina, se eu não me engano, porque ele é de lá; vai ser candidato.

Ou seja, vai esvaziar o governo aqui do Estado, mas ele sai. Mas se comprometeu e não. Até agora, até exatamente esse instante, o projeto de lei não deu entrada na Assembleia Legislativa. E ele usou o QAE e o QSE para aprovar o projeto.

Então, agora, ele cumpra o acordo feito, compromisso feito publicamente nas suas redes sociais e também pelo líder do Governo, aqui, quando nós aprovamos o PLC 37, do Abono Fundeb.

O líder do Governo se comprometeu, dizendo que o governo enviaria o projeto para pagar o abono Fundeb aos servidores do QAE e do QSE, que são servidores fundamentais no funcionamento das nossas escolas.

Mas não chegou até agora. Então nós exigimos, porque é um direito desses servidores do QAE e do QSE receber também o Abono Fundeb, como determina a legislação.

Também nós exigimos que o governo pague o piso nacional salarial, porque até agora ele não implantou o piso nacional salarial do reajuste imposto pela lei federal do piso nacional salarial.

O governo disse - num de seus posts que eu mostrei ontem, nos seus cards, nas redes sociais -, o secretário disse que o salário atual já é de 3.845, e não é porque não foi publicado ainda o decreto instituindo o que ele chama de abono complementar para pagar o piso nacional salarial no estado de São Paulo, que teve o reajuste de 33,24 por cento.

Então esse decreto não foi publicado até o dia de hoje, então o salário dos professores, o salário-base, o salário não corresponde ainda a esse piso nacional, que é de 3.845 reais. Não aconteceu, não é uma realidade ainda. Então nós estamos exigindo que o governo faça a publicação desse decreto, que é um erro na nossa opinião.

Questionei o secretário já numa das reuniões feitas na..., com os deputados de que, na verdade, ele tem que implantar o piso no salário-base, não através de abono complementar. Isso é ilegal, isso já foi debatido, inclusive no Supremo Tribunal Federal, mas ele diz que está sendo debatido.

Eu desconheço esse debate no Supremo, porque essa lei do piso nacional salarial, que é de 2008, já foi debatida. Quando ela foi aprovada, em 2008, ela foi questionada por alguns estados, por cinco estados, e o Supremo já decidiu, já tem decisão do Supremo Tribunal em relação à lei federal.

Mas, enfim, mas nem isso, nem o decreto complementar, que é duvidoso, que é discutível, nem isso aconteceu até agora. Então São Paulo continua sem cumprimento do piso nacional salarial e sem o cumprimento também do Abono Fundeb para o QAE e o QSE.

Então, queria fazer essas considerações, e dizer que durante todo esse período o governo Doria parece... que o governador parece que amanhã ele anuncia, deputado Conte Lopes, a sua renúncia. E é ótimo que ele vai embora, e vai enfrentar crise lá no PSDB, porque eles estão rachados.

O Eduardo Leite também parece que vai ser candidato, uma briga, eles não se entendem, e mesmo assim Doria tem 1%, 2% das pesquisas. A situação dele é grave.  Mas nós vamos, amanhã, comemorar a saída do Doria do governo estadual. Foi um dos piores governadores da história de São Paulo.

Então nós passamos por um processo difícil de perdas, de ataques aos servidores, em geral, e sobretudo aos servidores da Educação. Servidores foram vítimas da reforma da Previdência, em São Paulo, foram vítimas da aprovação daquela famigerada lei dos precatórios que reduziu drasticamente o valor dos precatórios, sobretudo para o pagamento de servidores.

Servidores foram atacados brutalmente também pela lei, pelo Projeto de lei 529, do Doria, que, por exemplo, aumentou a contribuição do Iamspe, mais da metade do valor cobrado, foi de 2 para 3%, mas cobrando também dos agregados. Então, aumentou muito, e na prática significou um confisco salarial. Os aposentados e pensionistas foram atacados pelo Decreto 65.021, fruto também da reforma da Previdência.

E daqui eu faço um apelo da tribuna novamente à Assembleia Legislativa, a todos os deputados e deputadas, ao líder do Governo, presidente Carlão Pignatari e sobretudo, neste momento, ao presidente da comissão de Finanças e Orçamento, deputado Gilmaci Santos, para que coloquem de volta na pauta o PDL 22 e a emenda do PDL, para que ele possa voltar, de fato, ao plenário e ser debatido aqui. O plenário é soberano para debater e votar o PDL 22, que coloca o fim no confisco das aposentadorias e pensões.

Mais ainda, outros ataques aconteceram: a reforma, recente, administrativa do Doria, que prejudicou imensamente os servidores, acabando com o reajuste do adicional de insalubridade para várias categorias profissionais; o fim das faltas abonadas; a diminuição drástica das faltas injustificadas, para facilitar a exoneração de servidores efetivos; e, ontem, o tiro de misericórdia no Magistério estadual, que foi a aprovação do famigerado PLC, Projeto de lei Complementar nº 3, que eu já aqui, em exaustão, já expliquei todas as suas contradições e todas as suas maldades.

Mas nós não desistimos, nós vamos judicializar essa questão do PLC nº 3. Estamos fazendo um estudo, consultando vários juristas, porque, na nossa opinião, tem várias inconstitucionalidades nesse projeto.

Alguns advogados já apontaram algumas delas, então nós estamos estudando já uma possível Adin, que será protocolada na Justiça, porque é um projeto que fere a isonomia salarial.

Enfim, é um debate que nós já estamos fazendo junto com as entidades representativas, principalmente do Magistério, mas nós vamos reagir a todos esses ataques, essas maldades, e lutar.

Nós temos certeza de que haverá mudança na condução do estado na eleição de outubro, ou de novembro, e eu tenho certeza de que o próximo governo... Pelo menos, nós vamos pressionar o novo governo a revogar todos esses ataques, todas essas maldades do governo Doria contra os servidores e servidoras do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Para uma comunicação, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não, deputado.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Infelizmente, o deputado Fiorilo já se ausentou aqui do plenário, mas me estranha muito essa xenofobia do PT agora, neste momento. Estou vendo aqui, o PT tem Dr. Jorge do Carmo, é de Alagoas; o Enio Tatto é de Santa Catarina, o Teonilio Barba acho que não é de São Paulo também. Aí, agora, ele está abismado porque o Tarcísio Gomes de Freitas, o nosso ministro da Infraestrutura, é do Rio de Janeiro.

Fernando Henrique também era do Rio de Janeiro; foi presidente da República, fez a história de vida aqui. O Jânio Quadros era mato-grossense, fez a história de vida aqui: foi prefeito e governador de São Paulo. Então, me estranha muito esse tipo de comparação que ele fez aqui agora, perguntando se é do Rio, de onde que ele é, como se isso fosse um diminutivo da sua personalidade.

Também queria dizer que não interessa em que unidade da Federação a pessoa nasceu, interessa é que ela é brasileira, assim como, no estado de São Paulo, existem regiões que parece que nem fazem parte do estado de São Paulo, a exemplo da minha região.

A região sudoeste, a região oeste, a região do Pontal do Paranapanema, a região noroeste, região de Araçatuba - parece que nem fazem parte do estado de São Paulo, porque o governo não chega lá.

O governo gosta da Região Metropolitana de São Paulo, Região Metropolitana de Campinas, Região Metropolitana de Santos e Região Metropolitana de Ribeirão Preto. O resto, que se dane. Parece que é desse jeito. Então, me estranha aqui esse tipo de comentário do deputado Paulo Fiorilo.

Dizer que eu também não sei onde fica essa casa, ou apartamento, do deputado Eduardo Bolsonaro no Rio de Janeiro e que eu desconheço. Ele tem apartamento em Brasília e outro aqui. Como ele é membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, ele viaja bastante e, por vezes - praticamente, né, Gil, quase toda semana, ou a cada 15 dias -, ele está aqui em São Paulo. Então, eu desconheço esse endereço do deputado Eduardo Bolsonaro no Rio de Janeiro.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna a nobre deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - A política é algo, realmente, que tem que ser altamente, amplamente estudado, porque o povo do estado de São Paulo, o povo do Brasil não suporta mais discurso. Nos últimos 30 anos esse pessoal que esteve no poder, PT, PSDB e não sei o que mais, B, T, K, não sei, esse pessoal esteve no poder e eles acabaram com o País, acabaram com o estado de São Paulo.

O estado de São Paulo é o 24º estado mais rico do planeta. Você anda pelo nosso estado, pela Capital, nas periferias, no interior, o estado está abandonado, sem zeladoria, o crime tomando conta de tudo.

Aí me vem agora, vão vir com esse discurso “não, que o ministro de Freitas nasceu no Rio de Janeiro”. Não interessa onde ele nasceu, o que interessa são as propostas que ele tem para o estado de São Paulo, o que importa é o currículo que a pessoa tem de serviços prestados.

Nós não podemos continuar com esse negócio, é gente que acabou de sair da cadeia, estava preso até outro dia, baita rombo, é na Petrobras, é no BNDES, em tudo quanto é canto.

A gente vê aqui em São Paulo o Ceagesp, deputado Fred, Conte, aqui, Gil, o Ceagesp por 16 anos dando prejuízo. Colocou lá o coronel Mello Araújo, está dando lucro a empresa. É isso o que o povo quer, a gente mostra aqui todos os dias.

Soldado da Polícia Militar que se arrisca, morre, derrama o seu sangue em solo paulista. Mais de sete mil policiais deficientes físicos, mais de 800 paraplégicos, abandonados, policial tetraplégico abandonado em cima de uma cama.

O governo não dá suporte nenhum, a gente tem que fazer vaquinha para comprar remédio, comprar fralda, comprar medicamento. Está abandonado.

O povo está cansado desses políticos corruptos, políticos que desviam o dinheiro do povo e, depois, chega a época de eleição. Quando pega o microfone, nossa, é um lorde, sabe falar de forma que parece que é a melhor pessoa do mundo. Nós estamos cansados disso. O povo hoje enxergou, a rede social, a internet abriu o espaço para que o povo fale o que está dentro do coração, aquilo que sente.

O presidente Jair Bolsonaro conversa com o Congresso, tem que conversar, é o Congresso que tem, os deputados que foram lá foram eleitos pelo povo, e o presidente Jair Bolsonaro tem que conversar com eles. É com eles que tem que tratar. O presidente Jair Bolsonaro tem que tratar com o STF que está lá. Isso é o Estado Democrático de Direito. Ele vai se aproximar daqueles deputados, vai se aproximar de quem para trabalhar? O povo elegeu, tem que conversar com eles lá.

É uma guerra que só está começando também, mas vai ser outra etapa extremamente cansativa para todo o povo, porque o povo não aguenta mais essa lorota.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos. Com a palavra o deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, voltamos a esta tribuna. Realmente ouvimos as colocações do nobre deputado Paulo Fiorilo e o que eu quis dizer é o seguinte, o que é bolso de colete? São pessoas que nunca foram vereadoras, nunca foram deputadas. E essas pessoas que chegam têm horror aos políticos, é isso: ela não quer conversar.

Então é por isso que não deu certo nenhum deles. Eu falei aqui de Fleury, falei da Dilma, falei do Pitta. Eles não conhecem o mundo da política, eles não querem conversar. E alguns acham que todo político é bandido. O próprio Haddad faz isso aí. Quantas vezes os vereadores do PT reclamavam do Haddad, que trabalhava de segunda a sexta, sábado e domingo não se marcava nada com ele.

Então é mais ou menos por aí. Agora, uma colocação tem que ser feita, Bolsonaro não rouba e não deixa roubar. Essa é a diferença. Bolsonaro não defende ladrões.

Bolsonaro não fala: “não temos que combater aquelas pessoas que roubam um celular para tomar uma cerveja”. Quantas pessoas vão roubar um celular para tomar uma cerveja, e matam a vítima. Quantas vezes nós colocamos aqui. Então não podemos defender ladrão, bandido, criminoso. Essa é a grande verdade. E teve muita gente com bronca do Bolsonaro por causa disso.

Veja o Supremo Tribunal Federal. Meu Deus do Céu! Mas também, ninguém sabia o que era o Supremo. Nem eu, que estou aqui há 500 anos, sabia que o cara era nomeado pelo Sarney, há 500 anos atrás, que eu nem estava na política.

E ficava a vida inteira, como ficam lá. O cara não tem nenhum voto, é nomeado por alguém, esse alguém que nomeou vai embora, e o cara fica lá para o resto da vida. Alguma coisa tem que mudar.

A Sra. Presidente, que é professora de Direito Penal, e que, eu falo aqui de novo, qualquer hora vamos ter que fazer um BO contra a deputada Janaina, porque nós já temos um candidato a presidente da República, à reeleição, que é o Bolsonaro.

Temos um candidato a governador, pré-candidato, é lógico, que é o Tarcísio, que foi lançado, e está na luta. E, obviamente, precisamos de uma candidata a senadora, mulher, inteligente, competente.

Porque a guerra não se ganha assim, não. Tem gente que pensa “agora já ganhamos”. Não, a eleição é dura! A gente enfrenta o PT aqui desde 86. Não é fácil, não.

Perdemos uma eleição para o PT em 88. Eu era deputado nesta Casa. E a Erundina também, era deputada. A eleição virou no último dia. Pelas pesquisas, pelo mundo, por tudo, a eleição estava ganha. E a Erundina ganhou a eleição no dia. Então, eleição, se ganha no dia.

Esse negócio de pesquisas? Hoje mesmo eu estava ouvindo, no rádio, o Datafolha, que agora está diminuindo a diferença. Isso não adianta nada. O que vale é o dia da eleição.

É lá que se ganha ou perde. Porque eu posso até ser preso, mas sou contrário a esse negócio de urna eletrônica. É porque eu sou do tempo que se contava voto a voto, mesmo. Eu acho estranho que você não pode acompanhar. Só isso.

Porque, se você vota, e pelo menos saísse com um comprovante, que você sabe em quem você votou. Como quando a gente vai ao banco, paga um real, e lhe dão um comprovante de que você pagou aquela conta de um real.

Por que aquele que vota não pode ter um comprovante de quem ele votou? Qual é o problema? É isso que a gente pede. Não é voltar às urnas de papel. Porque, até em muitos lugares do mundo, tem.

Mas você vai acreditar numa urna que, depois de 10 minutos, você ganhou ou perdeu? E, se você perdeu, você não tem onde reclamar? Porque já ganhei e já perdi. Mas, se você perde, para quem você vai reclamar? Pá, pá, pum, já perdeu, já ganhou.

A eleição para a Prefeitura de São Paulo: 6 ou 7 horas da noite, travou os computadores do Tribunal Regional Eleitora, ou sei lá. Sei que travou. Daqui a duas, cinco ou oito horas, não lembro, veio o resultado total da vitória do Covas. Com o mesmo número que começou.

Sem falar da eleição de Aécio, em 2014, que ele estava à frente no cenário todinho. Quando chegou às 20 horas, travou tudo de novo, porque esperava voto do Acre. E só o Acre, quando voltou, deu a vitória para Dilma. Não sei se está certo ou está errado, porque não me compete. Agora, está certo isso aí? Ninguém sabe de onde veio o voto. Como é que o Acre, todinho, virou toda a eleição?

Eu estive no palácio, na eleição para prefeito. E ninguém votava no Bruno Covas. Tudo bem, fui lá, reunião do partido, fui lá. Quando o Rodrigo Garcia veio falar conosco, falou assim para nós. Estava eu, o Olim e o Telhada. “O segundo turno será entre nós, Bruno Covas, e o candidato do PSOL, o Boulos.” Falei: “Ninguém quer o Covas, e o Boulos, muito menos vai ter condições de chegar.”

Conclusão: chegaram os dois. Isso aí, uns seis meses antes da eleição, foram pedir apoio para nós. Eu saí dando risada. Desses caras, nem um, nem outro, né.

Então, dá para acreditar? Eu estou falando de mim. Daqui a pouco mandam me prender aqui. Eu não acredito. E estou desde 86 disputando eleição. Era voto a voto mesmo; estava lá “Conte Lopes...”. Um voto aqui, um voto ali, um voto ali, um voto ali. Então, é assim.

Agora, você não poder saber se você votou ou não votou, se o seu voto constou ou não - eu não posso aceitar. É um direito meu. Eu não posso aceitar. Vi um deputado, até, do Rio Grande do Sul, Paraná, sei lá, o Francischini: o cara foi cassado porque falou isso.

Eu não posso duvidar? Ganhando ou perdendo, eu posso duvidar; é um direito meu. Por quê? Porque eu acho que deveria, realmente, ser uma eleição pública em que o público acompanhasse. Querendo ou não, é eleição do presidente da República.

Então, o público tem o direito de acompanhar, sim. São umas coisas que não dá para entender, né. Agora, volto a discutir aqui. O cara vem misturar negócio de rachadinha...

Os caras roubaram um bilhão; devolveram milhões e milhões de reais aí, pô. Então, o cara fica discutindo o que tem no gabinete de deputado, isso aí é problema... É totalmente diferente uma coisa da outra.

E outra: para um lado, não vale nada; para o outro, vale tudo. Fala o que quer, processo, tal. É brincadeira uma coisa dessa. Agora, nobre senadora, está na hora de mudar Brasília. Vossa Excelência tem que ser senadora. Como é que pode: o cara é eleito, Sarney, o cara saiu agora. Ficou 30 anos lá mandando no Brasil. O cara não teve um voto, não se candidatou, simplesmente foi nomeado.

Alexandre de Moraes foi presidente da Febem aqui. Quantas vezes eu, como presidente da Casa, recebi aqui, como membro até do PFL? Vinha sempre aqui, foi indicado pelo Alckmin para ser secretário. E agora ele vai apurar o voto com o Alckmin vice do Lula? Está tudo certo, não sei, né; sou meio bobo. Está certo ele ser o responsável, quando ele foi colocado na secretaria pelo próprio Alckmin, que agora é o candidato e disputa com Bolsonaro.

Então, são coisas que não dá para entender. É assim que funciona a coisa? Para um lado, tudo; para o outro, nada? Então, vamos aguardar os acontecimentos aí. Agora, é uma colocação: Bolsonaro não rouba e não deixa roubar. Não estou falando do filho, do avô, do tio; estou falando dele, do governo dele. E lançou, sim, um candidato a governador, o Tarcísio de Freitas, que é um grande nome.

E espero que, inclusive, venha para São Paulo e mude o que está aí em termos de Segurança Pública. Aonde foi parar a Polícia Militar de São Paulo, com quase 200 anos? Colocando uma câmera no peito do policial, para prejudicar o policial.

Os bandidos estão aí matando pai de família, dona de casa, matando policial. Andando, roubando com tornozeleira, como mostrou o Coronel Telhada aqui. A tornozeleira é até boa, porque aí ele mostra que ele é macho, que ele é bandido. E todo mundo tem medo.

Assaltando pai de família, dona de casa, criança, com moto, com tudo. E o policial com a câmera no peito, igual ao Big Brother, que o Sr. Doria inventou, com o Camilo, com o general Campos. Foram eles que inventaram isso aí.

Espero que outro estado não use isso, porque se usar vão entregar a população... Não é o policial, não; o policial não sai na rua para matar ninguém. O policial não é como pensam. Pelo contrário, sai para proteger a população.

Agora, hoje os bandidos estão à vontade, né. Estão matando adoidado. O policial pedindo pelo amor de Deus para não morrer, e os caras matando. Então, eu espero que se mude alguma coisa nas próximas eleições, pois o povo é responsável também, né.

Essa é a grande verdade. Sra. Presidente, obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o prazo regimental de 10 minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Volto a esta tribuna para prestar minha solidariedade ao deputado federal Daniel Silveira, que está, neste momento, Conte, na Câmara Federal. O nosso ministro Alexandre de Moraes, que se acha um Deus, acima do bem e do mal, quer colocar mais medidas restritivas, deputada Janaina Paschoal, agora tornozeleira eletrônica.

Foi uma vergonha o que a Câmara Federal fez, ratificando a ordem de prisão do deputado, e é uma vergonha maior ainda o que os senadores estão fazendo, deputada Janaina, ao não enquadrar esse ministro.

O ministro Alexandre de Moraes tem que ser impedido, mas com urgência. É uma situação de urgência nacional. Ele se acha acima do bem e do mal.

Esse, sim, Conte, um ditador; esse, sim, alguém que não respeita lei, Constituição, aquela Constituição que ele deveria defender. Subi a esta tribuna quando Daniel Silveira foi preso, por ocasião da prisão dele, uma prisão totalmente arbitrária, irregular. O deputado ficou mais de nove meses preso, praticamente um regime de exceção.

Mas ainda tenho esperança, não nesse quadro de senadores, deputada Janaina Paschoal, que estão lá, mas, quem sabe agora, com uma boa renovação. Sei que V. Exa. é candidata, pré-candidata aqui em São Paulo, e nós precisamos de pessoas que tenham, deputado Conte Lopes, esse compromisso com o povo brasileiro, com a Constituição, um compromisso não com uma ideologia partidária, independente se é esquerda ou direita.

O que vem acontecendo com o deputado Daniel Silveira é gravíssimo, gravíssimo. Então, minha solidariedade ao deputado, à sua família e a todo cidadão de bem que se sente vilipendiado pela postura, pela arrogância e pela prepotência desse ministro Alexandre de Moraes.

E quem criou o Alexandre de Moraes, deputado Conte Lopes? Geraldo Alckmin. Politicamente falando, é mais uma criação de Geraldo Alckmin. Doria, agora Rodrigo Garcia. O mesmo Geraldo Alckmin que agora é companheiro do deputado Fiorilo, vão disputar uma eleição nacional. O maior quadro do PSDB, né?

O Alckmin saiu do PSDB, mas o PSDB não saiu do coração do Geraldo Alckmin.

O DNA de Geraldo Alckmin é o DNA tucano, e o PSDB, a social democracia, o câncer da social democracia agora faz osmose, começa a se replicar pela política nacional, faz um domínio. É uma hegemonia, tanto no PSB... O deputado Caio França, que eu respeito muito, tenta fazer uma oposição aqui ao PSDB, mas o PSB está muito alinhado ao PSDB, e essa articulação foi feita pelo ex-vice-governador do estado de São Paulo.

Você, policial militar, que votou no Márcio França, fique de olho. É ele quem está fazendo a costura de Geraldo Alckmin com o Lula. Então, a social democracia dominou o PSB e está dominando agora um bom espaço no Partido dos Trabalhadores. A gente precisa ficar muito atento a essas alianças do companheiro Geraldo Alckmin com os companheiros petistas. Vai ser interessante de ver.

Mas, usando este tempo que me resta, deputado Conte Lopes, o senhor colocou muito bem essa opção que São Paulo tem agora do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

O ministro Tarcísio, para quem não conhece, quem não acompanhou essa trajetória dele no Ministério ou sua história de vida, já fez a Preparatória de Cadetes do Exército em Campinas. Para aqueles que o acusam de não conhecer São Paulo, ele já morou em Campinas, cursou ali a Preparatória de Cadetes do Exército.

Foi para a Aman, em Resende; é formado na Aman. Depois disso, de formado ali oficial do Exército Brasileiro, foi para o IME. A maior nota ponderada do IME, Instituto Militar de Engenharia é do Tarcisio Gomes de Freitas. É um gênio. É um gênio. Na engenharia, o cara é um gênio.

Ele, que vivia por vários estados do País, servindo o Exército Brasileiro, Conte, servindo a Nação brasileira, em dado momento, com a sua família, a sua esposa, o deputado Altair Moraes mostrou aqui a homenagem que o Tarcísio fez à esposa dele, ali na afiliação do Republicanos, dizendo ali para ela da importância dela na vida dele como pessoa, como profissional, porque, quando ele precisou, deputada Janaina Paschoal, lá estava ela ali fazendo os curativos nas suas feridas.

Muitos não sabem, mas o ministro já passou por um câncer violento, que quase lhe tirou a vida, ele foi curado. É um vencedor. Em tudo que se propôs a fazer é um vencedor.

Eu não tenho dúvida que vai vencer mais uma vez. Agora. Vamos sair daqui agora e vou para B3. Vai ter um leilão ali do Porto de Santos, mais bilhões de reais em investimentos para São Paulo, mais milhares de empregos que serão criados aqui no estado de São Paulo.

Já leiloaram, agora há pouco, a Codesa, a companhia ali que toma conta dos portos do Espírito Santo. Bilhões para o Espírito Santo, bilhões em investimentos que se transformarão em empregos, como foi feita a concessão da Nova Dutra. Quinze bilhões, Conte. A gente fica falando aqui de números. São números que às vezes você em casa acaba não entendendo, mas isso significa mais emprego, mais, além do investimento, mais segurança.

Por exemplo, na estrada. Para quem não sabe, deputada Janaina, a tarifa na Rodovia Presidente Dutra diminuiu. Uma rodovia federal. Quem vai de São Paulo para o Rio de Janeiro pagava mais ou menos 70 reais.

Ia ter um reajuste, ia subir essa tarifa. O ministro conseguiu, com essa nova concessão, Conte, reduzir a tarifa. O cidadão que sair de São Paulo e for para o Rio de Janeiro, ao invés de pagar 70 reais, e seria mais, porque teria o reajuste, vai pagar agora cerca de 45, 50 reais, no máximo.

Eu nunca vi o PSDB fazer isso em São Paulo, nesses 30 anos de gestão. O que vi foi aumentar praça de pedágio, aumentar a tarifa, dilapidar o patrimônio do pagador de imposto aqui no estado de São Paulo. O ministro Tarcísio vem fazendo isso, silenciosamente, fazendo o que se propôs a fazer.

Terminou agora uma obra aqui no Aeroporto de Congonhas. Mais investimento em São Paulo, mais segurança ali para os usuários do Aeroporto de Congonhas. O projeto de privatização, a nova licitação do Aeroporto de Campinas, Viracopos, está no TCU, para ser aprovada.

É golaço atrás de golaço. É incrível. É incrível o que esse ministro tem feito à frente da pasta do Ministério da Infraestrutura, e vai fazer muito mais pelo estado de São Paulo, não tenho dúvida nenhuma.

Falava com o deputado Altair Moraes aqui. Em 2014, Geraldo Alckmin venceu a eleição no primeiro turno, Conte. No primeiro turno. Este ano, não tenho dúvida que o mesmo efeito eleitoral de 2014 vai se repetir. Anotem aí, dia 30 de março, 15 horas e 44 minutos. Estou colocando aqui. Tarcísio de Freitas é um fenômeno político.

É um quadro técnico que se propôs a entrar na política, colocar toda a sua história, todo seu trabalho, todo seu currículo à disposição do povo brasileiro, mas aqui, no estado de São Paulo, e a gente não pode, São Paulo não pode perder esse quadro, abrir mão desse quadro, para um preposto do Luiz Inácio, o Haddad, o Jaiminho, aquele que não gostava de trabalhar, Conte.

O senhor colocou aqui, de segunda a sexta. Olha, de segunda a sexta tinha uns períodos ali no dia, porque tinha um período que ele ia fazer ali a atividade física, ia correr ali nas ruas dos Jardins, ia fazer a sua leitura. Não era muito afeito ao trabalho, e a população reconheceu - para finalizar presidente - na urna, e não o reelegeu. Elegeu o Doria. Elegeu João Doria. Haddad perdeu em 2016, perdeu em 2018, vai perder novamente. Vai perder novamente.

Mas nós não... No momento certo a gente vai discutir aqui as obras de Haddad na cidade de São Paulo, agora nós não podemos esquecer o candidato do Sr. João Doria, Rodrigo Garcia.

Esse, deputada Janaina, está chantageando prefeitos, chantageando vereadores por todo o estado de São Paulo, Conte. Se não fecharem com o PSDB não vão receber recursos. Estão colocando prefeitos na parede.

Já fizeram isso para o Doria conseguir vencer as eleições intrapartidárias para derrotar o Eduardo Leite no Rio Grande do Sul. O Doria deu mais um golpe ali no PSDB, mas agora estão mexendo com o estado de São Paulo, estão usando o Orçamento do estado de São Paulo para chantagear prefeito e vereador.

Vice-governador Rodrigo Garcia, não vai dar não. Se quiser se candidate a deputado estadual, o senhor já foi presidente deste Parlamento, volte aqui para a Assembleia se conseguir, porque o seu principal cabo eleitoral, que se chama João Doria, fez 1% agora, comprando todo mundo. Perde para a margem de erro e é uma âncora na sua candidatura.

Eu te desafio aqui, Rodrigo Garcia, coloque o Doria no seu santinho, divulgue o Doria nas redes sociais. O Doria é pré-candidato a presidente da República, está saindo agora no final de semana. Coloque ele nas suas redes sociais, divulgue ele, Instagram, Facebook, Twitter, está com vergonha do Doria por quê? Não é fechado contigo? Fica o recado.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos. Chamo à tribuna a deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.)

Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo, que tem o prazo regimental de dez minutos.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, Srs. Deputados, aqueles que nos acompanham, volto, agora ao Grande Expediente, para continuar um raciocínio que eu acho que é importante sobre o que ocorreu ontem nesta Casa.

O governador Doria é o governador que menos base teve na Assembleia Legislativa. O deputado Conte não é um deputado de primeiro mandato, já acompanhou outros governos do PSDB aqui e sabe que os governadores do PSDB contavam com uma base de 70, 65 votos e conseguiam aprovar os seus projetos com muita facilidade.

Nesta Legislatura ocorreu uma mudança, uma mudança grande. O Doria não tinha, e não tem, uma base ampla. Nós não vimos só no PLC 03, nós vimos em outros projetos que foram votados aqui. O Doria só conseguiu aprovar com muito esforço, com muita conversa e com muita estrutura.

Nós tivemos deputados que me surpreenderam ontem e que eu vou falar aqui, porque é público. Um deles é um deputado bolsonarista, deputado Conte Lopes, o deputado Castello Branco, que eu confesso que, como bolsonarista, não deveria ter a postura que teve, porque votou a favor do governo Doria, do Rodrigo, do PSDB.

Bom, desde o início a gente discute aqui a importância das bancadas partidárias, da coerência partidária, mas é sempre muito difícil, porque tem algumas bancadas em que coerência não existe.

Eu achava, acreditava piamente, que a mudança para o PL pudesse ter dado essa visão ideológica. Ledo engano, continuou tudo do mesmo jeito. É deputado bolsonarista votando a favor do projeto, votando contra para ajudar a dar quórum. Impressionante.

Bom, o Doria conseguiu aprovar o projeto. O PT defendeu o tempo todo que a gente deveria separar o projeto em três partes. O reajuste de 10%, a carreira dos professores e a carreira dos administrativos.

Fizemos um esforço grande, tivemos o apoio de vários deputados e deputadas, mas, infelizmente, a força do governo conseguiu 49 votos, em um esforço hercúleo que a história vai cobrar.

Primeiro porque eles não discutiram com as categorias, foi goela abaixo. Segundo porque vários deputados - se não vários, alguns - traíram o movimento. Tomaram uma decisão pressionados, possivelmente, pelas suas lideranças partidárias para votar a favor do Doria.

Eu acho que esses deputados e deputadas deveriam se explicar. No mínimo. Aqui o deputado Conte Lopes foi coerente o tempo todo. Aliás, tem sido ao longo desses anos, em que pesem as nossas diferenças, as nossas divergências, a visão que o deputado tem de mundo e a minha visão de mundo. Eu tenho uma visão humanista.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Vossa Excelência me permite um aparte?

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Eu vou conceder um aparte ao senhor. Pode usar o tempo.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Vossa Excelência coloca muito bem. Inclusive, fomos cobrados pelas redes sociais por vários professores, por centenas, milhares de colocações pelo nosso voto, cobrando: “Oh, vamos te matar!”. Não falaram “matar”, mas que “você não volta mais para Casa”, né? Ninguém falou em matar, não, isso é força de expressão. Mas “ah, você não volta mais”, entendeu? Se votar contra o funcionário...

Agora, nobre deputado Paulo Fiorilo, houve funcionários públicos, professores, que votaram contra os professores. E aí não acontece nada? Aquela pressão que houve antes? Não entendi. Tem que cobrar de quem votou.

Eu não voto, eu sou funcionário público desde 67 - olha há quanto tempo -, quando entrei na polícia como soldado. Então, não vou votar contra funcionário público. Arrumem outro que vote. Agora, funcionário público votar contra funcionário público tem algum problema.

Então, só estou dizendo que fui cobrado antes e não precisava. Minha grande briga com o Doria e o Bruno Covas foi na Previdência, quando era vereador em São Paulo. Queriam me matar para eu votar e eu não votei pela Previdência com o Doria. Votei contra.

Então, nunca votei contra funcionário público. Eu sou funcionário público, mas acho também que tem que se cobrar dessas pessoas, na minha opinião. Somente isso. Tem que se cobrar. Por que o cara votou? Senão fica mal.

Era só isso, uma colocaçãozinha.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - O senhor tem toda a razão, a cobrança deve ser feita. Será e deve ser feita, até porque isso vai custar uma discussão de carreira que os professores não fizeram antes de o projeto chegar aqui e aqui foram atropelados por mudanças de posição ao longo da votação de ontem.

A gente viu como o governo esperneou aqui para conseguir os 48 ou os 49. O líder do Governo teve que implorar, esperar, tentar ganhar tempo para conseguir os votos que faltavam.

Esse é o governo Doria, que termina da pior forma possível. Começou mal, começou prometendo o melhor salário para os funcionários da Segurança Pública e vai terminar sem cumprir sua promessa, mesmo tendo dado 20 por cento.

Não é o melhor salário do Brasil e nunca será, porque esse governo não cumpriu aquilo que prometeu, não só no caso da Segurança Pública, mas nos outros casos.

Infelizmente, é esse governo que tivemos aqui durante quatro anos, porque fez uma aliança - nós não podemos esquecer - com o Bolsonaro para se eleger na vibe do BolsoDoria. Esse governo se elegeu, derrotou o Márcio França, porque fez uma aliança com o Bolsonaro e depois resolveu fazer um movimento para apartar-se do presidente.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Um aparte, nobre deputado?

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Tem que ser rápido, porque eu queria concluir.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Rapidinho. Não foi uma aliança com o Bolsonaro. O Doria foi correndo, o Bolsonaro estava esfaqueado lá, ele pediu pelo amor de Deus para falar... O Bolsonaro não falou nada, ele mesmo criou. Ele cria tudo sozinho. Ele mesmo inventa as coisas. O Doria, ele cria.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Quem cria, descria. Se ele criou, o Bolsonaro deveria ter negado. Não negou e gostou. Gostou, esteve junto, esteve aqui e tal. Agora, não podemos apagar a história.

Aliás, assim, eu já falei aqui no meu aparte: o Bolsonaro negou o tempo todo o centrão. O senhor conhece a Bíblia, não é? Pedro negou três vezes Cristo. Bolsonaro deve ter negado umas dez vezes o centrão e agora está sentado com eles.

Está lá com o Valdemar, está com o PP, está com todos os partidos do centrão. É natural, faz parte da política. Agora, não podemos apagar essa história. Ele precisa se explicar. Também é uma forma necessária de cobrança, porque se não cobrar, não dá.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Só um segundo?

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Trinta segundos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Vossa Excelência é um grande político, presidente do PT aqui em São Paulo. Vossa Excelência sabe que se não houver uma ligação, uma interligação com os partidos políticos o cara não consegue ser prefeito de uma cidade, um dia que os caras cassam ele. Serve para Governo do Estado, serve para o presidente da República; é a mesma coisa.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Muito bem, o senhor devia ter dito isso para o Bolsonaro quando ele foi candidato e negou o centrão três vezes, porque o senhor é um homem experiente. Sabe que para governar precisa ter aliança. Agora, o Bolsonaro fez ao contrário: atirou, atirou, atirou e agora casou. Então nós precisamos deixar claro isso.

É esse tipo de postura, deputado Conte, que faz com que a política se enfraqueça, faz com que os partidos se enfraqueçam, porque o cara que é presidente da República, que fez um discurso, agora tem outra prática.

A prática é o critério da verdade e eu sou um daqueles que sempre defendeu alianças. São alianças que constroem maiorias, que são fundamentais para aprovar projetos, para avançar.

Eu não sou da linha do Bolsonaro, que atirou, atirou e, aliás, continua atirando. Agora ele está meio “encabrestado”; o senhor deve ter reparado. Ele não pode fazer tudo que ele quer, porque ele tem o centrão que está lá na corcunda segurando: “Não faça isso”; “Tire esse ministro”; “Olhe só, botar a cara no fogo, é melhor tirar”; “Vai se queimar”. Então agora os profissionais da política estão pilotando o Bolsonaro.

Vamos ver por quanto tempo, até porque o Bolsonaro tem um espírito selvagem muito grande, o que possibilita ele falar o que ele quer à hora que ele quer e nos colocar nessa situação rebaixada tanto do ponto de vista internacional como nacional. Eu queria terminar aqui só fazendo um registro.

Ontem nós tivemos a reunião com o cônsul da Ucrânia, Dr. Jorge. A deputada Janaina participou, foi muito interessante, muito importante, e depois à tarde nós recebemos sete cônsules honorários da África.

E temos uma proposta sendo construída de um coletivo dos países africanos com representação consular para dialogar propostas de parcerias com as universidades estaduais, com as cidades, o que ajudaria muito para de fato desenvolver regiões do interior, aquilo que o governador Doria mais uma vez prometeu e não fez. Então o Parlamento pode dar uma contribuição importante.

Muito obrigado, Sra. Deputada.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem, Sra. Presidenta. Eu solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental. Declaro suspensa a sessão até as 16 horas e 30 minutos, quando todos já ficam convocados para seguir com a sessão ordinária e possível deliberação a critério do Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Suspensa às 15 horas e 57 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 31 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, para falar pelo Art. 82 em nome da bancada.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental. Para falar pelo Art. 82, deputado Teonilio Barba.

Para encaminhar, viu, deputado, deixa eu ler. Não cabe o 82 porque nós já estamos na Ordem do Dia.

Há sobre a mesa um requerimento de urgência ao Projeto de lei 884, de 2021, de autoria do nobre deputado Marcio da Farmácia. Fazer uma justificativa, ele está nominando um AME que vai inaugurar dia 30, por isso nós adiantamos isso aqui.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

Para encaminhar pela bancada do PT, deputado Teonilio Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu subo a esta tribuna em função do debate que nós tivemos aqui ontem.

Como eu acho que dei uma exagerada com a deputada Marina Helou eu estou subindo aqui exatamente para me desculpar com a deputada Marina Helou em função de que eu comparei ela à base bolsonarista e ela não é uma bolsonarista.

O Nishikawa é um bolsonarista, o Frederico d’Avila é um bolsonarista, quem é a base bolsonarista é bolsonarista. Ela ficou muito magoada em função disso e eu, publicamente, aqui da tribuna, estou pedindo desculpas à deputada Marina Helou, porque não foi justo eu comparar ela. Ela tem uma outra história de vida, uma outra história de militância.

Não sei se a deputada está me ouvindo ou não. Quero deixar aqui desta tribuna o meu pedido de desculpas em relação, deputado Maurici e deputada Janaina Paschoal, a eu ter comparado ela à base bolsonarista. Ela não é bolsonarista, então não é justo a gente fazer isso.

Quando erra a gente tem que pedir desculpas, não tem problema nenhum. Como eu fiz aqui da tribuna, estou fazendo questão de fazer, daqui da tribuna, o meu pedido de desculpas à comparação, não ao voto dela. À comparação, sim. É igual comparar você, Nishikawa, que é um bolsonarista, ao petismo, não posso fazer isso.

Então, eu reconheço que errei na dose com ela, por isso estou aqui desta tribuna pedindo desculpas à deputada Marina Helou, a quem eu respeito muito, para deixar sem sombra de dúvidas isso.

Agora, isso não me impede de fazer o debate que eu fiz ontem aqui. O debate que eu fiz ontem aqui foi exatamente para expor o Partido Novo. Os deputados que, na hora que votam um projeto que precarizam, eles votam a favor. Votam a favor do projeto 03.

Aqui, no passado, votaram a favor do QAV, que era o projeto de querosene para os aviões. O que favorece os empresários eles votam a favor; o que prejudica trabalhadores eles votam a favor; o que é a favor dos trabalhadores eles votam contra.

Ontem ficaram aqui verificando. Só não verificaram o projeto da Defensoria Pública, o 06. Os outros três projetos que atendiam os trabalhadores da Casa, o 04, o 05 e o 08, que atendiam os trabalhadores do Tribunal de Contas, aí eles votam contra, porque são pessoas que têm cabeça empresarial e votam tudo, sempre, contra os trabalhadores.

Como vivi 41 anos trabalhando no setor privado, eu sei como pensam os patrões. A cabeça do Novo infelizmente é essa. Eu respeito, não tem problema. Se é disputa ideológica, não tem problema eles pensarem assim. Agora, temos que ir desmascarando-os, para que o povo saiba em quem está votando, para que os trabalhadores desta Casa saibam em quem estão votando.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Delegado Olim.

 

* * *

 

Então, por esse motivo é que voltei a esta tribuna hoje. Em ano de eleição, essa disputa não para. Eles vão falar contra nós, nós vamos falar contra eles. Vai ser essa a nossa vida, como aqui o tempo todo... Agora, dia 15 de março, fez sete anos que estou nesta Casa.

Foram sete anos com a gente denunciando, no estado de São Paulo, o governo do PSDB pelo desmonte que fez no estado de São Paulo. O João Doria veio para aprofundar esse desmonte. Aprofundou tanto que vai afundando cada vez mais na pesquisa. Daqui a pouco a pesquisa dele vai estar em -1, -2, -3, na linha que ele está indo.

Então, queria deixar aqui essa fala minha e deixar, mais uma vez, um pedido de desculpas para a deputada Marina Helou, porque realmente, em relação à comparação, eu fui muito duro com ela e ela não merece isso.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP - Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Em votação o Projeto de Decreto Legislativo nº 14, de 2022. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. Aprovado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo de lideranças, pedir o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP - Prazer em vê-lo.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - O prazer é nosso.

 

O SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP - Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão. Obrigado a todos.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 16 horas e 37 minutos.

 

* * *