15 DE SETEMBRO DE 2021

10ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: ALEX DE MADUREIRA e CARLÃO PIGNATARI

 

Secretaria: PAULO LULA FIORILO e ADRIANA BORGO

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - ALEX DE MADUREIRA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - VINÍCIUS CAMARINHA

Solicita a suspensão da sessão por dez minutos, por acordo de lideranças.

 

3 - PRESIDENTE ALEX DE MADUREIRA

Defere o pedido e suspende a sessão às 19h01min, reabrindo-a às 19h14min. Coloca em votação requerimento, do deputado Douglas Garcia, de alteração da Ordem do Dia.

 

4 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, pede ao deputado Alex de Madureira, na direção dos trabalhos, que coloque a máscara de proteção.

 

5 - SARGENTO NERI

Encaminha a votação do requerimento de alteração da Ordem do Dia, em nome do SD.

 

6 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Assume a Presidência.

 

7 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, faz questionamento acerca do requerimento de alteração da Ordem do Dia.

 

8 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Presta esclarecimentos à deputada Professora Bebel Lula.

 

9 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, pede o apoio do deputado Sargento Neri para a derrubada dos vetos presentes na Ordem do Dia desta sessão.

 

10 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, sugere que haja diálogo entre as lideranças para se alcançar algum entendimento.

 

11 - CAMPOS MACHADO

Solicita a suspensão dos trabalhos por três minutos.

 

12 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Indefere o pedido, ante a discordância do deputado Sargento Neri.

 

13 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, explica que houve um engano no requerimento de alteração da Ordem do Dia que apresentou. Solicita que o requerimento seja retirado.

 

14 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Coloca em discussão o PLC 33/20, vetado totalmente.

 

15 - ISA PENNA

Para comunicação, faz apelo ao deputado Sargento Neri para que ele apoie a derrubada dos vetos de hoje. Destaca a importância do PL 113/19, de sua autoria. Compromete-se a apoiar a rejeição de veto a projeto do deputado Sargento Neri.

 

16 - PROFESSORA BEBEL LULA

Discute o PLC 33/20, vetado totalmente.

 

17 - CAMPOS MACHADO

Solicita uma verificação de presença.

 

18 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de presença, que interrompe ao constatar quórum. Parabeniza o deputado Bruno Ganem pelo seu aniversário.

 

19 - ISA PENNA

Discute o PLC 33/20, vetado totalmente.

 

20 - BARROS MUNHOZ

Discute o PLC 33/20, vetado totalmente.

 

21 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, anuncia que houve entendimento entre as lideranças para que os vetos desta sessão sejam deliberados na próxima semana.

 

22 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, faz observações sobre o acordo mencionado pelo deputado Vinícius Camarinha. Diz ser favorável ao diálogo.

 

23 - JOSÉ AMÉRICO LULA

Para comunicação, considera positivo o entendimento firmado entre as lideranças. Tece elogios ao deputado Vinícius Camarinha.

 

24 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, pede que projeto de autoria do deputado Frederico d'Avila, também vetado pelo Executivo, seja incluído nas discussões da semana seguinte.

 

25 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Orienta a deputada Janaina Paschoal a encaminhar sua solicitação para a liderança do Governo. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Alex de Madureira.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                          

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O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, líder do Governo, deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Presidente, só para buscarmos um entendimento, eu queria pedir a suspensão dos nossos trabalhos por dez minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Havendo acordo de lideranças, estão suspensos os trabalhos por dez minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 19 horas e 01 minuto, a sessão é reaberta às 19 horas e 14 minutos, sob a Presidência do Sr. Alex de Madureira.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Ordem do Dia. Há sobre a mesa um requerimento de inversão de pauta com os seguintes termos: “Requeiro nos termos regimentais, a inversão de pauta da sessão extraordinária da data de hoje, 15/09/2021, para a seguinte disposição:

Item 1 - Análise do veto do Projeto de lei nº 629, de 2015, de autoria do deputado Rafael Silva;

Item 2 - Análise do veto total do Projeto de lei nº 413, de 2019, de autoria do deputado Coronel Nishikawa;

Item 3 - Análise do veto total do Projeto de lei nº 12.056, de 2019, de autoria do deputado Emidio de Souza;

Item 4 - Análise do veto total do Projeto de lei Complementar nº 33, de 2020, de autoria dos deputados Professora Bebel e Alex de Madureira;

Item 5 - Análise do veto total do Projeto de lei nº 62, de 2021, de autoria do deputado Wellington Moura;

Item 6 - Análise do veto total do Projeto de lei nº 113, de 2019, de autoria da deputada Isa Penna.

São Paulo, 15 de setembro de 2021.” Assina o deputado Douglas Garcia, do PTB.

Em votação o requerimento.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem.

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - Para encaminhar o roteiro, até porque…

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Para encaminhar a inversão?

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - Inversão do roteiro, até porque em 2019 nós aprovamos aqui um projeto das pensionistas da Polícia Militar, as quais ficam quatro, cinco meses para receber a pensão, e tinha um acordo com o presidente da Casa para quebrar o veto e não entrou nessa lista.

Então, em defesa das pensionistas da Polícia Militar, eu peço essa inversão, presidente, porque é inadmissível a Polícia Militar, as nossas pensionistas sempre serem colocadas em segundo plano. Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Deputado Sargento Neri, o senhor vai encaminhar?

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - Vou para a tribuna.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Está ok. Tem o tempo regimental o deputado Sargento Neri.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, deputada Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – PARA COMUNICAÇÃO - De forma cuidadosa, pedir para V. Exa. colocar a máscara.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Obrigado, deputada.

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - Boa noite, presidente. Boa noite a todos. Presidente, em 2019, foi um dos primeiros projetos a serem aprovados na Assembleia Legislativa e da Polícia Militar. Nós temos um problema centenário na Polícia Militar.

Quando morre um policial, nós, policiais, Major Mecca, temos que fazer vaquinha para ajudar a viúva do policial, de soldado a coronel. É um problema seríssimo. É um problema, Leticia, porque a família sofre a dor da perda e sofre financeiramente. Pois bem, fiz um projeto onde quando morresse um policial, no primeiro mês subsequente deveria se pagar aí a pensão.

Infelizmente, um coronel na SPPrev colocou uma informação que não condiz com a verdade e quando eu ia chamá-lo para comparecer na comissão de Segurança Pública, me pediram para não chamar, porque ele colocou informação falsa, Major Mecca, em documento público, porque ele falou que em 20 dias pagava pensão e é mentira; não paga. As nossas viúvas, Barba, ficam sofrendo quatro meses sem pensão.

E teve um acordo com o presidente no primeiro biênio: que se eu não chamasse, presidente, o coronel da SPPrev, colocaria o meu projeto para quebrar o veto. O presidente do primeiro biênio não cumpriu a palavra dele nesse tocante. Tenho a maior admiração pelo Cauê Macris, mas não cumpriu.

E agora eu vejo a relação de vetos, onde o meu projeto não está, que foi um dos primeiros a serem votados nesta Casa. Então, a minha questão não é contra as mulheres, não é contra a deputada Isa Penna.

A minha questão é uma questão humanitária. Nós precisamos resolver o problema das viúvas da Polícia Militar e vou mais: das viúvas de todos os policiais do estado de São Paulo.

E digo, aquele coronel que assinou o documento na SPPrev foi indigno com toda a tropa da Polícia Militar e com todas as viúvas da Polícia Militar. Em respeito à Presidência desta Casa, eu não o chamei na Comissão de Segurança Pública. Eu ia manda-lo para o Ministério Público, porque é crime colocar informações falsas em documento público.

Havia uma promessa e havia um acordo, que não foi cumprido. Então, eu vou obstruir todos os projetos de quebra de veto aqui. Ou esta Casa cumpre o que é acordado, ou fica difícil. “Ah, mas não foi no meu biênio” - então, o outro presidente, não vale nada a palavra dele? Aí fica difícil para os deputados trabalharem.

O que eu quero é atrapalhar a vida da deputada Isa Penna? Eu sou contra o projeto dela? Não. Eu só quero que seja feita a justiça. Eu só quero que entre, também, a quebra de veto do PL 40/2019, que versa sobre a garantia das viúvas para sobreviver na perda do seu marido, porque, por vezes, nós deixamos lá, Conte Lopes, a gente vê a esposa e os filhinhos chorando na beira do caixão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlão Pignatari.

 

* * *

 

Depois, no outro dia, chora porque não tem dinheiro para pagar aluguel, não tem dinheiro para pagar a água, não tem dinheiro para pagar a luz, não tem dinheiro para fazer compra.

Ficam os policiais correndo um atrás do outro para fazer vaquinha. Que patifaria esse Estado, que não quer regularizar, pelo menos, a pensão das nossas pensionistas. Não onera nada nos cofres públicos.

Então, Vinícius, você que elogiou esse projeto - aqui na bancada, Vinícius; eu lembro, você veio aqui e elogiou esse projeto. Eu peço a você que é líder do Governo: nos ajude a quebrar esse veto. Peço a sensibilidade do presidente da Casa, porque eu sei que o Carlão gosta da Polícia Militar, sempre conversamos sobre isso.

Que ajude, realmente, a quebrar esse veto. Que a imposição política não seja maior do que a parte humanitária, que é ajudar as nossas viúvas. Então, estarei sim atento a todos os trabalhos aqui em Plenário que não contemplarem, também, a Polícia Militar.

Obrigado, presidente.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria levantar uma questão sobre este roteiro, que é o seguinte: eu subi até aí e, me parece, houve uma reclassificação. O meu, que era o primeiro, passou a ser o quarto na lista de votação.

Eu quero perguntar para o deputado Douglas Garcia, porque, perguntado para ele, falou: “Não, eu não mexi na totalidade da lista. Eu joguei o da deputada Isa Penna para o final. Eu não mexo na lista total”.

Então, havendo isso que eu gostaria de, não vou pedir a verificação, mas ouvir do Douglas se é esse mesmo o roteiro que ele encaminhou; se não encaminhou, eu quero discutir.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ele encaminhou, realmente, o requerimento...

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Um momentinho, por favor. O senhor vai ficar no telefone ou vai falar no microfone?

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Eu gostaria de falar com V. Exa., Sr. Presidente. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Está certo, um momentinho só, por favor. Deputada Professora Bebel, existe sobre a mesa um requerimento do líder do PTB, deputado Douglas Garcia, propondo uma inversão dos itens. Apenas isso. É só rejeitar isso aqui e fica como estava.

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - Pela ordem, presidente. Eu peço a verificação de presença, por gentileza.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu não coloquei em votação, não tem jeito de o senhor pedir.

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - Ah, não foi?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não, senhor.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Teonilio Barba?

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Fazer, Sr. Presidente, um apelo ao deputado Sargento Neri. Sargento Neri, por favor, ouça o que eu vou falar agora. Isa Penna, por favor.

É o seguinte: nós, todos os deputados aqui - o Carlão, como presidente desta Casa, neste momento, sabe disso -, a maioria dos deputados consegue aprovar um projeto por ano. Ao aprovar esse projeto, chega ao final, no começo do ano seguinte, o governador vai e veta.

No momento em que nós temos a oportunidade de derrubar os vetos, tem um líder do Governo querendo discutir para daqui a uma semana e você querendo verificar, porque o seu veto não foi incluído.

Eu acho que o senhor não quer ensinar nada, eu acho que o senhor está conduzindo da maneira errada. O senhor tem que pedir para incluir o seu veto nessa lista de vetos para que ela seja discutida.

Nós não podemos ficar aqui favorecendo os vetos do governador João Doria. É um sacrifício danado. Eu fui por dois anos líder da bancada do PT, e tentamos derrubar esses vetos, mas não conseguimos.

Então, no ponto de ter uma oportunidade de derrubar os vetos, nós temos que trabalhar para isso, gente. Então, acho que esse é o caminho que nós temos que perseguir. Esse é um apelo, Sargento Neri, com todo o respeito que eu tenho pelo senhor...

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu queria fazer um apelo para a Casa. Nós temos condições de fazer um acordo, Sr. Presidente, tranquilo, sereno, seguro. Será que eu posso falar um pouco?

Eu estou pedindo para que nós possamos suspender por três minutos a sessão para tentar fazer um acordo, como diz o deputado Barba. Daqui a pouco, não vai dar nulo, não se vota nada nem nesta semana e nem na semana que vem. Sr. Presidente, três minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Havendo acordo de lideranças, se houver acordo de lideranças.

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - Não tem acordo.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não tendo acordo, mais algum encaminhamento?

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não. Pela ordem, deputado.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Apenas para esclarecer à deputada Professora Bebel. Houve sim, de fato, um engano, porque a lista que eu recebi é diferente da ordem do que estava pautado.

Então eu gostaria, tendo em vista que eu não quero prejudicar a deputada Professora Bebel, eu quero retirar o meu pedido de inversão de pauta.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental.

Item 1 - Veto. Discussão e votação do Projeto de lei Complementar nº 33, de 2020, vetado totalmente, de autoria da deputada Professora Bebel e Alex de Madureira. Altera a Lei Complementar nº 164, de 4 de janeiro de 2012, que institui o regime de dedicação plena e integral da RDPI e a gratificação de dedicação plena e integral, GDPI.

Aos integrantes do quadro do magistério em exercício nas escolas estaduais de ensino médio em período integral e dá providências correlatas.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputada Isa Penna.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Eu gostaria de discutir o Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputada Isa Penna.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria fazer um apelo ao colega Deputado Sargento Neri. A sua revolta, deputado, a sua revolta é legítima. A sua causa é legítima. Eu, inclusive, estou aqui para dizer que vou apoiar, deputado.

Deputado, eu sofri um caso de assédio nesta Casa. A Alesp se comprometeu, lá no começo, a aprovar o Dossiê Mulher com uma resposta à sociedade. Isso foi publicizado pelo presidente da Casa. A derrubada desse veto já foi adiada, e adiada, e adiada. É um compromisso com as mulheres.

Você vai precisar dos deputados que estão hoje, das bancadas que têm projeto hoje elencado, para derrubar o seu veto. Então, se você quer derrubar o seu veto, o melhor que você tem a fazer agora é não arrumar briga e não atrapalhar os vetos dos outros. Até porque eu considero o seu projeto tão importante quanto você está falando.

O presidente falou no último Colégio de Líderes: “Toda semana vão ser discutidos os vetos.  Toda semana vão ser discutidos os vetos novos, para serem derrubados. O presidente falou esta semana. O presidente falou esta semana. Então eu estou pedindo para você.

Eu sei que a sua briga não é comigo, antes que você fale isso. Mas estou pedindo para você, porque tem um caso, sim, dentre essa lista de projetos, que não é a mesma coisa que os outros, é uma resposta que nós, enquanto instituição, precisamos dar à sociedade.

E eu considero que assim como você quer que os outros tenham empatia pela sua causa, que você também vá ter empatia pela causa dos outros. O seu projeto fala das pensionistas, fala de mulheres; pois é, elas também serão ajudadas pelo meu projeto.

Então, se você impedir a derrubada do veto ao meu projeto hoje, você estará prejudicando quem você no final das contas quer beneficiar. Não faz sentido no final das contas. Você vai precisar da gente, e eu estou aqui me comprometendo a ajudar você a derrubar esse veto, porque é, sim, importante, você tem razão em estar indignado.

Agora, eu quero fazer esse apelo nãoem meu nome, mas em nome de todos. O Coronel Nishikawa, que é do PSL, tem projeto de lei. Então vamos trabalhar juntos. A Adriana Borgo também. Então, assim, vamos tentar trabalhar juntos, deputado. A gente está aqui, está todo mundo ouvindo o que você colocou desde a primeira semana.

Eu não sabia, você está me contando isso agora. Eu não sabia que você tinha um projeto de lei nessa situação, desse teor, de tamanha importância que é, parado e travado. Agora que eu sei, você tem o meu compromisso público. Assim como eu briguei para o Dossiê Mulher entrar hoje, eu vou brigar para o seu também entrar, porque o seu também é pelas mulheres.

Então eu quero te pedir. Se preciso for eu ajoelho. Mas, assim, te implorar mesmo, para você deixar o nosso projeto de lei ser aprovado. Ele vai beneficiar a quem você também quer beneficiar.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada Isa Penna, está encerrado o seu tempo. Com a palavra a Professora Bebel, para discutir o Projeto.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Eu vou ser rápida, objetiva, só para falar o teor do que pode ser derrubado aqui hoje. Esse é um PL que foi da minha autoria e de autoria do deputado Alex de Madureira.

É um PL que atente as professoras e os professores que são contratados em caráter temporário e que, por trabalharem mais de cinco anos com escola de tempo integral, poderão não ser mais contratados.

Então ele corrige essa distorção. Faz isso. Por isso, acho de suma importância derrubar esse veto. Era uma questão que não era nem para ser vetada, porque isso resolve, até em certo sentido, para o secretário da Educação, no que diz respeito aos professores temporários. Porque os efetivos ficam, mas os temporários, não.

Então chamo a atenção para isso, faço um apelo para o deputado Sargento Neri, que não peça verificação, por conta da importância e a natureza da matéria. Muito obrigada.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado, deputada Professora Bebel. Pois não, deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Regimentalmente, eu queria pedir uma verificação de presença. 

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental. Verificação de presença. Eu gostaria de convidar o deputado Paulo Fiorilo e a deputada Adriana Borgo para fazer uma verificação de presença.

 

* * *

 

- Verificação de presença.

 

* * *

 

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a Presidência constata número regimental de Srs. Deputados e Sras. Deputadas em plenário, pelo que dá por interrompido o processo de verificação de presença e agradece a colaboração dos nobres deputados Paulo Lula Fiorilo e Adriana Borgo.

Havendo quórum regimental, com a palavra a deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bem, de qualquer forma, terminando aqui a minha inscrição, eu chamo atenção para isso, da impressão, eu disse, é um projeto, deputado Emidio, que corrige uma injustiça muito grande com os professores contratados, temporários, que é injusto. Então eu pediria para este plenário derrubar esse veto, que é um bem para a Educação Pública Básica do estado de São Paulo.

Passo o resto do meu tempo... É isso. Peço o apoio dos colegas deputados e deputadas para que a gente derrube esse veto. Nomino aqui todos os presentes, a Educação, para mim, transpõe a ideologia. Eu mostrei neste plenário ontem que eu não tenho problema em defender até projeto do governo se for bom para a Educação. Eu demonstrei, e a minha bancada votou.

Portanto, seria de bom alvitre que se votasse alguma coisa para a Educação, não é para mim. Não tem nada que se coloca, a não ser a Educação Pública Básica brasileira e do estado de São Paulo que passa por falta, poderão faltar professores caso esses que trabalharam cinco anos ininterruptos não sejam recontratados. É essa a justeza da proposta.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado, deputada Professora Bebel. Para discutir o projeto, deputada Isa Penna.

Eu gostaria de pedir aos nobres deputados, às nobres deputadas que ficassem um pouco em silêncio quando tiver um orador na tribuna, senão fica muito desagradável as pessoas não prestarem atenção quando tem...

Eu não quis interromper a senhora, Professora Bebel. E, também, pedir uma salva de palmas e um feliz aniversário ao deputado Bruno Ganem, 35 anos hoje.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Parabéns. Pois não, presidente, muito obrigada pela palavra. Eu queria pedir a atenção dos meus colegas que estão ali no canto do plenário.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Atenção, atenção. Tem um orador na tribuna. Por favor.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - A última vez em que eu estive aqui foi em uma situação muito desagradável, uma das piores situações que eu já passei na minha vida e, a partir dela, milhares de mulheres se identificaram com o que eu passei, porque elas também passam por isso. Noventa e sete por cento das mulheres brasileiras reconhecem já terem sido assediadas.

Foi uma situação que, até hoje, é difícil de falar sobre. Só quem já passou por alguma violência sexual sabe o que é. Infelizmente, é nessa situação de colegas meus se retirando do plenário para a gente não ter quórum para votar um projeto de lei que esta Casa, publicamente, se comprometeu a aprovar para dar uma resposta a uma indignação que vai muito mais para além de mim, do partido que eu sou, da ideologia em que eu acredito, tem a ver com o fato de que nós somos o estado mais rico do Brasil e, ao mesmo tempo, somos um dos estados que menos tem os dados de violência contra as mulheres categorizados, organizados.

Qual é a importância disso? Existem diferentes tipos de violência sexual na sociedade. Existe o tipo de violência sexual que acontece no transporte público, a famosa "encoxada". Tem muitos casos de agressores e homens que vão para o espaço público constranger mulheres, cometendo atos obscenos e, no entanto, a gente tem uma legislação que invisibiliza toda essa problemática.

Quero deixar muito claro para todos os colegas que estão aqui fazendo pouco hoje desse tema e desse projeto de lei, me dirigir diretamente ao deputado Vinícius Camarinha, líder do Governo, Vinícius Camarinha, que está fazendo questão de ignorar que eu estou falando com ele. Camarinha.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada Isa Penna.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Senta agora...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Dá licença, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada Isa Penna, por favor.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Senta agora lá no seu gabinete, dá uma analisada, a gente espera. É quanto que você precisa? Quarenta minutos para fazer uma ligação, ler um projeto e analisar? A gente espera, não tem problema.

São 15 minutos que cada um tem de fala aqui. É disso que você precisa? Não é disso que você precisa. O seu problema não é que você foi analisar, não é que você precisa analisar, que você não sabia.

Esse veto estava colocado há um ano atrás. É uma promessa da Assembleia Legislativa, a partir de um assédio que ficou internacionalmente conhecido. Sargento Neri, estou dizendo para você que eu entendo a sua causa, a sua indignação.

O presidente organizou da seguinte forma a derrubada de vetos. Colocando esses, que eu nem sei direito como é que foi a organização deles, mas esse, eu sei que precisa ser aprovado, que precisa ser aprovado hoje. Porque ele já foi adiado várias vezes. Várias vezes.

Eu fui assediada no dia 16 de dezembro. Eu nunca vou esquecer essa data na minha vida. O dia que foi decidida a sentença dessa Assembleia Legislativa, foi o dia 31 de março.  É demais. É a primeira vez que eu volto nesta Assembleia, que eu volto nesta tribuna. A última vez que eu estive aqui, foi para denunciar esse caso de assédio.

É um absurdo que, depois de todas as reivindicações que foram feitas aqui, para este presidente, para o Governo, que analisou o conteúdo do projeto de lei, é inadmissível o que se está fazendo aqui hoje.

Essa articulação entre líder do Governo e alguns deputados, para atrasarem uma resposta que a Assembleia Legislativa tem que dar, está se comprometendo a dar. Mais de um ano, e a gente só não conseguiu dar até agora porque a gente não tinha quórum nas sessões virtuais para fazer isso acontecer.

Mas nós estamos aqui hoje. Aqui, agora, vejo 24 deputados. Eu estou pedindo para vocês. Eu estou pedindo para vocês. Eu sei que toda causa é legítima. Mas eu queria pedir para vocês, por favor, que respeitassem a deliberação que a própria Assembleia Legislativa tirou, aqui entre nós. Nós todos sabíamos que alguns achavam seis meses pouco. Alguns achavam seis meses muito.

Nós encontramos essa mediação e tivemos, como prioridade, aprovar um projeto de lei que seria uma resposta para as mulheres. Então eu queria pedir… Eu não sei se o deputado ainda vai pedir verificação. Não vai? Não vai pedir verificação? Tá. Tem mais alguém inscrito? Meu Deus do Céu. É absurdo, as coisas que a política faz com a gente. A última vez que eu estive aqui…

Então é isso.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado, deputada Isa Penna. Para discutir o projeto, deputado Barros Munhoz.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu quero não pedir desculpas, mas explicar por que estou vindo à tribuna e por que insisto em falar. Eu entendo que a gente chegou num impasse que não é bom para a Casa. Essa questão de veto é uma questão extremamente complicada.

Eu me sinto à vontade para falar sobre esse assunto porque eu fui, três vezes, líder de Governo nesta Casa. Eu tive que conviver harmoniosamente com bancadas de oposição extremamente competentes. Principalmente a do PT, extremamente bem assessorada.

E não posso deixar de dizer a mesma coisa do PSOL. Raul, é você mesmo que está aí? Mas que felicidade te rever. Desculpa a interrupção. Mas eu tenho que dizer isso, de coração: que bom você estar aqui de novo. Grande parlamentar. Grande parlamentar.

Não posso deixar de registrar o PSOL, com a garra do Giannazi, a sua. O PCdoB, com a nossa querida Leci. Enfim, como eu vejo a questão? Eu vejo que nós estamos caminhando para um impasse. É óbvio que é dever da Mesa, da Presidência, pautar os vetos, mas nem sempre isso foi cumprido nesta Casa. Aliás, muito pelo contrário.

Eu me lembro de ter assumido a Presidência, e vários dos deputados, que aqui estão, vão se lembrar disso. Que a regra era não se colocar veto para votar. Era quase que uma instrução do governo ao líder do Governo. E nós, com aquilo que é o mais nobre na prática democrática, que é o diálogo, conseguimos adotar um sistema que fizesse a letra da lei valer.

Não há obrigação do presidente de colocar em pauta, mas há uma obrigação ética de colocar, uma obrigação legal. E não há obrigação do Plenário de votar a favor da derrubada ou a favor da manutenção do veto. Então, vamos exercer livremente o nosso direito de votar, e de votar de acordo com a nossa consciência.

Por que eu estou dizendo isso? Para tumultuar, para obstruir? Não; eu sou do mesmo partido do nosso líder do Governo, é até uma situação anômala, mas perfeitamente defensável, explicável, porque é ele o líder do governo, e eu o respeito muito como parlamentar, como companheiro de partido, enfim, como cidadão. E em todas as hipóteses possíveis, eu quero aqui invocar para dizer do meu relacionamento com o líder do governo. E da mesma forma com o presidente da Casa, certo? Ele tem até alguns defeitos que eu também tenho, e eu não tenho todas as virtudes que ele tem.

Mas, enfim, o que eu defendo é o seguinte: o que o líder do governo está pedindo? Um freio de arrumação, deputada Isa. (Voz fora do microfone.) Pois é, um ano e uma semana a mais. (Voz fora do microfone.) Não, eu não fui assediado, mas condenei quem foi assediado, condenei quem assediou. (Voz fora do microfone.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Por favor, deputada Isa Penna, vamos ouvir o…

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Deputada Isa, eu estou querendo colaborar. Eu entendo que essa radicalização ou é agora ou nunca; não vai levar a uma solução. O deputado Camarinha está presente, quer dizer, nós não estamos fazendo nada às escondidas.

Aliás, ele tem pautado a sua atuação na liderança como alguém em “concordato”. Ele tem encaminhado soluções difíceis de serem compostas de forma democrática.

Então, o que eu estou aqui endossando, meu caro presidente, é isso. Vamos fazer uma semana, está aqui, é público. Ninguém está escondendo, fazendo nada que seja condenável.

É uma semana que o líder do governo está pleiteando. Daqui a uma semana, nós vamos fazer essa cobrança, e o presidente então vai decidir o que coloca em pauta, o que não coloca em pauta. E o que for colocado em pauta nós vamos votar.

Agora, o que há é um problema. Se vocês me permitem, eu vou extrapolar aqui, eu vou dizer que, como líder de governo, como eu definia os projetos. Vou ser muito incauto de fazer isso, mas vou fazer. O deputado Barba estava aqui naquela época, vários de vocês estavam, e ele sabe disso. Normalmente, quando a pessoa defende que o veto seja derrubado, ele diz que o projeto é bom.

Não, quando era para votar o projeto, não era para votar veto. Nós vamos votar, não vamos votar? Não, esse projeto é bom, tal, aquelas reuniões que se fazem ainda. E eu dizia: "esse projeto é bom". Aí o líder do PSDB falava: "mas como que é bom? O projeto é horrível". Eu falava "Não, é bom para veto."

Qual é o projeto bom para veto? É aquele que não crie conflito para o Executivo. Agora, você pega um projeto, por exemplo, que mexe com animais, para vetar. Nossa Senhora, é um Deus nos acuda. Cai o mundo. Então, é difícil essa questão. É muito difícil essa questão.

Normalmente, tem deputado que quer o veto, mesmo que ele seja mantido. Quer que seja votado, porque ele vai dizer ao eleitor dele: "olha, eu fiz o que me foi possível fazer, eu consegui aprovar o veto. O governador vetou, e a Assembleia manteve o voto". Ele salvaguardou o compromisso que ele tem com seus eleitores.

Então, eu acho que é isso que nós temos que fazer. Encaminhar para votar aquilo que a gente acredita que deva ser derrubado, para derrubar, e aquilo que a gente acredita que deva ser mantido, como o veto, seja mantido. Então, eu peço desculpas, até. Não quero dar aula para ninguém. Não quero dizer que sei mais do que ninguém. Eu quero dar a minha experiência e, sobretudo, invocar uma questão.

Se o nobre líder do Governo, deputado Vinícius Camarinha, tivesse vindo aqui e tivesse dito "eu quero um mês para tomar uma posição e apresentar uma solução", eu também seria contra, meu caro líder Vinícius Camarinha. Eu também seria contra, porque aí eu entenderia que caberia razão a colocação da deputada Isa, porque já faz um ano, certo?

Mas eu entendo que o seu apelo e a sua colocação são indiscutivelmente válidos e corretos. Válidos e corretos, respeitosos até. Não está querendo impingir nada a ninguém. Está fazendo uma proposta perfeitamente defensável e possível. E possível. Então, sem qualquer intuito postergatório, mas apelando para aquilo que é essência da democracia, e da vida parlamentar.

Deputada Janaina, se me permite chamá-la de querida colega, eu tive a ousadia de criar um slogan. Eu já disse aqui, mas faço questão de repetir. A vida parlamentar me ensinou que aqui deve prevalecer o diálogo, e o meu slogan de vida, hoje, é o seguinte: “nada resiste ao diálogo”.

Vários e vários projetos que foram aqui aprovados, no início das discussões dos diálogos, iam ser violentamente repelidos, outros projetos, que iam ser rejeitados, acabaram sendo aprovados.

Então, por tudo isso, minha gente, como já dizia a minha avó: “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Não vai acontecer nada. Se Deus quiser, que nos impeça de, daqui algumas semanas, chegarmos a uma solução, e todos nós estamos imbuídos do desejo de encontrar essa solução. Ninguém, eu imagino, quer prejudicar absolutamente, ninguém. Ninguém quer prejudicar absolutamente ninguém.

Então, fica aqui a minha proposta de, democraticamente, acolhermos o pleito do deputado Camarinha. Porque, na semana que vem, vamos chegar, se Deus quiser, a uma boa solução, como temos chegado, frequentemente, nesta Casa.

Muito obrigado a todos, e peço desculpas por ter me estendido, mas espero ter cumprido o meu dever de falar aquilo que penso, e procurar ajudar em uma solução.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado, deputado Barros Munhoz. Para discutir...

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente, só para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, líder do Governo.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria, primeiro, agradecer as palavras do líder do PSB, nosso grande deputado Barros Munhoz. É um professor aqui da Casa. A experiência, o bom senso das suas palavras...

Para anunciar aqui um acordo que fizemos com os líderes, para que nós possamos, por parte do governo, ter tempo hábil para analisar o impacto da derrubada desses vetos.

São muitos vetos. Nós estamos avançando nisso, e eu quero assumir o compromisso de, semana que vem, nós voltarmos a esta pauta, com análise do governo, e fazermos uma votação de mais consenso aqui na Casa, presidente.

Conversamos com todos os líderes. Houve esse consenso, e nós queríamos pedir a aquiescência de V. Exa. para, então, na próxima semana, suspendemos a sessão hoje e seguirmos em diante, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Levantarmos.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - E levantarmos a sessão, Sr. Presidente.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Se houver acordo de líderes, podemos levantar a presente sessão.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Então, eu tenho acordo. Eu acho que isso foi importante, mas não esquecer, também, que não mexe nos vetos desta semana, que aqui estiveram. Porque, se isso acontecer, a gente pode...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Exatamente isso, será repetida a pauta semana que vem.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – PARA COMUNICAÇÃO - E eu quero me dirigir ao deputado Barros Munhoz, porque eu posso não ser a mais brilhante da liderança do PT, deputado, mas eu sou da conciliação e da grande conversa.

Então, o senhor pode ter certeza disso, que, às vezes, a gente, ao elogiar outros, a gente esquece que tem pessoas que talvez o senhor não veja o trabalho de bastidor, que é muito bem feito, e que eu não preciso estar dizendo que sou eu. Eu não cresço em cima de ninguém. Eu tenho cuidado com as pessoas e com a liderança de todos que exercem.

Muito obrigada.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Dr. José Américo. Bom, nós vamos levantar a sessão. Há acordo de lideranças para levantar a sessão.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero dizer apenas o seguinte. Que eu acho que o entendimento foi muito bom. É assim que acontecem as coisas no Parlamento, e queria só dizer que o Vinícius tem sido uma pessoa que tem cumprido as coisas. Por isso que eu participo desse acordo com o coração aberto.

Gostei da fala do Barros Munhoz. Só achei que ele falou um pouco demais, mas, tirando isso, está ótimo.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ele estava enrolando. Ninguém percebeu que ele estava enrolando? Está levantada a presente sessão.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só fazer uma comunicação rápida. Pedir a V. Exa. que coloque, entre os vetos da semana que vem, o veto do Frederico d’Avila, que trata do arroz com feijão nas escolas.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - encaminhar para a liderança do Governo, por favor.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Já está pedido. Porque, como é consenso na Casa, fica a solicitação, mantendo o do coronel Nishikawa, claro. Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Até logo. Obrigado. Está levantada a presente sessão. O deputado Gil Diniz se arrumou. Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 20 horas e 05 minutos.

 

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