20 DE OUTUBRO DE 2020
77ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI,
CASTELLO BRANCO, MARCOS DAMASIO, DOUGLAS GARCIA e CARLA MORANDO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CASTELLO BRANCO
Critica o Plano de Retomada de
Crescimento de São Paulo 2021/2022, anunciado pelo Governo do Estado. Apresenta
slides sobre o tema. Lamenta a publicação da Lei 17.293/20. Manifesta-se contra
o aumento de verbas para publicidade e diminuição do Orçamento da Saúde.
Considera o governador de São Paulo afastado do Brasil e próximo ao governo da
China.
3 - MAJOR MECCA
Lamenta o assassinato do policial
militar Daniel Alves de Lima, encontrado no centro de São Paulo. Considera a
categoria abandonada pelo Governo do Estado. Comenta investigação de
superfaturamento na compra de toalhas umedecidas. Lamenta a punição de
policiais militares que atuaram em ocorrência, em pancadão. Defende o
impeachment do governador João Doria.
4 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência.
5 - CARLOS GIANNAZI
Comenta assalto à Escola Estadual Yervant Kissajikian, em Itaquera.
Afirma que a instituição já foi invadida oito vezes. Critica a falta de ação a
respeito. Cobra mais segurança nos estabelecimentos de ensino. Discorre sobre a
falta de funcionários a afetar o setor. Pede a alteração da portaria sobre a
remoção de servidores do quadro de apoio escolar. Tece críticas ao secretário
da Educação, Rossieli Soares.
6 - JANAINA PASCHOAL
Esclarece o trabalho da Frente
Parlamentar pela Celeridade na Adoção de Bebês. Discorre sobre as dificuldades
para a adoção direta. Comenta os artifícios usados por famílias para fraudar a
lei. Alega que o código penal não prevê a retirada da guarda como penalização.
Defende a manutenção da guarda, em benefício da criança. Pede manifestação da
população e dos demais parlamentares.
7 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
8 - MARCOS DAMASIO
Assume a Presidência.
9 - DOUGLAS GARCIA
Endossa o discurso do deputado Carlos
Giannazi, sobre o assalto na Escola Estadual Yervant Kissajikian. Critica defesas a criminosos. Exibe e comenta
vídeo na Ponte Pênsil, em São Vicente. Afirma que a iluminação foi instalada,
mas o posto da Polícia Militar ainda está desativado. Cobra por mais segurança
na cidade.
10 - CORONEL TELHADA
Cumprimenta os municípios
aniversariantes. Informa as datas comemorativas celebradas. Lamenta o
falecimento do policial militar Daniel Alves de Lima, encontrado no centro de
São Paulo. Discorre sobre os problemas da cracolândia.
Faz coro ao discurso do deputado Douglas Garcia sobre policiamento em São
Vicente. Critica a ordem de proibição do uso de arma de fogo por policiais
militares de segunda classe nos horários de folga, feita por major.
11 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência.
12 - GIL DINIZ
Critica o aumento de verbas para
publicidade previsto no Orçamento de 2021. Comenta o bloqueio judicial de bens
do governador João Doria, por propaganda irregular quando era prefeito.
Discorre sobre a nomeação de ex-advogado pessoal da
citada autoridade, como secretário de Justiça. Lamenta a retirada de isenção de
impostos na compra de veículos por pessoas com deficiência. Manifesta-se contra
o silêncio da mídia, a respeito do exposto.
13 - SEBASTIÃO SANTOS
Lamenta a mortalidade de animais e a
destruição de áreas de preservação permanente, no Estado. Discorre sobre a
importância do equilíbrio ecológico. Cobra fiscalização da secretaria de Meio
Ambiente. Exibe e comenta vídeos sobre a morte de peixes por derramamento de
"garapão".
GRANDE EXPEDIENTE
14 - JANAINA PASCHOAL
Presta esclarecimentos acerca de sua
declaração de voto para a prefeitura da Capital. Ressalta que, em seu apoio,
leva em conta as pessoas, e não os partidos. Explica que, por essa razão, seu
apoio não se estende, necessariamente, aos candidatos a vereador ligados à
mesma chapa. Discorre sobre sua vinculação ao PSL.
15 - CARLA MORANDO
Assume a Presidência.
16 - DOUGLAS GARCIA
Tece considerações sobre o posto policial
na Ponte Pênsil de São Vicente, aparentemente desativado. Chama a atenção para
o grande número de assaltos no local. Afirma que existem informações
desencontradas, da parte do Poder Público, com relação à situação do posto.
Critica o governador João Doria, por declaração acerca de possível
obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19. Acusa o governo de usar a
pandemia para atacar direitos fundamentais da população.
17 - GIL DINIZ
Justifica o uso que fez de carro
oficial da Assembleia Legislativa em visita a Catanduva. Rebate reportagem
sobre o assunto. Discorre acerca dos motivos que o levaram a mover processos
contra veículos de imprensa. Concorda com o pronunciamento do deputado Douglas
Garcia a respeito de vacinação contra a Covid-19. Questiona o que vê como
pressa do governo em firmar contrato com a empresa Sinovac,
produtora da vacina em questão, a qual, argumenta, não foi, ainda, devidamente
testada.
18 - PROFESSORA BEBEL LULA
Pelo art. 82, expressa preocupação
com a questão da alimentação escolar. Frisa que a merenda escolar é, em muitos
casos, a única refeição que várias crianças têm durante todo o dia. Defende
projeto de lei, de sua autoria, que trata do tema. Declara-se contrária ao
retorno das aulas neste ano.
19 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, informa que está
analisando projetos de lei dos deputados Luiz Fernando Lula da Silva e Erica Malunguinho. Explica sua obstrução às duas proposituras.
Ressalta que é favorável à aprovação de projetos de parlamentares nesta Casa.
20 - DOUGLAS GARCIA
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
21 - PRESIDENTE CARLA MORANDO
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de 21/10, à hora regimental, com Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Dando início à chamada dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra a deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Com a palavra o deputado Castello Branco, para uso regimental da tribuna por até cinco minutos.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Público da Rede Alesp de comunicação, 20 de outubro de 2020, terça-feira. Estamos aqui para novamente mostrar para a população de São Paulo o desaforo, a piada, o mau gosto do Plano de Retomada do Crescimento de São Paulo 2021/2022, mais uma mentira. Preparamos aqui uma apresentação, porque, como se diz na gíria popular: tem que desenhar.
Então, esse plano de retomada é uma falácia, é mais uma mentira do governo Doria. Senão vejamos: o governador acaba de sancionar na íntegra, sem nenhum veto, por meio de publicação no Diário Oficial, na última sexta-feira, a Lei nº 17.293, de 2020, que estabelece as medidas voltadas ao ajuste fiscal e equilíbrio das contas públicas.
É a transformação do Projeto de lei nº 529 em lei, e esse documento então oficializa a extinção de seis órgãos públicos. Com a desculpa da aprovação do ajuste fiscal, o que o governador realmente pretende é fazer dinheiro, sobrar dinheiro para a sua propaganda institucional, para a sua propaganda eleitoral, visando às eleições para a Presidência da República em 2022.
O governador João Doria pretende aumentar, pasme você, população de São Paulo, em 74% os gastos com publicidade. Tanta coisa importante para melhorar... Eles tiraram 30% dos salários desta Casa, 40% das verbas de gabinete, retiraram dinheiro de tudo quanto é lugar, e agora ele vai aumentar em 74% as verbas para a área de marketing.
Em contrapartida, olhe só que absurdo e que incoerência: o governo reduz o dinheiro da Saúde para 820 milhões em relação ao projetado para 2020, apesar das suas promessas de que, se o Projeto de lei nº 529 fosse aprovado, ele não iria fazer isso.
Quer dizer, ele fala uma coisa num dia e, no dia seguinte, ele desmente, haja vista que nós denunciamos aqui neste plenário que o aumento de custo da cesta básica ia ocorrer.
O governo, representado pelos deputados da Casa, veio argumentar que isso não ocorreria. Pois é, aconteceu hoje. Já foi decretado o aumento do ovo, da farinha, de itens básicos de sobrevivência. Quer dizer, a mentira não durou nem o final de semana. E o secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, lançou coincidentemente hoje o pacotão. Aliás, usando um termo muito infeliz: “São Paulo está se descolando do restante do Brasil”.
Não gosto do tema. Ele não corresponde à verdade. Dá uma sensação de separatismo. Dá uma sensação de que somos uma outra parte diferente do Brasil; não procede. E ele está dizendo o seguinte: “A estratégia é descolar a imagem ruim que o Brasil tem no exterior”. Outra mentira. A imagem que, porventura, o Brasil tem no exterior é fruto de outra história que não tem nada a ver com essa história que ele está lançando aqui.
E outra, o pior para mim: ele está mostrando que quer uma parceria com a China, seu principal aliado internacional. China comunista; China ditatorial; China que oportunamente nós vamos trazer aqui uma palestra de geopolítica internacional para falar especificamente desse país com o qual o nosso governador quer fazer negócios sem fim e vender o estado de São Paulo para a China.
O crescimento da economia de São Paulo no plano de retomada prevê: 2019, 2,8 por cento; 2020, 2,5 por cento, que é projeção; e 2021, mais cinco por cento. Indo para o final da minha fala, o plano prevê seis eixos para a retomada econômica para atrair 36 bilhões de investimento. Muito bonito no papel; na prática não vai funcionar. O trem São Paulo-Campinas, a rodovia do litoral, as Linhas 8 e 9 do Metrô, o Complexo do Ibirapuera, os 22 aeroportos regionais, o Zoológico e o Jardim Botânico.
Bom, eu vou terminando a minha fala e voltarei esta semana todos os dias a este plenário, falando de cada uma das promessas não cumpridas pelo governo João Doria quando prefeito, cada uma das suas promessas não cumpridas quando candidato ao governo e, principalmente, desmistificando, trazendo à luz, desvelando as mentiras que existem por trás deste famigerado Plano de Retomada do Crescimento de São Paulo, oportunista, demagogo e mentiroso.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra o Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o deputado Maurici. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, todos que nos assistem pela TV Alesp, nos acompanham pela rede social, nós nos perguntamos e eu pergunto a este Parlamento: qual o limite do sofrimento e do descaso que nós devemos permitir por parte do governo?
Neste final de semana, foi encontrado, no centro de São Paulo, sendo arrastado dentro de um carrinho de entulhos por quatro indivíduos, um policial militar, o soldado Daniel Alves de Lima, integrante do 18º Batalhão do Interior, em Presidente Prudente, deputado Castello Branco. A deputada Janaina também acompanhou. Um soldado sendo arrastado pelo centro de São Paulo dentro de um carro de entulhos.
O soldado da Polícia Militar, um homem que defende a sociedade, um homem evangélico, estava aqui no centro de São Paulo para fazer a compra de Bíblias para levar para o interior. No sábado, desapareceu e foi encontrado. Uma viatura abordou quatro indivíduos empurrando um carrinho de entulho e o corpo dele dentro.
Eis a situação de penúria que atravessam os policiais militares e todos os operadores de Segurança no estado de São Paulo - os policiais civis, técnico-científicos, policiais penais.
Um verdadeiro descaso, um abandono por um governador que hoje - nós acompanhamos nos noticiários -, teve os seus bens bloqueados pela Justiça por um ato de improbidade praticado quando prefeito. É suspeito de direcionar 29 milhões de uma campanha em benefício próprio para trabalhar a imagem dele, algo que não é diferente do que nós acompanhamos hoje.
Estamos acompanhando mais um ato de investigação do Ministério Público, do Tribunal de Contas, de um milhão e 200 mil reais gastos na compra de toalhas umedecidas. A suspeita se dá de um superfaturamento de 80 por cento.
Ou seja, uma compra que era para ter sido feita e pagos 240 mil reais, essa compra de toalhas umedecidas saiu no preço de um milhão e 200 mil reais. E essas são as medidas; essa é a gestão adotada pelo João Doria em São Paulo, abandonando a Polícia Militar, abandonando a Polícia Civil.
Quando nós falamos do abandono dos policiais, nós falamos do abandono da população. E, quando eu trago essa notícia aqui a todos os senhores, trago ao conhecimento dos telespectadores, é porque nós estamos nas ruas. Como eu citei na semana passada, nas fiscalizações feitas em hospitais, a última delas feita no Hospital do Mandaqui, mais de 60 pessoas aguardando para serem atendidas por um médico, macas no corredor daquele nosocômio.
É porque nós acompanhamos policiais, como aconteceu na zona leste recentemente, que foram atender ao chamado de trabalhadores, solicitantes que não conseguiam dormir, sendo importunados por um pancadão. Houve a intervenção da Polícia Militar, e esses policiais estão sendo punidos por intervir numa ação que se configura crime.
Esse abandono das polícias, esse abandono do povo do estado de São Paulo cabe a nós darmos um basta. Cabe a todos nós, parlamentares, nos posicionarmos e também investigarmos e colocarmos essa peça de impeachment, deputado Castello Branco, que foi protocolada, para que realmente haja apuração e responsabilização por todos esses atos.
O povo de São Paulo não suporta mais esse tipo de administração. Nós não suportamos mais. Nós, policiais, não suportamos atravessar pelo que estamos atravessando.
Muito obrigado, presidente.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre deputado coronel Mecca. O próximo orador inscrito é o deputado Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, eu recebi uma denúncia gravíssima de mais uma
escola que foi assaltada inúmeras vezes. Eu me refiro aqui à Escola Estadual Yervant Kissajikian, que é uma
escola que fica em Itaquera, no bairro Conjunto José Bonifácio.
A
escola já foi assaltada oito vezes, e nenhuma providência foi tomada nem pela
Secretaria Estadual de Educação, nem pela Secretaria de Segurança Pública. Os
boletins de ocorrência foram todos feitos, a direção da escola levou o problema
para a Diretoria de Ensino, e nada foi feito, absolutamente nada.
E
agora, neste final de semana, mais um assalto. Já levaram a fiação do prédio
escolar e, neste último assalto, levaram o encanamento. Então a escola - tenho
algumas fotos aqui que foram enviadas pela comunidade escolar - está sem
energia elétrica, sem água, porque eles roubaram a fiação e depois houve o
assalto do encanamento, roubaram os equipamentos do laboratório.
A
questão é que nada é feito, não há uma política hoje no estado de São Paulo de
segurança escolar, nenhuma política neste sentido, nenhuma preocupação do
estado. É inacreditável que uma escola seja assaltada em tão pouco tempo,
porque esses assaltos ocorrem desde setembro. De setembro até agora é pouco
tempo, como pode? Nada foi feito, nenhuma ação da Secretaria Estadual de
Educação.
A
escola não tem vigia, faltam funcionários, e é uma escola de tempo integral
ainda, ou seja, há uma omissão latente, clara e solar do governo estadual, do
governo Doria, com a escola pública.
Já
denunciei inúmeras vezes, há anos que venho à tribuna, faço essa denúncia no
Ministério Público, na Comissão de Educação, da falta de segurança nas escolas.
Este é um câncer que vem assolando a rede pública de ensino há muitos anos sem
que haja uma política efetiva de combate a esse tipo de situação.
Agora
nós estamos vivendo um outro problema, Sr. Presidente, que é a falta de
funcionários nas escolas. Nós não temos funcionários nas escolas estaduais.
Mas, em relação a esse caso, eu quero exigir que medidas sejam tomadas
imediatamente pela Secretaria da Educação, que tem que ter um projeto para as
escolas, e a Secretaria de Segurança Pública, para que tomem as providências
cabíveis.
Eu
gostaria até que meu pronunciamento fosse encaminhado à Secretaria de Segurança
Pública e ao secretário estadual, para que essas providências sejam tomadas em
caráter de urgência, porque eles querem ainda reabrir as escolas para receberem
os alunos nessas condições, isso é um absurdo total.
Faço
esse pedido para que os dois secretários recebam o meu pronunciamento e tomem
as medidas cabíveis e quero aproveitar também para exigir que o secretário da
Educação faça a imediata alteração da portaria que ele publicou no final de
semana, no sábado, do processo de remoção do quadro do apoio escolar.
Ele
deu um verdadeiro golpe nos agentes de organização escolar - no quadro inteiro,
na verdade, não só nos agentes de organização escolar -, um golpe sem
precedentes aqui no estado de São Paulo. Primeiro que o quadro de organização
escolar está sem remoção já há dois anos, e ele se comprometeu a fazer a
remoção neste ano de 2020. Aí ele soltou uma portaria dizendo o seguinte, que a
remoção em última instância será feita só no dia cinco de novembro do ano que
vem, 2021.
A
rede está revoltada com o secretário da Educação, com o governo; já estava,
agora ficou muito mais. O fato é que estamos perdendo nossos servidores, e essa
é uma das causas da situação que eu citei. A escola Yervant
não tem funcionários, precisamos manter os funcionários nas escolas
trabalhando.
Agora
o comportamento do secretário faz com que muitos servidores saiam da rede
estadual, porque, em plena pandemia - quando os servidores precisam trabalhar
perto de suas casas para que não tenham que usar o transporte público, enfim -,
o governo monta essa farsa da remoção. Então, essa portaria tem que ser
alterada imediatamente, e a remoção tem que ser feita ainda neste ano de 2020.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre deputado Carlos
Giannazi. Serão feitas as solicitações de V. Exa. ao secretário estadual de
Educação e ao secretário estadual de Segurança Pública mediante as notas
taquigráficas e seus requerimentos.
Dando continuidade aos oradores
inscritos, chamamos o nobre deputado Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputado
Adalberto Freitas. (Pausa.) Agora, iniciando a Lista Suplementar, nobre
deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.)
Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada
Janaina Paschoal.
Nobre deputado Carlos Giannazi, professor Carlos Giannazi, por favor. Nobre
deputado Carlos Giannazi, está na escuta? Eu pediria que V. Exa. assumisse a
Mesa, que eu vou presidir a Comissão de Infraestrutura. Com a palavra a
deputada Janaina Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO ODO ORADOR - Muito obrigada, Sr.
Presidente. Cumprimento V. Exa., o colega presente, que assume agora a
presidência, os funcionários da Casa, as pessoas que nos acompanham pela Rede Alesp.
Eu
gostaria de dividir com os senhores um tema que já vem me afligindo há um
tempo, mas, de certa forma, em virtude dessa aflição, também uma ideia. Todos
lembram quando anunciei que formaríamos aqui a Frente Parlamentar pela
Celeridade na Adoção de Bebês.
Houve
um mal-estar em um primeiro momento, algumas pessoas entenderam que nós
estaríamos criticando o sistema vigente. Acredito que o encontro de lançamento
da Frente deixou muito claro que esse não era e não é o objetivo. Além daquele
encontro, como eu disse ontem, tenho estabelecido vários contatos com pessoas
que atuam na área.
Os
senhores vão lembrar que um dos pontos que levantei como preocupação, naquele
primeiro momento, foi o fato de crianças serem colocadas em famílias
acolhedoras no lugar de serem diretamente postas sob a guarda de casais ou de
famílias - porque as adoções não são apenas feitas por casais -, que já estavam
na fila para a adoção.
Em
virtude do contato que fiz com várias pessoas com atuação direta na prática,
percebi que fazer uma legislação prevendo que a criança será imediatamente,
como regra, colocada sob a guarda de quem está na fila da adoção pode
eventualmente trazer situações problemáticas, haja vista a complexidade dos
muitos cenários que se apresentam nessa temática.
Então,
conversando com as pessoas, me deparei com uma outra situação que me trouxe
igual preocupação. A situação é a seguinte: às vezes um casal se apaixona por
um bebê. Isso eu ouvi de magistrados, relatos de magistrados, da experiência
deles, eu não tive conhecimento de nenhuma situação concreta diretamente. E aí
o homem reconhece esse bebê como sendo seu filho, tudo isso com a anuência da
mãe biológica.
Vamos
imaginar que uma mulher tenha um bebê, essa mulher tenha sido, como tantas
outras mulheres, infelizmente, abandonada pelo pai daquele bebê, e ela não tem
condições de criar esse bebê.
Ela
conhece uma família, conhece um casal que quer aquele bebê. Ela decide confiar
a criação do seu filho àquele casal. A lei hoje dificulta muito isso, o que a
gente chama de adoção direta.
Por
favor, tenham em mente que não estamos falando de compra e venda, não estamos
falando de tráfico de crianças, nem de desvio. É uma situação de uma mulher que
não tem condições de criar e que deseja escolher a família onde o seu bebê será
criado. A legislação hoje impõe uma série de impedimentos para essa escolha,
que recebe o nome de adoção direta.
Para
burlar essas regras, algumas vezes o casal que deseja ficar com aquele bebê usa
de um artifício, que quero deixar bem claro aqui, sob o ponto de vista do nosso
ordenamento jurídico, é crime.
O
homem reconhece esse bebê como sendo seu, registra esse bebê como sendo seu.
Depois de um tempo, essa mulher entra com uma investigação de paternidade para
dizer que aceitou a traição do marido e que quer criar aquele bebê como sendo
seu.
Por
que eu estou trazendo essa situação à tona? E quero de novo dizer, pelo amor de
Deus, não estou orientando ninguém a fazer isso, até porque as consequências
vêm sendo drásticas. Pelo nosso ordenamento, registrar o filho de outrem como
próprio é crime, é uma espécie de falsidade ideológica.
Por
que eu estou trazendo essa situação à tona? Porque em muitos casos concretos,
quando o Ministério Público é informado de uma tal situação - Excelência, posso
pedir mais dois minutos? -, pede para tirar a guarda da criança deste casal.
O
casal quis adotar. No lugar de fazer o procedimento todo previsto em lei, pega
um bebê diretamente da mãe. Não tem compra e venda, não tem subtração de
incapazes, é um ato de voluntariedade daquela mulher.
O
marido registra como se tivesse tido um caso extraconjugal. Leva o bebê para
casa, sua esposa cria o bebê. Depois de um tempo, a mulher entra com uma ação
dizendo que aceitou a traição e quer ser mãe oficialmente do bebê. Alguém
denuncia, o Ministério Público fica sabendo.
Além
das consequências jurídico-penais, por causa da falsidade no registro, tem sido
comum o Ministério Público pedir para tirar a guarda da criança. Resumo da
ópera: tenho recebido relatos de advogados e de familiares que, três anos
depois de estarem criando essa criança, têm a guarda da criança retirada. A
criança é enviada para uma instituição acolhedora, para uma família acolhedora.
O que está me incomodando? A situação é
juridicamente reprovável. É crime? É. Não pode? Não pode. Mas, no lugar de
punir o casal pelo crime praticado no registro, estão punindo a criança, porque
se retira, de um casal que trata aquela criança com amor, uma criança que não é
uma criança abandonada, não é uma criança seviciada, não é uma criança
violentada, não é uma criança espancada. E pegam essa criança e colocam numa
instituição acolhedora, para ter uma briga de anos, muitas vezes.
Então, eu estou preocupada, porque
confundiram punir atos que não são compatíveis com a lei com prejudicar a
criança. E todo o ordenamento jurídico, em especial o ECA, diz o seguinte: que
o maior interesse, em qualquer situação envolvendo criança e adolescente, deve
ser o da criança.
Para poder dar esse tipo de decisão, o
que o Judiciário, o Ministério Público, a própria Defensoria tem dito? Que o
maior interesse da criança é que as regras tenham sido seguidas.
Então, se confunde o interesse concreto
daquela criança - que é bem tratada, que é amada - com o interesse de
manutenção do ordenamento, da fila da adoção, do respeito às regras para
adoção.
Eu não posso conceber que haja esse
tipo de mistura. Por isso, eu estou pensando seriamente - e como esta é uma
Casa democrática, e eu acho que o trabalho legislativo deve ser acompanhado
desde o primeiro momento - em fazer uma lei prevendo claramente que, em
situações em que não há dolo, não há subtração, não há compra e venda de
criança, não se pode retirar a guarda, ainda que se identifiquem situações como
essas.
Vai ter inquérito, vai ter processo, o
casal vai se defender, mas não vai perder a criança. Até porque no Código Penal
são previstas penas privativas de liberdade; e, pela quantidade de pena, todas
são passíveis de substituição por alternativas. Não se prevê, no Código Penal,
a perda da guarda da criança. Então, a Justiça está aplicando a essa família
uma pena não prevista em lei.
Eu estou pensando seriamente em apresentar,
nesta Casa, uma proibição de, no estado de São Paulo, tirar crianças bem
tratadas, bem cuidadas, amadas, dos lares de seus pais, ainda que a adoção
tenha sido feita de uma maneira que não aquela prevista como a devida.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Marcos
Damasio.
* * *
Então, eu peço àquelas pessoas que me
escrevem sempre dando sua opinião, suas experiências, que se manifestem. Peço
aos colegas, que com certeza estão nos ouvindo – estão me ouvindo, na verdade
-, que me procurem para dar a sua opinião, porque nós podemos amadurecer esse
projeto e apresentar, inclusive, como um projeto coletivo nesta Casa, porque
tudo que se faz coletivamente fica mais forte.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MARCOS
DAMASIO - PL - Dando sequência à lista suplementar de
oradores, com a palavra o deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero cumprimentar todos os
deputados aqui presentes, todos os colegas servidores da Assembleia de São
Paulo e o público que nos assiste através da Rede Alesp.
Sr.
Presidente, eu quero endossar as palavras do deputado Carlos Giannazi. Também
recebi denúncias a respeito do assalto que aconteceu na escola Yervant Kissajikian. Eu tenho um pouco mais de facilidade
para falar o nome dessa escola porque eu morei próximo a uma avenida que tem o
mesmo nome. Yervant Kissajikian
é o nome da escola, e ela foi assaltada diversas vezes.
Mais
uma vez, nós temos o problema de assalto no estado de São Paulo. A bandidagem
está reinando em absoluto. Aqui eles sabem que, se eles roubarem, não acontece
nada, porque, infelizmente, você tem os núcleos de direitos humanos para
defender esse bando de nojentos. Eu não vou dizer aqui o que eu penso que deve
acontecer com esse bando de canalhas, porque senão me cassam o mandato.
Já
cansei de ter que responder na Justiça por causa desse bando de desgraçados que
fazem o que fazem e que atormentam a vida da população. Se dependesse de mim,
teria um Carandiru 2.0. E eu vou mostrar o porquê. Reproduza, por gentileza.
Estava
passando em São Vicente esses dias, neste final de semana, para dar uma olhada
na questão da ponte pênsil. Quem não lembra? Eu vim recentemente à tribuna -
não lembro especificamente, foi semana passada - da Assembleia Legislativa
falar a respeito da ponte pênsil, que é uma ponte que fica na cidade de São
Vicente e onde, infelizmente, estava tudo apagado, tudo escuro, um breu
absoluto.
As
pessoas que passavam lá corriam o risco de ser assaltadas. Corriam, não; eram
de fato assaltadas. E eu falei exatamente há um mês, no dia 16 de setembro de
2020. As pessoas que passavam ali eram assaltadas; estava um verdadeiro breu, e
também o posto da Polícia Militar estava desativado. As pessoas não podiam ter
a segurança da Polícia Militar porque foi simplesmente desativado. Qualquer um
que passasse ali estava pedindo para ser assaltado.
Então,
eu retornei à ponte pênsil justamente neste final de semana, Srs. Deputados,
para poder fazer um vídeo lá, anunciando que a ponte pênsil estava acesa,
ligada, porque as luzes voltaram a funcionar. Mas o problema do posto da
Polícia Militar não foi solucionado. E, para minha surpresa, eu presenciei um
assalto; quase que fui junto. Pode reproduzir, por gentileza.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Pergunto aos senhores: imaginem como é
que ficava isso quando estava o breu, quando estava tudo escuro? Eram
basicamente não sei quantos assaltos por dia. As pessoas que moram na Baixada
Santista, a ponte pênsil, estão sofrendo.
Tem que trazer iluminação. Vêm os
deputados aqui na tribuna, na Câmara Municipal, pedindo para o Poder Público
tomar uma ação, uma atitude. A muitas custas, trouxeram iluminação para a ponte
pênsil.
Agora o problema do posto da Polícia
Militar, que, de acordo com o que foi falado, tem até uma bagunça, ninguém sabe
responder por que desativaram aquele posto, ninguém sabe dizer se vão construir
um outro mais próximo, ninguém sabe dizer qual a razão de terem tirado aquele
posto da Polícia Militar.
Para concluir, Sr. Presidente, pelo
menos de acordo com as informações que andam circulando, parece que existe uma
briga na Justiça, porque a ponte pênsil é um patrimônio tombado, então não pode
ter não sei quantos metros de distância de algum tipo de prédio que faça a
obstrução da paisagem, etc.
Pelo menos, coloque a Base Comunitária
Móvel ali. Isso não é culpa da polícia, obviamente, mas é culpa de quem
administra. Isso é responsabilidade do Governo do Estado, isso é
responsabilidade da prefeitura de São Vicente.
Eu gostaria, Sr. Presidente, que as
minhas palavras fossem encaminhadas à Secretaria de Segurança Pública e à
prefeitura da cidade São Vicente, principalmente ao Sr. Prefeito. Não sei se
está indo à reeleição, se quer ser reeleito, mas que olhe com cuidado a
situação da Segurança da cidade, porque quantas pessoas vão precisar passar
exatamente pelo mesmo sufoco para eles tomarem uma ação enérgica contra esse
bando de bandidos que, infelizmente, estão acabando com a vida da população?
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MARCOS
DAMASIO - PL - As notas taquigráficas serão
encaminhadas como solicitado pelo deputado Douglas. Dando sequência à
lista suplementar de oradores, com a palavra o deputado Coronel Telhada.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, Sra. Deputada e Srs.
Deputados, assessores aqui presentes, todos os que nos assistem pela Rede Alesp. Saudar aqui o cabo Salvador, em nome de quem saúdo a
nossa assessoria policial militar.
Hoje
é terça-feira, dia 20 de outubro. Quero saudar os municípios aniversariantes.
No domingo, dia 18, nós tivemos o município de Pontal aniversariando. Ontem, na
segunda-feira, dia 19, tivemos os municípios de Dolcinópolis e Igaraçu do
Tietê.
E
hoje, terça-feira, dia 20 de outubro, Nova Guataporanga,
Itápolis, Ribeira e Tarumã. Um abraço a todos os amigos e amigas de todos esses
municípios. Contem com o nosso trabalho aqui na Assembleia.
Sábado,
também, dia 17 de outubro, foi o dia da indústria aeronáutica brasileira, um
dia muito importante. Nós temos aqui uma indústria aeronáutica muito forte,
reconhecida a nível mundial. A Embraer é uma empresa famosa a nível mundial
pela sua tecnologia e pelo seu trabalho.
Domingo
também foi o dia dos médicos; é bom lembrar aqui. É um dia importantíssimo,
principalmente nesta época de coronavírus. É bom
lembrar a todos aqui - Dia do Médico.
Nós
também tivemos, na segunda, ontem, o Dia do Guarda Noturno, que é uma profissão
muitas vezes esquecida, mas de grande importância também. Um abraço a todos os
amigos guardas noturnos.
E
finalmente, terça-feira, 20 de outubro, é o Dia Mundial do Controlador de
Tráfego Aéreo. Hoje é o dia mundial do controlador de tráfego aéreo. É um
serviço importante, porque, se essas pessoas falham, se esses homens e mulheres
falham, com certeza, vidas se perdem.
Também
lembrando que hoje é o dia nacional do maquinista ferroviário. Nós temos, na
nossa família, inclusive, vários cunhados e sobrinhos que trabalham de
maquinistas. Um abraço a todos esses profissionais que cuidam da gente,
também.
Infelizmente,
mais uma morte de policial militar a lamentar. É a morte do Daniel Alves de
Lima, jovem policial militar que foi encontrado morto dentro de uma lixeira lá
na Cracolândia. Ele foi visto pela última vez na
Praça da República. Ele era da 1a Companhia do 18o BMPI,
lá de Presidente Prudente. Pelo
que consta, era pastor. Pode deixar a foto dele, por favor.
Ele era pastor e foi pregar para os “nóias”. Olha o que aconteceu com ele: foi morto, e o corpo
foi largado dentro de uma lixeira, porque foi reconhecido como policial
militar.
Então
a Cracolândia é um problema seriíssimo, e ninguém
toma providência. Todo mundo fica dizendo “aqueles doentes”. São doentes,
realmente. “Eles têm que ser tratados com carinho.”
Tem
que, sim, ser internados com carinho e tratados, porque esse papo de deixar
aquelas pessoas na rua, sofrendo, continuando no vício e trazendo mais
desgraça, o resultado é este: pessoas mortas, o tráfico proliferando, a Polícia
sendo acusada daquela situação. E a Polícia não é culpada porque, inclusive,
tem ordem judicial que a Polícia não pode agir lá, só para vocês terem uma
ideia.
Então a Cracolândia continua apresentando os seus frutos: a morte de um policial militar que era pastor e foi pregar para esses indivíduos. Daniel Alves de Lima, um jovem policial militar, que vocês viram na foto. Inclusive, em outra oportunidade, foi até homenageado por mim. Põe a foto novamente por favor, Machado?
Em outra oportunidade, foi homenageado por mim aqui na Assembleia Legislativa por serviços prestados. Hoje está morto, dentro de um caixão. Por quê? Porque foi querer falar da palavra de Deus, falar sobre Jesus Cristo para essas pessoas, que estão mais a fim de saber do crack e da cocaína. Isso, infelizmente, é o que acontece com pessoas que se dedicam a ajudar o próximo.
Eu também quero dizer aqui que eu fui surpreendido pelas palavras do deputado Douglas quanto ao policiamento. Douglas, conte comigo nesse aspecto. Se tivermos que fazer um documento de vários deputados pedindo ao Comandante Geral, conte comigo. É necessário, sim.
Eu fui surpreendido, neste final de semana. O meu amigo, cabo Vladimir, que serviu comigo na Rota, me passou uma ordem de serviço do comandante interino do 38º Batalhão de Polícia Militar, aqui na zona leste. Vocês ficaram sabendo disso? Ficou sabendo? Absurdo, né? Eu fiquei com vergonha. Ele fez uma ordem de serviço.
Vou passar uns minutinhos só, por favor. Ele fez uma ordem de serviço. Não vou citar o nome do major, até por ética. Ele não teve ética com os policiais, mas eu vou ter ética com ele e não vou citar o nome dele.
É o comandante interino do 38º BPMN. Ele diz: “Considerando as diversas ocorrências envolvendo policiais militares no horário de folga, os soldados de segunda classe que têm se envolvido nessas ocorrências...”
Ele revogou a carga de arma de fogo pertencente à Polícia Militar. Ou seja, ele simplesmente determinou que os policiais militares de segunda classe não podem andar armados na hora de folga.
Ele arma e desarma, como a gente chama. Ele chega no serviço e se arma; quando sai do serviço, ele se desarma. Então, esse major aqui, eu não sei o que ele tem na cabeça. Para mim, é cabeça de ervilha. Ele não tem nada.
Quando eu fiquei sabendo dessa ordem, de imediato eu liguei para o comandante Geral, o coronel Alencar. Ele me passou que isso é um absurdo, que isso aqui foi feito à revelia dele, foi uma ordem local.
De imediato, ele determinou que fosse feita uma contraordem, porque os vagabundos, andando na rua de fuzil e pistola, e o major desarmando o policial militar, que sai do serviço fardado.
O policial militar é policial militar até pelado. Se ele estiver pelado, tomando banho, e acontecer alguma ocorrência, ele é obrigado a agir. Agora o major acha que não. Ele, de folga, não pode se envolver em ocorrência.
O que ele vai fazer? Sair correndo? Morrer de joelho? Eu tinha vontade de falar um monte de coisa para esse oficial, mas eu não vou falar, em respeito à Polícia Militar. Já falei com o comandante geral.
Tenho certeza de que o comandante geral está tomando providências até disciplinares, porque é um caso que envergonha a Polícia Militar. Nós termos um policial que deixa a sua tropa à mercê do criminoso, é uma vergonha. Isso não é a nossa Polícia Militar.
Quero agradecer ao coronel Alencar pelo pronto atendimento e também pela revogação dessa ordem ridícula.
Muito obrigado, comandante.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Douglas Garcia.
* * *
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Te agradeço. Primeira vez que fui chamado de comandante. Rapaz, um dia eu chego lá, coronel.
Continuando a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, eu gostaria de chamar, para fazer uso da palavra, o nobre deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde a toda a Mesa, aos deputados presentes no Pequeno Expediente, aos nossos policiais militares e civis. Boa tarde a quem nos acompanha pela Rede Alesp. Sr. Presidente, a gente está estudando o Orçamento para 2021 que o governo mandou para esta Casa. Mais uma vez, deputada Janaina, nós, que discutimos no ano passado a questão das verbas de publicidade.
É incrível que, num momento de enxugamento, de corte, de recessão, o orçamento para essa pasta chegue para esta Casa ainda maior que no ano passado.
É incrível a capacidade que quem escreveu esse orçamento teve, de mandar para esta Casa um orçamento para a publicidade ainda maior do que o que veio no ano anterior, no momento que nós discutimos o enxugamento da máquina do Estado, onde queremos apertar os cintos.
Queda em arrecadação, serviços sendo extintos. Não sei, não é só incompetência, às vezes parece maldade.
Hoje saiu uma reportagem que o governador foi mais uma vez condenado pela 14ª Vara da Fazenda. Mandaram bloquear 29 milhões em seus bens, justamente por propaganda irregular quando ele era prefeito. Ele usou a máquina pública, o dinheiro do estado, o dinheiro do seu imposto, para fazer propaganda de si mesmo.
Lembrando: quando ele era prefeito, ele queria disputar para presidente da República. Não conseguiu, foi ao governo, mas ele usou a máquina da Prefeitura de São Paulo para fazer propaganda pessoal.
Ele repete os mesmos erros, só que a gente não pode permitir que isso aconteça. Todo mundo aqui na Casa e quem me acompanha nas redes sociais sabe que eu sou muito crítico ao governador como um todo, mas isso perpassa todas as bancadas, todos os deputados: ampliar o orçamento para propaganda do governo estadual nesse Orçamento. A gente vai tentar barrar isso no momento da discussão.
O que me deixa um pouco ou ainda mais preocupado: o governador, semanas atrás, nomeou para secretário de Justiça o ex-advogado dele. Se não me engano, é Dr. Fernando. Não conheço esse advogado, mas conheço o governador e tenho as minhas preocupações.
Lendo os noticiários, o novo secretário, quando sai da advocacia para assumir essa nova missão, ainda mais próximo do governador, ele diz o seguinte: que ele sai, mas o escritório dele vai continuar advogando para o governador.
Olha só. Vai ter conflito de interesse. O secretário de Justiça fazia parte do escritório que ele mesmo disse que continuará defendendo o governador. Vejam só que situação.
Então, a gente precisa falar para o povo de São Paulo, para você que vai ver o seu imposto sendo majorado, aumentado: pega hoje o Diário Oficial, dá uma olhadinha no decreto do Sr. Governador. Você vai ver as restrições que ele está colocando para a aquisição de veículo dos PCDs. Não tem sensibilidade com o deficiente físico.
É surreal o que a gente está passando aqui no estado de São Paulo. Vou voltar no Grande Expediente para falar da questão da vacina, mas vou continuar fiscalizando. Já solicitei requerimento de informação para saber quanto o Governo de São Paulo está pagando para a grande mídia se silenciar.
Quanto é o silêncio da grande mídia no estado de São Paulo? Quanto o governador está mandando para o “Estado”, a “Folha”, o UOL? Porque é impensável que o governador do estado de São Paulo, num momento de crise, de queda e arrecadação, quer ampliar o orçamento para propaganda.
Presidente, para finalizar, nós já sabemos que uma mentira, repetida mil vezes, acaba por se tornar uma verdade. O governador aprendeu muito bem em outros regimes autoritários, que ele tenta implantar no estado de São Paulo, mas não vai conseguir.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Eu que agradeço pelas palavras, nobre deputado Gil Diniz. Continuando a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, eu gostaria de chamar o nobre deputado Sebastião Santos. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, pessoas que nos assistem pela TV Alesp, funcionários, faz tempo que a gente não usa a tribuna.
A gente usa mais as redes sociais, mas eu não poderia, de forma alguma, deixar de utilizar este espaço no dia de hoje, até mesmo por ser uma situação que encontramos no último final de semana.
Infelizmente, nós estamos encontrando em vários lugares a mortandade de peixe, a mortandade de animais, áreas de APP totalmente destruídas. Infelizmente, nós não temos um posicionamento de como vão ficar essas pessoas que agridem o meio ambiente, que matam, que destroem e que só apenas dão risadas.
A gente fala para as pessoas na beira do rio, muitas vezes: “Poxa, olha quantos peixes estão morrendo próximo da piracema. São peixes que iriam trazer vida para outros peixes e que, infelizmente, não estarão mais nos rios”. E a pessoa dá de ombro: “É, aconteceu”. Mas nós precisamos de que o setor do Meio Ambiente do estado de São Paulo seja rígido. Nós precisamos do uso do drone.
Cadê o Carcará que foi comprado e que faz uma varredura em quase 30 quilômetros? A lei de nossa autoria deu permissão à Polícia Ambiental para utilizar esse equipamento. Nós não podemos deixar de utilizar, porque nós estamos vendo inúmeras áreas de APP sendo totalmente devastadas.
Pega fogo na cana, pega fogo em outra plantação, no capim. O que acontece? Essa área não é protegida pelos donos desses locais. Infelizmente, são inúmeras fotos que temos para apresentar. E temos o vídeo da mortalidade de peixe que aconteceu, sábado passado, no rio Turvo, novamente. Mais um problema no rio Turvo. Garapão caindo. Olha aí o pescador falando.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Então, Sr. Presidente, o senhor vê o descuido com o Meio Ambiente por parte das pessoas que estão fazendo suas plantações e que, infelizmente, deixam cair produtos. Olha aí o que nós achamos lá.
Infelizmente, a foto que chegou às nossas mãos é de perda. Não é perda apenas dos peixes que são mortos, é perda do futuro do rio, porque a Piracema começa agora, partir de novembro e infelizmente esses peixes já não vão fazer mais parte dela.
Então, Sr. Presidente, fica aí a nossa indignação e o nosso pedido para que os órgãos ambientais do estado de São Paulo possam averiguar e trazer para esta Casa um relatório do que aconteceu, por onde aconteceu e o que nós podemos estar fazendo para que situações como esta não venham mais a existir nos rios do nosso estado de São Paulo, principalmente no Rio Turvo, que é o Pantanal do estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Esgotada a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, gostaria de abrir o Grande Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.)
Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia, que, por permuta, cede o tempo para a deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental de dez minutos.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente, inclusive por trocar a ordem da fala também. Cumprimento os colegas presentes. Eu queria, na verdade fazer um esclarecimento. Neste final de semana, eu, em uma live, declarei meu voto aqui na Capital. Sou nascida, crescida e sou eleitora na Capital. Declarei meu voto.
Eu entendo que aqui não é o espaço para fazer campanha, mas eu quero fazer um esclarecimento, porque eu declarei o meu voto em uma pessoa que eu considero que tem todos os predicados para bem administrar a cidade, tem experiência, passou por vários cargos, tem um vínculo muito grande com a cidade.
A vice do candidato também é uma pessoa que tem um vínculo com a cidade, vários cargos, uma experiência muito grande. Então, eu declarei voto nessa pessoa, nessa chapa.
A minha declaração de voto é o que a gente pode chamar de intuitu personae, ou seja, tem a ver com as pessoas que estão candidatas, não tem a ver com o partido.
Por que eu estou fazendo esse esclarecimento aqui? Porque, depois que eu declarei voto, candidatos a vereador pelo partido dessa pessoa telefonaram para o gabinete pedindo vídeo, pedindo apoio.
Todos sabem que eu sou uma crítica contundente desse sistema partidário que, infelizmente, o Brasil ainda vivencia. Entendo que muito o nosso atraso tem a ver com a exigência de vinculação partidária. Sou testemunha de que pessoas boas, nas mais variadas cidades, queriam se lançar candidatos a prefeito, a prefeita, a vereador, e não conseguiram legenda.
Isso aconteceu na nossa época também, em 2018, pessoas boas que foram passadas para trás por causa dessa ditadura de partidos. Então, esse é um outro ponto. O que eu estou querendo dizer com isso? Quando eu digo “vou votar na chapa tal, vou votar no candidato, vou votar no vice tal”, não tem nada a ver com o partido em que eles estão.
Então, hoje, por exigência legislativa, eu estou no PSL. Agradeço a acolhida, agradeço o respeito. Nunca aconteceu de nenhum dirigente do PSL telefonar para pedir para eu votar de uma forma ou de outra, ou para dizer para eu declarar “a” ou “b”, ou para me repreender por uma entrevista, por exemplo. Então, eu tenho aqui um reconhecimento dessa acolhida.
Por lei, estou vinculada ao PSL. Então, até por força de lei, apoio a chapa de vereadores do PSL. Vou votar em um dos vereadores do PSL. Entendo que cada cidadão tem que olhar os vários vereadores que estão candidatos, analisar a sua história, suas propostas. Com relação ao prefeito, excepcionalmente eu vou votar em uma pessoa que está vinculada a outra legenda, mas essa minha escolha não tem nada a ver com legendas, tem a ver com a pessoa.
Então, quero fazer esse esclarecimento. Renovo aqui o meu respeito a todos os candidatos que estão nesse pleito. Há candidatos muito bons. Eu acho que o paulistano tem muitas opções. As pessoas falam: “ah, não tem quem preste”. Eu não vejo dessa forma. Tem colegas aqui da Casa que são candidatos.
Entendo que neste momento o voto não deve ocorrer por amizade. Eu tenho até mais amizade com outros candidatos à Prefeitura do que com a pessoa que eu escolhi, vamos dizer assim, apoiar, destinar o meu voto e torcer para que venha a ser nosso prefeito.
Então, só esse esclarecimento. Minha declaração de voto foi intuitu personae, não tem nada a ver com partido. Imagino até que possa até vir a ter problemas, eu mesma com o partido.
Se isso eventualmente acontecer, eu vou sentar humildemente e explicar as minhas razões, dizer que não estou fazendo isso contra “a”, nem contra “b”, nem contra o partido ao qual estou vinculada, nem a quaisquer outros partidos. Estou fazendo isso pensando em São Paulo.
Então, fica aqui só uma satisfação, porque as pessoas não estão entendendo. Algumas estão telefonando, cobrando. Então, acho que eu posso usar este espaço não para promover nenhum candidato, mas para explicar as minhas motivações.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Agradeço a nobre deputada. Continuando a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, gostaria de chamar para fazer uso da palavra a nobre deputada Damaris Moura. Perdão. Nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Nobre deputado Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Daniel José.
Eu solicito que a nobre deputada Carla Morando venha presidir os trabalhos, para que eu possa fazer uso da palavra.
* * *
-
Assume a Presidência a Sra. Carla Morando.
* * *
A SRA. PRESIDENTE - CARLA MORANDO - PSDB - Para continuar o Grande Expediente, dou a palavra agora ao deputado Douglas Garcia, em nome da Janaina Paschoal.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sra. Presidente. Quero cumprimentar aqui todos os deputados presentes. Bom, continuando o assunto que eu falava agora no Pequeno Expediente, acaba de ser informado.
Ainda vou receber de forma oficial pela Secretaria de Segurança Pública, através do Governo do Estado de São Paulo, a resposta com relação à questão do posto da Polícia Militar do Estado de São Paulo que fica ali na Ponte Pênsil.
Ninguém sabe se está desativado, se não está desativado, porque às vezes tem policial, às vezes não tem policial. Está um samba do crioulo doido. Ninguém sabe o que está acontecendo ali.
Enfim, recebi a informação de que não há efetivo. Nós não temos efetivo da polícia, então os policiais estão tendo que se revezar, e, em alguns momentos, aquele posto fica vazio.
Também recebi a informação de que é uma forma, um sistema, uma estratégia utilizada para fazer com que alguns policiais não fiquem parados em um posto, mas fiquem transitando ali pela região da Ponte Pênsil, em São Vicente.
Também recebi a informação de que um órgão do estado de São Paulo entrou com uma ação para a demolição do prédio. Não sabemos. A população está completamente perdida, a deus-dará. Ninguém sabe o que está acontecendo com o posto da polícia que fica ali na Ponte Pênsil.
Vocês viram agora no Pequeno Expediente. Eu mostrei a mulher que foi assaltada enquanto eu fazia o vídeo. Entrou em desespero. Apareceu do nada, gritando, pedindo socorro para a polícia.
Eu fui lá, acalmei, conversei com ela. Então, senhores, se naquele momento que eu estava passando aquilo aconteceu, imaginem quando está tudo escuro. Imaginem quantos assaltos devem acontecer por dia ali.
É uma solicitação que eu venho aqui novamente fazer ao Governo do Estado e à prefeitura da cidade de São Vicente, porque é seriíssimo. Aquela região é seriíssima. A gente precisa de pelo menos uma resposta para saber o que está acontecendo, porque a bagunça está generalizada. Ninguém sabe dar uma resposta objetiva, concreta sobre qual o problema do posto da Polícia Militar que fica na Ponte Pênsil.
Bom, agora falando a respeito da declaração do governador do estado de São Paulo, já disse aqui. Todas as vezes que eu for me posicionar, eu sempre vou fazer essa ressalva, porque o PSDB, com relação à sua base aqui na Assembleia de São Paulo, tem deputados maravilhosos: a deputada Carla Morando, o deputado Carlão Pignatari, o deputado Cauê Macris...
Eu não vou aqui me arriscar a dizer o nome de todos, apesar da lista que está ali em cima. Se eu esquecer o nome de algum, depois vão querer me puxar a orelha, mas são deputados por quem eu tenho um carinho e um respeito gigantescos. Quem dera qualquer desses deputados fosse governador do estado de São Paulo. Mas não, o que nós temos é João Doria.
O que foi que o estado de São Paulo fez para merecer João Doria? João Doria, em uma de suas declarações, nesta semana, disse que agora a população do estado de São Paulo será obrigada, os 45 milhões... Ele falou dessa forma. Os 45 milhões de paulistas serão obrigados a ser vacinados.
Eu já falei aqui antes e vou repetir: João Doria não irá me vacinar de forma obrigatória. Se ele quiser que este deputado seja vacinado, ele vai ter que dar um jeito, ele vai ter que vir aqui na Assembleia e me arrastar para o hospital.
Eu convido toda a população do estado de São Paulo, em um
ato de desobediência civil, a dizer não à obrigatoriedade da “vachina”. “Ai,
mas você é contra a vacina.” Não. Quem está dizendo
isso são pessoas maus-caracteres, são pessoas que estão completamente
deturpando aquilo que nós estamos falando e aquilo que
nós estamos defendendo.
Nós
defendemos a liberdade de a pessoa escolher se ela
quer ser vacinada ou não, mas essa obrigatoriedade que o governador João Doria
quer fazer nos 45 do segundo tempo, aparecendo com uma vacina milagrosa...
Eu já mostrei
um milhão de vezes quais são os problemas apontados e
que ele não consegue responder, como, por exemplo, quais foram os protocolos
internacionais seguidos pela elaboração de pesquisas, estudos e testes da
vacina do Coronavac pelo Sinovac, a empresa chinesa aqui no estado de São
Paulo.
Quem são os responsáveis
por fazer a fiscalização e avaliação para saber se esses testes estão seguindo
este protocolo e, assim, sendo aplicados? O
Governo do Estado não sabe responder. Mas o Governo do Estado não quer
responder, aliás.
Não sabe, não; não quer responder, porque eu já mandei requerimento de
informação. Respondeu de forma pífia, de forma chula, tive que
mandar outro, com base no mesmo, fazendo uma pergunta específica,
porque a pessoa que respondeu me parece que é ou má vontade,
ou é analfabeta funcional. Mas, vindo do governo Doria, eu não me surpreendo.
E agora o governador quer que
todo mundo seja vacinado de forma compulsória
e obrigatória. Não. O povo do estado de São
Paulo tem que defender a sua liberdade de escolher. Nos últimos
meses, nós viemos em uma avalanche de pisoteamento dos direitos fundamentais: o
direito de ir e vir foi simplesmente pisoteado, o direito à liberdade
de expressão foi transformado em crime.
Agora tudo que você fala
é crime, tudo que é opinião virou fake news, e as
pessoas não puderam sair às ruas por causa de uma
pandemia. Eles usaram a pandemia como desculpa para impedir as pessoas de ir e
vir, de se locomover. Nós estamos cansados de este
Estado dizer aquilo que você deve fazer, aquilo que você não deve fazer.
O governador se coloca como
bastião da seguridade nacional. “Eu sou médico, eu sei aquilo que é bom para a população do estado
de São Paulo e eu sei aquilo que não é bom.”
Não tem moral, não tem nada, não
tem base científica, é raso,
absolutamente raso. Não consegue justificar, não
consegue responder um requerimento de informação, mas quer que você,
cidadão
paulista, se vacine de forma compulsória.
Não
vamos.
Levanto o movimento de desobediência
civil contra a obrigatoriedade da “vachina”. No próximo
dia primeiro de novembro, nós estaremos, às
14 horas, na Avenida Paulista, em frente ao Masp, fazendo manifestação, sim.
E essa manifestação não é apenas contra a obrigatoriedade
da “vachina”, é contra o João Doria, é para a derrubada desse
governador, sim, desse homem que está pisoteando
os direitos fundamentais do povo, que está passando
por cima do processo democrático.
Trouxe aqui um projeto de lei
absurdo, atropelou absolutamente todo mundo, não atendeu absolutamente ninguém em suas emendas e acha que é a Cleópatra
do estado de São Paulo. Ele está governando igual à Cleópatra.
A Cleópatra mandava em absolutamente
tudo e não tinha nem um pouco de democracia, não tinha nada. Então, o
governador acha que é a Cleópatra
do estado de São Paulo. É uma monarquia, o estado de São Paulo tem que obedecer
às vontades dele e ponto final.
Não, não é assim que funciona. Esta Casa
de Leis precisa reagir àquilo que o governador do
estado de São Paulo está fazendo. O povo, a população do
estado de São Paulo irá reagir ao governador João Doria. Nós não iremos ser “vachinados” de
forma compulsória, de forma obrigatória.
Se ele quiser levar a sua
esposa, seus filhos para serem vacinados, levar a vacina onde bem entender,
tudo bem, maravilha. Mas, obrigatoriamente, o povo do estado de São Paulo, que é contra esse abuso, retirando os
direitos do povo de poder escolher ser vacinado ou não, não vai aceitar. Não vamos
aceitar.
O senhor disse que conseguirá vacinar
os 45 milhões de paulistas. É um desafio, João Doria, que eu lanço
ao senhor, começando por mim. Quero ver como é que o senhor vai fazer isso daí.
Vai implantar uma ditadura no
estado de São Paulo? Porque, se não implantar, a deputada Valeria Bolsonaro
também está dizendo
que está entrando na lista. Se não
implantar uma ditadura no estado de São Paulo obrigando os deputados que são
contra e a população, que é contra também, o senhor não vai conseguir.
Tenho certeza de que passará vergonha.
Isso só mostra qual é a identidade, o DNA, do PSDB. É
um DNA autoritário. O governador é autoritário.
O governador é ditatorial. O governador não
pensa na população. O governador não tem moral para
querer dizer aquilo que você tem que fazer e aquilo que você não
tem que fazer.
População do estado de São
Paulo, não aceite os mandos e desmandos do governador João Doria, desobedeça,
sim. Ele não é um rei. Este Estado não é uma monarquia.
Ele não pode fazer aquilo que
ele bem entender. Nós vivemos em um sistema democrático.
Nós não
vamos aceitar a “vachina” obrigatória, compulsória.
Nós
vamos, sim, fiscalizar aquilo que está sendo
feito pelo governador do Estado.
Se eu encontrar isto aqui de
irregularidade, que eu já encontrei... Inclusive, eu vou
entrar com uma representação no Ministério Público
e com um processo no Tribunal de Justiça. Nós vamos derrubar todo esse
processo que o governador do estado de São Paulo está querendo
fazer com a população paulista.
Então é só o
começo, João Doria, é só o
começo. Não pense o senhor que vai
simplesmente pisotear os direitos fundamentais da população do estado de São
Paulo, porque, assim como nós
nos levantamos em 32, a população está disposta
a se levantar quantas vezes forem necessárias
para defender a sua liberdade.
Muito obrigado, Sra.
Presidente.
A SRA. PRESIDENTE -
CARLA MORANDO - PSDB - Próximo
orador, deputado Maurici. (Pausa.) Deputado Luiz
Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - SEM
PARTIDO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde,
presidente. Eu acho que a deputada Carla Morando abre mão de ser chamada de “presidenta”, não é? Boa tarde, presidente Carla
Morando. Volto aqui à tribuna, agora no Grande
Expediente para abordar aqui também o que deputado Douglas colocou, mas antes disso quero só esclarecer
a população de Catanduva.
Semana passada estive lá,
fui em Guariba, numa planta da Raizen, uma planta de biogás que estão fazendo ali na região. Estão construindo ali, e vai ser
motivo de orgulho para o estado de São Paulo e para o Brasil.
Fui até Catanduva, compromissos políticos,
visitei alguns amigos também que, dentre outras coisas,
fazem política, e me dirigi para o Vale
do Paraíba, onde, no outro dia, encontraria o presidente da República
mais uma vez.
Cometi o “crime” de utilizar -
o crime entre aspas, tá, pessoal? -, o carro oficial
desta Casa. Saiu uma reportagem lá em
Catanduva: “Gil
Diniz utiliza carro oficial da Assembleia para compromisso político”.
É o título da matéria. É o título da matéria. Mas eu queria saber o que
eu tinha que fazer. Visitei também um amigo meu que é candidato lá também, mas que é uma liderança política e que me deu as demandas
de Catanduva e região para eu trazer para esta Casa, meu Deus. Mas é o título da matéria.
Se você colocar
aí no Google, está lá o
carro da Assembleia, e o título é este: “Gil
Diniz utiliza carro oficial para compromisso político”.
A lei veda. Ora,
queria que eu fizesse o quê?
Lá de Guariba, junto lá com
o presidente, eu pegasse um Uber, fosse para Catanduva e, de Catanduva, eu
voltasse, sei lá, de Uber, a pé ?
Não
sei o que essa jornalista queria. E depois pegasse o
carro para o Vale do Paraíba. Não sei o que acontece.
Eu trago essa matéria, esse título
dessa matéria, porque ela é muito ilustrativa. Porque há duas
semanas saiu uma matéria da Abraji, uma associação
que diz defender os profissionais de imprensa,
falando que os deputados estão atacando a imprensa, estão judicializando e tudo
mais. Eles me citam lá. Eles dizem que desde o início
do meu mandato eu já processei oito jornalistas. Eu
acho pouco. Eu acho pouco.
E eu falei com esse jornalista,
eu expliquei para ele. Eu disse: “Olha,
na verdade não foi processar o jornalista em si, foi pedir a correção da matéria, do título”,
por exemplo.
Já trouxe
para esta tribuna. Teve uma matéria em que eles colocaram que o
Gil Diniz tem sete milhões de reais na conta e que
recebe auxílio emergencial. Quando você clica
na matéria, está lá: “Gil
Diniz Neto, candidato em Contagem, Minas Gerais”. Como é que
eu faço? Como é que eu faço se eu não utilizar o remédio jurídico? Ele quer que eu faça
o quê? Sente e chore? Não dá.
Os outros processos que eu
coloquei são justamente por conta disso. As matérias que eles fazem vão nessa direção também. É
um massacre, um assassinato de reputação.
E quando nós
procuramos, deputada Carla, a Justiça, para que seja corrigido - olha, tem os crimes contra a honra -,
geralmente nós perdemos. Aí vem
um jornalista e fala: “Gil Diniz ataca a imprensa”.
Ah, pelo amor de Deus.
A gente respeita a imprensa,
mas o pessoal tem que pelo menos noticiar o que é correto. A gente sabe que tem um viés ideológico, mas vocês não
podem publicar que eu tenho sete milhões na minha conta. Fora isso, eu recebi
auxílio emergencial. A gente entrar
em contato, fazer o contato, explicar que isso nunca existiu, e eles manterem o
link lá.
Trouxe aqui à tribuna também: o “Brasil 247” me acusou, deputada Carla, de
agredir a Manuela d`Ávila. “Assessor de Eduardo Bolsonaro
agride Manuela d`Ávila na porta da Polícia Federal em Curitiba”, no
dia em que eu estava trabalhando em São Paulo.
Aí, imagina só minha
mãe
lá, coitada, recebendo da patroa
dela que eu agredi uma mulher. Meu Deus do céu, uma deputada, ainda. Minha
mãe me pergunta: “O que você está fazendo
em Curitiba?” Eu falei: “Mãe, eu estou em São Paulo”.
É isso que fazem, e até você explicar que não era você, aí já foi. E essa da 247 foi muito
simbólica. Eu era assessor
parlamentar nessa época, nem deputado eu era
ainda. Se você jogar no Google, você vai
achar o meu endereço residencial até hoje. Você acha
os dados dos meus pais. Eles puseram tudo ali. Aquilo
ali era uma mentira, uma notícia falsa. O que eu vou fazer?
Eu vou agredir o jornalista? Não. Entrei na Justiça.
Mas eles encaram isso, encaram a verdade como um ataque à imprensa,
e não existe ataque nenhum.
Eu vou continuar processando esses jornalistas que cometam crimes contra a minha
honra. A Justiça vai lá e
decide. Geralmente, dão a favor do jornalista. Perdi essa do Gil Diniz Neto,
perdi a do “Brasil 247”. A juíza disse que minha honra não
foi ferida, que eu não tive ônus
nenhum.
Simplesmente me massacraram,
colocaram todos os meus dados na internet, no Google, e ficou por isso mesmo.
Ficou por isso mesmo. Aliás, ficou por isso mesmo, não.
Eu tive que pagar as custas do advogado da 247, tive que pagar seis mil reais para o advogado. Tive. Então quem sofre
o ataque? Mas vamos seguir trabalhando aqui e fazendo o nosso melhor.
Quanto ao que o deputado Douglas
Garcia colocou, concordo plenamente, deputado Douglas. Olha só, a gente não
está lutando contra a vacinação. E outra, a gente precisa deixar claro: existe
a vacinação obrigatória de criança, tem uma série de regramentos. A deputada
Janaina já colocou aqui, meses atrás, sobre isso. Não é isso.
O que nós estamos questionando é
justamente a pressa, a celeridade do Governo do Estado de São Paulo e os
contratos já feitos, firmados. Se eu não me engano, são 45 milhões de doses com
a Sinovac, com o laboratório chinês.
Nem terminaram de testar essa vacina
ainda e o governador já está falando que a vacina vai ser obrigatória, vai ser
obrigatória, vai ser obrigatória. Que coisa, não? Parece que o contrato já
tinha sido feito antes mesmo da pandemia, deputado Douglas. Que coisa, não?
Então, a gente vai questionar,
sim. Eu não acredito que seja razoável obrigar o povo de São Paulo a tomar uma
vacina altamente duvidosa. Quem quiser tomar a vacina, quem se sentir seguro
para tomar essa vacina, vá lá e tome. Vá lá voluntariamente e tome essa vacina.
Não é possível, deputada
Valeria, que alguém que acredite nessa vacina e tome essa vacina ache que corre
risco com alguém próximo que não tomou. Se ele achar isso é porque ele não
acredita na eficácia da vacina, mas quer que nós sejamos também cobaias desse
experimento.
Então vamos com cautela. O
governador ontem, mais uma vez, começou a recuar. Disse que não é bem assim.
Veja bem, ele começa a recuar nesse sentido.
Então, também, como o deputado
Douglas Garcia, convido o povo de São Paulo a se manifestar contra esse
autoritarismo do governador. Só que é um autoritarismo não de fachada, é real,
mas é encomendado com seus amigos do Partido Comunista chinês. Ele está
importando o autoritarismo da China para cá? Lá tem um partido único, aqui o
partido do governador vai ser extinto na próxima eleição. É incrível o que eles
querem fazer.
Mais uma vez, você, cidadão de
São Paulo, cidadão paulista, se você se sente seguro, vá e tome. Agora, a gente
não pode obrigar quem não se sente seguro, quem tem medo. Quem tem pavor desses
experimentos e desses contratos por debaixo dos panos do Sr. Governador não
pode ser obrigado a se vacinar, não pode ser compulsório isso.
Lembrando que o governador já
ameaçou de prisão quem ousasse ir às ruas naquele período em que eles soldavam porta
de comércio, proibiam que você saísse com o seu carro e te jogavam no
transporte público. O resultado a gente está vendo aí.
Para finalizar, presidente, São
Paulo bate recorde atrás de recorde de mortos pela Covid.
Ou seja, o que está adiantando essa política restritiva desse senhor? Dez da
noite você fechar o comércio, como se o vírus respeitasse horário: “Olha, até
as dez eu não posso contaminar o cliente”. “Olha, se ele sentar à mesa e tirar
a máscara, eu não posso contaminá-lo”.
Agora, se ele se levantar sem
máscara, aí pimba, está contaminado. Meu Deus do céu,
é muita hipocrisia para o João Doria.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA -
PT - Para falar
pela liderança da Minoria, pelo Art. 82.
A SRA. PRESIDENTE - CARLA
MORANDO - PSDB -
É regimental. Está com a palavra a deputada Professora Bebel.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT - PELO ART. 82 - Boa tarde, Sra.
Presidente. É bom ver presidente mulher na Mesa. Cumprimento também os
componentes da Mesa, a assessoria. Cumprimento as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados presentes nesta tarde chuvosa de terça-feira.
Eu subo a esta tribuna um pouco
com os rescaldos de toda a disputa, o bom debate e o combate que tivemos na
semana passada, mas também um pouco com algumas preocupações no que diz
respeito mesmo à vulnerabilidade, à falta de uma política de sustentabilidade
alimentar.
Por isso eu fiquei contente
ontem, Dra. Janaina, quando eu vi o meu projeto, que versa - até conversava com
a deputada Carla agora - sobre a merenda, não a merenda, mas a alimentação
escolar, entrar na pauta. Eu acho que tem uma simbologia muito forte. O Brasil
hoje entra no mapa da fome, e eu acho importante.
Aliás, independentemente disso,
a principal refeição feita pelas crianças é na escola. E ali não se trata só de
dar comida. Não é disso só que o projeto trata, ele trata, também, de forma
pedagógica, ter a horta. O menino vai lá e rega, estuda botânica, estuda
ciências, biologia. É possível.
Então é um projeto que vai para
além da alimentação, mas também acaba dando importância para uma boa
alimentação, uma alimentação saudável, e ele compartilha, ele participa desse
processo. Eu acho que isso pode não ser um... Mas é um
bom início, eu diria, para a gente dizer: “É possível, através da alimentação,
educar”. Você educa também.
Então, razão pela qual eu pedi,
conversando agora com a deputada Carla, fala em constitucionalidade ou não, a
gente quer ver, sei lá, deixar autorizativo pelo menos, para que o projeto
tenha decurso, conhecimento. Porque, se veta, acaba meio que... Pelo menos aí
você tira, você sai do facão do veto. E eu não tenho, ainda, um poder para
dizer “não, olha, é um projeto e, enfim, não pode”.
Eu não tenho bem claro se ele
cria custos, me parece que não, deputada, porque já tem o Plano Nacional de
Alimentação Escolar, que manda, por aluno, por estudante, um valor. Então esse
valor poderia ser, como é que eu digo, poderia ser aplicado. Quer dizer, o
projeto poderia estar sendo aplicado de acordo com esse valor, então ele não
foge do Plano Nacional de Alimentação Escolar, porque se fugir também fica, de
fato, inconstitucional.
Mas, como eu não quero entrar em
constitucionalidade ou não, eu acho que isso levaria talvez um tempo, e é
importante que a gente coloque muito mais do que uma lei parada, mas em
movimento.
E é possível fazer isso pelas
várias formas de comunicação que podemos fazer. Então eu acredito que
autorizativo, pelo menos, fica para o Estado e os municípios adotarem. Eu acho
que vai ser muito bom, muito interessante adotar esse plano de alimentação
escolar.
Outra coisa que eu não posso
deixar de falar é sobre a volta às aulas. Nós estamos em outubro, vamos ter
novembro e uma parte de dezembro, dois meses para terminar o ano letivo
oficial. Eu não acredito que seja possível recompor conteúdo nesse período.
Acho que as crianças já se adequaram a toda uma resistência que eu tinha,
deputada. Acabou meu tempo. Eu tinha. E venci.
Então, todos que vão vencendo...
“Não, eu estou dando conta”. Então eu acho que o secretário, o governador,
sabe? Termina o ano letivo, ano que vem vamos lá, acho que vamos vencer essa
batalha. Não vamos ficar a vida inteira assim, não é? E aí começar um ano com
2020 e 21 juntos, para recuperar e, ao mesmo tempo, garantir o direito à
aprendizagem dos alunos.
É isso. Muito obrigada.
O SR. DOUGLAS
GARCIA - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Apenas para
colocar, Sra. Presidente, que esta semana houve Colégio de Líderes e eu me
comprometi que conversaria com alguns deputados a respeito de seus respectivos
projetos de lei, especificamente falando do deputado Luiz Fernando Teixeira,
que tem um projeto que fala sobre algumas questões proibitivas, e também da
deputada Erica Malunguinho.
Eu gostaria muito de dialogar
com os deputados para a gente poder chegar a um consenso. Eu gostaria muito que
os projetos de deputados fossem aprovados aqui na Casa. Não gosto de ser um
óbice em projetos de deputados, não quero ser conhecido como o deputado que
trava projeto de deputado.
Não é a minha intenção, mas eu
pediria a esses deputados, à deputada Erica Malunguinho
e ao Luiz Fernando, pelo menos um tempo para poder estudar um pouco melhor o
projeto.
Eu fico pensando na questão de
proibição de empresas de construções, que talvez possa impactar até mesmo na
geração de empregos, se isso pode impactar na vida das pessoas que dependem
dessa área.
Então, eu gostaria muito de ter
um pouco mais de tempo para poder analisar o projeto, estudar o projeto do
deputado Luiz Fernando para, assim, poder chegar a um consenso e retirar a
obstrução.
Da mesma forma o projeto da
deputada Erica Malunguinho, principalmente na parte
que fala sobre a criação de mais um conselho. Acredito que até mesmo a deputada
Janaina Paschoal também já deve ter se manifestado com relação a isso, contra a
criação de mais conselhos.
A gente sabe que hoje o Condepe abriga muitas coisas que falam a respeito de
Direitos Humanos, principalmente de minorias, então não acredito que a criação
de mais um conselho seja o objetivo do estado de São Paulo. Acho que isso
traria mais gastos, e o nosso objetivo seria enxugar a máquina agora, ao invés
de inchá-la, ao invés de criá-la.
Eu peço a esses deputados, de
forma muito respeitosa - eu não quero travar o projeto de ninguém -, apenas
mais tempo para conseguir estudá-los, trabalhar nesses projetos para a gente
poder aprová-los aqui na Assembleia de São Paulo.
Eu li o projeto da deputada.
Apesar de não concordar ideologicamente, creio que isso não trará impacto
nenhum para o estado de São Paulo, com exceção da parte que fala sobre -
impacto negativo, eu digo, para o estado de São Paulo -, com a exceção da parte
que fala sobre a criação de conselhos.
É apenas isso, Sra. Presidente.
Muito obrigado.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Sra. Presidente, havendo acordo
de lideranças, eu gostaria de pedir o levantamento da presente sessão.
A SRA. PRESIDENTE - CARLA
MORANDO - PSDB -
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de
hoje.
Está
levantada a sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 16 horas e 05 minutos.
* * *