9 DE OUTUBRO DE 2020
72ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e
CASTELLO BRANCO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CASTELLO BRANCO
Posiciona-se contra o PL 529/20.
Ressalta o esforço e a união de diversos parlamentares para evitar o avanço do
projeto. Esclarece que foram feitos estudos técnicos e aprofundados, que
concluíram que o projeto de lei não agrega valor ao estado de São Paulo.
Menciona a existência de outras medidas para melhorar a gestão e a economia do
Estado. Destaca a necessidade de se reconstruir o Estado, para que o mesmo
volte a crescer. Cita a visita, hoje, do artista internacional Mister M.
Discorre sobre os projetos discutidos com o artista em prol da população.
Informa que suas equipes estarão fazendo ações sociais em diversos locais, para
a comemoração do Dia das Crianças. Pede que a população vote consciente para
prefeito e vereadores.
3 - JANAINA PASCHOAL
Discorre sobre o PL 529/20. Informa
ter priorizado a negociação com o governo para a retirada do Oncocentro, Furp, Imesc e Itesp do projeto. Afirma que o governo absorveu o
seu método de votação, com a retirada destas empresas. Esclarece que conseguiu
que o governo estadual retirasse também os artigos referentes ao ITCMD e
preservasse os fundos das faculdades e da Fapesp. Ressalta que o líder do
Governo assumiu o compromisso publicamente na tribuna ontem. Diz estar
estudando, juntamente com o partido Novo, o ICMS para que encontrem uma boa
solução para o Estado, preservando os mais vulneráveis. Deseja um bom feriado a
todos.
4 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência.
5 - CORONEL TELHADA
Saúda o município de Bernardino de
Campos pelo seu aniversário. Informa ser comemorado hoje o Dia do Açougueiro.
Cita sua visita hoje ao 2º Batalhão de Polícia do Exército, em Osasco, para
acompanhar a formatura de militares. Lamenta o falecimento de Dona Adenéia, mantenedora do Colégio Tobias de Aguiar, em São
Miguel Paulista. Considera uma grande perda. Comenta morte de policial no
Espírito Santo. Destaca a liberação do governo para abertura de cinemas,
teatros e eventos em diversas cidades do Estado. Lamenta que a área de eventos,
como casamentos e aniversários, ainda não tenha sido liberada. Pede a liberação
para o governo. Posiciona-se contrariamente ao PL 529/20.
6 - GIL DINIZ
Menciona a união de partidos diversos
contra o PL 529/20. Diz não acreditar nas promessas do governador João Doria.
Exibe vídeo de vereador de Americana, do PSDB, que denunciou a falta de palavra
do governador, em relação à atuação de policiais militares. Lê post, publicado
em redes sociais, pela deputada Janaina Paschoal em setembro, sobre o PL
529/20.
7 - CARLOS GIANNAZI
Discorre sobre a situação dos agentes
de organização escolar. Informa que a categoria é discriminada do ponto de
vista salarial, da carreira e das condições de trabalho. Defende a remoção
imediata destes servidores. Informa que, apesar das mais de 11 mil vagas a
serem preenchidas, o governo não chama os aprovados no último concurso. Critica
comunicado da Subsecretaria de Recursos Humanos, publicado no Diário Oficial,
promovendo a remoção compulsória temporária emergencial e a não renovação dos
contratos de servidores em grupos de risco. Esclarece que protocolou uma representação
no Ministério Público.
8 - CARLOS GIANNAZI
Apoia o pronunciamento do deputado
Gil Diniz. Esclarece que o PL 529/20 representa o fim da prestação de serviços
públicos em várias áreas essenciais do Estado. Menciona o desmonte do sistema
de Saúde, o ataque ao Meio Ambiente, terceirização de serviços públicos
causando desemprego em massa e aumento de impostos. Pede que a população
pressione os deputados da base. Lamenta que, em razão da pandemia de coronavírus, não pode haver a participação da população
nesta Casa. Critica o Programa de Ensino Integral no estado de São Paulo.
Considera que o mesmo prejudica os alunos que precisam trabalhar e os
profissionais da Educação, assim como superlota as escolas.
9 - GIL DINIZ
Para comunicação, informa que foi
enviado pelo governo a Lei Orçamentária deste ano, já prevendo a aprovação do
PL 529/20. Destaca a certeza do governo estadual de que o projeto seria
aprovado.
10 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
11 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão de 13/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta
a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e
abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente nesta data, dia 09 de outubro de 2020.
Oradores inscritos: Dr. Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputado Castello Branco. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, telespectadores da Rede Alesp de
comunicação, dia 09 de outubro de 2020, sexta-feira, 14 horas e 30 minutos, uma
breve fala abrindo os trabalhos desta sexta-feira chuvosa.
Estamos
aqui presentes na Assembleia Legislativa para ratificar, confirmar e,
novamente, defender a população de São Paulo contra o Projeto de lei 529, na
sua íntegra, porque nós entendemos que o pacote de maldades é tão grande que,
mesmo a gente tirando algumas maldades, ainda vão sobrar muitas, de maneira que
estamos envidando esforços e unindo parlamentares do bem no sentido de a gente
evitar que esse projeto avance, de qualquer jeito.
Tem
coisas boas nele, doutora, mas vamos fazer, numa outra oportunidade, caso a caso,
parte a parte, estudo a estudo. Estamos trabalhando bastante nesse sentido.
Algumas equipes nossas indo madrugada a dentro, realizando estudos técnicos,
aprofundando análise, mas todas as evidências nos levam a crer que o projeto de
lei não é saudável. Realmente, não é bom, e não vai trazer, não vai agregar
valor ao estado de São Paulo. De fato, não vai.
Existem
outras medidas para melhorar a gestão, existem outras medidas para melhorar a
nossa economia. Cabe salientar que o estado de São Paulo está saindo dessa
pandemia com a moral baixa, com o espírito abatido, com nossa economia sofrida,
com a autoestima e autoconfiança da população em baixa.
A
gente precisa reconstruir o estado, reconstruir a autoestima das pessoas, fazer
com que a gente, de novo, cresça. O estado de São Paulo, locomotiva do Brasil,
precisa desse novo estado de espírito.
Nesse
sentido, eu gostaria de ressaltar, deputada Janaina, deputado Gil Diniz,
deputado Coronel Telhada, que hoje nós recebemos nesta Casa um famoso artista
internacional, Mister M, o mágico que esteve visitando a Assembleia Legislativa
de São Paulo, numa proposta de trazer um treinamento de coach, além dos seus
espetáculos de mágica.
Ele
me falou uma coisa muito importante hoje: "Castello Branco, o Brasil é um
País que tem muito potencial. Não era para vocês estarem do jeito que vocês
estão. Vocês são um País muito rico. Falta gestão, acabar com a corrupção e
melhores horizontes para nossa população".
Mister
M, que veio para o Brasil passar uns dias e ficou aqui preso na quarentena, não
pôde voltar para Las Vegas, onde ele mora. Acabou
adotando São Paulo, está muito feliz em estar aqui no Brasil, realizando um
trabalho em prol da população. Cabe salientar que vamos fazer uma moção de
aplauso a ele, pelo trabalho significativo na área da arte, e o trabalho que
ele está desenvolvendo aqui no Brasil.
Aproveitamos
também para já desejar um feliz Dias das Crianças. Agora, no dia 12 de outubro,
segunda-feira, nossas equipes estarão realizando trabalhos sociais em Campinas
e aqui na região do Bixiga, Bela Vista e Baixada do Glicério, com uma
distribuição de brinquedos.
Também
gostaria de destacar que muitos dos nossos parlamentares não estão na Casa hoje
porque estão em campanha nas suas bases eleitorais e estão desenvolvendo
atividades relacionadas às eleições municipais 2020, que é uma das eleições
mais importantes do País, que é a vereança, que vai escolher 5.570 novos
prefeitos no Brasil e 645 novos prefeitos no estado de São Paulo, além de 89
mil novos vereadores no Brasil e 11 mil vereadores novos no estado de São
Paulo.
A
você, eleitor, a você, população de São Paulo, muita atenção no candidato em
que você for votar. Pesquise a sua vida, pesquise o seu passado, estude os seus
planos de governo. Escolha certo, faça o voto consciente. Não venda o seu voto,
porque seu voto é o futuro do seu filho.
Desejo
a todos um excelente feriado prolongado e que vocês tenham a consciência
tranquila de que muitos deputados desta Casa estão aqui defendendo os
interesses da população de São Paulo.
Juntos
somos mais fortes. Somos todos um só.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, deputado. A próxima deputada é a deputada Carla Morando. (Pausa.)
Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.)
Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Adalberto
Freitas. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
A SRA. JANAINA
PASCHOAL - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., os
demais colegas presentes, os funcionários da Casa e as pessoas que nos
acompanham.
Eu
queria conversar ainda um pouquinho sobre o 529. Recebi várias mensagens,
algumas muito gentis, de reconhecimento do trabalho realizado, outras ainda sem
compreender, muito embora eu esteja, desde o primeiro dia, dizendo que todas as
empresas são importantes, mas que eu escolhi proteger, colocar como prioridade,
a Furp, o Oncocentro, o Imesc, e o Itesp.
Considero
que ontem tive uma grande vitória. Entendo que os colegas estejam chateados,
porque desejavam que eu seguisse, vamos dizer assim, obstruindo, mas eu preferi
garantir que o governo absorvesse o meu método de votação para fazer um
destaque dessas empresas e, quando da deliberação do mérito, nos possibilitar
votar para que essas empresas não sejam extintas.
Por
óbvio, se o projeto passar, se as demais empresas forem extintas, tal qual
procedi com relação àquelas que foram encerradas, pelo menos formalmente,
quando da votação do PL 01, vou acompanhar o que acontece depois, lembrando que
as empresas que autorizamos a extinguir em 2019 seguem em atuação.
Então,
é muito interessante: às vezes fico um
pouco surpresa com essa questão do tempo entre a deliberação legislativa e o
resultado da deliberação.
Além
de conseguir que o governo colocasse no seu método de votação as empresas que
eu pretendia - e, ao que tudo indica, vou conseguir manter -, consegui que o
governo retirasse também do 529 toda a parte referente ao ITCMD que, como eu
disse ontem, é confiscatório.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.
*
* *
Ontem,
depois que o líder do Governo veio aqui e assumiu publicamente o compromisso de
preservar a Furp, de preservar o Oncocentro,
de preservar o Imesc e o Itesp, de retirar mesmo toda
a parte do ITCMD para um estudo futuro e, com relação às empresas, se
comprometeu a não receber um novo projeto de extinção, disse também que, haja
vista o pleito de vários colegas, os fundos das faculdades e da Fapesp foram
preservados.
Depois
que o líder assumiu esse compromisso, alguns colegas vieram conversar comigo
com relação ao ICMS. Então, desde ontem, estou debruçada sobre a questão do
ICMS, para que tenhamos segurança para além da palavra do governador, que já
foi dada publicamente.
Eu
compreendo que nada é mais importante do que ter a segurança do papel, a
segurança da lei, para que tenhamos a segurança de que a cesta básica e os
medicamentos não serão impactados.
Então,
estou debruçada sobre esse ponto. Se necessário, vou solicitar cartas de
compromisso do Poder Executivo. Essa parte do ICMS é muito mais complexa do que
parece, porque, para além da decisão legislativa, existem os convênios de um
conselho que tem competência nacional, formado por representantes de todos os
estados. Então, vou tentar levantar todos esses convênios junto com a equipe.
Convidei,
inclusive, a equipe do partido Novo, que é o partido que está mais radicalmente
contra essa parte do ICMS, para que possamos estudar juntos, dialogar e buscar
uma solução que seja boa para as finanças do estado, mas que preserve os mais
vulneráveis, que são justamente esses que não têm sindicato, que não têm lobby,
que não têm representação. Estou buscando um caminho para tornar as finanças
mais saudáveis, preservando os mais vulneráveis.
Então,
é uma prestação de contas. Eu entendo os discursos muitas vezes inflamados dos
colegas, mas, desde o primeiro momento, eu disse, digo e seguirei asseverando
que não sou base, não sou oposição nem ao governador, nem ao prefeito, nem ao
presidente da República. Eu concordo com o que entendo certo, discordo do que
entendo errado e procuro ser transparente, acertando ou errando com relação às
minhas convicções.
É
isso. Pelo que entendi, os líderes vão levantar a sessão. Porém, gostaria de
desejar um bom feriado a todos. E, respeitando as divergências no âmbito das
crenças, viva a Nossa Senhora de Aparecida, que é a padroeira do Brasil; “madroeira”, na visão das feministas. Não é isso?
Sr. Presidente, algum colega vai fazer uso da palavra? Vai? Então, não vou pedir levantamento. Muito obrigada, cumprimentando a todos.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado à deputada Dra. Janaina Paschoal. Próximo orador inscrito no Pequeno Expediente do dia nove de outubro de 2020: convidamos, para fazer uso da palavra na tribuna, o nobre deputado Coronel Telhada.
O SR.
CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado Castello Branco. Sra. Deputada
e Srs. Deputados, nesta tribuna, nesta tarde do dia nove de outubro,
sexta-feira, de 2020, quero saudar o município aniversariante, município de
Bernardino de Campos. Um abraço a todos de Bernardino de Campos. O município
leva o nome de uma personalidade que foi presidente do Brasil.
Também lembrando que hoje, dia
nove de outubro, é Dia do Açougueiro, uma profissão importante, trabalha com
alimentação. Todos nós dependemos dessa profissão, nas grandes cidades e nas
pequenas cidades, para sobrevivermos. Um abraço a todos os que trabalham nessa
nobre profissão.
Hoje pela manhã, deputado
Castello Branco, estive no 2o Batalhão de Polícia do Exército, onde
acompanhei o término da formatura do estágio de Segurança e Proteção de
Autoridades - 2020.
Vários militares se formaram, do
Exército, não só do 2o e do 8o BPE e de várias outras
unidades, mas também da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Guarda Civil
Metropolitana de Osasco.
Eu também tive a honra de o meu
filho, capitão Telhada, estar na formatura; foi um dos formandos. Eu estive
prestigiando. Então, quero parabenizar o meu filho, em nome de todos os
formandos, e também agradecer ao coronel Zary e ao
major Eronides, em nome de todos os oficiais e praças
do 2o Batalhão de Polícia do Exército, pela acolhida e pelo curso
que lá foi realizado.
Hoje é um dia muito triste para
nós, amigos que frequentamos a região de São Miguel Paulista e também
trabalhamos com a Sociedade de Veteranos de 32 - MMDC. Nós perdemos uma querida
amiga, dona Adneia.
Dona Adneia
era uma amiga de velhos tempos: quando eu era tenente de Rota, o marido dela
era meu sargento, sargento Ferreira. Montou, lá em São Miguel Paulista, a
Guarda Mirim Tobias de Aguiar, e eu estive várias vezes, como tenente,
prestigiando os eventos.
Depois, essa guarda foi crescendo
e acabou virando uma grande entidade, um colégio muito conhecido ali em São
Miguel Paulista, o Colégio Tobias de Aguiar. Eu soube há pouco do falecimento
da dona Adneia, Adneia
Carvalho Santana.
Foi uma grande perda, não só para
a cidade de São Miguel Paulista, para o bairro de São Miguel Paulista - já foi
uma cidade também -, onde a família dela era muito tradicional, mas também pelo
sargento Ferreira, por toda a família.
Quero mandar minhas condolências,
o nosso abraço à família do sargento Ferreira e agradecer à dona Adneia por tudo que ela fez por aquelas crianças em São
Miguel, pela Educação e também pela Sociedade de Veteranos de 32 - MMDC.
Também, a polícia do Espírito
Santo perdeu um soldado num acidente de trânsito. Estava indo trabalhar e
acabou se acidentando. O soldado Eduardo Magalhães Martins: jovem, 34 anos,
idade do meu filho.
Ele morreu num acidente na tarde
de quarta-feira, dia sete. Estava na 2a Companhia Independente de
Polícia Militar, lá no Espírito Santo. A curiosidade é que ele é paulista, ele
morava aqui em Itatiba, nasceu em Itatiba, mas estava morando no Espírito Santo
e servindo naquela polícia. Um grande abraço à família do falecido
soldado Eduardo Magalhães Martins. Os nossos sentimentos.
E hoje, dia nove de outubro,
estão sendo liberados cinemas, teatros e eventos até para 600 pessoas na
capital e em demais cidades, atingindo 76% da população do estado. A gente
lembra, aqui, que infelizmente ainda continua a regra para eventos tipo
aniversários, casamentos.
O pessoal de buffet está na situação
de desespero, sem trabalhar. Ao mesmo tempo, os restaurantes estão fazendo as
vezes do buffet, fazendo um serviço que não compete aos restaurantes, mas estão
fazendo.
E o pessoal do buffet falindo,
fechando empresa, passando necessidade. Pessoas que trabalham com doce, com
salgado, com bolo, garçons, manobristas; enfim, todos os que trabalham nesse
tipo de evento estão passando uma necessidade muito grande.
O governo não volta os seus olhos
para esse público. Aproximadamente, entre trabalhos diretos e indiretos, uma
estimativa de mais ou menos um milhão de pessoas. Olha que situação difícil
para o trabalhador.
E o governo de São Paulo não vê
esse povo que precisa trabalhar. Então, eu solicito que as minhas palavras
sejam encaminhadas, mais uma vez, ao Sr. Governador do estado de São Paulo e ao
prefeito Bruno Covas, no sentido de que seja liberado esse tipo de evento,
porque o povo precisa trabalhar.
E, mais uma vez, me coloco
contra, junto aos amigos aqui, o Projeto 529, apesar do que a deputada falou.
Tem as suas razões, e aqui a gente respeita todos os pontos de vista, mas, no
meu ponto de vista, ainda não temos como votar esse projeto.
Mesmo se tirando essas coisas, a
gente agradece que sejam tiradas essas empresas, agradece que não seja mexido
no ITCMD, mas ainda há muitas arestas a serem aparadas para que a gente possa
votar nesse projeto. Por enquanto, o meu voto continua sendo “não”.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL -
Muito
obrigado, nobre depurado Coronel Telhada. Dando sequência à lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente. Deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Jorge Lula do Carmo.
(Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado
Douglas Garcia. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o
tempo regimental de cinco minutos.
O SR. GIL DINIZ –
SEM PARTIDO - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde aos nobres pares aqui no
Pequeno Expediente. Boa tarde aos nossos funcionários, policiais militares e
civis, a quem nos acompanha pela Rede Alesp.
Presidente,
venho a esta tribuna, mais uma vez, me posicionar contra o Projeto de lei nº
529. Eu conversava com o deputado Carlos Giannazi neste momento. É surreal o
que o governo conseguiu fazer neste plenário.
Conseguiu,
praticamente, unir água e óleo. É o que eu disse: é um governo que tira coelho
da cartola e faz milagres: PSOL, Novo, bancada bolsonarista
aqui no plenário contra esse projeto.
E
mais: tem deputado governista que está transpirando sangue aqui para votar
“sim”. Queria votar “não”. Vem no nosso ouvido e diz: “Eu queria votar ‘não’
mas, por compromisso com o partido, por compromisso com o governo, vou votar
‘sim’”.
Estamos
há quase dois anos aqui. Parece que nós ainda temos uma certa inocência com a
palavra do governador. Ele mentiu o tempo inteiro. Ele mente o tempo todo. É um
mentiroso compulsivo, o senhor João Doria. Uma fraude eleitoral. E tem deputado
acreditando na palavra do governo. O Castello Branco já tomou um golpe aqui.
Disseram que iam protocolar a questão do combustível. Nunca fizeram.
Sabe
o que vão fazer? A você, que me acompanha em casa: eles vão conseguir votos
aqui, vão colocar destaque, vão fazer o que for possível para conseguir voto,
porque está difícil conseguir voto aqui, o projeto é péssimo. O governador vai
vetar quando chegar na Casa Civil. Vão derrubar, vão dar mais um chapéu aqui.
Eu
gostaria de usar este tempo que me resta para colocar um vídeo de um vereador -
vejam vocês - um vereador do PSDB de Americana, que denuncia, em uma sessão no
plenário, em Americana, a falta de palavra do governador que, entre outras
coisas, pune os policiais militares que trabalham, que querem trabalhar. Por
favor, coloque o vídeo.
*
* *
-
É exibido o vídeo.
*
* *
Pode
cortar, pode encerrar o vídeo. Isso aqui é um vereador do PSDB. Coitado, deve
ter perdido a legenda em Americana. Está na chapa do Rafael Macris,
candidato a prefeito pelo PSDB em Americana.
Os
meus amigos bolsonaristas me enviaram esse vídeo aqui
para mostrar. O governador vai fazer o que com esse vereador aqui? Vai boicotar
agora a eleição do coitado, por falar a verdade. O senhor não cumpre a sua
palavra, João Doria. Não cumpriu com os policiais. Disse que seria o melhor
salário do Brasil, não vai ser.
Para
finalizar, presidente, porque é o que eu disse. Não tem deputado. Os deputados
já sabem como funciona o modus operandi aqui. Eu gostaria que a deputada
Janaina Paschoal estivesse aqui, porque eu quero ler aqui o post dela do dia 26
de setembro, Coronel Telhada. Para finalizar, presidente, rapidamente lendo
esse post.
Ela
diz o seguinte. “Vejam a pérola adicionada ao famoso PL 529, em trâmite na Alesp. Quem lê só o início, acha que o Poder Executivo vai
consultar o Legislativo antes de favorecer alguma empresa amiga. Mas quem toma
o cuidado de ler até o fim rapidamente percebe a cilada. Hum.
Se
a Alesp não votar em 15 dias, os benefícios fiscais
serão concedidos automaticamente. Quem vivencia a Alesp
sabe ser impossível cumprir esse prazo. Um projeto que, teoricamente, veio para
enxugar recebeu um adendo para facilitar distribuir dinheiro público a
escolhidos. Hum.
Para
os deputados mais inocentes, o vice-governador está dizendo que esse artigo
prestigia a Alesp. Não sei se é para rir ou chorar.
Fiz uma emenda aglutinativa, para segurar o andamento desse estranho projeto” -
segurar é obstruir -, “mas os partidos que se dizem oposição não pretendem
assinar”.
Eu
assinei essa aglutinativa, querendo obstruir esse projeto. Esse Art. 24,
Coronel Telhada, não mudou absolutamente nada. Nós estamos entregando o poder
da Assembleia Legislativa para esse... Não vou falar o que o governador
(Inaudível.)
O
João Doria mente, e mente muito, e está aqui. São palavras da deputada Janaina
Paschoal, que votava “não” e agora vota “sim”. Porém, isto aqui que ela
denunciou nesse post, dias atrás, não mudou absolutamente nada pela liderança
do Governo.
Então,
continuamos aqui, meus nobres pares. Vamos votar “não” e vamos derrubar esse
projeto. Quarenta e cinco nem no micro-ondas. O PSDB é um câncer para o estado
de São Paulo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Obrigado, deputado
Gil Diniz. Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente
do dia nove de outubro, convocamos o nobre deputado Carlos Giannazi para fazer
uso da palavra.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, telespectadores da TV Assembleia. Antes de entrar no tema do
perverso, nefasto e terrível PL 529, que acaba com a prestação de serviços
públicos no estado de São Paulo e comete tantas outras inúmeras maldades, Sr. Presidente, eu quero primeiro
dizer que há meses que eu venho à tribuna da Assembleia Legislativa denunciar o
que a Secretaria da Educação está fazendo com os agentes de organização
escolar, com os servidores do quadro de apoio escolar do estado de São Paulo.
Primeiro, Sr. Presidente, há dois anos que não há remoção. Os nossos
servidores do quadro de apoio escolar, que já são discriminados do ponto de
vista salarial, do ponto de vista das condições de trabalho, do ponto de vista
da carreira, têm um salário base, Sr.
Presidente, que é próximo, e muitas vezes inferior, ao salário mínimo
regional aqui do estado de São Paulo. Eles são servidores importantes para o
funcionamento das escolas, e foram, agora, inclusive, reconhecidos na lei do
Fundeb.
Já tinham sido reconhecidos como
profissionais de Educação também na própria Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, mas, aqui em São Paulo, a situação é de calamidade pública.
Eles são agredidos o tempo todo pelo governo do PSDB. Sempre foi assim, e
continua sendo. Nada mudou, e só piorou, Sr. Presidente. E agora eu tenho defendido o que, Sr. Presidente? A remoção imediata.
Desde o ano passado que eu denunciava e
cobrava a Secretaria da Educação para que realizasse a remoção desses
servidores e dessas servidoras, e até agora nada de remoção.
E também a chamada imediata dos aprovados
no último concurso que houve aqui no Estado, e não há chamada, Sr. Presidente. Chamam um pouquinho
aqui, ali, mas nós temos mais de 11 mil vagas para serem preenchidas, e o
governo não chama.
O governo não instrumentaliza as escolas
com os nossos recursos humanos.
Principalmente neste momento de pandemia, quando a escola mais vai
precisar dos agentes de organização escolar, o governo mais uma vez lava as
suas mãos.
Mas, para piorar toda essa situação que eu
venho denunciando já há meses, há talvez anos, Sr. Presidente, agora eu vi aqui, li um comunicado que foi
publicado no Diário Oficial, comunicado externo, da Subsecretaria de Recursos
Humanos, Comunicado 143. Esse comunicado, Sr. Presidente, se utilizando do
poder discricionário da Administração, comete mais dois grandes ataques aos
profissionais da Educação, do quadro de apoio escolar.
Primeiro, ele promove algo inédito aqui,
uma remoção compulsória temporária emergencial. Ele não realizou a remoção, que
é uma garantia, um direito dos trabalhadores e das trabalhadoras do estado de
São Paulo, mas ele realiza uma remoção obrigatória compulsória, que é feita
pelo próprio governo, pela própria secretaria, de acordo com a sua vontade, com
o seu poder discricionário.
Ou seja, se uma escola, por exemplo,
decide reabrir e não tem agente de organização escolar, então,
compulsoriamente, de uma forma autoritária, a Secretaria da Educação transfere
um servidor que mora em Guaianases.
Ele pode ser transferido obrigatoriamente,
sem que ele deseje, para Parelheiros, para outro município. Aquilo é remoção
compulsória, obrigatória, mas não há concurso de remoção, não é uma escolha do
servidor, do agente de organização escolar, por exemplo. Isso é um absurdo
total, isso fere o nosso Estatuto do Funcionalismo Público.
E tem mais: como se não bastasse isso, Sr.
Presidente, ele também não vai renovar os contratos dos servidores que foram
contratados, que tiveram, agora, os seus contratos prorrogados.
Nós aprovamos uma lei, Sr. Presidente - só
um minuto para terminar o meu raciocínio e essa denúncia gravíssima -, nós
aprovamos um projeto de lei que foi sancionado, do próprio governo, que virou a
Lei Complementar nº 1357, de 10/09/20. Aprovado aqui, o governo sancionou a lei
prorrogando os contratos.
O que nós queremos é a chamada dos
aprovados, mas as escolas estavam totalmente defasadas, então houve,
emergencialmente, uma prorrogação. O que diz esse Comunicado 143, da Secretaria
da Educação? Que os trabalhadores que representarem esse agrupamento desse
grupo de risco não terão a prorrogação dos contratos, ou seja, eles estão
trabalhando agora, mas serão discriminados, serão descartados quando vencer o
contrato de 2020.
Sr. Presidente, é tanta maldade! Eu nunca
vi, parece que o governo, essa Secretaria da Educação pensa todos os dias: “O
que nós vamos fazer hoje para prejudicar, para atacar os profissionais da
Educação?”.
Então ela teve a ideia de publicar esse
Comunicado 143, atacando ferozmente todos os servidores, profissionais da
Educação, do quadro de apoio escolar, os agentes de organização escolar. Está
aqui, Sr. Presidente.
Eu já, hoje mesmo, estou protocolando uma
representação no Ministério Público, porque isto daqui é muito sério.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, como
acabou o meu tempo, eu gostaria de fazer mais uma intervenção.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Professor Carlos
Giannazi, autorizado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Sr. Presidente, muito obrigado pela concessão do tempo.
Sr. Presidente, além disso, além dessa
maldade da Secretaria da Educação...
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Nobre deputado Carlos
Giannazi, apenas para encerrar a lista de chamada. Eu devolverei a palavra à
Vossa Excelência.
Oradores inscritos. Deputado Itamar
Borges. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben.
(Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale.
(Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
O SR. GIL DINIZ – SEM PARTIDO - Pela
ordem, presidente. Para uma breve comunicação, com anuência do orador na
tribuna.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - É regimental. Tem
Vossa Excelência a palavra.
O SR. GIL DINIZ – SEM PARTIDO - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente, João Doria, o maior corretor de imóveis do estado de
São Paulo. Nós estamos vendo isso com essas empresas aqui, nós sabemos que
essas empresas têm vários imóveis. Claro que ele quer passar para os parceiros,
fazer aquela venda de amigo para esses parceiros.
Tanto é que ele falta com a verdade, que
ele mente, que ele já mandou a Lei Orçamentária - alô, Coronel Telhada -, a Lei
Orçamentária Anual para cá, já prevendo que eles iam aprovar, Giannazi, esse
projeto. Já fizeram a conta anteriormente e mandaram para esta Casa. E não
mudaram, não alteraram ainda absolutamente nada, porque eles tinham certeza,
convicção de que passariam o trator aqui neste plenário e não conseguiram
passar.
Estão suando sangue aqui neste plenário.
Como foi dito outras vezes pela deputada Janaina desta tribuna aqui, ela
conversou com o líder do Governo tentando melhorar o projeto, e ele disse que
não mudaria nada porque já tinha os votos para passar, só que, na hora da
contagem dos votos, faltou voto.
Então, presidente, nós precisamos deixar
claro aqui e denunciar destes microfones enquanto ainda nós podemos falar;
enquanto o governador ainda nos permite trabalhar na Assembleia Legislativa, já
que isto aqui é um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes, para mostrar que nós
acabamos ficando sem independência.
Os ideológicos estão aqui tentando
melhorar o projeto, tentando derrotar, se for o caso, esse projeto, enquanto
muito fisiológico ou deputado de opinião, de ocasião, finge fazer obstrução:
diz na rede social que vai votar contra, mas está aqui ajudando o governo dando
o seu quórum.
Então, a gente precisa vir aqui desta
tribuna denunciar e lutar pelo povo de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL -
Muito obrigado, Gil Diniz. Voltamos a palavra ao nobre deputado professor
Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS
GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, de volta a esta tribuna, quero fazer coro
com o deputado Gil Diniz em relação ao PL 529, que é um verdadeiro... Ele
representa o extermínio do Estado de
bem-estar social do estado de São Paulo.
Ele
representa o fim da prestação de serviços públicos em várias áreas essenciais,
principalmente para as pessoas de baixa renda, do SUS. É um projeto que ataca o
Sistema Único de Saúde, desmonta o Sistema Único de Saúde do Estado.
É
um projeto que ataca ferozmente o Meio Ambiente, porque ele vai mexer, ele vai
desestruturar o Instituto Florestal, que tem uma função importante de preservar
o Meio Ambiente do estado de São Paulo, o Instituto Botânica, o Instituto
Geológico, o Zoológico.
É
um desmonte jamais visto no nosso Estado, além de atacar o Iamspe,
aumentando a contribuição dos nossos servidores, estimulando um amplo processo
de terceirização de serviços públicos, causando desemprego em massa no Estado.
O
projeto ataca várias áreas; aumenta os impostos da cesta básica da população.
Nunca houve na Assembleia Legislativa um projeto tão perverso e criminoso como
esse. Então, a Assembleia Legislativa não pode aprovar esse projeto.
O
deputado que aprovar, que der o seu voto favorável, estará contribuindo com um
verdadeiro crime aqui no estado de São Paulo. É importante que a população se
mobilize e pressione os deputados da base do governo, porque nós estamos
resistindo, estamos ganhando tempo aqui, fazendo oposição e impedindo a
aprovação desse projeto, mas o governo vem com a sua máquina, vem com as
emendas parlamentares, com os cargos, com toda a sua maquinaria do governo
estadual cooptando os deputados e deputadas.
Porque
eu não vejo razão para um deputado que seja minimamente sério ou uma deputada
votar a favor desse projeto, que vai atacar os seus próprios eleitores. Porque
um deputado que defende a extinção da Sucen, do Oncocentro, da Furp, um projeto
que vai prejudicar o Iamspe, que vai destruir o Meio
Ambiente, que vai aumentar os impostos da cesta básica, está atacando os seus
próprios eleitores, ele vai atacar as suas cidades.
Então,
ele tem que ser desmascarado, e nós vamos continuar lutando e denunciando, Sr.
Presidente. E fazer isso num momento como este de pandemia, plenário vazio…
Ninguém
pode entrar na Assembleia Legislativa; a população não pode participar desse
processo, desse debate. Ou seja, a Assembleia Legislativa está de costas para
os 45 milhões de habitantes do estado de São Paulo, votando um projeto contra a
população.
Então,
é por tudo isso e muito mais que nós vamos continuar denunciando e fazendo
oposição e obstruindo a tramitação do PL 529 aqui na Assembleia Legislativa. É
um projeto devastador também das universidades públicas, da Fapesp, da
pesquisa, dos fundos.
Me
preocupa muito também, Sr. Presidente, a possibilidade, porque o projeto vai
autorizar o confisco dos fundos, dos recursos das carteiras previdenciárias dos
advogados do Ipesp e dos cartorários. Isso é
preocupante.
Nós
não podemos aceitar que esses trabalhadores e essas trabalhadoras, que já foram
prejudicados, inclusive pela Assembleia Legislativa, que votou contra esses
trabalhadores e essas trabalhadoras, que se cometa mais um golpe contra esse
segmento importante aqui do estado de São Paulo. Isso nós não vamos permitir.
Para
terminar, Sr. Presidente, a minha participação de hoje, eu não posso deixar de
registrar também, assim como eu denunciei o Comunicado 143, que atinge
frontalmente a dignidade humana dos agentes de organização escolar no estado de
São Paulo, que o governo continua, o governo Rossieli,
de uma forma totalmente contraditória, incoerente e oportunista, insistindo na
introdução do Programa de Ensino Integral no estado de São Paulo.
Inclusive,
em várias regiões, está obrigando escolas, diretorias de ensino obrigando escolas
a aderirem a esse projeto, que não tem adesão. A sociedade não quer, ainda mais
nesse momento, quando nós estamos dizendo que não é muito bom ficar muito tempo
numa escola.
Inclusive,
neste período de pandemia, as crianças que estão voltando - que são
pouquíssimas no Brasil, e sobretudo no estado de São Paulo, porque essa volta é
um verdadeiro fracasso, até porque as famílias têm consciência da gravidade da
situação, que não é o momento de reabertura das escolas...
E
o governo querendo que a criança fique oito horas dentro de uma escola,
passando um projeto como esse, que vai prejudicar o funcionamento das escolas,
Sr. Presidente.
Esse
projeto prejudica o aluno que tem que trabalhar, o aluno que faz curso no
contraturno. Ele superlota as outras escolas, porque uma escola, quando se
torna escola de tempo integral, por exemplo, se ela tem 1.200 alunos, 1.300
alunos, só vai atender 300 alunos. E os outros mil alunos? O que o governo vai
fazer com os outros mil alunos? Vai dispersar esses alunos.
Então,
ele quer um cartão de visita, algumas escolas de tempo integral, para dizer que
elas existem, e depois usar na propaganda eleitoral de 2022, porque ele sabe
que não há recurso para transformar todas as escolas em escolas de tempo
integral.
Então,
ele vai ter uma vitrine, talvez uma ou duas por diretoria de ensino, mas com
isso ele prejudica muitas escolas e muitos alunos. Por isso que eu chamo isso
de a farsa da escola de tempo integral, a farsa do PEI.
Eu
já acionei o Ministério Público, inclusive contra essa introdução, essa forçação de barra da Secretaria da Educação de chamar o
debate agora, no momento em que as escolas estão fechadas, que é difícil
consultar a comunidade escolar. Isso já foi feito no ano passado, e o governo
já foi derrotado. Na maioria das escolas não houve adesão.
Agora
o governo, no tapetão, num casuísmo, aproveitando a pandemia, tenta passar a
boiada novamente de PEI, do Programa, do Projeto ou Programa de Ensino
Integral, que é uma verdadeira contradição, Sr. Presidente, porque prejudica
alunos, prejudica a comunidade escolar.
É
um projeto altamente excludente, porque exclui uma boa parte dos alunos do
acesso a essa escola e prejudica também os profissionais da Educação.
Sobretudo
os professores serão duramente prejudicados, porque o professor tem que mudar.
Se ele não adere, se ele não concorda com o projeto, ele é obrigado a sair
daquela escola, mesmo que ele seja efetivo e concursado, porque há um controle
também político-ideológico dos professores numa escola integral, porque eles
são escolhidos pela direção através do “perfil”: tem que ser um professor
dócil, professor que não conteste as normas estabelecidas. É essa política
educacional do governo.
Então,
por tudo isso, Sr. Presidente, é que nós nos manifestamos contra e estamos
denunciando a forma autoritária como o Rossieli Weintraub vem tentando reintroduzir esse modelo de escola
em plena pandemia.
Quando
a gente não pode nem reabrir as escolas, ele vem com um projeto que é para o
aluno ficar o dia todo dentro de uma escola, se contaminando com o coronavírus.
Mas
eu já tomei providências também em relação a isso, já acionei o Ministério
Público, que vai começar a investigar essa forma autoritária, a pressão, o
assédio, a perseguição política em cima das escolas que não querem aderir. Tem
muita escola sendo pressionada por dirigentes de ensino.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL -
Muito
obrigado, nobre deputado professor Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr.
Presidente, havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o levantamento
desta sessão.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL -
Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, é regimental. Havendo acordo de lideranças esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de terça-feira próxima, dia 13 de outubro, à hora regimental,
com a mesma Ordem do Dia da última quinta-feira.
Com a benção de Deus, desejamos a todos um
excelente final de semana. Está levantada a presente sessão plenária do dia 9
de outubro de 2020.
* * *
- Levanta-se a sessão às 15 horas e 17
minutos.
* * *