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13 DE MARÇO DE 2020

4ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS 40 ANOS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES

 

Presidência: PROFESSORA BEBEL LULA

 

RESUMO

 

1 - PROFESSORA BEBEL LULA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

3 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA

Informa que a Presidência convocara a presente sessão solene, em "Homenagem aos 40 anos do Partido dos Trabalhadores", por solicitação desta deputada, na direção dos trabalhos. Tece elogios aos integrantes do Partido dos Trabalhadores. Alude à votação da reforma da Previdência estadual, nesta Casa. Afirma que o PT foi, ao longo dos seus 40 anos, instrumento de conquistas que beneficiaram toda a população. Faz críticas ao governo Jair Bolsonaro. Considera que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi um golpe. Defende a restituição da elegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

4 - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH

Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo em homenagem aos 40 anos do PT.

 

5 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA

Pede um minuto de silêncio em memória dos militantes petistas representados por Rober Caetano Luís, coordenador da Macro PT Noroeste Paulista; e das vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, ocorrido há um ano.

 

6 - JILMAR TATTO

Representante do Diretório Nacional do PT, tece considerações sobre o tema da presente solenidade.

 

7 - TEONILIO BARBA LULA

Deputado estadual, discorre sobre os 40 anos do PT, comemorados nesta sessão solene.

 

8 - RUI FALCÃO

Deputado federal, comenta assuntos relativos ao tema desta solenidade.

 

9 - BETH LULA SAHÃO

Deputada estadual, faz considerações acerca do PT, cujos 40 anos são homenageados nesta sessão.

 

10 - EDUARDO SUPLICY

Vereador da Câmara Municipal de São Paulo, discorre sobre o assunto desta solenidade.

 

11 - DOUGLAS IZZO

Presidente da CUT-SP, presta homenagem ao PT, que completou 40 anos.

 

12 - LUIZ MARINHO

Presidente do Diretório Estadual do PT-SP, tece considerações sobre os 40 anos do Partido dos Trabalhadores, comemorados nesta sessão.

 

13 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Deputado estadual, discorre sobre o assunto da presente solenidade.

 

14 - RAIMUNDO BONFIM

Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, faz comentários a respeito dos 40 anos do PT.

 

15 - ALFREDO ALVES CAVALCANTE

Vereador da Câmara Municipal de São Paulo, discursa sobre o tema desta solenidade.

 

16 - ADRIANA NOVAES

Representante do MST, faz considerações acerca do aniversário de 40 anos do PT, comemorado na presente sessão.

 

17 - SANDRA MARIANO

Representando a Coordenação das Entidades Negras, discorre sobre assuntos relativos a esta solenidade.

 

18 - HÉLIO RODRIGUES

Presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo, tece comentários sobre os 40 anos completados pelo PT.

 

19 - LECI BRANDÃO

Deputada estadual, homenageia o PT pelos seus 40 anos, completados em 2020.

 

20 - ERIK BOUZAN

Secretário da Juventude do PT-SP, discursa sobre o assunto da presente solenidade, em homenagem ao PT.

 

21 - DÉBORA PEREIRA

Representando a Secretaria de Mulheres do PT-SP, destaca a participação das mulheres na história do PT. Presta homenagem, com a entrega de uma placa, às deputadas Beth Lula Sahão e Professora Bebel Lula; e homenagem in memoriam à ex-deputada estadual Maria Lúcia Prandi, com a entrega de uma placa ao seu sobrinho, Francisco Prandi.

 

22 - FRANCISCO PRANDI

Sobrinho de Maria Lúcia Prandi, agradece pela homenagem feita à sua tia, ex-deputada estadual pelo PT.

 

23 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA

Enaltece o trabalho dos organizadores desta solenidade. Parabeniza o PT pelos seus 40 anos. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Professora Bebel Lula.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH - Para que nós possamos dar início, eu gostaria de convidar a Professora Bebel, nossa deputada estadual, que vai presidir a sessão solene.

Gostaria de convidar o deputado estadual Teonilio Barba, o nosso líder, para que possa fazer parte da Mesa também. Gostaria de convidar o deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira, nosso companheiro da bancada também, para que faça parte da Mesa.

E como eu estou já na casa dos mais de 60 e estou no grupo de risco do coronavírus, eu não estou enxergando bem os deputados nossos da bancada, que estão presentes. Eu vou chamando, se eu falhar aqui, me puxa a orelha, por favor.

Gostaria de convidar o nosso presidente do Diretório do Estado de São Paulo do Partido dos Trabalhadores, o nosso companheiro Marinho, próximo prefeito de São Bernardo do Campo, para poder fazer parte da Mesa também.

Gostaria de convidar o nosso companheiro Jilmar Tatto, representando, nesse instante, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, para que possa fazer parte da Mesa também. Cadê o nosso companheiro Jilmar?

Gostaria de convidar o deputado federal Rui Falcão, nosso companheiro, ex-deputado estadual, deputado federal, ex-presidente estadual e nacional do nosso partido. Gostaria de convidar o vereador Alfredinho, nosso companheiro, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal de São Paulo.

Gostaria de convidar o nosso companheiro Douglas Izzo, presidente da CUT estadual de São Paulo, para que possa fazer parte da Mesa conosco.

Gostaria de chamar a Adriana Novaes, que é representante do Movimento dos Sem Terra, para que possa fazer parte, conosco, da Mesa também, por favor; a deputada Beth Sahão, que eu vou convidar para que possa fazer parte da Mesa conosco também.

Gostaria de chamar a Débora, que é a nossa companheira da Secretaria de Mulheres do diretório estadual; nosso companheiro Raimundo Bonfim, que é coordenador nacional da Central de Movimentos Populares.

Gente, me puxa a orelha aqui se eu estou esquecendo alguém. O nosso companheiro Chico Macena, que é nosso dirigente, secretário-geral do diretório estadual de São Paulo, por favor. Alguém mais aí? Muito obrigado.

Então companheiras e companheiros, gostaria, na sequência, antes de dar abertura oficial aos trabalhos, de convidar a todas e a todos para que, em pé, nós possamos ouvir a execução do “Hino Nacional Brasileiro”, a ser executado pela Banda da Polícia Militar, sob o comando do subtenente Eliseu, a quem eu quero prestar as minhas homenagens e os nossos agradecimentos.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH - Muito obrigado. Quero agradecer a todos os membros da corporação, da Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, especialmente na pessoa do subtenente Eliseu. Muito obrigado. Agradeço muito a presença de vocês.

Gostaria também de chamar para poder compor a Mesa conosco o nosso companheiro, deputado estadual Dr. Jorge do Carmo; convidar novamente o companheiro Douglas Izzo, presidente da CUT estadual, para que faça parte da Mesa conosco. Prazer grande tê-lo conosco, Dr. Jorge do Carmo.

Gostaria de convidar o Helio, companheiro Helio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Químicos de São Paulo, que faça parte conosco; chamar também a Sandra Mariano, que é a secretária-adjunta estadual do Racismo.

É uma honra tê-la conosco na Mesa. Companheiro Jilmar Tatto, representando, neste instante, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Formada a Mesa, antes de passar para a deputada Professora Bebel, que vai presidir os trabalhos, para poder dar o início oficial, eu gostaria, com a permissão da deputada Bebel, para que nós possamos fazer aqui uma saudação, já que nós estamos fazendo uma sessão solene em homenagem aos 40 anos do PT, que provavelmente será a saudação com a qual nós vamos encerrar a sessão solene, mas eu gostaria de começar, com a permissão da deputada.

Partido, partido, é das trabalhadoras.

Partido, partido, é das trabalhadoras.

Partido, partido, é dos trabalhadores.

Partido, partido, é dos trabalhadores. (Palmas.)

Deputada Bebel, com a senhora a palavra, para poder dar início aos trabalhos.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bem, eu quero começar, antes de expor muito rapidamente aqui essa sessão de abertura. Começo cumprimentando o presidente do Partido dos Trabalhadores, o Marinho, não só presidente, mas pré-candidato a prefeito de São Bernardo do Campo.

Oxalá seja eleito, para que nós possamos trilhar com essa estrada do Partido dos Trabalhadores.

Cumprimento também o meu companheiro, meu querido líder de bancada, o Teonilio Barba. É o Barba - como eu gosto de chamá-lo -, ou Barbão - de vez em quando -, mas o Barba, que tem feito um trabalho excelente nesta Casa como líder.

Como liderança que foi nesse triste período em que a Casa foi palco de ataque às liberdades democráticas, no que diz respeito às nossas opiniões.

E quando a Tropa de Choque entrou aqui dentro, há pouco mais de oito dias nós assistimos à triste cena - não é, Barba? -, aqui dentro, para passar e a Proposta de Emenda Constitucional conseguir dois votos, para tirar o direito dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Cumprimento minha querida deputada e amiga Beth Sahão. Muito carinho, uma grata satisfação, também da bancada, estar com você na bancada.

Eu não gosto de usar a palavra histórico, mas ele é histórico, porque o Rui tem uma história forjada na luta, nas liberdades democráticas nesse país.

O nosso querido Rui Falcão, que está aqui entre nós, foi, senão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, em um momento tão difícil, que foi exatamente no momento em que deram um golpe na presidenta Dilma, e não é fácil presidir numa conjuntura dessas.

Deputado Rui Falcão, o senhor sabe exatamente quantas vezes eu expressei isso, quando juntos saímos na luta para o senhor ser eleito e eu também ser eleita.

Cumprimento meu querido Jilmar Tatto, ele foi candidato a senador. Tenho a honra de dizer que a minha entidade foi uma das que, não primeiro, mas que se colocou à disposição da candidatura dele.

Também eu, pessoalmente, nesse momento me coloco a favor da candidatura dele, e espero que você logre êxito como pré-candidato - nós não podemos falar em candidatura - e venha a ser um futuro grande prefeito em São Paulo. (Palmas.)

Meu querido Luiz Fernando. Eu costumo dizer que o Luiz Fernando é um menino, sempre será um menino. Um menino no trato, nas brincadeiras. Enfim, eu fico muito à vontade com a minha bancada.

É uma bancada que é relaxada - relaxada no sentido bom do termo -, ninguém pega no pé de ninguém. Se tem que falar, a gente fala e resolvemos entre nós. Eu acho que isso é grandeza, isso é saber ser liderado, isso é saber ter compromisso. Então, Luiz Fernando, meu abraço cordial.

Cumprimento Raimundo Bonfim, meu companheiro de lutas, tantas outras lutas; a companheira do MST, Adriana; meu querido Chico Macena, secretário-geral do Partido dos Trabalhadores.

Semanalmente estamos lá - não é Chico? - firmes e fortes; aqui o querido Alfredinho - ia chamar de Geraldinho -, líder da bancada do PT daqui do município, ele é vereador, um brilhante vereador.

A Kika; a Sandra também aqui - não me deram o papelzinho, por isso que eu estou fazendo feio agora -, prazer, Sandra, tê-la aqui; meu querido presidente da Central Única dos Trabalhadores, o Douglas Izzo, também professor da Apeoesp, tem também uma luta incessante em defesa dos direitos da classe trabalhadora e aqui - que grata surpresa, não é, Jorge do Carmo? -, dizem que eu sou, mas você também é uma grata surpresa ter do lado e o Hélio de Souza.

Para começar dizendo para vocês o seguinte. O PT completou 40 anos no dia 13 de janeiro, e hoje é 13 de março - chegou a nossa querida Debora, secretária das Mulheres.

Aplausos, né? Estamos no mês das mulheres. Prazer, também minha companheira de executiva do PT -, se alguém me perguntar se nós fomos na folhinha - não é, Dr. Jorge? - e procurar o dia 13, não fomos.

Só tinha o dia 13, Barba. Olha que coisa! Que grata satisfação estar aqui nesse dia 13 de março, enfim... Cada uma das falas que aqui vierem - e eu estou tendo a honra de presidir esta sessão - irá expressar um pouco do que é o PT nesses 40 anos.

O PT, nesses 40 anos, foi, senão, instrumento de conquistas desde a classe mais humilde até empresários, eu costumo dizer. Porque teve uma política de renda, de distribuição de renda através do Bolsa Família, que deu rotatividade para a economia.

Os empresários puderam vender mais, puderam ganhar mais, portanto, ficaram bem. Ficou bem o pobre e também ficou bem empresário. Não por acaso, as empresas estão todas quebradas, fechadas, estão se fechando.

Nós estamos em um momento de muita turbulência política. Não é pouca coisa um presidente da República vir a público e dizer deve ser reinstalado o Ato Institucional nº 5, que foi, senão, a ditadura propriamente dita.

Oras, por isso ele chamou um ato domingo. Ontem ele amarelou e disse que, por causa do coronavírus, não é para ter ato domingo. Não é que não vai ter ato, o que não vai ter é apoio da população para atacar as liberdades democráticas que nós duramente conquistamos: a luta das ruas.

Inclusive, com pessoas como a presidenta Dilma, o deputado Rui Falcão, que foram presos políticos -, para garantir que nós tivéssemos o poder da fala, da expressão, da nossa opinião, duramente conquistados durante aquele processo de golpe neste país que teve na ditadura militar.

E tivemos o golpe da presidenta Dilma, que não foi um golpe só nela. Foi um golpe na classe trabalhadora, foi um golpe nos direitos, foi um golpe na juventude, foi um golpe em toda a faixa etária, em toda a sociedade brasileira e um golpe nos empresários com o dólar subindo - ontem, chegou a mais de R$ 5,00 e depois chegar ao dia a R$ 4,82.

Eu acho que não é outra coisa que senão paralisante para um país que tem a pujança que tem, que é o Brasil. Digo para vocês o seguinte: muito obrigada. Eu sei que aqui tem todas as representações.

Cumprimento cada um e cada uma de vocês e dizer que esse período de quarenta anos, essa reflexão do dia de hoje de 40 anos do Partido dos Trabalhadores, é uma conquista nossa e como nossa nós vamos forjar e dizer que o presidente Lula tem que ter a sua elegibilidade de volta porque nós o queremos de volta para a Presidência da República Federativa do Brasil.

Nós vamos lutar. Não basta ele estar livre. Ele também tem que ter a sua liberdade de sair candidato, que o presidente Lula é uma conquista nossa e que nós não vamos admitir sob hipótese alguma que os seus direitos sejam retirados, assim como a presidenta Gleisi, a presidenta Dilma, essas figuras fantásticas que construíram este partido, este País, assim como o nosso querido Marinho, que aqui no estado de São Paulo, Marinho, eu falo que em 2008 foi difícil ser candidato.

Todos nós aqui que fomos candidatos sabemos. Tiramos leite de pedra, foi isso que nós conseguimos. Ainda assim garantimos uma bancada de dez deputados, sendo sete homens e três mulheres e que eu quero dizer para vocês que para mim é um orgulho estar nessa bancada que tem dado a demonstração de que é de luta e que nós, de certa forma, somos uma oposição aguerrida e respeitosa nesta Casa.

Um bom dia, um forte abraço e muito obrigada.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH - Muito obrigado. deputada Bebel. Enquanto a deputada Bebel toma assento à Mesa, eu gostaria de convidar a companheira Bel Saque, secretária estadual do Movimento LGBT. Por favor, é uma honra tê-la conosco na Mesa.

Gostaria de anunciar a presença, enquanto a Bel toma assento na Mesa conosco, dos nossos companheiros ex-deputados Simão Pedro, deputado estadual; ex-deputado estadual Marcos Martins; ex-deputado estadual Luiz Turco; o companheiro Antonio Mentor; e o Ítalo Cardoso.

E também gostaria de agradecer a presença dos nossos companheiros ex-deputados federais José Mentor e Valmir Prascidelli. É uma honra tê-los conosco. O cerimonial sempre falha.

Quero pedir desculpa a vocês e gostaria de pedir neste instante para a gente poder a sequência para pedir para o pessoal do Serviço de Audiofonia para poder apresentar um vídeo em homenagem ao PT e aos 40 anos do PT.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH - Partido, partido, é das trabalhadoras. Partido, partido, é das trabalhadoras. Partido, partido, é dos trabalhadores. Presidenta Bebel?

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT -  Eu me relaxei no bom sentido. Bem, gente, nós vamos pedir um minuto de silêncio. Nós vamos fazer dois minutos de silêncio.

Um primeiro em memória dos militantes petistas representados pelo Robinho - Rober Caetano Luís - coordenador da Macro PT Noroeste Paulista.

 

* * *

 

- É respeitado minuto de silêncio.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Robinho? Presente. Robinho? Presente. Robinho? Presente. Sempre. Agora nós vamos fazer um minuto de silêncio também.

Veja bem, hoje, está fazendo um ano em que nós tivemos um duro ataque aqui na Grande São Paulo referente à chacina que ocorreu na Escola Raul Brasil, em Suzano.  E eu tenho aqui o nome dos estudantes.

Eu vou ler e nós vamos então fazer: o Caio de Oliveira, de 15 anos; o Claiton Antônio Ribeiro, 17 anos; o Douglas Murilo Celestino, 16 anos; Kaio Lucas da Costa Limeira, de 15 anos; Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos; professora Marilena Ferreira Vieira Umezo, de 59 anos; a inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier, de 38 anos; Jorge Antônio de Moraes, de 51 anos, comerciante.

 

* * *

 

- É respeitado minuto de silêncio.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Estudantes, professores, inspetora e o comerciante lá de Suzano? Presente.

Estudantes, professores, inspetora e o comerciante de Suzano? Presente. Sempre.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH - Muito obrigado, deputada Professora Bebel. Antes de darmos início à sessão solene, iniciarmos as manifestações dos membros da Mesa, eu gostaria de pedir a permissão para poder anunciar entre nós as pessoas presentes.

Gostaria de anunciar a presença da Maria do Socorro da Silva, do Movimento de Moradia Vermelho Pró-Lutas; Iris Nogueira, da União da Juventude, presidente nacional da UJB; da Neusa Santana Alves, do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza; da Edileuza Conceição Silva, representando o Conselho Municipal de Saúde; da Maria Ortência Souza Rojo, representando o Grande Conselho do Idoso, da Capital; do Cleiton Lima, vice-presidente do Centro Acadêmico de Gestão Pública do Instituto Federal de São Paulo, de Pirituba.

Renato Sena, do CPR - Digna - Coletivo de População da Rua Digna; Miguel Gomes, Movimento City Jaraguá; o Paulo Ferraz, do blog Paulo Espalha Fatos, do PT da região da Saúde; Fátima Rodrigues, coordenadora da subsede de Tatuí e vice-presidente do PT de Tatuí; o Fábio Santos de Moraes, vice-presidente da Apeoesp; Fábio; Cláudio Ramos, vereador de Ferraz de Vasconcelos.

Chico Nogueira, vereador em Santos e presidente do partido em Santos; vereador Eduardo Sallum, do PT de Tatuí; Luiz Vanderley Largueza, ex-prefeito de Santa Bárbara do Oeste; José Nascimento, secretário municipal da Juventude, do PT de São Paulo; a Ingrid Guzeloto, presidente do diretório zonal de Santana e diretora LGBT da União Nacional de Estudantes; a Cilene Obici, secretária de finanças do PT estadual.

Aías Cavalo, presidente do PT de Jacareí; Davi Aparecido Albertino Alves, tesoureiro do PT de Jacareí; Jandinéia, presidente do PT de Penápolis; Adriana Lopes, secretária de organização do PT Macro de Araçatuba; Claumir, do setorial de Educação do PT da Vila Prudente; presidente do DZ de Santo Amaro; Luiz Sérgio Canario, Setorial de Tecnologia de TI Estadual; Selma de Freitas Silva, Setorial de Segurança Alimentar; Carlos Gomes, presidente do diretório de Itaquera; Manoel de Santos Neto, presidente do diretório de Birigui.

João Cassino, do Setorial de Ciência e Tecnologia, do PT de São Paulo; a Iara Bento, vice-presidente do diretório de São Bernardo do Campo; Kelvin de Morais, presidente do diretório municipal de Tatuí; Katia Regina dos Santos, presidente do diretório zonal de Cidade Tiradentes; Alex da Servidão, do diretório municipal de Embu das Artes; Mateus Beaeta, Juventude Garantia de Luta; Ronaldo Almeida, da Macro de Campinas; Eufrásio Félix Ferreira do Nascimento, SOS Racismo.

Jefferson Carlos da Silva, da ULCM; Macarrão, presidente do DZ do Ipiranga, Movimento Nacional de Direitos Humanos de São Paulo - MNDH; o Adilson Souza, presidente do diretório da Brasilândia e da Freguesia do Ó; Penéloti Mendes, do diretório municipal de Piracicaba; Alfredo Portinari Maranca, presidente do Sinafresp; Maninho, secretário de organização do PT de São Paulo; vereador Toninho da Lanchonete, de São Bernardo do Campo.

Quero pedir desde já desculpas pelas falhas da leitura. Às vezes nem os óculos ajudam, mas eu quero pedir desculpa para as pessoas que eu acabei fazendo citação da expressão do nome errado e outros nós vamos citando daqui por diante.

Gostaria neste instante então de iniciar as manifestações para que nós possamos dar sequência às falas e gostaria de convidar desde já...

A senhora quer fazer a composição, quer fazer a condução das falas na mesa, professora?

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Está a posição aí já no seu papelzinho? Vou passando dois minutos para cada um. Antes, porém, eu quero avisar que está entre nós o sempre senador Eduardo Suplicy, vereador e também pré-candidato a prefeito; e por favor, esteja aqui entre nós. Eu vou utilizar a lógica da ordem da mesa.

Dou dois minutos de fala começando pelo Jilmar, mas a gente vai fazer no limite por conta de não ficar muito adiantado. Também, o nosso vereador Jair Tatto, que esteve aqui na semana passada no Prêmio Inezita Barroso. Com a palavra, então, o nosso querido Jilmar Tatto, também pré-candidato a prefeito da capital. Por favor.

 

O SR. JILMAR TATTO - Bom dia, companheiras, companheiros. Cumprimentar a Bebel e toda essa Mesa maravilhosa; o Barba, o nosso líder; o Alfredinho, o líder aqui da Câmara Municipal; o Marinho, nosso presidente; o Rui, que é o nosso presidente do PT. Tem que ser rápido. Primeiro, deixar aqui o abraço da Gleisi Hoffmann, nossa presidente nacional do PT - eu estava lá ontem.

O diretório nacional está reunido no dia de hoje e amanhã. Deixo um grande abraço. Segundo, dizer que o mundo está derretendo e ao invés do Bolsonaro, nosso presidente, tomar medidas para resolver o problema tanto desse vírus que está se alastrando no mundo, mas também em relação à Economia, ele fala mais em reformas.

O que o Brasil precisa é de investimento, como o Lula fez em 2008 e 2009. O BNDES tem 100 bilhões de reais em caixa e o presidente não fala em investimento.

Temos que revogar a PEC 95, que impede que o Brasil invista para gerar empregos. Por isso que o momento, agora... O governo ao invés de investir na geração de empregos, de resolver um milhão de pessoas que estão na fila do Bolsa Família, 2 milhões paradas, as aposentadorias dos trabalhadores e trabalhadoras, fala só em reforma, reforma e reforma. Por isso que o Brasil, a Bolsa está caindo muito mais do que o resto do mundo. Não tem reação. E para resolver isso é o PT.

O povo brasileiro precisa do PT. Por isso que, nesses 40 anos, nós lutamos pela democratização e a redemocratização do Brasil. Nós lutamos para que o Brasil tivesse democracia. Hoje o PT precisa de cada vez mais para que o povo brasileiro viva numa democracia e as nossas liberdades democráticas. Mas também para que o povo tenha emprego, saúde, educação, assistência social.

Por isso, nesses 40 anos do PT, nós temos que dizer para o povo: vamos, juntos, unificar essa luta com outros partidos progressistas. Para a gente derrotar, a partir da cidade de São Paulo, o governo Bolsonaro, o Doria, o Bruno; e prepararmos para 22, a gente voltar a governar o Brasil. Por que o Brasil, o povo brasileiro, precisa do PT.

Parabéns, PT, pelos 40 anos. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Eu falei que ia seguir a ordem. Mas eu vou fazer uma... Vou dar uma intermediada. Então vou passar agora para o nosso líder da bancada, Teonilio Barba, também brilhante deputado. Por favor, pode fazer o uso da palavra.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Primeiro, saudar a cada companheira, cada companheiro aqui presente. Saudar todos os nossos deputados estaduais e federais e agradecê-los pela participação aqui na luta contra a Reforma da Previdência. Vocês nos ajudaram muito aqui.

Saudar o nosso companheiro Hélio; companheiro deputado Luiz Fernando; Douglas Izzo; a Sandra; a Débora Pereira; o nosso líder da bancada, vereador Alfredinho; vereador Suplicy; Adriana do MST; Raimundo Bonfim; a nossa Bel; Jilmar Tatto; Rui Falcão; nosso deputado Dr. Jorge; a Beth; nosso Presidente Luiz Marinho e a nossa presidenta aqui dessa sessão dos 40 anos do PT.

Por que, no mês de comemoração da luta internacional das mulheres, tem que ser uma mulher a presidir a Mesa. E nada mais justo que a nossa companheira, Professora Bebel.

Em nome dela e da Beth, quero saudar todas as mulheres de luta - não é desse País, é desse planeta - que lutam por justiça social, que lutam contra o preconceito, que lutam contra o machismo, que lutam contra violência contra a mulher, que lutam por justiça social.

Então quero que vocês, nesse mês... O pessoal diz que todo dia é Dia das Mulheres. Mas um especial para saudarem a Marilândia e para congratular as mulheres é muito importante.

Segunda coisa, agradecer minha bancada de deputados e deputadas estaduais e deputados. Porque me reconduziram para liderar a bancada novamente por dois anos consecutivos. (Palmas.)

Que parece que a primeira vez que acontece isso na história da Assembleia Legislativa. O mentor já foi líder aqui, o Zé, o Totonho. Estão ali o Zezé e o Totonho. Parece que foi a primeira vez que aconteceu isso na Assembleia: alguém ser conduzido por duas vezes para liderar a bancada.

Para mim é uma honra que, exatamente no mês que o PT completa 40 anos, no ano que o PT completa 40 anos, um trabalhador, um operário, que veio lá da roça, descalço, família toda analfabeta, chega numa condição dessa, de liderar a bancada por duas vezes.

O que é uma grande responsabilidade, porque, na nossa Casa de deputados e deputadas, terminou o ano de maneira unificada, com muita luta. Uma luta travada do dia 19 de novembro até agora, lutando contra essa famigerada e perversa reforma da Previdência, que retirou direitos.

Que, além de retirar direitos, está aplicando, a partir da reforma da Previdência: toda vez que o cálculo atuarial da Previdência demonstrar algum tipo de déficit, a partir de 1.046 reais pode começar a taxar os pensionistas e os inativos. E foi aprovada por 59 nessa Casa, contra 30 votos dos deputados de oposição.

A segunda coisa. Nesse mês de fevereiro, na verdade, vamos comemorar o ano inteiro, que a gente puder, dos 40 anos do PT. Mas no mês de fevereiro é que o PT fez 40 anos, no dia 10 de fevereiro.

Eu não tenho dúvida que o PT é o maior instrumento de luta da classe trabalhadora. É o maior partido de esquerda do mundo. Não podemos ter dúvida disso.

Nós não podemos ter dúvida que, sob a presidência do presidente Lula, sob a presidência da presidenta Dilma, de vários governadores nossos, de vários companheiros nossos prefeitos, de vários companheiros e companheiras que são vereadores ou que são deputados federal e estadual Brasil afora, nós fomos construindo um país mais justo. A nossa Constituição ainda é muito jovem, faz 32 anos esse ano. Foi promulgada em 88. É muito jovem ainda, e sofreu um duro golpe de 2015 para cá.

Praticamente todas as conquistas obtidas, conquistadas na Constituição de 88, foram destruídas a partir da PEC 95, a partir da lei da reforma da Lei da Terceirização, da reforma trabalhista, da reforma da Previdência.

E agora, a reforma da Previdência nos estados. Daqui a pouco, a reforma administrativa. E daqui a pouco, a reforma tributária para dar dinheiro na mão dos empresários.

Então temos travado uma dura batalha aqui dessa tribuna, junto com os nossos companheiros e companheiras do movimento social, a quem eu quero saudar a todos: pessoal do MST, pessoal do movimento de moradia, pessoal do LGBT, as mulheres - já saudei, mas o movimento de mulheres -, o movimento da igualdade racial, todos os companheiros e companheiras que lutam por justiça nesse país.

Nós vamos ter que continuar lutando. A nossa luta, ela não vai se encerrar nos 40 anos. Teve gente que achou que ia encerrar conosco em 2016, que ia encerrar conosco em 2018. E nós saímos vitoriosos em 2018. E vamos continuar lutando para ter um Brasil mais justo. Nós, nesse momento, nós temos vários candidatos nossos, pré-candidatos.

Aqui hoje tem Salvador Khuriyeh, pré-candidato nosso na cidade de Taubaté, a prefeito. Luiz Marinho, nosso pré-candidato lá em São Bernardo. Tem aqui o meu amigo Geraldo, lá de Birigui, que está discutindo para ver se deve ser o nosso pré-candidato a prefeito lá em Birigui.

Tem vários outros que, com certeza, vão empunhar a bandeira. A Beth, minha companheira Beth. Calma, calma, eu vou chegar lá. Calma. Nossa companheira lá de Catanduva, nossa companheira Beth lá em Santo André.

Nós temos duas. Ah, o Douglas. O Douglas, em Santos, também é candidato. Então é assim: a gente vai falando e vão aparecendo os nomes. São companheiros que estão muito animados.

Eu, como líder da bancada, tenho recebido vários companheiros e companheiras que, ou que querem ser candidatos a vereador, vereadora, ou candidato a prefeito. Lá em 2016 tivemos dificuldade para encontrar candidatos a vereadores e a vereadoras. E agora não. O pessoal quer ser candidato a prefeito.

Isso mostra o quê? Que o Partido dos Trabalhadores está mais vivo do que nunca. Viva a luta das trabalhadoras e dos trabalhadores. Viva o Partido dos Trabalhadores.

Um grande abraço a todos. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT -  Imediatamente eu peço, para fazer o uso da palavra, o deputado federal Rui Falcão. Por favor, Rui. Dois minutos, Rui. Mas vou dar três de tolerância, tá bom?

 

O SR. RUI FALCÃO - Bom dia, companheiros e companheiras. Quero saudar primeiro essa militância que está aqui ocupando o plenário: homens e mulheres de várias cidades do nosso estado, também da capital.

Saudar a todos os companheiros e companheiras da Mesa, na pessoa da Bebel. Pelo tempo que ela me deu, só posso saudá-la. E o Marinho, nosso presidente, em nome de quem saúdo toda a militância do PT aqui presente.

Companheiros e companheiras, foi muito bem escolhida a data de hoje para comemorar os 40 anos, porque é o dia 13. E é um dia glorioso, é um número glorioso. Que o PT, nascido há 40 anos, nasceu fazendo democracia no Brasil.

Das greves operárias, da participação daqueles que vieram do exterior, dos anistiados, dos intelectuais, dos movimentos populares. Toda essa fusão de lutas resultou no PT. E o PT agora se vê na contingência de ter que enfrentar um novo regime político.

Se não é como a ditadura dos anos 60, mas ele destrói a democracia sem que seja preciso extingui-la. O Congresso está funcionando, a Assembleia está funcionando. Mas os direitos sociais, políticos e civis estão a cada dia sendo destruídos.

A Constituição foi violada, foi rasgada. E já dizia Ulisses Guimarães: quem rasga a Constituição, quem viola a Constituição, é um traidor. Então Jair Bolsonaro é um traidor da Pátria. (Palmas.)

Porque ganhou a eleição de forma fraudulenta. E agora vem, pouco a pouco, minando tudo aquilo que a gente construiu nesses 40 anos. Por isso, nessas eleições - que isso é um passo, não é tudo que representa para nós - nós vamos ter uma campanha que não é só pedir voto e tratar dos problemas da cidade.

Nós temos que combater esse regime antidemocrático, antipopular e antinacional.

Porque essa é também uma eleição nacional. Saúde, Educação, Habitação, tudo isso depende de investimento. E os investimentos estão sendo cortados, a começar pela Emenda 95. Como já foi dito aqui, nós precisamos congelá-la ou revogá-la.

É preciso, também suspender todas essas PECs que estão lá em Brasília. A PEC que corta 25% do salário dos servidores municipais. A PEC que propicia uma privatização em larga escala de todas as estatais.

Porque senão, depois, chegar ao poder de novo, ao governo, em 2022, não haverá instrumentos para promover reformas estruturais no País. Por isso, essa conjuntura é decisiva para nós.

E o PT tem que estar preparado para isso: retomar muito profundamente a ligação com as lutas sociais e os movimentos populares, reaglutinar os nossos núcleos, fazer formação política.

É um novo PT para uma conjuntura nova que se instalou a partir do golpe. E ao risco de um golpe dentro do golpe. Nós precisamos retomar as ruas. É um momento do PT fortalecer as suas instâncias, aperfeiçoar a democracia, mudar a estratégia política.

Porque não adianta, simplesmente, ganhar a presidência da República, se nós não retomarmos expectativa de poder. O PT veio para conquistar poder e transformar a sociedade.

E agora, em confronto com esse governo que está aí, cada vez mais é preciso lembrar: o neoliberalismo é um estágio do capitalismo, capitalismo financeirizado, globalizado, que destrói o meio ambiente.

E as soluções para isso são a luta anticapitalista, a luta em defesa do socialismo democrático. Viva o PT, viva o Brasil. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - A próxima a fazer uso da palavra é a nossa deputada Beth Sahão. Por favor, Beth. Dois minutos, e dou dois de tolerância.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Bom dia a todas e a todos. Vou saudar a Bebel. Em nome da Bebel, saudar toda a Mesa. Em nome das mulheres que estão aqui, da Débora, saudar todas as mulheres aqui presentes nesse nosso mês internacional da mulher, que eu acho muito importante.

A gente sabe a luta que nós fazemos enquanto mulheres. E, mesmo dentro do PT, para mantermos firmes, para levarmos adiante as nossas bandeiras, defendermos as nossas causas. Sobretudo numa casa como essa.

Eu estava atenta ao que o Rui estava falando, e o Rui se ateve bastante ao governo Bolsonaro. Eu quero trazer rapidamente para o governo Doria. Porque aqui a nossa tarefa não é fácil, não.

Aqui é um rolo compressor. Aqui é a base do governo, é truculenta. O perfil dessa Assembleia, eu que estou no meu mandato, o perfil dessa Assembleia mudou bastante.

Mas eu quero dizer que eu me orgulho muito de estar na bancada do Partido dos Trabalhadores. que resiste, que defende, que luta, que propõe alternativas. Nós não fazemos só oposição aqui. Além da oposição que nós fazemos, nós apresentamos propostas.

Seja do ponto de vista coletivo da nossa bancada, seja do ponto de vista individual de cada mandato. E agora estamos caminhando para disputas municipais. Eu quero dizer uma coisa para vocês e o nosso querido Presidente Marinho.

Não imaginam o que é a gente tentar construir esse partido no interior do estado. Eu, que moro numa cidade a quase 400 km daqui, onde a esquerda tem muitas dificuldades, onde o ambiente é inóspito, onde a nossa dificuldade enfrenta um terreno árido. Mas a gente está firme.

E quantas e quantas pessoas chegam, às vezes, e falam: “Mas você vai disputar pelo PT?” Claro que eu vou disputar pelo PT.

É claro que vou me manter no PT. Porque eu tenho fibra. Porque esse é o meu partido. É o partido que eu aprendi a fazer política. É o partido que eu vou ficar até o fim dos meus dias.

Salve o Partido dos Trabalhadores e salve toda a nossa militância!

Parabéns pelos nossos 40 anos!

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Querida Beth, é isso aí. O próximo agora, eu vou chamar o nosso sempre senador, vereador pela Capital, pré-candidato a prefeito, o nosso querido Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - Permitam-me, Bebel e Beth, também só cumprimentar a todos vocês, homens e mulheres, para ser breve.

Nesse ambiente aqui da Assembleia de São Paulo, eu recordo de como foi... Era 1978 e aqui estávamos em 53 eleitos pelo MDB, 26 pela Arena. E acontece que alguns de nós, eleitos pelo MDB, começamos a agir, por exemplo, solidariamente aos trabalhadores em greve ali no ABC, em São Bernardo do Campo.

Também quando os lixeiros fizeram greve, quando os professores fizeram greve, quando havia algumas situações em que os Direitos Humanos eram desrespeitados. Por exemplo, Lia Junqueira, do Movimento em Defesa do Menor, nos dizia: “Olha, menores estão sendo maltratados, torturados lá na Febem”. E nós íamos lá.

Por todas essas coisas, quando chegou o segundo semestre de 79, extintos o MDB e a Arena pelo governo militar, aquelas pessoas, os líderes sindicais e intelectuais que estavam formando o Partido dos Trabalhadores, convidaram a nós seis, deputados estaduais do PT - Irma Passoni, João Batista Breda, Geraldinho Siqueira, Marco Aurélio Ribeiro, Serginho dos Santos, éramos seis -, para ingressarmos no PT.

Eu tinha tido 78.000 votos, o segundo mais votado, e, aqui da tribuna - não tinha internet, não é? -, eu falei: “Por favor, aquelas pessoas que avaliam como adequado e correto, e que votaram em mim, que eu entre no PT, por favor, me digam”.

E cerca de 80%, acredito, que eu consegui contatar por carta, por telefone, onde eu ia: “Ah, isso é o que nós esperamos de você”. E eu, então, em 10 de fevereiro de 80, estava ali no Colégio Sion, junto com o Lula, Jacó Bittar, Djalma Bom, Devanir Ribeiro. E tantos de vocês aqui estavam também.

E eu quero dizer: olha, eu li os estatutos do PT e, dentre outras pessoas que contribuíram para escrevê-lo, foi Plínio de Arruda Sampaio, com quem me dava muito bem.

E eu falei: bom, eu quero contribuir para dar voz e vez a todas aquelas pessoas que, por tanto tempo, não tiveram formas de escolher, de influenciar os seus governantes, que queriam construir um Brasil justo, solidário e fraterno, e com aquelas instituições que pudessem assegurar a realização de justiça, de maior igualdade, para que então pudesse haver a paz.

E eu continuo com vocês neste partido, com muita alegria e fibra.

E quero, juntamente com o Jilmar Tatto, aqui comigo, Alexandre Padilha, Paulo Teixeira, Nabil Bonduki e Mãe Kika Silva e ainda... Qual falta? Ah, Carlos Zarattini. Então, quero conclamar a todos vocês, filiados do PT na Capital, para, no dia 22 de março, participarem da escolha mais democrática possível da prévia que o PT está realizando.

Então, procurem avisar a todos aqueles que... São 180 mil filiados, aproximadamente. E alguns estão, há algum tempo, um tanto distantes do PT, mas têm o direito de votar. Convidem a todos para estarem votando. Nós vamos, efetivamente, dar um exemplo na escolha democrática de nosso candidato.

Viva o PT, companheiros!

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bem, eu vou,  imediatamente, passar a palavra para... Eu vou pôr alguém do movimento social, para dar uma intercalada. Então, vou chamar o Douglas Izzo. O Douglas é presidente da CUT Estadual. Com a palavra, então, o nosso companheiro Douglas Izzo.

 

O SR. DOUGLAS IZZO - Bom dia, companheiros. Bom dia, companheiras.

Primeiro, quero falar do orgulho de ser filiado ao Partido dos Trabalhadores, de ser filiado a um partido onde o trabalhador tem voz e tem voto, ao partido em que as mulheres participam, ao partido onde nós temos companheiros negros, índios, trabalhadores rurais, sem-teto, sem-terra. Um partido que faz parte da história da democracia do Brasil.

Nós não poderíamos, de forma alguma, falar em democracia no Brasil sem falar da história do Partido dos Trabalhadores, sem falar na contribuição do Partido dos Trabalhadores em políticas sociais para atender as necessidades do povo brasileiro, sem falar nas políticas exitosas dos municípios, no estado, no governo federal, políticas essas  que, inclusive, foram referências internacionais, como foi a política de combate à fome do governo do presidente Lula, que passou a ser um exemplo utilizado pela ONU como política a ser desenvolvida em outros países.

Eu quero falar do orgulho de ser filiado ao Partido dos Trabalhadores e, como presidente da CUT, eu não canso de dizer que, se aprovaram reformas que mexeram no direito dos trabalhadores do Brasil, como terceirização da atividade-fim, reforma trabalhista e previdenciária, eu digo sempre, aonde vou, que nenhuma dessas reformas que atacam direitos dos trabalhadores foram aprovadas com o voto do Partido dos Trabalhadores.

Eu quero também destacar a participação e a postura da bancada do Partido dos Trabalhadores aqui nesta Casa, que foi uma trincheira incansável de defesa da Previdência dos servidores estaduais. Parabéns, Luiz Fernando.

Parabéns, Barba, Bebel, Beth e todos os deputados estaduais do PT, que se comportaram de forma brilhante na defesa do direito dos servidores aqui nesta Casa. Com o meu caro Alfredinho, foi assim também na Câmara Municipal, no ano passado, quando também foi debatida a reforma da Previdência.

Estavam lá os vereadores do PT para poderem fazer a luta e ser uma trincheira contra o atraso. Para encerrar aqui a minha intervenção, eu penso que nós passamos por um momento difícil, um momento de retrocesso. Tivemos um golpe no nosso país contra a presidenta.

E o golpe não foi por aquilo que nós não fizemos, o golpe foi justamente porque o Partido dos Trabalhadores construiu políticas de combate à fome, construiu uma política de colocar o pobre no orçamento do estado, o Partido dos Trabalhadores apresentou políticas para que jovens negros da periferia pudessem ingressar nas universidades públicas, construiu uma política para que os jovens da periferia pudessem estudar, através do ProUni, nas universidades.

Construiu uma política de 72% de reajuste real sobre o salário mínimo. Portanto, para as elites brasileiras, é difícil conviver com políticas que coloquem, que representem um avanço para o povo brasileiro.

E nós estamos em ano eleitoral. Eu acho que é fundamental... E nós, do movimento sindical... Está aqui o Hélio, que é pré-candidato a vereador aqui no estado de São Paulo.

Nós lançaremos vários candidatos sindicalistas do Partido dos Trabalhadores, porque é necessário a gente fazer a disputa na sociedade, uma disputa para que saiamos exitosos aqui na cidade de São Paulo e no maior número de municípios possível.

Por quê? Eles imaginaram, com o golpe, que, com tudo aquilo que fizeram com a imagem do PT, iriam nos destruir, mas o PT está aí, está forte, tem uma grande bancada aqui na Assembleia Legislativa, a maior bancada no Congresso Nacional e não tenho dúvida, presidente Marinho, que vamos sair vitoriosos das eleições municipais, porque o povo há de avaliar tudo aquilo que foi feito de política e do que precisamos para melhorar a vida do povo brasileiro.

Parabéns, Partido dos Trabalhadores. Parabéns, militância maravilhosa que dá sustentação política ao nosso partido.

Um grande abraço.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bem, eu peço para fazer uso da palavra o nosso presidente Luiz Marinho, presidente do Partido dos Trabalhadores.

Depois da fala do presidente Luiz Marinho, vamos nos manifestar com esse cartaz. É importante que o levantemos para que a imprensa possa registrar e a gente faça uma manifestação, acho que bastante simbólica nesses 40 anos, gritando palavras de ordem, que nós sabemos quais são.

Por favor, Marinho.

 

O SR. LUIZ MARINHO - Bom dia. Quero cumprimentar todas as companheiras e companheiros; cumprimentar, na pessoa da Bebel, que preside esta sessão, todas as nossas deputadas e deputados.

Cumprimentar, na pessoa da Débora, nossa secretária das Mulheres, todas as mulheres aqui presentes. E cumprimentar todos os companheiros, na pessoa do nosso líder Barba e do deputado Luiz Fernando, deputados da minha respectiva cidade.

Os nossos ex-deputados presentes, os nossos vereadores aqui presentes também, vereadoras, nossos pré-candidatos, né, Douglas? Muita sorte lá na Baixada.

E quero especialmente cumprimentar o nosso ex-vereador, ex-deputado, que volta a esta Casa no nosso Partido dos Trabalhadores, o companheiro Ítalo Cardoso.  Bem-vindo de volta, Ítalo. Queria dar as boas-vindas a você, retornando ao nosso partido.

Eu quero fazer uma fala de agradecimento. Cumprimentar também os companheiros dos movimentos, movimento sindical, movimento popular, o MST, o movimento de moradia, nossa Central de Movimentos Populares, enfim, todos os movimentos presentes.

Agradecimento: primeiro, à nossa bancada do PT na Assembleia Legislativa, que, prontamente - não é, Sandra? -, nós pedimos para que fizesse uma sessão solene para comemorar os 40 anos do PT na Assembleia, nas Câmaras de Vereadores espalhadas pelo estado.

Então, o nosso agradecimento a todos os nossos deputados e deputadas. Uma salva de palmas a essa bancada guerreira nossa. (Palmas.)

Agradecer aos nossos vereadores e vereadoras espalhados pelo estado de São Paulo, agradecer à nossa militância também, essa militância. Agradecer aos nossos dirigentes, de todos os diretórios, especialmente do diretório do estado de São Paulo, mas também de todos os diretórios municipais espalhados pelo Estado, nossos coordenadores, nossos membros das macros, as nossas comissões, as várias comissões de trabalho que temos, de vários movimentos, vários segmentos.

E agradecer à militância. Por quê? O PT sofre o mais brutal ataque contínuo - não é, deputado Rui Falcão, deputado federal? -, ataque brutal e contínuo desde 2005. Não seria possível o PT se colocar do tamanho que está, da forma que está representando os desejos, os anseios e as lutas do povo brasileiro, não fosse a garra, a determinação, a teimosia da nossa militância no Brasil inteiro.

Então, se alguém merece, especialmente, nos 40 anos do PT, uma grande salva de palmas, é a nossa militância espalhada pelo Brasil. (Palmas.)

Ao Jilmar Tatto, aqui representando a nossa presidenta Gleisi, da direção nacional, muito obrigado também.

Agora, falar desse momento... É verdade, nós vivemos um momento complexo, um momento de dificuldades. E perguntam: qual é... Não é, Laércio, presidente do PT aqui da Capital, também aqui. Qual é o prognóstico, qual é a leitura, o que nós esperamos das eleições de 2020?

Eu tenho falado de forma insistente que vejo, em  2020, a possibilidade de retomarmos o processo de crescimento do PT. O ano de 2020 marcará a retomada do crescimento.

Nós crescemos de forma contínua nas eleições de vereadores e vereadoras, deputados e deputadas, prefeitos e prefeitas até 2012. Da primeira eleição que disputamos em 1980 até 2012, nós fomos crescendo. Sofremos um grande revés em 2016 e sofremos um revés em 2018.

Apesar do revés de 2018, nós temos a segunda maior bancada desta Casa. Apesar do revés de 2018, nós temos a maior bancada da Câmara Federal, presença no Senado, quatro estados governados por nós, mais de dois mil vereadores e vereadoras espalhados pelo Brasil.

Em 2020, nós marcaremos a retomada do crescimento do nosso partido em conquista de prefeituras de cidades espalhadas pelo estado de São Paulo, em conquista também das cadeiras das câmaras espalhadas pelo estado de São Paulo.

Enganam-se aqueles que acham que nós vamos continuar caindo. Vamos retomar, porque a pregação do ódio está se amainando. Tem muito ódio sendo pregado ainda, tem muitas mentiras - que agora têm o nome chique de fake news - espalhadas pelo estado de São Paulo e pelo Brasil, mas a nossa militância está de cabeça erguida, encorajada e determinada para a construção das nossas vitórias que vamos ter espalhadas pelo estado de São Paulo.

Se a gente olha aqui, na Grande São Paulo, nós temos neste momento um exercício democrático na cidade de São Paulo através das nossas pré-candidaturas disputando as prévias para ver qual será o nosso ou a nossa representante para disputar a cidade de São Paulo.

Na cidade de São Paulo, seguramente haverá uma situação onde o PT tem todas as condições de se construir e estar no segundo turno para disputar para valer a da cidade de São Paulo.

Da mesma forma, nós haveremos de disputar para valer em São Bernardo, Diadema, Mauá, Santo André. Nós haveremos de disputar para valer, para ganhar, em Osasco com o Emidio; em Guarulhos com o Elói Pietá; em Jacareí com o Marco Aurélio, o nosso ex-deputado Marco Aurélio; em Carapicuíba com o Serjão; em Jandira com o vereador Zezinho; em Caçapava... Enfim, nós temos todas as condições.

Na Baixada Santista com o professor Douglas, aqui entre nós; em Catanduva, com a deputada Beth Sahão, que lidera as pesquisas, enfim. O nosso querido Salvador Khuriyeh será nosso candidato na cidade de Taubaté, e depositamos nele uma grande esperança também, assim como tantos outros companheiros e companheiras.

Ou seja, o que nós estamos falando é que 2020 marcará a retomada do nosso crescimento, e é preciso que a gente tenha consciência. Companheiros e companheiras que têm condição de liderar para representar na chapa de vereadores e vereadoras, se apresentem.

Não deixem para depois, não deixem para o colega do lado. Nós precisamos construir chapa completa de vereadores e vereadoras em cada cidade onde nós estamos.

Agora, daqui a pouco, nós vamos fazer o Pedex, onde queremos crescer ainda mais na quantidade cidades onde estaremos organizados. Onde não conseguirmos, na sequência, nós vamos fazer as comissões provisórias para ter candidatos e candidatas espalhados por todo o estado de São Paulo, para, de fato, marcar a retomada do crescimento.

Portanto, meus parabéns e meus agradecimentos em nome da Direção do PT. Não vou citar cada dirigente aqui, sintam-se todos cumprimentados e abraçados. Peço a vocês: vamos, com muita determinação, porque nós sabemos que nós estamos com a verdade, que nós representamos o desejo do nosso povo, que nós representamos a esperança do nosso povo, do povo trabalhador, do povo que luta todos os dias, do povo que sofre com os desgovernos que acontecem em todas as esferas.

Parece a combinação dos infernos, porque esse tal de Bolsonaro, esse tal de Doria, espalhados por cada cidade... Nós sabemos como está o desgoverno que vem perseguir, através da truculência, as mulheres, o movimento negro, perseguir LGBT, perseguir o povo que quer lutar. Nunca vi, poucas vezes vi isso no nosso país.

Portanto, meus companheiros e companheiras, vamos à luta. Viva o PT, viva o PT, viva o PT, viva o PT! (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Agora vamos lá, bem forte, levantados. Vamos lá, todo mundo com o cartaz. Vamos lá! Partido, partido, é dos trabalhadores. Partido, partido, é das trabalhadoras. (Palmas.)

Bem, imediatamente também já peço para subir aqui à Mesa o Laércio Ribeiro, que é presidente do Diretório Municipal da capital. Por favor, Laércio. (Palmas.)

Bem, já chamo para fazer uso da palavra... Primeiro quero anunciar a presença do Paulo Fiorilo, que abre mão da palavra porque entende que o Barba falou. De qualquer forma, outros também... Também o Luiz Fernando está aqui entre nós.

Vou chamar imediatamente para fazer uso da palavra o Dr. Jorge; depois, Raimundo Bonfim. São dois minutos para falar. Até chegar lá, eu dou dois de tolerância.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Presidenta Professora Bebel, você está rígida, né? Saúdo a presidenta da nossa sessão solene dos 40 anos do Partido dos Trabalhadores, Professora Bebel, na pessoa de quem cumprimento todas as mulheres aqui presentes. Nosso presidente Luiz Marinho acabou de falar, e o Marinho tem que correr para São Bernardo, porque nós temos que ganhar a eleição lá em São Bernardo.

Saúdo meus colegas na pessoa do líder, todos os meus colegas, deputados estaduais, e os ex-deputados estaduais e ex-deputados federais, mas, em especial, a nossa militância, que está aqui hoje comemorando os 40 anos do maior partido da história deste país, da América Latina e do mundo, como disse o nosso líder, Barba. Quero dizer que, para mim, é um orgulho imensurável ser filiado e hoje estar deputado pelo Partido dos Trabalhadores.

O Partido dos Trabalhadores é a maior ferramenta de instrumento da luta do nosso Brasil. Nós sofremos um golpe, mas nós nos reerguemos, porque nós não nascemos no cartório eleitoral, nós nascemos forjados na base, na luta, no chão da fábrica, na igreja, na associação dos bairros.

Por isso, eu quero dizer que nós agora, em 2020, certamente vamos recuperar muito do que nós perdemos em 2016, por isso eu quero saudar aqui a todos os pré-candidatos a vereadores, a vereadoras, a vice-prefeitos, a vice-prefeitas e a prefeitos e prefeitas do nosso Brasil, em especial aqui do nosso estado de São Paulo.

Quero dizer que, em cada canto, em cada lugar do estado de São Paulo, nós vamos estar lá defendendo o nosso legado, o legado dos três governos - o outro não conseguimos por causa do golpe - do Partido dos Trabalhadores.

Nós vamos estar lá defendendo, porque nós temos história para contar, nós temos o que apresentar e dizer. Valeu muito a pena, e nós vamos voltar a governar este país, porque, neste país, o povo só teve oportunidade - especialmente o povo mais pobre, o povo que mais precisa - quando o Partido dos Trabalhadores governou.

Por isso, nós temos, Professora Bebel, que nos orgulhar sempre. Não é nenhum sacrifício sair candidato pelo PT, é orgulho. É orgulho porque nós temos o que falar, nós temos o que defender e nós vamos fazer isso com muita bravura, com muita dedicação e com muita seriedade.

Por isso, cada pré-candidato do interior, em cada cidade, no canto deste estado, se orgulhe de ser do PT, defenda o PT, porque nós vamos estar juntos, firmes e fortes. Parabéns ao Partido dos Trabalhadores! Viva a luta do povo! (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Obrigada, Deputado Dr. Jorge. Anuncio que tanto o deputado Luiz Fernando como também o deputado José Américo, que esteve aqui entre nós, está aqui entre nós, se sentiram representados com a fala minha e do líder Barba. Então, de qualquer forma, tenho que fazer o registro da presença de ambos.

Imediatamente peço para fazer uso da palavra Raimundo Bonfim. Depois, em seguida, o nosso querido Alfredinho, que é líder da bancada do Partido dos Trabalhadores aqui na Câmara Municipal de São Paulo.

 

O SR. RAIMUNDO BONFIM - Bom dia, companheiros; bom dia, companheiras. Queria, em primeiro lugar, saudar a bancada do Partido dos Trabalhadores aqui na Assembleia Legislativa na pessoa do nosso líder, Barba, e da nossa companheira Bebel, que preside esta sessão de 40 anos do nosso partido.

Quero saudar também o nosso companheiro Laércio, presidente municipal do PT; o companheiro Gilmar, que representa a Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores; o companheiro Luiz Marinho, que eu acho que já está saindo, tem compromissos; e o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores.

Quero saudar a companheira Sandra Mariano, que compõem a Frente Brasil Popular, e em nome dela saudar todas as mulheres aqui presentes pelo 8 de Março, por essa jornada de luta das mulheres neste 8 de Março. Foi uma grande mobilização no dia 8 de Março.

Quero saudar os companheiros do Movimento Vermelho para Lutar, na pessoa do companheiro Roberto; saudar os companheiros da Unificação da Luta de Cortiço, em nome do Jeferson e do Kiko, que também é da Direção Municipal da Central de Movimentos Populares.

Quero saudar os presidentes dos diretórios zonais aqui presentes nesta sessão, em nome do nosso companheiro Macarrão, que é o meu presidente lá do PT Ipiranga. Uma salva de palmas para o companheiro Macarrão, que está presente. (Palmas.)

O Miguel, do movimento City Jaraguá - estive com ele na resistência junto com os indígenas nesta semana, que foi uma vergonha. Aquela aliança do Doria com o prefeito Bruno Covas de aprovar um empreendimento, Bebel e Barba, no meio de uma floresta, ali do lado da aldeia Guarani...

O Miguel estava lá, resistimos lá o dia inteiro, com o apoio inclusive de vereadores do PT. Quero saudar também a nossa companheira Lia, que é a presidenta da Associação dos Moradores de Heliópolis, que está aqui também presente.

Quero dizer que o Partido dos Trabalhadores é o partido de esquerda - com todo respeito aos outros partidos - que tem a maior relação com o movimento social no Brasil, não adianta. Inclusive tem um debate aí no meio da esquerda de que o PT já era, que o PT atrapalha, que o PT é muito hegemônico, que o PT Inclusive tem que abrir a cabeça de chapa para outros partidos.

Não, é da disputa política. Nós, quando começamos no PT, éramos um partido pequeno, as nossas bancadas, a nossa participação na sociedade. Então, não tem essa. Nós não vamos sair da cena política, do jogo político, para entrarem outras forças de esquerda, muito pelo contrário.

A gente torce para que outras forças de esquerda e outros partidos políticos também cresçam assim como o PT cresceu.

Então, é muito importante, meu querido Salvador, futuro prefeito de Taubaté, a gente aproveitar este momento para consolidar, reafirmar o compromisso do Partido dos Trabalhadores. Este ano é o ano de a gente derrotar a direita, o neofascismo nas ruas e nas urnas.

Viva o Partido dos Trabalhadores, parabéns pelos 40 anos! Estamos juntos e misturados. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bem, eu tinha dito que o Laércio faria uso da palavra. Ele se sente contemplado com a fala do presidente Marinho, e imediatamente então eu passo a fala para o vereador Alfredinho, que é líder da bancada do Partido dos Trabalhadores aqui na Câmara Municipal. Em seguida, imediatamente, a Adriana, que é do MST, representando o MST.

 

O SR. ALFREDO ALVES CAVALCANTE - Muito bom dia, companheiras e companheiros. É um prazer imenso estar aqui falando em nome da bancada do PT. Estavam aqui Jair Tatto, que já foi embora, Suplicy.

Quero cumprimentar a Mesa na pessoa do Barba. Não vou citar todos para não cometer injustiça e também não tomar muito tempo. Na pessoa do Barba, saúdo todos os deputados; na pessoa da Professora Bebel, todas as deputadas e todas as mulheres que compõem a Mesa.

Enfim, você sabe que é um orgulho para todos nós quando a gente percebe os avanços que a gente obteve neste país e sabe que cada avanço que a gente conquistou neste país tem um pouco de cada um de nós aqui.

Por isso, essa militância é o principal patrimônio deste partido, porque foi esta militância que saiu às ruas para afiliar pessoas no PT nas feiras, nas casas, nas fábricas, com os núcleos de base que foram formados durante estes 40 anos, e é isso que faz o PT ser essa resistência.

Sabe que, na crise de 2016, lá na Câmara, nós tínhamos 11 vereadores aqui em São Paulo, e alguns achavam que a gente ia voltar apenas com quatro vereadores. Porque eles não conhecem a força que a gente tem, as raízes que a gente tem, fincadas nas bases.

E, quando a gente voltou após a eleição de 2016, e nós vínhamos com nove vereadores do PT, só não tivemos 10 ou os 11 que a gente já tinha por conta de coligações que foram feitas; dois que entraram, que eram da coligação, que, se não estivessem na nossa coligação, não teriam entrado.

Um, inclusive, tomou a vaga do nosso deputado Paulo Fiorilo por pouco. Eles se surpreenderam com a nossa força.

Agora esse debate está de novo, em relação às eleições na cidade de São Paulo. Alguns, até mais pessimistas, até próximos do PT, e até os petistas, acham que a gente vai ficar atrás do PSOL.

Eu não acho isso de jeito nenhum. Respeito o PSOL, mas nós não vamos ficar atrás do PSOL; nós não vamos ficar. Nós somos o principal partido de esquerda desse país.

Em todos os lugares em que a gente anda e em que a gente conversa com o trabalhador, com a pessoa da periferia, uma pessoa pobre, uma pessoa carente, quando elas falam... Aquelas que identificam a preferência partidária, falam assim: “voto PT; não interessa quem é, voto PT”.

Então, nós temos essa força enraizada nessa camada social da população. E a gente não pode achar que, numa eleição como essa, aqui em São Paulo, mas acho que em outros lugares do estado, a gente vai ficar atrás de alguns outros partidos de esquerda, que vieram - e todos serão bem-vindos.

Porque nós não vamos ficar. E que nós não podemos conquistar, reconquistar prefeituras que a gente já administrou e continuar aquele crescimento da bancada de vereadores em todo o estado de São Paulo.

Por isso, pessoal, para não me alongar muito, eu quero dizer para vocês que é um orgulho eu ser do PT. Eu sou vereador hoje na cidade de São Paulo porque eu sou do PT. Eu cheguei aqui em 1979 do estado do Piauí.

E eu não imaginava o que ia ser de mim nessa cidade, porque eu vim para cá sozinho. E uma cidade grande como essa. Saí de Teresina, que já era uma capital; uma capital não é tão pequena, mas também não é tão grande.

E o que seria de mim aqui? E, graças a Deus, ingressei na categoria metalúrgica, acompanhei a fundação do PT e, por isso, sou vereador na cidade de São Paulo, graças ao PT. (Palmas.)

E o PT é esse partido que tem essa capacidade de transformar alguém que veio do nordeste, na condição que eu vim, em vereador. Ou um outro, que veio também do nordeste, em um pau-de-arara, também, em presidente da república. E fazer todas as transformações que a gente fez nesse país.

Parabéns a todos nós. E o PT continuará sempre forte. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - Obrigada, Alfredinho. Sempre uma satisfação ouvi-lo; uma história linda de lutas.

Eu vou chamar... Antes um pouco da Adriana, eu vou pedir para o Salvador fazer a leitura dos presentes que ainda não foram anunciados. E a Adriana, em seguida, faz o pronunciamento dela.

Mas chamo a atenção para o seguinte: nós homenagearemos duas mulheres, aqui no PT, nesse ato, e em seguida fiquem, porque nós vamos ter o bolo para comer. É um bolo delicioso. (Palmas.) Não tem aniversário sem bolo. É ruim comemorar sem bolo.

Então, a gente engorda todo mundo um pouquinho, e vamos comer um pedacinho de bolo, ok?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH - Muito obrigado, deputada. Eu gostaria de anunciar a presença da Nilcea Fleury, presidente da Fete São Paulo, Federação dos Trabalhadores em Educação; José Nogueira, assessor do deputado federal Paulo Teixeira; Alair Molina, diretório zonal da Penha; José Carlos Dias Batista, núcleo PT Vila Buarque; Jessé Felipe, coordenador do setorial estadual de educação; André Bastianon, presidente do diretório de Santana de Parnaíba; o presidente do PT da Vila Matilde, Luiz Barbosa; Regina Célia, ex-vereadora de Peruíbe; o Tião, coordenador do setorial de cultura estadual; nosso companheiro Jair Tatto, vereador da capital; Elismar Silva, da executiva PT, do Embu das Artes; Maria Aparecida Nery, presidente do Sitraemfa; Pedro Bianguli, coordenador setorial jurídico estadual do PT; representante da secretaria de cultura do PT estadual, Sebastião Soares; o Kiko, da Coordenação Municipal de CMP; o Jefferson, coordenador da ULECM; o Erik, nosso companheiro secretário estadual da Juventude; Orlanilton Henrique, do diretório zonal do Itaim Paulista; companheiro Fábio Bonavita, secretário estadual de meio ambiente e desenvolvimento do PT; e o Maurício Lourenço, presidente do PT de Taboão da Serra.

Por favor, deputada.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - Ok, eu peço então para a Adriana, que representa o Movimento dos Sem Terra - MST, por favor. Sempre uma satisfação, esse movimento forte e aguerrido, aqui entre nós. Por favor, com a palavra, Adriana.

 

A SRA. ADRIANA NOVAES - Bom dia a todos os camaradas. Na figura da Bebel, quero cumprimentar a Mesa. Em nome do MST, para começar a minha fala, queria fazer um agradecimento.

Um agradecimento a essa bancada, que sempre manteve as portas dessa Casa abertas para receber os movimentos sociais. E também, como outros companheiros já disseram aqui, eu queria relembrar o papel histórico do Partido dos Trabalhadores na construção da democracia desse país e no alcance da justiça social do povo brasileiro.

A gente não pode perder de vista que esse partido representou... Foi sob os governos desse partido que esse país experimentou um ponto fora da curva de uma história de opressão e de subjugo da maioria do povo brasileiro.

Nesse momento, nós estamos passando por sérios desafios, né. Estamos sendo governados por fascistas, que estão tentando implementar um golpe, aprofundar ainda mais um golpe ultra neoliberal e fascista.

E nós temos a compreensão de que não existe outro caminho, que é o caminho que a própria história do PT já mostrou, que é a história da luta, que é a história da resistência. (Palmas.) Então, o caminho do Partido dos Trabalhadores é se vincular estreitamente com aqueles que estão em lutas.

E, por fim, quero mais uma vez agradecer e deixar também um abraço, uma saudação, em nome das mulheres sem-terra, que estiveram reunidas agora na jornada de março, com 30 mil mulheres.

E deixamos lá também o nosso recado para o governo Bolsonaro. Eu acho que esse é o tom da nossa resistência, esse é o tom que a gente deve dar, que é o tom das disputas nas ruas. Então, viva o Partido dos Trabalhadores; e viva todos aqueles e aquelas que lutam.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - Bem, nós só temos mais três falas, e são falas rápidas, porque as pessoas estão cumprindo o tempo. Então, eu proporia o seguinte, companheira Débora: a gente termina as falas e já vai para a homenagem.

Acho que fica melhor. O Erik, então. Eu vou pedir, então, para fazer uso da palavra, à companhia Sandra, que é da coordenação das entidades negras; e também ao companheiro Helio, que é dos químicos e, claro, vai ter uso da palavra. Por favor, Sandra.

 

A SRA. SANDRA MARIANO - Boa tarde a todos os militantes. Eu queria cumprimentar, em nome da nossa secretária municipal de combate ao racismo, Marilandia Frazão, a Bebel, que está a coordenando essa sessão.

O Partido dos Trabalhadores foi o primeiro partido a estar incluindo nos seus quadros a questão racial. Isso, nós temos uma importância muito grande.

Se nós somos a maioria da população nesse país, a presença de nós dentro do Partido dos Trabalhadores, seja na secretaria nacional de combate ao racismo, seja na secretaria estadual, e principalmente na construção do Ministério de Promoção da Igualdade Racial, quando nós tivemos a nossa primeira ministra, a ministra Matilde Ribeiro.

Portanto, o Partido dos Trabalhadores, ao reconhecer a luta racial desse país, tem um papel muito importante, visto que hoje, né Bebel, nós temos um secretário - eu não sei nem se dá para chamar de secretário - da Fundação Palmares que fala que a escravidão foi benéfica nesse país.

É um absurdo, porque nós sabemos muito bem o papel que negros e negras tiveram desde a época da escravidão até hoje nesse país. Portanto, o Partido dos Trabalhadores demonstra a força de negros e negras nesse país. E por isso nós estamos aqui hoje.

Parabéns aos 40 anos do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - Obrigada, Sandra. Agora passo imediatamente a palavra ao companheiro Helio. O companheiro é pré-candidato a vereador, mas também é do Sindicato dos Químicos. Por favor, Hélio. E quero saber se o Erik já está entre nós.

Vai fazer uma fala pela Juventude do PT. Todos fizeram a fala. Nós queremos que a Juventude fale. E quero ver se a Leci Brandão também vai dar um parabéns para nós aqui, comer um pedacinho de bolo. Já é um convite a V. Exa., minha querida companheira. (Palmas.) Por favor, Helio.

 

O SR. HÉLIO RODRIGUES - Obrigado, professora Bebel, que peside essa sessão solene, nossa deputada. Quero cumprimentar todos os companheiros da Mesa, companheira Beth Sahão, boa sorte lá na disputa em Catanduva.

Tem mais companheiros, nosso presidente Laércio, municipal. Cumprimentar esse deputado estadual que é muito importante na minha formação, companheiro Paulo Fiorilo, que conhece a minha história dentro do Partido dos Trabalhadores, ao qual sou filiado há 33 anos.

Então, parabenizar o PT em nome dos trabalhadores da indústria, dos Sindicatos das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Plásticas de São Paulo. O PT foi importante na retomada do Sindicato dos Químicos em 82. As organizações que tinha, que puderam... E retomaram o sindicato da mão dos pelegos.

Depois, em 85 também. Então, o PT - e a sua militância que está aqui hoje, a qual eu parabenizo - foi fundamental para a retomada desse sindicato que hoje é o Sindicato dos Químicos, Plásticos e Farmacêuticos de São Paulo.

Eu quero agradecer demais, também, a possibilidade que eu tive, ao longo da minha vida, como o companheiro Alfredinho falou aqui, de poder estar sempre militando no Partido dos Trabalhadores e ser forjado nessa luta.

O PT, ao longo dos seus 40 anos, nunca vacilou. Em nenhum momento, o PT titubeou; sempre esteve do lado da classe trabalhadora, dos movimentos sociais. Sempre o PT defendeu os movimentos sociais; nunca se escondeu em defender o MST e as bandeiras de luta que nós temos aqui.

Não é, companheira deputada estadual Leci Brandão, que sempre nos ajudou, ao longo de muitos anos, nos primeiros de maio, lá, fazendo parte com a gente? (Palmas.)

Então, para ser breve, deputada, eu não quero atrapalhar; quero só agradecer. E a gratidão também é pessoal: eu sou o que sou hoje... Migrei lá do Vale de Jequitinhonha, em 72, vim para São Paulo com a família. Hoje, como dirigente do Sindicato dos Químicos. O PT, para mim, faz parte da formação do meu caráter.

Viva aos 40 anos do Partido dos Trabalhadores. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - Bem, imediatamente eu passo a fala para a nossa querida deputada Leci Brandão. Ela compõe a bancada de oposição aqui na Assembleia Legislativa. (Palmas.)

Lutou conosco arduamente contra esse ataque aos servidores públicos, que na verdade ataca toda a população do estado de São Paulo. Então, minha querida, com a palavra Vossa Excelência.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Que Deus proteja, abençoe, ilumine cada vez mais todas essas cadeiras que são ocupadas agora por pessoas, cidadãos e cidadãs, que sempre tiveram comprometimento com a luta do povo brasileiro. (Palmas.)

Pessoal da galeria também. Presidente Bebel, minha querida deputada Beth Sahão e demais deputados aqui do Partido dos Trabalhadores. Eu, primeiramente, quero dizer que, nessa condição de parlamentar, eu tenho que agradecer muitíssimo ao Partido dos Trabalhadores, em especial aos deputados que estão nessa Casa desde 2010, que foi quando eu cheguei. Começamos o mandato em 2011.

Durante todos esses anos... Eu estou completando 10 anos nessa Casa, tendo, no meu histórico, ser a segunda negra a entrar aqui na Assembleia Legislativa, porque a primeira foi Dra. Theodosina e a segunda fui eu. (Palmas.)

Eu tenho plena certeza de que o Partido dos Trabalhadores me ajudou muito nessa condução. E a continuidade da forma como as pessoas confiam nas coisas que a gente faz é dada de braços dados com os deputados do Partido dos Trabalhadores, que me orientam, que me ajudam, que sempre me ajudaram, inclusive os que não estão mais nesta Casa, que foram para outros caminhos.

Mas eu sempre fui lá me aconselhar, primeiro porque eu não tenho histórico, não tenho nenhum antecedente na política. Eu sempre fui - e sou - uma artista. E, como artista, quem me salvou na época dos cinco anos em que eu fiquei sem gravadora, porque tinha um trabalho considerado trabalho de protesto, foi o Partido dos Trabalhadores, através dos sindicatos.

Os sindicatos sempre me convidaram para cantar no primeiro chamar. Eu costumo dizer o seguinte: eu comecei a cantar nos palcos de bandeiras vermelhas. Eu conheci Luiz Inácio Lula da Silva de cabelo preto e barba preta.

Eu consegui ajudar muitos prefeitos a chegarem à sua eleição através do nosso canto, que é um canto comprometido com as questões populares, com as questões sociais, com aqueles que são preteridos por uma sociedade que nunca nos aceitou.

E, eu estava ouvindo aqui a Mariana falando sobre a questão da população negra: é uma verdade, porque só aconteceu a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial quando o PT chegou no Governo.

Só aconteceu, sabe, a questão das cotas para que os pobres pudessem ter seus filhos nas universidades com o Partido dos Trabalhadores.

Então, são muitas as conquistas. São muitas as conquistas. É pena que as pessoas às vezes esquecem a história. História a gente não pode esquecer.

Eu quero também cumprimentar o presidente Municipal aqui do Partido dos Trabalhadores, agradecer a todos vocês por tudo o que vocês fizeram por este País, por todas as oportunidades que os pobres, os negros, os indígenas, os LGBTs, as mulheres, os nordestinos.

Sabe, a gente tem que agradecer a vocês. Eu estou no PCdoB, foi convidada pelo PCdoB. Mas, a minha história de vida passa, com certeza e com muito orgulho, pelo Partido dos Trabalhadores. Muito obrigada. Obrigada, Bebel.

Muito obrigada.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bem, claro que em sendo o Partido dos Trabalhadores, nós não poderíamos lhe dar a voz também para a juventude. Então, eu vou te chamar para fazer uso da palavra o secretário da Juventude, o Erik.

Por favor Erik, dois minutos com sua chegada, já descontou um. Mas, com três...

 

O SR. ERIK BOUZAN – Mas, eu vim correndo, hein. Gente, bom dia, ainda quero falar bem breve, dizer que faz 40 anos que dizem que o PT não vai dar certo, que o PT vai acabar, que o PT já era.

Eu tenho certeza, Bebel, que no aniversário dos 80 anos do PT nós vamos estar aqui dizendo a mesma coisa, que se passaram 40 anos, mais 40 anos, dizendo que o PT já era, que o PT ia acabar, e o PT vai continuar sendo o principal instrumento de luta da classe trabalhadora no Brasil.

Dizer que nos piores momentos, quando reforçaram que o PT já era, em 2014, quando falaram que a gente ia perder as eleições... minto. Em 2013, no auge das manifestações, no auge da ascensão da direita, foi o momento em que mais teve filiação no PT, na sua maioria jovens; 2014, foi a juventude no segundo turno que levou a companheira Dilma para a vitória eleitoral.

Dizer que na prisão do Lula, no golpe da Dilma, foram os momentos em que mais teve crescimento de filiações no PT, e também na sua maioria jovens, também na sua maioria aquela juventude que todo mundo dizia que já não confiava mais nos partidos, que já não tinha mais pretensão de se envolver, se engajar, num partido político.

É verdade, mas na maioria dos partidos brasileiros, não no PT. O PT continua sendo, apesar dos problemas que todo mundo sabe que tem, apesar dos enormes desafios que tem, continua sendo o partido que mais tem condição de fortalecer a juventude, de construir com a juventude brasileira.

De fato, é o partido da juventude brasileira. Termino dizendo que eu só tenho que agradecer a esse partido, que não é só um partido, é uma grande família nossa; dizer que foi a minha principal escola, e tenho certeza que não só a minha, mas de todo mundo que tá aqui, de toda a companheirada, e de todos aqueles e aquelas que dedicam as suas vidas para construir um Brasil mais justo, um Brasil mais igualitário, mais solidário, e tem certeza de que o principal instrumento é o Partido dos Trabalhadores e das trabalhadoras.

E é, sobretudo, cada um de nós que constrói esse partido, que bota a estrela no peito e não tem medo de ser feliz. Viva o PT. Viva os 40 anos. Viva mais 40 anos o PT, e muito mais que isso. E, viva a classe trabalhadora no Brasil, e viva a juventude brasileira.

Obrigado, galera.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Bem, nesse momento, companheira Débora, eu acredito que você vai homenagear. Então, eu passo para você a palavra, e você também já homenagear, né, as pessoas. E, dizer que vida longa para o PT, né? Nós vamos ter vida longa, é isso.

 

A SRA. DÉBORA PEREIRA - Boa tarde, companheiras, boa tarde, companheiros, saudar a Mesa na presença da nossa querida presidenta desta sessão, a companheira Bebel, presidenta da Apeoesp, esse sindicato que foi fundamental para construir as lutas ao longo da história do nosso estado.

Mas, também aqui na Assembleia Legislativa, com as pautas mais duras do Governo Doria. Eu queria pedir ajuda. Bebel, eu vou pedir licença para quebrar um pouquinho aqui o protocolo, e pedir ajuda...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – O protocolo é teu agora.

 

A SRA. DÉBORA PEREIRA - ... para minha companheira Rose Gaspar e para minha companheira Fernanda Kurt, da direção estadual da executiva. Queria pedir ajuda aqui. Nós, mulheres, temos uma forma diferente de fazer as coisas, né, Bebel?

A gente faz de forma compartilhada, a gente faz sempre de forma coletiva. Então, eu não me sentiria à vontade fazendo isso sem ter a presença das companheiras que ajudaram a tornar esse dia possível, né?

A Josi também, que fez o nosso bolo, está numa reunião com o Gilmar ali, foi ela que fez o bolo, ela é da executiva estadual, e é da Secretaria de Juventude.

Bom, nós pensando nesse momento aqui sobre como as histórias são contadas. E, as histórias, elas sempre são contadas de uma forma branca, de uma forma masculina, e de uma forma de quem tem alguma referência, geralmente de que se percebe como quem são as figuras públicas.

Mas, nós tivemos muitas mulheres que foram fundamentais para construção da nossa história; não à toa, nós temos duas delas aqui na nossa Mesa, que é a Bebel e que é a nossa querida Beth, que eu tenho certeza que vai ser prefeita de Catanduva.

Nós vamos ficar muito triste de perder você aqui na Assembleia, Beth, mas nós temos certeza de que o povo de Catanduva vai ficar muito feliz de ter você lá como prefeita.

Então, a gente queria iniciar esse momento falando da história de mulheres que foram fundamentais para escrever a história do Partido dos Trabalhadores aqui na Assembleia Legislativa.

Ao longo dessa história de 40 anos o PT elegeu doze mulheres deputadas estaduais, que eu queria lembrá-las aqui nominalmente, que foi a nossa querida Ana do Carmo, queria pedir uma salva de palmas, a Ana Perugini, a Bia Pardi, a Clara Ant, a Irma Passoni, a Luiza Erundina, a Mariângela Duarte,  Telma de Souza, a Beth, a Bebel, a Márcia Lia e a nossa querida Maria Lúcia Prandi, que já não está mais entre a gente. (Palmas.)

Então, eu queria pedir aqui ajuda para a Fernanda, que a gente está aqui com uma pequena homenagem para nossa deputada Beth Sahão. Eu espero de verdade, Beth, que com a sua saída aqui da Assembleia, quando você for eleita prefeita, a gente não perca a força que está tendo o trabalho da... Vira para lá, para tirar foto.

Eu espero que a gente não perca a potência que tem sido a comissão de mulheres, a Frente Parlamentar de Política para as Mulheres, e que a nossa pauta continue lá na cidade e continue existindo aqui na Câmara com as nossas outras deputadas.

Queria também pedir aqui para a Rose para entregar também essa pequena homenagem para a nossa querida Bebel, que foi a Rose que, às vezes, substitui a Bebel nas atividades, que o pessoal fala que as duas parecem.

Mas, a Bebel, que foi fundamental aqui para a organização dos trabalhadores e das trabalhadoras contra a reforma da Previdência. E, dizer também Bebel, que nós temos muita certeza de que as trabalhadoras e os trabalhadores estão extremamente representadas pelo seu mandato aqui na Assembleia Legislativa.

E, queria convidar aqui o Francisco, que é sobrinho da nossa querida Maria Lúcia Prandi, e que o PT perdeu uma estrela quando ele perdeu a Maria Lúcia. Mas ela deixou para a gente um legado de luta e um legado de inspiração, para a gente continuar atuando, seja aqui na Assembleia, seja nos movimentos sociais.

Foi fundamental a história que ela ajudou a construir. E a gente queria também entregar. Aí, eu vou tomar licença para te entregar essa homenagem em nome de todas as mulheres do PT, das nossas deputadas, da nossa bancada, da nossa Assembleia.

Dizer para a gente que é muito importante que você tenha vindo aqui. Ela foi muito importante para a gente e continua viva nos nossos corações. E, se você quiser deixar uma mensagem aqui para o pessoal.

 

O SR. FRANCISCO PRANDI - Bom, queria muito, em nome da família Prandi, agradecer e ser muito rápido, porque acho que já está todo mundo com fome. Mas, dizer que ela condensava duas coisas que estão sob ataque nesse governo fascista, porque ela era mulher e era educadora, né?

Então, a melhor homenagem é a gente continuar firme na luta. (Palmas.)

 

A SRA. DÉBORA PEREIRA - Eu só queria aproveitar e justificar, a gente convidou todas as nossas ex-deputadas para participarem hoje.

Ah, só um minutinho.

A gente fala e tira foto, né, gente? Mas, queria só justificar a ausência das nossas outras deputadas, nós falamos com todas, convidamos todas. Mas, elas não puderam participar por problemas de saúde, justificaram a ausência hoje.

A companheira Thelma, que é vereadora na cidade de Santos, mandou uma carta muito bonita, que eu não vou ler porque ela é muito grande; mas, depois, eu queria ver se a gente podia colocar nas redes da bancada, acho que era importante, que ela mandou essa carta, e as outras pediram para justificar a ausência delas. Mas, no momento adequado, nós vamos entregar essa mesma homenagem, porque elas fazem parte da nossa história.

É só falar para o Francisco que a gente tem um núcleo de mulheres aqui, do PT, na Assembleia, e o núcleo de mulheres leva o nome da Maria Lúcia Prandi. A gente criou esse núcleo na época em que a Beth era líder da bancada e esse núcleo tem se dedicado a pensar os projetos e as pautas das mulheres aqui no estado, e ajudar a nossa bancada a cada vez mais lutar pelas mulheres aqui do nosso Estado.

Então, ah, é verdade. Queria aqui agradecer a Sueli Ferreira, que está representando a deputada Irma Passoni, que por motivo de saúde não pode vir. Mas, dizer que foi muito importante que ela falou comigo por telefone, falou das dificuldades dela.

Mas, nós vamos entregar, então, para a Sueli, também, essa homenagem no lugar da Irma, e dizer que no momento em que a gente puder, nós queremos estar com ela, porque contar a história do PT sem contar a história das mulheres é não contar a história do PT.

Viva as mulheres do Partido dos Trabalhadores.

 

A SRA. PRESIDENTE – PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Débora, Débora, fiquei um pouquinho, porque eu acho que a gente tem que ser justo com tudo. Hoje, eu faço parte da executiva do PT, sou uma das vices lá no Partido dos Trabalhadores, vice-presidente.

E, quero dizer que é primeiro cumprimentar a comissão organizadora. Nesses 40 anos do Partido dos Trabalhadores, nós temos que ser justo, porque alguém aparece aqui na frente, mas alguém organizou lá atrás.

E, aí, eu tenho que, então, me estender à Rose Gaspar, né, com esse charminho dela aí todo ela organizou brilhantemente isso aí. Então, aplausos para a Fernandinha, para a Débora, para o Chico Macena, que também é quem está trabalhando nesse momento e que está coordenando a gente.

É nesse momento que o Marinho, é claro, tem que se afastar para ser vitorioso lá em São Bernardo do Campo. A Cilene, enfim toda a executiva do Partido dos Trabalhadores, né? Junto, em conjunto, todas as correntes internas.

Eu acho que é importante a gente deixa claro que trabalhamos juntos sempre, tá? Um forte abraço, e vamos cantar os parabéns, agora, para o partido aqui. Tem um bolinho, eu quero ver esse bolinho, se está gostoso, né? Que a Josi, linda Josi, ali, ó.

Parabéns para a Josi também, né? Fez o bolo, e não só porque fez, porque politicamente contribui aí com o Partido dos Trabalhadores. E, a Rosária também, tá?

Todo o pessoal dos gabinetes, agradeço todos os gabinetes, liderança, todos os que contribuíram com esses 40 anos. Vamos lá, um, dois, três.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SALVADOR GEORGE DONIZETI KHURIYEH - PT, PT, PT.

Enquanto nós estamos aí cortando bolo, caminhando para o encerramento, eu gostaria de agradecer a presença de todas e de todos, e anunciar que passaram por aqui, estiveram presentes conosco os representantes de Araçatuba, Birigui, Penápolis, Tatuí, Glicério, Ferraz de Vasconcelos, Jacareí, São Bernardo do Campo, Santo André, Piracicaba, Andradina, Campinas, Marília, Jales, Santa Fé do Sul, Santa Bárbara d'Oeste, Peruíbe, Osasco, São José dos Campos, Diadema e Taubaté.

Nesse instante, então, nós declaramos encerrada a presente sessão solene.

  Muito obrigado a todas e a todos os presentes.

 

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- É encerrada a sessão às 12 horas e 36 minutos.

 

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