6 DE MARÇO DE 2020
3ª SESSÃO SOLENE DE ENTREGA DO PRÊMIO INEZITA BARROSO - 4ª
EDIÇÃO
Presidência: PROFESSORA BEBEL LULA
RESUMO
1 - PROFESSORA BEBEL LULA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
composição da Mesa.
3 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA
Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional
Brasileiro", executado pela Camerata da Polícia
Militar do Estado de São Paulo. Informa que a Presidência Efetiva convocara a
presente sessão solene, a pedido desta deputada, na direção dos trabalhos, para
a "Realização da cerimônia de entrega do Prêmio Inezita Barroso - 4ª
edição". Anuncia a apresentação de um vídeo em homenagem a Inezita
Barroso. Esclarece que foi feita uma proposta para a análise da Presidência,
para aumentar o número de homenageados neste prêmio, construída conjuntamente
pelos deputados da Comissão de Educação e Cultura. Discorre sobre Inezita
Barroso e a música popular caipira. Lembra que Inezita faleceu no dia 08/03/15,
com 90 anos. Diz não ter sido por acaso que ela morreu em um dia de celebração
para todas as mulheres. Comenta algumas das músicas de Inezita Barroso.
Menciona as lutas que as mulheres deste País empreenderam para se emanciparem e
poderem ser donas das suas próprias histórias, para terem direitos iguais e não
serem desrespeitadas. Lamenta que hoje as mulheres sejam alvo de ataques,
violência e machismo. Comemora a 4ª edição do Prêmio, que resgata a cultura
popular caipira do estado de São Paulo. Pede a ajuda do deputado Dirceu Dalben para que a proposta da Comissão de Educação e
Cultura seja aprovada pelo presidente, com 50% das indicações pela sociedade
civil e 50% pelos deputados, além de aumentar de 10 para 20 prêmios entregues.
4 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia o
início das homenagens aos premiados na 4ª Edição do Prêmio Inezita Barroso, com
a leitura dos currículos de cada um deles. Anuncia a entrega da placa de
premiação para o primeiro homenageado: Mauri Lima e Orquestra de Viola Caipira
de Hortolândia.
5 - MAURI LIMA
Integrante da Orquestra de Viola Caipira de Hortolândia, demonstra sua emoção em receber esta homenagem. Discorre
sobre sua participação na orquestra. Anuncia a apresentação de canção do
repertório de Inezita Barroso.
6 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega da placa de premiação para Adalberto Tadeu Baptista (Beto do Lolo).
7 - PAULO LULA FIORILO
Deputado estadual, considera justa e
necessária a homenagem ao Beto do Lolo, que resgata e
mantém viva a memória de Inezita Barroso, assim como de José Rico. Convida
todos a conhecerem Guapiara.
8 - ADALBERTO TADEU BAPTISTA (BETO DO LOLO)
Homenageado, demonstra sua gratidão em receber este prêmio.
Faz agradecimentos gerais. Destaca a atuação do deputado Paulo Lula Fiorilo. Homenageia o ex-deputado Marcos Martins pela
criação do Prêmio Inezita Barroso. Discorre sobre Inezita Barroso.
9 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega da placa de premiação para Irineu Santos.
10 - CARLOS GIANNAZI
Deputado estadual, diz estar honrado em homenagear Irineu
Santos, que considera um grande intérprete e compositor. Menciona o resgate de
um dos melhores momentos da música popular brasileira e dos grandes formadores
da música.
11 – IRINEU DE OLIVEIRA SANTOS
Homenageado, agradece a Deus, ao deputado Carlos Giannazi e a todos os presentes. Faz apresentação musical.
12 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega da placa de premiação para Guaracy Júnior.
13 - GUARACY JÚNIOR
Homenageado, agradece a todos os presentes e aos deputados,
proponentes da sessão, pela homenagem recebida.
14 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Deputado estadual, enaltece a
cultura sertaneja de raiz. Parabeniza o homenageado, os presentes e os
deputados proponentes desta sessão.
15 - MARCOS MARTINS
Ex-deputado estadual, discorre
acerca do tema da presente sessão.
16 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a entrega
da placa de premiação para o Festival do Folclore de Olímpia, representado pelo
secretário de Cultura da cidade, Sr. Charles Amaral.
17 - CHARLES AMARAL FERREIRA
Homenageado, tece comentários a
respeito do Prêmio Inezita Barroso e a homenagem ao Festival de Folclore de
Olímpia.
18 - BETH LULA SAHÃO
Deputada estadual, comenta assuntos
relativos a esta sessão. Indica a apresentação musical da dupla
Frutos da Terra.
19 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega da placa de premiação para a OSCIP Sentimento Sertanejo, representada
pelo presidente Daniel Pereira.
20 - DANIEL PEREIRA
Homenageado, faz considerações sobre o Prêmio Inezita Barroso
e a homenagem recebida.
21 - CARLÃO PIGNATARI
Deputado estadual, fala sobre o tema da presente sessão.
22 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
apresentação musical de Vitória da Viola e de sua mãe, Lúcia Lira. Anuncia a
entrega da placa de premiação para a dupla Chico Amado & Xodó.
23 - DIRCEU DALBEN
Deputado estadual, discorre sobre o
Prêmio Inezita Barroso e os homenageados.
24 - CHICO AMADO & XODÓ
Dupla homenageada, demonstram
gratidão pela homenagem recebida. Fazem apresentação musical.
25 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega da placa de premiação para Pereira da Viola.
26 - NILTO TATTO
Deputado federal, faz comentários
sobre a entrega do Prêmio Inezita Barroso a diversos homenageados.
27 - PEREIRA DA VIOLA
Homenageado, agradece todos pela homenagem recebida. Faz
apresentação musical.
28 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega da placa de premiação para Filpo Ribeiro.
29 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA
Comenta a homenagem para Filpo
Ribeiro e a entrega do Prêmio Inezita Barroso.
30 - FILPO RIBEIRO
Homenageado, faz considerações sobre Inezita Barroso e o
prêmio recebido por esta Casa. Faz apresentação musical.
31 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega da placa de premiação para Teodoro & Sampaio, representada por
Marcelo Teodoro, filho de Teodoro.
32 - MARCOS MARTINS
Ex-deputado estadual, discorre sobre
o Prêmio Inezita Barroso e a homenagem à dupla.
33 - MARCELO TEODORO
Filho de Teodoro, comenta assuntos
relativos a esta sessão. Apresenta vídeo da dupla homenageada.
34 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega da placa de premiação para Dorinho (in memoriam), representado pela sua esposa, Iara Aparecida Benedeti Cunha.
35 - LECI BRANDÃO
Deputada estadual, fala sobre o Prêmio Inezita Barroso e os
homenageados.
36 - IARA APARECIDA BENEDETTI CUNHA
Esposa do homenageado, agradece a
homenagem recebida, em nome de Dorinho. Faz
apresentação musical com sua parceira Raquel, em homenagem a Dorinho.
37 - RAFAEL SPINELLI
Mestre de cerimônias, agradece todos
os deputados que integram a Comissão de Educação e Cultura, todos os que
indicaram os homenageados do Prêmio Inezita Barroso e que participaram desta
sessão solene. Anuncia a entrega de homenagem para o Sr. Marcelo Gomes Aranha
de Lima, sobrinho de Inezita Barroso, nesta sessão representando toda a sua
família.
38 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA
Tece comentários sobre o evento de entrega do Prêmio
Inezita Barroso, que ocorre anualmente nesta Casa.
39 - MARCELO GOMES ARANHA DE LIMA
Sobrinho de Inezita Barroso, discorre
sobre sua tia Inezita Barroso e sua relação com a música e compositores.
Agradece todos os deputados pela realização desta sessão solene.
40 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA
Presta homenagem ao ex-deputado Marcos Martins, idealizador
deste prêmio, com entrega de placa comemorativa. Agradece o ex-deputado pelo
trabalho prestado. Agradece a presença de todos.
41 - MARCOS MARTINS
Ex-deputado estadual, agradece a
presença de todos. Parabeniza os homenageados. Comemora a música caipira e
Inezita Barroso.
42 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a
sessão a Sra. Professora Bebel
Lula.
* * *
O SR.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Olá a todos, bom dia.
Senhoras e senhores, sejam muito bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de realizar a cerimônia de “Entrega
do Prêmio Inezita Barroso, 4ª Edição”.
Este prêmio é uma iniciativa da
Comissão de Educação e Cultura, conforme a Resolução nº 910, de 5 de julho de 2016, de autoria do deputado estadual Marcos Martins e regulamentada pelo ato
da Mesa nº 42, de 20 de dezembro de 2016.
Comunicamos
a todos que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela Rede Alesp e será retransmitida no domingo,
dia 8 de março, às 21 horas, pela NET, canal 7; pela TV Vivo, canal 9 e TV
digital, canal 61.2.
A
partir deste momento convidamos para compor a Mesa Diretora a
deputada estadual Professora Bebel, presidente da
Comissão de Educação e Cultura. Também convidamos o deputado federal Nilto Tatto; convidamos o sempre
deputado estadual Marcos Martins, idealizador do Prêmio; convidamos o nobre deputado
estadual Ênio Tatto; convidamos o nobre deputado
estadual Emidio de Souza. (Palmas.)
Convidamos o nobre deputado estadual Dirceu Dalben; o nobre deputado estadual Carlos Giannazi. Convidamos, também, a nobre deputada estadual
Beth Sahão; também o nobre deputado estadual João
Paulo Fiorilo. Apenas retificando: deputado estadual
Paulo Fiorilo.
A
partir deste momento, passo a palavra à deputada estadual Professora Bebel.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bom dia. Começo cumprimentando cada um dos meus
colegas deputados: deputado Paulo Fiorilo e deputado
Dirceu Dalben, que também é da Comissão de Educação,
grata satisfação tê-lo aqui.
Cumprimento
também o nobre, e sempre deputado, Marcos Martins, que foi o idealizador deste
prêmio que hoje tem a sua 4ª
Edição. Cumprimento, aqui do meu lado, o deputado federal Nilto
Tatto, grata satisfação deputado, o senhor estar aqui
junto conosco.
Meu querido deputado Emidio
de Souza, que bom tê-lo aqui ao meu lado. Também a deputada Beth Sahão, minha querida deputada, e meu respeitoso, e sempre
deputado, falo sempre porque vejo o Giannazi sempre
aqui, Carlos Giannazi que também é da Comissão de
Educação e que junto comigo estabeleceu critérios para que nós pudéssemos dar
conta de fazer o melhor no dia de hoje.
Antes
até de começar as falações, vou pedir para que a Camerata
da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 3º sargento
Vinícius, dê início ao Hino Nacional Brasileiro, depois nós vamos passar para
os outros momentos. Então, vamos nos colocar todos de pé.
Muito
obrigada.
* * *
- É executado o Hino
Nacional Brasileiro.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Nos termos regimentais, esta presidência dispensa
a leitura da Ata anterior, por se tratar de uma sessão solene.
Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene
foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado Cauê
Macris, atendendo a solicitação da Comissão de
Educação e Cultura, com a finalidade de realizar a cerimônia de entrega do
Prêmio Inezita Barroso - 4ª
Edição.
Inicialmente,
vamos prestar a nossa homenagem a Inezita Barroso com a apresentação de um vídeo
sobre sua trajetória, é um vídeo de três minutos e a gente pede para que seja
veiculado o vídeo.
Por
favor.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Antes, porém, de eu fazer uma fala sobre a
homenageada, Inezita Barroso, é importante fazer uma retificação: a proposta
que nós fizemos para a presidência desta Casa, que é quem terá a prerrogativa
de ampliar o número de homenageados, foi construída na Comissão de Educação,
por iniciativa também dos deputados Dirceu Dalben, Giannazi, Bete Sahão, enfim, quase que a
totalidade da Comissão de Educação.
Então,
qualquer que seja o avanço que teremos aqui, foi um esforço coletivo de todos
esses deputados que eu mencionei. Muito obrigada.
Eu
vou pedir um minutinho para ir à tribuna. Não poderia falar da Inezita sem
destacar alguns aspectos dela, porque eu acho que é importante. A gente fala só
pela música, mas Inezita é mais que a Música Popular Caipira no estado de São
Paulo, ela rompe com outros costumes, rompe barreiras que nós mulheres lutamos
muito. Então, eu quero, de forma muito rápida, ler.
Porque
qualquer coisa que você fala sem profundidade pode ficar fragmentada, e quero
ser fiel ao que a Inezita foi, pelo menos, no máximo fiel. Peço licença então
para me levantar e homenageá-la.
Muito
obrigada.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Neste momento nós agradecemos às
autoridades presentes: Sr. Josué Cardoso, vereador da Câmara Municipal de
Sumaré; Sr. Antônio Marcos de Oliveira, secretário de Governo, representando a
prefeita Jusmara Rodolfo Pássaro, de Guapiara.
Pois
não, deputada.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Nós vimos um vídeo curto de quem era Inezita
Barroso e eu chamo atenção para o seguinte: Ela é uma mulher brasileira que
completou 90 anos e esperou quatro dias para morrer, em 8 de março de 2015,
deputado Giannazi e deputado Emidio.
Como
declarou a própria filha, já morta, não foi por acaso que Inezita esperou para
morrer neste que é, ou deveria ser, um dia de celebração para todas as mulheres
e para todos os homens deste planeta.
Moça
da sociedade paulistana, Inezita não teve a palavra “feminismo” para
alicerçá-la, mas feminista foi desde os primeiros grandes sucessos em 1953,
penúltimo ano do governo constitucional trabalhista do gaúcho Getúlio Vargas.
Em
um deles, no samba paulista “Ronda”, de Paulo Vanzolini, a narradora, e moça de
família, rondava a cidade da garoa adentro, sozinha,
no meio de olhares, abatida, desenganada da vida, porém com perfeita paciência.
A mesma que ela, mulher, acalentaria vida afora.
“Ronda”
à parte, o pulo da gata se escondia mesmo era no “Lado A” daquele compacto de
imenso sucesso em 1953: “Marvada Pinga”, tema de
autoria controversa creditado a Laureano.
Ali,
Inezita começava a se consolidar como caipira em orgulhosas letras maiúsculas
negritadas, fazia-o algo alcooleira, mas feminista da
cabeça aos pés. “Com a marvada pinga é que eu me atrapaio / eu entro na venda e já dou meu taio / pego no copo e dali num saio/ ali memo eu bebo /ali memo eu caio /Só
pra carregar é que eu dô trabaio.”
Começava
esparramando no chão qualquer esperança de bom-mocismo
conveniente aos pais, maridos e patrões das mulheres submissas de então. “O
marido me disse, ele me falo / largue de bebê, peço por favô
/Prosa de homem nunca dei valô”, chutava em uma
estrofe logo a seguir, bancando quem é que dava as ordens naquela saudosa
maloca. “Não bebo de vez porque acho feio / No primeiro gorpe
chego inté no meio / No segundo trago é que eu desvazeio”, zombeteava, mandando às favas quaisquer boas
maneiras que mamãe tivesse ensinado à sinhazinha menina-moça.
Se
eu for, daqui para frente, com o que está escrito, Inezita coroa um conjunto de
atitudes, um conjunto de lutas, que as mulheres deste país, deste estado,
empreenderam para se emanciparem, para serem donas da sua história e não
para brigar com os homens. Não é isso, não é por isso que a gente luta no
feminismo.
A
gente luta no feminismo para termos direitos iguais; para não sermos
desrespeitadas; para sermos respeitadas; para que mulheres que nos representam,
de fato nos representem e não como está hoje.
Hoje,
nós temos sido alvo de ataques a nós mesmas, enfim, da
violência contra nós: do machismo, da misoginia, tudo que atinge a qualquer
mulher que ousa levantar a cabeça contra um poder constituído autoritário.
Inezita coroa este momento pelo qual passamos.
Essa
4ª Edição do Prêmio Inezita Barroso, e daqui a três
dias nós vamos nos manifestar, no 8 de março, acredito
que para nós, indubitavelmente, para além dos prêmios que serão dados aos
homenageados e homenageadas, tem que estar claro que ter Inezita também é
resgatar a cultura popular caipira do estado de São Paulo.
De tal maneira que não é só quem é paulista
nascido na capital que tem a sua identidade, tem a nossa identidade de raiz lá
no interior do estado de São Paulo, tanto que o cuidado que tivemos foi
exatamente de cumprir com essa premissa de trazer para a nossa atividade de
hoje desde A até Z.
Pode
até ter alguma coincidência de locais, mas tivemos o cuidado de homenagear
alguém que anda por todo o estado ou chegar a todo o estado, de forma homenagear
a todos.
Deputado
Giannazi, deputado Marcos Martins, que é, senão, o
idealizador dessa atividade, e também deputado Emidio
e deputada Beth Sahão, a única depois de mim na Mesa
neste momento, eu quero dizer para vocês o seguinte: fiquei pensando no deputado
Giannazi, no dia em que nós estávamos trabalhando os
critérios para homenagear, o deputado disse: “Eu nunca homenageei ninguém”.
Foi
isso, deputado? Hoje o senhor está homenageando e, depois, nós vamos homenagear
muito mais, porque a luta pela ampliação vai nos permitir homenagear mais.
A
deputada Beth Sahão não é da Comissão de Educação,
mas ela foi lá. O deputado Emidio mandou o seu nome e
falou: “Professora Bebel, pense direito nos
critérios” e deputado Ênio Tatto e, também, deputado
Dirceu Dalben.
Foi
o grande falante da reunião: “Vamos lá!”, “Vamos!”, “Como é que faz?”, “Vamos
ampliar!”, foi muito legal.
Acho
que a gente inaugura um novo momento hoje, que é de ampliar e vamos fazer
gestão. Vou pedir para o senhor, deputado Dirceu Dalben,
me ajudar também para que o presidente da Casa torne uma legalidade, para que
primeiro ampliar de dez para vinte e depois 50% de indicações da sociedade
civil e 50% de indicações dos deputados da Casa.
Aí
nós vamos, de fato, trabalhar a diversidade no sentido lato da palavra.
Eu
termino agradecendo a presença de todas e todos, nós vamos passar para a
cerimônia de homenagem a todos os homenageados.
Forte abraço, muito obrigada e bom trabalho para nós. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - A partir deste momento nós daremos início
à 4ª Edição de entrega do Prêmio Inezita Barroso. A primeira homenagem será
para Mauri Lima e a Orquestra de Viola Caipira de Hortolândia.
Em
2009, os mestres Chiquinho, João Batista e Eliseu Teodoro, com apoio da
comunidade e da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Hortolândia,
criaram a Orquestra de Viola Caipira com o objetivo de divulgar a cultura
caipira em escolas e em projetos sociais por meio de apresentações e oficinas.
A
Orquestra promove a cultura de viola, trazendo a verdadeira Música Sertaneja de
raiz com o entusiasmo contagiante dos violeiros e belíssimas canções.
O
timbre agudo e melódico que vem de suas cordas, aliado ao maravilhoso dedilhar
da viola, são marcas fortes do conjunto, que, com sotaque característico, conta
histórias do campo e enaltece a tradição da viola.
Assim,
a Orquestra trilha um caminho de amor, divulgação e multiplicação do autêntico
som de raiz, propiciando uma emoção que cativa o público, que se encanta com a
magia da canção.
Atualmente,
a Orquestra conta com cerca de 30 integrantes, entre homens e mulheres também.
A Orquestra é coordenada pelo mestre Chiquinho, além dos violeiros, o maestro Tim Mendes e o diretor artístico Mauri Lima, que imprimem
uma nova dinâmica de apresentação e profissionalização do grupo e do repertório
(texto do artista).
Neste
momento eu convido Mauri Lima, representante da Orquestra de Viola Caipira de
Hortolândia, para que possa receber essa homenagem, juntamente com a secretária
de Cultura de Hortolândia, Sra. Alessandra Barchini. (Palmas.)
* * *
- É entregue o Prêmio
Inezita Barroso.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Destacando que a indicação da homenagem
foi feita pela deputada estadual Professora Bebel.
Homenagem,
portanto, a Mauri Lima e à Orquestra de Viola Caipira de Hortolândia. A partir deste
momento, Mauri Lima, representando a Orquestra, terá cinco minutos para a
apresentação.
O SR. MAURI LIMA - Bom dia a todos. Bom dia, ilustres. Para a gente é uma honra receber
esse prêmio, me sinto feliz. Porque eu, que represento a família Chitãozinho e Xororó, há dois anos faço parte dessa Orquestra tão
maravilhosa: são 30 violeiros, como foi mencionado, um projeto cultural social
da Prefeitura Municipal de Hortolândia.
Eu, que tenho a minha
dupla, Maurício e Mauri, nesses dois anos com a Orquestra de Viola Caipira de
Hortolândia, a gente faz um trabalho social por Hortolândia e toda a região. O
próprio Dalben já conhece o nosso trabalho, por
vários projetos que ele tem feito junto também.
Essa
canção que nós vamos apresentar, na verdade, fazia parte do repertório da
Inezita também, e eu queria convidar vocês para cantarmos junto esse clássico
que marcou a Música Sertaneja raiz. Estou muito emocionado, com certeza.
Obrigado de coração, Bebel e toda a equipe.
Que
honra, é uma emoção que não tem como dimensionar. Que Deus abençoe a todos que
estão aqui e que também irão ganhar esse prêmio muito belo, que está marcando todos
nós, violeiros.
Está
no jeito aí? Libera o som da viola para a gente aqui. Aí! Eu convido a vocês
para cantar esse clássico com a gente, está bom? Tudo bem aí? Os violeiros, os
sertanejos, os caipiras representando São Paulo. Tudo ok aí, turma? Vamos lá.
* * *
- É feita a
apresentação musical. (Palmas.)
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Muito obrigado à Orquestra de Viola
Caipira de Hortolândia pela linda apresentação. E nós agradecemos às
autoridades presentes: Ciceronni e Elzo Rosa, do Projeto Raiz de Violas de Mairiporã;
Silvestre Gonzales, secretário de Comunicação da
Prefeitura de Sumaré; Sr. Sérgio Henrique Jefferson de Souza, assessor
parlamentar, representando o deputado Sr. Castello Branco.
Também
a Sra. Dayane Matos, assessora do deputado Mauro Bragato; também obrigado ao Sr. Haroldo Ikuta,
da Associação de Diplomados da Escola Superior de Guerra de São Paulo.
Nossa
segunda homenagem será para Adalberto Tadeu Baptista, o Beto do Lolo, Brasileiro, nascido no dia 25 de dezembro de 1964. Filho
de Adalberto Vasconcelos Baptista e Nadir Rodolfo Baptista, nascido em Capão
Bonito, São Paulo, e morador, desde seu nascimento, da cidade de Guapiara, estado de São Paulo. Casado com Luciana Regina
Benfica, tem dois filhos, Jefferson e Daniele, e dois
netos, Brian e Yasmin, filhos de Daniele.
A
história de amizade com o cantor José Rico, da dupla sertaneja
Milionário e José Rico, os “Gargantas de Ouro” do Brasil, começou no ano
de 1983, quando o cantor, por meio de um amigo, comprou um sítio na cidade de Guapiara, no Bairro do Alegre, para onde levou seus pais,
Sr. Pedro e D. Aninha, para tomarem conta do local.
Lolo
e sua esposa, Luciana, desocuparam um quartinho que havia em sua residência e
juntaram coisas que pertenciam ao cantor, coisas que ele havia usado, como
roupas, óculos, botas, bonés, chapéus, entre outras coisas também, pedindo
alguns itens a amigos em comum, que conquistaram com o passar dos anos
convivendo com o Zé Rico.
Beto
do Lolo não ficou só no museu com sua homenagem ao
ídolo, mantém também, há anos, um programa de rádio pela internet, pela Rádio
São José de Guapiara, com o mesmo nome do museu Cantinho
do Zum, onde todos os sábados, das 08 às 11 horas,
tem três horas somente de músicas dedicadas à dupla
Milionário e José Rico, em que fãs de todo o Brasil, e também de demais países,
participam, ouvem e matam as saudades (texto do artista).
Então,
a partir deste momento, por indicação do deputado estadual Paulo
Fiorilo, vamos homenagear Beto do Lolo. (Palmas.)
* * *
- É entregue o Prêmio
Inezita Barroso.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - O artista terá cinco minutos para a sua
apresentação.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT –
Só que, antes dos cinco minutos do artista, eu preciso fazer aqui uma
deferência. Primeiro, agradecer a presença de todos.
Eu
não vou tomar os seus cinco minutos, mas eu não podia deixar de fazer essa
homenagem ao Beto do Lolo, porque devido ao trabalho
que ele faz em casa, com a família, de resgatar a memória de um dos cantores
mais importantes de uma dupla conhecidíssima como “Gargantas de Ouro”, ela é
justa e necessária.
Eu
queria registrar a presença do Marquinhos, que é o secretário de Governo lá de Guapiara; o vereador Gilbertinho;
o vereador Juninho; o vereador Zé Maria, que é o presidente da Câmara e o Jaderson, que é secretário em Apiaí, uma cidade próxima.
Beto,
te homenagear significa resgatar e manter viva não só a memória de Inezita, mas
a memória de Zé Rico, que morreu no mesmo ano que morreu Inezita Barroso e no
mesmo mês, em março de 2015.
Uma
coincidência que marca a Música Caipira, que marca a cultura popular e que
deixa escrito na história deste estado, deste país, do mundo, uma referência
importante que tem lá em Guapiara.
Eu
queria deixar um convite, em especial para o meu amigo Jair Tatto,
que é vereador aqui em São Paulo e que está nos homenageando. Quem não conhece Guapiara, que vá visitar. Uma cidade linda no início do
Vale do Ribeira, do Vale Alto, e que tem muita gente bonita fazendo arte.
Beto, com você. (Palmas.)
O
SR. ADALBERTO TADEU BAPTISTA -
É, não é fácil. Como disse o Mauri, não é fácil a
gente estar aqui não, porque é uma emoção muito forte que a gente sente em
estar neste plenário, nesta Assembleia, junto com pessoas e autoridades que
movem o estado de São Paulo.
Bom dia a todos e a
todas. Quero cumprimentar a digníssima deputada Professora Bebel,
presidente da Comissão de Educação e Cultura, na qual cumprimento a todos os
membros da comissão e da Mesa posta. Quero cumprimentar o digníssimo deputado
Paulo Fiorilo, e em nome dele, eu cumprimento os
demais deputados aqui presentes.
Quero cumprimentar o meu amigo secretário de
Governo da prefeitura, que está representando a Pixa
hoje, o Marcos Antônio, e em nome dele eu cumprimento a todas as pessoas que
estão aqui. Aos vereadores de Guapiara, também quero
fazer o meu agradecimento e cumprimentá-los, estendendo o cumprimento aos
vereadores e a todas as demais autoridades presentes aqui.
É,
não é fácil. Quero começar agradecendo primeiramente a Deus e a Nossa Senhora
Aparecida por tamanha bênção de estar aqui hoje para receber tamanho prêmio,
tamanha homenagem, que é indescritível para quem recebe.
Quero
agradecer, de uma forma mais que especial, à minha esposa, Luciana, que está
aqui, e com ela eu divido este prêmio, porque cada
objeto, cada ideia, cada conquista que a gente teve para fazer esse museu do Zé
Rico eu devo a ela, que partilhou a ideia junto comigo e os amigos.
Quero
agradecer ao meu filho Jeferson e à sua namorada, Larissa, que nos acompanham
em todos os eventos que a gente vá. Sempre temos a companhia deles.
Agradecer,
de uma forma mais que especial e com muita gratidão, àquele que foi responsável
pela indicação a concorrer esse prêmio, meu querido amigo e companheiro,
digníssimo deputado Paulo Fiorilo.
Deputado
esse que tanto ajuda o nosso município de Guapiara e
toda a região, que é tão carente de recursos. Deputado esse que, com o seu
trabalho, seriedade, responsabilidade e simplicidade, conquistou o respeito e a
amizade de todos, se tornando uma pessoa querida, respeitada e de presença
constante no município e região.
Aproveito
o ensejo, deputado, e em nome da prefeita, em nome da nossa população, nosso
muito obrigado e Deus lhe pague por tudo o que vem fazendo por nós.
Estar aqui, hoje, e receber essa homenagem
maravilhosa no meio de outros homenageados tão famosos e importantes é indescritível, emoção única que jamais imaginei
passar.
Com
isso, quero também fazer uma justa homenagem para o ex-deputado e sempre
deputado, Marcos Martins, que, no ano de 2015, teve a sensibilidade de, através
de um projeto de resolução que no ano seguinte, com o apoio e ajuda dos demais
deputados, se tornaria lei, com inspiração e sabedoria imensa criar o Prêmio
Inezita Barroso, que premia a todos, de uma forma ou de outra, e que conservam
e divulgam a cultura e a Música Sertaneja Raiz.
Mais
inspiração teve ainda o ex-deputado Marcos na escolha do nome a ser homenageado
nesta lei, não poderia ter escolhido um nome melhor: Ignez Magdalena
Aranha de Lima, nossa grande e eterna rainha, embaixadora da música e cultura
sertaneja raiz. Inezita
Barroso, mulher guerreira, amada, alegre, de sorriso único, vencedora, que
dedicou a sua vida à música e a projetos voltados à cultura raiz.
Essa
premiação que estamos recebendo hoje é uma forma, deputado e deputada, de dar
continuidade ao trabalho que a nossa querida Inezita fazia. Ao longo de seus 35
anos à frente do programa “Viola Minha Viola”, ela lançou vários cantores,
duplas, trios, grupos musicais e dava espaço e oportunidade àqueles que
cultivavam a cultura e a moda sertaneja caipira, como essa premiação de hoje
está fazendo e vem fazendo ao longo dos anos.
Parabéns
ao deputado Marcos Martins e a toda a comissão que aprovou esse projeto de Lei,
agradeço imensamente à Comissão de Educação e Cultura dessa Assembleia pela
escolha do “Cantinho do Zum” para este prêmio, museu
que é o único no Brasil que faz essa justa homenagem ao nosso eterno “Garganta
de Ouro”, José Rico.
É
uma honra e uma emoção muito grandes para mim e para a nossa cidade de Guapiara estar recebendo esse prêmio hoje, e por um projeto
tão gratificante, através do museu, em homenagem a esse ídolo e mestre da
Música Sertaneja, José Rico.
Neste último dia três, fez cinco anos que ele
partiu desta vida e foi morar com Deus e cantar junto dele. Não podemos
esquecer esse ídolo que fez tanto pela arte, cultura e Música Sertaneja, sendo
o primeiro, juntamente com seu companheiro de dupla, Milionário, a levar nossa
cultura caipira para outro país, a China, com seu inesquecível filme Estrada da
Vida que foi um sucesso e rodou por diversos países do mundo.
Quisemos,
eu e minha esposa Luciana, após a morte do ídolo, fazer uma homenagem a ele,
fazer um lugar em que pudéssemos mostrar um pouco de sua vida e história fora
dos palcos.
Zé
Rico, para nós, foi mais que um ídolo, era um amigo, parceiro, companheiro, era
como se fosse membro da família. Foi então que surgiu a ideia de desocupar um
quarto da casa para criar o museu “Cantinho do Zum”.
Fizemos
então, eu e a esposa, uma homenagem a ele fazendo um lugar para mostrar um
pouco de sua vida e história fora dos palcos.
E
eu convido a vocês, quando estiverem pela região do Vale do Apiaí, Guapiara, Itapetininga, Capão, vão
lá para vocês verem. É muita coisa que era do Zé Rico: camisa, boné, botas,
Ray-Ban e a presença dele nesse “Cantinho do Zum” é
muito forte, porque são muitas coisa que pertenciam a
ele que ele gostava, e que ao longo dos anos nós fomos conquistando junto de amigos em comum.
Eles
doaram objetos pessoais, que guardavam como relíquias em casa, com o intuito de
criar um museu e não deixar a memória do Zé Rico ficar no esquecimento. A gente
criou esse museu e eles doaram botas, doaram tudo o que eles tinham em casa,
guardado como lembrança.
Doaram
para a gente expor para vocês, expor para todos os fãs do Brasil. Em uma dessas
visitas foi que o Paulo Fiorilo foi lá e nos contemplou
com a indicação para este prêmio.
Então,
quero agradecer aos vereadores de Guapiara; ao
secretário de Governo e ao secretário do Meio Ambiente, Josué. Quero agradecer
ao Pe. Valter, que também é
de Guapiara, mas dá aula aqui em São Paulo; agradecer
a Cida Rodrigues e ao Tony Sampaio, cantor da dupla Tony
Sampaio e Davi; agradecer ao Joãozinho; agradecer ao Vanderlei e, em
especial, a todos vocês que estão aqui para a gente poder ter essa linda
homenagem à nossa querida e eterna Inezita Barroso e ao José Rico.
E
como dizia o Zé Rico: “Um zum bem forte a todos” e
Deus abençoe.
Deus
lhes pague. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Obrigado ao homenageado Beto do Lolo. Nossa próxima homenagem será para Irineu Santos,
indicado pelo deputado estadual Carlos Giannazi.
Neste
momento, eu faço questão de compartilhar com vocês informações importantes a
respeito do nosso homenageado: engraxate da Praça da Sé, Irineu de Oliveira Santos, um paulistano de 80 anos, aprendeu a fazer
Samba na lata de graxa.
Cantor e compositor, nunca cantou profissionalmente, seus trabalhos são sempre
independentes, e em seu mais recente trabalho, o CD “Sambas e Romantismos”,
gravou sambas de Noel Rosa e músicas de sua autoria também.
Divulga
em suas apresentações a Música Popular Brasileira, tendo em seu repertório os
clássicos da MPB dos anos 1940 e 1950. Em suas andanças, conheceu os grandes
compositores e cantores das origens do estilo como Francisco Alves, João Dias, Orlando
Silva, Vicente Celestino e muitos outros também.
Desde
criança participava de saraus e dava suas palhinhas, dedicando-se sempre nas
apresentações e nas criações musicais.
Em
1974, foi vencedor do Festival do Samba, levando o prêmio de Melhor Letra com o
Samba “Mão Fechada”. No grupo Seresteiros da Felicidade,
envolveu amigos de longa data para cantar, tocar e curtir o gosto pela música
genuinamente popular, mantendo vivo um repertório nacional que precisa ser
resguardado e divulgado também.
Então,
a partir deste momento, será feita a homenagem a Irineu Santos pelo deputado
estadual Carlos Giannazi. (Palmas.)
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Bom dia ainda, bom dia a todos e a todas. Eu quero saudar todos os
parlamentares da Mesa na pessoa da deputada Bebel, cumprimentar
todos os artistas, cantores, músicos e seus familiares, e dizer que é uma honra
enorme receber vocês e poder homenagear o Irineu Santos, que é um grande
cantor, um grande intérprete e compositor.
Ele
resgata toda a tradição da Música Popular Brasileira dos anos 1930, 1940, 1950,
1960, e resgata um dos melhores momentos da história da Música Popular
Brasileira.
Ele
é um patrimônio da música brasileira e resgata o tempo
todo esse patrimônio e os grandes representantes, os grandes formadores, da
Música Popular Brasileira: Noel Rosa, Ary Barroso, Lamartine Babo, todos eles e,
os grandes intérpretes: como Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Francisco Alves,
os grandes cantores da história desse país.
A
Música Caipira, a música de raiz faz parte desse patrimônio cultural da Música
Popular Brasileira, que é a melhor do mundo, é a que tem a maior diversidade,
que é reconhecida internacionalmente por tudo que ela representa. Então,
Irineu, é uma honra poder fazer essa homenagem a você aqui na Assembleia
Legislativa.
O
Irineu tem 86 anos, 86 anos e vocês vão ver, e vai fazer uma apresentação junto
com o Cléusio de Oliveira, que é um grande músico e,
também, um grande violonista. Nós vamos ter a honra de assistir aqui uma
interpretação, mas antes eu quero passar o Prêmio.
Parabéns,
Irineu, você merece muitas homenagens. (Palmas.)
* * *
- É entregue o Prêmio
Inezita Barroso.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - A partir deste momento, o artista terá
cinco minutos para a apresentação. No caso de apresentação musical, cinco
minutos, e no caso de uma fala, a todos os presentes, pedimos a gentileza de
que seja feita no prazo de três minutos, por favor.
O SR.
IRINEU DE OLIVEIRA SANTOS - Bom,
primeiro eu quero agradecer a Deus por essa oportunidade de estar aqui e
agradecer a vocês, os presentes. Agradecer, também, ao deputado Carlos Giannazi pela indicação e parabenizá-lo pela sua grande
atuação.
Eu quero cantar uma música do tempo em que a Inezita Barroso
começou. Ela começou cantando Samba, cantando outros gêneros e quando ela
gravou “Ronda”, do Vanzolini, em 1953, um pouco antes do
Chico Alves morrer, Chico Alves morreu em 1952.
Eu,
desde menino, já frequentava essas estações de rádio como a Rádio Record, onde
eu conheci a Inezita Barroso cantando Ronda. Depois ela partiu para a Música
Sertaneja, e fez muito bem, deu oportunidade para muita gente.
Então,
eu quero cantar, de Ataulfo Alves, “Tempos de Criança”, acompanhado pelo meu
violonista, Cléusio de Oliveira.
* * *
- É feita a
apresentação musical. (Palmas.)
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Muito obrigado, Irineu Santos, por essa
apresentação que emocionou a todos, sem dúvida nenhuma. Seguimos com nossas
homenagens.
O nosso próximo homenageado será Guaracy
Júnior. O radialista Guaracy Junior, Dorival Antonio Stuchi
Cruz, com 66 anos de idade, nascido em 22 de maio de 1954, é natural de São
Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Com
formação em Comércio Exterior, foi comissário de bordo da Varig por 32 anos, locutor
formado pelo Senac há 33
anos, é apresentador do programa Brasil Viola Atual, na rádio Brasil Atual, e
promove a Música Sertaneja Raiz.
Em
seu programa, que está no ar desde 2013, ajuda a preservar e valorizar a nossa
cultura musical, dando espaço a artistas que foram referência nesse segmento,
assim como enaltecendo autores, compositores e novos talentos.
Então, a partir deste
momento, para que possam homenagear Guaracy Junior, convido o vereador Iduigues Ferreira Martins, o sempre deputado Marcos Martins
e o deputado estadual Emidio de Souza.
* * *
- É entregue o Prêmio
Inezita Barroso.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Homenagem entregue pelo deputado estadual
Emidio de Souza e pelo sempre deputado Marcos Martins,
fazemos referência também ao vereador Iduigues
Ferreira Martins.
Teremos,
neste momento, a honra de convidar Guaracy Júnior para que possa falar pelo
tempo de três minutos.
O SR. GUARACY JÚNIOR
- Ah, gente, muito obrigado, viu? Obrigado mesmo, estou muito feliz por
estar aqui, é um privilégio muito grande. Eu recebi um prêmio ano passado, da
APCA, e não levei nada escrito, aí eu me enrolei, porque a gente fica meio nervoso no meio de tanta gente famosa, tanta gente
importante.
Então, eu falei:
“Esse ano eu vou escrever, porque o que é escrito é lembrado e não é
esquecido”. É muita emoção, muita gratidão
a todos vocês e às pessoas que estão me cercando.
Inicialmente,
quero agradecer a todos os presentes nesta solenidade: aos senhores membros da
Mesa; deputados; professora Bebel; Nilto Tatto e à família toda Tatto, muito obrigado a vocês; nosso querido vereador Iduigues Martins; deputado Emidio
de Souza e o eterno deputado, nosso querido, Marcos Martins.
Agradecer
à minha família também, representada aqui pelas minhas irmãs a Cida, a Dalva, a
Vanda, também pela minha filha Tatiana e pela minha netinha, que eu chamo de
“minha delicinha”, que é essa coisa mais linda no
colo da Tatiana, a Isabele, e o Neizinho.
Neizinho, levanta,
por favor! O Neizinho é o Enzo, ele fica
envergonhado, mas ele que faz a voz no meu programa. Ele tinha nove aninhos
quando ele fazia, hoje já está um meninão, um rapagão e eu só
tenho a agradecer pela contribuição que dá ao meu programa.
Meu
prezado deputado Marcos Martins, de quem surgiu a
ideia de institucionalizar o Prêmio Inezita Barroso, e que também é autor das
leis de banimento do amianto, agricultura familiar urbana e do gás, entre
outras leis, é uma pessoa muito importante.
Também,
deixa eu ver, meus amigos, de Mogi das Cruzes o deputado
Iduigues Martins também trouxe a assessoria: o
Wilson, a Ligia, a Gilza, o João Opala, todos vieram
lá de Mogi das Cruzes.
Como
já foi anunciado, eu trabalhei durante 32 anos da minha vida como comissário de
bordo da extinta Varig, tive o privilégio de voar pelos quatro cantos do mundo
e a gente também mantém alguns amigos que não esquecem da
gente.
A
Cristina Cruz, onde é que está a Cristina Cruz?, também foi comissária de bordo comigo durante toda essa
jornada em que eu estive na aviação.
Também
o nosso querido Paulo Salvador, Paulo Salvador é coordenador da Rádio Brasil
Atual, onde eu exerço essa função de locutor já vai completar sete anos agora
em maio. Eu entrei lá no dia 13 de maio de 2013 e estou lá até hoje, esse
programa que nós realizamos é das 5 horas às 7 horas da manhã.
Eu
estou meio “derrubadinho” porque eu me levantei às 3 horas da manhã, fui para a
rádio e fiz o programa até as 7 horas, o que é muito
dinâmico hoje na vida de todos nós, locutores, e a gente sabe.
Eu
estou aqui com o maior prazer, o maior orgulho. Imaginem só o privilégio de uma
pessoa que aos 58 anos começou uma nova atividade, parei na aviação depois de
32 anos, claro que lá atrás eu tinha me preparado, fiz curso de radialista.
E
isso também é uma mensagem para os meus contemporâneos: o que fazer depois da
aposentadoria? Na hora que você está ativo, se prepare.
Se
prepare, porque de um dia para o outro você acorda e não tem mais aquilo que
exerceu durante tantos anos. O que fazer? Muitos vão para a beira de um bar, de
um boteco, ficam ali com o umbigo grudado no balcão
esperando a morte chegar.
Então,
é muito importante nós não nos entregarmos. 86 anos,
olha que beleza, cantando e encantando a todos nós, que coisa linda.
Então,
minha gente, eu falei que não ia falar de improviso, tenho que voltar aqui para
o texto. Tive o privilégio de conhecer a deputada Beth Sahão,
que é de Catanduva, terra onde os meus antepassados,
meus avós, chegaram da Itália e se estabeleceram, a família Stuchi,
que ela conhece muito bem.
Por onde quer que a
gente vá, nós vamos conhecendo pessoas. Pessoas maravilhosas que complementam a
nossa vida. Há também o Josué Carrapeiro, de
Barretos, da TV em Barretos, representando a todos nós lá. Muito obrigado, José,
pela sua presença.
É
isso, minha gente. Olha, também vejo pessoas maravilhosas, como o nosso querido
compositor Chico Amado, da dupla Chico Amado e Xodó,
um dos maiores compositores.
E
o meu intuito na rádio é além de privilegiar a Música Caipira Sertaneja Raiz,
mas privilegiar, também, os compositores. Ao final das músicas eu sempre falo o
nome do compositor e, de preferência, dou uma sinopse sobre a dupla, porque é
muito importante para todos nós conhecermos.
Neto e Dorinho é constante na nossa programação, e está aí a Dona
Iara, que é esposa do Dorinho, muito obrigado pela
sua presença e a esse fantástico, maravilhoso, cantor e compositor, não é
verdade? Então, eu só tenho a agradecer.
Mas
olha, eu tenho que agradecer também à Rádio Brasil
Atual. A Rádio Brasil Atual é uma rádio em que nós falamos para 98,9, que é do
Alto Tietê, Vale do Paraíba, interior e Grande São Paulo.
Também
falamos pela 93,3, que é na Baixada Santista e pela 102,7 FM, que é para Pirangi e noroeste paulista. Eu só faço esse trabalho, como
eu falei para vocês, em função do espaço que me abrem lá, então o meu
agradecimento muito grande ao Paulo Salvador; ao Paulo Vannuchi;
ao Tarcísio e ao Valter Sanches, que me abriram as portas quando eu entrei na Rádio.
Gente,
eu não vou me alongar muito, porque tem mais pessoas para falar, e eu só quero
dizer, deixa eu ver o meu papel que eu já me enrolei
todo, que sempre que eu abro a minha programação eu agradeço a todos e, quando
eu fecho a minha programação, sempre
digo: “Que um país sem memória e sem história é um país sem identidade. Devemos
cultuar a nossa cultura. A nossa cultura é muito importante”.
Outra coisa também que eu falo é: “Lembre-se
sempre que os nossos olhos são a janela da alma, e o mundo é o que os nossos
olhos veem”.
Minha gratidão a todos, obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Agradecemos às autoridades e demais
convidados presentes: Sra. Mara Dalben.
Ah,
pois não! Somente finalizando: Sra. Mara Dalben. Pois
não, Sr. Emidio?
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT -
Bom dia a todos. É um prazer ver esta Casa, depois de uma semana tão agitada,
terminar essa semana com uma cerimônia tão bonita, que tanto toca a nossa alma.
A
alma de quem é paulista de raiz, de quem é do interior de São Paulo e de muitos
que são da capital e da região metropolitana, mas que têm a cultura sertaneja
de raiz na alma, no coração.
Eu
sou um desses. Sou de Osasco, cidade onde fui prefeito por dois mandatos junto
com o Marcos Martins, que era nosso vereador, antes de ser deputado. Quero
cumprimentar também o Iduigues e dizer a vocês que,
apesar de ser de Osasco, sou nascido em Inúbia Paulista, lá perto de
Adamantina, perto de Lucélia, e fui criado em Marília, que é no início do
corredor do oeste paulista.
Eu
acho que uma das coisas mais importantes que vejo hoje. Deputada Bebel,
quero saudar V. Exa. Saudar o Dirceu Dalben, e saudar a Beth Sahão,
nossa grande liderança de Catanduva.
Quando
o Marcos Martins, meu querido deputado, fez essa lei de criar o Prêmio Inezita
Barroso, Marcos, acho que você tocou em uma coisa que
é fundamental para a vida da gente: nós não somos pessoas que vivem apenas para
trabalhar e ganhar dinheiro, nós não somos pessoas-máquinas.
Nós
somos pessoas que têm sentimentos, o sentimento que cada um traz na alma, de
onde foi criado, do jeito que foi criado. Isso diz respeito à música que você
gosta, à comida que você come, até a bebida que você gosta.
E
a nossa Inezita era de um tempo em que quase não se tomava vinho, às vezes o
vinho de garrafão. Não é, Carlão? Às vezes uma ou outra coisa. Nem cerveja se
tomava, o que se tomava era a tal da “branquinha” mesmo, e a Inezita deixou um
legado disso, porque a cachaça brasileira também é parte da nossa cultura.
Eu
acho, Marcos, que você acertou na mosca ao criar esse
projeto, porque a cada ano a gente se movimenta, se recicla, e onde você
estiver, seja em uma cidade pequena, seja em uma propriedade rural ou seja em
uma grande cidade, como Osasco, você pode preservar.
Em
Osasco, por exemplo, o Marcos entrou com outro projeto, transformando Osasco na
Capital da Viola, e é real, porque pouca gente nasceu naquela cidade. Osasco é
de gente de Cândido Mota, da região de Tatuí, da região de Marília, de Inúbia,
como eu, de Avaré e de tantas regiões do estado e que vieram trazendo a
cultura, aquilo que lhes é caro e que eles querem preservar.
Não
dá para eles estarem debaixo de um pé de manga, mas se eles ouvirem a música,
eles vão lembrar do pé de manga, vão lembrar do chiqueirão, vão lembrar do rio onde eles pescavam, vão
lembrar de tudo. Isso é muito importante na vida de um povo.
Encerro
cumprimentando o Guaracy, que é um grande radialista, e radialista é o
seguinte: você não pode dar um microfone para ele que ele não para de falar,
radialista fala o tempo todo. É importante ter pessoas como o Guaracy, porque
ele usa do espaço que tem para divulgar coisa boa.
Nós somos uma geração que viveu isso, o avô
passava para o pai, que passava para o filho, que passava tudo e era em torno
de um fogão à lenha, às vezes, que se conversava muito mais sobre as tradições,
sobre tudo.
A
internet, essa geração, essa inovação, que é boa para muita coisa, fez muita
gente perder tempo em uma tela de celular, quando poderia estar gastando o seu
tempo conversando e aprendendo com os mais velhos, transmitindo os bons
valores. Isso sempre fez muito bem para a sociedade, fez muito bem para as
famílias, para as novas gerações que viriam.
Parabéns,
Marcos, por essa iniciativa. Parabéns Bebel,
presidente da Comissão de Educação e Cultura. Parabéns Guaracy. Obrigado pela
solidariedade do vereador Iduigues, de Mogi das
Cruzes e a todos vocês que não só estão aqui, mas estão na batalha para
preservar a memória da cultura paulista e da Música Sertaneja de Raiz.
(Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Eu estou deixando o Marcos Martins, tão logo as
homenagens ocorrerem. Aí a gente coloca, porque antes de eu dar o encerramento
a palavra será passada a ele, tá bom, Marcos? Pode ser ou você quer falar
agora?
O SR. MARCOS MARTINS
- Falo já!
A SRA.
PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Fala já? Então, por
favor.
O
SR. MARCOS MARTINS - Cumprimentar a
Mesa; Bebel, estendido a toda a Mesa; deputados da
Comissão de Cultura e Educação; o Emidio, meu
companheiro; Guaracy e o vereador Nilto. Guaracy,
parabéns pelo trabalho que realiza nas madrugadas, divulgando aquilo que a
Inezita divulgava, levando a Música Caipira à frente, para que Inezita não seja
esquecida, nem o seu trabalho.
Eu
gostaria de pedir a todos os deputados, a todos os que estão aqui e que também
amam a Música Caipira, a Música Raiz, que não permitam que encerrem esse
trabalho.
Que
ele seja ampliado e melhorado, porque foi muito difícil aprovar essa lei.
Parece que é tão simples, mas foi tão difícil, foi tão trabalhoso, foram tantos
obstáculos e cada apresentação deste troféu, desta homenagem, também têm
obstáculos.
Então,
eu gostaria de pedir aos deputados que ajudassem a facilitar e que a gente
pudesse fazer com que Inezita Barroso e a música que é preconizada seja valorizada, a Música Caipira Sertaneja de Raiz. Parabéns a
todos que vieram, a todos que participaram desta atividade.
Parabéns, um grande abraço a todos e viva Inezita
Barroso e viva a Música Raiz!
Muito
obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Dando sequência ao nosso cerimonial,
queremos agradecer, portanto, à Sra. Mara Dalben, presidente
do Fundo Social de Sumaré, representando o prefeito de Sumaré, Sr. Dalben; também Sr. Charles Amaral Ferreira, secretário de
Cultura, Esportes e Lazer de Olímpia.
Neste
momento seguiremos com as nossas homenagens. Chegou a hora de homenagearmos o Festival do
Folclore de Olímpia, indicado pela deputada estadual Beth Sahão.
O Festival do Folclore de Olímpia terá como representante o secretário de
Cultura da cidade, Sr. Charles Amaral.
A
origem do Festival do Folclore de Olímpia, vale
lembrar, está nas pesquisas e exposições empreendidas pelo Prof. José Santana e
seu alunado, isso na década de 1950.
Exposições,
inicialmente, circunscritas ao âmbito do antigo Colégio Olímpia, onde Santana
lecionava e que, paulatinamente, foram se expandindo para outras escolas e
estabelecimentos comerciais da cidade até chegar à Praça da Matriz de São João
Batista e se transformar num pujante festival.
O
crescente êxito do evento e cada vez menor espaço disponível na aludida Praça, e,
posteriormente, no Centro de Esportes e Recreação Olintho
Zambom, fez com que fosse construída uma sede própria,
o Recinto de Exposições e Praça de Atividades Folclóricas e Turísticas, que
hoje ostenta o nome de José Santana, o criador do festival. Portanto, a
homenagem ao Festival do Folclore de Olímpia. (Palmas.)
* * *
- É entregue o Prêmio
Inezita Barroso.
* * *
O SR. CHARLES AMARAL FERREIRA - Bom dia
a todos. Gostaria de agradecer à presidente da comissão, deputada Professora Bebel e à deputada Beth, que é da nossa região de
Catanduva, do ladinho de Olímpia, e está sempre ajudando Olímpia, sempre
estendendo sua mão à nossa cidade e à nossa região.
Essa homenagem ao Festival do
Folclore não poderia deixar de
citar o Prof. José Santana, como foi falado, que é o criador desse festival e
deixa esse legado. A Inezita Barroso visitava muito Olímpia, acompanhada da
Sra. Izê Bueno de Camargo e da D. Inê
Bueno de Camargo, que eram suas amigas e residiram por um tempo na cidade de
Olímpia. Então, Olímpia está fortemente ligada a Inezita Barroso.
Nós
somos a capital nacional do folclore e somente temos a agradecer por esse
reconhecimento, porque somos o maior Festival de Folclore do Brasil, talvez do
mundo, e nunca tivemos um reconhecimento desse porte.
Só
agradecer mais uma vez a Beth; ao nosso prefeito, Fernando Cunha; ao secretário
Guto; a todos os envolvidos e à comissão que organiza esse grandioso Festival,
que este ano chega à sua 56ª Edição. Esperamos um público de mais de 150 mil
pessoas durante os nove dias de festival e 1800 dançarinos de todas as regiões
do Brasil.
Muito
obrigado. A gente vai ter uma apresentação com dois integrantes do Grupo Frutos
da Terra, que é um grupo de Olímpia, um grupo parafolclórico,
que vai apresentar um pouquinho do que acontece em Olímpia nesses nove dias.
A
SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Obrigada,
Charles, parabéns. Mandar um abraço para todo o pessoal de Olímpia e
cumprimentar minha querida amiga deputada Bebel, que
preside os trabalhos de entrega desse Prêmio, que está na sua 4ª Edição, e que
é presidente também da Comissão de Educação e Cultura.
Eu
tive o prazer de, quando fui presidente da Comissão de Educação, também estar à
frente, e é uma alegria.
Como
bem colocou o meu querido Emidio, deputado também, é
uma manhã de festas nesta Casa, na qual às vezes a gente discute tanto, debate
tanto, briga tanto. Mas hoje nós estamos aqui acompanhando as bonitas
interpretações, as orquestras e daqui a pouco a dança, enfim, são manifestações
de expressões culturais do nosso querido interior de São Paulo.
Cumprimentar
também o deputado Marcos Martins, que é o autor desta lei. Cumprimentar os
deputados Nilto Tatto; Dalben; o líder do governo, deputado Carlão Pignatari, que
está ocupando a Mesa; todos os homenageados; seus familiares que os acompanham;
nossos assessores, enfim.
Olímpia
é uma cidade que eu frequento há muitos anos, não perco os festivais de lá e
acho que ninguém deveria perder, porque é muito bonito. Às vezes as pessoas têm
a impressão de que é algo muito fora de moda.
Não
é fora de moda, muito pelo contrário, é uma profunda manifestação de toda a
cultura e da dança do nosso país e do nosso interior do estado. E não é só a
dança, são nove dias onde acontecem workshops, onde acontecem oficinas
culturais e a cidade respira cultura.
É
uma coisa impressionante o que acontece em Olímpia, movimenta toda a cidade,
movimenta toda a sua economia e, como disse o Charles, já está na sua 56ª
Edição.
Neste
ano de 2019, passaram pelo Festival de Folclore de Olímpia 140 mil pessoas, é
muito expressivo. Fico também feliz de poder ter apresentado aqui um Projeto de
lei para incluir o Festival de Folclore de Olímpia no Calendário Oficial de
Turismo do Estado de São Paulo. Então, eu acho que é esta a maneira.
A
Inezita Barroso, deputada Bebel, tinha uma ligação
umbilical com o Festival de Olímpia, porque tanto aquilo que
ela sempre defendeu, quanto aquilo que fazia parte das suas tarefas e dos seus
trabalhos acabam se materializando neste Festival, que é um orgulho para
todo o nosso interior de São Paulo.
Então,
parabéns e manda um abraço para toda a população de Olímpia. Eu, que sou cidadã
olimpiense, título que foi atribuído há alguns anos
para mim,
tenho responsabilidade com o município de fazer elevar os seus talentos, a sua
cultura e tudo aquilo que parte de bom desse município, que é tão próspero e
tão pujante.
Fiquem
à vontade e espero que vocês gostem da apresentação deste casal, porque eles
são bons de dança.
Um
bom dia a todos e parabéns mais uma vez a todos aqueles que participam desta
manhã de alegria. (Palmas.)
* * *
- É feita a
apresentação musical. (Palmas.)
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Agradecemos a presença do Sr. Antônio
José Passos, prefeito municipal de Poloni e da Sra.
Alessandra Barchini, secretária de Cultura de
Hortolândia.
A
partir deste momento, seguindo com as nossas homenagens, chegou o momento
justamente de homenagearmos a Oscip Sentimento
Sertanejo, que será representada por seu presidente, Daniel Pereira e a
homenagem é indicada pelo deputado estadual Carlão Pignatari.
A
Oscip Sentimento Sertanejo é uma organização sem fins
lucrativos, de caráter eminentemente cultural, com vinte anos
ininterruptos de atuação, cujo propósito estatutário é o resgate e a
preservação da cultura de raiz caipira.
Realiza
há 18 anos o encontro da cultura de raiz caipira com o evento Viola e Catira,
que completa neste sábado, dia 14, mais uma edição, a 18ª Edição, evento que
será realizado na cidade de Poloni, no interior de
São Paulo.
* * *
- É entregue o Prêmio
Inezita Barroso.
* * *
O SR. DANIEL PEREIRA
- Bom, boa tarde a todos. Cumprimentando a
deputada Bebel e o deputado Marcos Martins e
cumprimento os demais membros da Mesa, orgulhosamente, porque esta Casa é a que
produz as políticas públicas do estado de São Paulo, estado mais desenvolvido
da nação.
Vocês abrem as portas
para que haja uma manifestação cultural que traduz a formação do povo
brasileiro.
Em especial, agradecer
ao deputado Carlão Pignatari, porque o deputado Carlão Pignatari não tem
conosco uma relação de circunstâncias políticas. O deputado Carlão Pignatari
representa aquilo que é o sentimento sertanejo, representa os valores da
cultura de raiz caipira, porque assim é a sua vida.
Agradecer por vocês
terem tido essa iniciativa de homenagear a nossa querida Inezita Barroso,
talvez uma das maiores personalidades da história cultural do Brasil.
Queria
fazer um “à parte” e pedir para que as várias pessoas, todas as pessoas,
ligadas ao Sentimento Sertanejo se levantassem. Pessoas de São Paulo, de vários
municípios que nos representam, que viajaram mais de
500 km para aqui estar, tenham a certeza de que, com a união de ações desta
Casa Legislativa associada à sociedade civil, haveremos de perpetuar o legado
de Inezita Barroso.
Obrigado
a todos.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB -
Pessoal, boa tarde a todos. Primeiro cumprimentar a deputada Bebel, que hoje é presidente desse evento de extrema
importância aqui na Assembleia Legislativa, mas, não só isso, presidente da
Comissão de Educação e Cultura da nossa Casa.
Cumprimentar o sempre deputado Marcos Martins,
nosso companheiro que lutou muito, acho que deve ter ficado uns três ou quatro
anos insistentemente, para
que a gente pudesse criar, na Assembleia Legislativa de São Paulo, essa
homenagem à estrela da “Música Raiz”, da cultura, que é cultura do Brasil, da Música
Sertaneja: Inezita Barroso.
Cumprimentar
os amigos do Sentimento Sertanejo, que eu tenho um prazer enorme de ter
conhecido há muito tempo; deputado Dalben, nosso
companheiro aqui.
Eu
nunca tive a oportunidade, Marcos, de vir a um Prêmio Inezita Barroso. Na
sexta-feira nós, que somos do interior, normalmente estamos na nossa base, na
nossa região, mas ficamos hoje aqui para que pudéssemos vir prestigiar esse
importante evento.
Cheguei
e fiquei muito emocionado. Na hora que eu chego, o
primeiro homenageado, que está ali, de oitenta e poucos anos, está cantando uma
música que minha mãe cantou dentro da minha casa a vida toda: “Professorinha”.
Eu
a perdi há um ano e pouco, mas parabéns pela composição que o senhor fez, eu
acho que isso é a história.
Depois
eu vejo uma homenagem aqui ao Festival do Folclore de Olímpia, que também,
desde pequeno, eu e o meu pai, que é sanfoneiro, a gente tem ido lá conhecer. Já
deve fazer uns quatro ou cinco anos que eu não vou, mas é um festival que veio
crescendo muito nos últimos 20 ou 30 anos.
Dalben,
a sua esposa, que é lá de Tanabi, sabe da história
que tem esse festival para toda a nossa região.
E,
por fim, fazer uma homenagem a essa importante organização social que é o
Sentimento Sertanejo, do meu amigo, o prefeito de Poloni,
Antônio José que está aqui. É um evento feito uma vez por ano, onde tem seu
tempo de catira, da sua viola, das músicas de 40, 50, 60 anos atrás.
E,
vendo o Emidio dizer das festas de mangueira, até
hoje nós vamos lá e fazemos o nosso porco à paraguaia embaixo da mangueira, que
não mudou até hoje, viu, Dalben? E com cachaça, que é
o que a nossa região tem e é muito boa.
Então, eu fico muito feliz de estar aqui hoje
e quero cumprimentar o Daniel, que é empresário e não tem nada a ver com isso,
mas que tem o sentimento sertanejo e que gosta da Música Sertaneja.
Nós
íamos trazer uma cantora, a Juliana Andrade, mas infelizmente ela teve um
acidente com a filha, a sua filha, parece, que quebrou
ou luxou a perna e ela não pôde vir para fazer uma apresentação, mas estão
todos convidados.
Dia
14 agora, não é? No outro fim de semana, lá na cidade de Poloni,
onde nós vamos fazer o 18º Festival Encontro de Cultura e de Raiz Caipira, acho
que isso é importante. Assim como nós temos a linguiça de Bragança, que é uma cultura que tem na sua região, lá nós temos essa cultura.
Então parabéns a todos.
Daniel,
você é um entusiasta disso, você e os nossos amigos. Você é um entusiasta, um
empresário que deixa suas coisas, faz do próprio bolso, faz investimento para
que a gente não se esqueça nunca da importância da “Música
Raiz” no Brasil. Acho que, na nossa colonização, na nossa história, a “Música
Raiz”, a Música Sertaneja, faz parte.
Então,
parabéns a todos e que todos nós neste domingo, no Dia das Mulheres, que tem
que ser todo dia, não é Marcos? Não pode ser só no domingo. Mas cumprimentar a
todos e dizer: um bom fim de semana a cada um de vocês.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Dando continuidade à cerimônia de “Entrega do Prêmio
Inezita Barroso, em sua 4a Edição”, peço a todos que apreciem com
muito carinho, a partir deste momento, a apresentação musical que será feita
pela cantora Vitória da Viola, e sua mãe, Lúcia Lira. Vamos recebê-las de uma
forma especial.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Todos os deputados que já fizeram as apresentações
saíram por agendas que têm que cumprir, estão devidamente justificados.
A
SRA. VITÓRIA DA VIOLA – Bom primeiramente,
bom tarde. Para quem não me conhece, eu sou a Vitória da Viola, tenho 19 anos e
canto com a minha mamãe, D. Lúcia Lira, não é mãe?
A
SRA. LÚCIA LIRA - Isso! Boa tarde a
todos, é um prazer enorme estar aqui participando dessa homenagem a Inezita, a
quem a gente viu como espelho.
A
SRA. VITÓRIA DA VIOLA - Sim, e como citado
anteriormente, era para essa apresentação ser da Juliana Andrade, que é a minha
madrinha, mas como aconteceu um acidente com a filha dela, ela me ligou e
pediu: “Filhota”, é como ela me chama, “Vai lá e faz
por mim”.
A
SRA. LÚCIA LIRA - Olha o tamanho da
responsabilidade, não é, Vitória?
A
SRA. VITÓRIA DA VIOLA - Dá até medo, mãe! Mas
eu agradeço demais a chance, porque há um ano e pouco, há
dois anos atrás, mais ou menos, na realidade, eu estava ali do outro
lado assistindo, e agora eu estou aqui. Para mim é uma enorme honra, porque
cresci assistindo o programa da Inezita e sendo fã. Vamos lá?
*
* *
- É feita a
apresentação musical.
*
* *
A
SRA. VITÓRIA DA VIOLA - Obrigado.
(Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Agradecemos então à cantora Vitória da Viola e à
sua mãe, Lúcia Lira, pela apresentação. Seguimos com as nossas entregas. Realmente,
muita emoção, com as entregas das homenagens.
E a partir deste momento, vamos homenagear a dupla Chico Amado e Xodó, indicação do deputado estadual
Dirceu Dalben. Vamos convidar também à senhora Mara Dalben, presidente do Fundo Social de Sumaré, para que
possam fazer a devida entrega do prêmio.
Falando
um pouquinho mais de Chico Amado e Xodó, eles são nascidos no interior de São
Paulo, Chico Amado, em Pirajuí, e Xodó, em Lins, e já soltavam a voz desde a
adolescência. Contavam com uma grande influência na música, que vinha de tios e
primos que também cantavam e tocavam em bares e festas da região.
O avô era sanfoneiro, e desta veia musical
veio o dom e o talento, o pai resolveu mudar com a família para Sumaré, para
que ficassem mais próximos dos centros mais importantes e das principais rádios
também, assim a carreira da dupla poderia decolar, como
de fato decolou, com muito sucesso e muita dedicação. Hoje eles chegam aqui
para receber esta homenagem tão especial.
*
* *
-
É entregue o Prêmio Inezita Barroso.
*
* *
O
SR. DIRCEU DALBEN - PL - Muito boa tarde a
todos e a todas. Em primeiro lugar, sempre agradecendo a Deus pela vida e pela
saúde. É uma satisfação muito grande participar dessa sessão hoje em
homenagem a todos esses artistas, talentos do nosso estado, do nosso Brasil.
Quero
cumprimentar a deputada Bebel, presidente da Comissão
de Educação e Cultura, da qual eu também sou membro com outros deputados que
compõem essa Comissão e que também presidem hoje essa sessão.
Quero
parabenizar a todos vocês, talentos da “Música Raiz”, que dispuseram um pouco
do seu tempo, uns de mais longe, outros de mais perto, e estão aqui hoje
participando desse momento.
Esse
momento onde o nosso colega, deputado Marcos Martins, com muita sabedoria e com
muita dificuldade, conseguiu aprovar essa lei, valorizando e resgatando um
pouco da “Música Raiz”.
Quero
agradecer e dizer da satisfação de rever a Iara, do nosso saudoso Dorinho, que conheço há muito tempo e também a sua equipe
que está presente. Quero, na pessoa do nosso prefeito de Poloni,
Antônio José, que está se retirando com a sua equipe, saudar a todos os
representantes políticos, autoridades, prefeitos, ex-prefeitos, vice-prefeitos
e vereadores que aqui estiveram ou ainda estão.
Quero
saudar, na pessoa do meu amigo e irmão, Eder, que veio lá da região de Rio
Preto para prestigiar a sessão, todas as pessoas que aqui estiveram, e quero
aqui fazer uma saudação especial aos nossos amigos Chico Amado e Xodó. Chico
Amado e Xodó são prata da casa da cidade de Sumaré,
cidade onde eu resido, onde eu cresci e onde me casei.
Minha
esposa, D. Mara Dalben, está aqui presente, sempre me
acompanhando; minha filha Katherine também; meu
filho, Luiz Dalben, é o prefeito da cidade, e de quem
eu trago um abraço para o Chico Amado e o Xodó.
Dizer
do orgulho da nossa “Música Raiz” e do orgulho do Chico Amado e do Xodó, que
estão sempre se apresentando e não se esquecem do nosso estado, não esquecem da nossa cidade de Sumaré.
Muitos,
às vezes, não sabem, mas eu quero rapidamente citar alguns sucessos do
compositor, porque além de cantor, é compositor de músicas de sucesso que,
muitas vezes, as pessoas não se recordam da autoria da música e da letra.
Só
para vocês terem uma ideia, presidente Bebel e
deputado federal Tatto, a quem saúdo também, desculpe
a minha falha, é uma honra tê-lo aqui, vindo lá do Congresso de Brasília para
prestigiar essa sessão: “Vai Dar Namoro”, Bruno e Marrone, quem já não cantou
ou dançou com esse sucesso?; “Tem Alguém no Seu
Lugar”, Leonardo que interpreta; “O Bicho Vai Pegar”, Edson e Hudson; “Na Sola
da Bota”, Rionegro e Solimões; “O Cachaceiro”, essa
não podia ser do outro, Eduardo Costa; “Robin Hood da
Paixão”, Hugo Pena e Gabriel; “A Saudade Mandou Avisar”, Tradição; “Mete o
Dedo”, Gino e Geno; “Quando a Saudade Dói”, Daniel;
“Tradição Gaúcha”, Chitãozinho e Xororó; “Trovejou mas Não Choveu”, de Gino e Geno;
“Saudade Pica-Pau” do Trio Astral; “Quer Casar Comigo?”, eu já sou casado,
Bruno e Marrone; “Bate a Bota no Chão”, Teodoro e Sampaio; “Denguinho”,
Milionário e José Rico; “Minha História de Amor”, Roberta Miranda; “Que Saudade
Matadeira”, César e Paulinho, dentre outros tantos
sucessos.
Eu
quero deixar o meu a agradecimento a todos vocês que fazem da tradição da
Música Sertaneja esse valor tão histórico do nosso país, do nosso estado. Não
tem ninguém melhor que vocês, brasileiros.
Cultura?
Vocês estão à frente, porque é do coração e esse Prêmio
Inezita Barroso, idealizado pelo nosso colega, deputado Marcos, faz
justiça ao trabalho de cada um dos senhores e da senhora.
Presidente
deputada Bebel, conte com o meu o apoio. A sugestão
foi nossa de ampliar e compartilhar a indicação não só com os deputados, mas
também com a sociedade civil organizada. (Palmas.)
A
deputada Bebel não comentou, mas muitas
indicações que estão aqui, ela assumiu como sua, mas vieram da sociedade
civil. Outros deputados também assumiram como deles, mas foi a
própria sociedade civil que indicou.
Porém,
a lei não permite a indicação pela sociedade civil, até agora, só por deputados.
Então, muitos de nós acabamos indicando em nome da sociedade, mas no próximo
ano, se Deus permitir e a burocracia deixar, nós iremos mudar a legislação e
ampliar para que a sociedade civil possa ter uma participação mais ativa.
Meu
muito obrigado a todos e vou continuar até o fim prestigiando cada um dos
senhores e das senhoras que ainda vão ser homenageados.
Passo
a palavra para a nossa querida dupla. (Palmas.)
O
SR. CHICO AMADO - Obrigado a todos.
Primeiramente à Mesa, aos deputados e deputadas e muito obrigado ao nosso
deputado Dirceu Dalben. Eu vou ser breve, porque tem mais homenageados e eu acho que o gesto de alegria vale
mais que mil palavras.
Nós
estamos muito felizes por esta homenagem, honrados. A gente vai cantar uma
canção chamada “Recordação” e recordar tudo o que a Inezita representa para a
nossa Música Sertaneja. Eu gostaria que cada um de vocês soltasse a voz, o
refrão é fácil, e onde ela estiver ela vai ficar feliz.
Deputado
Dalben, deputada Bebel e todos nosso muito obrigado por tudo e que Deus nos abençoe
em construir mais “Música Raiz” para homenagear a nossa Inezita Barroso, que
vai ficar feliz onde estiver.
Nosso muito obrigada, gente.
O
SR. XODÓ - Obrigado,
gente. É um prazer, em nome de Chico Amado e Xodó, e parabéns ao deputado
Marcos Martins, que criou o projeto.
Teremos
a honra de cantar uma canção agora e agradecer, muita honra.
Muito obrigado ao nosso grande deputado Dalben por indicar Chico Amado e Xodó. Obrigado Dalben, obrigado a todos os deputados que formam a Mesa.
Para nós é uma honra, muita honra.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - E então, senhoras e senhores, com vocês a dupla
Chico Amado e Xodó.
O SR. CHICO AMADO - Obrigado. Gente,
nós vamos cantar uma canção chamada “Recordação”. Gostaria que cada um de vocês
soltasse a voz, porque é um refrão fácil e é uma música que retrata tudo o que
a Inezita Barroso fez para a nossa música. Aliás, a homenageada de hoje é ela e
todos nós vamos homenageá-la cantando essa canção. Vamos lá.
*
* *
- É feita a
apresentação musical.
*
* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Obrigado à dupla Chico Amado e Xodó e também aos
profissionais Jader e Jair, que acompanham a dupla nesta ocasião aqui na
Assembleia Legislativa de São Paulo.
Seguindo
com as nossas homenagens, chegou o momento de falarmos de Pereira da Viola, que
será o nosso próximo homenageado, indicação da deputada estadual Márcia Lia e
do vereador Jair Tatto. Nós vamos convidar, para que
faça a entrega deste prêmio tão especial, o deputado federal pelo Partido dos
Trabalhadores, Sr. Nilto Tatto.
A
trajetória histórica do artista começa em 1985, influenciado pelas obras de
artistas como Décio Marques, Rubinho do Vale, Titane,
Milton Nascimento, Tonico e Tinoco e Almir Sater.
Ao
longo dos anos, passando pelas décadas, Pereira da Viola se aprimorou, e chega,
em 2020, compondo e se apresentando por todo o Brasil, preparando, ainda, novos
trabalhos com muito fôlego, com muita disposição. Vamos, neste momento,
acompanhar a homenagem a este grande artista da música de nosso país.
*
* *
-
É entregue o Prêmio Inezita Barroso.
*
* *
O SR. NILTO TATTO - Quero cumprimentar a Bebel,
presidente da comissão que também está coordenando este evento com muito
carinho, o deputado Marcos Martins, pela brilhante ideia de ter trazido e
aprovado o Projeto de Lei para homenagear Inezita Barroso e o que ela significa
do ponto de vista de manter viva, disseminar e divulgar a cultura de raízes do
Brasil. Cumprimentar o deputado Dirceu Dalben.
Quero também agradecer à deputada Márcia Lia,
ao vereador Jair Tatto e ao deputado Ênio Tatto, que estão dando este prêmio ao Pereira da Viola, que
está aqui com o seu irmão, Dito, a quem eu conheço há muito tempo.
Fico
honrado por ter sido escolhido para poder fazer a entrega em nome dele,
deputada Márcia Lia, deputado Enio Tatto e vereador
Jair Tatto, mas como o
Pereira e o Dito irão dar uma palhinha logo na sequência, eu quero na verdade
aproveitar a oportunidade para falar algumas coisas que a música do Pereira
inspira na gente.
Eu
tive a oportunidade, inclusive, no ano passado, e também a convite do deputado
Marcos Martins, de vir para cá e essa é uma oportunidade para a gente ir cumprimentando
todos os artistas que são premiados, porque para poder ter inspiração para
fazer aquilo que vocês fazem, artistas, de colocar e
expressar o sentimento do povo brasileiro através da música, da poesia, enfim,
das diversas formas, tem a ver com o lugar onde a gente pisa e com as coisas
com as quais a gente convive, com a comunidade com a qual a gente convive.
Então
eu quero só chamar a atenção, e por isso desejar vida longa e boa aos artistas e
que continuem produzindo, porque as condições para continuar produzindo a
diversidade cultural, a expressão cultural, no Brasil, e em especial no estado
de São Paulo, elas têm mudado muito nos últimos anos.
Então,
se a gente um dia tiver só eucalipto, cana-de-açúcar e soja nós não vamos ter
mais aquela diversidade da agricultura familiar, que inspira.
Se
virar tudo fazenda e não tiver mais a agricultura sem o camponês, sem o
quilombola, sem o indígena e sem o agricultor familiar não terá mais aquelas
festas, ou a diversidade de festas, que na agricultura é
expressada, que sempre foi divulgada por Inezita Barroso e que é
divulgada por vocês.
Então,
para a gente continuar tendo a diversidade cultural, que é a grande riqueza
desse país, nós precisamos manter a diversidade da agrobiodiversidade
também. Para isso, é fundamental que a terra seja distribuída nesse país e que
a gente volte a dar ênfase na produção de alimentação sadia, inclusive para
poder ter vida no futuro e diminuir o veneno que vem à mesa no dia a dia com
essa agricultura que temos hoje.
Então
obrigado, Pereira. Eu fiz questão de levantar essa preocupação porque a sua
música e
a sua poesia ,você, o Dito e todos os artistas aqui,
inspira a gente a lutar em defesa da vida.
E
a defesa da vida implica a diversidade étnica, cultural, e a expressão cultural,
diversidade é expressão cultural.
Grande
abraço a todos, e vamos ver essa expressão através do Pereira. (Palmas.)
O SR.
PEREIRA DA VIOLA - Boa tarde a todos
e todas.
Quero,
em primeiro momento, agradecer a toda a conspiração Divina por permitir que um
dia eu pudesse ter vivido no mesmo tempo em que a nossa madrinha, Inezita
Barroso, também vive.
Quero
também agradecer à Mesa e à comissão que constituiu este prêmio e ao Marcos
Martins, que teve esta feliz iniciativa.
Quero agradecer à Professora Bebel e quero agradecer, também, a esse grande amigo, que é
como se fosse da minha família, Nilto Tatto e o Jair Tatto, toda a
família Tatto, que sempre nos recebe com algo
especial, algo que só aqueles que detêm a verdadeira cultura, a verdadeira arte
brasileira, que têm as suas origens no campo, que têm as suas origens nos
rincões deste nosso Brasil podem receber, e esta é a grande diferença.
Nada
contra as grandes cidades, mas aqueles que nasceram ao som dos pássaros, ao som
das violas, com a “Folia de Reis” chegando às suas casas, sabem que a riqueza
que cada um de nós carrega dentro do peito será eterna, ela não morrerá.
Quero,
inclusive, fazer uma referência, porque muitas falas estão citando
o resgate da cultura camponesa, o resgate da cultura caipira, o resgate da
Música Caipira, mas a Música Caipira não precisa de resgate, porque a gente
resgata aquilo que já está morto e a cultura caipira está viva nos nossos
peitos, ela está viva no nosso dia a dia e em todos os cantos deste país. (Palmas.)
Portanto,
houve uma fala aqui que eu gostei muito, já não me lembro
qual foi o deputado que falou,
sobre a valorização. A sociedade brasileira precisa
valorizar a sua identidade, a sua cultura e as suas raízes, por isso nós temos
esse Prêmio Inezita Barroso, nossa grande madrinha.
Uma
salva de palmas para Inezita Barroso, uma salva de palmas para toda essa
comissão maravilhosa, que pensou e, principalmente, que já está pensando que no
próximo ano será muito mais amplo. (Palmas.)
Um grande abraço, e nós vamos cantar uma cantiguinha ali para vocês, trazida com muito carinho.
Muito
obrigado a todos.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Destacando mais uma vez que o deputado estadual
Ênio Tatto também fez a indicação para a premiação,
para a homenagem ao artista Pereira da Viola, que vai se apresentar já, dentro
de alguns segundos, a todos os presentes nesta cerimônia.
Enquanto
o nosso artista se posiciona, agradecemos as presenças da assessora parlamentar
Fernanda Curti, representando a deputada Márcia Lia. Também obrigado ao Sr.
Flávio Mórbio, assessor parlamentar, representando o
deputado estadual Itamar Borges. (Palmas.)
O SR.
PEREIRA DA VIOLA - Gente, antes de
começar a tocar, eu gostaria de informar que, no dia 14, eu e o meu irmão Dito,
que é o mano mais novo, é a “rapa do tacho”, o 13º, o que é uma coisa também
importante da nossa cultura: as famílias tinham muita gente. Então o Dito é o
13º e quase que tinha o 14º, não é Dito?
O
SR. DITO - Quase,
quase. Eu queria contar um pouquinho de uma história que teve com a Inezita, você
nem se lembra, mas eu me lembro, e, ouvindo o que você falou agora, eu vou
falar.
Aconteceu
comigo, em um dos programas da Inezita em que eu fui, e que você falou
justamente isso, da família e tal, que eu era a “rapa do tacho”. Então ela fez
aquela esplanada, eu lá no camarim e tal, ela falou assim, isso aqui nunca mais
saiu da minha memória, ela falou assim: “Então vem pra cá, ‘rapa do tacho’!”,
porque você falou. Então eu fiquei muito feliz e agradecido, e eu fico muito
feliz de estar participando junto com o meu irmão aqui desse momento. Vamos lá.
*
* *
- É feita a
apresentação musical.
*
* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Uma apresentação que, certamente, trouxe
muita emoção, como podemos notar no olhar de vocês, obrigado.
Seguimos
com as nossas homenagens para falar que o nosso próximo homenageado será Filpo Ribeiro, que foi indicado pelo deputado estadual
Adalberto Freitas, que será representado por Tamires Perugini Almeida. Vamos, neste momento, homenagear Filpo Ribeiro.
Falando
um pouquinho mais de sua trajetória, estudou na Universidade Livre de Música,
atual Emesp Tom Jobim e na faculdade Alcântara
Machado, FAAM. Realiza diversos trabalhos e pesquisas com instrumentos de
tradição popular, como rabeca, viola caipira, marimbau
e violão.
É
um dos criadores do grupo Jovens Fandangueiros de Itacuruçá,
na Ilha do Cardoso, Cananéia, São Paulo. Durante dois anos, trabalhou com o
grupo Paranapanema, pesquisando e executando repertório baseado no Samba
paulista, congadas e batuques de umbigada.
Vamos
homenagear, portanto, Filpo Ribeiro, nesta ocasião
tão especial.
A SRA.
PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bem, eu vou fazer aqui a vez do deputado estadual
Adalberto Freitas, que não está presente por alguma razão, e é claro que não é
por qualquer outra razão que não a impossibilidade de estar.
Quero
cumprimentá-lo, Filpo, por também compor esse rol de
artistas sertanejos de Raiz Caipira que enriquecem a
cultura brasileira, a cultura no estado de São Paulo.
Se
nós pensarmos que todos nós, antes da televisão, ligávamos o radinho e
acordávamos de madrugada, com o meu pai ouvindo, por exemplo, eu sou da região
de Piracicaba, o “Rio de Piracicaba”.
Enfim,
todas as músicas caipiras que aqui foram cantadas e mencionadas, eu acredito
que isso está enraizado e que nós precisamos, na verdade, garantir que essa
identidade cultural deste estado, do país, não se perca.
Não porque a gente não aceita culturas externas,
não é isto. A cultura externa é bem-vinda, mas a nossa cultura é identidade e,
como educadora que sou, quero dizer que faço uma luta incansável para que a
cultura integre a educação e seja quase parte inseparável, para que a gente
forme os nossos alunos para valorizar a identidade, porque só valorizando a
identidade é que a gente garante a soberania nacional.
Então,
parabéns para o Filpo, parabéns para todos e todas e
dizer para vocês que é uma satisfação, mais uma vez, estar aqui homenageando o
artista. Por favor, Filpo, a palavra é sua.
O
SR. FILPO RIBEIRO - Boa tarde. Quero
agradecer à deputada Bebel, aos deputados da comissão
e lembrar da importância da Inezita.
Uma
das coisas que a gente costuma ouvir, quem trabalha com “Música Raiz”,
normalmente se fala muito que não se toca mais na rádio ou na TV porque as
pessoas não têm interesse, mas o programa da Inezita e a figura dela em si
mostram justamente o contrário, o programa dela, durante anos, foi um dos
programas com maiores audiências na TV Cultura.
Então,
faltam mesmo iniciativa e persistência, como a Inezita teve, de mostrar a
cultura tradicional, seja caipira, caiçara, quilombola, do Brasil todo e agora,
especificamente falando, do estado de São Paulo.
É
uma coisa que, se tiver espaço, vai ser apreciada independente da entrada e da
mistura de música externa, de cultura externa ou da tecnologia atual. Mas é uma
coisa que tem que ser mostrada, tem que ter essa persistência para evidenciar
esses trabalhos dos homenageados e homenageadas.
Outra
coisa, também, pegando um pouco o caminho na fala do deputado, se tratando da
cultura caiçara de onde eu estive, foi minha grande escola, essa ocasião é uma
das frentes importantes para a manutenção.
Também
lembrando Pereira da Viola: “Não é um resgate, mas a manutenção e valorização
da cultura”, é uma das frentes apenas, que é
homenagear o que vem sendo feito, a tradição que existe.
Outra
frente importante tem a ver, de novo, a cultura caiçara é muito ligada a isso, com
a terra, os costumes, a música e a cultura. Não é somente a música, não é só o
artista que toca, os mestres estão envolvidos e têm ligação com a terra, com os
trabalhos diários, com a labuta na terra e, no caso dos caiçaras, no mar.
Então,
você tem que, de várias formas, essa é uma das lutas e das frentes,
dar condições para que esses mestres e produtores de cultura se mantenham no
seu território, se assim eles quiserem, produzindo sua culinária e sua
sabedoria tradicional, que é passada de pai para filho através da oralidade. Dar
condições para que eles permaneçam na terra.
Infelizmente, o que a gente vê há vários anos,
e agora está se intensificando, é a perda do território das comunidades
tradicionais.
Isso
acontece na Ilha do Cardoso, aprendi com os mestres de lá, com leis que
prejudicam o morador tradicional, que sempre usou da terra e soube preservar,
e, por outro lado, permitem o uso de terra indígena e quilombola para a
especulação imobiliária, que nem está acontecendo agora no Jaraguá para a
mineração e coisas que destroem totalmente a produção cultural e o modo de vida
desses povos tradicionais quilombolas, indígenas, caiçaras, ribeirinhos e
caboclos.
Então,
é uma coisa que a gente tem que olhar lá no cerne, lá na raiz dessa questão.
Para se ter situações como esta, de homenagem e de
valorização, a cultura tem que continuar existindo, temos que dar condições
para que ela continue existindo e uma das condições principais é manter o povo,
dar condições para que o povo continue lá.
Então,
acontece lá. O “caiçara” não pode extrair uma árvore para fazer um instrumento,
uma rabeca, uma viola, ele não pode fazer mais a roça de subsistência, então há
essa contradição, enquanto mineradoras, grileiros, etc. invadem terra e não se
faz nada.
Agora
é um momento importante para discutir, esse momento que é a ponta final dessa
cultura que é produzida, mas lá atrás tem muita coisa acontecendo e muita coisa
sendo ameaçada justamente por esses interesses, que não são, de modo algum,
interesses para a preservação da cultura e vão contra a preservação da cultura,
muitas vezes.
É
preciso tentar achar uma forma sustentável desse desenvolvimento que tanto se
fala, para que a gente consiga manter a cultura, a produção cultural, os
mestres fazendo a cultura deles e passando para as novas gerações, para depois
a gente chegar e estar aqui recebendo essa homenagem.
Eu
me considero mais um pesquisador que foi para essa região. Tem aí o meu
camarada, meu irmão Vadico, que foi um dos
incentivadores, um dos mestres dessa sabedoria, que foi passada para ele de
forma oral, de forma tradicional, através dos hábitos e da lida diária.
A
cultura e a música estão envolvidas dentro disso, dos costumes, dos trabalhos
de mutirão que se faziam, e na cultura caipira também é assim.
Hoje um pouco
menos, mas essas culturas tradicionais ainda mantêm essa tradição dos mutirões,
dos trabalhos comunitários.
Para fazer isso, você precisa da
terra, precisa do seu espaço e da sua liberdade para fazer com consciência um manejo
do seu espaço. Então é isso, lembrar sempre, quando há situações dessas eu tenho que lembrar, desses que ensinaram muitas
coisas e que vivem nesse cotidiano, nesse contexto.
Agradeço demais e
espero que no ano que vem se amplie, também, assim
como a quantidade, a participação popular. A professora falou muito bem do
papel da Inezita como mulher e nessa edição vi poucas mulheres sendo homenageadas, isso também seria importante, pois tem muita
mulher fazendo trabalhos dentro da cultura caipira, valorizando, tem que olhar
também para esse lado.
Agradeço demais a
homenagem e agradeço a todos. Parabéns aos homenageados. Vou tocar um toque tradicional do fandango caiçara,
um dom-dom, dar um tapa na rabeca aqui. É ruim de
afinar, na quaresma é pior ainda.
*
* *
-
É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Agradecemos as presenças de Josué Pereira
Carrapeiro, presidente da Vale TV, de Barretos, e
também do Sr. Iduigues, vereador de Mogi das Cruzes.
Seguindo
com as homenagens tão especiais deste dia, vamos falar de uma dupla que é
conhecida nacionalmente já há muitos anos: Teodoro e Sampaio. A dupla será
representada, neste ato de homenagem, pelo filho do Teodoro, o Marcelo Teodoro,
e ele receberá a placa de homenagem do sempre deputado estadual, Sr. Marcos
Martins.
Teodoro e Sampaio tocam juntos desde 1980. Formados
inicialmente com Aldair Teodoro da Silva, que é de Ribeirão do Pinhal e Gentil
Aparecido da Silva, de Uraí, o nome da dupla é uma
homenagem à cidade de Teodoro Sampaio.
Ao
longo de décadas, de muitos anos, uma dupla que ficou marcada pelas canções de
amor, pelas canções românticas e pelas canções com ótimo tom de bom humor também.
Senhoras
e senhores, chegou o momento de homenagearmos essa
dupla de tanto sucesso, Teodoro e Sampaio.
O
SR. MARCOS MARTINS - Cumprimentar a
dupla por tudo o que representou, por tudo o que fez
pela Música Sertaneja, pela Música Caipira deste Brasil e não só no estado de
São Paulo. Então, gostaria de deixar a você a mensagem, que você pudesse dar o
recado.
O
SR. MARCELO TEODORO - Boa tarde a todos.
Quero saudar a Mesa Diretora, na pessoa da deputada Professora Bebel, e a todos os nobres deputados que compõem essa Casa
Legislativa, que tanto contribui para o desenvolvimento e o crescimento desse
nosso estado pujante, que é o estado São Paulo.
Trago as desculpas da dupla, porque estão em
turnê no Rio Grande do Sul e a logística não foi possível para que eles
estivessem aqui hoje, mas estão em pensamento e em coração. Meu pai já me ligou,
acho que umas três ou quatro vezes, para saber como é que foi. Quer fotos, quer
filmagem, enfim.
Para
a gente é um prazer, um momento de muito orgulho e de muita honra, porque eu
cresci em um lar que é basicamente a essência da Música Tradicional Sertaneja,
da Música Caipira.
Eu
cresci ouvindo, e tive a grande honra de compartilhar a presença e de ver
cantar ao vivo, assim, perto de mim, duplas como o Tião Carreiro e Pardinho, Zico e Zeca, Abel e Caim, Liu e Léu e tantos
outros de grande expressão da “Música Raiz” Sertaneja.
Esse
prêmio, com o nome da nossa grande Inezita Barroso e quero parabenizar aqui o
nobre deputado Marcos Martins, porque foi o precursor disso tudo. Parabéns pela
ideia e parabéns também pelo nome, porque Inezita realmente representa a grande
essência da “Música Raiz”.
Inezita
estava sempre à frente da sua época, ela foi uma guerreira e
uma batalhadora que levou o seu dom e o seu ideal à frente da sua época.
Lutou
contra o preconceito por ser mulher, mas conseguiu mostrar que ela tinha, sim,
todo o talento e toda a condição de ser quem ela chegou a ser e trazer isso
para a gente, trazer a essência da “Música Raiz”, da Música Caipira.
Então,
para Teodoro e Sampaio é uma grande honra e um grande prazer e a gente quer
deixar o nosso carinho e a nossa admiração e convidar todos vocês para assistir
o programa Amigos do Teodoro e Sampaio, o qual eu apresento junto com o meu pai
todos os domingos na Rede Vida, às 10 horas da manhã.
Agradecer
ao deputado Mauro Bragato, que nos indicou para esse
prêmio; agradecer a toda a Assembleia, a todos os servidores que nos acolheram
com tanto carinho desde o coffee break
até o presente momento; meus amigos Chico Amado e Xodó, dos quais eu sou fã de
carteirinha; a todos os premiados que a gente acompanhou, estamos acompanhando
desde o início, por mostrar o carinho, o amor, a abnegação pela arte e pela
cultura da Música Sertaneja.
A
gente tem esse compromisso de ter a responsabilidade de levar às futuras
gerações essa tradição, de estar incentivando cada dia mais e eu fico muito
contente, deputada Bebel, que no ano que vem vai ser
ampliado ainda mais isso, esse prêmio e essa festa maravilhosa que vocês
promovem aqui na Alesp.
Então
muito obrigado, Teodoro e Sampaio agradece, nos sentimos muito honrados, e que
Deus abençoe a todos e a todas.
Grande abraço e feliz Dia das Mulheres no dia
8 próximo.
Um
grande abraço, obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Obrigado ao Marcelo Teodoro,
representante da dupla Teodoro e Sampaio. Nós também queremos registrar aqui a
presença da deputada estadual Leci Brandão (Palmas.)
Me informaram, agora,
que tem um vídeo da dupla.
***
-
É reproduzido o vídeo.
***
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Após este vídeo gravado pelo Teodoro,
quero registrar que nós vamos prosseguir com as nossas homenagens.
Essa
próxima tem um caráter ainda mais especial, uma homenagem “in memoriam” a um artista que marcou o seu nome de uma forma
única: o artista Dorinho, que será representado por
sua esposa, Iara Aparecida Benedetti Cunha. (Palmas.)
Indicação
do senhor João Luiz Carlos Felicidade, a deputada estadual Professora Bebel fará a entrega da placa juntamente com a deputada
estadual Leci Brandão.
Nascido
na cidade de Bernardino de Campos, interior paulista, aos oito anos de idade Dorinho já fazia sucesso cantando nas festinhas da escola e
em aniversários também.
Em
1953 deixou a terra natal, para tratar da saúde em São Paulo, quando conheceu o
cantor Doro, que o convidou para que pudessem formar
a dupla Doro e Dorinho.
Ao
longo de tantos anos e tantas décadas, houve muita emoção na carreira desse
artista que marcou, e marcou muito. Não à toa, hoje recebe esta homenagem em um
evento tão importante que leva o nome de Inezita Barroso.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Boa
tarde a todos e todas. Excelentíssima senhora presidente da Comissão de
Educação e Cultura, Professora Bebel e professor,
nosso sempre deputado, Marcos Martins, que foi o autor desse projeto.
É
importante estar aqui, cheguei somente agora porque nós estamos às vésperas do
Dia Internacional da Mulher e a gente tem uma série de providências para tomar,
mas eu não poderia deixar de estar presente.
Ontem,
aqui na tribuna, eu falei sobre a importância desse prêmio e dizer que a Música
Popular Brasileira só é completa, só é inteira, porque
também tem a Música Sertaneja.
Eu
peço a essa plateia muitos aplausos para a Professora Bebel,
para todos os deputados e deputadas da comissão e para todos os artistas da
Música Sertaneja. (Palmas.)
Dona Iara,
tenho o máximo prazer, e quem me concedeu esse prazer foi a Professora Bebel, de entregar essa placa do Prêmio Inezita Barroso.
A SRA. IARA APARECIDA
BENEDETTI CUNHA - Eu que agradeço. Gente aqui presente, agradeço a presença de todos e quero primeiramente
agradecer a Deus, porque sem ele eu não estaria aqui e nenhum de vocês.
Depois, quero agradecer a todas essas pessoas
que colaboraram para isso; à Professora Bebel; ao meu
amigo Luiz Carlos Felicidade; a todos aqui presentes por esse prêmio para essa
pessoa que, merecidamente, está recebendo: Dorinho,
meu esposo, que tanto fez pela Música Sertaneja. Então quero agradecer a todos
e agradeço também a você, Leci,
que me entregou.
E quero dizer a vocês, também não consigo
falar muito, porque a emoção toma conta, que eu estou muito feliz, muito mesmo,
principalmente por ele, que está já há quase nove anos junto de Deus e sendo
lembrado aqui. Muito obrigada a todos.
Está
aqui comigo, também, a minha parceira, porque o Dorinho
se foi, mas a música corre na veia da gente e a gente não pode parar. Então, eu
pedi a Deus que me mandasse uma parceira ou um parceiro para eu continuar essa
jornada que ele me deixou, que ele me ensinou e está aqui a minha parceira
Raquel.
Nós
vamos fazer uma homenagem para ele cantando uma música dele e do Neneti, que é a “Morena Cheirosa”.
Obrigada.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI – Destacando, que os músicos Valmir, no
violão, Pontelli, no acordeão, e Júlio, na harpa, vão
participar dessa linda apresentação com a Iara e a Raquel.
A SRA. IARA APARECIDA
BENEDETTI CUNHA - Vamos cantar,
então, em homenagem ao grande Dorinho e, também, à
minha grande e querida amiga Inezita, porque é graças a ela que nós também
estamos aqui. Ela é a homenageada.
Então,
vamos cantar, de Neneti e Dorinho,
a música “Morena cheirosa”. Vamos lá. (Palmas.)
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
A SRA. IARA APARECIDA
BENEDETTI CUNHA – Obrigada, Luiz
Carlos Felicidade, por nós estarmos aqui hoje. Obrigada a todos e obrigada
Inezita, muita luz no seu caminho.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Apenas a destacar que Inezita Barroso
sempre deixou claro quanto gostava de ouvir a Iara cantando e hoje nós tivemos
aqui esse privilégio e essa emoção. Nós que agradecemos, com toda a certeza.
A
partir deste momento, quero fazer os agradecimentos a todos os deputados
membros da Comissão de Educação e Cultura, e aos deputados e à sociedade civil
que indicaram os homenageados que abrilhantaram tanto o nosso evento.
Obrigado
ao sempre deputado Marcos Martins e a todos os demais deputados e deputadas que
participaram desta sessão, que certamente vai ficar marcada para todos que
tiveram o privilégio de acompanhá-la.
Neste
momento nós queremos também agradecer, de uma forma muito especial, ao Sr.
Marcelo Gomes Aranha de Lima e vamos chamá-lo, inclusive, neste instante para
que possa receber nossa homenagem. Ele é sobrinho de Inezita Barroso e vai
representar toda a família da Inezita.
A deputada estadual Professora Bebel fará a entrega desta linda homenagem.
*
* *
-
É entregue a homenagem.
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* *
A SRA.
PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Vou ser bem sucinta: é uma honra ter aqui ao meu
lado o sobrinho da Inezita Barroso. Dizer que a cada ano, o deputado Marcos
Martins idealizou e colocou em prática, e a cada ano cada comissão de deputado
carrega esse evento.
São
importantes também os aplausos para todas as comissões, presididas ou não, que
foram carregando esse evento da Inezita Barroso, porque, como eu disse já de
início, ela marca muito a cultura da Música Caipira. E nós, sobretudo as
mulheres, devemos muito a Inezita Barroso. Muito obrigada.
Com a palavra, o sobrinho de Inezita Barroso.
O
SR. MARCELO GOMES ARANHA DE LIMA – Bom,
vou ser breve. Eu gostaria de cumprimentar o deputado Martins, que na época
instituiu o Prêmio Inezita Barroso.
Queria
também cumprimentar a nossa deputada, Professora Bebel,
pela iniciativa de estar levando esse projeto. Hoje é o 4o Prêmio
que está sendo realizado aqui nesta Assembleia.
Vou
ser muito breve: eu acho que de onde está a Inezita, minha tia, eu trabalhei
com ela como produtor e onde ela estava eu estava junto, eu acho que ela deve
estar muito contente pelos homenageados que hoje aqui se encontram, como o meu
amigo Chico Amado e Xodó, que estava sempre no programa.
Ela
fazia questão, ela até brigava que tínhamos que valorizar o compositor e falar
sempre o nome dos compositores em todos os programas, ela exigia isso, e sempre
aparecia o nome de compositor.
O
deputado que também homenageou o pessoal do folclore de Olímpia, a Inezita. Não
sei se vocês sabem, ela foi uma grande folclorista e recolheu muita coisa. Como
muita gente não deu valor, ela sempre falava isso em tantas entrevistas dela,
ela pegou tudo e depois pôs fogo.
Então,
ela tinha tudo na cabeça, mas podia ter deixado muita coisa que podia ser
aproveitada, mas, infelizmente, em um momento de raiva, ela queimou tudo o que
tinha recolhido, mas guardou tudo na cabeça.
Fico
muito contente por todos os deputados aumentarem esse Projeto, para o ano que
vem ter mais homenageados.
Fico
muito grato em estar honrando a minha tia, onde ela estiver. Faz cinco anos que
ela faleceu, e ela faz muita falta para mim. Descanse em paz.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - RAFAEL SPINELLI - Neste momento, passarei a palavra à
presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada estadual Professora Bebel, para que possa fazer o encerramento oficial desta
solenidade.
A SRA.
PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Antes, porém, por tudo o que foi mencionado aqui, a
Comissão de Educação e Cultura tem um papel, eu acho que é o mais correto. É a Comissão
que, inclusive, incorpora a cultura também, não é só a Educação,
mas a Educação e a Cultura, que é como deve ser.
Então,
eu gostaria aqui de chamar o deputado Marcos Martins e homenageá-lo, também, e
dizer que nós vamos carregar, todo mundo vai carregar,
isso como um compromisso de manter a Cultura Popular Caipira paulista e
paulistana.
Enfim,
como busca e resgate sempre da nossa identidade, de um povo, de uma nação,
porque um país sempre é mais forte quando a identidade está devidamente
resgatada.
Então,
deputado Marcos Martins, satisfação tê-lo aqui, ao mesmo tempo agradecer a
presença do senhor e o trabalho desenvolvido na Comissão também, quando esteve
aqui na Casa.
Muito
obrigada.
O
SR. MARCOS MARTINS - Cumprimentar a
todos que ficaram aqui até agora e pedir que possam continuar ajudando a música
e a cultura do povo brasileiro, para que o povo seja lembrado, seja valorizado.
Parabéns!
Viva Inezita Barroso, viva a Música Caipira, a “Música
Raiz” caipira de todo o Brasil! Muito obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Bem, agradeço a presença de todo o público presente.
Agradeço a todos que persistiram até agora, não é uma persistência, muitos
tiveram que sair mesmo.
Que
gostoso que é ficar aqui curtindo, sabendo e aprendendo histórias que muitos
não sabiam. Iara ainda está aqui, que satisfação e que coisa gostosa te
conhecer pessoalmente, o Dorinho não está aqui, mas
você está aqui.
A
Inezita não está aqui, mas vocês estão aqui para dar continuidade, é isso que é
um pouco da vida.
Esgotado então objeto da presente sessão, a
Presidência agradece as autoridades, a minha equipe, os funcionários dos
serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral
Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa e das assessorias policiais Civil e Militar, bem como a todos que, com as suas
presenças, colaboraram para o êxito da solenidade.
Está
encerrada a sessão. Meu forte abraço, e muito obrigada.
* * *
-
É encerrada a sessão às 13h40min.
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