17 DE MARÇO DE 2020
28ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS, CAUÊ MACRIS e DELEGADO
OLIM
Secretaria: CORONEL TELHADA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Saúda os aprovados do concurso da Secretaria de Administração
Penitenciária, que estão acampados no entorno desta Casa, exigindo a convocação
imediata. Lamenta a falta de agentes penitenciários no estado. Tece críticas à
decisão do governador João Doria de suspender as aulas de forma gradual.
Assevera que as escolas não têm condições higiênicas para receber os alunos.
Exige fechamento das escolas e liberação dos servidores da Educação no âmbito
municipal e estadual.
3 - DOUGLAS GARCIA
Repudia o pronunciamento da deputada Janaina Paschoal, ontem,
nesta Casa. Lembra quando a parlamentar o defendera, alegando não ser ingrato.
Elogia o presidente Jair Bolsonaro, que, a seu ver,
deve ser reeleito no próximo pleito para a presidência do país.
4 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Em nome da presidência efetiva, cancela sessão solene
convocada para o dia 27/03, às 20 hs.,
para a "Concessão do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São
Paulo ao senhor José Trajano", a pedido do deputado Paulo Lula Fiorilo.
5 - CORONEL TELHADA
Solidariza-se com os aprovados no concurso de agente
penitenciário que aguardam convocação. Saúda o município de Indiana, que
aniversaria hoje. Lembra que há seis anos, nesta data, iniciava-se a
"Operação Lava Jato". Frisa a importância das Forças de Segurança
neste momento de pandemia. Relata a morte de policial militar de Sergipe. Exibe
e comenta vídeo acerca da fuga de detentos, ontem, em várias rebeliões no
estado.
6 - CORONEL NISHIKAWA
Diz ser solidário aos aprovados do concurso para agente
penitenciário. Lamenta por esta Casa ainda não se encontrar fechada, devido à
pandemia de Covid-19. Demostra
preocupação com sua saúde, já que faz parte do grupo de risco. Preocupa-se com
os agentes de Segurança Pública, que permanecem trabalhando normalmente. Exige
medidas sérias de proteção a estes profissionais. Tece críticas ao
pronunciamento da deputada Janaina Paschoal, ontem, neste Parlamento. Elogia o
governo de Jair Bolsonaro.
7 - PROFESSORA BEBEL LULA
Solidariza-se com os aprovados em concurso, que exigem
convocação imediata. Discorre acerca da Covid-19.
Defende a suspensão imediata de aulas em escolas das redes estadual e municipal
de ensino. Clama ao governador que tome providências acerca da questão.
8 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Comunica que o afastamento da deputada Edna Macedo fora
preventivo, por fazer parte de grupo de risco de contaminação por Covid-19.
9 - MÁRCIA LULA LIA
Solicita que esta Casa deve ser fechada por prevenção.
Critica o presidente Jair Bolsonaro por participar de
manifestações no último domingo. Elogia o pronunciamento da deputada Janaina
Paschoal ontem, neste plenário, criticando o presidente da República.
10 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Solicita comportamento regimental dos presentes nas galerias.
11 - CONTE LOPES
Defende o presidente Jair Bolsonaro
diante das críticas. Argumenta que em todos os lugares existe o risco de
contaminação pelo coronavírus.
12 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA
Assevera que a Casa deveria estar fechada por
responsabilidade coletiva. Apoia os aprovados no certame para agente
penitenciário que aguardam convocação. Anuncia que, nesta semana, assume a
liderança do PSOL. Vaticina que epidemia ainda não começara no Brasil. Exige a
realização de testes para Covid-19 em toda a
população. Lembra a importância da Furp para o
estado. Exige a liberação de fundo emergencial para a Saúde e a pesquisa.
Condena a atitude do presidente Jair Bolsonaro em
participar de ato público, no último domingo.
13 - DOUGLAS GARCIA
Para questão de ordem, solicita a retirada, das notas
taquigráficas da sessão, de expressões usadas pela deputada Monica da Bancada
Ativista, que considerara inadequadas.
14 - GIL DINIZ
Para questão de ordem, exige que a deputada Monica da Bancada
Ativista respeite seus pares e o público presente nas galerias.
15 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA
Rebate os pronunciamentos dos deputados Douglas Garcia e Gil
Diniz.
16 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Solicita comportamento regimental dos manifestantes nas
galerias.
17 - MAJOR MECCA
Lastima a primeira morte, no Brasil, causada pela Covid-19. Tece comentários acerca
das rebeliões em penitenciárias do estado, que ocorreram ontem. Lamenta que
concursados para agentes penitenciários ainda não tenham assumido seus postos,
já que, a seu ver, são necessários na Segurança Pública. Disserta acerca dos
perigos e precauções contra o coronavírus. Frisa que
deve haver união no combate à doença. Elenca hospitais públicos na capital e os
poucos leitos de UTI disponíveis. Exige posicionamento deste Parlamento com
relação à estrutura de saúde do estado. Cobra atenção para com profissionais de
Segurança Pública, Saúde e Educação. Adverte que os problemas com a Covid-19 ainda estão no começo.
GRANDE EXPEDIENTE
18 - PAULO LULA FIORILO
Informa serem falsas notícias que afirmam que há portadores
de coronavírus em seu gabinete. Discorre acerca do
vírus infeccioso. Combate fake news
sobre a pandemia. Critica a posição do presidente da República perante a
situação alarmante. Afirma que membros do PSL estão se desvinculando das
ideologias do partido. Assevera que as minorias são as maiores afetadas pelas
iniciativas do governo Bolsonaro. Lembra rebeliões em
penitenciárias de São Paulo.
19 - CONTE LOPES
Rebate discurso do deputado Paulo Lula Fiorilo.
Repudia iniciativas do governo Doria. Combate críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Desaprova discurso do deputado Campos Machado.
Rebate discurso da deputada Janaina Paschoal acerca da postura do presidente da
República durante manifestação em prol de seu governo.
20 - PROFESSORA BEBEL LULA
Critica postura do presidente Jair Bolsonaro
durante ato favorável ao seu governo. Rememora impeachment de Dilma Rouseff. Valoriza a democracia. Afirma lutar pela Saúde
pública. Declara-se a favor da suspensão imediata de aulas em escolas da rede
pública de ensino. Discorre acerca do coronavírus.
Lembra promessa de gratificações, para professores, feita pelo governador João
Doria. Lamenta a remuneração do magistério. Valoriza a Educação. Rechaça o
comportamento de manifestantes presentes nas galerias.
21 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Solicita o comportamento regimental das galerias.
22 - LETICIA AGUIAR
Condena a postura de partidos da oposição com manifestantes
presentes nas galerias desta Casa. Lembra rebeliões em presídios de São Paulo.
Apela pelo aumento salarial da Polícia Militar. Discorre acerca da Covid-19. Salienta a importância dos profissionais da
Saúde. Defende o presidente Jair Bolsonaro. Afirma
ser conservadora a maioria da população brasileira. Lembra atentado ao
dirigente da República. Declara apoio ao governo Bolsonaro.
Rebate discurso da deputada Janaina Paschoal, acerca do afastamento de Jair Bolsonaro da presidência do Brasil.
23 - CAMPOS MACHADO
Comenta discurso da deputada Janaina Paschoal, ontem, em que
esta defende o afastamento de Jair Bolsonaro da
presidência do país. Lembra impeachment de Dilma Rousseff. Tece críticas à
postura da parlamentar. Afirma que a deputada teve o intuito de elaborar um
levante contrário a Jair Bolsonaro.
Acrescenta que a mesma teria sido eleita para o cargo de parlamentar por meio
de votos de eleitores do atual presidente.
24 - GIL DINIZ
Repudia discurso da deputada Janaina Paschoal em que a
parlamentar pede o afastamento de Jair Bolsonaro da
presidência da República. Declara apoio ao governo federal. Tece críticas aos
discursos de deputados da oposição, que defenderam a fala da deputada Janaina
Paschoal. Declara arrependimento por seu voto em Janaina Paschoal para a
presidência desta Casa.
25 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Assume a Presidência.
26 - ADRIANA BORGO
Pelo art. 82, agradece os policiais que estiveram aqui no dia
da votação da reforma da Previdência. Exibe vídeo da briga entre o governador
João Doria e o senador Major Olímpio. Lamenta a forma como João Doria tratou um
senador da República. Convida o senador Major Olímpio para vir a esta Casa e
ouvir os deputados, como seu convidado. Esclarece que nesta Casa tem gente que
defende a Segurança Pública.
27 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, diz que o deputado Gil Diniz fez uma
afirmação que não condiz com a verdade, de que ele teria passado os seus dez
minutos defendendo a deputada Janaina Paschoal. Esclarece que o problema foi o
que disse o "guru" do PSL, em ataque à deputada Janaina. Ressalta que
este deputado debate na política. Afirma que esta Casa pode contribuir com a
situação atual, primeiramente evitando as fake news.
28 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, esclarece que a deputada Edna Macedo não
está contaminada com o coronavírus. Afirma que foi
afastada por seu médico por estar no grupo de risco.
29 - CARLA MORANDO
Pelo art. 82, critica a atuação do senador Major Olímpio no
Senado Federal. Afirma que o mesmo não trouxe nada até agora para o nosso
Estado. Considera que o governador João Doria tem feito muito pela polícia
paulista, apesar das limitações e das melhoras necessárias. Discorre sobre a
arrecadação do estado de São Paulo. Ressalta que o governador de São Paulo está
buscando alternativas, junto aos senadores, para trazer recursos para São
Paulo. Menciona hospital, em São Bernardo do Campo, que está pronto, com 250
leitos parados, em razão da falta de envio de recursos do presidente Jair Bolsonaro para a compra de equipamentos. Informa que o
prefeito da cidade disponibilizou o hospital inteiro para tratamento de
pacientes com o coronavírus.
30 - MAJOR MECCA
Para comunicação, lamenta o comportamento do governador João
Doria ontem. Afirma que o senador Major Olímpio é um dos mais aguerridos
lutadores da Segurança Pública e que foi destratado como policial. Lamenta a
falta de compromisso do governador com sua promessa de campanha, de tornar a
polícia de São Paulo a mais bem paga do País. Cita diversos problemas da
Polícia Militar.
31 - PROFESSORA BEBEL LULA
Pelo art. 82, afirma que o verdadeiro líder tem que ser
aplaudido e vaiado. Mostra-se chateada em razão dos excessos em todo o período
da Previdência, também de sua parte. Considera que ser oposição é muito
difícil. Informa que, após uma apreciação precisa da reforma da Previdência,
foram detectadas inconstitucionalidades em relação ao seu conteúdo e que entrou
com uma ação direta de inconstitucionalidade, assentida pelo Tribunal de
Justiça.
32 - CAMPOS MACHADO
Pelo art. 82, defende o senador Major Olímpio. Considera o
mesmo ativo, trabalhador, sério e correto. Contesta a fala da deputada Carla
Morando de que ele não faz nada para o estado de São Paulo. Ressalta que todas
as emendas que cabem à ele foram destinadas ao
interior do Estado. Afirma que os seguranças de João Doria agiram com
truculência contra um senador da República. Diz ter ficado perplexo vendo o
vídeo. Destaca a honestidade e o amor profundo do senador Major Olímpio pela
Polícia Militar. Esclarece que diversos deputados não concordam com métodos
aplicados pelo governador João Doria. Diz ter vergonha da maneira como Major
Olímpio foi tratado. Solidariza-se com o senador.
33 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA
Pelo art. 82, destaca sua preocupação com todos os que
frequentam esta Casa. Esclarece que a bancada do PSOL gostaria do debate a
respeito do Plano Plurianual, com o objetivo de ajudar, contribuir e sonhar um
Estado melhor para todas as pessoas. Afirma que gostaria que a deputada Leci Brandão estivesse trabalhando online. Diz que não irá
obrigar nenhum parlamentar a ficar em plenário durante a sessão. Considera que
prioridade destes dias deveria ser o combate ao coronavírus.
Apela para que esta Casa auxilie com um pacote de ações para ajudar o Governo
do Estado a combater esta crise. Afirma que os deputados são parte desta
solução e que deveriam discutir como ajudar o governador e o Estado a enfrentar
esta crise. Comemora que a Justiça suspendeu a reforma da Previdência.
34 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Pelo art. 82, informa que hoje o Tribunal de Justiça acolheu
a ação de inconstitucionalidade para suspender a reforma da Previdência.
Considera que ainda há luta. Parabeniza a deputada Professora Bebel Lula pela ação. Lamenta que o Brasil esteja vivendo
uma situação vergonhosa frente a esta pandemia. Esclarece que todo o mundo está
reagindo com todas as forças para evitar a disseminação do vírus. Afirma que o
presidente Jair Bolsonaro não tem postura para o
cargo, sendo o único no mundo contrário a toda comunidade internacional.
Repudia o presidente por desdenhar da epidemia e de sua ameaça. Lembra que o
presidente ainda não sabe se está ou não infectado, e mesmo assim foi para as
ruas. Diz que o povo brasileiro está assustado. Relata que a postura do
presidente é injustificável e que o mesmo deve agir em defesa do País.
ORDEM DO DIA
35 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Informa ter em mãos requerimento, da Mesa Diretora, para a
não realização de sessões plenárias a partir do dia 23/03, em razão da pandemia
do coronavírus. Informa que a Mesa Diretora editou um
ato, com regras vigentes durante a pandemia do coronavírus.
Relata que foram suspensos todos os eventos e restringida a
entrada de pessoas neste Legislativo. Esclarece que os servidores do grupo de
risco deverão trabalhar em home office
e os parlamentares deste mesmo grupo estão desobrigados de suas atividades.
Ressalta que os funcionários com suspeita da doença serão também colocados em
home office. Diz que esta
Casa recebe em torno de cinco mil pessoas por dia. Informa que o Comitê de
Crise Virtual poderá, a qualquer momento, reconvocar as atividades
legislativas. Encerra a discussão e coloca em votação requerimento de suspensão
das sessões plenárias.
36 - TEONILIO BARBA LULA
Encaminha a votação do requerimento de suspensão das sessões
plenárias a partir do dia 23/03, em nome do PT.
37 - DANIEL JOSÉ
Encaminha a votação do requerimento de suspensão das sessões
plenárias a partir do dia 23/03, em nome do Novo.
38 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento para a
suspensão das sessões plenárias a partir do dia 23/03.
39 - PAULO LULA FIORILO
Solicita a suspensão da sessão por 30 minutos, por acordo de
lideranças.
40 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Anota o pedido.
41 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, informa ao deputado Daniel José que a
deputada Edna Macedo não está com coronavírus, mas
sim afastada por pertencer ao grupo de risco.
42 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Convoca a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento para
uma reunião extraordinária, a realizar-se 17/03, às 17h25min. Defere o pedido
do deputado Paulo Lula Fiorilo e suspende a sessão às
17h23min.
43 - DELEGADO OLIM
Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h55min. Convoca
os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se
em 17/03, dez minutos após o término da sessão.
44 - MARCOS ZERBINI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
45 - PRESIDENTE DELEGADO OLIM
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização
de sessão extraordinária, hoje, às 19 horas. Levanta a sessão.
* * *
-
Assume
a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
convida o nobre deputado Coronel Telhada para ler a resenha do expediente.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr.
Presidente, nós temos aqui uma indicação do prezado deputado Rafa Zimbaldi,
indicando, nos termos regimentais, ao governador João Doria, a doação dos
alimentos próximos ao vencimento, das escolas públicas da rede estadual de
ensino e das unidades do Centro Paula Souza, às famílias hipossuficientes ou
instituições filantrópicas.
Temos também um
requerimento do prezado deputado Ricardo Madalena requerendo que a Casa
registre, nos Anais, voto de congratulações com a população de Capela do Alto
pelo aniversário do município a ser comemorado no dia 26 de março. Somente
isso, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, nobre deputado Coronel Telhada.
Passamos então ao nosso
Pequeno Expediente, convidando para fazer uso da palavra o nobre deputado Dr.
Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado
Major Mecca. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Itamar
Borges. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Tenente
Nascimento. (Pausa.) Deputada Leci Brandão.
(Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia, gostaria de saudar, mais uma
vez, os aprovados no concurso da SAP, os nossos futuros servidores, que estão,
inclusive, em um movimento democrático, um movimento muito importante, em um
acampamento aqui na frente da Assembleia Legislativa, pedindo socorro, pedindo
a intervenção, a gestão dos deputados e deputadas para que haja a chamada
imediata de todos os aprovados e aprovadas.
Eu queria fazer um
rápido comentário em relação a essa chamada. Ela nunca foi tão importante como
agora, porque ontem nós tivemos rebeliões em vários presídios. Vários presos
fugiram porque faltam funcionários, faltam servidores no sistema prisional.
Então, mais do que nunca, nós temos a urgência da chamada imediata. Convoque
já, Doria, todos os aprovados no concurso da SAP.
Gostaria também, Sr. Presidente, de repudiar o comportamento, tanto do Doria
como também do Bruno Covas, em relação aos servidores da Educação.
Ambos soltaram
resoluções em Diário Oficial obrigando os agentes de organização escolar, no
caso do Estado, os servidores do quadro de apoio escolar, e também os gestores,
diretores e coordenadores pedagógicos a trabalharem durante essa pandemia do
coronavírus. É um absurdo total, porque essas pessoas estão expostas também.
Então, o estado está
fazendo isso, e a Prefeitura de São Paulo também, com os ATEs e com seus gestores. É um absurdo, porque
contraria uma orientação da Organização Mundial da Saúde.
Nós temos que fechar as
escolas completamente. Não podemos ter escolas com servidores trabalhando. É um
absurdo total, uma afronta à orientação do Ministério da Saúde e da Organização
Mundial da Saúde. Temos que tirar os agentes de organização escolar da rede
estadual das escolas, neste momento, tirar os gestores também da rede estadual,
e os ATEs, o pessoal do
quadro de apoio da rede municipal e também os seus gestores.
Essa é uma exigência
que nós estamos fazendo para proteger também a vida dessas pessoas, porque
aqui, Sr. Presidente, primeiro que o Estado está
lento. Ele soltou um decreto, na verdade, não suspendendo imediatamente as
aulas, como seria o correto a partir de ontem. Isso deveria ter acontecido.
Ele está fazendo isso
de uma forma gradativa, os alunos continuam indo para as escolas da rede
pública de ensino sem que haja estrutura. As nossas escolas estão abandonadas,
sucateadas, com superlotação, sem material de higiene, sem funcionários para
fazer, inclusive, a limpeza das escolas.
E isso nós estamos
denunciando já há um bom tempo, tanto na rede estadual como na rede municipal
também, que vive agora o drama do fim dos contratos das empresas terceirizadas.
Com isso, há uma crise nessa área da limpeza da rede municipal.
Diante desse quadro,
primeiro, a não suspensão imediata das aulas, que é um erro gravíssimo, eu
diria que criminoso, tanto do governador Doria como do prefeito Bruno Covas,
que já deveriam ter feito isso a partir de ontem. Mas não, é a partir de
sexta-feira.
E, como eu disse, além
disso, eles querem manter, durante todo esse processo de fechamento de salas,
os agentes de organização escolar e os gestores da rede estadual trabalhando
dentro das escolas. E na rede municipal, os ATEs, também, o quadro de apoio escolar, e os seus
gestores. Isso é um absurdo total.
Então, fica aqui a
nossa indignação e a nossa exigência: Doria, feche as
escolas, libere todos os servidores da Educação; Bruno Covas, também faça o
mesmo. Nós não podemos colocar em risco a vida dos nossos servidores da
Educação.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Dando
continuidade à nossa lista do Pequeno Expediente, convidamos a deputada
Alessandra Monteiro. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Queria poder fazer esse pronunciamento
com a deputada Janaina Paschoal aqui presente, mas eu tenho certeza absoluta de
que ela assistirá. E dizer, antes de qualquer outra coisa, que se tem uma coisa
que eu não suporto é ingratidão. Eu nunca vou me esquecer do dia em que a
deputada subiu a esta tribuna para me defender quando a militância LGBT inteira
estava me acusando de ser transfóbico no final de abril.
Mas isso não me permite, não me dá o poder de permitir que qualquer um suba
a esta tribuna para dizer inverdades, para falar injustiças com relação ao
presidente da República, principalmente uma jurista como Janaina Paschoal, que
conhece a Constituição. Diz nela que todo o poder emana do povo, e esse mesmo
povo escolheu Jair Messias Bolsonaro como presidente da República.
Eu quero dizer à
deputada Janaina Paschoal, para que fique gravado em sua memória: se não fosse
o povo brasileiro indo às ruas... Quem destituiu a “presidanta”
Dilma Rousseff foi o povo brasileiro. Ela sozinha não teria conseguido depor nem
sequer um síndico de condomínio. Quem depôs Dilma Rousseff foi o povo
brasileiro.
Então, não adianta
dizer que teve arrependimento de ter votado no presidente da República. Eu me
arrependo de ter votado em V. Exa. para presidente
desta Casa.
Analisando sob esse
aspecto, onde estava a mesma revolta, de
irresponsabilidade, quando, há menos de uma semana, estavam lá o presidente do
STF, Dias Toffoli, e Rodrigo Maia; estavam lá Davi Alcolumbre, o governador do estado de São Paulo, o
governador do estado do Rio de Janeiro, em um evento fechado, da CNN, com 1.300
pessoas?
Cadê a senhora para
cobrar a irresponsabilidade dos chefes dos outros dois Poderes? Bolsonaro não
governa o Brasil única e exclusivamente sozinho; nós temos o Executivo, nós
temos o Legislativo e nós temos o Judiciário.
Se a senhora não quiser
ser chamada de “Tucaina Paschoal”, protocole aqui o
impeachment do governador do estado, que deixou fugir, ontem, mais de 800
presos. Isso é uma irresponsabilidade.
Não quero aqui dizer
que aqueles que acharam que o presidente cometeu uma irresponsabilidade não
devem expor a sua opinião, porque expor sua opinião é um direito de qualquer
um. Mas querer afastar o presidente do cargo é muito mais irresponsável.
A senhora está sendo
irresponsável. Honre o seu eleitorado, que abriu ontem, inclusive, um
abaixo-assinado pedindo o seu afastamento, com base no discurso de que estão
arrependidos. Milhares de eleitores também estão arrependidos. Eu estou
arrependido, o povo paulista está arrependido.
E não adianta girar a
bandeira quando não tem o apoio da população; não adianta levantar a bandeira
do Brasil quando não tem o apoio do povo. Quem derruba um presidente da
República é o povo, e o povo está ao lado de Jair Messias Bolsonaro. Respeite
os 57 milhões de brasileiros que, no ano retrasado, lutaram para eleger um
presidente conservador.
General Mourão sabe
qual é o seu lugar. General Mourão, acima de qualquer outra coisa, é um militar
também, e ele entende de hierarquia. Se a senhora não conhece o respeito da
hierarquia, general Mourão conhece. Presidente da República é Jair Bolsonaro, e não general Mourão.
O presidente foi eleito
para poder governar o país nesses quatro anos. E, amados, caso aqueles amados
não queiram, nós vamos sim reelegê-lo e ele ficará na presidência da República
até 2026. Não tem procuração para falar pelo estado de São Paulo, porque o
estado de São Paulo votou de forma majoritária em Jair Messias Bolsonaro, e nós
não vamos aceitar um desrespeito ao nosso presidente, nós não vamos aceitar
esses ataques insanos.
Tome coragem, deputada,
protocole aqui o impeachment do governador, que tem sido irresponsável até o
limite, se a senhora é corajosa mesmo. Porque a senhora sabe muito bem, como eu
sei, que ele é um marqueteiro; a senhora sabe melhor
ainda que ele é um marqueteiro. Então, venha aqui, mostre a sua coragem e
protocole o impeachment do governador do estado.
Agora, tente levar isso
a cabo, tente levar isso adiante, porque a senhora enfrentará não apenas o
deputado Douglas Garcia, mas 57 milhões de brasileiros que dizem “eu votei em
Jair Messias Bolsonaro e eu vou lutar para mantê-lo no cargo de presidente da
República, custe o que custar”. Continue girando, vai girar sozinha.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, nobre deputado Douglas Garcia. Com a palavra, o deputado Coronel
Telhada.
Enquanto V. Exa. se dirige à tribuna, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta
Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Paulo Fiorilo, cancela a sessão solene convocada para o dia 27 de
março de 2020, às 20 horas, com a finalidade de conceder o Colar de Honra ao
Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao senhor José Trajano.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
SEM REVISÃO DO ORADOR -Obrigado, senhor deputado. Srs. Deputados e Sras.
deputadas, assessores e funcionários aqui presentes, público presente, sejam
todos bem-vindos. Quero saudar nossa assessoria policial militar, na figura da cabo Vânia e da cabo Ana, que diariamente estão aqui protegendo
a nossa Assembleia.
Saudar também os
cidadãos que aguardam a chamada, desde 2014, do concurso para Secretaria de
Administração Penitenciária, principalmente para o AEVP.
Um colega esteve lá na
minha sala agora, no meu gabinete. Ontem mesmo, eu falei com o coronel Nivaldo,
estou para marcar uma reunião com ele para tratar esse assunto, tendo em vista
que ontem teve essa loucura dessa fuga em massa aí, não sei se eu vou conseguir
marcar esta semana, eu vou insistir, mas tão logo eu tenha alguma coisa, eu
aviso os senhores. Estamos aí, atentos e acompanhando.
Quero iniciar a minha
fala de hoje, dia 17 de março, saudando o município aniversariante. Na data de
hoje, aniversaria o município de Indiana. Um abraço a todos os amigos e amigas
da querida cidade de Indiana. E hoje, nesta data - dia 17 de março - também se
comemora o início, há seis anos, da Operação Lava
Jato.
A Operação Lava Jato já
prendeu mais de 300 pessoas, incluindo doleiros, empresários e políticos, mas
ainda falta muita gente ir para a cadeia, porque tem muito corrupto solto aí e
nós queremos ver essa raça toda presa, se Deus quiser.
E, finalmente, eu quero
também aqui... Ontem nós fizemos este post no nosso Instagram e no nosso
Facebook, dizendo sobre as ações de muitos serviços - especialmente o nosso da
Polícia Militar, da parte dos socorristas, bombeiros, a Defesa Civil,
policiamento, as Forças Armadas, as Guardas Municipais -, dizendo: “Nós não
podemos ficar em casa, mas você pode”.
Então, lembrando a
população que, apesar de toda a cautela que as autoridades têm solicitado aí,
quanto a permanência nas suas casas, os cuidados para
higiene pessoal, que as Polícias, as Forças de Segurança estão na rua, velando
e cuidando da população. Muito obrigado a todos os homens e mulheres das nossas
Forças de Segurança.
Falando de Forças de
Segurança, temos que lamentar a morte de mais um policial militar, desta vez lá
no estado do Sergipe: foi o sargento da Polícia Militar Leonardo Alves Santos,
de 55 anos, que recentemente havia se aposentado e trabalhava no 5º Batalhão.
Ele estava parado em uma esquina, quando um indivíduo se aproximou e efetuou
disparos contra o sargento Leonardo Alves Santos, acertando na cabeça. Ele,
apesar de socorrido, faleceu.
Então, nossos
sentimentos à família do policial militar sargento Leonardo Alves Santos, da
Polícia Militar lá do Sergipe, que faleceu segunda-feira em decorrência desse
ferimento na cabeça.
E, para fechar, Sr. Presidente, eu não poderia deixar de falar, como eu já
falei, do pessoal do EVP aqui, da fuga em massa que ocorreu ontem.
Essa fuga ocorreu. Nós
temos um vídeo, né, Machado? Deixa no ponto, pode colocar,
se possível, por gentileza.
* * *
- É feita a exibição do vídeo.
* * *
Esse vídeo passou na
internet. Escândalo, hein, velho? Muita gente deve ter visto, olha que absurdo,
é negócio de correria mesmo. Abaixa um pouquinho, Machado. O interessante é que
o cara que está gravando ainda brinca com eles. Parece que está a maior festa,
né? Parece que estão indo jogar futebol. Mas, não. Na
realidade, são detentos que estão fugindo de uma casa de recolhimento.
E o interessante é que
em todas as rebeliões que ocorreram, esses presos se encontravam no regime
semiaberto. Ou seja, eles sairiam agora, uma das famosas saidinhas, eles
sairiam para a Páscoa.
Como não houve a saída,
a saída foi adiada, eles simplesmente fugiram. Se Deus quiser, serão todos
recapturados. Espero que algum morra no caminho. Mas, os que forem recapturados
com certeza vão perder o benefício do semiaberto, vão voltar para a tranca.
Então, isso é o que faz a nossa Justiça.
Ontem vários desses
presos já efetuaram vários roubos, entraram em mercados, atacaram
caixas-fortes, pegaram pessoas como reféns, os próprios agentes penitenciários
foram pegos como reféns num presídio do litoral - oito agentes foram feitos de
refém.
Então, vocês vejam que
tratar vagabundo que nem gente é nisso que dá. Vagabundo tem que ser tratado
como vagabundo, tem que ir para a tranca, não pode dar direito. Por incrível
que pareça, esses presos só fugiram porque eles tinham o direito de sair uma
vez, duas vezes, três, seis vezes por ano.
Ou seja, eles têm
direito; quando por algum motivo ele é cerceado, ele simplesmente foge. E o
cidadão que está aqui fora não está podendo trabalhar, o comerciante que está
tendo seu comércio prejudicado por causa desse problema que está em todo o
mundo, como é que vai fazer? Vai sair correndo, vai roubar também?
Então, vagabundo é isso
aí. Quem acredita que vagabundo aceita uma reeducação
é porque não conhece vagabundo, é porque nunca tratou com essa raça. É uma raça
que só faz isso.
Ontem fugiram,
promoveram roubos, vão promover muitos crimes – aguardem e verão daqui para
frente quantas vezes vocês verão no jornal esses vagabundos matando, roubando,
estuprando, resultado dessa nossa política judiciária,
que é simplesmente ridícula.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Obrigado, nobre deputado Coronel Telhada.
Com a palavra o
deputado Coronel Nishikawa.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL
– SEM REVISÃO DO ORADOR – Boa tarde a todos. Sr.
Presidente, assessorias, pessoal aí do concurso AEVP, estamos juntos, pode
contar conosco.
Primeiramente, eu
gostaria de colocar a minha preocupação, ou a nossa preocupação. Esta Casa
continua fazendo reuniões e, na minha opinião, já
deveria estar cessando os seus trabalhos.
Já tem três deputados
aí, um confirmado e dois suspeitos. É preocupante a situação que nós vivemos.
Hoje, um coronel do Bombeiro me ligou e falou: “O senhor está indo para a
Assembleia?” Eu falei: “Eu estou, coronel”. “Toma
cuidado.”
Eu tenho 71 anos de
idade. Durante o tempo de serviço no Corpo de Bombeiros, adquiri a fibrose
pulmonar, eu tenho 2% de prejuízo do meu pulmão.
Mas, se nós
abandonarmos aqui, não vai ficar ninguém. Nós aprendemos a ser o último, sempre
o último a deixar o teatro de operações. Então, é um compromisso que nós
assumimos. Mesmo não estando na ativa, ainda esse compromisso corre nas minhas
veias. E, será assim, assim será.
Eu estou preocupado
inclusive com os agentes penitenciários, policiais militares, bombeiros, Polícia
Civil, que deverão permanecer trabalhando. Gostaria de saber qual
ou quais medidas de prevenção estão sendo tomadas por esses agentes.
Todos da Segurança
Pública, todos do Corpo de Bombeiros, todos os policiais civis, militares e
agentes penitenciários, principalmente pelo confinamento que existe dos
detentos. Então, a nossa preocupação é muito grande. Gostaria muito que fosse
tomada uma medida mais severa, para que todos se protejam.
É uma coisa séria, mas
não chegaria no limite que a minha amiga Dra. Janaina
tomou ontem. Falar que o Jair Bolsonaro seria uma pessoa insana, e assim por
diante. Nós confiamos nele, sim. Se não tivéssemos confiança nele, nós não
estaríamos aqui vivendo uma situação melhor hoje.
Graças a ele, nós
estamos tendo um Brasil melhor. O Brasil resgatando a dignidade, saindo daquela
situação de corrupção. Não se ouve mais falar em corrupção partindo da
Presidência da República, como havia antigamente. Espero que, como diz o meu
colega Douglas Garcia, ele cumpra mais um mandato ainda.
Então, para aqueles que
acham que ele deve ser afastado: não será. Ele foi eleito pelo voto popular.
Nós confiamos no nosso presidente.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra a deputada professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, toda a Mesa Diretora de trabalhos, cumprimento
também toda assessoria que está a minha esquerda e também a que está a minha
direita, cumprimento as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados presentes neste
plenário, cumprimento o público presente, cumprimento aí os lutadores em defesa
do concurso, que é desde 2014.
A escolha é nossa
mesmo. Nós queremos concurso público, para que, exatamente, garanta a chamada,
porque é assim que servidores públicos devem ser admitidos.
Defesa incondicional de
concurso público para todo o funcionalismo público do estado de São Paulo, e,
sobretudo esses que aguardam a chamada, nosso apoio e nossa solidariedade.
Nós estamos em um
momento - eu vou usar uma frase - nunca dantes visto na história, porque a
gente não sabe lidar com pandemia, com epidemia. Já vivemos o H1N1, passamos, e
agora estamos aí com o coronavírus.
Não é qualquer enfermidade.
Todo mundo reduz: “é uma gripe”. Não é uma gripe, mas que também pode dar aí
resultados indesejáveis. É claro que com uma vulnerabilidade muito maior para
quem está acima dos 60 anos, mas também não quer dizer que porque é jovem,
criança, que não corre o risco, porque corre, sim.
Vai atacar o pulmão,
ataca as vias aéreas. Enfim, acaba comprometendo, sim, qualquer um que venha a
contrair o coronavírus.
Eu estou fazendo essa
fala com relação à juventude porque eu estou indignada, deputada Leticia
Aguiar, deputada Erica e deputada Márcia Lia, muito indignada. As escolas
públicas teriam que ter sido fechadas, Coronel Mecca, desde segunda-feira. Essa é minha opinião.
Não é porque a gente é vagabundo, não é isso. É uma questão de Saúde pública. Nós
estamos discutindo Saúde pública neste país, e os números a cada dia aumentam.
Eu, por exemplo, tenho notícias que a cidade de Sumaré vai ser fechada.
São oito casos. São
potenciais 100, porque cada um tem potencialidade para infectar mais 16, essa é
a questão, é muito rápida a contaminação desta epidemia do coronavírus.
Então, eu acredito que
todo cuidado é pouco. A escola pública, a nossa escola, é um foco. Ali se
juntam 40 alunos numa sala de aula. O professor a menos de um metro perto do
aluno, quase em cima do aluno, um aluno pertinho do outro.
Se um estiver
contaminado, contaminou a classe, deputado Giannazi. Isso é uma
irresponsabilidade do governo Doria. Não é uma questão... Para nós é até ruim porque ... Que se danem férias.
A questão é de vida,
mas ele está escolhendo o seguinte. Essa semana, talvez essa semana não tenha
ninguém com coronavírus, a partir da semana que vem,
sim. A partir do dia 23 vai ter quem tenha coronavírus.
Então isso para mim é
algo que não pode passar batido pelas autoridades públicas deste estado, porque
todos os estados que tiveram um caso fecharam as escolas.
Cito o próprio lá de
Goiás, que eu tenho divergências profundas, que é governador, o Dr. Ronaldo
Caiado. Ele fechou a escola imediatamente. O Distrito Federal fechou
imediatamente porque a escola é o primeiro lugar.
Aliás, na China, o
primeiro lugar que se fechou foi a escola. Na Itália,
a escola. E a China teve o resultado que teve mais rápido por conta exatamente
de não deixar a contaminação aumentar.
Ela sobe num pico e
depois ela começa a cair e começa a ter o controle da doença. Eu não sou
médica, mas de tanta aula que a gente assistiu esse fim de semana - acho que o
“Fantástico” ficou inteirinho - acho que é isso mesmo. É colocar todos os
órgãos de utilidade pública para informar e devidamente impedir que essa
pandemia tome conta do Brasil, senão estamos perdidos.
Termino implorando para
o governador: por favor, tire nossas crianças da zona de risco. Acho que a gente
pode perfeitamente ver outra forma. Todo mundo vai ter. Por que só a semana que
vem? Quer dizer, esta semana não tem risco? Tem risco todo o processo até que
se resolva a pandemia.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, nobre deputada. Vamos passar à lista suplementar convidando o
deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.)
Deputada Márcia Lula
Lia, enquanto V. Exa. se dirige à tribuna, até mesmo
para alguns deputados que vieram questionar sobre a deputada Edna Macedo, que
era do nosso partido aqui, eu acabei de falar com ela e ela passou a mensagem
para mim dizendo para não se preocupar que a saúde dela é irritante.
Na verdade, o médico a
aconselhou a se afastar, porque ela tem 71 anos e está no grupo de risco, mas
que ela não tem problema nenhum. Está tudo ok com a deputada Edna Macedo. Só
para deixar claro. Com a palavra a deputada Márcia Lia.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Muito boa tarde a todos e a todas.
Eu fico muito feliz, deputado Gilmaci, porque a
deputada Edna é uma pessoa muito querida aqui nesta Casa. Saber que ela tem uma
saúde irritante de tão boa que é, para nós é
extremamente gratificante.
Eu quero me somar às
vozes que me antecederam aqui que foram muito incisivas na perspectiva de que
nós temos de fato que interromper para que nós saiamos do convívio social e
possamos aí não sermos instrumentos de transmissão do coronavírus. A situação é muito grave mesmo.
As escolas têm que
fechar, esta Casa tem que fechar. Nós temos que ter a responsabilidade de tomar
as iniciativas necessárias para que a nossa população seja preservada.
Quero aproveitar o
ensejo para dizer da minha indignação, deputado Paulo Fiorilo,
com o que aconteceu no último domingo por parte do irresponsável presidente da
República Federativa do Brasil.
Foi uma grande
irresponsabilidade uma pessoa que esteve numa comitiva que se dirigiu aos
Estados Unidos, uma comitiva que foi e que teve, dos
seus integrantes, já confirmadas, 13 pessoas. Treze pessoas com o coronavírus.
E esse irresponsável
presidente da República sai cumprimentando as pessoas, abraçando as pessoas.
Somado a tudo isso, diga-se de passagem, o País está um caos. Nós estamos vendo
a Economia indo ladeira abaixo.
Nós estamos vendo o SUS
sendo desmontado. Nós estamos vendo a Educação sendo desmontada. Nós estamos
vendo tudo sendo desmontado. E esse irresponsável presidente Jair Bolsonaro fica fazendo piadinha, gozação, fazendo chacota
na cara dos brasileiros. (Manifestação nas galerias.)
Esse Presidente é um
irresponsável. É um irresponsável. Esse presidente da República não nos
representa. Não representa as 57 milhões de pessoas...
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Deputada, só um minutinho. Senhoras e senhores da galeria, senhoras e senhores
da galeria. A deputada está na tribuna e ela tem direito de falar. A tribuna é dela.
O Regimento é claro:
diz que a galeria não pode se manifestar durante a fala da deputada. Então, por
gentileza, solicito que os senhores permaneçam em silêncio. Após a fala da
deputada, os senhores se manifestam da maneira que assim acharem melhor.
Muito obrigado.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - E eu vou continuar com
a minha fala, dizendo que esse presidente foi irresponsável, na manhã de
domingo, quando se somou à grande quantidade de pessoas, sabendo, inclusive,
que por orientação médica ele estava proibido de se juntar às pessoas, porque
havia, sim, a determinação médica de que ele ficasse em quarentena e não
saísse, abraçando, pegando celulares e conversando com as pessoas.
E aquelas
57 milhões de pessoas, que disseram, que fizeram campanha, que votaram no Bolsonaro, a grande maioria já se arrependeu. Haja visto a deputada Janaína Paschoal.
Quem ouviu a fala - e
eu ouvi a fala da deputada Janaina Paschoal no dia de ontem - ela pede o
impeachment. Ela pede o impeachment. Ela pede que ele saia da Presidência da
República porque não representa o país.
Porque ele não
representa mais aqueles que votaram nele e que equivocadamente estão, no dia de
hoje, defendendo as barbaridades que esse presidente da República tem feito
contra os brasileiros, contra a Saúde, contra a Educação, contra - inclusive e
principalmente - os mais pobres, acabando com os programas sociais, acabando
com tudo aquilo que de fato melhora a vida do povo brasileiro.
Eu quero saber quais
são as medidas que esse presidente da República tem colocado para o povo
brasileiro, para a gente sair da crise econômica que nós estamos vivendo. Quais
são as medidas, deputado Gil?
Quais são as medidas,
vocês aí, que são defensores dele? Quais são? Me digam,
por favor, eu quero saber. O que é que o presidente Jair Bolsonaro
traz para o Brasil, para melhorar a economia, para melhorar e enfrentar a
questão do coronavírus?
Pelo contrário, ele
está enciumado. Gente, ele está enciumado porque o ministro da Saúde está tomando as
medidas adequadas. É uma barbaridade o que as redes sociais, é
uma barbaridade o que os jornais, é uma barbaridade o que nós temos sido
obrigados a ouvir em relação às atitudes desse presidente Jair Bolsonaro.
Muito obrigado.
(Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada. Com a palavra, o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Com a
palavra, o deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Com a
palavra, o deputado Conte Lopes.
A
SRA. VALERIA BOLSONARO - PSL - Uma breve Comunicação,
por favor.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Deputada, vamos fazer o seguinte. Nós estamos aqui com vários oradores
inscritos. Se eu der uma comunicação para V. Exa., nós
vamos fazer com que as pessoas inscritas no Pequeno Expediente percam tempo.
Vossa Excelência está inscrita no Grande Expediente, é a primeira a falar. Com
a palavra, o deputado Conte Lopes. Obrigado, deputada, pela compreensão.
O
SR. CONTE LOPES - PP -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha, eu
ouvi até algumas pessoas pedindo a cassação do presidente Bolsonaro
porque cumprimentou eleitores, pessoas que acompanho.
E eu queria já pedir
uma cassação de todo mundo aqui. A começar na quinta-feira, quando teve uma
reunião com o Doria aqui e estava todo mundo lá, inclusive a deputada Janaina
Paschoal. Estávamos todos lá, em uma salinha fechada, em uma reunião. Ou pode
ter reunião ou não pode ter.
Quer dizer, o Bolsonaro não pode sair do palácio e cumprimentar os
eleitores, mas nós podemos ficar aqui em uma reunião com o governador em sala
fechada.
Ele troca um Volkswagen
zero quilômetros por uma melancia e o coitado lá fala: “Sim, troco!”. “Olha aí,
quase que você ganha uma melancia!”, e todo mundo bate palma e tal. No fim, de
concreto, o cara perdeu o Volkswagen e ficou com a melancia.
Então, é isso aí. Vamos
cassar todo mundo, porque é igual estar aqui. Qual é o risco que corremos aqui
nesta Casa? Tem risco? Para nós, que temos mais de 70, além de 60? Que façam
então uma reunião lá fora. Não parem a Assembleia, não, vamos fazer lá fora.
Agora, aqui dentro, tem segurança para fazer? Os funcionários que aqui estão
têm segurança? Ou têm ou não têm.
Agora, só o Bolsonaro está errado? A Márcia Lia está certa, está todo
mundo certo, e estamos aqui. Todo mundo ouvindo eleitores, cumprimentando todo
mundo, e estamos aqui. O único errado é o Bolsonaro,
que tem que ser cassado? A Janaina só quer cassar o Bolsonaro.
Tem que nos cassar
também, e ela participa também. Estamos todos aqui, levando risco para os
outros. Se nós somos deputados, tudo bem, mas os funcionários têm que correr
risco? Eles são obrigados a estar aqui. A gente pode até vir, assinar e ir
embora, mas é certo fazer isso? Então, acho que não é esse o caminho.
Este país é um negócio
de outro mundo. Todo mundo quer cassar todo mundo. Já escalaram até o Mourão
para assumir a Presidência. Acho que nem o Lula fala nisso. Espera aí, calma,
deixa o presidente governar. Acho que temos que procurar o melhor para o nosso
país.
Estão aí os meninos
brigando porque passaram em um concurso e não foram chamados até agora, aqui no
estado de São Paulo. São cinco anos sem chamada. Acho que tem que resolver os
problemas.
O homem foi eleito
presidente, ora, ele tem quatro anos para cumprir o
seu mandato. Vai haver eleição em 22, que haja eleição. Se ele vai ganhar ou
vai perder, é outro problema.
Aqui virou uma onda,
cassa-se todo mundo. Agora o cara entra e já vão cassar,. O cara vira
prefeito, se ele não sustentar todos os vereadores lá, ele é cassado no outro
dia. Vejo nesta Casa, todo mundo entra com ação no Ministério Público. Quando
comecei nesta Casa, nós éramos o poder.
Nós éramos o poder,
deputado Paulo Fiorilo. Não tinha Ministério Público,
não. Nós éramos poder nesta Casa. Hoje, não. “Ah, vou entrar no Ministério
Público.” Então para que serve esta Casa aqui? Se eu não sirvo para nada, então
fecha também. Na nossa época era diferente, você tinha poder. O presidente do
tribunal vinha aqui, vinha todo mundo aqui pedir. Hoje não, é o contrário.
Então, minha gente, acho que temos que ir devagar. Vão cassar um
mandato porque o presidente foi cumprimentar os seus eleitores? Então vamos
cassar todo mundo. Está todo mundo correndo risco aqui, de acordo com os
médicos.
Eu não entendo nada, né? Minha área é Segurança Pública. Agora, se está todo
mundo correndo risco, nós estamos aqui, é a mesma coisa, e na reunião com o
Doria foi a mesma coisa. Foi feita uma reunião com o
Doria aqui em cima, e a própria Janaina Paschoal cobrou do próprio Doria .
Então, eu sei lá, agora
o Brasil virou isso. Sai esse, põe o outro! Espera aí. De um dia para o outro?
E o País, e o Brasil, e o povo? E o povo? Acho que tem que deixar o presidente
governar e, a partir de 2022, se ele fizer um bom governo ou não, vamos ver o
que vai acontecer.
Acho que é por aí,
colocar um pouco a cabeça no lugar. É um negócio de cada um
querer matar o outro, acabar com tudo. Então fica essa minha colocação
com relação a esta Casa. Qual é o procedimento? Não é lugar fechado? Então
vamos fazer a sessão lá fora.
Quem falou aqui antes
de mim está com vírus? Porque tem um monte de deputado que está. Então,
automaticamente, quem vem depois dele... Ou se eu tiver também, vou passar para
quem vem depois de mim.
Então, vamos cassar o Bolsonaro e nós não tomamos precaução nenhuma? O importante
é falar e xingar. “Ele foi o demônio, foi cumprimentar
seus eleitores, saiu lá, tal e tal.” E o resto? E a reunião com o Sr. Doria
aqui, com todo mundo lá? Eu estava também.
Então, vamos nos
“autocassar”, todo mundo. Vamos pedir cassação. Da mesma forma que ele agiu no
domingo, nós agimos na quinta. A mesma coisa.
Então, só para
terminar, Sr. Presidente. Essa é a minha colocação. E
esperamos que realmente o país tenha um pouco mais de cautela e deixe o homem
trabalhar né, cumprir o seu mandato. (Manifestação
nas galerias.).
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Com a palavra, a deputada Monica da Bancada Ativista.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR
- Eu espero que essa seja a última vez em que eu subo aqui na tribuna nos
próximos dias, não porque eu não queira trabalhar. Eu acho que a gente tem
condições - somos privilegiados - de trabalhar de outras formas.
Mas, por
responsabilidade coletiva, a Casa já deveria ter fechado as galerias. Sinto
muito; deveriam ter desconvidado os senhores a estarem aqui, porque estão em
risco. Deputados que se encontram na faixa de risco se licenciaram,
se afastaram, por responsabilidade coletiva que a gente deve seguir.
A Casa está tardando a
tomar responsabilidade sobre isso, para cuidar da vida das pessoas. E os
senhores concursados, agentes penitenciários, deveriam ser convidados a
trabalhar, porque estão fazendo falta nesse momento.
Porque se a gente for
falar de verdade da crise nas penitenciárias, faz tempo que os senhores estão
avisando que falta contingente para garantir a segurança das pessoas, para
garantir condições de trabalho dignas para os colegas de vocês que estão nas
penitenciárias trabalhando, e para garantir condição de vida digna para a
população em situação de cárcere, que deixa de ser atendida quando faltam
trabalhadores nas penitenciárias.
Então, os senhores não
deveriam estar nessa galeria, expostos a riscos; os senhores deveriam estar
trabalhando nas penitenciárias nesse momento. (Manifestação nas galerias.)
Eu assumo,
essa semana, a liderança do PSOL, do Partido Socialismo e Liberdade, aqui na
Assembleia Legislativa. O PSOL está lançando hoje um pacote de medidas de
sugestão ao governo do estado para combater a crise do coronavírus. Qualquer
outra coisa que a gente discutir nesse momento é irrelevante perto da crise
humanitária que a gente vai enfrentar nos próximos dias.
O Brasil não chegou nem
perto do que pode chegar a crise quando ela sair do
circuito dos privilegiados, porque a doença ainda está no circuito dos
privilegiados. Nós, que viajamos para fora; nós, que temos contato com quem foi
para o exterior; nós, que estamos perto do presidente. A classe política está
contaminada.
Mas, quando chegar à
favela, quando chegar ao morro, quando chegar ao transporte público, quando
chegar aos trabalhadores mais pobres, a gente vai sentir de verdade o que pode
ser essa grande epidemia.
Por isso, a gente
sugere para o estado que agora a gente tem que garantir teste para todo mundo.
É criminoso que só as pessoas que já estejam em condições graves sejam
testadas. A gente tem apenas três laboratórios em condições de fazer isso.
Por isso, eu quero
lembrar, aqui, da importância da Furp, de uma empresa
de medicamentos estatal, do governo do estado de São Paulo, subaproveitada.
Nesse momento, deveria estar atendendo a falta de medicamentos, de insumo e de
teste no estado de São Paulo.
A gente tem que
adquirir; o estado precisa comprar a produção da iniciativa privada de testes e
da sua capacidade de produzir insumos. Assim como precisa garantir
emergencialmente os leitos das UTIs dos hospitais
particulares. Precisa acabar a porta dupla; precisa suspender os trabalhos nos
órgãos públicos, dispensar servidores.
Aqui na Assembleia
Legislativa, a gente entende que a gente é parte da solução que a sociedade espera, que a gente precisa continuar trabalhando, mas é
possível continuar trabalhando com segurança.
Por isso, a bancada do
PSOL já se coloca na oposição de a gente votar o PPA. A Casa tem que parar, e a
gente tem que refletir sobre a saúde das pessoas do estado de São Paulo.
É só isso que a gente
tem que discutir, e a gente tem que discutir direito: formar uma comissão
emergencial dos líderes partidários e discutir online, porque a gente tem
condições de fazer isso e esvaziar essa Casa.
Para
além disso, precisa cuidar das pessoas que vão ser dispensadas dos seus
serviços, cuidar de um fundo, liberar um fundo para a Saúde, emergencialmente.
Liberar um fundo para pesquisa e para ciência nas universidades.
E lembrar mais uma vez:
as universidades, que foram vítima dos ataques tanto do governador João Doria
quanto do presidente Bolsonaro, que vivem negando a ciência e a importância do
serviço, servidores e universidades públicas... Que nesse momento elas tenham
condições e recursos de trabalhar tanto na vacina quanto em medicamentos para
tratar os doentes do coronavírus.
Sobre o Jair Bolsonaro,
está todo um bafafá aqui que é criminoso, era um criminoso.
Se tivesse um deputado
aqui que teve contato, até conversei com os meninos do Novo, me solidarizando,
eles estão muito conscientes, responsáveis, não tiveram contato com seus
colegas que foram testados e estão aguardando o resultado.
Se um de nós teve
contato com alguém com coronavírus, estar aqui é criminoso, sim. Criminoso conosco. Agora, se
for ali conversar com aquelas pessoas ou com aquelas pessoas é criminoso, sim,
e deve responder por isso.
Então, a ação do
presidente Jair Bolsonaro tendo tido contato com uma comissão em que tem 13
confirmadas é criminosa, tão criminosa quanto aqueles senhores ali na frente,
permitidos a entrar nessa Assembleia Legislativa, que tem um deputado entre nós
que foi confirmado com coronavírus.
Nós estamos faltando
com a responsabilidade, com a vida daquelas pessoas.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – Questão de Ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Questão de Ordem, deputado Douglas.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – PARA QUESTÃO DE ORDEM – Sr. Presidente, o Regimento é claro quando diz que o
deputado deve se reportar às autoridades públicas e às instituições com o
devido respeito. Inclusive, o próprio Regimento diz, no seu Art. 280, com relação
ao comportamento da galeria no plenário: ... do que se
passar no plenário não é lícito o aplauso ou vaias.
Entretanto, Sr. Presidente, essa parte que diz, “se passar no plenário”
cabe muitas interpretações, isso é claro. O que se passa no plenário ele só
passa a ser registrado a partir do momento em que o deputado está utilizando do
microfone, como V. Exa. bem aqui colocou.
E, a segunda questão de
ordem que eu faço, Sr. Presidente, é que a deputada
Monica acabou de chamar aqueles que estão aqui agora assistindo na galeria de
“criminosos”.
Eu peço a V. Exa. que tire isso da taquigrafia, porque ela fez essa relação e
acabou de chamá-los de criminosos, pelo fato deles estarem aqui na Assembleia.
Mas, a Assembleia é a casa do povo, e essa deputada não tem o poder de decidir
quem entra e quem sai aqui.
O estado não tem esse
poder. A senhora trate com o devido respeito, porque são idosos, são pessoas de
idade, que têm idade para ser a sua avó, têm idade para ser a sua mãe. A
senhora deveria tratá-los com mais respeito.
Então, eu peço, Sr. Presidente, para que o senhor tire das notas
taquigráficas, e lembre a deputada Monica qual é o devido lugar dela
Deputada, eu estou
falando. Deputada, senta ali e fica quietinha, porque
eu ainda não terminei a minha Questão de Ordem. Deputada,
senta ali e fica quietinha, porque eu ainda não terminei a minha Questão
de Ordem.
Peço, Sr. Presidente, que seja retirado o discurso que ela acabou
de fazer das notas taquigráficas, e que ela trate com o devido respeito a
galeria. Porque, quando os seus paga pau estavam lá,
aquele bando de pau mandado, aquele bando de pau mandado do PT e do PSOL
quebrando a Assembleia, vocês não falaram absolutamente nada.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Deputado Douglas, a sua Questão de Ordem.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – Essa é a minha Questão de Ordem.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Peço que V. Exa. formalize a sua Questão de Ordem.
Responderemos no momento oportuno.
O
SR. GIL DINIZ - PSL – Questão de Ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Qual é a Questão de Ordem, deputado Gil?
O
SR. GIL DINIZ - PSL – PARA QUESTÃO DE ORDEM – Presidente, o
Regimento prevê justamente o que o Douglas colocou aqui, a questão do decoro
parlamentar no trato com os deputados.
Deputada
Monica, tenho certeza absoluta que ela sabe que eu
estive com o presidente, que eu estive com o Fábio Wajngarten. Você já se
aproximou de gente muito pior. E, deixo aqui minha solidariedade ao Giannazi,
por você assumir agora essa bancada. Coitado do PSOL.
Agora, presidente, não
pode, não pode chamar os deputados de “criminosos”. Não pode. Ela tem que ter o
devido respeito. Eu fiz o teste do coronavírus e testei negativo.
Agora, gostaria que a
senhora fizesse também. Inclusive, não só do corona:
de maconha, cocaína, ecstasy, também. Vamos fazer? Vamos fazer, eu e você?
Me
respeite, respeite os deputados aqui.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Deputado, qual é a Questão de Ordem de Vossa Excelência?
O
SR. GIL DINIZ - PSL – Ela precisa agir com o devido decoro,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Mas, qual é a Questão de Ordem? O senhor formaliza a Questão de Ordem e nós
responderemos no momento oportuno.
Vamos dar continuidade
aqui.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – Pela ordem,
presidente. Pela ordem.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Pela ordem, deputada Monica. É Questão de Ordem.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – Questão de Ordem.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Qual é a Questão de Ordem, deputada?
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – O deputado Gil me
faltou com o respeito, me citou. Então, eu acho que, primeiro, primeiro: faltou
interpretação de texto, porque eu disse que a Casa é criminosa em relação às
pessoas.
Segundo, eu faço o
teste que você quiser.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Deputada, a Questão de Ordem, deputada.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Eu faço o teste que
você quiser. Porque a sua fala é populista. Você não me conhece, você não sabe.
Você não sabe.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Deputada Monica, nós temos oradores inscritos. Eu quero saber qual é a
Questão de Ordem de Vossa Excelência. A Questão de Ordem.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – Vocês repetem. A Questão de
Ordem, presidente, é que esses garotos não podem subir até aqui e ofender as
pessoas.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Deputada, qual é a Questão de Ordem?
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – Vossa Excelência, os
moleques irresponsáveis não podem vir aqui para ofender parlamentares.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Deputada, a Questão de Ordem de Vossa Excelência.
A senhora está para
fazer uma comunicação. A Questão de Ordem?
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – É porque eu tenho
direito de resposta. Eu encaro que eu tenho direito de resposta.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Não. A senhora não tem direito de resposta. Teria se o presidente assim
determinasse. A senhora pediu uma Questão de Ordem.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – Perfeito. Eu só
queria responder aos senhores.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Ok. Muito obrigado, deputada.
Com a palavra o
deputado Major Mecca, para o tempo do Pequeno
Expediente.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde a
todos. Hoje nós tivemos no estado de São Paulo...
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Deputado Major Mecca, só um minuto, por gentileza.
Mais uma vez eu gostaria de pedir à galeria, por gentileza, educadamente, que
os senhores possam assistir à sessão, mas em silêncio, como manda o Regimento.
Eu tenho certeza que os
senhores são pessoas educadas, que já entenderam o recado, e vão permanecer
agora como manda o Regimento. Muito obrigado. Deputado Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - Hoje nós tivemos no estado de São Paulo a
primeira vítima fatal do Covid-19, um problema gravíssimo, que assola todo o
nosso planeta, e aqui no nosso país está somente começando.
Acabaram até passando desapercebidos os mais de 800 presos que se evadiram do
sistema penitenciário na noite de ontem, as várias rebeliões em várias cadeias
que foram contidas pelos policiais penais do estado de São Paulo, pela Polícia
Militar.
Nós vemos aqui os
concursados, policiais penais que estão aguardando serem chamados, e a Polícia
Penal usa a guarda porque a escala desse pessoal está bastante apertada.
Voltando ao tema do coronavírus, os especialistas recomendam neste momento, a
medida de prevenção mais adequada é o isolamento. Nós temos uma preocupação
muito grande, porque até o presente momento as pessoas que foram infectadas
foram pessoas que viajaram durante as férias, foram para Europa, e vieram com o
vírus.
Nós agora entramos em
uma etapa do contágio que é o contágio comunitário. Ou seja, aquelas pessoas
que se utilizam do transporte público, aquelas pessoas que moram em comunidades
onde tem nove, dez pessoas dentro da mesma casa, os policiais militares,
policiais civis, os policiais penais, técnico-científicos, os profissionais da
Saúde, todos esses que estão diretamente ligados ao combate a esse vírus, que
nos traz uma grande preocupação.
Hoje, no meio do dia,
eu fiz um levantamento. Hospital Geral de Taipas, no extremo leste de São
Paulo, Hospital do Mandaqui, na zona norte, Hospital Tide Setubal, na zona leste, Hospital de Heliópolis, na
zona leste e Santa Casa de Misericórdia, no centro.
Os senhores sabem
quantas vagas de UTI, nesses hospitais que são pontos de referência nas regiões
de São Paulo, têm hoje? Nenhuma. Nenhuma vaga de UTI. O Hospital da Polícia
Militar tinha 15 vagas, passou para 50, conseguiram montar um andar lá para
atender os policiais militares. Cinquenta vagas.
No entanto, o efetivo
da Polícia Militar é de 83 mil homens no estado inteiro, e estão todos de prontidão,
e fazendo frente ao combate a esse vírus, para defender a sociedade.
Então, fica aqui o
nosso alerta a esta Casa Legislativa, que obrigatoriamente precisa se
posicionar em relação à estrutura de Saúde que, na verdade, o nosso estado
nunca teve. O estado mais rico do país, e nunca teve uma estrutura de Saúde que
atendesse a nossa população.
No ano de 2018, eu
fiquei dois dias com meu pai no corredor do Mandaqui,
esperando por uma vaga de UTI. Os senhores imaginam em uma questão de pandemia
como essa, o que podem se tornar os hospitais
públicos.
No entanto, as medidas
de isolamento se fazem necessárias, mesmo considerando a questão econômica,
onde nós sabemos que o pequeno e microempresário no nosso estado e no país, se passar 30 dias sem ter um centavo de lucro, ele quebra.
Acaba sendo uma quebradeira geral de muitos pequenos e microempresários, que é
realmente quem gera emprego em São Paulo.
Isso nos traz à tona a
questão do abandono em São Paulo, em termos de gestão, tanto da Segurança
Pública quanto da Saúde e da Educação. Gestões que foram feitas de forma
irresponsável.
Nós tentamos por muitas
vezes aqui instalar CPI, como a da Dersa, por exemplo, do Monotrilho, e nós
encontramos inúmeras barreiras para levar adiante essas ferramentas de apuração
e responsabilização, porque o nosso País entrou numa era em que o colarinho
branco pratica crime e vai para a cadeia, mas a dificuldade em nosso estado é
muito grande em relação a esse combate.
Mas esta Casa precisa
se posicionar e abrir os olhos porque o problema dessa pandemia é gravíssimo e
está somente começando.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, nobre deputado. Neste momento encerramos o Pequeno Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Passamos ao Grande Expediente convidando para fazer uso da palavra o nobre
deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Arthur do Val. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado
Cezar. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Por permuta então, deputado Paulo Fiorilo no
lugar do Carlos Giannazi, por favor.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR
- Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público
presente, telespectador da TV Alesp, deputado
Nascimento, que está aqui preocupado, mas queria dizer ao senhor que a troca
está documentada, então é regimental.
Eu queria aproveitar
para começar falando um pouco sobre essa questão aí do novo coronavírus, até
porque a gente está vivendo um momento assim de muito fake
news. Impressionante, não é?
Eu cheguei aqui no
plenário e me perguntaram: “Disseram que tem duas funcionárias no seu gabinete
que estão contaminadas”. No meu gabinete não tem ninguém contaminado; nem eu e
nem minhas funcionárias, nem meus funcionários. E acho que é preciso ter todo o
cuidado porque nós estamos num momento muito crítico, muito grave.
Em especial o público
mais idoso, que é o grupo de risco. E o governo do estado tem tomado algumas
medidas e esta Assembleia deve por obrigação também tomá-las de forma mais
dura, porque se nós não restringirmos as pessoas nas suas casas, o risco dessa
pandemia atingir números parecidos com os da Itália ou piores é muito grande,
muito, mas muito grande.
Hoje, tem gente que
acha que esse vírus é inofensivo. Bom, tem gente até que acredita que a Terra
não é um globo, que ela é plana; quem diria acreditar que o vírus é inofensivo.
E o presidente em exercício, o deputado Gilmaci, teve
inclusive que ligar para a deputada Edna para poder dizer que está tudo bem,
que ela não tem absolutamente nada.
Então nós estamos
vivendo um momento delicado em que a informação é necessária para que a gente
evite esse tipo de coisa. E quando a gente fala de evitar, a gente tem que
evitar festinhas, churrasco, manifestações, coisas que quem tem um pouco de
consciência sabe que é um lugar propício para que o vírus se prolifere.
Eu ouvi o deputado
Conte Lopes com toda atenção e queria dizer ao deputado que existem na
determinação do ministério... Aliás, o ministro Mandetta
tem sido um ministro exemplar.
Talvez por isso que ele
tenha criado um certo ciúmes de homem para poder
explicar o que que está acontecendo com esse vírus no Brasil e no mundo. E ele
é um dos que tem dito o tempo todo para se evitar grandes aglomerações com mais
de 500 pessoas.
O próprio governador
tomou uma decisão mais dura no domingo. O prefeito desta cidade determinou, fez
um decreto, liberou o rodízio para evitar que as pessoas que podem não utilizem
transporte público. Tudo isso para tentar segurar a proliferação desse vírus. E
nós não podemos permitir que as pessoas zombem disso.
Porque a zombaria,
nesse caso, não ajuda. Ao contrário. A zombaria vai fazer com que prolifere. Eu
estive, nesse final de semana, na periferia da cidade. Estive em Brasilândia,
estive na Cidade Tiradentes.
E é impressionante. As
pessoas continuam se juntando. Continuam fazendo festa, continuam na rua como
se não tivesse nenhum problema. E nós não temos, infelizmente, um sistema de
Saúde adequado.
O Rio de Janeiro, o
senhor sabe, as pessoas estão dizendo que pode entrar em colapso. São Paulo
também pode. Se não houver decisões acertadas para conter a proliferação do
vírus, nós vamos entrar em colapso do sistema de Saúde.
E não adianta: nós
vamos começar com os mais ricos, mas quem vai pagar o pato são os mais pobres.
São aqueles que dependem do SUS e que vão ter dificuldade de um leito de UTI.
Então essa Assembleia tem que aproveitar esse momento para tomar decisões
acertadas.
E aí, deputado Conte
Lopes, eu queria voltar à sua fala. A decisão do presidente, primeiro, de
chamar o ato, depois, de negar o ato, e depois de ir no
ato, ela me parece muito confusa. Primeiro, porque ela contradiz a orientação
do ministro.
Ministro, talvez, que
esteja já perto de sair do governo desse jeito. Mas ele disse: não participe de
manifestação. É uma orientação, é verdade. Orientação, a gente segue se quer ou
não. Quem não acredita no vírus, não segue orientação.
Agora, o presidente da
República vai ao ato, tira selfie, participa. E é uma pessoa que tinha viajado
para os Estados Unidos, e que 13 caras que voltaram da viagem estão
contaminados.
O senhor faz uma
afirmação boa, tem que elogiar o senhor: “Tem que deixar o presidente trabalhar”.
Verdade. Agora, eu queria perguntar para o senhor. Se o senhor pudesse me dizer
três coisas que o presidente está fazendo, além de selfie, festinha de
aniversário, e de viagem dos Estados Unidos.
Porque eu estou com uma
dificuldade grande. Eu sou da oposição. Da oposição a esse governo. Eu não sou
do PSL. Não sou defensor aqui, nem advogado da Janaina. Eu queria deixar claro
isso.
Aliás, tenho
divergências com a deputada Janaina, divergências. Agora, não fui eu que vim
aqui e que pedi para o presidente se afastar. Não fui eu. Não fui eu.
Aliás, eu, no PT, teria
coragem de propor outra coisa. Outra coisa. E vou propor no momento oportuno.
Não vou propor agora, porque eu quero discutir um outro
assunto, que é mais importante do que esse.
Porque o problema do
Brasil, na realidade, é muito grave. Temos uma economia paralisada; nós temos
um alto índice de desemprego; nós temos o ministro Paulo Guedes, que era o
“Posto Ipiranga”, que está virando um poço profundo.
O ministro está
perplexo. Vejam as ações e as medidas que ele propõe. Nós estamos vivendo um
momento em que não há um comandante na nau. E parece que o presidente percebeu
isso. Percebeu que há um movimento de isolamento do presidente.
Ele está preocupado.
Porque não vai poder fazer palhaçada, se ele estiver isolado, para muita gente.
Ele vai continuar fazendo palhaçada com humorista, ele vai continuar fazendo
palhaçada pelo Twitter, pelo Facebook.
Mas, no Brasil, ele vai
perder o espaço. E eu queria voltar - deputado Gil, para não entrar na sua
provocação - para falar da deputada Janaina.
Eu disse aqui: não sou
advogado, não defendo as suas ideias, não compartilho com a sua postura. Até
por conta que não fui eu que, na semana passada, vim abraçar a deputada e
parabenizá-la como sendo a grande timoneira, para vocês. Então eu queria dizer
que o grande problema é que, hoje, o ninho do PSL está rachado. Aliás, não é um
racha. Ele está se desfazendo.
Vou sugerir para o
senhor uma leitura boa: “Tudo que é Sólido Desmancha no Ar”. O senhor devia dar
uma lida. Sabe por quê? Porque é impressionante a reação do bolsonarismo.
Impressionante.
Eu não vou falar nem
das discussões daqui. Mas vou falar do grande filósofo. Assim, o filósofo que
faz curso online, que é uma referência. Acho até que o senhor já fez curso com
ele. Deve ter ido na casa dele.
Será que ele não está
com corona? O que acontece? A forma de atacar a pessoa é de um nível tão baixo,
tão baixo, que eu, com a imunidade do microfone, não vou
dizer o que ele falou. Não vou.
Vou sugerir que todo
mundo olhe. Aliás, os seus seguidores fizeram pior. Os seguidores dele, os seus
seguidores, os seguidores do Olavo, talvez sejam também do senhor. Porque o
senhor esteve
na casa dele, o senhor segue ele, ele segue o senhor e os outros o seguem.
A afirmação de que nem
usando a bandeira do Brasil... Não, eu vou dizer uma coisa: nós chegamos ao
fundo do poço. Por isso, estou dizendo ao senhor: tudo que é sólido se
desmancha no ar. E parece, mas parece, que esse
governo está se desmanchando. Não se desmanchando pelas suas propostas
maravilhosas, pela condução da economia, que cresce a galope.
E aí eu preciso
terminar dizendo uma coisa: nós podemos ter todas as divergências, mas não
podemos torcer para o quanto pior, melhor. Eu já falei
isso aqui mais de uma vez, mais de uma vez: sabe quem é que está pagando o pato
do sorriso, da graça, da palhaçada?
É o povo pobre, é o
cara que precisa de uma bolsa família, é o cara que está esperando a sua
aposentadoria. Esse é o cara que está pagando o pato. Sabe por quê? Porque ele
não tem emprego.
Sabe o que vai
acontecer, deputado Gil, quando a Educação, na segunda-feira, devolver todas as
crianças para poder evitar que a transmissão do vírus continue? Quem é pobre
não tem alternativa para deixar seus filhos.
O senhor sabe disso. O
senhor vem de uma comunidade lá de São Mateus e o senhor sabe disso. O senhor
sabe o quanto vai ser difícil para a sua companheira, para a sua esposa, para
quem cuida dos filhos, dar uma resposta. Esse é o grande problema. É esse o problema
que o país está enfrentando.
E aqui - eu vou
terminar - o estado de São Paulo enfrenta dois outros problemas gravíssimos: um
é esse de saúde pública. Agora, tem um outro. Aliás,
eu gostaria muito de ouvir os deputados da bala.
É a crise na Segurança
Pública. O que aconteceu ontem não foi por conta só de saidinha. Ou vocês acham
que eu vou acreditar em Papai Noel? Ou vocês acham que os caras resolveram
fazer uma manifestação, todo mundo na mesma hora, em vários presídios, contra o
impedimento das saidinhas agora? Vocês estão de brincadeira. Não é possível.
Ou a gente começa a
discutir com seriedade a Segurança Pública deste estado ou vamos ter que
enfrentar dois problemas graves: um de Saúde Pública e o outro de Segurança
Pública, que pode ser muito mais grave.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra o deputado Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PP -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha, o
deputado Paulo Fiorilo confundiu o Bolsonaro com o Doria.
O problema da Segurança
Pública é aqui do estado de São Paulo e do governador Doria. Se o governador
Doria está traindo a polícia, é problema do Doria, não é problema do Bolsonaro.
Se ele prometeu aumento
e não deu, é problema do Doria, não é do Bolsonaro.
Se ele conseguiu que o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Salles,
fosse embora, é problema do Doria, não é do Bolsonaro.
Então, é bom colocar.
O governador, quando
tem uma ocorrência bonita, ele vai lá no “Policial
Nota 10”, ou vai à imprensa: “Olha o que nós fizemos, a polícia...”. Ele vira
policial. Quando acontece um Paraisópolis, em que a
polícia nem culpa teve, ele já culpa os policiais e
faz a festa na favela.
Então, Segurança
Pública é com o Doria. Não tem nada a ver com o Bolsonaro.
Agora, não tenho nada aqui para defender o Bolsonaro.
Votei nele, é meu conhecido, meu amigo, foi do meu partido.
Agora, uma coisa o Bolsonaro falou: “Para a cadeia, igual ao Lula e ao último
presidente, eu não vou. O Temer. Igual ao Lula e ao Temer,
que foram para a cadeia, eu não vou”.
E há quinze meses não
se fala em corrupção no Brasil. Não tem corrupção na Petrobras, nos Correios e
não sei onde.
E ele não está
permitindo. E eu espero que o povo o apoie mesmo. Se depender dos políticos, da
imprensa, ele não vai conseguir. Ele só tem o apoio... E o cara é macho pra
caramba, hein. O Bolsonaro é macho pra cacete.
Porque quando eu
encontrei com ele antes da campanha, eu falei para ele, que era do meu partido,
era do PP. Eu falei: “por que você não sai pelo PP, você tem cinco minutos?”.
Ele falou: “o PP já vendeu o tempo para o PSDB, e está amarrado”. E já estava
mesmo.
Saiu sozinho, sem o
apoio de ninguém, sem apoio de partido político, sem apoio da imprensa,
criticado por toda a imprensa, sendo escrachado -
ele, os filhos, a mulher, todo mundo.
E ganhou a eleição sozinho. Contra a igreja, contra todo mundo;
ganhou a eleição sozinho. Então, um cara desse tem valor. Pode falar o que bem entender; o cara tem o
seu valor. Além do mais, elegeu um monte de gente. Me perdoem.
Tem gente aí que não se elegeria nunca na vida, porque ninguém sabe quem é.
Eu ainda tenho uma
historinha na vida aí. Um montão de tiroteio, um monte de bandido, respondi
processo de tiroteio com bandido pra caramba. Tenho uma historinha, mas tem
gente aí que não tem.
E se elegeu no nome do Bolsonaro, ué. Como que não? É só ver. Quem se elegeu, e
era da campanha, a gente via; o cara que ia votar no 17.
E elegeu. Agora, se a pessoa não considera isso, é um outro
problema.
De quatro em quatro
anos, a gente tem eleição. Eu estou aqui há 32 anos. Passei seis mandatos aqui,
dois na Câmara. E tem eleição, aí o cara vai lá e explica. Cada um vai
explicar.
O presidente está
enfrentando todo mundo sozinho mesmo. Essa é a grande verdade. Infelizmente, é
isso, ué. Agora, não estão gostando? Não estão. É evidente que não. Por quê?
Porque querem que ele sorteie Petrobras para um, ministério para outro, para
outro, para outro.
É isso que eles querem.
E ele não está se prestando a isso. Agora, vir falar em cassação, deputado
Campos Machado...
Deputado Campos
Machado, a deputada Janaina, companheira nossa, colega nossa está pedindo para
cassar o presidente. Vão cassar porque ele foi cumprimentar os eleitores dele?
Quer dizer, se eu for
cumprimentar um eleitor meu e eu estou doente ou meu eleitor doente, eu vou ser
cassado? Aliás, cassar todo mundo que estava aqui com o Doria na quinta-feira.
Não vem me falar em 500 pessoas. Você transmite para dois, para três, para 10.
Por que tem que ser 500? “Olha, 500 não pode, mas pode transmitir para 10
ficarem doentes”.
Teve uma reunião com o
Doria aqui. Eu participei, quietinho, sentadinho, mas
estava lá ouvindo. É bom ouvir. E ela, a própria deputada Janaina, foi
incisiva: “estão fazendo política com isso aí”.
Meus cumprimentos à
deputada Janaina. É uma mulher que chegou a essa Casa com dois milhões de
votos. Não resta a menor dúvida. Cobrou lá do Doria, eu vi. Agora, cassar o
presidente da República porque ele foi cumprimentar alguém, aí eu também não
posso aceitar, ué.
Aí é o fim do mundo.
Não vão cassar porque ele está roubando, porque ele está pondo um monte de
ladrão para roubar. Não, isso aí ele não está fazendo. Mas ele deu a mão para
alguém. Então, é homicídio.
Pô,
pelo amor de Nossa Senhora de Aparecida. Então, estamos nós todos aqui. Quem
está doente aqui ou não está? Quem sabe? Tem deputado já doente aí. E a gente
fica junto, fica aqui, vai lá tomar um café, a gente
está junto com os caras, em contato com os caras.
E aí, eu sei se eu
estou ou não? Então, essa é a grande verdade. Eu me referi - respondendo ao
Paulo Fiorilo - à cassação. E o Bolsonaro
está fazendo um grande governo. Está mesmo, na presidência está. Não abriu para ninguém. Está
segurando o mandato dele.
Como ele falou: tentou
aumentar a carteira de habilitação de cinco para 10 anos. O Maia segurou e não
pôs para votar. Que é para o povo. Por que você tem que fazer habilitação todo
dia? Vários projetos para beneficiar o estudante, para não ter que pagar, não passaram.
Nada que ele manda para
o Congresso passa. E eu não sou do partido dele, não sou do PSL, não; sou do
PP. Tudo que ele manda, travam. E a imprensa batendo firme todo dia, o dia
inteiro. Como é que o cara aguenta? E está aguentando, né,
graças ao povo.
Então, ele tem que
cumprimentar o povo, que o apoia, mesmo. É aí que ele tem que pegar a força
dele. Se quiserem derrubá-lo, vão ter que derrubar o povo. Esse é o medo deles.
Porque aqui também é aquilo, você tem ministro da Justiça que nunca foi
advogado, Dr. Campos Machado.
Aí o cara é advogado do
Zé Dirceu, que foi nosso amigo aqui na Assembleia, e depois ele vira ministro,
ué. Advogado do PT, não sei se pode ou não, mas vira,
aí no meio, o cara vai lá e vira. E aí, é político o cara ou é jurista? Mas é o
Brasil. Então, fica aqui minha colocação, já que o deputado Fiorilo
cobrou.
Eu falei contra a
cassação do Bolsonaro por ele cumprimentar seus
eleitores no Palácio. Ele não foi em evento nenhum,
ele estava no Palácio, a pessoa foi lá, ele foi cumprimentar.
Até eu, se eu estou
aqui e um monte de gente vem me cumprimentar, eu vou cumprimentar o cara.
Falar: “Não, sai daí, eu não quero te ver”. O que é isso? Até por uma questão
de educação. Aí não, vira criminoso.
Ele não se corrompe,
não está roubando, não está fazendo propaganda do Banco do Brasil, não faz da
Petrobras, dos Correios... Lembra daquele time de
basquete, de futebol, dos Correios, na época do Lula e do PT, propaganda dos
Correios.
Para que fazer
propaganda dos Correios? Quem concorre com os Correios para entregar carta? E gasta-se bilhões em propaganda com os Correios, “o melhor
correio do Brasil”, é coisa de outro mundo que a gente vê aí.
Eu espero realmente que
as pessoas se compenetrem e deixem o homem trabalhar. Que daqui a quatro anos,
dois anos e meio, vai haver eleição, e ele vai ganhar ou vai perder.
Agora, que ele está
enfrentando todo mundo sozinho, está, que ele está
encarando todo mundo, ele está. Isso aí ninguém pode dizer que é um homem
covarde, não é não, é um homem sério. Está enfrentando, o que ele se propôs,
ele está fazendo. Agora vão cassar, falar em cassação?
A economia... esse problema atingiu o mundo inteiro, não é só aqui no
Brasil. E ele está batalhando, ele está fazendo o que é possível com seus
ministros, não resta a menor dúvida, está tentando fazer o trabalho dele.
Agora, o senhor Lula
ficou oito anos, a Dilma ficou seis e meio, o Bolsonaro
tem que cumprir o mandato dele. Está aí com o Moro como ministro, que é
respeitado no Brasil inteiro, um homem sério. Por que que a gente não pode respeitar isso? Não é da
campanha, se vai ganhar ou vai perder outro.
Agora, não se cassa
assim: “Agora não sou mais amigo dele, eu sou inimigo dele”. Opa, espera aí,
calma. Eu já vi muita coisa aqui nesta Assembleia, muita gente chegar aqui com
uns 700 mil votos e, no outro, ter 20. A vida é assim, né,
uma atrás da outra.
Sr.
Presidente, obrigado pelas colocações. Então, está respondido aí, ao deputado
Paulo Fiorilo, porque eu acho que o Bolsonaro deve continuar governando, não ser cassado porque
foi cumprimentar os eleitores. Aí é o fim da picada mesmo.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Com a palavra, a deputada Bebel. Professora Bebel Lula, no Grande Expediente.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Bem, boa tarde. Novamente, subo a esta tribuna e com a
tranquilidade de dizer as coisas - eu acho que nós estamos em um espaço
democrático, nós construímos isso -, não vou deixar de emitir a minha opinião
com relação ao domingo.
Acho que isso, de certa
maneira, é aquela coisa, qualquer um fazer, deputado Gil Diniz, qualquer um,
digamos que fosse... O PT, tá.
Mas nós tínhamos um
ato, por exemplo, dia 18; não fizemos. Não, não, estou falando agora, dia 18,
quarta-feira. Então, quarta-feira, nós teríamos, mas suspendemos o ato
exatamente por essa questão de responsabilidade de saúde pública. É isso: é o
exemplo. Para mim, não é se ele está sendo injusto, justo, não é disto que eu
estou falando; é o exemplo, só disso que eu estou falando.
Ele é um exemplo, quem
se propõe a ser... Como eu, presidente da Apeoesp; se
eu fizer alguma coisa, eu tenho que... Por exemplo, eu estou hoje discutindo lá
na Apeoesp quantos vão ficar e quantos não vão, para a
gente não ter um discurso totalmente contrário do que eu cobro do governo, se
eu sou incoerente. Essa que é a questão.
Eu acho que a grande
questão colocada é qual? É o fato de que foi em cadeia nacional dizer que não
era para ir para as manifestações que ele chamou de democráticas, que eu também
considero.
Porém, contudo,
todavia, no domingo ele comparece. Isso não é... Que ele não conseguiu deter as
manifestações, eu não estou colocando essa questão. O que eu coloco em questão
é o seguinte: é o que eu digo e o que eu faço. Essa que é a questão, né?
Se
sou favorável à cassação? Não, não acho isso. Acho que
ele não pode passar imune de uma análise. Tem que ser feita. Acho dessa forma,
deputado Gil. É assim que eu penso. Eu acredito até que o País fica apontando
toda hora.
O senhor apontou: a Dilma
ficou dois anos e meio. Não, a Dilma ficou um mandato inteiro e mais dois anos
e meio, e ela não conseguiu terminar porque foram votadas as mentiras das
pedaladas fiscais, porque, se ela tivesse de fato - falo com tranquilidade,
deputado Conte Lopes - algum problema de improbidade administrativa, ela não
teria conseguido sair candidata a senadora agora em
2018.
Mas eu não estou
colocando em questão. Eu estou colocando em questão agora o presidente da
República. Não vou nominar, estou dizendo que eu discordo do posicionamento
dele, é isso que eu estou dizendo.
E ninguém pode cobrar
isso de mim, porque teria uma passeata enorme amanhã, e nós desmontamos tudo,
porque o que está em jogo é a saúde pública, é essa a questão.
A comitiva do
presidente está com treze, treze infectados. Esteve lá nos Estados Unidos, até
brinquei com o deputado Gil: “O senhor não está?”. “Não, fiz o meu teste, eu
não estou.” Beleza, não está na zona de risco mais, mas, em todo caso, são
cuidados que a gente tem que ter.
É o que eu digo e o que
eu faço, essa é a questão. Eu chamaria atenção à coerência. Nós precisamos ter
coerência. Senão, como é que nós fazemos? Eu não vou ficar aqui discutindo se o
Bolsonaro é ou não é, porque não é mesmo.
Eu não votei nele, essa
que é a questão. Então, não vou, sabe, ficar dizendo
que vai... Não, deixa. Eu acho que a discussão dele fica com quem votou nele, e
é vida que toca. Agora, vou lutar, sim, onde tiver que lutar.
Por exemplo, “fora
isso, fora...”. Eu sou contra essa palavra. Vocês tacaram o
“fora Dilma”, “fora não sei o quê”. Eu sou contra. Se
entrou, e se o Congresso entender que tem que fazer alguma coisa, o
Congresso que o faça, não sou eu que vou.
Nunca trabalhei com a
palavra “fora”. Meu pessoal trabalha, mas eu não, porque eu defendo exatamente
a questão do respeito à democracia. Só isso, verdadeiramente isso. É isso que
eu acho.
Então, sem grandes
polêmicas, eu quero dizer que o Brasil passa por este momento triste, como
tantos outros países. E eu fico, assim, indignada também. Eu não posso esquecer do estado de São Paulo. Como é que o governador não
dispensa as aulas? Por que não dispensa, deputado?
A escola, acabei de falar, é foco de infecção. Não tem papel
higiênico, quanto mais dizer que vai ter álcool em gel na escola. Aliás, é bom
avisar que nesta Casa, no livro ponto, quando a gente vai assinar, nem álcool
em gel tem para nós.
Temos que exigir isso
aí. Eu ando com meu álcool em gel, mas tem que ter o devido cuidado com a
saúde, porque senão isso é um pouco do que a gente vai estar
assistindo.
Será que a gente
precisa ver morte em massa? Acho que não, né? A gente quer mesmo é sair desta
crise, voltar à vida normal, todo mundo ter a plenitude do seu trabalho, com
saúde, obviamente. Estão minimizando essa gripe, mas é bom lembrar que, se
pegar essa gripe, 30% do pulmão fica comprometido. Não
sou eu que estou falando, o médico que falou.
Então, não é pouca
coisa. “Ah, mas a H1N1 é pior que essa”. Não tem pior ou
melhor, essa é a que está acontecendo. Portanto, eu não preciso me
apegar à outra. Essa já está acontecendo.
Tem gente morrendo,
idosos estão na sua linha de risco. Eu ainda não estou na linha de risco. Vocês
estão dando risadinha aí. A hora que eu entrar eu aviso. Eu não tenho diabetes.
Graças a Deus, saúde, mas se tivesse, ia ter cuidado.
Estou perto dos
sessenta. A hora que eu chegar no 60 e passar eu aviso
para vocês. Tá bom? Não vou parar de falar não, meu filho. Democracia, por
favor.
Eu quero outra coisa
dizer também, que é o seguinte. O mês passado o governador anunciou aquela
gratificação, e a gratificação acabou não vindo aquele mês e veio esse.
Gratificação, desculpe, é uma enganação. Nós queremos salários. Os professores
precisam de salário. O professor ganha abaixo do piso salarial profissional
nacional, ganha 2.550, o piso é dois mil oitocentos e oitenta e oito.
É uma vergonha pagar
abaixo do piso salarial profissional. Este é o estado mais rico da nação. Vocês
ficam aí me apontando para sair daqui. Nós somos professores, vocês precisam de
nós nas escolas, para dar aula para o filho de vocês, para dar aula para vocês
inclusive. Vocês passaram pelas escolas, então tinham que ter respeito com a
gente, mas não têm.
Eu estou dialogando com
vocês, mas se o caso for de repugnância, eu também repugno o comportamento de
Vossas Excelências. Não são educados, desculpe, e não vou discutir com vocês,
mas todos que me assistem através da TV Alesp sabem
da importância de um professor. Ninguém é nada nesse país se não passar pela
mão de um professor.
Ninguém é nada. Ninguém
nasce sabendo. “Ah, mas quem ensinou foi meu pai e minha mãe”. Tá, mas para
levar a vida quem ensinou foi o professor. Vocês aqui que estão lutando por
concurso, passaram ou não passaram pela mão de um professor? Passaram.
Têm respeito ou não por
um professor? Têm. Passaram em um concurso porque passaram
pela mão de um professor, que alfabetizou, que deu a oportunidade para vocês
poderem aprender.
Não é isso? É disso que
a gente está falando, e aqui, se tem uma política que unifica todo mundo, é a
Educação. É a Educação, e a Educação básica, sobretudo. Quem não respeita a
Educação, desculpe, não sabe para que caminho esse país vai.
A tendência é cada vez
menos Educação, mais desigualdade social e menos desenvolvimento do país. Ou eu
entendo isso ou eu entendo isso, ou então vamos fazer de conta que tudo que a
gente fala é mentira.
Então, eu agradeço aí
as manifestações do público, muito simpáticos por sinal, e dizer para vocês que
discordo veementemente do comportamento de vocês, mas respeito.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada. Com a palavra, por permuta, a deputada Leticia Aguiar.
(Manifestação nas galerias.) Senhoras e senhores, mais uma vez eu peço por
gentileza, nós temos agora chegando uma oradora na tribuna. Muito obrigado.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sr. Presidente. Boa tarde a todos que nos acompanham no plenário, na
rede Alesp e aos colegas deputados.
Antes até de iniciar a
fala, quero condenar a hipocrisia do PT, do PSOL e da esquerda, nesta Casa.
Quando os manifestantes
estão aqui, contra o pensamento deles, eles reagem de maneira negativa. Quando
eles próprios convocam sindicalistas para vir gritar, agredir verbalmente,
depredar o patrimônio público, com o endosso do PT e do PSOL, dos deputados que
aqui estão...
Depredaram tudo,
agrediram nossos policiais. Hipócritas, é isso que vocês estão sendo!
Hipócritas.
Sr.
Presidente, quero falar à respeito do ato criminoso que aconteceu dias atrás,
com o endosso do PT, do PSOL, dos sindicalistas que estiveram aqui.
Falando em facção
criminosa, ontem, a população de São Paulo foi surpreendida com uma notícia
alarmante, um motim que teve em vários presídios no estado de São Paulo, fuga
de mais de 1.300 presos.
Eu quero ressaltar e
valorizar, mais uma vez, as nossas forças de segurança. Quem foi para a rua
proteger o cidadão de bem, que estava acuado, com medo, em casa, por causa
desses criminosos que estavam na rua? A nossa Polícia.
Solicito que esta minha
fala seja encaminhada ao governador João Doria, que prometeu, assumiu um
compromisso de aumentar o salário dos nossos policiais.
O aumento do salário
dos nossos policiais é questão de justiça, para valorizar e reconhecer o
trabalho que eles fazem por nós. Não dá mais para simplesmente aceitar - “Ah,
os policiais sabem que essa é a função deles”.
Chega de reconhecer
apenas com papel, certificados ou honrarias. Ok, isso é bacana, importante. Mas
nós precisamos melhorar o salário dos nossos policiais para ontem, governador
João Doria. Para ontem!
Não dá mais para simplesmente
o senhor falar que até o final do seu mandato... Nós aprovamos a reforma da
Previdência para reduzir a máquina pública, enxugar o Estado. Vai sobrar
dinheiro. O senhor tem, sim, que aumentar o salário da nossa Polícia.
Pois bem, vou continuar
falando à respeito da questão do coronavírus. Falo como deputada, mãe, cidadã e mulher. A
preocupação é legítima.
A preocupação é válida,
vide o exemplo dos outros países que estão com uma grande epidemia, tendo que
combater a multiplicação do coronavírus. Nosso
objetivo é evitar um grande colapso do Sistema Único de Saúde, que já é
péssimo.
Como as pessoas serão
atendidas havendo essa epidemia? É importante que as medidas governamentais
continuem. As autoridades públicas, sanitárias e médicas estão agindo. Nós,
como legalistas que somos, temos que fazer a nossa parte e colaborar para que o
impacto do coronavírus seja o mínimo possível.
Saliento a importância
dos profissionais da Saúde, que estão mais vulneráveis. É importante que o Poder
Público veja com carinho as pessoas que cuidam de todos nós.
Os equipamentos de
segurança individual para esses profissionais de Saúde - médicos, técnicos,
enfermeiros - estão sendo enviados? Eles estão com estrutura de trabalho para
que possam cuidar das outras pessoas?
Nós queremos garantias
de que os profissionais da Saúde tenham a proteção adequada nesse surto de coronavírus. O meu respeito, admiração e gratidão a todos
os profissionais da Saúde. E peço, mais uma vez, empatia da população brasileira.
Que nós tenhamos empatia, especialmente, com mais vulneráveis.
As pessoas com síndrome
de Down, cardíacas, diabéticas, asmáticas, com
bronquite e idosos são mais vulneráveis. Que a gente possa ter empatia e olhar
por essas pessoas, fazendo a nossa parte também no combate ao coronavírus.
Vou falar, também,
nesta tribuna, hoje, à respeito do nosso presidente
Jair Messias Bolsonaro, eleito com mais de 57 milhões
de votos. Uma casa só é construída pela base. Não se constrói uma casa pelo
telhado, mas pela base. É pela estrutura sólida que se faz uma casa.
Apoiamos a agenda
defendida pelo presidente Bolsonaro, que é conservadora,
em defesa da vida e da família, por uma economia liberal, pelo combate à
corrupção. Foi para isso que nós fomos às ruas: para eleger um presidente com
esse perfil, princípios e valores. A maioria da população brasileira é
conservadora e não aguenta mais os corruptos e os desmandos do PT, desses
parasitas. Essa é a verdade.
O presidente Jair Bolsonaro, seu coração verde-amarelo e patriota, não
resistiu, foi ao encontro da população. A gente sabe que ele agiu com a emoção,
e não com a razão.
Porque, se fosse pela
razão, certamente ele seguiria as recomendações médicas. Claro, ele, como chefe
de Estado, precisa ter um comportamento de respeito aos ministros dele, em
exemplo à população.
Jair Bolsonaro é coração. Foi por isso que ele se deslocou em
direção aos populares. É por isso que ele foi eleito. O povo brasileiro é
coração. Da mesma forma como aconteceu no caso da facada, em que Jair Bolsonaro quase morreu, ficou entre a vida e a morte.
Nós passamos maus
bocados, vendo o nosso quase presidente morrer pela ação de um ex-filiado do PSOL. Ficamos desesperados. A população ficou
desesperada. Todo mundo em oração, rezando e torcendo para que o nosso
presidente, então candidato à Presidência, se recuperasse. Ele foi salvo e está
governando o nosso país, combatendo o maior mal que esse país tem: os
corruptos.
Jair Bolsonaro é exemplo. A gente pode, sim, dar um puxão de
orelha, porque ele também tem que se resguardar. É a saúde dele. Nós não fomos
às ruas? E continuamos nas ruas.
Por quê? Porque a gente
quer ver o presidente trabalhando, terminando o primeiro mandato, para ir para um
segundo período, para continuar o trabalho de combate à corrupção, de
valorização da família, defesa da vida e enxugamento do Estado.
Nós precisamos do nosso
presidente bem, saudável, com a integridade física intacta. Que o presidente se
preserve, resguarde, por nós, pela nossa gente e por toda a Nação.
Continue a combater o
velho sistema, os corruptos. Que nós, a população de bem, estará com o senhor.
Que Deus abençoe os brasileiros. Que Deus abençoe a saúde do Brasil.
Que Deus abençoe todas
as autoridades médicas, sanitárias e políticas do nosso país, para que nós possamos, juntos, trabalhar para combater a crise pela qual
estamos passando. Ela vai passar.
Mas, espero que a gente
possa reduzir o impacto dessa crise. Em respeito à deputada doutora Janaina
Paschoal, minha colega, pela história dela. Ela tirou o Brasil das garras do
PT. Nós respeitamos isso, valorizamos e reconhecemos.
Mas não concordo com a
fala que ela utilizou, aqui, ontem, de que o presidente deve ser afastado por causa
de cumprimentar os eleitores dele nesse momento de crise de Saúde pública.
Nós temos que afastar é
o PT, os corruptos e a facção criminosa do poder, que deteriorou o Brasil.
Parasitas, comunistas, gente safada, vagabunda, que destruiu a esperança do
brasileiro de bem, que um dia acreditou nessa raça.
Que Deus nos abençoe e
cuide da nossa nação. Que Deus cuide dos nossos políticos e nos dê a orientação
necessária para superar isso tudo com sabedoria, união e discernimento e com o
Brasil acima de tudo.
Muito obrigada, Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada. Com a palavra, a deputada Beth Lula Sahão. (Pausa.)
Deputada Alessandra Monteiro. (Pausa.) Por permuta, o deputado Campos Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - SEM
- Meu amigo deputado Gilmaci, eu estou em uma grande
dúvida, deputada Bebel, deputado Douglas.
Depois da fala da Sra.
Paschoal ontem aqui da tribuna, conhecida como deputada Janaina Paschoal, eu
indago: quem é ela? Anjo ou demônio? Quem é Janaina Paschoal? Volto a repetir:
anjo ou demônio?
Há alguns meses, ela
defendia o presidente Bolsonaro de corpo e alma. Elegeu-se com ele. Essa
votação que ela teve deve-se muito ao Bolsonaro. E ontem ela pede a saída do
presidente Bolsonaro? E para entrar o vice Mourão? Quem é ela?
Eu vou responder quem é
ela: ela está acostumada com traições. No caso do impeachment da Dilma, não foi
ela a autora. Foi Miguel Reale. Ela roubou do Miguel Reale a ideia, a ação. Foi
Miguel Reale, professor, o autor, o mentor intelectual do impeachment. Não a
Sra. Paschoal.
Acostumada com isso,
ela chega ao absurdo de vir aqui, à sagrada tribuna, e pedir o afastamento de
um presidente eleito pelo povo, deputado Gil? Onde estamos, para onde vamos? É
inadmissível. E a imprensa deu repercussão.
Ela se arvorou em
defensora da Saúde, o que não é verdade, fez de conta que criticou o Doria, o
que não acredito, porque ela não sai do Palácio, e veio aqui, contrariando seus
dois milhões de votos, contrariando sua história, o partido que a elegeu, e simplesmente
pediu a renúncia do presidente, porque o presidente saiu do Palácio e foi
abraçar a sua gente? É uma questão pessoal do presidente.
Então vamos afastar o
presidente Bolsonaro e colocar o Hamilton Mourão? E ela disse que o Hamilton
Mourão é o grande líder da nação. Quem olha de um lado, pensa que a Sra.
Paschoal é um anjo preocupado com a saúde do povo brasileiro.
Mas olha o lado
correto. Do lado correto, o que ela quis dizer mesmo, ela quis criar um levante
contra o presidente Bolsonaro. Isso é um ato de demônio, não de anjo.
Não sou do PSL. Votei,
sim, no Bolsonaro, no segundo turno. Votei no Geraldo Alckmin no primeiro
turno. Mas ele foi eleito pelo povo. São 50 milhões de votos, quase 60 milhões
de votos.
Como é possível, como é
admissível que uma aliada dele, uma aliada do seu partido, ou do ex-partido, mas que se elegeu com ele, nas costas dele, no
pescoço dele, prega abertamente a saída, o afastamento?
Eu pergunto: por que os
jornais deram tanta ênfase a esta fala? Será que os jornais, que a mídia
acredita que o País vai aceitar um novo impeachment, baseado em quê? Baseado no
fato de o presidente apenas ir abraçar o pessoal que gosta dele?
Deputado Conte Lopes,
onde estamos? É impossível admitir... Me desculpe,
deputado Major Mecca, deputado Nascimento, mas a
companheira dos senhores foi de uma infelicidade a toda prova. Eu não falo
infelicidade.
Ela está fazendo o jogo
do governador João Agripino. Não entenderam ainda? Ela mudou de lado. Ela é do
grupo do governador João Agripino Doria Filho. Ela já foi do grupo do
Bolsonaro. E usou de um momento crítico no nosso País.
Ela deveria ter vindo
aqui e falado, por exemplo, quais são as recomendações de Drauzio
Varella, dos infectologistas, deputado. Desse aqui um exemplo, mostrasse o que
o povo tem que fazer: lavar as mãos com álcool, com gel, com sabonete, seja o
que for.
Mas pedir a demissão do
presidente é inadmissível. Agiu sim como demônio, um falso anjo. Pensem bem no
que eu estou dizendo aqui nesta tarde. Foi muito grave o depoimento da Sra.
Paschoal, mais conhecida como deputada Janaina Paschoal. Muito grave. Será que
ela se acostumou a ver presidentes afastados?
O primeiro não foi ela
que fez, foi Miguel Reale. Ela apenas ocupou, indevidamente, o lugar de Miguel
Reale Jr. Agora, o que ela pretende? Ela quer ser a rainha do impeachment, da
saída do Bolsonaro? Onde nós estamos?
Qual é o motivo,
deputado Conte Lopes, para que Jair Bolsonaro deixe a Presidência? Me dê um motivo. Ele saiu do palácio, por ser um homem
emocional, sim. Qual é o crime? Foi abraçar o povo dele. Não: tem que ser
afastado. Afastado como, Sra. Paschoal?
Por favor, Sra.
Paschoal, pondere, medite, não atente contra a democracia. Não faça mais isso.
Isso é um péssimo exemplo. Vossa Excelência não sabe o tamanho do estrago que
V. Exa. poderia ter feito.
Aqui, neste plenário,
não há um deputado que queira que Jair Bolsonaro seja afastado. Ah, quer tirar
o Bolsonaro? Tire em 2022, nas urnas. É lá, não antecipadamente.
Mas a sua ligação,
hoje, com o João Agripino Doria Filho é muito grande. Por isso, deixo aqui a
minha indagação. A Sra. Paschoal é anjo ou é demônio? Respondam,
Srs. Deputados.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Obrigado, deputado.
Com a palavra pelo
tempo restante, cinco minutos ainda, por permuta, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PSL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Obrigado,
presidente.
Subo aqui a esta
tribuna no tempo restante. Cumprimento aqui os deputados, o público na galeria,
dona Neusa Raiol, dona Cristina, e todos os que nos
acompanham pela Rede Alesp.
E a primeira coisa que
eu tenho que fazer aqui desta tribuna hoje é repudiar a fala da deputada
Janaina Paschoal, minha colega de trabalho. Quer afastar o presidente?
Apresente o impeachment, mostre um crime de responsabilidade. Ou tire ele nas
urnas.
Agora, pedir o
afastamento do presidente porque num domingo ele, no Palácio do Planalto, desce
a rampa e cumprimenta os seus eleitores não é de bom tom.
Deputada subiu aqui à
tribuna ontem e disse: “Se o governador continuar se reunindo, continuar
inaugurando obras, continuar fazendo eventos, vamos pensar no afastamento dele,
mas o presidente, não”. Foi enfática.
Tem que ter o
afastamento. Não tem. Presidente, o senhor tem o nosso apoio, o senhor tem o
apoio dos 57 milhões de eleitores que confiaram o voto no senhor. E, garanto
que tem muito mais.
Quer ser presidente?
Dispute a eleição, ganhe na urna. Ganhe na urna. Agora, é interessante ver aqui
a Tropa de Choque do PT hoje defender um deputado do PSL para atacar o
presidente Bolsonaro.
Paulo Fiorilo subiu aqui, passou dez minutos defendendo a Janaina
e atacando o presidente. Esqueceu do Doria. Esqueceram do Doria. Lembrando, dia 8 de março, Dia da
Mulher, 15 mil mulheres aqui no Ibirapuera, na corrida do Dia das Mulheres.
Governador, sua esposa, sua equipe, seus pelegos, lá: ninguém deu um pio.
Dia 10, mil e trezentas
pessoas na inauguração da CNN, Davi Alcolumbre,
Rodrigo Maia, os pelegos do Doria lá, do mesmo jeito: ninguém deu um pio. O
presidente desce a rampa do Planalto no domingo, aperta a mão ali de alguns
eleitores, de alguns manifestantes que foram lá porque quiseram.
Está aqui a dona Neusa, lembra muito minha mãe. Várias manifestações, estive com ela, está aqui presente. Tenho certeza de que
gostaria de estar lá abraçando, apertando a mão do presidente que, lembrem-se
todos, fez o teste do coronavírus e deu negativo. E,
deu negativo.
Parece que ele está
contaminado passando vírus para todo mundo. É mentira. É mentira.
Então, quer ser presidente?
Deixo um recado: se candidate em 2022 e ganhe na urna, no voto. Tenha o apoio
da população, como o presidente tem. Não é a primeira vez, vem aqui no Guarujá,
passeia em Praia Grande, anda de moto, anda de jet ski, passeia pela
praia.
Qual é o problema
nisso? Agora, não dá, não dá, para pedir o afastamento de um presidente que
teve 57 milhões de votos porque ele foi cumprimentar eleitor.
A deputada disse aqui:
“Me arrependo de ter votado no presidente”. Olha, eu
me arrependo de ter dado o meu voto à Presidência desta Casa à deputada. Eu me
arrependo, deputado Cauê Macris, de estar no Ministério Público fazendo uma
denúncia contra V. Exa. quando a deputada estava do
meu lado, deputados, e não assinou a denúncia contra o senhor.
Então, é fácil manipular
as pessoas. É fácil fazer o jogo. Então, cuidado com esse teatro. Cuidado,
porque não é todo mundo que quer o bem do Brasil. O presidente tem trabalhado,
e tem trabalhado muito.
O ministro Mandetta, que é elogiado, vejam, olha só, eles conseguem
dissociar o presidente do ministro. É incrível. Conseguem dissociar o Paulo
Guedes do presidente. Todos os ministros do presidente. É impressionante.
Mas, quem colocou esses
ministros lá? O presidente. Os petistas subiram aqui para falar, para
perguntar: “O que o presidente fez?”
Eu digo o que o
presidente não fez: não roubou a Petrobras, não roubou o BNDES, não mandou
dinheiro para a ditadura aliada, parou de roubar.
A gente não vê
escândalo de corrupção. Estão pedindo o afastamento do presidente por quê?
Porque ele apertou a mão de simpatizantes, de eleitores, de apoiadores, em um
domingo, na porta do Palácio do Planalto. Nós temos que falar aqui: ele não foi
para o meio da multidão. Tinha uma barreira ali, física - é só olhar os vídeos
-, que impedia ele de passar.
Então, novamente: quer
ocupar a cadeira do presidente? Tenha voto, porque o presidente não vai se
afastar. Continua com grande apoio da população brasileira e vai terminar o seu
mandato e vai ser reeleito. Não vai ter afastamento.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
* * *
- Assume a Presidência
o Sr. Cauê Macris.
* * *
A
SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Sr. Presidente, para falar pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem
a palavra V. Exa. para falar pelo Art. 82.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PROS - PELO ART. 82 - Boa tarde a todos. Primeiramente,
gostaria de agradecer aos nossos policiais aqui da Casa, por, no dia da votação
da Previdência... Pela sua postura, pela postura dos senhores, de nos defender
como parlamentares, de aguentarem insultos, quebra-quebra, empurra-empurra.
Enfim, os senhores agiram como verdadeiros profissionais.
Também quero deixar um
abraço para os meninos dos AEVPs, dos ASPs, que estão aqui nesta vergonha. Enquanto estão fugindo
os presos por falta de efetivo, o governador João Doria não chama vocês para
cumprir o quadro e, sim, garantir a segurança do povo de São Paulo.
Eu gostaria que o
pessoal da mídia soltasse um vídeo, por favor.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Tá bom, muito obrigada.
Esse, para quem não conhece, é o senador Major Olímpio, um major da Polícia
Militar que a vida toda defendeu a instituição, e é assim que o governador João
Doria trata um senador da República.
Manda os seus policiais
- que, na verdade, não representam a instituição, são capangas dele -,
retirarem um senador no pontapé, no empurra-empurra.
Então aqui eu quero
deixar o meu repúdio a esse capitão Mandese e dizer
ao Major Olímpio que venha aqui no próximo mês, porque todos os meses o
governador vai vir aqui.
Ele vem aqui para nos
ouvir, e o senhor é meu convidado. Eu quero ver que capitão ou que capanga vai
ter coragem de ciscar aqui no meu terreiro, porque aqui tem gente que defende a
verdade e defende, sim, a Segurança Pública.
Então eu só queria
deixar aqui o meu repúdio. Eu não tenho procuração e não preciso ter procuração
do Major Olímpio, mas, se fazem isso com um coronel, com um major da Polícia
Militar, com um senador da República, o que não vão fazer com uma parlamentar
esposa de um praça da PM?
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Sr. Presidente, para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para comunicação, deputado Paulo Fiorilo.
O SR.
PAULO LULA FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - É uma pena, o deputado Gil saiu, mas ele fez uma afirmação que
não corresponde à verdade. Aliás, é interessante, porque nós vamos ter
oportunidade aqui, em breve, logo após essa crise, essa pandemia, de instalar
uma CPI sobre fake news.
Vai ser prudente, porque é impressionante.
O deputado Gil vai à
tribuna dizer que eu passei dez minutos defendendo uma deputada. Ao contrário,
eu disse aqui que eu tinha divergências ideológicas, não concordava
absolutamente com as questões apresentadas muitas vezes pela deputada.
O que eu disse foi: o
grande problema desse debate é que o guru ideológico dos Bolsonaros
fez um ataque que eu tenho vergonha de repetir, vergonha, e os seguidores
daqueles que fizeram o ataque ainda utilizaram expressões do tipo “nem com a
bandeira do Brasil”.
Então, eu queria
restabelecer a verdade. O deputado Gil não pode fazer esse tipo de afirmação,
que é incorreta, que não condiz com a verdade, para poder fazer um outro ataque, para me usar para atacar. Está errado. Aqui
o debate é sempre na política. Eu tenho divergência, eu debato na política.
Agora, quem quer
utilizar de “fake news”, de
distorção de discurso, não faz parte do debate que eu quero propor. Aliás, acho
que esta Casa tem muito para contribuir, principalmente nessa crise.
Primeiro, começar a
evitar as “fake news” de deputados que estão com vírus, que não estão com
vírus, funcionários que estão com vírus, que não estão com vírus.
Tivemos que pedir para
o Gilmaci falar com a deputada Edna, porque aqui o boato é: a deputada Edna
está com vírus.
Daqui a pouco todo
mundo está com vírus. Aliás, disseram que tinha duas funcionárias minhas com
vírus. Também não tem. Então nós precisamos parar com isso. Aliás, esse é o
método para fugir do debate, para botar cortina de fumaça, para discutir
festinha de aniversário, para discutir que tinha barreira.
Eu nunca vi vírus sendo
contido por barreira física, ainda mais grade de um metro e meio. Mas o
deputado Gil considera que barreira física contém vírus. É a opinião de um
terraplanista.
Boa sorte.
(Manifestação nas galerias.)
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Eu gostaria de falar pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem. Tem a palavra V. Exa. para falar pelo Art. 82.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma Comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para uma Comunicação? Lógico. Vossa Excelência tem a palavra.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO -
Apenas para confirmar aquilo que o deputado Paulo Fiorilo
acaba de relatar aqui. Hoje, às duas e 30, quando nós
descemos para abrir a sessão, existiam aqui alguns comentários sobre o estado
de saúde da deputada Edna Macedo, que é do Republicanos. Algumas pessoas diziam
que ela estava contaminada com o coronavírus.
E, como eu não tinha
notícia, fiquei muito preocupado e procurei ligar para
dona Edna para saber o que tinha acontecido. A resposta dela, disse para mim:
“Deputado Gilmaci, a minha saúde está irritantemente boa, perfeita”.
O que existiu foi o
seguinte: ela foi até o médico e o médico dela aconselhou-a a se afastar -
posso falar porque ela me disse - porque ela já tem 71 anos e está naquele
grupo de risco. “Então, deputada, se afasta que é melhor para senhora”. Então,
o que ela fez, foi isso. Seguindo orientação médica, se afastou por conta
própria.
Mas, como disse ela, a
dona Edna Macedo não está contaminada com o coronavírus. Está irritantemente
bem.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - PELO ART. 82 - Boa
tarde a todos, deputadas, deputados aqui presentes, pessoal da galeria.
Eu gostaria de falar
justamente sobre o Major Olímpio. Contrário ao que a nossa amiga falou. Nossa
amiga deputada, mas que eu tenho muito respeito por ela, ela sabe disso. Eu
acho que o senador Major Olímpio, ele deveria ter vergonha de fazer o que ele
está fazendo.
Ao invés dele trabalhar
lá no governo federal, como senador, para trazer recursos para o nosso Estado e
fortalecer a nossa Polícia, eu quero dizer o que foi que ele fez até agora:
nada.
O que foi que ele
trouxe para o nosso Estado? Nem um real. E é isso o que eu venho aqui me
manifestar. O governador João Doria tem feito bastante coisa, e tem mudado
bastante a Polícia.
Claro que com muitas
limitações. Sabemos que existe muita coisa para ser feita ainda. E muita coisa
que deve melhorada nos salários, na contratação também, de funcionários. Também
sei disso e também estou a favor. Eu acho que todo mundo tem que ser contratado
porque nós precisamos da Polícia para nos proteger.
Agora, não é racional
um senador, que não se presta a nenhum trabalho ao nosso Estado, vir aqui
cobrar ao invés de trabalhar. E sim, cobrar do presidente Bolsonaro mandar
recursos para o nosso Estado. Já que o nosso estado recolhe 70% de todo o PIB
do nosso País, 70% é do estado de São Paulo. E você sabe quanto que nós
recebemos de volta do governo federal? 30% no máximo.
E é com isso que nós
temos que nos virar. E isso é uma guerra onde o nosso
governador vem questionando e buscando alternativas junto aos nossos senadores,
que não se inclui o nosso senador, o senhor Major Olímpio, que diz ser senador
e que não trabalha para isso.
Mas sim, buscar
recursos para nós, para que tragam, para a nossa Polícia, para a nossa Saúde,
para a nossa Segurança, Educação e tudo que nós, no estado de São Paulo,
devemos ter. É a atenção mínima, que o presidente Bolsonaro não tem dado. Nós
temos um caso, hoje, lá instalado em São Bernardo do Campo.
Nós temos um hospital
pronto, com 250 leitos. Está parado porque o presidente não mandou recursos
para equipamentos, que ficou de mandar desde o ano passado. Vinte e cinco
milhões, ele não destinou para o nosso Estado, para o nosso Município, para
equipar esse hospital e colocá-lo em funcionamento.
E com essa questão toda
do coronavírus, foi criado também um comitê de saúde, de gestão, na prefeitura,
e o prefeito Orlando Morando disponibilizou o hospital inteiro para se tornar
uma UTI para tratamento de coronavírus.
E isso está lá,
liberado, falado e entregue nas mãos do Ministério da Saúde. E o que o
Ministério da Saúde fez? O que o presidente Bolsonaro fez? Nada.
Um hospital parado,
podendo estar equipado em 30 dias, com 250 leitos de UTI disponíveis para nossa
população e o presidente Bolsonaro não fez nada. Sabe o que ele fez?
Foi lá na
manifestaçãozinha dele para passar coronavírus para todo mundo e fazer com que
as pessoas tenham esse tipo de manifestação, o que hoje está sendo recomendado
mundialmente para que não se faça.
Então, eu nunca fui
contra o presidente Bolsonaro. Votei nele, votei no presidente Bolsonaro.
Porém, hoje, ele está em falta, em falta com nosso estado. E sabe quem está
prejudicado?
Vocês aí, que estão
fazendo sinal para baixo, estão sendo prejudicados porque o presidente não está
nem aí para vocês, ele não sabe nem que vocês existem. E nós
aqui precisando de dinheiro para a Segurança, que está ali, olha, e a
gente não recebe nada, precisando para a Saúde, precisando para a Educação.
E aí o nosso senador
vai lá e começa a fazer a politicagem dele, começa a gritar, o que não adianta
nada. Tudo o que o governador Doria está fazendo é o que dá,
o que pode e o que cabe dentro do Orçamento.
Não adianta ele chegar
e começar a gritar, ao invés de ir lá buscar dinheiro e trazer para a nossa
cidade e para o nosso estado.
É essa a minha
manifestação aqui hoje. E espero que esse áudio chegue,
esse vídeo, para o presidente Bolsonaro acordar para a vida dele e começar a
ser presidente do país todo, e não só do Rio de Janeiro e de outras cidades e
estados que ele ajuda, virando as costas para o estado de São Paulo, que é a
locomotiva do nosso país.
Muito obrigado a todos.
O SR. MAJOR MECCA -
PSL - Sr. Presidente, para uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Vossa Excelência tem a palavra. Depois eu quero pedir licença a todos os
deputados para a gente poder dar continuidade à sessão. Com a palavra o
deputado Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA -
PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Em relação ao evento de ontem, à
frente do Dope, é muito triste nós assistirmos, no estado de São Paulo, o
comportamento de um governador que faz promessas e não as cumpre.
O senador da República
Major Olímpio é um dos mais aguerridos lutadores de todos os operadores de
Segurança Pública no estado de São Paulo.
E ontem foi destratado,
principalmente como policial, porque um policial não arrasta outro policial,
como o capitão fez. Isso é antiético, até mesmo porque todos nós estamos aqui
para lutar pela nossa categoria.
O governador fez a
promessa e fez um compromisso de governo de que a polícia de São Paulo seria a
segunda mais bem paga do Brasil. Não cumpriu, não vem cumprindo com nenhuma das
outras promessas que fez, como pagar a substituição de
cargos de cabos e sargentos.
Viaturas blindadas, nós
andamos nas ruas da cidade, eu apoio em ocorrências e nenhuma viatura é
blindada. Os nossos policiais estão hoje nas ruas, à frente, defendendo o povo
contra o coronavírus sem equipamento de proteção individual adequado para esse
tipo de ocorrência.
O nosso presidente Jair
Bolsonaro permitiu que a bolsa de valores ultrapassasse os 100 pontos, coisa
que nunca aconteceu. Diminuiu o desemprego no Brasil, não perceptível nesse
primeiro ano porque era um desemprego galopante e desenfreado, por inúmeros governos
que antecederam o presidente Jair Bolsonaro.
Mas nós vemos aqui a
hipocrisia de discursos que, na realidade, não levam a efeito ações que ajudam
o policial que está na ponta da linha, o professor que está na sala de aula, os
médicos que estão hoje nos hospitais, os enfermeiros. Hoje, os nossos
enfermeiros e médicos de São Paulo estão desesperados com a demanda absurda que
já está acontecendo e que levará a pico nas próximas semanas, sem estrutura
alguma no nosso estado.
Muito obrigado.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Sr.
Presidente, para falar pela liderança da Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Tem a palavra pela liderança da Minoria, e já cumprimento V. Exa., inclusive,
pela eleição como nova líder da Minoria aqui na Assembleia Legislativa. Tem a
palavra pelo Art. 82.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT -
PELO ART. 82 - Obrigada, Sr.
Presidente. Boa tarde, Sr. Presidente, todos que
compõem a Mesa Diretora de trabalhos. Também cumprimento os assessores que
estão sentados à minha esquerda e que estão sentados à minha direita.
Srs. e Sras. Deputadas,
mais uma vez aqui presente, cumprimento os que reivindicam a chamada para o
concurso público AEVP 2014, uma luta sempre nossa em defesa de que todos os
servidores públicos tenham direito a concurso público e que sejam chamados,
porque fazer o concurso e não ser chamado também acaba perdendo a validade.
Então, parabéns pela luta.
Cumprimento também o
público que discorda da minha posição, mas assim quero também respeitar as
divergências, porque esta Casa, até os últimos dias, também estava cheia de
divergências com relação a outros deputados.
Eu acho que é muito
natural que isso ocorra em uma Casa que eu considero democrática, tem que ser
democrática. Exageros de um lado e de outro, mas as coisas acontecem aqui.
Eu quero lamentar muito
também uma fala que foi dita aqui, de que nós da bancada do PT, como do PSOL,
somos hipócritas. Não, nós não fomos hipócritas, não somos hipócritas.
De nossa parte, tanto
eu quanto o deputado Teonilio Barba, que é líder da
bancada do Partido dos Trabalhadores, e a deputada Monica - que à época não
era, mas agora é líder da bancada do PSOL -, a gente foi inclusive na porta ali
conter os excessos de ambas as partes e conseguimos, a bom termo, conter,
segurar.
Então, eu nunca
estimulei e acho que não deve acontecer. Deve ter o público, e o que a gente
puder fazer para que o público fique e se coloque no plenário, aplauda ou vaie,
é do processo, a gente tem que saber lidar com esse tipo de coisa.
Eu subo em um caminhão
e tanto sou aplaudida como sou vaiada e dou graças a Deus que seja assim,
porque a unanimidade é burra. Eu acho até que um verdadeiro líder é tanto
aplaudido quanto é vaiado, senão não tem como, alguma coisa acontece, ou é
amordaçado ou, na verdade... Então eu acho que liderança sabe se portar como
liderança.
Eu fico chateada,
porque, veja bem: a gente teve excessos no período todo do processo da
Previdência, enfim. De minha parte acho até, deputado Cauê Macris - não estou
puxando de novo a discussão, por favor -, que a bom termo se constroem
caminhos, pontes.
Sempre fui ensinada a
atravessar e esticar uma ponte, atravessa e estica uma
ponte. É assim a vida, ela é dura, e ser de oposição é mais difícil ainda, me
dizia já o companheiro - sem ser petista - deputado Campos Machado. É duro, é
difícil ser oposição, mas estou acostumada com isso.
Eu estou dizendo tudo
isso porque nós fizemos uma apreciação muito precisa da reforma da Previdência
ora aprovada nesta Casa e detectamos inconstitucionalidades, desde o Regimento,
até mesmo a questão referente ao conteúdo dela, deputada Monica Seixas.
Por exemplo, a questão
do subsídio, a questão referente ao readaptado, ao direito de se adoecer,
enfim, todas as questões que debatemos aqui à exaustão. Muitos falaram: “mas
será que a Bebel não fala...”.
Não, não poderia falar
de outra coisa que fosse menos importante, deputado
Campos Machado, que não fosse essa. Entramos com uma ação direta de
inconstitucionalidade e ganhamos a liminar.
É isso. Acredito que
essa medida, claro, o governo vai recorrer, mas nós vamos lutar também para que
ela persista enquanto uma forma de a gente demonstrar que não foi correta a
aprovação. Não o método em si, mas o conteúdo da reforma da Previdência. E o
método, porque questionado pelo deputado Emidio.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
Sr. Presidente, para usar o Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem
a palavra Vossa Excelência.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
PELO ART. 82 - Meu caro presidente Cauê Macris, há muito, aprendi: silenciar
quando se deveria protestar transforma os homens em covardes. Eu estou aqui
agora para defender não apenas um amigo; para defender o senador Major Olímpio.
Eu o conheço há anos,
desde quando ele trabalhava com o Fleury. Conheci-o aqui nessa Casa, como
deputado. Ativo, trabalhador. Às vezes, intempestivo, mas sério e correto. E eu
contesto quando dizem que ele nada faz por São Paulo. O que lhe cabe de
emendas, todas elas foram para o interior do estado.
Mas ontem, com o devido
respeito, os seguranças do Sr. João Agripino não agiram com o respeito devido.
Agiram com truculência. Trataram um senador da República como se trata um
batedor de carteiras, um ladrão de celular.
Vendo o vídeo, minha
amiga deputada Adriana, eu fiquei perplexo. Eu posso não concordar, em muitas
coisas, com o Major Olimpio. Mas eu posso afirmar que ele é um homem honesto,
honestíssimo, tem um amor profundo pela Polícia Militar. E é um homem sério,
independente, digno, honrado.
Ele não concorda com os
métodos que são aplicados pelo governador João Agripino, como, por exemplo, os
míseros 5% de aumento à PM. Ele não concorda. Ele está errado? Eu não concordo.
O deputado Conte Lopes
não concorda. O deputado Major Mecca não concorda.
Major Olímpio não concorda. A deputada Adriana não concorda. A maneira como os
homens do Sr. João Agripino trataram ontem um senador envergonha o nosso
estado. Não se faz aquilo com um senador, não se faz aquilo com um deputado.
Aos empurrões, aos trancos.
Ele queria conversar,
não deixaram que ele pudesse conversar; foi sendo empurrado para fora. O Brasil
inteiro viu isso, e eu pergunto: o que é que vai pensar o povo de outros
estados? Vai pensar o que eu estou pensando: que o Major Olímpio foi humilhado
ontem à tarde, profundamente humilhado.
Eu não poderia deixar
de vir aqui apresentar a minha solidariedade a ele. Major Olímpio, pela sua
história, pela sua trajetória de luta, e ele sempre defendeu os mais frágeis
aqui na Casa. Quantas vezes ele e o deputado Conte
Lopes ficaram do mesmo lado, lutando contra os poderosos?
Será que é crime não
gostar do governador João Agripino? Será que é esse o pecado que o Major
Olímpio cometeu e comete? Ele não aceita os métodos que foram utilizados,
principalmente depois que o governador João Agripino usou o nome do Bolsonaro
para se eleger.
Por isso que eu
gostaria, nesta tribuna, deixar patente a minha posição: Major Olímpio, se, por
acaso, chegar aos seus ouvidos o que digo aqui nesta tarde, aceite a minha
solidariedade.
Você foi injustiçado.
Vossa Excelência foi tratada não como senador, foi tratada - volto a dizer -
como alguém que tivesse roubado um celular de algum
segurança, e eu não posso aceitar que um senador como V. Exa., correto,
sério, honrado, honesto, decente possa receber este tratamento.
Para terminar, Sr. Presidente, queria dizer ao deputado Major Olímpio,
através dos sons: não para, não, major. Essa é sua missão na vida, missão que
aprendeu e começou a cumprir na honrosa Polícia Militar, e que vai cumprir no
Senado Federal.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela
ordem, deputada Monica.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Para usar a palavra pelo
Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Tem a palavra. Já cumprimento V. Exa. pela eleição
como nova líder do PSOL aqui na Assembleia Legislativa.
A SRA.
MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – PELO ART. 82 - Eu pedi para os meus
colegas para usar a palavra mais uma vez na tarde de hoje, porque, pelo menos
aqui, eu acho que eu não posso, não deveria ser interrompida, eu vou conseguir
concluir a minha linha de raciocínio.
Quem estava agora no
Colégio de Líderes, a organização onde os líderes partidários se organizam para
discutir a semana, todos nós bastante preocupados, de todas as bancadas, com a
segurança dos trabalhadores da Casa, dos efetivos, com os trabalhadores do
nosso gabinete, com o público que frequenta a Assembleia Legislativa e nós.
Nós mesmos, nós temos
vários estados entre os que estão na linha de risco. Por isso, eu e a bancada
do PSOL manifestamos que gostaríamos de fazer o debate a contento, como sempre
fizemos em todas as matérias aqui, do PPA, que é uma matéria importante, que é
o planejamento do governo para os próximos quatro anos.
Inclusive, a gente
identificou problemas técnicos que podem complicar o próprio governo, e, se eu
fosse uma irresponsável, ia deixar o Doria se ferrar e depois só processar, mas
eu quero debater, ajudar a contribuir, sonhar um Estado para as pessoas, e não
gostaria que a Casa fosse irresponsável de colocar este debate às pressas,
hoje, levando em consideração que, por responsabilidade, a gente tem que
dispensar deputados aqui da Casa.
Eu falei, no Colégio de
Líderes, que me doía muito manifestar que a gente ia
obstruir a pauta olhando para a deputada Leci, que é a minha mais velha, a quem
eu respeito muito, a quem abriu os caminhos para que outras mulheres negras
estivessem aqui, que tem anos de luta, que está aqui, firme e forte, mas não
deveria.
Queria muito que a
deputada Leci estivesse trabalhando online, nos
orientando da casa dela, num lugar de segurança, também lutando pela segurança
das pessoas. E, aí, pediram para a Leci vir falar
comigo, o que é muito golpe baixo. Porque quem sou eu para dizer “não” para a Leci Brandão.
Mas, eu quero
manifestar que a irresponsabilidade não é do PSOL. O planejamento e as
diretrizes que vão orientar o Orçamento para daqui
quatro anos é uma responsabilidade coletiva, e nós não podíamos nos furtar
desse debate.
A irresponsabilidade
coloca o debate às pressas. Então, diante da situação, diante da situação, é
com dor que eu vou dizer que a gente vai votar contrário, que a gente vai fazer
o debate aqui minimamente necessário; mas, que a gente não vai obrigar
parlamentar a ficar no plenário, porque o importante é que nós permaneçamos
vivos, para continuar lutando, aqui na tarde de hoje.
Então, eu vim dizer que
conversei com a deputada Leci, em respeito à Leci, a gente revê o posicionamento. Mas, com muita
tristeza de ceder, neste momento, para uma irresponsabilidade que a gente
encara da Mesa Diretora, que deveria estar colocando, agora, em organização, em
debate, uma comissão emergencial para discutir medidas, inclusive
econômico-financeiras, para conter a crise do coronavírus: liberação de
recursos, discutir a produção de insumos, discutir a utilização da Furp, discutir renda mínima para as pessoas em situação de
vulnerabilidade; ou, até mesmo, a distribuição de alimentos, como a Janaina
tentou apelar hoje no Colégio de Líderes.
Deveria ser a nossa prioridade
para esses nossos últimos momentos juntos aqui, já que a gente disse que sessão
só hoje.
Então, eu quero apelar.
Mais tarde eu vou tentar falar com o Cauê, quero apelar para os senhores
também: que pelo menos isso, que a Assembleia Legislativa se debruce a um
pacote de diferentes visões, porque nós somos diferentes, viemos de campos
diferentes, sabemos de realidades diferentes, de cidades diferentes do estado,
um pacote de ação da Assembleia Legislativa de sugestão para o Governo do
Estado para combater a crise.
E, que a gente continue
se falando nos próximos dias, para conseguir protocolar esses ofícios, e manter
o diálogo com o Governo do estado de São Paulo é o apelo, já que a gente não
conseguiu avançar no Colégio de Líderes para uma formação de comissão de
emergência para lidar com o corona.
Estamos preocupados com
a saúde dos senhores, a minha, dos trabalhadores? Estamos. Mas, eu quero
lembrar que a gente não pode fechar a Assembleia Legislativa, no sentido de
cada um ir para casa agora e esperar os desdobramentos a partir dos
noticiários.
Nós devemos ser parte
da solução, nós fomos eleitos para isso, nós temos responsabilidade com a
população do estado de São Paulo. E, a gente deveria discutir profundamente
como é que a gente vai ajudar o governo, o governador, o estado, agora, a
enfrentar essa crise.
Por fim, quero lembrar
que um atropelo como esse, a pressa do governo, a dificuldade de diálogo, que é
dele, que não é nossa, que a gente está sempre aqui debatendo, culminou hoje
que a Justiça suspendeu a votação, a implementação, da
reforma da Previdência.
A reforma da
Previdência, motivo aqui de tanto desespero, de tanto atropelo, de tanta falta
de diálogo, de tanta conversa unilateral, e etc., foi suspensa pela Justiça
hoje.
Então, que a gente não
repita esses erros, e que a gente tenha respeito por nós mesmos, respeito que
hoje eu estou tentando demonstrar quando a Leci vem
me fazer um pedido, e, aí, eu revejo o posicionamento, para que a Leci possa ir para a sua casa hoje à noite, e a gente conversar
sobre o que precisa, de fato, ser conversado neste momento, que é a saúde do
estado de São Paulo.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT – Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Pela ordem, deputado Emidio.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT – Quero falar pelo
Art.82, como vice-líder do PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Tem a palavra V. Exa., com anuência do líder Barba.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT – PELO ART. 82 – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, obrigado,
meu líder, Barba, por me conceder esse tempo aqui.
Eu venho aqui hoje
primeiro para falar do assunto do momento. Nós, a Assembleia Legislativa,
argumentamos, argumentamos, argumentamos, que não se
deveria aprovar a reforma da Previdência pelas razões elencadas, pela
necessidade de valorização do serviço público.
Ora, hoje o Tribunal de
Justiça de São Paulo aceitou a ação proposta, a Ação Direta de
Inconstitucionalidade proposta pela deputada Professora Bebel,
presidenta da Apeoesp.
Eu quero te cumprimentar
Bebel, porque eu acho que é uma ação necessária. Mostra que nós estamos
dispostos a lutar o tempo todo. A minha ação lá no
começo tinha sido exatamente para barrar a reforma da Previdência, suspender, e
fazer o processo correto, e a briga judicial demorou três meses. Depois esta
casa aprovou do jeito que nós sabemos.
Agora, a nova ação de
V. Exa., acolhida pelo TJ, mostra que ainda há luta a
ser feita nessa questão, e V. Exa. está de parabéns
por fazer essa luta, e a coisa que eu queria acrescentar a isso é que, note
bem, após a reforma da Previdência, onde o serviço público foi tão atacado, os
servidores foram tão vilipendiados, foram tão desvalorizados, e todas as
categorias. Hoje, as pessoas, nesse surto de coronavírus que o país vive, que o mundo vive, onde que está a proteção maior para
as pessoas? Exatamente no serviço público. No SUS, tão combatido.
De onde vieram as pesquisas para isolar o vírus aqui no Brasil? Da
Universidade de São Paulo, de pesquisadores que são atacados o tempo todo,
desrespeitados, tanto pelo governo estadual quanto pelo presidente da
República. Sabe, é escárnio o que se faz aqui.
Outra coisa que eu
queria dizer é o seguinte. Olha, nós estamos, eu acho,
assim, vivendo uma situação surreal no Brasil, uma situação vexatória e
vergonhosa, porque no mundo inteiro, todos os chefes de estado, a comunidade
científica internacional, todo mundo está reagindo com todas as forças que pode
ter para evitar a disseminação do vírus pela população, aumentar o número de
óbitos, evitar o que está acontecendo.
O presidente da
República, é verdade, foi eleito, mas para ser presidente da República não
precisa só ser eleito. Precisa ter postura de presidente da República. Precisa
ser chefe de estado, precisa comandar o país.
Precisa orientar o
Brasil na hora que ele precisa ser orientado, que caminho tomar, e esse
presidente é o único no mundo que orienta no sentido
contrário do que toda a comunidade internacional prega.
Ele desdenha da
epidemia, da pandemia, deputada Leci Brandão.
Desdenha da ameaça que ela representa, desdenha com seu exemplo prático.
Presidente da República, como todas as autoridades... Nós aqui temos que, pelo
nosso exemplo, mostrar que caminho tem que seguir.
Quando um presidente,
toda sua comitiva é infectada com vírus... Depois, ele mesmo, até agora, vai
fazer exame hoje ainda, nem sei se já tem resultado ou não. Quer dizer, ele não
sabe se está infectado ou não está, mas a resposta dele é ir para a rua e
tentar... Ele não dá exemplo. Não tem postura de chefe de estado. Não é chefe
de estado, é um chefe de facção o que nós temos no Palácio do Planalto.
Chefe de facção, que só
fala para agradar os seus filiados, aqueles que te seguem, aqueles que entram
na sua loucura, aqueles que acham bonito desdenhar do vírus. Isso que eu acho
que é o que de mais terrível está acontecendo no nosso país hoje.
O povo brasileiro está
assustado. As famílias estão assustadas, e vem aqui uma deputada do PSOL,
deputada... PSOL coisa nenhuma, PSOL é a nossa querida deputada Monica da
Bancada Ativista, é o Carlos Giannazi, lutadores.
Vem a
deputada do PSL, deputada Leticia Aguiar, a quem eu respeito, mas vem aqui
dizer, sabe, justificar a ação do presidente da República no domingo.
A ação dele é
injustificável. Não há o que falar. Não há defesa para
ação que ele fez. Esse negócio de ter tido voto, deputada, não quer dizer que
ele tem voto para fazer tudo. Presidente da República tem mandato para agir em
defesa do país e do seu povo.
Ele não está honrando
um dos 50 e poucos milhões de votos que teve. Não está honrando um deles. Não
honra a cadeira de presidente da República. Não chefia o país em um momento de
dificuldade. É um presidente completamente fora da realidade, que, repito, se comporta mais como chefe de facção do que como
chefe da nação brasileira.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Ordem do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO
DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há
sobre a Mesa o seguinte requerimento, assinado pela Mesa Diretora da Assembleia
Legislativa.
“Requeremos, nos termos
regimentais, a não-realização
das sessões plenárias a partir do dia 23 de março de 2020, por tempo
indeterminado, durante a situação da pandemia do coronavírus,
Covid-19.
A Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa continuará monitorando e acompanhando diariamente a
conjuntura da doença através do Centro de Contingência do Estado, e as sessões
plenárias serão retomadas por ato da Presidência.
Justificativa. Em
função da declaração de Emergência de Saúde Pública, de importância
internacional, em 30 de janeiro de 2020, por força do coronavírus, e da
declaração da situação de pandemia, em 11 de março de 2020, ambas da
Organização Mundial de Saúde - OMS -, apresentamos o presente requerimento como
medida preventiva a fim de reduzir as chances de contágio e propagação da
infecção nas dependências da Assembleia Legislativa.
As
sessões plenárias poderão ser retomadas imediatamente por meio de ato da
Presidência, assim como o período de recesso previsto no mês de julho será
adiado para compensar o período de suspensão dos trabalhos legislativos.”
Assina
eu, o presidente; o deputado Enio Tatto, 1º
Secretário; e Milton Leite, 2º Secretário.
Antes de colocar em
discussão o requerimento, eu quero informar a todos os parlamentares e àqueles
que nos assistem que hoje a Mesa Diretora editou um ato que será publicado no
Diário Oficial de amanhã com novas regras durante o processo de vigência em relação
à pandemia do coronavírus. Essas regras estabelecem,
a partir da publicação, um novo tratamento.
Em primeiro lugar, em
relação ao público aqui no Poder Legislativo, nós suspenderemos todas as
atividades relacionadas ao público em geral - sejam elas sessões solenes, sejam
elas eventos já previamente agendados por partidos - e
todas as reservas feitas pelos parlamentares dos plenários.
Nós suspenderemos a
abertura do prédio do Poder Legislativo para as pessoas que não estão
previstas. Dentro do ato que será publicado amanhã, nós vamos restringir a
quantidade de pessoas que acessam e adentram o Poder Legislativo.
Nós estamos
determinando para os servidores que estão dentro do grupo de risco estabelecido
- aqueles acima de 60 anos, doenças crônicas e outros preestabelecidos pelo
grupo de risco - que, com relação ao seu chefe imediato, passem a trabalhar via
“home office”.
Da mesma maneira, nós
estamos fazendo com que os parlamentares que também participam dos grupos de
risco estejam desobrigados das suas atividades parlamentares no dia a dia,
todos eles, ao longo desta semana, por conta da edição desse ato que será
disponibilizado amanhã. Aqueles funcionários que estiverem com suspeita também
imediatamente serão colocados em “home office”.
Ou seja, diversas ações
estão sendo estabelecidas para que o Poder Legislativo também faça e resguarde
as suas atuações e as suas atividades, para que não propague, para que a gente
não seja indutor de contaminação, até porque muita
gente passa aqui ao longo do dia. Em torno de 5 mil
pessoas frequentam todos os dias o prédio do Poder Legislativo do Estado.
Também criamos, através
do ato, um comitê de crise virtual, coordenado por mim, presidente da
Assembleia; os líderes e a Mesa Diretora, pelo qual, a qualquer momento,
poderemos reconvocar as atividades legislativas caso necessário e dentro de um
processo de emergência, para avaliações dentro desse conceito e ações
necessárias ao estado de São Paulo.
Então, diante disso,
trazemos este requerimento para ser apreciado pelos nobres parlamentares. Nós
tivemos aqui o apoio de todos os líderes agora, quando anunciamos as medidas
que estão sendo tomadas no Colégio de Líderes. Neste momento, deixo de maneira
pública todas as posições e as ações que a Casa tomará a partir de amanhã.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Com a
palavra, o deputado Teonilio Barba, para encaminhar o requerimento.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR
- Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Primeiro, presidente, quero parabenizar a Casa pela atitude
tomada, já que a nossa preocupação - de todos nós, dos 94 deputados e deputadas
- é a de trabalhar o máximo possível pela não propagação do vírus.
O vírus é de baixa
letalidade, mas é de propagação muito rápida. Então, a maneira mais correta de
combatê-lo é exatamente trabalhando para evitar a propagação. A propagação do
vírus em grande escala, em escala de massa, pode, com certeza, saturar a Saúde
pública e mesmo a saúde suplementar. Não dariam conta. Nossas mais de 417 mil
unidades de saúde que existem no país inteiro não dariam conta.
Então, toda ação que
nós pudermos tomar para combater a propagação - você não consegue combater o
vírus, mas consegue combater a propagação - é muito importante. Então, quero
parabenizar os deputados e deputadas desta Casa por essa ação.
Em segundo, presidente
- eu vou falar muito rápido, não vou usar 10 minutos -, eu quero agradecer
desde já a toda a bancada de oposição por esse ano de liderança em que estive à
frente, mas também agradecer novamente a minha bancada do Partido dos
Trabalhadores, com três deputadas e sete deputados que me reconduziram para
poder cumprir mais um ano na liderança da bancada do PT.
Isso, para mim, é
importante, deputada Leci, porque é o ano em que o PT completa 40 anos. E
agradeço a presença e a participação da senhora na sexta-feira. Eu tive que
sair, mas a senhora chegou logo após e fez uma fala importante agradecendo a
bancada pelo apoio que tem lhe dado.
Eu quero agradecer
muito pela senhora andar conosco. A senhora é uma pessoa importante na nossa
vida, da esquerda brasileira, aqui no estado de São Paulo e no Brasil, de andar
ao nosso lado.
Então, quero agradecer
a minha bancada, que é composta pelo Dr. Jorge do Carmo, deputado Emidio de
Souza, deputado Paulo Fiorilo, deputado Luiz Fernando, deputado Enio Tatto, e
as três deputadas, a Professora Bebel, a deputada Márcia Lia e a deputada Beth
Sahão. Não sei se esqueci de algum.
Quero agradecer,
Giannazi, à oposição. Nós fizemos um bom trabalho juntos, com você na liderança
do PSOL. Quero parabenizar a Monica Seixas, desejar a ela muita sorte e dizer:
Monica, estamos à sua disposição, nós somos parceiros.
Aliás, quero
parabenizá-la hoje pela atitude que você teve de ouvir a deputada Leci, atender o pedido da deputada Leci, que é nossa orientadora
em vários momentos mais duros. Atender a deputada Leci e não verificar. A gente
vai declarar o voto contrário.
Eu peço desculpas - viu, Giannazi? - ao PSOL e a você também, Leci, porque
acabei conversando por telefone com o Cauê e acabei não discutindo com a
oposição qual seria o encaminhamento que nós iríamos tomar.
Acabei tomando uma
posição em nome da bancada do PT, porque conversei com a bancada, mas, desde
já, você sabe que não é prática nossa. Então, com certeza, nós estaremos aqui
juntos em todos os grandes combates que vamos fazer aqui.
Então, era muito mais
para fazer esse agradecimento e dizer que nós vamos estar aqui, em mais 12 meses
de enfrentamento duro, mas com muita serenidade, com muita tranquilidade. Quero
parabenizar a todos os líderes que foram reeleitos e aos novos líderes que
foram eleitos e desejar boa sorte para todo mundo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - Sr.
Presidente, para encaminhar pelo Novo.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Vossa Excelência tem a palavra. Por sinal, já cumprimento V. Exa., que assume, neste momento, a liderança do Partido Novo.
O
SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - Obrigado, presidente. A gente, antes de mais nada, tem uma preocupação muito grande com a
saúde de todos. Por isso, vemos com bons olhos boa parte das medidas tomadas
pela Mesa Diretora da Casa.
Queria aproveitar
também para desejar melhoras tanto para o deputado Ataide,
como também para metade da nossa bancada, que tem sintomas do coronavírus, o Heni e o Sergio
Victor, que estão se preservando em casa até o diagnóstico final. Que eles
consigam voltar logo. E também a deputada Edna.
E dizer que nós, da bancada
do Novo, vemos este momento como uma oportunidade para buscar uma forma
diferente de trabalhar.
A prioridade sempre,
aqui, vai ser a saúde de todos. A gente entende a medida, tomada pela Mesa
Diretora, de que as sessões vão ser paralisadas e, com isso, compensadas
através do recesso de julho, que vai deixar de existir, dependendo do quão
longe formos nessa parada das sessões de votação.
Essa poderia ser uma
oportunidade para nós implantarmos outras formas de buscar realizar as
votações, mesmo a distância. A Câmara dos Vereadores de São Paulo já utiliza o
método virtual de votação.
Agora, em Brasília,
está sendo discutido, através das lideranças, na Câmara dos Deputados, um
método também virtual para as votações acontecerem nesse período do coronavírus. Nós acreditamos que podemos levar essa
discussão adiante aqui, para evitar uma parada completa dos nossos trabalhos.
Lembrando sempre, mais
uma vez, ressaltando que a nossa principal preocupação é com a saúde de todos.
Mas também, dado que existe tecnologia, dado que já existem ferramentas que
podem ser utilizadas para que o nosso trabalho possa continuar de forma remota,
por que não buscar implementar essas formas?
Por que não buscar
essas soluções? Então, a gente da bancada no Novo se coloca à disposição para
ir atrás desses dados, para propor alguma solução para que a gente consiga
continuar trabalhando remotamente nesse período em que todos nós devemos, sim,
ficar reclusos, para minimizar as chances de espalhar o coronavírus
para outras pessoas.
Era essa comunicação
que eu gostaria de fazer. E também, mais uma vez, desejar melhoras para metade
da nossa bancada, que está com sintomas. Eu desejo que melhorem
o quanto antes, além dos deputados, também, que estão enfrentando essa mesma
dificuldade.
Obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem
de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Sr.
Presidente, por acordo de lideranças, queria sugerir a suspensão dos trabalhos
para que a gente possa fazer o congresso.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Nobre
líder Barba, o deputado Paulo Fiorilo pede a
suspensão dos nossos trabalhos... Por quanto tempo, deputado Paulo?
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Trinta minutos.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com
anuência do deputado Barba? Com anuência.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – PARA COMUNICAÇÃO - Deputado,
só para comunicar aqui ao nobre deputado Daniel José. Eu já havia dito, já
tinha dado esse comunicado, mas só para reforçar para V. Exa.:
a deputada Edna não está com o coronavírus.
Falei com ela agora há
pouco. Ela se afastou por recomendação médica, por estar naquele grupo de
risco. Mas, como ela mesma disse, me ligou, ela está
terrivelmente...
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Irritantemente.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Irritantemente bem de
saúde. Não está contaminada com o coronavírus.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Convocação.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”,
combinado com o Art. 45, parágrafo 5o, ambos do Regimento Interno,
convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e
Planejamento, a realizar-se hoje, às 17 horas e 25 minutos, no salão nobre da
Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no
924, de 2019, de autoria do Sr. Governador, que institui o Plano
Plurianual - PPA - para o quadriênio 2020-2023.
Havendo acordo das
lideranças, estão suspensos os nossos trabalhos por 30 minutos.
* * *
- Suspensa às 17 horas
e 23 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 55 minutos, sob a Presidência
do Sr. Delegado Olim.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP -
Senhoras e senhores, reaberta a sessão. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco
V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se
hoje, dez minutos após o término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a
sessão não atinja o seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a
seguinte Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 19a sessão extraordinária foi publicada
no D.O. de 18/03/2020.
* * *
O
SR. MARCOS ZERBINI - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP -
Pela ordem, nobre deputado Marcos Zerbini.
O
SR. MARCOS ZERBINI - PSDB - Por acordo de lideranças, solicito
o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP -
Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os ainda
da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.
Está levantada a
sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 17 horas e 56 minutos.
* * *