11 DE MARÇO DE 2020
24ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, JANAINA PASCHOAL e GILMACI
SANTOS
Secretaria: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, anuncia a visita de Luiz Santos, vereador à
Câmara Municipal de Sorocaba.
3 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Anuncia a visita de alunos de Direito da FMU - Faculdades
Metropolitanas Unidas, Campus Liberdade, acompanhados pela professora Juliana
Cardoso Ribeiro Barros. Convoca, em nome da Presidência efetiva, reunião
extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a ser
realizada hoje, às 16 horas.
4 - CORONEL NISHIKAWA
Anuncia que o Corpo de Bombeiros completara 140 anos. Informa
que estivera no sepultamento de cabo soterrado no Guarujá. Manifesta-se contra
a construção de moradias em encostas. Discorre acerca do trabalho da
corporação. Clama por política de fiscalização mais eficiente e pela construção
de moradias populares. Agradece à equipe envolvida na retirada de árvore que
caíra em residência de mulher idosa. Afirma que é autor de projeto que visa a
destinar 50% do valor de multas, via bafômetro, para o Corpo de Bombeiros.
5 - MAURO BRAGATO
Parabeniza a reitoria da Unesp pelo resultado econômico da
instituição, informado via boletim. Estende cumprimentos à Secretaria de
Desenvolvimento Econômico. Acrescenta que a geração de receitas superiores a
despesas deve favorecer reajuste salarial para servidores da instituição.
6 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
7 - CORONEL TELHADA
Parabeniza a cidade de Angatuba pela data comemorativa de seu
aniversário. Comenta o resultado da Operação São Paulo Mais Seguro, realizada
ontem, em locais apontados pela Inteligência da Polícia Militar. Faz coro ao
pronunciamento do deputado Coronel Nishikawa. Defende a aprovação da PEC 07/19,
que visa a emancipar o Corpo de Bombeiros. Solicita ao Governo do Estado que
também encaminhe, a esta Casa, projeto sobre o tema.
8 - LETICIA AGUIAR
Manifesta apoio ao programa Escola sem Partido. Critica
escola técnica do Centro Paula Souza, em Campinas, que realizara manifestação
de alunos a simular o assassinato do presidente da República, com consequente
comemoração, com bandeira do PT. Lê resposta do secretário da Educação, sobre o
ocorrido. Clama por providências e penalizações.
9 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
10 - RAFAEL SILVA
Reflete filosoficamente acerca do dinamismo da sociedade
humana. Lembra diálogo com Leonel Brizola, sobre a criação de 6 mil salas de
aula no Rio Grande do Sul. Discorre acerca de rivalidades por questões
religiosas. Indaga a quem interessa o conflito. Assevera que a divisão
partidária entre o bem e o mal não deveria existir. Lamenta a criação de
facções e a atribuição de culpa. Valoriza a Educação como meio para favorecer a
reflexão.
11 - LETICIA AGUIAR
Para comunicação, anuncia a visita de alunos do Centro de
Integração Juvenil de Mauá - Guarda Mirim de Mauá.
12 - JANAINA PASCHOAL
Destaca a qualidade da biblioteca desta Casa. Explica voto
contrário a projeto de reajuste da remuneração de servidores do Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo. Notícia que protocolara PEC para garantir aos
deputados o direito de destinar, no mínimo 50% das emendas impositivas, para a
Saúde. Lembra que fora impedida, pela Secretaria da Fazenda, de conceder o
aporte de 80% para instituições da Pasta, no final de 2019. Defende célere
tramitação da matéria.
13 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Convoca, em nome da Presidência efetiva, sessões solenes a
serem realizadas nos dias: 17/04, às 20 horas, para "Homenagem aos Índios
do Brasil", por solicitação do deputado Adalberto Freitas; 24/04, às 10
horas, para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao Padre
Júlio Lancelotti, Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua", a
pedido do deputado Enio Lula Tatto; e 27/04, às 19 horas, para "Celebração
do Dia do Profissional de Contabilidade", a requerimento do deputado Jorge
Caruso.
14 - FREDERICO D'AVILA
Agradece ao vice-governador Rodrigo Garcia pela Resolução
13/20, que revogara alguns artigos da Resolução 59/18. Informa que a medida
deve favorecer o produtor rural. Afirma que ajustes ainda devem ser realizados,
a fim de desonerar envolvidos na cadeia do agronegócio. Defende a fiscalização
do mau uso de defensivos agrícolas. Manifesta-se contra o uso de secretaria
para fins políticos.
15 - ADALBERTO FREITAS
Parabeniza a deputada Leticia Aguiar por convite a alunos do
Centro de Integração Juvenil de Mauá. Elogia o deputado Coronel Nishikawa por
visita ao Guarujá, para acompanhar consequências de desastre provocado por
chuvas.
16 - CORONEL NISHIKAWA
Argumenta que como militar deve solidariedade às vítimas.
Informa que fora absolvido de acusação anônima, de "rachadinha".
Agradece o apoio de seus pares. Clama ao governador João Doria que favoreça a
emancipação do Corpo de Bombeiros. Aduz que após o falecimento de sua primeira
esposa, prometera dedicar-se às pessoas. Assevera que pretende realizar, nesta
Casa, uma semana em homenagem ao Corpo de Bombeiros.
17 - JANAINA PASCHOAL
Solicita suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos,
por acordo de lideranças.
18 - CORONEL TELHADA
Defere o pedido e suspende a sessão às 15h30min.
19 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h32min. Convoca
os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez
minutos após o término desta sessão.
20 - PAULO LULA FIORILO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
21 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização
da sessão extraordinária, hoje, às 19 horas.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e convida a nobre deputada Janaina Paschoal para ler a resenha
do Expediente.
A SRA. JANAINA
PASCHOAL - PSL - Muito obrigada, Sr. Presidente. Cumprimentando Vossa Excelência e todos
os presentes, temos um requerimento do deputado Itamar Borges para
cumprimentar... Na verdade, é um voto de congratulações para a população de
Américo Brasiliense, pelo aniversário do município a ser comemorado no dia 21
de março.
Temos também, Sr. Presidente, uma indicação da
deputada Mônica da Bancada Ativista, que solicita ao senhor governador enviar
recursos financeiros para assistência social e habitação às cidades de São
Vicente, Guarujá e Santos, que muito sofrem por enchentes e deslizamentos. É
isso, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem,
deputado Douglas.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Antes de abrirmos o
Pequeno Expediente, gostaria de solicitar uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental,
deputado.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Muito
obrigado, Sr. Presidente. Senhor presidente, apenas para apresentar, nesta
tarde nós estamos recebendo a visita do nobre deputado Luis Santos, da cidade
de Sorocaba... Vereador Luis Santos - estou profetizando que o senhor será um
futuro deputado, da cidade de Sorocaba, da Câmara Municipal, que veio aqui.
É um vereador que muito representa a
cidade de Sorocaba, tem batalhado muito pelos nossos valores lá; agradecer a
presença do senhor aqui e que nós venhamos trabalhar bastante para que a cidade
de Sorocaba tenha um respaldo por parte do Legislativo paulista. Seja muito
bem-vindo, vereador.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Um minutinho só, deputado. Eu gostaria que a televisão, a TV Alesp, filmasse o
vereador enquanto o deputado está sendo apresentado, por favor, para que o
pessoal em casa também o acompanhe.
O vereador Luis Santos, da cidade de
Sorocaba. Muito obrigado, deputado, muito obrigado, vereador. Seja bem-vindo. É
um prazer recebê-lo. Muito bem.
Também, antes de começar aqui o Pequeno
Expediente, quero dar ciência aos Srs. Deputados que nós estamos recebendo hoje
os visitantes. São os alunos do curso de Direito das Faculdades Metropolitanas
Unidas, FMU, Campus Liberdade. É isso? Sejam bem-vindos.
A professora responsável é a senhora
Juliana Cardoso Ribeiro Bastos. A professora está presente? Muito obrigado,
professora, pela presença da senhora e dos alunos. Sejam todos bem-vindos aqui
a essa Casa. Espero que desfrutem uma tarde agradável aqui nessa Casa.
Pequeno Expediente. Oradores inscritos.
Primeiro deputado é o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Jorge Lula
do Carmo. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
Enquanto o deputado se desloca até a
tribuna quero fazer a seguinte convocação: Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d“, combinado com o Art.
45, parágrafo 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da
Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje às 16 horas
no salão nobre da Presidência com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº
1027, de 2019, de autoria da nobre deputada Marina Helou, que institui a
Política Estadual pela Primeira Infância de São Paulo. Está lido.
Deputado Nishikawa, Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL
– SEM REVISÃO DO ORADOR – Boa tarde a todos.
Sr. Presidente,
colegas deputados, pessoal da galeria, eu gostaria de primeiramente falar sobre
o aniversário que o Corpo de Bombeiros completou, 140 anos de bons serviços
prestados. Foi fundado em 1880, com 20 homens. Naquela época o bombeiro era
acionado por sino. Não tinha ainda o aparato que tem hoje.
Ao mesmo tempo,
ontem eu estive presente no féretro do bombeiro falecido, o cabo, um momento
muito triste. No dia que o Corpo de Bombeiros completa 140 anos, estávamos
enterrando um herói, o herói que foi soterrado.
Já tinha salvo
várias pessoas pelo local e infelizmente houve essa tragédia, uma tragédia
anunciada, que eu venho falando aqui todos os dias.
Eu tenho dito
que falta fiscalização dos poderes públicos para que não construam casas em
morros e encostas. A gente, que foi do Corpo de Bombeiros, já cansou de ver
esse tipo de deslizamento. Com a chuva intensa que ocorre em todos os locais em
que há casas dessa natureza, vão fatalmente deslizar, tragédia anunciada.
É muito triste
a gente ver pessoas que se dedicam, como nós já nos dedicamos, à população para
salvar pessoas... Nós fazemos isso com muito amor, esquecemos das nossas
famílias quando nós estamos envolvidos nesse tipo de ocorrência.
Então, eu quero
fazer um apelo às autoridades: que fiscalizem melhor onde se fazem casas, e que
se adote uma política pública de casas populares. É o que falta. Tem tanto
terreno plano no nosso País. Por que têm que ser ocupados morros?
Morros que hoje
nos protegem, até. Às vezes, matas estão sendo debeladas para que se possam
construir isso em locais proibidos. A ocupação da mata é proibida, só que
ninguém fiscaliza. Vão fiscalizar outras coisas.
O deputado
Bragato, que já foi prefeito, sabe como é o rigor do Ministério Público nas
contas públicas. Essas coisas não são fiscalizadas. É o dever do Ministério
Público e do Judiciário ver o que são feitos de casas em encostas.
Também em
decorrência das chuvas, houve um tombamento de uma árvore, praticamente dentro
de uma residência, e nós tivemos a oportunidade de até interferir, porque o
estrago foi muito grande na casa da senhora Josina Dias dos Santos, de mais de
80 anos, deficiente física.
A árvore ficou
tombada para dentro de casa, a Defesa Civil se negou a ir tirar, porque a
árvore é da rua.
Compareceram
para poder retirar a árvore o Auto Tanque 04205, comandado pelo sargento Melo,
que, inclusive, está para se aposentar, cabo Tadeu e soldado Pinheiro. O Auto
Bomba 04105, comandado pelo 3º sargento Gilberto, soldado Mouza, soldado
Gilmar, soldado Gilberto e soldado Giovani.
Eu quero
agradecer essa intervenção, porque nós tivemos que interferir para que essa
árvore fosse retirada do local. Nós também estamos apresentando um projeto de
lei de retirada de 50% do valor das multas de bafômetro, para ser destinado ao
Corpo de Bombeiros.
O Corpo de
Bombeiros hoje, sabidamente, está sem recursos dos municípios, porque o Sr.
Ministro Ricardo Lewandowski achou incondicional a cobrança de taxa de combate
a incêndio.
A obrigação é
do Estado, o dever é do Estado. Entretanto, os municípios em que nós moramos
estão ficando sem Corpo de Bombeiros.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
senhor deputado. Próximo deputado, deputado Alex de Madureira. (Pausa.)
Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. MAURO BRAGATO - PSDB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
deputado Telhada, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos assiste aqui
e, acima de tudo, a TV Alesp. Recebi, Sr.
Presidente, nesses dias, um boletim econômico da Unesp. Importante
frisar aqui.
Quero destacar
que a universidade, após três anos de trabalho responsável, mantém há um ano
receitas superiores às despesas, permitindo o crescimento das reservas
financeiras e um superávit de 32 milhões no final de janeiro 2020.
Quero enaltecer
cumprimentar o trabalho da reitoria da Unesp, na figura do reitor Sandro
Roberto Valentini, pelo trabalho de recuperação orçamentária da instituição nos
últimos anos, e também o excelente trabalho da secretária de Desenvolvimento
Econômico, Patrícia Ellen, que segue a linha da gestão do governador João
Doria.
É um trabalho
de sustentabilidade e responsabilidade econômica da universidade, que trabalhou
fortemente para o crescimento da reserva financeira, gerando um superávit de
cerca de 32 milhões em janeiro deste ano.
Essa economia
vai possibilitar um reajuste de 2,2% dos servidores, docentes e
técnico-administrativos a partir deste mês, sem ferir a previsão orçamentária,
além do pagamento do 13º em dia.
Queria
parabenizar a atual gestão da Unesp, na figura do reitor Dr. Professor Sandro,
a secretária de Desenvolvimento Econômico Patrícia Ellen, a equipe da
instituição e todos aqueles que trabalharam para encontrar soluções que colocam
a universidade no caminho do desenvolvimento da Educação.
Parabéns,
Unesp, pelo trabalho que está sendo realizado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sr. Deputado. Próximo deputado, deputado Castello Branco.
(Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Wellington Moura. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.)
Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Caio
França. Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Marcos
Damasio. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz.
(Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.)
Deputada Leci Brandão.
Solicito que a senhora deputada Janaina
Paschoal assuma a Presidência dos trabalhos.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Janaina
Paschoal.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Muito
obrigada, honrosamente assumindo esta Presidência. Sigo aqui com a lista de
oradores inscritos e chamo à tribuna o deputado Coronel Telhada, concedendo-lhe
o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, Sra. Presidente. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, assessores e
funcionários aqui presentes, quero saudar os alunos da Faculdade de Direito da
FMU aqui de São Paulo. Sejam todos bem-vindos; prazer recebê-los.
Saudando os
demais presentes aqui no nosso plenário também. Saudar todos que nos assistem
pela Rede Alesp. Eu não posso deixar de saudar a nossa Assessoria Policial
Militar na figura do cabo Cordeiro e do cabo Armando, que aqui se encontram na
segurança do plenário hoje.
Eu, hoje, nesta
quarta-feira, dia 11 de março, quero saudar como sempre os municípios
aniversariantes e neste dia 11 nós temos um município. É o município de
Angatuba. Então um abraço a todos amigos e amigas da querida cidade de Angatuba
por mais esse aniversário. Contem com o nosso trabalho aqui na Assembleia
Legislativa.
Ontem, a
Polícia Militar realizou a “Operação São Paulo Mais Seguro”. A operação começou
ontem e fechou hoje às cinco horas da manhã. Participaram dessa operação 14.340
policiais militares, com a utilização de 6.550 viaturas, além de 13
helicópteros que foram distribuídos em 1.234 pontos estratégicos apontados pelo
Serviço de Inteligência para sufocar áreas de ações de criminosos.
O resultado
dessa operação - essa foi a operação de um dia - pessoas abordadas: 25.125
pessoas, sendo um total de 209 pessoas presas, da seguinte distribuição. Presos
cometendo crimes: 114; menores apreendidos: 22; e procurados capturados, ou
seja, eram foragidos: 73 pessoas.
Foram
vistoriados também 20.240 veículos, sendo que 34 veículos foram recuperados das
mais diversas formas de roubo, furto, apropriação indébita. Então teve um total
de 34 veículos recapturados.
Foram
apreendidas sete armas e apreendidos dez quilos de droga também no total da
operação. Lembrando que isso aqui são apreensões distintas. Então é um
resultado que mostra o trabalho forte. Só nessas sete armas que foram
recolhidas nós não temos como escalonar ou como até mensurar o número de crimes
que foram evitados. Quando a gente apreende uma arma...
Esse trabalho
de prevenção da polícia é um trabalho complicado porque você previne o crime,
mas isso não tem resultado, não aparece. Então o pessoal não conhece a
importância da apreensão de uma arma.
Toda vez que
uma arma é apreendida quantas vidas são salvas? Quantos crimes são evitados? Então
é muito importante esse item “apreensão de armas” e muitas vezes as pessoas não
dão valor.
Quero aqui
compactuar com o que disse meu amigo Coronel Nishikawa sobre o nosso Corpo de
Bombeiros. Ontem, nós aqui já falamos, foi o sepultamento do cabo Batalha, que
o corpo já estava desaparecido há sete dias no soterramento lá no Guarujá.
Não há qualquer
dúvida quanto à excelência do trabalho do Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar. E eu tenho aqui uma PEC já.
É a segunda vez
que eu estou entrando com essa PEC. Tentei no mandato passado, foram empurrando
com a barriga. O governador empurrou, empurrou e não fez nada.
Estamos
novamente com essa PEC, agora a PEC 07/19, que fala da emancipação do Corpo de
Bombeiros. Já falei com o Sr. Governador sobre essa emancipação. Já falei com
vários secretários da importância de nós emanciparmos o Corpo de Bombeiros.
No Brasil todo,
nós só temos dois estados em que o Corpo de Bombeiros é subordinado à Polícia
Militar: no estado de São Paulo e no estado do Paraná. No mundo todo, polícia é
uma coisa e bombeiro é outra. São serviços distintos. Aqui, em São Paulo, o
pessoal continua nessa velha forma de se deixar o bombeiro subordinado à
Polícia Militar.
É uma tropa, é
uma instituição que tem que ser separada porque o seu serviço é um serviço
técnico. É um serviço que demanda uma série de processos e procedimentos que
não são aqueles mesmos da Polícia Militar.
Então, aqui,
mais uma vez concito os colegas deputados para que nos ajudem na aprovação
dessa PEC ou até mais.
Eu mando mais
uma vez uma solicitação ao Sr. Governador João Doria para que faça essa
emancipação através do Executivo. Ficaria muito mais fácil vir um projeto do
Executivo fazendo a emancipação do Corpo de Bombeiros.
Sendo que todo
mundo vai ganhar: a sociedade vai ganhar, a instituição vai ganhar, e todos
sairão ganhando. Porque, quando nós tivermos um Corpo de Bombeiros emancipado,
nós teremos um aperfeiçoamento técnico muito melhor, um emprego de verbas muito
melhor.
Teremos os
bombeiros voluntários e os bombeiros municipais agregados sob a égide do
bombeiro militar.
Então toda a
sociedade vai ganhar, e com certeza será uma atitude que salvará muitas vidas.
Porque, quando essas desgraças, acidentes, incêndios e catástrofes, todo mundo
adora falar do Corpo de Bombeiros.
Todo mundo vem,
elogia, bate palma, fala que devia ganhar mais. Mas, passou dali dois dias,
ninguém lembra mais. E novamente o bombeiro tá na situação que tava tempos
atrás.
O Nishikawa é
testemunha que, no tempo de tenente dele, você corria com auto bomba, auto
tanque. A guarnição era de quanto? Cinco homens. Hoje a guarnição, quando corre
muito, corre com três. Quando corre muito. Que normalmente corre com dois
também.
E já teve caso
de carro de bombeiro pegar fogo em incêndio porque o motorista teve que se
afastar para ajudar na linha de combate ao fogo e o caminhão acabou sendo
envolvido pelo incêndio e perdemos o caminhão.
Então é uma
coisa que o povo não sabe, as autoridades teimam em não saber, mas a realidade
está aí. É necessário a emancipação urgente do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado de São Paulo. Peço para que minhas palavras sejam encaminhadas ao Sr.
Governador João Doria, Sra. Presidente.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Solicito a
toda a assessoria que encaminhe as palavras do nobre deputado ao Sr.
Governador.
Devolvendo à presidência ao Coronel
Telhada, chamo à tribuna o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Rodrigo
Moraes. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Silva. (Pausa.) Deputado Douglas
Garcia. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
(Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)
Deputada Leticia Aguiar. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco
minutos.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL -
Obrigada, Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal, Coronel Telhada. Quero
cumprimentar a todos que estão nos assistindo na galeria, os nobres pares, a
todos que nos acompanham pela TV Alesp, aos servidores desta Casa.
Quero deixar
registrado, mais uma vez, o meu apoio ao programa Escola sem Partido. É um
programa que visa fazer um enfrentamento a doutrinação partidária, ideológica,
política dentro do ambiente escolar.
O ambiente
escolar, de fato, tem que ser um ambiente de ensinamento, e não de qualquer
tipo de manipulação ou doutrinação.
Tomei
conhecimento de uma notícia, em dezembro de 2019, por meio do doutor Miguel
Nagib, do “Escola sem Partido”, à respeito de uma escola técnica que pertence
ao Centro Paula Souza, em Campinas, que realizou, dentro de um ambiente
escolar, com alunos, uma manifestação que simulava o assassinato do presidente
da República, Jair Bolsonaro.
E, após essa
simulação desse assassinato ao presidente da República - ou seja, um incentivo
à violência ao presidente da República - também havia uma comemoração, após
esse suposto crime, uma manifestação partidária com a bandeira do PT. Isso,
dentro do ambiente escolar.
Então,
imediatamente, quando fui notificada à respeito disso, entrei em contato com o
secretário de Educação, Rossieli, que me respondeu.
Vou ler as
palavras dele: “É inadmissível que ocorra manifestação em ambiente escolar com
bandeira de partido político. É um ato que não agrega em nada na aprendizagem.
Ao contrário, tira o foco do que é essencial.” Trata-se da escola técnica do
Centro Paula Souza.
Pois bem. Pedi
que providências fossem tomadas à respeito disso. Isso não pode acontecer
dentro de um ambiente escolar. Nem incentivar alunos a fazer esse tipo de
manifestação, especialmente a questão da violência contra um presidente da
República, seja ele qual for. Mas, também, o fato da bandeira partidária dentro
da escola.
O secretário
Rossieli se colocou à disposição, disse que não fazia parte da Pasta dele, que
a responsabilidade seria da secretária Patrícia Ellen. Falei com ela
recentemente porque, até o momento - são quase três meses -, não tive retorno.
Então, estou
vindo a esta tribuna hoje para cobrar o retorno das secretarias que são
responsáveis por isso, quais providências foram tomadas e se as advertências
foram realizadas, quais esclarecimentos foram feitos à respeito desse caso. Eu
quero vir a público esclarecer às pessoas que estão acompanhando esse caso
junto conosco. E, também, o projeto “Escola sem Partido”.
Portanto, eu
peço, inclusive, que essas palavras sejam encaminhadas ao governador João Doria
e que ele tome uma providência para que casos como esse não voltem a acontecer.
A gente não
pode permitir que o ambiente escolar seja de doutrinação e manipulação. A
escola tem que ser um local de ensinamento. Família educa e escola ensina. Cada
um no seu papel.
Obrigada, Sr.
Presidente.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada. Solicito à nossa assessoria que encaminhe as palavras da deputada
Leticia Aguiar ao Sr. governador do Estado, João Doria.
A próxima deputada é a deputada Marta
Costa. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Sargento Neri.
(Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo.
(Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.)
Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.)
Pela lista suplementar, Deputado Carlos
Cezar. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada
Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)
Deputado Coronel Telhada, que já fez uso da palavra. Deputado Rafael Silva.
Vossa Excelência tem o tempo regimental, Sr. Deputado.
O
SR. RAFAEL SILVA - PSB -
Sr. Presidente, nobres colegas, a sociedade humana é dinâmica por sua essência,
por sua natureza. É diferente da sociedade de formigas, da sociedade de
abelhas. A abelha tem o mesmo comportamento ao longo dos anos, lá na Europa,
aqui na América, tudo é igual.
A formiga
também. Essa formiga saúva, ela tem sua hierarquia, tem quem trabalha, tem
aquele que cuida da segurança dos outros. Do jeito delas, mas elas têm. Elas
têm toda uma estrutura, que é a mesma ao longo de milênios.
A sociedade
humana, ela muda, ela vai mudando. Esse dinamismo faz com que a realidade de
200 anos atrás não seja a mesma realidade de hoje.
Eu me lembro
que, um dia, estava conversando com o governador Leonel Brizola, do Rio de
Janeiro, e nós falávamos sobre educação. Ele e o Darcy Ribeiro, eles têm um
trabalho muito bonito nessa área.
E o Brizola me
falava que, quando foi governador do Rio Grande do Sul, falou que construiu
seis mil salas de aula. Essa sala de aula dele poderia ser construída debaixo
de uma mangueira, debaixo de uma árvore, em um terreno todo aberto. Ele falou:
“Hoje...” E esse “hoje” dele é de quase 20 anos, mais ou menos, ou de mais de
20 anos.
Ele falou:
“Hoje, não. Hoje, a escola tem que ter segurança, tem que ter muro, tem que ter
controle, tem que ser escola de tempo integral, para que realmente possa
cumprir a sua missão”.
Então, tudo
isso mudou. Mudou e não foi de 200 anos para cá, mas de 50, 60, 70 anos para
cá. E de repente eu vejo que, na política, ou na comunicação, nós mudamos muito
pouco. De repente, eu vejo aquele comportamento lá do passado, do católico
contra o huguenote. Huguenote era o protestante, e essa é uma denominação que
deram a ele de forma pejorativa.
Na noite de São
Bartolomeu, ou no massacre de São Bartolomeu, dezenas de milhares de huguenotes
ou de protestantes foram assassinados, seus corpos foram jogados nos rios, mas
por quê?
Havia, naquele
momento, o pensamento de que o protestante era inimigo do católico, assim como
também o judeu era inimigo do cristão, assim como também o muçulmano era
inimigo do judeu e do cristão.
Então a quem interessa essa bipolaridade, a
quem interessa o maniqueísmo? A alguns grupos. Infelizmente, no mundo atual,
nós vemos a reedição de toda essa história, de todo esse pensamento. O Maniqueu
viveu há muito tempo, e aquele pensamento do bem e do mal não deveria ser mais
uma realidade nos dias presentes, mas é.
Interessa até
mesmo nos Estados Unidos, que tem o povo bem mais esclarecido. Lá também...
“Olha, o fulano vai colocar o nosso país do lado da esquerda, ou vai
‘esquerdizar’ - vamos criar essa palavra - o povo americano”. Nada disso, nada
disso, isso não existe, não existe.
O que é
esquerda e direita? Esquerda e direita hoje rendem lucros para alguns grupos
políticos que querem realmente, usando a outra como mal e a deles como bem,
levar vantagem. Isso é de um lado e do outro lado. O que isso pode representar
depois para o povo, para a população?
Nada, não
representa nada. Você passa a criar facções que acabam não enxergando a
realidade do mundo, que deveria ser desenvolvido. Não, não enxergam a
realidade. É culpa da esquerda, ou culpa da direita, ou culpa não sei de quem,
e as pessoas levam vantagens, vantagens e mais vantagens.
A Educação pode
ser o ponto de partida para que o camarada busque a capacidade de reflexão.
Quando tivermos um povo com essa capacidade, essas colocações oportunistas de
esquerda, de direita, disso, daquilo, isso daí não vai ter tanto peso.
Pode ter
certeza, você que está me vendo e ouvindo: o nosso país será muito melhor, mas
muito melhor mesmo. Com reflexão, com capacidade de discernimento, o próprio
povo descobre o seu rumo e o seu caminho.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sr. Deputado. A próxima deputada é a deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Sr. Presidente, com a
anuência da nossa querida deputada Janaina Paschoal, posso fazer uma
comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental,
Sra. Deputada.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO – Presidente: Coronel Telhada, nobres parlamentares, deputada
Janaina, é com bastante alegria que eu estou recebendo a turma bonita que está
no plenário hoje e faz parte do Centro de Integração Juvenil de Mauá, conhecido
como a Guarda Mirim de Mauá.
É um projeto
que existe na cidade de Mauá há mais de 50 anos e atende aproximadamente 200
alunos, estudantes, com atividades educacionais, culturais, atividades de
patriotismo, de civismo, de valores da família, éticos e morais, um trabalho
muito bonito.
Fui conhecê-los
em novembro do ano passado pessoalmente, onde fui recebida pela primeira-dama
de Mauá, a Sra. Andreia Rios e pela coordenadora da Guarda Mirim de Mauá, a
Sra. Ondina Rossoni, e pelo secretário-adjunto de Segurança, subtenente
Bonassa.
Fiz o convite
para que eles viessem na Assembleia Legislativa, conhecer esta Casa de Leis,
entender como funciona e a forma de trabalho de um deputado, qual a importância
de legislar em favor da população e como eles são importantes para nós, à
sociedade, para a formação dessa nova geração de jovens, imbuídos desse
sentimento de respeito, voluntariado, respeito ao próximo, disciplina,
hierarquia e respeito aos mais velhos. Isso tudo é ensinado e orientado dentro
do projeto da Guarda Mirim de Mauá.
Minha saudação
aos jovens da Guarda Mirim de Mauá, a todos os coordenadores, aos voluntários
que participam desse projeto. Sejam bem-vindos à Casa do Povo, à Casa da
Assembleia Legislativa de São Paulo.
Contem com a
gente, com o nosso apoio, para que a gente possa, cada dia mais, ajudar
projetos importantes como esse, que fazem a diferença na vida da sociedade.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sra. Deputada. Deputada Janaina
Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa.,
todos os colegas, em especial a deputada Leticia, por ter convidado a Guarda
Mirim. Sejam muito bem-vindos.
Já fizeram o
tour aqui na Assembleia, o tour guiado? Tem que fazer o tour guiado. Vamos
fazer? Ótimo. Se puder, leve as crianças à biblioteca também.
As pessoas não
sabem, mas nós temos uma biblioteca muito boa aqui na Casa, uma biblioteca que
inclusive fica aberta ao público em geral. É possível pegar livros aqui na
Casa. Existe um acervo de livros raros. Então, até anuncio isso, aviso às
crianças. É importante, nesse tour, sempre incluir a nossa biblioteca.
É muito
importante que os jovens conheçam a Assembleia Legislativa. Obviamente, se
puderem conhecer a Câmara Federal, o Senado Federal, a câmara da sua cidade,
sempre, porque, com isso, vai pegando gosto por participar, por lutar pelas
boas causas. E quem sabe amanhã vocês não estarão aqui, não é assim? Ótimo.
Bom, eu queria
aproveitar estes minutinhos primeiro para explicar o meu voto “não” ontem,
porque eu acho que é importante as pessoas compreenderem, para não se magoarem.
Ontem, teve a votação de um projeto, aqui, para reajustar o salário dos funcionários
do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
No final do ano
passado, teve um projeto parecido aqui, que dizia respeito ao salário dos
funcionários aqui na Casa, e eu vim aqui à frente. Sei que magoei muita gente,
desapontei muita gente, frustrei expectativas.
Eu votei “não”.
Por que eu votei “não”? Porque eu penso que os funcionários desta Casa não
mereçam? Não é isso. É porque comparativamente os funcionários da Assembleia
estão numa situação melhor do que os demais funcionários do estado de São
Paulo.
A situação no
Tribunal de Contas também é mais favorável, também é uma situação diferenciada
de quando nós comparamos, por exemplo, com os funcionários da Educação - não só
os professores, os auxiliares, os assistentes.
Então, eu não
entendi que seria correto, numa situação de crise, nós reajustarmos justamente
os salários daqueles que estão numa situação melhor. Lembrando ainda que o
Tribunal de Contas é um órgão do Poder Legislativo. Então, não deixaria de ser
uma forma de aumentar os vencimentos, vamos dizer assim, do próprio Poder
Legislativo.
Com isso, eu
não estou criticando de maneira nenhuma os colegas que entenderam por votar
“sim”. Eu só estou explicando as minhas razões, para que ninguém pense que foi
um voto contra o Tribunal de Contas ou que em dezembro foi um voto contra a
Assembleia. Não é isso, eu acho sempre importante explicar.
Eu penso o
seguinte: um parlamentar pode errar, pode acertar, pode agradar, pode
desagradar; ele não pode ser incoerente. Então, é só nesse sentido. Eu estou
tentando esclarecer o meu posicionamento.
E também
gostaria de noticiar que nesta tarde, com apoio da maior parte dos colegas
aqui, aqueles com os quais eu conversei, com os quais a minha assessoria
conversou - e eu sei que muitos gostariam de ter assinado também, mas, por uma
situação de desencontro, não conseguiram assinar, mas sempre é tempo -, nós
conseguimos protocolizar uma PEC.
É uma proposta
de emenda constitucional para garantir aos deputados estaduais o direito de, ao
indicar as suas emendas impositivas no final do ano, destinar no mínimo 50%
para a Saúde.
Vejam,
senhores: a meu ver, a redação presente tanto na Constituição Federal como na
Estadual já dá esse direito para o parlamentar, porque, quando se garantem 50%,
é óbvio que esses 50% são um valor garantia, não um valor limite, máximo.
Porém, a
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo - pelo menos foi essa a informação
que eu recebi o fim do ano passado - disse que não pagaria nem 1% além dos 50%.
Então eu, com
relação às minhas emendas impositivas - para quem não entende, emenda
impositiva é aquela que é prevista em lei, é obrigação do Poder Executivo pagar
- no final do ano, indiquei 80% das minhas emendas para a Saúde.
Quando chegou
no último dia, disseram: “Você vai perder todas essas emendas. Quem está na
ponta não vai receber, porque a gente só vai pagar 50% para a Saúde”.
Eu tive que, na
correria, junto com a assessoria, reverter todo o trabalho que nós tínhamos
feito para tirar 30% para a Saúde e mandar para outras áreas. Muitos colegas
passaram pelo mesmo apuro.
Então, naquele
momento, nós conversamos, ali no fechar do ano, que era necessário fazer uma
PEC para deixar bem claro que é no mínimo 50%, e fizemos essa PEC,
acrescentando literalmente a expressão “no mínimo”.
Praticamente
todos os colegas apoiaram, e foi protocolizada hoje. Eu peço o apoio dos
colegas que assinaram, dos colegas que não puderam assinar por qualquer
situação, e especialmente do presidente desta Casa para que nós aceleremos o
trâmite dessa PEC, que não é para mim, não é para o colega “A” ou para o colega
“B”, é para o estado de São Paulo, é para a saúde da população.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada. Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esta Presidência,
atendendo solicitação do nobre deputado Adalberto Freitas, convoca V. Exas.,
nos termos do Art. 18, inciso I, letra “R”, do Regimento Interno, para uma
sessão solene a realizar-se no dia 17 de abril de 2020, às 20 horas, com a
finalidade de homenagear os índios do Brasil.
Sra. Deputada e Srs. Deputados, esta
Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Enio Tatto, convoca V.
Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “R” do Regimento Interno, para
uma sessão solene a realizar-se no dia 24 de Abril de 2020, às 10 horas, com a
finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São
Paulo ao Padre Júlio Lancellotti, vigário episcopal para a Pastoral do Povo de
Rua.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta
Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Jorge Caruso, convoca V.
Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “R” do Regimento Interno, para
uma sessão solene a realizar-se no dia 27 de abril de 2020, às 19 horas, com a
finalidade de celebrar o Dia do Profissional de Contabilidade.
O próximo deputado inscrito é o
deputado Frederico d'Avila. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL
- Sr. Presidente, prezados colegas, gostaria aqui, rapidamente, de agradecer ao
vice-governador Rodrigo Garcia pela sensibilidade que teve em relação aos
produtores rurais do estado de São Paulo em relação à maldita Resolução de nº
59, de 2018, feita no dia 21 de dezembro de 2018, no apagar das luzes do então
governo, que prejudicava em muito os produtores rurais de todo o estado.
Ontem, - a bem
dizer a verdade, anteontem -, foi publicada a Resolução 13, de 2020, da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento, revogando os Arts. 21, 30, 33, 39 e
56 da Resolução 59, de 2018, da SAA.
Essa resolução,
para quem não sabe, criava uma série de burocracias para o produtor rural
paulista, pedindo, Coronel Telhada, muito mais exigências do que já existem na
legislação federal, e que não são poucas.
Havia já muitas
cooperativas, muitos produtores, muitas revendas de produtos agrícolas tendo
que ampliar os seus quadros de funcionários, gastar mais dinheiro com
funcionários e papelada, para atender aos caprichos da Defesa Agropecuária,
mais especificamente a Defesa Vegetal.
Levei o caso ao
vice-governador Rodrigo Garcia, que também é o secretário de Governo. Homem do
interior que é, prontamente nos atendeu. Faz apenas duas semanas que falei com
ele, e ontem a Secretaria de Agricultura já emitiu essa portaria revogando.
Ontem tive
conhecimento desta portaria, e ainda há algumas aparas, alguns ajustes a serem
feitos, por conta dos acertos dessa resolução, que serão feitos, para,
justamente, desonerar não só o produtor, mas também aqueles todos envolvidos na
cadeia do agro, seja agronegócio ou agricultura familiar como um todo.
Então, vocês
imaginem aqueles pequenos produtores aqui do Cinturão Verde, da região de
Ibiúna, região de Mogi, terem que perder tempo e tempo e tempo com papelada e
preenchimento de burocracia para o governo do estado, para, no fim, deputado
Janaina, não ter efeito prático nenhum. É só preenchimento de papelada.
Então, agradeço
aqui essa revogação. Nós vamos caminhar para revogar mais alguns itens, e
dizer, dar um recado aqui diretamente à Defesa Agropecuária Vegetal da
Secretaria de Agricultura.
Eu defendi os
senhores uma vez, quando foram atacados por um determinado secretário de
estado, quando os senhores foram categorizados como ineficientes, como...
Enfim, que não prestavam um bom serviço à sociedade.
Defendi os
senhores, junto, inclusive, com o deputado Eduardo Bolsonaro, gravei um vídeo
para os senhores, e os senhores fazem um papelão desse com o produtor rural
paulista.
Os senhores têm
que fiscalizar defensivo falso. Os senhores têm que fiscalizar mau uso de
defensivo, praticado por alguns setores aí, que nós sabemos muito bem quem são,
e não ficar atormentando a vida de quem trabalha corretamente e já segue toda a
legislação federal.
Então, vocês da
Defesa Vegetal, e o então postulante da Defesa à época, e também secretário à
época, queriam sim criar cargos, comprar mais carros, para ter consigo mais
gente para fazer campanha eleitoral para si. Nós sabemos o que está por trás
disso, e a Defesa não pode compactuar com esse tipo de perfil, utilizando um
órgão técnico para fazer política.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
senhor deputado. Próximo deputado, deputado Adalberto Freitas. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL -
Boa tarde a todos, boa tarde à Presidência, à Mesa, aos assessores de ambos
lados, à Polícia Militar, que aqui nos guarnece, ao pessoal que está nos
assistindo pela TV Alesp, e parabenizar a deputada Leticia Aguiar, por ter
convidado a Guarda Mirim de Mauá para estar aqui presente, que é o futuro do
nosso Brasil, que esperamos que aconteça.
Eu vou ser bem
rápido. Só quero deixar um elogio, por que eu admiro muito, um elogio ao nosso
deputado Nishikawa, pois tenho acompanhado muito o trabalho dele. Ele está acompanhando
muito as questões todas lá do Guarujá. Desde que começaram, ele foi o primeiro
deputado a se deslocar para lá, está acompanhando tudo.
Então,
Nishikawa, parabéns. Eu tenho orgulho de participar da bancada e de você ser
meu amigo.
Muito obrigado,
presidente. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado
pelo elogio ao deputado Nishikawa. Deputado Nishikawa, o senhor é o próximo que
tem a palavra, por gentileza. O senhor tem o tempo regimental.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA
- PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde.
De novo, ocupando novamente a tribuna. Sr.
Presidente, só para concluir, eu agradeço as palavras do deputado
Adalberto Freitas. Nós militares temos isso no nosso coração.
A gente não
pode ver colegas abandonados. Eu acho que quando a gente vê um colega, como foi
o caso do cabo Machado, que estava soterrado abaixo da terra cinco metros. Era
minha obrigação pelo menos estar lá.
O pessoal ficou
muito feliz da minha presença porque eu subi até onde houve o deslizamento de
terra. Então muito obrigado. Contem com o nosso espírito de solidariedade
sempre. Obrigado.
Eu quero
aproveitar a oportunidade deste microfone, onde nós fomos aqui acusados de uma
prática que jamais sonhei, principalmente por ser militar e pela educação que
meus pais me deram: tomar dinheiro de quem trabalha comigo, quem colabora e
contribui comigo para depositar na conta dos meus filhos.
Foi um ano
muito difícil para mim por esse motivo. Tirou-me o sono, me fez ficar abatido.
Eu pensei até em abandonar a carreira de deputado - muitos deles sabem disso.
Agradeço o
apoio a todos os deputados que me apoiaram aqui nesta Casa. Hoje, recebi a
notícia que eu fui absolvido da acusação da tal rachadinha. É um absurdo em um
mês de mandato eu ser acusado de rachadinha.
Eu não tinha
nem conhecimento ainda de alguns assessores que eu tive que levar, que eu não
tinha o conhecimento desta Casa. Não tinha nem como eu negociar, tomar metade
do salário de qualquer um que seja.
Então depois de
um mês ser acusado, denúncia anônima dizendo que eu tomava dinheiro de
funcionário para depositar na conta dos meus filhos...
A minha
educação não ia permitir jamais uma coisa dessa. Desculpe-me, mas estou
aliviado. Estou aliviado. Agradeço novamente os colegas que me apoiaram. Sem
nenhum constrangimento, todos sabem da minha origem.
Eu vou
aproveitar a fala do deputado Coronel Telhada. Gostaria de apelar ao Sr.
Governador novamente sobre a emancipação do Corpo de Bombeiros. Não é possível
o Corpo de Bombeiros viver sob a guarida da Polícia Militar. Eu tive várias
oportunidades.
Eu falei, eu
fui patrulheiro. Eu trabalhei na rua, trabalhei no Tático Móvel. A atividade de
bombeiro não tem nada a ver com a atividade de polícia, a atividade de
patrulha. Não tem nada a ver. Eu fui me dedicar ao Corpo de Bombeiros por tudo
aquilo que nós aprendemos. Eu vou colocar uma coisa que eu não gosto de falar.
A minha esposa
faleceu com 39 anos atropelada por uma bicicleta. Eu prometi a Deus que eu ia a
partir daquele momento me dedicar às pessoas, porque eu fiquei sozinho, ninguém
me ajudou. Aquilo me comoveu demais.
Deus me colocou
na Secretaria da Saúde do Estado. Eu pude ajudar muita gente quando eu estava
lá. Usei Incor, Dante Pazzanese, HC, vários hospitais que nós tínhamos à
disposição.
Até o próprio
secretário pedia para que eu intercedesse em arrumar vagas em hospitais, porque
a gente ia pessoalmente fazer isso. Então eu quero colocar isso para os
colegas, que saibam o que é a gente se dedicar a outras pessoas.
É isso. Eu acho
que é um espírito que jamais vai nos abandonar. Eu já falei várias vezes aqui:
eu estou com 71 anos de idade. Eu quero marcar a minha passagem por esta Casa.
Nós vamos fazer uma Semana de Bombeiro aqui nesta Casa, que vai ficar marcada
na história, pode escrever isso.
Eu faço aquilo
que nós prometemos. Pode escrever aí. Nós vamos fazer uma semana decente e até
por isso eu gostaria, Sr. Governador, que o senhor se sensibilizasse e
emancipasse o Corpo de Bombeiros da polícia.
Não tem nada a
ver uma atividade com a outra. Nós temos apenas no mundo inteiro dois estados
com o bombeiro ligado à polícia: o estado de São Paulo e o estado do Paraná.
Todos os outros
que fizeram a emancipação ou separaram, cresceram, cresceram as suas
atividades. Eu já comandei 30 homens num posto de bombeiros. Hoje, esse mesmo
posto tem oito bombeiros.
Me dói. Eu não
tenho vontade nem de visitar os quartéis que eu comandei. Porque a gente vê um
abandono, quase um abandono dentro do quartel, por falta de pessoas.
Encerrando, Sr.
Presidente, eu gostaria que fosse encaminhado ao governador para que ele
pudesse tomar conhecimento daquilo que nós sentimos, do fundo do coração.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Solicito que a assessoria encaminhe as palavras do
deputado Nishikawa, quanto à emancipação do Corpo de Bombeiros, ao Sr.
Governador do Estado.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Havendo acordo de lideranças, eu solicito a suspensão da presente
sessão até as 16 horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental,
Sra. Deputada. Portanto, a sessão está suspensa até as 16 horas e 30 minutos.
*
* *
- Suspensa às 15 horas e 30 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 32 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci
Santos.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Reaberta a sessão. Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do
Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão
extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente
sessão ou às 19 horas caso a sessão não atinja o seu tempo limite, com a
finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei nº 976, de
2019, do nobre deputado Gil Diniz; item II - Projeto de lei nº 538, de 2018, de
autoria do nobre deputado Edmir Chedid.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Sr. Presidente, se
houver acordo entre as lideranças, queria sugerir levantar a sessão para que a
gente pudesse depois já discutir os projetos.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Há acordo nas lideranças aqui em plenário? Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os ainda da sessão
extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.
Está levantada a sessão.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 16 horas e 33 minutos.
*
* *