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29 DE NOVEMBRO DE 2019

57ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DA LIGA DO PROFESSORADO CATÓLICO

 

Presidência: BETH LULA SAHÃO

 

RESUMO

 

1 - BETH LULA SAHÃO

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a composição da Mesa. Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido desta deputada, na direção dos trabalhos, em "Comemoração do Centenário da Liga do Professorado Católico". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Lê o histórico da Liga do Professorado Católico. Anuncia a exibição de vídeo sobre a entidade.

 

2 - DOM CARLOS LEMA GARCIA

Bispo responsável pelo ensino religioso na CNBB Regional Sul 1, discorre acerca do tema da presente sessão.

 

3 - FLÁVIA REGINA FIORE

Presidente da Liga do Professorado Católico, tece comentários a respeito da temática da presente solenidade.

 

4 - MARIA DA GUARDA ROCHA

Vice-presidente da Liga do Professorado Católico, comenta assuntos relativos a esta sessão.

 

5 - PRESIDENTE BETH LULA SAHÃO

Elogia a motivação e o entusiasmo de Maria da Guarda Rocha. Considera importante a manutenção do entusiasmo, independentemente do momento da vida em que se está.

 

6 - MARIA DA GUARDA ROCHA

Vice-presidente da Liga do Professorado Católico, pede um minuto de silêncio em memória do apresentador Gugu Liberato, recentemente falecido.

 

7 - PLÍNIO RANGEL

Integrante do Conselho Deliberativo, faz considerações sobre a Liga do Professorado Católico.

 

8 - PRESIDENTE BETH LULA SAHÃO

Lamenta a falta de memória do povo brasileiro com todos os que ajudaram a construir este País. Considera sessões como esta, que fazem rememoração, importantes, já que a história precisa permanecer. Menciona que a Liga do Professorado Católico já teve um papel relevante na filantropia, em áreas sociais e na Educação. Cita professores de sua família. Destaca que, nas cidades do interior, as melhores casas eram dos professores, já que os mesmos eram valorizados, e podiam ter uma vida melhor e confortável. Critica a retirada de direitos e a desvalorização destes profissionais por sucessivos governos. Discorre sobre o projeto de reforma da Previdência, em tramitação nesta Casa, que, de acordo com a deputada, irá empobrecer os servidores públicos. Diz ser importante mudar a narrativa predominante de que servidores públicos não trabalham. Ressalta a necessidade da presença daqueles que já lutaram muito anteriormente. Afirma que, com união, conseguirão ajudar a sanar o déficit da entidade. Agradece a presença de todos e dos integrantes da Mesa.

 

9 - MARCELO

Professor e tesoureiro da Liga do Professorado Católico, fala sobre o trabalho desenvolvido pela entidade.

 

10 - PRESIDENTE BETH LULA SAHÃO

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Beth Lula Sahão.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Senhoras e senhores, bom dia. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de comemorar o centenário da Liga do Professorado Católico. Uma data muito importante e histórica, não é? Cem anos. De 1919 para 2019.

Bem, comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia no domingo, dia primeiro de dezembro, às 21 horas.

Vamos compor a nossa Mesa. Convidamos, em primeiro lugar, o Dom Carlos Lema Garcia, bispo responsável pelo ensino religioso na CNBB, na região Sul 1, por favor; também convido a presidente da Liga do Professorado Católico, professora Flávia Regina Fiore; a vice-presidente, ou vice-presidenta, da Liga, a Sra. Maria da Guarda Rocha, a nossa Rochinha e o Sr. Plínio Rangel, que é do Conselho Deliberativo. Por favor, que também possa compor a nossa Mesa. (Palmas.)

Bem, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Primeiramente, eu gostaria de convidar todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos a execução do Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Também gostaria de agradecer a presença da Cleonice Ferreira Ribeiro, nossa querida Cléo, que é presidente do SindSaúde; da professora Maria Walneide Romano, presidente da Apampesp, muito obrigada; do professor Marcelo Neli, tesoureiro da Liga e do Rocha, nosso querido companheiro aqui da Casa, representando a deputada Professora Bebel, obrigada pela presença. Vamos.

Então, agora, eu vou ler o histórico da Liga do Professorado Católico.

A Liga foi uma das primeiras entidades do Brasil, criada em sete de novembro de 1919 por iniciativa da professora Carolina Ribeiro, uma jovem professora que, ao lado de Dom Duarte Leopoldo e Silva, cardeal arcebispo de São Paulo, e outras pessoas com os mesmos objetivos, fizeram da associação das professoras uma realidade.

Na época da fundação atendiam somente às professoras, jovens que vinham à Capital para estudar em uma época em que as mulheres não tinham espaço na sociedade. Alguns anos depois, passou a atender também aos professores, denominando-se Liga do Professorado Católico. A Liga funcionou por algum tempo no Palacete do Carmo, no centro de São Paulo. Hoje a sede fica localizada na Rua Sete de Abril, na Praça da República.

No ano de 1943, foi adquirida a Casa do Professor, no Itararé, em São Vicente. A Liga foi criada para se guiar pelos ideais e princípios católicos, reunindo os associados tanto para participação nas missas, celebradas na própria entidade, como para participação nas ações sociais que promovia. E, ainda, para administrar concursos entre alunos e cursos nas mais diferentes áreas relacionadas à atuação dos professores.

Muitas coisas foram realizadas por pessoas maravilhosas, que contribuíram muito para fazer da Liga essa associação centenária. Os associados em regime de voluntariado ministravam aulas de piano, corte e costura, idioma, confeccionavam uniformes para alunos carentes, distribuíam materiais escolares, entre outras atividades.

Os professores e as professoras tinham um espaço na Casa do Professor, em São Vicente, para descanso e convivência social e familiar entre todos os associados.

Em São Paulo, havia um prédio de apartamentos alugados às professoras para moradia até que pudessem se estabelecer na cidade ou que estavam já aposentadas, sempre com um valor compatível à necessidade do associado. Havia, também, um apartamento destinado a acolher professores temporariamente em casos de tratamentos médicos aqui na Capital.

Hoje, esses trabalhos já não acontecem mais, porém, a alegria em comemorar o centenário se reflete na gratidão por tudo que foi feito de bom e pelo amor à história de uma entidade que fez a diferença e traz uma marca positiva na vida de muitas famílias por várias gerações nestes 100 anos, de 1919 a 2019.

A sociedade mudou, se dinamizou, evoluiu. A Liga também mudou, contudo, as coisas boas permanecerão para sempre. Salve a Liga de Professores Católicos aqui do estado de São Paulo. (Palmas.)

Gostaria, então, de convidar a todos para que possamos assistir a um vídeo que será transmitido nos aparelhos de televisão, e aqui em cima, no painel.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Deu até vontade de dançar, viu, Rochinha? É isso aí.

Vamos, agora, abrir a palavra. Em primeiro lugar, gostaria de convidar o Dom Carlos Lema Garcia, que é o bispo responsável pelo ensino religioso da CNBB da Região Sul 1.

O senhor quer falar daí ou o senhor quer usar a tribuna? Pode ser aí?

 

O SR. CARLOS LEMA GARCIA - Agradeço muito o convite para estar aqui, hoje, nesta sessão solene. Gostaria de saudar a deputada Beth Sahão pela iniciativa de homenagear esses 100 anos de atividades ininterruptas da Liga do Professorado Católico.

É uma trajetória que deve ser rememorada e conhecida pelos inestimáveis serviços prestados aos professores, especialmente hoje em dia, em que o professor não é reconhecido como merece. Nós não seríamos ninguém, nenhum de nós estaria aqui hoje, sentado, se não fosse algum professor ou professora.

Nós somos aquilo que nós aprendemos com os nossos professores, desde aqueles que nos ensinaram a ler, a escrever, aqueles que nos instruíram. Em todos os cursos, todas as atividades que nós tivemos na nossa vida, nós sempre precisamos de um professor.

Nós sabemos que, se nós quisermos mudar a sociedade, se nós quisermos um futuro melhor para as novas gerações, se nós quisermos de fato ter um crescimento efetivamente sólido para uma cidade, para um país, nós precisamos investir em Educação.

Há países, como a Coreia, por exemplo que em 20 anos, deu um salto enorme, econômico, social, porque decidiu dedicar-se a investir na Educação seriamente; há países em que os professores são tão bem remunerados quanto os juízes, como por exemplo na Alemanha. Eu ia dizer que um professor da rede pública ganha tanto quanto um juiz. Então, é uma profissão valorizada, e as pessoas querem de fato entrar na carreira da pedagogia.

Portanto, é isso que a Liga do Professorado vem fazendo há 100 anos: ajudando, apoiando os professores, especialmente os da rede pública. Se nós imaginarmos o que era a cidade de São Paulo em 1919, como a deputada acabou de ler aqui no memorial, a cidade de São Paulo era quase interiorana, acho que nem havia meios de transportes. Havia bondes, havia carruagens, os carros começaram a chegar depois de 1930.

Era uma cidade pequena, mas, claro, havia já esse interesse - achei muito interessante conhecer isto - de investir nas professoras, em geral, naquelas que faziam o curso normal, que vinham estudar em São Paulo.

As escolas públicas ganharam um espaço, praticamente, a partir desse momento, porque até então as escolas que havia, em geral, eram as escolas católicas. Temos que reconhecer isso, a Igreja Católica está muito presente no início da educação.

As universidades começaram junto da Igreja no século XIII, as escolas. E a rede pública começou a se estender no país nesses tempos, a partir da república. Antes da república, o império parece que não investiu muito na educação básica, na educação superior.

Então, a Liga ofereceu e oferece esse suporte aos professores, como nós vimos pelas fotos, de uma possibilidade de moradia àqueles professores que vinham morar em São Paulo; possibilidade de ter um lugar para fazer encontros, como vimos também nessa sede que a liga tem em São Vicente; oportunidade de descanso; e também seminários de formação, atividades de voluntariado.

A Rochinha, por exemplo, tem muita experiência nisso. A Liga sempre trabalhou também para apoiar as crianças, a população mais carente, idosos e tudo isso tem que ser reconhecido, tem que ser valorizado por nós.

É o objetivo deste evento aqui na Assembleia Legislativa. Não poderia passar em branco uma data tão importante na história do nosso estado de São Paulo, porque a Liga atua em São Paulo, em São Vicente, no interior. Agora, nos momentos mais recentes, a Liga chegou a congregar centenas de professores associados. Centenas. Especialmente da rede pública estadual.

Inclusive - eu não tenho os dados aqui -, me disseram que os professores se associavam à Liga para colaborar, era uma espécie de cooperativa. Cada um colaborava com uma mensalidade e, com isso, a Liga tinha recursos para apoiar os professores em diversas necessidades: médicas, etc. Muito interessante isso.

Agora, também é bom que a gente saiba que no momento a Liga passa por dificuldades financeiras. Também porque é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, ela vive de doações. Então, todas as entidades que vivem de doações podem passar por essas contingências e, também, houve momentos de falha na administração do seu patrimônio, o que provocou uma situação preocupante neste momento.

No entanto, a homenagem é mais do que merecida. Precisamos valorizar iniciativas que são o apoio para os professores. Nós queremos investir na Educação, e o principal ator da Educação são os professores.

E sabemos que isso reverterá em benefício para as nossas crianças, para os jovens, para os adolescentes. Se tivermos professores amparados, bem apoiados, o resultado será muito positivo.

Quero parabenizar a deputada Beth Sahão por essa louvável iniciativa, cumprimentar os membros da diretoria da Liga, representados pela professora Flávia, e homenagear a todos os que voluntariamente estão dedicando à Liga os seus tempos livres, para que a Liga possa prosseguir e possa continuar realizando o bem que tem feito durante todos esses 100 anos da sua existência.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Obrigada, Dom Carlos, pelas palavras. Esta Casa sempre o recebe de braços abertos, não só para esta solenidade, mas em outras tantas. E a gente sabe que aqui é uma Casa importante, que define, afinal de contas, o destino desse estado.

Queria passar a palavra, agora, para a nossa querida presidente da Liga, nesse momento em exercício, a professora Flávia Regina Fiore.

 

A SRA. FLÁVIA REGINA FIORE - Muito bom dia a todos. Quero cumprimentar, primeiro, com muito carinho, a todos os que estão aqui, que se esforçaram para chegar, porque hoje foi um dia atípico, mas graças a Deus estamos todos aqui.

E é uma alegria muito grande porque nós, como professores historiadores, o que nos remete ao passado nos encanta. Então, todo esse histórico da Liga que foi colocado aqui realmente é muito importante que seja comemorado.

E eu descobri que quem completa 100 anos comemora bodas de cânhamo. Aquela árvore maravilhosa, que exige um cuidado, mas que se desenvolve e que dura, justamente, muito tempo. Eu até gostaria de ter encontrado uma muda bem pequenininha para plantar, para trazer.

Mas pequenininha é meio difícil. Então, mais uma coisa para a gente aprender com a Liga. Essa comemoração que poucos conseguem fazer. Cem anos: infelizmente, poucas entidades, poucas pessoas conseguem chegar. Então, está aqui a oportunidade de conhecer também a comemoração desses 100 anos.

E também é hora de agradecer, mais do que tudo. Então, agradecer às pessoas que estão aqui, nominalmente, que compõem a Mesa. Nós temos nossos colaboradores da diretoria, que não estão aqui na Mesa: o professor Marcelo, professor Cassiano, professora Márcia, que estão aqui também junto conosco.

E mais do que isso: relembrar que tantos anônimos passaram por aqui nesses 100 anos. A gente nomina algumas pessoas como referência, mas é lógico que ninguém faz nada sozinho. Junto com essas pessoas que nós nominamos, existe também um batalhão de anônimos que constroem essa história.

Então, a eles também vai a nossa gratidão, nosso infinito amor, nosso infinito carinho, porque sem eles não teríamos conseguido chegar até aqui. E aproveitar que, nesse momento de dificuldade, mas não lembrar da dificuldade, lembrar que outros momentos também foram difíceis e passaram. E que hoje nós temos alguns caminhos para seguir e temos que escolher esse caminho. E ele passará, de um jeito ou de outro.

Em alguma outra oportunidade, isso vai ser colocado como nós estamos colocando aqui: um momento que passou. Esse momento atual também será o momento passado. Mas é dos momentos passados que se faz o presente. Então, nas alegrias e nas tristezas, é isso que se constrói.

Dom Carlos já falou muito bem o nosso sentimento. Ele, como um grande incentivador dos professores, uma pessoa muito especial nesse sentido, colocou muito bem o sentimento que nós temos em relação à Liga e o sentimento que a Liga tem em relação aos seus associados.

Quero agradecer também à professora Carolina Ribeiro, que esteve lá no início, foi citada aqui. Ela foi uma pioneira da sua época. Logo jovenzinha, naquela época em que as mulheres não podiam fazer muita coisa e, quando muito, podiam ser professoras.

Então, ela se formou aos 15 anos, já foi trabalhar como professora, depois veio para São Paulo, foi a primeira diretora do Caetano de Campos. Em tudo ela foi primeira. Primeira na diretoria de ensino, primeira na Secretaria Estadual, primeira supervisora; enfim, em tudo ela foi primeira.

Lembrando aqui, também agradecendo à professora Amélia Saldiva, que hoje não pôde estar conosco, porque sofreu um pequeno acidente e esperamos que em breve ela esteja bem. E, junto com ela, também, outras professoras anônimas e outras, como a professora Juracy Loconte, por exemplo, que também fez parte dessa história.

E nós temos aí outros nomes: professora Cláudia, professora Maria Lúcia, professora Amélia. Enfim, outros tantos que estão aí dentro daquele grupo de anônimos que eu falei; mas que, sem eles, junto com aqueles outros, nominados, não poderíamos estar aqui.

Enfim, nós temos, mais do que o nosso carinho, nosso agradecimento, a gratidão. Sempre gratidão. E outras tantas pessoas que poderiam ser citadas, tantas outras que poderiam ser faladas nesse momento.

Mas eu acho que fica o sentimento no interior de cada um que viveu muito ou pouco dentro da Liga, que se destacou ou não desse processo. Mas fica dentro de cada um esse sentimento, para que a gente não cometa injustiça nem se estenda muito nesse momento.

Então, o mais importante é que cada um agradeça por tudo isso, às instituições, também, que caminharam junto com a Liga. E que possamos sempre ter a esperança de que dias melhores virão e que nós estamos fazendo o melhor por esses dias.

A nossa sociedade precisa muito do trabalho, não só dos professores, mas de todos aqueles que se comovem com a causa da Educação e que se propõem a ajudar, de uma maneira ou de outra.

Por enquanto, muito obrigado a todos por estarem aqui. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Obrigada, professora Flávia. Eu vou passar a palavra, agora, para a nossa querida vice-presidente, a professora Maria da Guarda Rocha, nossa Rochinha.

 

A SRA. MARIA DA GUARDA ROCHA - Bom dia a todos e a todas. Quero cumprimentar a Mesa na pessoa da deputada Beth Sahão; cumprimentar nosso amigo que já mostra para nós uma luz no fim do túnel, porque eu estou muito animada; cumprimentar nossa presidente Flávia e quero, especialmente, cumprimentar meu querido, meu grande amor, o amor da minha vida, que me ajuda a trabalhar, reclama que está cansado, mas está sempre me acompanhando: Plínio Rangel Júnior.

Muito obrigado pela tua luta comigo. (Palmas.)

Quero cumprimentar o companheiro aqui e eu gostaria, antes de fazer uma saudação a todos os que estão aqui, pedir ao meu grande amigo, professor João Cassiano, que descesse e sentasse aqui mais perto. É uma pessoa corajosa, que a gente gosta e que ficou lá em cima. Eu não estou feliz, gostaria de ver aqui.

Mas eu quero cumprimentar a toda essa plateia aqui, que era para estar lotado. Mas eu quero dizer a vocês: eu não avalio a reunião pela quantidade, mas sim pela qualidade.

Cumprimentar a professora Walneide, presidente da Apampesp, nossa colega; a minha grande companheira, presidente do SindSaúde, Cleonice Regina Paiva; nosso grande companheiro do meu coração, que quando a Liga estava balançando, eu clamei, só falei três vezes, e ele chegou, o companheiro professor Marcelo, que nos deu muita força, muito obrigado a Deus por ter te conhecido. E a companheira Vanda e eu quero cumprimentar a todos da plateia.

Não posso esquecer e pedir que ficasse de pé a minha amiga, a companheira Nobuê, que me acompanha em todas as lutas, com idoso. (Palmas.) Nos acompanha, nos dá força, senti falta porque não falei com ela. Não tem nenhuma flor aqui, porque não pedi para ela, porque em todas as reuniões ela coloca flor na mesa para a gente. Agradecer à Rosana, que daqui a pouco está passando uns petiscos para a gente; todos os professores aqui.

Mas eu quero chamar à frente... Vou tomar a liberdade de tomar mais um tempinho para chamar aqui os nossos companheiros do gabinete da deputada Beth Sahão, que fizeram esse evento acontecer. Trabalharam muito. Thiago, você é tudo. E a companheira. (Palmas.) Levantem, por favor. Vão receber uma salva de palmas. E muito obrigada.

Desculpa. Quantos telefonemas eu dava para você todo dia, e você me chamava. E aconteceu, deu certo. Obrigada, Thiago e a nossa... Eu sou idosa; eu esqueço o nome dela. Quero agradecer à outra que ficou lá... Não pode fechar as portas, para estarem todos aqui. Maravilhosos. Muito obrigada.

Eu gostaria também de agradecer de coração ao nosso amigo Rocha, que está representando aqui a nossa deputada Maria Isabel, carinhosamente Bebel. Muito obrigada, Rocha. (Palmas.) E você se prepare porque vem mais coisa por aí, para a gente estar junto.

Obrigado de coração, professor Roberto; professor Manuel e meu amigo, jornalista Vitor, que está lá atrás, que também não nos abandona. (Palmas.) Muito obrigado. O nosso companheiro fotógrafo, que já fez várias fotos; a minha amiga Márcia, também; a companheira ali, a cunhada da Flávia.

E assim, de coração, dizer a vocês que tudo acontece porque vocês estão juntos. Maria Walneide, companheira de luta, rodamos pelo interior, criando a subsede da CCM, que faz a grande luta pelo Iamspe. E eu queria comentar um pouquinho para vocês daquele vídeo que passou. Para mim, é muito importante.

Aquela última música eu coloquei em homenagem a Juracy Pereira Loconte, que tem uma luta grande, que foi a professora da Liga do Professorado Católico que foi ao Iamspe colocar, junto com Jânio Quadros, a pedra fundamental daquele hospital, e aquele hospital foi construído e ela lutou até o dia que ela saiu desse espaço para outro, Juracy Loconte.

Uma luta, uma luta incansável, a Amélia Saldiva e Juracy Loconte e eu estou na Liga por amor àquelas duas, porque elas me colocarem à frente.

E quero dizer para vocês, tudo aqui bonito que passou ali já não existe, não está na nossa mão. Aquele lindo sítio de Porto Feliz foi vendido, e nós, que assumimos a Liga, não sabemos para onde foi o dinheiro, e nós só temos conta para pagar.

O prédio aqui da Vila Mariana, onde a professora Walneide se hospedou quando veio para São Paulo fazer uma cirurgia, também foi vendido e nós não sabemos para onde foi o dinheiro. Eu era inquilina no prédio, tive que sair correndo, porque o primeiro demolido foi o meu apartamento.

Então, tudo aquilo que passou ali nós já não temos mais, não lucramos, nós só ficamos com as contas para pagar. E, para mim, é muito triste, porque, como falou aqui o bispo: a Liga era filantrópica, a Liga lutou muito pelos professores, bancou moças professoras, que estudaram e que não tinham dinheiro para participar da formatura, a Liga bancava; crianças, filhos de tuberculosos, que perderam os pais, a Liga comprou um local e apoiou essas crianças.

Eu acompanhei tudo. A Liga perdeu vários patrimônios. Então, é a saudade. Eu coloquei a última música: é aquilo que foi e não volta mais, mas nós estamos aqui lutando para que a Liga sobreviva com nossos esforços, com nossos amigos juntos, e nós estamos aí, e sabemos que podemos contar com os nossos amigos.

Eu quero mandar aqui pelo Rocha, e eu gostaria que ele escutasse bem o nosso agradecimento. A Apeoesp, que nos ajudou, que nos segurou, que pagou vários condomínios para nós, e nós agora estamos com quatro condomínios atrasados.

Quem sabe pode ir até a leilão, mas não vai, porque o bispo está aqui do lado. Vai com as orações dele ajudar nós a pensar em uma proposta para isso, uma saída.

Também, de coração, dizer à Vanda: você apareceu na hora certa. Fique de pé. Uma salva de palmas. Se não é a Vanda, a agenda do bispo, a gente não conseguia chegar lá, não, mas ela pediu muito, e conseguiram para ele estar aqui hoje junto com a gente. Muito obrigada, Vanda, seja bem-vinda.

É isso que eu quero dizer para vocês. Eu acredito em Deus, eu acredito, e eu acredito nas nossas orações, e tem muitos amigos pensando em nos ajudar - como, eu não sei - mas essa ajuda está às portas. Mas o que eu mais quero, o que eu estou orando de coração é que apareça essa luz que o bispo vai trazer para a gente, um advogado para trazer aquilo que a Liga perdeu de volta, porque não é justo.

As mulheres trabalharam tanto para construir um patrimônio, e chega um cidadão lá e senta na cadeira, e vende tudo e não dá satisfação para onde foi o dinheiro.

Então, esse aqui hoje é meu pedido e oração. É o presente dos cem anos da Liga e eu acredito que eu vou ajudar muito a Liga, porque a minha mãe foi, com 101 anos, e eu vou chegar aos 100, lutando pela Liga junto com vocês.

Um abraço. Muito obrigada pela presença. Obrigada a todos. Thiago, eu gostaria de te abraçar demais, e apertar, mas se sinta abraçado, e a companheira também, e depois a gente tem um lanchinho ali.

Obrigada, minha companheira Célia Regina Costa, que é a secretária-geral do SindSaúde, é tesoureira da CNTSS, e, logo, logo, nós chegamos perto dela para pedir uma ajuda para a Liga, para pagar os condomínios.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - É claro. Obrigada, Rochinha, nossa querida companheira. Fala com muito entusiasmo, muita motivação e isso é muito importante. Eu acho que, independentemente do momento que a gente está na vida, da idade que tem, se passou ou se não passou, o entusiasmo a gente não pode perder nunca, e acho que a gente... Estava fazendo as contas aqui. São R$ 6.400,00, né? Ao todo.

Vamos ver se a gente faz, se a gente ajuda um pouco aqui, fazendo aí na bancada nossa; o Rocha também podia ver lá um pouquinho na Apeoesp, cada um dá um pouquinho, pelo menos para ver se consegue... Não sei se dá para quitar tudo de uma vez... Às vezes você já paga um, depois tenta pagar dois, depois, não é? Para não perder, não é?

Porque o que fizeram com vocês foi roubo. Não tem outra palavra. Não é? Porque tem um patrimônio desse, e de repente esse patrimônio desaparece. O que é isso? Então, é uma pena, mas tem que preservar aquilo que restou. Depois eu... Vamos só passar a palavra para o...

 

A SRA. MARIA DA GUARDA ROCHA - Eu queria pedir um pouquinho de paciência, porque eu me esqueci.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Claro.

 

A SRA. MARIA DA GUARDA ROCHA - Eu queria pedir, por favor, que a gente se colocasse de pé e fizesse um minuto de silêncio pelo que aconteceu com o Gugu Liberato, que merece a nossa consideração. Uma salva de palmas. Vamos levantar. Uma salva de palmas para o Gugu.

 

* * *

 

- É feito o minuto de silêncio.

 

* * *

 

A SRA. MARIA DA GUARDA ROCHA - Obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Obrigada, professora. Vou passar finalmente para o senhor Plínio, para que ele faça as suas breves considerações.

 

O SR. PLÍNIO RANGEL - Bom dia a todos. Vocês não sabem a felicidade que vocês transmitem para nós com a presença de vocês, e é difícil falar por último. Já disseram tudo. Não tem nada para dizer mais.

Eu só quero então completar dizendo o seguinte, que todos que estão aqui são merecedores do nosso carinho, por virem até aqui, com todos os problemas. Eu fiquei realmente muito emocionado com isso. E a senhora? Bacana.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Obrigada.

 

O SR. PLÍNIO RANGEL - A senhora, há muito tempo, vem cuidando do idoso aqui dentro, desde seu outro mandado.

 

A SRA. MARIA DA GUARDA ROCHA - Frente Parlamentar de Defesa do Idoso.

 

O SR. PLÍNIO RANGEL - Está lembrada disso? Então, muito obrigado a vocês todos, e vamos trabalhar para tirar, realmente, esse problema definitivamente da Liga.

Muito obrigado a todos.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Obrigada Plínio. Obrigada a todos. Quero dizer que eu vou mais ou menos na linha da Rochinha. Não vale a quantidade, o que vale é a qualidade, e acho que hoje o que a gente perde muito no Brasil é a memória. O Brasil, infelizmente, ainda é um país que não tem muita memória daqueles que sempre construíram, ajudaram a construir a nossa história.

Seja na Educação, seja na Saúde, seja na Cultura, em todas as mais diferentes áreas de atuação, e a gente percebe que isso não é uma prática muito presente na vida do povo brasileiro. Por isso mesmo que sessões como esta, que possam fazer esta rememoração, elas são importantes, porque fica a história.

A gente passa, mas a história precisa permanecer, mas ela permanece se a gente dá condições para ela permanecer, senão fica difícil isso. Por isso mesmo que é importante preservar. Preservar não só a memória, mas preservar aquilo que vocês ainda têm. Uma Liga que teve um papel importante na filantropia, nas áreas sociais e na própria Educação.

Hoje não tem mais. As coisas mudam, a sociedade é dinâmica. Hoje você tem uma Apeoesp, que representa os professores, que tem uma atuação muito política, porque o momento exige isso, luta, valorização dos professores. Na minha família tem professores. Minha mãe também deu a aula, mas não ficou muito tempo dando aula, porque, naquela época, meu pai não gostava muito. Então era uma outra realidade.

Mas teve uma tia que deu... Duas tias professoras. Uma delas ficou mais de 40 anos no Magistério, sendo alfabetizadora. E você chegava nas cidades do interior - eu me lembro bem disso - as melhores casas eram dos professores e das as professoras. As professoras iam dar aula, assim, de uma forma impecável, porque eram valorizadas. O salário era bom, e permitia que você pudesse ter uma vida melhor, mais confortável.

Hoje, infelizmente, os sucessivos governos... A cada governo você tem mais direitos retirados. Os profissionais da Educação são desvalorizados, e por aí vai. Agora acabamos de receber aqui, Dom Carlo, um projeto reforma da Previdência, que vai contribuir ainda mais para empobrecer os servidores públicos, de um modo geral.

Então a gente vem observando que, à medida que o tempo passa, mais desvalorização é dada aos servidores, e eles acabam tendo uma narrativa que é predominante perante a opinião pública, de que servidor público é sinônimo de não trabalho, o que não é verdade, porque se nós estamos aqui neste momento, nós estamos graças ao trabalho dos servidores públicos.

 Então, acho que nós precisamos mudar essa lógica, alterá-la, mas a gente só faz isso com muita mobilização, com muita unidade e com muita luta, independentemente da idade.

Vocês já lutaram muito - muitos dos que estão aqui -, mas a presença de vocês ao nosso lado é sempre importante para nos dar força, para trazer o acúmulo que vocês tiveram ao longo desses anos todos, para trazer a experiência que vocês tiveram, que muitos nos ensinam, porque essa sabedoria só está presente, definitivamente, nas pessoas que têm mais tempo de vida, que têm mais experiência.

Com relação ao déficit que vocês têm, vamos ver se a gente se une, aqui na nossa bancada, na bancada do PSOL, no próprio PCdoB, na Apeoesp, no Sindsaúde. Cada um contribui com um pouquinho, o Dom Carlo, aqui, e a gente consegue ajudar um pouquinho vocês, porque é uma judiação perder um imóvel por falta de pagamento de condomínio.

No mais, agradeço a todos vocês, a todas que aqui ficaram. Agradeço a nossa presidente, a Flávia, agradeço o Plínio, agradeço o Dom Carlo, nosso bispo, e a Rochinha. Muito obrigada a todos.

Como? Aqui não está. Pois quem é? Pode ser. Professor Marcelo? Pode usar a palavra rapidamente. Pois não. Ela está dizendo antes de eu fazer o encerramento final.

 

O SR. MARCELO - Bom dia a todos, bom dia a todas. Excelentíssima deputada Beth Sahão. Agradeço, na sua pessoa, à Presidência desta Casa e esta Casa democrática, que nos permite, como disse a professora Flávia, recordar da história e, ao mesmo tempo, projetar-nos para o futuro, e, na sua pessoa também, saudar cada um dos membros que compõem a bancada, e também, obviamente, aquilo que não podemos esquecer nunca, que atrás de tudo tem uma coisa chamada trabalho, como bem destacava a Rochinha.

Então, agradecer a todos aqueles que se mobilizaram para que nós pudéssemos estar aqui. Como tesoureiro da entidade, me parece que cumpre, minimamente, esclarecer algumas coisas, senão fica alguma coisa um pouco perturbadora aqui. Não? Eu gostaria de fazer e dar transparência, exatamente, à entidade. Nesse sentido, fazer uma fala breve e rápida.

Primeiro, destacar que, de fato, são 100 anos. E, como Dom Carlos comentava, à época, 1919, nós tínhamos uma população de aproximadamente 550 mil habitantes no município de São Paulo. Hoje nós temos uma população que está quase beirando 12 milhões de habitantes. Isso demonstra exponencialmente como a nossa sociedade mudou, como a nossa estrutura social mudou.

Obviamente que daí nós destacamos aqui que a Liga do Professorado Católico é uma das primeiras entidades da chamada Organização Social, não só do estado de São Paulo, mas do país. Provavelmente, a Liga do Professorado Católico está entre as dez entidades sociais, as primeiras dez entidades sociais credenciadas com o título de utilidade pública, que ela goza até hoje.

Então, vejam, que nós estamos, do ponto de vista do reconhecimento dessa titulação, em dia, porque ela é conferida exatamente por esta Casa, pela Assembleia Legislativa. Então, nós temos o reconhecimento da utilidade pública e, em decorrência disso, nós temos os benefícios da isenção tributária.

Então, é importante destacar que, de fato, nós gozamos a isenção do IPTU, gozamos de alguns tributos, que acabam sendo importantes, e que é exatamente uma das preocupações que nós tivemos ao longo desses dois últimos anos que estamos, juntamente com essa equipe à frente da gestão, que é exatamente fazer o saneamento da entidade.

Foi o que nós fizemos: tiramos todos os chamados esqueletos do armário. Nós temos hoje uma contabilidade em dia, nós temos uma entidade, do ponto de vista econômico-financeiro saneada. Obviamente que a nossa meta era exatamente o cumprimento dos cem anos, que se cumpre aqui, e, obviamente, essa meta implicava em uma coisa chamada dignidade.

A entidade é uma entidade secular. Não poderia ter uma dissolução agônica, não é verdade? Nós precisávamos, se não encontrássemos outro caminho, dar a dignidade necessária a ela, e foi exatamente disso que tratamos ao longo desses últimos anos.

Repito aqui: nós temos uma entidade que goza de uma declaração de utilidade pública; nós temos uma entidade que tem um patrimônio ainda remanescente, que gira em torno de quatro milhões de reais; nós temos uma capacidade, teremos uma capacidade de meio bastante positiva, mas nós não temos mais recursos humanos para tocar a entidade.

E a entidade chegou aonde chegou exatamente porque os sócios, ao longo de 100 anos, foram se dissolvendo, foram falecendo, foram passando e a própria finalidade do terceiro setor.

Não é esta a única entidade com problema, várias entidades do chamado terceiro setor vem enfrentando problemas, e ela é uma entidade que originariamente gerou outras entidades também. Ela não só apoiou individualmente as pessoas, mas apoiou outras entidades também.

Então para deixar claro aqui que nós tínhamos uma missão, que era o cumprimento dos 100 anos da Liga. Nós estamos com luzes acesas, nós estamos com as casas abertas, nós estamos com o escritório aberto, nós estamos com a casa do professor aberta, mas, de fato, nós estamos, neste momento, descapitalizados, ou seja, sem fluxo de caixa, e obviamente que isso significa que sim, temos um problema pontual e condominial.

 Mas, o nosso problema maior é exatamente de associados, e nesse encontro de associados definirmos novamente nesta entidade qual é a finalidade, ou seja, ao que ela serve, porque esse é o motor que move todas as entidades, que é o motor, mesmo na sociedade civil, que é o motor do espírito público.

Ou seja, onde não temos espírito público, tanto no setor público quanto no próprio setor privado, dentro do que nós definimos como terceiro setor, nós tendencialmente fraquejaremos, como a nossa entidade publicamente aqui, como se reconhece hoje, também se ressente no atual momento.

Então, não é só um apoio pontual. É um apoio exatamente... Se ele acontecer, que ele venha acompanhado de gente, de recursos humanos, gente com espírito público, gente com espírito colaborativo, gente com disposição de dar a sua contribuição para um projeto coletivo, para um projeto comum.

Outro dia li uma reportagem - e com isso eu concluo - do presidente do Tribunal de Justiça, dizendo que a cada ano é a mesma coisa, ele precisa sair com o pires na mão. Bom, se o presidente do Tribunal de Justiça precisa sair anualmente sair com o pires na mão, não há constrangimento nenhum para nossa entidade publicamente também reconhecer que no atual momento vivemos um problema de fluxo de caixa, sobremaneira, e que estamos dispostos a encontrar uma alternativa.

E precisaremos estatutariamente encontrar uma alternativa, deputada Beth Sahão, - e com isso concluo - até o sábado, porque nós estamos com um edital na rua, convocado, de assembleia de dissolução da entidade. Não havendo outra alternativa, para que ela não pare agônica e para que ela, com toda sua história, com todo o seu acúmulo e com toda riqueza que ela possui, do ponto de vista histórico, moral e cultural, para que ela não se perca por aí.

Então, o seu chamado, sim, é bem-vindo, a colaboração, mas ele não é... Não buscamos só uma colaboração financeira. Buscamos também colaboração de recursos humanos e intersetorialidade e interoperabilidade com as demais instituições, para que nós possamos então, se esse é o destino dessa instituição, a sua permanência, que nós consigamos fazê-la com dignidade, e perseguindo propósitos públicos e republicanos.

Então, agradeço mais uma vez pela atenção, pela oportunidade, e chamamos a todos a responsabilidade, dentro da possibilidade de cada qual.

Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH LULA SAHÃO - PT - Obrigada, professor Marcelo.

Queria agradecer aqui e, esgotado então objeto da presente sessão, a Presidência agradece as autoridades, a minha equipe, os funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa e das assessorias policiais Civil e Militar, bem como a todos que, com as suas presenças, colaboraram para o êxito da solenidade.

Lembrando que a Liga oferece um pequeno coquetelzinho aqui do lado. Não é isso, professora? É isso.

Muito obrigado a todos. Um bom dia.

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 54 minutos.

 

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