24 DE OUTUBRO DE 2019
132ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: PAULO LULA FIORILO, LECI BRANDÃO, DOUGLAS GARCIA
e GIL DINIZ
Secretaria: LECI BRANDÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - PAULO LULA FIORILO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - SARGENTO NERI
Parabeniza e elogia os deputados federais pela discussão da
Previdência dos militares. Demonstra seu orgulho por ter o coronel Salles como
comandante, que se dedica para melhorar a situação dos militares. Agradece o
governador João Doria e o secretário de Segurança Pública pelo apoio e por
permitir a presença do coronel Salles em Brasília. Lê parágrafo, incluído nas
Disposições Gerais do artigo 37, capítulo 7 da Constituição Federal. Responde
ao sargento aposentado que fez críticas à ele nas redes sociais. Pede que os
senadores se sensibilizem com o texto da Previdência dos militares.
3 - PRESIDENTE PAULO LULA FIORILO
Registra a presença dos alunos de Direito da Unip, que vieram
à esta Casa a convite do deputado Delegado Bruno Lima.
4 - LECI BRANDÃO
Assume a Presidência.
5 - PAULO LULA FIORILO
Discorre sobre a aprovação da reforma da Previdência. Exibe
slides sobre o assunto. Informa que 72 milhões de brasileiros foram afetados.
Considera que houve um retrocesso nos direitos de Seguridade Social. Explica as
mudanças no Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Esclarece que a proposta
aprovada dificultará a vida dos trabalhadores. Afirma que nenhuma das medidas
tira benefícios dos mais ricos. Relata como ficará a Previdência para os
trabalhadores do setor privado. Cita a reforma dos municípios e estados, ainda
em tramitação. Lembra que o Governo do Estado deverá apresentar uma proposta
para os servidores públicos.
6 - CASTELLO BRANCO
Discorre sobre a base de lançamento de Alcântara. Ressalta
que entre 70 e 80% dos equipamentos e da tecnologia são ligadas ao estado de
São Paulo. Informa que o Brasil participa de um seleto grupo de sete países que
lançam foguetes. Ressalta que o melhor local para lançamento de foguetes do
mundo está aqui no Brasil. Exibe slides sobre o assunto. Destaca que os Estados
Unidos possuem 80% da tecnologia mundial e é o grande parceiro do Brasil.
Menciona a existência do Acordo de Salvaguarda Tecnológica.
7 - SARGENTO NERI
Para comunicação, agradece a Comissão de Constituição, Justiça
e Redação pela aprovação do PL 807/19. Informa que o projeto discorre sobre
reserva de vagas dos agentes de Segurança Pública nas universidades, para que
possam prestar melhores serviços para a população. Considera o projeto
importante para qualificar os agentes de Segurança, englobando todos os cargos.
8 - CONTE LOPES
Agradece a participação do coronel Salles e do comando da
Polícia Militar, juntamente com os representantes das polícias em Brasília.
Ressalta que os policiais devem acreditar na importância de eleger companheiros
na política. Lembra que todos os representantes desta Casa lutam pelas suas
polícias e pelas suas organizações. Considera a polícia de São Paulo a melhor
do Brasil e uma das melhores do mundo. Elogia a atuação do delegado de polícia
Ruy, no combate ao crime organizado.
9 - PRESIDENTE LECI BRANDÃO
Transfere a sessão solene, que seria realizada no dia 18/11,
às 10 horas, para a "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do
Estado de São Paulo ao Coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo,
ao Professor Luiz Carlos Molion e ao Doutor Antônio Ferreira Pinto", para
o dia 2/12 de 2019, às 10 horas.
10 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Para comunicação, discorre sobre o PL 1032/19, de sua
autoria, que trata de normas gerais para a regularização urbana fundiária.
Considera o projeto de extrema relevância. Explica que a Grande São Paulo sofre
muito com este problema e que faltam políticas para este fim.
11 - APRIGIO
Para comunicação, parabeniza a polícia de Taboão da Serra por
atuação em ocorrência na qual criminosos foram presos ou mortos. Esclarece que
a cidade de Taboão da Serra está abandonada, inclusive a Segurança Pública.
Afirma que faltam salários e condições de trabalho para os policiais.
12 - MARCOS DAMASIO
Lamenta que a cidade de Mogi das Cruzes tenha sido
surpreendida por uma audiência pública, da Artesp, realizada em horário e dia
impróprios. Esclarece que os mesmos foram comunicar que será implantada uma
praça de pedágio na Rodovia Mogi-Dutra. Ressalta que os representantes eleitos
da região também foram surpreendidos. Destaca a indignação e a insatisfação da
população. Informa que esta rodovia possui uma grande movimentação de veículos.
Manifesta seu descontentamento com esta atitude. Lembra que uma parte da
rodovia está sendo duplicada, tendo sido feito um empréstimo de quase 200
milhões de reais para que a obra fosse realizada. Diz ser esta rodovia o
principal acesso de Mogi das Cruzes à capital. Pede o apoio do governador João
Doria.
13 - JANAINA PASCHOAL
Discorre sobre projeto, de autoria do deputado Caio França,
que trata da entrega gratuita de medicamentos compostos pelo canabinol, um dos
princípios da maconha. Considera que o projeto está redigido de forma ampla,
concedendo os medicamentos de maneira irrestrita. Esclarece que, desta forma,
poderemos eventualmente favorecer, de forma indireta, o uso recreativo da
maconha, já que não condiciona o fornecimento do remédio a doenças definidas.
Informa que já existe uma lei vigente no Distrito Federal, específica para o
combate à epilepsia. Menciona que a aprovação deste projeto poderá trazer para
o Orçamento um peso a mais, já que os remédios seriam distribuídos
gratuitamente. Diz ser necessário restringir o projeto por meio de emenda.
Afirma que há muitas empresas preparadas para explorar este novo mercado.
14 - RODRIGO GAMBALE
Combate a implantação do pedágio na Rodovia Mogi-Dutra.
Menciona que Mogi possui cerca de três milhões de habitantes, sendo a cidade
referência no Alto Tietê. Lembra que a cidade de Itaquaquecetuba já possui um
pedágio. Afirma que nada justifica a implantação deste novo pedágio. Informa
que não haverá investimento de nenhuma concessionária, já que o Governo do
Estado já fez a duplicação deste pedaço da rodovia. Cita a realização de
audiências públicas sem comunicado prévio. Exige que sejam realizadas novas
audiências, com ampla divulgação, para que os cidadãos possam participar.
Comenta a realização de caminhada, com o vereador Saulo Souza em Poá, no dia 26
de outubro, em homenagem ao Outubro Rosa, com participação de mais de mil
pessoas. Pede que as mulheres realizem o exame de prevenção.
15 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência.
16 - LECI BRANDÃO
Comenta a realização, ontem, de audiência pública nesta Casa,
para discutir políticas de incentivo a empreendedores negros. Cita o PL 791/19,
de sua autoria, juntamente com o deputado Teonilio Barba Lula e a Bancada
Ativista, que visa promover a igualdade racial. Agradece a parceria de todos.
Destaca a presença de diversas autoridades. Ressalta que os micro e pequenos
empreendedores negros, apesar de serem maioria no País, não conseguem acessar
crédito. Lamenta que o racismo determine a forma de empreender. Considera
urgente a realização de ações para combater estas desigualdades. Agradece a sua
assessoria e dos outros partidos na realização deste evento. Destaca que todos
devem ter oportunidades de crescimento. Diz ter sido muito importante este
encontro.
GRANDE EXPEDIENTE
17 - CASTELLO BRANCO
Repudia projeto da Artesp que visa à implantação de pedágios
na Rodovia Mogi-Dutra. Exibe e comenta slides sobre o tema.
18 - PAULO LULA FIORILO
Anuncia a presença do ex-deputado federal Guilherme Coelho,
de Pernambuco. Comemora aprovação de projeto, de sua autoria, que constitui o
Conselho de Mediação de Conflitos em escolas do estado. Discorre acerca do
tema. Defende a criação de rede de proteção de estudantes; lembrou casos de
violência escolar. Apoia a transferência de agentes penitenciários para
estabelecimentos prisionais próximos de suas residências. Tece críticas às
iniciativas do governo Bolsonaro. Lamenta conflitos entre membros do PSL.
Defende medidas políticas que sejam benéficas à população. Repudia embates
políticos acerca de postagens em redes sociais.
19 - GIL DINIZ
Para comunicação, rebate o discurso do deputado Paulo Lula
Fiorilo.
20 - CASTELLO BRANCO
Para comunicação, opõe-se ao discurso do deputado Paulo Lula
Fiorilo. Defende o presidente Jair Bolsonaro.
21 - PRESIDENTE DOUGLAS GARCIA
Cumprimenta o ex-deputado federal Guilherme Coelho, de
Pernambuco.
22 - FREDERICO D'AVILA
Relembra caso de atentado no Aeroporto de Guararapes. Anuncia
presença de autoridades de Itaí. Apela pela duplicação da Rodovia SP-258.
Declara-se contrário à implantação de mais praças de pedágios em rodovias
estaduais. Lembra promessas da campanha eleitoral de João Doria sobre a
modernização de rodovias. Critica matéria do programa "Fantástico"
acerca dos Arautos do Evangelho. Defende verbas para a construção de pontes
estaduais em áreas rurais.
23 - PRESIDENTE DOUGLAS GARCIA
Anuncia a visita de alunos do curso de Direito da Universidade
Estácio de Sá, acompanhados pelo professor Douglas Gagliasso.
24 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Assume a Presidência.
25 - DOUGLAS GARCIA
Repudia palestra, em escola pública, sobre educação sexual.
Opõe-se ao ensino de gênero em instituições de ensino público do estado.
Critica teses de mestrado de professores da Unesp acerca do tema. Afirma que os
professores não possuem autoridade para falar sobre gênero sexual em sala de
aula. Declara-se não homofóbico.
26 - CARLOS GIANNAZI
Repudia projeto do governo Bruno Covas que visa a vender
terrenos públicos. Afirma que nestas áreas há escolas públicas. Opõe-se ao
cancelamento de eventos esportivos entre alunos de escolas estaduais e
municipais. Declara-se contrário à reforma da Previdência.
27 - JANAINA PASCHOAL
Por comunicação, defende projeto, de sua autoria, que visa a
restringir a presença de homens em momento íntimo de crianças, em creches.
Afirma que a matéria não priva os educadores de continuarem a exercer a
atividade pedagógica.
28 - CONTE LOPES
Rememora atentado ao presidente da República. Afirma que o
presidente Jair Bolsonaro contribuíra com a eleição de parlamentares da sigla.
Lista e comenta governos cujos sucessores foram pessoas sem prévia experiência
parlamentar ou executiva.
29 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, faz coro ao discurso do deputado Conte
Lopes.
30 - JANAINA PASCHOAL
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
31 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do 25/10, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão solene a
ser realizada dia 25/10, às 10 horas, para "Comemoração dos 25 Anos da
Apampesp - Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público do
Estado de São Paulo." Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Paulo Lula Fiorilo.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT – Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para ler a resenha do
expediente.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB – Sr. Presidente, temos
aqui uma indicação do nobre deputado Professor Kenny, indicando ao Exmo. Sr.
Secretário de Saúde para que inclua no itinerário do Corujão da Saúde a Região
Metropolitana da Baixada Santista.
E também um requerimento do nobre
deputado Rodrigo Moraes, pedindo para que seja registrado nos Anais desta Casa
um voto de aplauso ao Sr. Sidnei Rogério Varela, no projeto Banho do Bem, no
município de Osasco, São Paulo.
Está lida a resenha, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Muito obrigado,
Sra. Deputada. Iniciaremos agora o Pequeno Expediente.
Antes gostaria de registrar a presença,
a gente ainda não tem o nome, se é escola, ou qual a entidade, mas em seguida,
tendo, a gente vai registrar também a presença de vocês. Muito obrigado pela
presença.
Iniciamos, então, o Pequeno Expediente.
Primeiro orador, Delegado Olim. (Pausa.) Próximo orador, Itamar Borges.
(Pausa.) Com a palavra, o deputado Sargento Neri, por cinco minutos.
O
SR. SARGENTO NERI – AVANTE – Boa
tarde, presidente. Boa tarde a todos que estão no plenário, à Polícia Militar,
à Polícia Civil, a todos na plateia, a todos da TV Alesp.
Primeiramente,
vamos falar, nós somos críticos, quero parabenizar e elogiar os deputados
federais que fizeram um grande trabalho na Previdência dos militares;
especialmente os militares estaduais.
Mas também
quero dizer ao nosso comandante geral, o coronel Salles, que como veterano e
sargento de Polícia Militar tenho orgulho de ter um comandante geral com ele.
Um comandante geral que realmente atuou e se desdobrou para que a Previdência
não fosse tão ruim para os militares.
Quero também
agradecer e parabenizar o nosso governador e também o secretario de Segurança
Pública por ter liberado o nosso coronel, o nosso comandante geral. Por ter
apoiado que ele fosse até Brasília e realmente fizesse o trabalho que foi feito
na Previdência dos militares.
Pontuei ontem
sobre a dedução da Previdência que iria prejudicar - e vai prejudicar se manter
essa visão, o texto do relatório - os cabos aposentados e os
terceiros-sargentos aposentados. Mas fui procurado pelo Ondas, pela diretoria
do Ondas, para falar sobre o Art. 37 da Constituição Federal. O Art., 37, no
Capítulo VII, Da Administração Pública, na Seção I, Das Disposições Gerais.
Olha como que ficou, nosso amigo capitão Castello Branco, do Exército
Brasileiro.
Foi incluído o
parágrafo 13: “O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser
readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental, confirmada por meio de perícia em saúde, enquanto permanecer nesta
condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos
para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.”
Então, vou
fazer um exemplo muito simples. O soldado vai lá, paga uma faculdade de
Odontologia, do bolso dele, estuda. Aí ele leva um tiro. Fica incapacitado. Aí
o estado pode pegar ele e colocar para ser dentista em qualquer posto de saúde
e pagar o salário de soldado. Está aqui no parágrafo 13, do Art. 37, das
Disposições Gerais.
Então, o
militar tem um custo para fazer uma faculdade. Ele se forma. E o estado usufrui
disso. Então, é uma coisa que temos que estar atentos. Está no texto da PEC 06
de 2019. E o Ondas, a diretoria do Ondas, veio inteligentemente e buscou.
Agora quero
mandar um recado para o sargento aposentado que fez uma crítica a mim nas redes
sociais, falando que eu deveria estar em Brasília antes de criticar o texto que
critiquei pontualmente ontem porque onera sim os nossos aposentados e
pensionistas.
Então, quero
falar para esse sargento. Primeiro: que ele não teve competência para ganhar a
eleição. Segundo: eu nunca, na minha história, vendi a minha classe para ser
assessor de deputado nenhum, como ele fez. Terceiro: não tenho que estar em
Brasília para cobrar os deputados federais. Sou deputado estadual e tenho que
cobrar eles, sim, naquilo que vai afetar a nossa classe. Quarto: aqui na Casa,
tanto o presidente quanto os demais deputados sabem o quanto eu luto pela nossa
classe. Seja dos agentes de Segurança Pública, quanto a Polícia Militar.
Então, vou
mandar uma mensagem bem clara para esse sargento. Concorra a uma eleição, faça
um trabalho, seja eleito, para depois falar alguma coisa. Porque quem não tem
competência não se estabelece.
Para finalizar,
presidente Venho pedir, mais uma vez, para que os deputados federais e o Senado
– porque agora vai para o Senado, e temos lá o senador Major Olímpio e outros
senadores de São Paulo – que realmente se sensibilizem e alterem esse texto, ou
pelo menos negocie. Se for aprovar, nós teremos que fazer uma alteração, porque
fica inviável para os policiais que realmente ficam incapacitados de trabalhar.
Porque muitas vezes o trauma é grave. Nós temos aí centenas de policiais na
cadeira de roda. Muito obrigado, presidente.
O SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Obrigado,
deputado. Quero registrar a presença dos alunos do curso de direito da Unip.
Bem-vindos a essa Casa. Professor Liberato Felix de Oliveira Filho. O professor
está aqui? Obrigado, professor. O convite foi solicitado pelo deputado Bruno
Lima. Então, bem-vindos; aproveitem essa oportunidade.
Quero passar
imediatamente a Presidência à deputada Leci Brandão.
*
* *
- Assume a
Presidência a Sra. Leci Brandão.
*
* *
A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB -
Seguindo a lista de oradores inscritos: deputada Carla Morando. (Pausa.)
Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputada
Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Dr.
Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Luiz
Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. Tem V. Exa. o uso
da palavra pelo tempo regimental.
O SR. PAULO LULA
FIORILO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público presente, alunos da Unip, eu quero aproveitar o Pequeno Expediente para
falar um pouco sobre a questão da reforma que foi aprovada. Muitos comemoraram.
Mas era importante, se a gente pudesse, já iniciar aqui com os slides.
A
gente utilizou uma manchete que foi do jornal “Folha de S. Paulo”: “Congresso
aprova a reforma da Previdência, que afeta 72 milhões”. Foram 60 votos a favor
e 19 contra, no Senado Federal. Podemos seguir. Retrocesso nos direitos de
seguridade social. As novas regras endurecem o acesso para aposentadoria e
pensões dos trabalhadores e trabalhadoras, bem como para suas viúvas, viúvos e
dependentes. As mudanças passam a valer a partir de primeiro de janeiro de
2020.
O
que muda no regime da Previdência Social? Infelizmente, nós não vamos tratar de
todos os temas. Mas primeiro a questão da idade mínima: 65 anos para homem, 62
para as mulheres. Isso significa que nós vamos ter uma ampliação da idade. O
valor da aposentadoria integral será pago somente se o homem contribuiu por 40
anos e a mulher por 35. Portanto, regras mais duras.
Pelas
regras atuais, para se aposentar por idade, eram necessários 15 anos de
contribuição para ambos os sexos. Mas os homens se aposentavam aos 65 e as
mulheres aos 60. Com a reforma, será necessário trabalhar em média mais cinco
anos para receber somente 60% da média geral, o que trará uma redução no
benefício.
Viúvos
e dependentes só vão receber 60% do valor da aposentadoria. Em caso de morte do
trabalhador, serão acrescidos 10% por cada dependente menor de 21 anos não
emancipado, até chegar aos 100% do valor do benefício. O valor da pensão não
poderá ser inferior ao salário mínimo. O acúmulo de pensão e aposentadorias não
será mais possível como antes. O beneficiário terá que optar por um de maior
valor. O segundo benefício terá o valor diminuído por um índice redutor.
A
aposentadoria por invalidez ficará mais difícil a exatamente quem passa por um
momento delicado. O trabalhador e a trabalhadora que se acidentar ou contrair
alguma doença fora do ambiente de trabalho não mais receberá os 100% do valor
do benefício. Serão as mesmas regras dos demais beneficiados do regime geral, e
vão receber apenas 60% do valor, acrescido de 2% a mais pelo tempo que
ultrapassar os 20 anos, no caso dos homens, e 15, no caso das mulheres.
Eu
teria ainda outras lâminas. Mas eu queria fazer dois comentários antes que
pudéssemos continuar: primeiro, o Sargento Neri, no seu discurso aqui, trouxe
preocupações com relação à aposentadoria dos militares, que ainda não foi
aprovada, está sendo debatida. Mas é nítido que o que já foi aprovado
dificultará muito a vida dos trabalhadores.
E
é interessante, deputado, que nós não vimos nenhuma medida que eu não vou
continuar aqui agora, que pudesse tirar dos mais ricos. O senhor reparou que
aumentou a idade de quem trabalha, diminuiu valores e a gente não percebeu
nenhuma medida que pudesse, por exemplo, obrigar quem ganha mais que pagasse
mais. Aliás, o discurso, se o senhor recordar lá atrás era “nós vamos fazer uma
reforma que não vai deixar privilégio para ninguém”.
Por
enquanto, e até agora, a gente não pode ver essa situação. E a segunda coisa
diz respeito exatamente, eu queria falar dos professores - eu nem vou passar a
tela - para o setor privado hoje não há idade mínima e o tempo de contribuição
é de 25 anos para as mulheres e 30 para os homens. Pela reforma, a idade mínima
passa a ser 60 anos com 30 de contribuição para todos. Já para o setor público,
hoje a idade mínima exigida é de 50 anos mulheres, 55 homens, com 25 mulheres e
30 homens, de tempo mínimo de contribuição. Com a reforma, a idade mínima passa
a ser 60 para todos, com 30 anos de contribuição.
Mais um
problema gravíssimo para os professores, uma categoria que enfrenta sempre um
desgaste muito maior nas salas de aula, aqui nós temos vários professores e
sabem das dificuldades.
E ainda nós
temos que enfrentar um debate que é a reforma dos municípios de estados que tem
uma PEC que vai discutir os servidores dos estados e municípios que está
tramitando. E pelo que diz o governo, deputada Leci Brandão, a ideia é que
antes mesmo de aprovar lá, em Brasília, o governo estadual pretende apresentar
uma proposta de reforma para os servidores do Estado.
Vamos ter que
enfrentar esse debate concomitantemente ao debate que está sendo feito em
Brasília, o que, com certeza, não trará benefícios aos servidores públicos, nem
aos policiais, bombeiros e assim por diante.
Queria deixar
registrado aqui que nós podemos até ter problemas com as grandes manifestações,
como está tendo no Chile, Bolívia, mas eu não acho que os problemas serão por
coisas menores, mas pode sim ser pela retirada dos direitos. Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB – Obrigada, Sr.
Deputado. Seguindo a lista de oradores inscritos, deputado Cezar. (Pausa.)
Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Castello
Branco. Tem V. Exa. o uso da palavra pelo tempo regimental.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Nobres deputados, plateia que hoje nos honra com a sua
presença, telespectadores da TV Alesp, boa tarde. O que nos traz hoje ao
plenário, como deputado que tem defendido a área aeroespacial, os projetos de
aeronáutica, falar sobre a base de lançamento de Alcântara, o centro de
lançamento de foguetes de Alcântara.
E o que isso
tem a ver com o nosso estado de São Paulo? Muito, pois 70 ou 80% do material
dos equipamentos, dos veículos, das tecnologias e das pessoas envolvidas estão
diretamente ligados aqui no estado de São Paulo que detém os cinco maiores
centros de cluster aeroespacial. A saber: São José dos Campos, que é o nosso
vale do silício, onde está a base desse pensamento tecnológico desde os anos
50, quando o coronel Montenegro veio do MIT, nos Estados Unidos e montou um
grupo de pensadores, o segundo em São Carlos, Ribeirão Preto, Campinas e
Sorocaba.
O Centro de
Lançamentos de Alcântara foi fundado em 83. Ele é o segundo no Brasil. O
primeiro foi o Centro de Lançamento de Foguetes da Barreirado Inferno, que
ficava no Rio Grande do Norte. Porém, o crescimento da cidade de Natal, das
cidades periféricas eles diminuíram a capacidade operacional. O lançamento de
foguetes existe para o lançamento de veículos aeroespaciais e ele precisa de um
perímetro de segurança muito grande. De 79 a 83, foi feito um movimento para
tirar as famílias que lá estavam, acomodá-las em outro lugar e construir a
base.
Por que Alcântara? Porque o Brasil faz parte
de um seleto grupo de sete países que têm condições de lançar foguetes. Um é os
Estados Unidos, que tem o Cabo Canaveral, na Flórida e a base de Houston, no
Texas, o segundo é a Rússia, mas mesmo a Rússia ela usa a base do Cazaquistão,
de onde foi lançado o nosso astronauta Marcos Pontes; o terceiro é a China; o
quarto é aqui na Índia; o quinto está sendo construído na Austrália; o sexto,
já falei, era um outro centro no Brasil; e a França, o sétimo, que usa o da
Guiana Francesa.
Portanto, o
Brasil tem uma condição muito especial para lançar foguetes, principalmente
pela proximidade do Equador; mas, além disso, por outras características de
espaço da estratosfera, que nem mesmo os cientistas conseguem uma explicação
plausível.
O melhor local
para lançamento de foguetes do mundo está aqui no Brasil. E, isso já atrai a
atenção internacional há muito tempo. A Força Aérea tentou desenvolver esse
projeto sozinha, ele exige bilhões de dólares, não é possível. O mundo vive num
momento de globalização, de junção, de compartilhamento, de joint ventures.
Então, nada mais natural que o projeto, também.
Próximo.
O de Alcântara
está a 32 quilômetros de São Luís do Maranhão, mas está numa ilha, o que torna
o local isolado. O que entra em consideração nisso: a velocidade de rotação da
Terra, o auxílio ao impulso dos lançadores, a densidade do ar naquele local,
índice pluviométrico, temperatura. São mais de cem variáveis.
E, como eu
disse anteriormente, só em Alcântara a gente consegue uma economia de 40% de
combustível e uma redução de um terço para que aquela aeronave entre em órbita.
Portanto, o
Brasil é um dos melhores locais do mundo para o lançamento. Já foram lançados
de lá 487 veículos espaciais, em mais de cem operações. Portanto, já é um local
validado. O último ocorreu agora, num treinamento que foi feito pela Força
Aérea num lançamento de míssil em setembro.
A ideia já vem
há mais de 20 anos sendo trabalhada pela Embaixada brasileira. Os Estados
Unidos detêm 80% da tecnologia mundial e das patentes aeronáuticas. É natural,
portanto, que o nosso grande parceiro da América seja os Estados Unidos.
O que o acordo
prevê: transmissão de tecnologia, reserva de tecnologia de ambos os lagos,
pagamento do governo americano para o Brasil. Para os senhores terem uma ideia,
a base inicialmente vai ocupar 1% do mercado mundial. É um mercado, tem
concorrente.
Esse 1% vai
render para nós dez bilhões de dólares. Detalhe: as operações começariam a ser
implantadas para o lançamento dos foguetes a partir de 2040. Nós ganhamos essa
aprovação na Câmara dos Deputados por 387 a 89; agora, vai para o Senado.
Esse acordo de
salvaguardas tecnológicas representa uma parcela estratégica para o setor
porque esse dinheiro que nós vamos ganhar, dessa operação, vai ser investido no
Programa Tecnológico Brasileiro parado, atrasado, em função de diversas crises.
O Brasil tem
excelentes cientistas e tem condições, sim, de fazer e de ser um dos protagonistas
dos projetos espaciais a partir de 2050.
Para terminar:
essa parceria vai possibilitar que o Brasil entre no rol dos grandes operadores
espaciais.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB – Obrigada,
Sr. Deputado.
Seguindo a lista de oradores inscritos,
deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Tem V. Exa. o uso da
palavra pelo tempo regimental.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE – Para fazer uma
comunicação enquanto o orador vai para a tribuna, presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB – É
regimental.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE –
PARA COMUNICAÇÃO – Presidente, eu queria agradecer à CCJ. Ontem foi votado o
projeto de lei de minha autoria, que é o 807, de 2019, onde institui a reserva
de vagas para os agentes de Segurança Pública nas universidades estaduais.
Então, à Dra.
Janaina, que está aqui representando a CCJ: obrigado por esse trabalho. Por
quê? Preparar os agentes de Segurança Pública nas questões universitárias é
dizer que nós vamos fazer uma prestação melhor para a população, seja em
qualquer área: humanas, exatas, científica.
Então, a CCJ
está de parabéns, não porque o projeto é meu, mas é importante o projeto para
assim qualificar nossos agentes. Então, leva meus agradecimentos, doutora.
Obrigado.
E, sempre
estarei aqui, Conte. É um projeto que atinge a todos, independente de ser
praça, oficial, se é delegado ou carcereiro, ou investigador, se é agente
penitenciário ou diretor. Aqui nós trabalhamos para todos e assim que nós
continuaremos fazendo até o final do mandato.
Obrigado,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a
lista de oradores inscritos, deputado Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PP - Sra.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha da
tribuna da Assembleia, eu acompanhava, essa noite, as colocações do
comandante-geral da Polícia Militar, coronel Salles, e todo o alto comando da
Polícia Militar, agradecendo a participação dos representantes da Polícia
Militar, lá em Brasília, e também, óbvio, da Polícia Civil, das garantias que
os policiais militares conseguiram lá em Brasília, o que demonstra, Sargento
Neri, Delegado Olim, que quando a Polícia Militar ou Civil, ou ambas têm
representatividade tem valor, sim.
Às vezes os
policiais não acreditam que devam votar nos companheiros. Nós estamos nesta
Casa há 32 anos. E é evidente que todos os que aqui passaram, policiais
militares, policiais civis, investigadores, delegados, todos eles lutaram por
essas polícias, da mesma forma os representantes da Polícia Militar. Às vezes
eu vejo o Cabo Wilson sendo vaiado aí, não sei por quê. Foi um grande deputado.
Não sei se foi na presidência do clube; aí vão lá e votam, é outra coisa.
Foi um bom
deputado; conseguiu aprovar aqui, Sargento Neri, a promoção do soldado antigo e
do cabo antigo, que não havia. Nós aprovamos aqui. Mas parece que quando a
coisa é bem feita, as pessoas esquecem fácil. E sempre se cobra mais. Mas
eu acho que o que aconteceu ontem, e até o agradecimento do Comando Geral, é importante
para demonstrar para a Polícia Militar e para os policiais civis que a
representatividade é importante, sim, porque são pessoas que lutam pela
organização, lutam pela polícia.
Vi ontem até o
Sargento Neri aqui batalhando em cima do problema do cabo antigo, do sargento
que se aposenta, que ele pode perder em vez de ganhar. E é lógico, tem que
levar isso para os representantes nossos lá em Brasília, para que se solucione
esse problema. Agora, pelo menos fica caracterizado, e é importante que se leve
isso para a tropa, que aquele que representa a Polícia Militar, a Polícia Civil
defende as suas organizações. Ninguém vota contra. Não resta a menor dúvida. É
importante, sim, ter representantes.
Recordo-me até
da minha primeira campanha, que tive que me retirar da Rota, do combate ao
crime. Fui colocado lá no Hospital Militar para não poder pegar bandido. E aí
me chamaram; o pessoal me chamou para ser candidato. Quando fui falar com o meu
comandante, à época, ele falou para mim: “O que é isso, Conte? Tocou a mosca
azul em você?
Uma coisa é
certa: se você for candidato, você não pode entrar em quartel, está proibido de
fazer tudo. Agora, se você quiser apoiar um candidato meu, estão todos abertos
os quartéis para você.” Que ele queria que eu apoiasse, à época, o Michel
Temer. Eu falei: “Eu vim aqui para avisar que vou ser candidato”. E fui e
acabei ganhando. Ganhei algumas eleições.
Então, para a
gente ver a diferença é importante que isso aí que o comandante-geral está
falando, que isso se transmita à tropa, para a tropa entender que é importante
ter representatividade aqui dentro. Cada um tem uma forma de lutar, de
batalhar. Cada um que defende a polícia tem uma forma de lutar, de batalhar.
Nem todo mundo é igual ou age da mesma forma, mas é importante que tenha,
porque ninguém aqui vai votar contra a organização, a polícia que ele
representa.
Então, é
importante, sim, que nós tenhamos representantes, tanto aqui como lá, tanto é
que a polícia de São Paulo é a melhor do Brasil. Até uma das melhores do mundo,
se for colocar nas estatísticas, hoje, uma das melhores do mundo. A gente vê o
coronel Salles, grande comandante, o Dr. Ruy, grande delegado de polícia, homem
de rua, de combater PCC. Desde 93 o Dr. Ruy vinha a esta Casa e já sabíamos do
PCC, a criação do PCC, quando muitos políticos não acreditavam.
Lembro-me até
que o secretário do Mário Covas chegou a criticar o estatuto do PCC, porque
havia erros de português, na CPI do Crime Organizado, em 93, logo depois da
Casa de Detenção. Então, fica aí... Tem que agradecer o Comando Geral, porque é
importante que passem isso à tropa, realmente, os homens que representam a
Polícia Militar lá em Brasília, senadores, os demais companheiros da Polícia
Militar dos outros estados que defendem a organização a que eles pertencem.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB -
Obrigada, Sr. Deputado. Antes de continuar a chamada da lista, esta
Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Frederico d’Avila,
transfere a sessão solene convocada para o dia 18 de novembro de 2019, às 10
horas, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do
Estado de São
Paulo ao coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo,
ao Professor Luiz Carlos Molion e ao Dr. Antônio Ferreira Pinto, para o dia 2
de dezembro de 2019, às 10 horas.
O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente. Eu quero
usar o tempo para uma comunicação.
A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB -
É regimental.
O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - PARA COMUNICAÇÃO -Sra. Presidente, eu quero aproveitar
estes dois minutos aqui para, inicialmente, comunicar aqui os nobres pares que
apresentei um projeto de lei aqui, que recebeu o nº 1.032, de 19, e institui
normas gerais e procedimentos aplicados à regularização urbana e mecanismos
para aprimorar a eficiência e procedimentos de alienação de imóveis do Estado.
Ou seja, trata-se de um
projeto de lei de extrema relevância, ao meu entender, que que disciplina a
regularização urbana e fundiária, no Estado de São Paulo. Porque o Estado de
São Paulo tem diversos municípios, 645 municípios e, dentre eles, especialmente
os municípios aqui da Grande São Paulo têm muito esse problema, além da
Capital, que tem, especialmente na periferia, esse problema de regularização
fundiária e falta de política para esse fim.
Então, quero agradecer...
Minha comunicação aqui também é para agradecer os pares aqui, os líderes que já
assinaram, concordando para que esse projeto seja pautado, e quero ler aqui o
nome de alguns que já assinaram. Dentre eles, aqui, o Sargento Neri, líder do
Avante, a deputada Damaris, o deputado Delegado Olim, que se encontra aqui, o
nosso líder do Progressistas, Sebastião Santos, líder do Republicanos, Marcio
Nakashima, líder do PDT, Gil Diniz, deputado líder PSL, deputado André do
Prado, líder do PL, deputado Marcio da Farmácia, líder do Podemos, deputado
Heni, líder do Novo e deputada que está na Presidência aqui, Leci Brandão,
líder do PCdoB.
Para agradecer aos pares,
deputada, e dizer que, oportunamente, virei aqui na tribuna para pedir apoio
para o mérito desse projeto, porque entendo ele ser relevante do ponto de vista
social, de uma política pública que é muito importante para nossa cidade e para
o nosso estado.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB -
Muito obrigado, Sr. Deputado. Seguindo a lista de oradores inscritos, deputado
Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputada Marta
Costa. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela.
(Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza.
(Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.)
O SR. APRIGIO - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente. Só para uma
comunicação.
A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB -
É regimental.
O SR. APRIGIO - PODE -
PARA
COMUNICAÇÃO - Eu quero, hoje, dar
parabéns para a polícia de Taboão da Serra, porque aconteceu um assalto lá,
foram roubar um carro, e os policiais de Taboão da Serra apreenderam um dos
bandidos, mataram outro bandido, e dois fugiram, e eles já localizaram onde
estão esses bandidos.
Dizer
muito parabéns para eles, porque Taboão da Serra está uma cidade meio
abandonada. Não tem segurança, não tem Cultura, não tem Lazer, não tem
Transporte, não tem Saúde, não tem Educação, e que, pelo menos, na parte da
Saúde, esses policiais fizeram um trabalho muito bem feito.
Então,
eu quero parabenizar os policiais, porque, realmente, são profissionais que
merecem ser parabenizados, porque Taboão da Serra, na parte da Segurança,
principalmente, está abandonada. Assim como hoje muitos moradores do Jardim
Ouro Preto, do Jardim América, do Parque Pinheiros, de muitas localidades de
Taboão da Serra, eles reclamam da falta de segurança, mas, na verdade, é porque
Taboão da Serra está abandonada, e todos os que reclamam de Taboão da Serra não
tiveram o prazer de falar com a reportagem para explicar o que é preciso, lá em
Taboão da Serra, nessa parte de segurança.
Parabéns,
policiais! Eu acredito que eles, os policiais, se forem bem remunerados, se
trabalharem bem, se quiserem fazer um bom trabalho, eles fazem. O problema é
que está faltando, como já vimos aqui várias vezes o pessoal reclamar, salário
e condições de trabalho para os policiais.
Obrigado,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Obrigada,
deputado. Deputado Marcos Damasio, V. Exa. tem o uso da palavra pelo tempo
regimental.
O
SR. MARCOS DAMASIO - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Ilustríssima Deputada Leci Brandão, que preside os
trabalhos da presente sessão, demais colegas deputados e deputadas, todos os
que nos ouvem e nos assistem neste momento, no início desta semana, a população
da cidade de Mogi das Cruzes foi surpreendida por uma audiência pública em um
dia e horário totalmente impróprios, em que representantes da Artesp, que é a
agência que gerencia as principais estradas do nosso estado, foram comunicar -
não foram sequer discutir, foram comunicar - que, na Rodovia Mogi-Dutra, que é
o principal acesso da cidade de Mogi das Cruzes à Capital, seria implantada uma
praça de pedágios.
A classe
política que representa a cidade de Mogi das Cruzes e a região do Alto Tietê
também foi surpreendida por essa informação. Não sabíamos sequer da realização
dessa audiência pública. Não houve participação de nenhum dos representantes
legitimamente eleitos pela população, que defendem os interesses da região. Não
houve essa participação política nessa audiência pública. Ela foi realizada na
segunda-feira, às 10 horas da manhã.
Isso causou uma
indignação e uma insatisfação muito grandes na população, não só de Mogi das
Cruzes, mas de toda a região. A cidade não concorda com a implantação desse
pedágio. É uma estrada que já foi duplicada pelo Governo de São Paulo há alguns
anos. O trecho onde se pretende implantar o pedágio é um trecho de pouca
quilometragem, onde há uma grande movimentação de veículos todos os dias,
porque é uma estrada de serviços.
Quem utiliza a
Rodovia Mogi-Dutra no trecho entre a Ayrton Senna até a entrada da cidade são
trabalhadores, são empresas que precisam escoar a sua produção, agricultores,
porque a região tem uma produção agrícola muito grande, estudantes, moradores,
porque temos nesse trecho da estrada vários bairros populosos da periferia da
cidade de Mogi das Cruzes, condomínios que têm população muito expressiva,
muito grande.
Então, todo
mundo tem se manifestado nas redes sociais. A imprensa local iniciou uma grande
movimentação contrária a essa pretensão que a Artesp foi colocar nessa
audiência pública.
Nós também
gostaríamos de aproveitar este espaço, que é a tribuna da Assembleia
Legislativa. Aqui é uma trincheira de defesa dos interesses do povo paulista.
Eu venho aqui, na tarde de hoje, para também manifestar o meu descontentamento
em relação a essa atitude que está em andamento.
A estrada,
agora, está sendo também duplicada no trecho da Ayrton Senna até a entrada da
cidade de Arujá, um investimento de quase 200 milhões de reais que está sendo
feito pelo Governo do Estado de São Paulo, oriundo de um empréstimo para que
essa obra fosse realizada, obra de duplicação que já deveria ter sido concluída
há três ou quatros anos. Houve vários problemas na execução da obra, atrasos no
cumprimento de prazos, mas a obra, agora, está sendo realizada.
O trecho entre
a Ayrton Senna e Arujá está sendo duplicado, custeado pelos cofres públicos.
Então, não há motivo nenhum para que, nessa estrada, na Rodovia Mogi-Dutra, se
implante um pedágio. As obras que já foram feitas e custeadas com recursos
públicos. As que estão sendo executadas estão sendo executadas com recursos do
estado de São Paulo.
Então, colocar
um pedágio neste momento numa rodovia tão importante, principal acesso da
cidade de Mogi das Cruzes à capital de São Paulo, uma das mais importantes
cidades do estado, a maior cidade da região do Alto Tietê e que utiliza esta
rodovia no seu dia a dia... Nós estamos realmente indignados.
Estarei nos próximos dias
conversando pessoalmente com o secretário de Transportes e Logística, o João
Octaviano, e pretendo me reunir também com o governador João Doria, que
recentemente esteve presente lá na cidade de Mogi das Cruzes, e nós vamos
iniciar uma grande movimentação na cidade. A Câmara Municipal, os deputados que
representam o Alto Tietê, a sociedade mogiana, toda região vai se organizar
para impedir essa pretensão anunciada pela Artesp. Não é possível que isso
prospere.
Nós esperamos contar com
o apoio do governador João Doria, porque neste momento esse pedágio não se
justifica. A empresa que estaria assumindo essa condição de cobrança de pedágio
não tem mais o que fazer na estrada, a estrada já está duplicada. A estrada vem
sendo mantida e conservada pelo DER, então nós não entendemos essa movimentação
que está havendo, e todos nós fomos pegos de surpresa.
Vamos trabalhar no
sentido de barrar essa pretensão. Conto com o apoio dos colegas, com a bancada
do meu partido, com os deputados aqui desta Casa, porque isso contraria os
interesses da população da cidade de Mogi das Cruzes e, por que não dizer, de
todo Alto Tietê. Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LECI
BRANDÃO - PCdoB - Muito obrigada, deputado. Seguindo a lista
de oradores, deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada
Janaina Paschoal. Tem V. Exa. o uso da palavra pelo tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL – SEM
REVISÃO DO ORADOR -Obrigada, Sra. Presidente. Cumprimento V. Exa., os colegas
também presentes no plenário, os servidores da Casa, os cidadãos que nos
acompanham presencialmente e a distância. Eu vou, na verdade, levantar um tema
que chegou ontem à Casa, só para que nós possamos já começar a amadurecer a
questão.
O nosso colega deputado
Caio França apresentou um projeto que hoje está na primeira sessão para
eventuais emendas e que trata da entrega gratuita de medicamentos compostos por
pelo canabinol, que é um dos princípios da maconha. Ontem eu conversei com o
colega Caio, ele muito gentilmente veio falar sobre o projeto enquanto nós
estávamos aqui em sessão. Eu li o projeto ontem mesmo, porque já saiu no Diário
Oficial. Hoje é a primeira sessão para eventuais emendas.
Para quem não conhece o
procedimento na Casa, toda vez que um deputado apresenta um projeto, o projeto
é publicado no Diário Oficial, e aí nós temos cinco sessões, que seriam cinco
dias úteis, para emendar esse projeto. Então eu conversei com o deputado porque
eu entendo respeitosamente que, da maneira como está o projeto, está redigido
de forma muito ampla, porque fala na concessão dos medicamentos que têm os
princípios da maconha de maneira irrestrita.
Eu tenho certeza de que
não é esse o intuito do colega, mas nós podemos eventualmente findar, em alguma
medida, se aprovarmos o projeto como está, favorecendo, até de forma indireta,
o uso recreativo da maconha, porque o projeto não condiciona o fornecimento do
remédio a doenças específicas.
Então nós fizemos no
gabinete um levantamento dos projetos de lei que há em trâmite, seja no âmbito
federal, seja no âmbito estadual, e localizamos uma lei já vigente no Distrito
Federal. A lei é da Assembleia do Distrito Federal e essa lei é muito mais
restritiva do que a apresentada pelo colega, porque faz referência específica à
questão da epilepsia, que, realmente, é fato que existem eventos de convulsão,
né?
Algumas
convulsões em crianças que, realmente, são tratadas por remédios que têm como
princípio ativo o princípio da maconha. Um dos elementos da maconha. Já ficou
comprovado, eu li alguns textos a respeito, têm famílias que já deram
depoimento, então existem mesmo casos de convulsões ou epilepsia que requerem
esse medicamento, tá? Mas são casos muito isolados.
O
pessoal no Distrito Federal decidiu fazer uma lei para tratar exclusivamente do
fornecimento desses remédios para esses casos pontuais. A proposta do colega
Caio, ela é muito geral, não é? Fornecimento de remédios para quem precisar.
O
problema é o seguinte, e eu falei isso para o colega ontem e ele recebeu muito
bem, inclusive, o problema é que, em alguns estados, por exemplo nos Estados
Unidos, médicos têm dado receitas atestando que a pessoa precisa por um
episódio de nervosismo, de depressão, de dor no corpo. E isso acaba ampliando
demais essas situações.
Aqui
nós temos dois pontos a debater. Primeiro, vamos, de certa forma, por meio
desse projeto, trazer para o Orçamento um peso a mais, porque o colega prevê o
fornecimento a título gratuito. Então esse é um ponto a considerar. O outro
ponto é a natureza do medicamento em si, não é?
Então,
já antecipei isso para o colega, estou avaliando até emendar nesses cinco dias
para restringir o projeto. Eu tenho certeza de que nem o colega e nem esta Casa
querem, em qualquer medida, eventualmente, servir a interesses outros que não o
da saúde da população. E por que eu digo interesses outros? Já vou finalizar,
Sra. Presidente. Porque existem muitas empresas já preparadas para explorar
esse novo mercado.
Por
coincidência, hoje eu recebi um e-mail noticiando que vai ter um evento para
debater esse mercado. Para os senhores terem uma ideia, o preço para participar
do evento é de 1600 reais. Então, é um mercado, vamos dizer assim, muito
promissor, muito interessante, e eu não quero e tenho certeza de que nenhum de
nós aqui quer, o colega principalmente, que nós sejamos utilizados para, vamos
dizer assim, aquecer um dado mercado.
Existem
casos concretos, sim, de famílias que padecem desse problema, que precisam do
medicamento com esse princípio ativo. Nós não podemos ignorá-las, mas, se é
para fazer uma lei, que seja uma lei restritiva a estes casos.
Muito
obrigada, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB -
Muito obrigada, Sra. Deputada. Seguindo a lista de oradores inscritos, deputado
Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputado
Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputado Caio França.
(Pausa.)
Vamos, agora,
passar à lista suplementar. Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputada Márcia
Lia. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.)
Deputado Rodrigo Gambale. Vossa Excelência tem o uso da palavra pelo tempo
regimental.
O SR. RODRIGO GAMBALE
- PSL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Boa tarde, presidente Leci. Aos deputados, colegas aqui da Casa,
também a todos os funcionários, assessores que estão presentes e a todos os
convidados e à Polícia Militar da Casa e da Assembleia Legislativa.
Bom,
o que me traz hoje aqui, a esta tribuna, como ontem acabei falando na Comissão
de Transportes, é para dizer não ao pedágio da Mogi-Dutra.
Não ao pedágio
da Mogi-Dutra. Uma região a qual abriga 3 milhões de habitantes. Mogi das
Cruzes é uma cidade referência no Alto Tietê, onde a população de Ferraz de
Vasconcelos, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, Arujá, utiliza essa cidade como uma
metrópole, como a capital daquela região.
Não podemos
pagar pedágio num curto trecho, saindo da Dutra, saindo da Ayrton Senna. Ainda
mais em Itaquaquecetuba, que faz divisa com Mogi das Cruzes, já tem um pedágio.
Nada justifica
esse pedágio no quilômetro 45 da Mogi-Dutra. Nada se justifica. Por quê? Os
moradores serão afetados, o pedágio fica muito próximo ao outro e,
principalmente, no local onde será instalado esse pedágio, não terá
investimento de concessionária nenhuma.
Porque, há
poucos anos, o próprio governo estadual, com recursos próprios, fez toda a
duplicação da rodovia naquele trecho da Estrada do Itapeti, ligando a cidade de
Mogi das Cruzes até Arujá e a essas duas rodovias.
Então, nada
justifica. Ontem, na comissão, já falamos sobre isso. Hoje gravei um vídeo no
quilômetro 45. Estarei subindo agora nas redes sociais, para lutar para que não
aconteça esse pedágio lá na cidade. Principalmente a Artesp, fazendo as
audiências públicas sem um comunicado, sem noticiar de forma abrangente a
cidade.
Tanto é que, na
audiência pública de segunda-feira, às 10 horas da manhã, quase não tinham
pessoas presentes lá. Entramos com requerimento na Comissão de Transportes para
que a Artesp faça todas as novas audiências, refaça essas audiências em horário
onde o trabalhador possa estar presente. E não em dia de semana, às 10 horas da
manhã.
Ainda mais que
quando colocaram Mogi das Cruzes como primeira cidade já era com a intenção de
burlar essa divulgação ampla, para que não enchesse essa audiência pública.
Nas outras
cidades a Artesp está tendo graves problemas. Houve a confusão ontem pela manhã
em Itanhaém às 10 horas da manhã. Vamos lutar contra esse pedágio. Vamos lutar
contra esse abuso que a Artesp está permitindo.
E ainda mais o
presidente da Artesp, o Sr. Giovani Filho, dá uma entrevista à imprensa dizendo
o seguinte: que nos horários de maior movimento os moradores não terão direito
a desconto do pedágio. Mas, nos horários de menor movimento, terá uma tarifa
progressiva na diminuição da tarifa para dar desconto aos usuários.
O trabalhador
utiliza a rodovia em horário de pico. Não adianta ter desconto em horário que
não condiz com o que a população utiliza a rodovia. E ali não tem que ter
pedágio em horário nenhum.
Então quero
fazer coro com os demais deputados da região do Alto Tietê para que juntos
possamos lutar. Já ingressei com esse requerimento para refazer a audiência
pública de Mogi das Cruzes e das demais cidades, com ampla divulgação e em um
horário que as pessoas possam ir. E não às 10 horas da manhã, onde o cidadão
que é diretamente afetado com esse pedágio esteja em horário de trabalho.
Quero
aproveitar rapidamente para falar sobre a nossa agenda também. Dia 26 agora, em
homenagem à campanha do mês do Outubro Rosa, estaremos fazendo uma caminhada,
juntamente com o vereador Saulo Souza, no município de Poá, a Caminhada das Vitoriosas,
do Outubro Rosa. Esperamos mais de mil pessoas nessa caminhada para
conscientizar as mulheres de que o câncer de mama, quando descoberto de forma
inicial, tem até 90% de chance de cura.
Então, mulher,
você deve se prevenir. Faça o exame de prevenção porque você ainda tem muito
para conquistar nessa vida. Dia 26, em frente à Câmara Municipal, sábado, às 9
horas da manhã, concentração para a Caminhada do Outubro Rosa, de prevenção e
combate ao câncer de mama, no município de Poá.
O Hospital Regional
de Ferraz recebeu uma placa, essa semana, com um investimento que será liberado
pelo Governo do Estado - ou melhor, já foi liberado - para a reforma da
Pediatria, Psiquiatria e outros setores, no valor de 5 milhões 755 mil 691
reais e 43 centavos.
Isso mostra a
nossa luta, a força da tamanha luta que fizemos para que aquele hospital com
mais de 100 milhões de investimento, uma obra recém-feita, porque 10 ou 12 anos
é uma obra recém-inaugurada, não pode funcionar mal e com atendimento precário,
como Ferraz tem. Vamos lutar para que esse hospital receba as devidas reformas,
a devida estrutura, para que atenda com dignidade os mais de três milhões de
habitantes que necessitam desse hospital no Alto Tietê. A nossa luta não para,
e o trabalho sério tem dado resultados.
E
sábado também, às 16 horas, estaremos na Vila Cristina, juntamente com a equipe
da superintendência da Sabesp, para falar sobre as obras que terão lá, da caixa
elevatória do esgoto e também de toda a troca do esgoto do bairro da Vila
Cristina. Contém com nosso trabalho.
Muito
obrigado, presidente. Muito obrigado aos deputados.
A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB -
Obrigada, Sr. Deputado. Quero convidar o nobre deputado Douglas Garcia para
ocupar a Presidência.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Douglas Garcia.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Reassumindo
os trabalhos. Continuando a lista dos inscritos no Pequeno Expediente, nobre
deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputado Rogério Nogueira. (Pausa.)
Nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
Nobre deputada Leci Brandão. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco
minutos.
A SRA. LECI BRANDÃO -
PCdoB - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Exmo. Sr. Presidente, deputado Douglas Garcia, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, deputado Conte Lopes, deputado Castello Branco, assessorias militar
e civil, e senhores que estão na galeria. Obrigada pela presença.
Sr.
Presidente, ontem foi realizada, aqui nesta Casa, no auditório Teotônio Vilela,
uma audiência pública de políticas de incentivo para empreendedores negros e
negras. O objetivo foi discutir políticas públicas de estímulo ao afro
empreendedorismo e o PL 791, de 2019, que nós apresentamos em conjunto com o
deputado Teonilio Barba e a Bancada Ativista.
A
iniciativa foi da Frente Parlamentar para a Promoção da Igualdade Racial e
Defesa dos Povos das Comunidades Tradicionais, coordenada pelo nosso mandato, e
dos membros da frente: o deputado Barba, deputado Luiz Fernando, deputada
Marina Helou, deputada Erica Malunguinho, os deputados da Bancada Ativista e o
SOS Racismo.
Além
de agradecer a parceria com esses deputados e deputadas, eu gostaria de
destacar a presença da subsecretária de Empreendedorismo e da Micro, Pequena e
Média empresa, a Sra. Jandaraci Araújo. Ela falou, com transparência, sobre
algumas políticas que o Governo do Estado tem, como o Banco do Povo, por
exemplo. E a maior parte de pequenos empreendedores, que têm dificuldade de
acessar o que desconhece a sua existência.
É
fato que micro e pequenos empreendedores negros são a maioria em nosso país,
porém eles não conseguem acessar crédito, eles não têm noção dos
encaminhamentos que têm que ser feitos para que eles possam abrir suas
empresas. Até um crédito de pequeno valor eles têm dificuldade de conseguir.
Então, é muito importante que seja do nosso conhecimento que o empreendedor
negro chega a ter crédito negado três vezes mais que os empreendedores brancos.
Essa é a realidade.
Está
mais do que provado que o racismo e as desigualdades determinam também a forma
de empreender. Portanto, consideramos urgente discutir e realizar ações para
combater essas desigualdades no empreendedorismo. Uma delas seria a aprovação
do PL 791, de 2019. Eu estou certa de que conto com o apoio dos deputados e
deputadas desta Casa.
Quero
encerrar agradecendo ainda as presenças de Marcelo Cavanha, assessor de
relações internacionais da Secretaria Estadual da Cultura; Regina Laura, da
Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania; Rafael Pinto, coordenador estadual
da Rede Brasil, afroempreendedor; Ivan Lima, presidente do Conselho Estadual da
Comunidade Negra; Kossi Telou, agente consular do Togo; Liliane Lima,
representante do Sebrae de São Paulo; Silvério Crestana, representando a Frente
Parlamentar de Empreendedorismo da Alesp; Marcos Di Preto, representando a
Câmara do Comércio, Indústria e Serviço do Empreendedor Negro.
Então, a gente
quer, mais uma vez, agradecer à nossa assessoria, como as assessorias também do
deputado Barba, assessorias da Bancada Ativista que ajudar a realizar esse
evento. Dizer que todo mundo tem que ter oportunidade de poder crescer e
fortalecer a sua caminhada. E a gente sabe que muita gente da população negra
precisa ter essa oportunidade, precisa ter esse acesso. Foi muito importante
que tivesse tido esse encontro aqui, foi uma audiência, e a gente agradece a
participação de todos.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Muito
obrigado, nobre deputada. Encerrado o Pequeno Expediente, abrimos agora o
Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Primeiro
deputado inscrito para falar no Grande Expediente, tem a palavra o nobre
deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre deputado Wellington
Moura. (Pausa.) Nobre deputado Castello Branco. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de 10 minutos.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Nobres deputados, telespectadores da TV Alesp, boa tarde.
No Grande Expediente para falar agora da fome arrecadatória da Agência
Reguladora de Transportes do estado de São Paulo. O interessante, nobres
deputados, é que eles só colocam pedágio onde interessa. Por que não colocam
pedágios em regiões ermas e distantes do nosso Estado? Não, eles colocam
pedágios em locais de grande circulação onde a estrada, inclusive, já é boa.
Vamos
apresentar agora um estudo porque a gota d’água desse processo foi querer
colocar agora mais um pedágio na Mogi-Dutra. Então, está aqui na nossa
serrinha. O projeto eleva a despesa até mesmo para trabalhar e até mesmo para
estudar numa cidade de 500 mil habitantes, o entorno que é Suzano,
Biritiba-Mirim, Salesópolis, a própria
Mogi, isso para contar o Alto Tietê, sem contar com o lado de cá que é Poá,
Itaquaquecetuba, Guararema, Santa Izabel, enfim, um milhão e meio de pessoas
diretas e mais um milhão e meio de pessoas indiretas circulam por esse lugar.
Isso causou uma
revolta na população, lembrando que a Artesp é Agência Reguladora das Rodovias
dos transportes coletivos, dos aeroportos, e também dos transportes de balsas.
Aqui nós temos um mapa da região, não é? Olha a quantidade de pedágios que tem no
entorno de São Paulo? Tem no Rodoanel Leste, tem na rodovia Ayrton Senna, tem
na Via Dutra, tem na Carvalho Pinto. E não é só nessa região que estão
pretendendo aumentar o número de pedágios. Fiquem atentos também na Baixada
Santista. Estão querendo colocar pedágios entre as cidades. São pelo menos 13
cidades da Baixada Santista que eles estão querendo pedagiar.
Muito
bem. Região de Mogi das Cruzes ao Tietê, estão aqui algumas das cidades
envolvidas, Ribeirão Pires, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Arujá,
Santa Izabel, Guararema, Mogi, Biritiba-Mirim, Salesópolis, fluxo de veículos
diários acima de 500 mil veículos, está aqui o nome do município, a população e
o que envolve diretamente toda essa problemática.
Por
fim, um alerta a todas as nossas autoridades e que a Assembleia Legislativa e
muitos dos deputados serão contra essa implantação de mais pedágios que causa
um custo ainda maior ao preço exorbitante dos combustíveis que nós já pagamos,
inclusive lançando uma Frente Parlamentar Hashtag Combustível sem Imposto, nos
acompanhe, nasceu de reduzir o ICMS da aviação, mas foi muito além.
Sabemos hoje que 40% do impacto de custos de
uma população diz respeito a transportes. E dentro do custo de transportes, com
certeza, estão os custos de pedágio, atualmente abusivos. Nosso apoio à
população de Mogi, nosso apoio à população de Mogi, nosso apoio à população do
Alto Tietê. Saibam que vocês vão ter deputados aqui que vão defender a causa.
Chega de impostos. Chega de pedágios.
Brasil acima de
tudo e Deus acima de todos.
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL – Muito
obrigado, nobre deputado.
Continuando a lista no Grande
Expediente, gostaria de convidar o nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo, que,
por permuta, utiliza, então, esse tempo o deputado Paulo Fiorilo. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de dez minutos.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT
– SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público presente, telespectador da TV Alesp, assessores, quero registrar a
presença do ex-deputado federal do PSDB por Pernambuco, o deputado Guilherme
Coelho.
Bom, quero
aproveitar o Grande Expediente, primeiro, para fazer um registro e um
agradecimento. Ontem, os deputados e deputadas aprovaram um projeto de minha
autoria que constitui o Conselho de Mediação de Conflitos nas escolas do
Estado.
Durante o
debate, muita gente tinha dúvidas: vai criar cargo? Vai pagar? Não é
absolutamente nada disso. A ideia é que a gente pudesse ter, a partir da experiência
dos mediadores de conflitos, que devem continuar nas escolas estaduais, não
podem ser retirados, que se constitua um conselho envolvendo gestores,
professores, alunos, pais de alunos, para dialogar sobre os problemas das
escolas estaduais, que não são poucos.
Se a gente
pudesse elencar aqui, eu diria que a gente tem problemas desde a
infraestrutura, com quadras interditadas, com vazamentos nos telhados, com
baixos salários dos professores.
Mas, agora, a
gente enfrenta um problema mais grave, que é a automutilação dos alunos e o
suicídio. A ideia é que esse conselho, deputada Janaina, possa dialogar esses
problemas e ajudar o mediador, os pais dos alunos, e os próprios alunos.
Infelizmente, a
gente tem muitos casos de alunos que acabam entrando nessa situação por falta
de orientação, por falta de apoio. E, eu tenho certeza de que o secretário, com
quem já conversei, entende a preocupação. Disse que, inclusive, estavam
discutindo medidas para minimizar essa situação.
Mas, quem sabe,
não entenda aí uma outra alternativa e uma possibilidade para minimizar esse
impacto negativo para as nossas crianças nas escolas estaduais. A Assembleia
também aprovou um projeto que cria um mecanismo de proteção com psicólogos, com
pedagogos, o que poderia ser uma outra ajuda importante.
Eu já disse
aqui: várias escolas não têm o apoio da unidade de Saúde porque não tem um
profissional especializado, não tem gente que pode ajudar. E, às vezes, eles
recorrem a outros profissionais, distantes, para tentar minimizar esse problema.
Então, eu acho
que a Assembleia devia se debruçar sobre essa situação, tentar ver como é
possível ajudar, tanto na construção de uma rede de proteção nesse momento
crítico, grave, que a gente está vivendo.
E, a gente
podia falar de suicídio, automutilação, mas, a gente podia falar, por exemplo,
das situações que a gente viu lá em Suzano, com a escola em que os alunos
entraram atirando; ou, mesmo, no CEU Aricanduva, em que um aluno tenta matar um
professor.
Então, é
preciso que a gente olhe com carinho. E, eu tenho certeza de que o secretário
Rossieli vai se debruçar sobre a proposta e, quem sabe, orientar para a sanção
do projeto. Eu acho que isso é um passo importante.
É claro que
cabe ao governador, é uma prerrogativa dele. Mas, eu acho que nós poderíamos
dar uma contribuição importante, independente de o projeto ser de minha autoria
ou não, mas é um projeto que pode ficar para o legado da Educação, para ajudar
nessa situação.
Em cada momento
que vivemos, uma situação nova, diferente, pode surgir. Então, eu queria deixar
esse apelo e dizer que o governador terá um tempo para sancionar ou para vetar.
Espero que a Secretaria possa orientar no sentido da sanção desse projeto.
Sei, sempre,
das dificuldades que podem existir. Então, nós vamos fazer um esforço nesse
sentido. Aliás, quero só aproveitar também para pedir que este discurso seja
encaminhado ao secretário Rossieli, para que ele também observe com atenção
essa possibilidade.
Quero
aproveitar, no tempo que me resta, para fazer mais duas observações. Eu acabei
de receber, o pessoal não está mais aqui, mas os agentes penitenciários relatam
aqui uma preocupação: está ocorrendo na Secretaria, na SAP, na Secretaria de
Administração Penitenciária, com relação aos inscritos na lista de
transferência para o CDP de Caiuá 1, localizada na região oeste do estado de
São Paulo, que pedem informações sobre uma injustiça que a SAP publicou, ontem,
dia 23 de outubro, no Diário Oficial, prejudicando todos os funcionários que
trabalham há vários anos longe de casa, bloqueando direito de serem
transferidos para próximo das suas moradias, mudando assim, de última hora, os
critérios de transferência.
Acho que é
preciso também que a Secretaria se manifeste, até porque pode prejudicar vários
trabalhadores que atuam no sistema penitenciário e que, longe de casa, acabam
tendo muito mais dificuldade com transporte, com alimentação, com moradia, o
que é sempre muito ruim.
O importante é
que se coloque o trabalhador, o servidor público estadual próximo das suas
casas, até para que tenham uma facilidade maior, um custo menor para
deslocamento, alimentação, moradia, assim por diante.
Por fim, não
menos importante, nós estamos assistindo, nesses últimos dias, eu já fiz
referência a isso, à guerra de listas, lá em Brasília. Cada dia a gente tem uma
lista nova, uma denúncia nova. Tivemos a derrota do filho do presidente para
ser o líder. Agora conseguiu uma lista para garantir a liderança, trocou 12
vice-líderes.
Nós não sabemos
o que vai acontecer amanhã, nem depois de amanhã, nem segunda, nem terça.
Aliás, tem ações na Justiça para retirar a presidência do Rio e de São Paulo
dos filhos do presidente, uma situação delicada, infelizmente. Não queria falar
sobre isso, até porque temos outros assuntos mais importantes, mas é preciso
registrar, porque a situação que o país vive é uma situação muito grave.
Já falei isso.
A gente tem, só no estado de São Paulo, 10 milhões de desempregados. A gente
tem, na cidade de São Paulo, quase dois milhões, e se não nos voltarmos para as
questões que são centrais na administração, nós vamos ficar com uma guerra
permanente.
Aliás, pode ser
pode ser a tática ou estratégia do presidente uma guerra permanente. Aliás, é
interessante, porque é uma guerra, deputada Janaina, deputado Gil, deputado
Castello Branco, Conte Lopes, Frederico, que também acaba se voltando contra os
deputados do próprio PSL. Eu tenho acompanhado, nas redes, as discussões que
estão sendo feitas, as acusações. Ontem o deputado Gil veio aqui para falar de
uma foto que ele tinha de anos atrás, quando era carteiro, ainda, com o então
deputado do PT, o Ivan Valente, e que está sendo agora atacado de forma
violenta. É impressionante, e eu vou aproveitar só para dizer como a rede ela
pode funcionar para um lado e para o outro. Agora ela funciona para a briga
interna, intestina.
Essa é a pior
briga que tem, porque mostra a fragmentação, mostra a fragilidade, e pior,
expõe as pessoas. Eu tenho a impressão que está na hora de a gente virar essa
página, mas eu sei que é difícil virar. É difícil virar, por conta do que eu
disse, a estratégia da guerra permanente de todos contra todos. Aliás, na
filosofia política a gente tem um pouco a literatura disso.
Quando você tem
uma guerra de todos contra todos é preciso buscar uma saída. Para buscar uma
saída, você precisa ter um contrato social, você precisa ter um leviatã, você
precisa ter uma alternativa para mediar. O problema é que não há mediação
quando quem poderia ser o mediador está até o último fio de cabelo metido na
guerra. Esse é o grande problema.
Eu queria dizer
que não sou daqueles que quanto pior melhor; ao contrário. Eu acho que
precisaríamos ter um país crescendo, gerando emprego, melhorando a qualidade de
vida, o que não vem acontecendo. O que a gente tem visto são as guerras
internas. E assim, vou dizer mais: eu ouvi aqui o Sargento Neri, que não é nem
um problema do PSL, mas assim, faz uma reclamação porque tem um sargento
aposentado que o ataca na rede.
É assim, nós vamos
viver de rede, deputada Janaina. Não de redes de proteção; de redes da
internet. Daqui a pouco o deputado Frederico d'Avila vai ser acusado de ser
petista, porque no debate na Comissão de Atividades Econômicas eu sugeri a ele
que perguntasse ao secretário de Agricultura se ele tinha se inspirado no Timão
e no Pumba para fazer lá experiência de colocar insetos para os alunos
experimentarem no Dia das Crianças. Né? O deputado já fez essa denúncia aqui.
Queria dizer que
eu não tenho nenhuma relação com o deputado Frederico. Ele não vem para o PT,
eu não vou para o PSL, até porque eu nem sei se vai ter PSL, mas não há nenhuma
dificuldade, nenhum problema de fazer o debate.
Estive
outro dia na Bandeirantes, fizemos um debate, eu e a deputada Janaina. Um
debate de ideias, de contraditórios, mas não um debate de aproximação ou de
guerra permanente. Eu sou contra a guerra permanente. A política é a arte de
buscar soluções, não a arte de matar ou de se matar.
Então,
eu queria terminar aqui dizendo que, infelizmente, essa briga entre o Bolsonaro
e o Bivar... Aliás, um deputado do PSL me disse: “Se já tem problema - deputado
Gil - com o Var, imagine com o Bivar”.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL -
Agradeço pelas palavras, nobre deputado, e queria desejar...
O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma breve
comunicação.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL -
É regimental.
O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - É engraçado, o deputado Paulo Lula
Fiorilo coloca a questão das redes sociais, que foi bastante importante, e
ainda continua sendo, quando o companheiro de partido dele, seu líder,
processou no Conselho de Ética, deputado Castello Branco, o deputado Frederico d'Avila,
por um vídeo postado. Onde? Na rede social.
Foi
um embate aqui no plenário, nos microfones do plenário? Não. Nas comissões?
Não. O deputado Frederico d’Avila fez um vídeo, postou ali em sua rede social e
foi representado no Conselho de Ética desta Casa, e, pasmem os senhores, a
denúncia foi aceita. O deputado Frederico d’Avila está no Conselho de Ética,
por conta de um vídeo na rede social.
Então,
nós precisamos saber do deputado Paulo Fiorilo, a ideia, se realmente ele
acredita naquilo que ele diz aqui na rede, ou a real política aqui nesta Casa,
porque acho que ele teria que ser o primeiro a fazer uma crítica a algumas
atitudes do próprio partido, quando aciona um Conselho de Ética aqui nesta
Casa, por conta de um vídeo na rede social.
Olha,
não tenho certeza, vou até dar uma verificada aqui, mas acho que o pedido para
o Frederico d’Avila foi perder o seu mandato. Então, um líder partidário propor
aos pares aqui que um deputado perca o seu mandato, legitimamente conquistado
pelo voto popular, por um vídeo postado na rede social, eu acho, no mínimo,
contraditório.
Então,
a gente precisa entender a real política aqui, se ele acredita nessas palavras
que ele coloca aqui, do microfone, da tribuna, ou se ele acredita mesmo no seu
líder partidário, que pediu, por exemplo, a cassação do deputado Frederico
d’Avila.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - Com
a permissão do orador, uma breve
comunicação.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL -
É regimental.
O SR. CASTELLO BRANCO
- PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de deixar
claro a este plenário, fazendo um contraponto às manifestações do nobre
deputado Paulo Fiorilo, que eu muito respeito, que uma coisa é o governo
executivo, outra coisa são as legendas partidárias.
O
governo Bolsonaro montou uma das melhores equipes que este Brasil já viu nos
últimos 100 anos. Sem dúvida nenhuma, uma equipe de excelência e competente,
que pegou um país arrasado, com uma política econômica destrutiva, fruto de
péssimas gestões anteriores, e cuja solução não é simples, haja vista as
dimensões do nosso país.
Segundo,
os problemas partidários são problemas de ganância, de poder, de oportunismo,
de brigas internas para ter espaço, e que nada têm a ver com a gestão que está
sendo realizada. Portanto, vamos diferenciar essas coisas, vamos colocar cada
coisa no seu lugar e, oportunamente, como é do meu feitio, eu vou preparar uma
apresentação técnica sobre a questão de legendas partidárias, e que envolve o
meu partido.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL -
Agradeço pelas palavras, nobre deputado. Continuo na lista no Grande
Expediente. Nobre deputado Frederico d’Avila, V. Exa. Tem o tempo regimental.
Mas antes, deputado, gostaria de desejar as boas-vindas ao deputado federal Guilherme Coelho, da
cidade de Petrolina, Pernambuco. Agradecer ao senhor pela visita. Seja muito
bem-vindo à Assembleia Legislativa
do Estado de São
Paulo, e pedir desculpa de não tê-lo apresentado antes, acontece
que eu estou estagiando na arte de presidir esta Assembleia. Então, eu tenho
certeza de que o senhor me perdoará.
Tem a palavra o
nobre deputado Frederico d’Avila.
O SR. FREDERICO
D’AVILA - PSL -
Obrigado, Sr. Presidente, Douglas
Garcia. Queria
cumprimentar aqui os demais colegas. Pena que o deputado Fiorilo já saiu, mas
está aqui o deputado Guilherme Coelho - seu conterrâneo, deputado Gil Diniz, de
Pernambuco -, que é sobrinho do ex-governador Nilo Coelho, que chegou ao Aeroporto
dos Guararapes e que o pai do Sr. Felipe Santa Cruz tinha explodido a bomba lá.
Está aí, é ele mesmo, sobrinho dele.
O tio dele
chegou seis minutos depois do episódio. Ele não foi lá, mas as primas dele
estavam com o então deputado federal Nilo Coelho, em julho de 1967, se não me
engano, recebendo o então presidente Artur da Costa e Silva. Chegou lá seis
minutos após a bomba e lá tinham braços, cabeças, sangue, tudo esparramado lá,
praticado pela Ação Popular, da qual o pai do Felipe Santa Cruz era membro.
O deputado
Barba me acusou de dizer isso, que é verdade, e está aqui uma prova familiar de
quem foi atacado. Agora, eu nunca vi terrorista bater relógio de ponto. “Olha,
vai ter um atentado terrorista lá, você bate o relógio de ponto, bate o cartão”.
Então, eu não sei se o pai dele estava lá ou não estava lá, mas, que ele era da
agremiação Ação Popular, ele era.
Então, está
aqui uma prova viva. É sobrinho do então deputado federal Nilo Coelho, que
depois veio a ser governador do estado de Pernambuco e que chegou seis minutos
após o atentado perpetrado pela Ação Popular. O deputado Conte Lopes, na época,
se não me engano, já tinha ingressado na Polícia Militar nessa época e deve
lembrar muito bem, porque depois ele teve que perseguir esse pessoal, depois
que o coronel Salvador D'Aquino formou as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar.
Mas,
continuando o meu pronunciamento, queria aproveitar a presença do Sr. Pedro
Paulo de Araújo, secretário de governo da Prefeitura de Itaí, da minha região,
do Maurício de Medeiros, secretário de Agricultura, e do cabo PM Luiz Fernando
Coutinho.
Aproveitando a
presença deles, vou naquela minha peregrinação a esta tribuna, toda semana, em
cobrar aqui a duplicação da Raposo Tavares, tão esperada por todos nós. É uma
SP em situação de calamidade. Parece que a gente está entrando em um país da
África destruído pela guerra. Não é possível que o estado mais rico da Nação,
com 44,5 milhões de habitantes...
Acabou de falar
aqui o deputado Castello Branco: coloca-se pedágio onde a rodovia está boa e
tem grande circulação. É só para faturar. Eu garanto para vocês aqui - e acho
que posso falar em nome dos secretários que aqui estão - que ninguém acha ruim
pagar pedágio em uma estrada que vai ser melhorada ou, principalmente, que tenha
uma conservação boa a todo o tempo. Agora, nessa região que o senhor citou, a
região de São José dos Campos, a Região Metropolitana de Campinas, eles gostam
muito de botar pedágio a cada 18 quilômetros, 15 quilômetros, que é só para
faturar. Só para faturar e para arrecadar para os cofres públicos que estão em
situação de bastante dificuldade.
Também
aproveitando os nossos colegas que estão nos visitando, do município de Itaí,
eu sei que não é tão para a região dos senhores, mas a SP-258, ao ser duplicada,
vai também trazer um grande alento para a nossa região. A SP-258... Já passou
da hora, o Conte conhece a região. Já passou da hora de ser duplicada. Tem
Itapeva, com quase 100 mil habitantes, tem Itapetininga... O trecho de
Itapetininga está duplicado, mas liga Itapeva, Itapetininga, Itararé, liga o
Paraná.
O governador
Ratinho Júnior já está vindo com a duplicação na PR-151, do lado de lá, e vai
chegar antes à divisa de São Paulo do que nós vamos chegar à divisa do estado
do Paraná. Veja só! O estado do Paraná, com a visão de administrador do
deputado Ratinho Júnior, chegará antes à divisa de São Paulo, com a duplicação,
do que o estado de São Paulo. E a concessionária das duas estradas é a mesma, é
a mesma, então não é possível. O governador João Doria falou isso em campanha
em 2018, falou que seria uma das primeiras movimentações em matéria de
logística na região do Sudoeste Paulista, mas até agora não fez absolutamente
nada.
Quero dizer aqui,
aproveitando de novo a presença do Pedro Paulo Araújo e do Maurício Medeiros,
secretário de Agricultura lá de Itaí, que a Raposo Tavares, aquela obra que
estão fazendo lá, era para ter sido feita 20 anos atrás, não agora. Lá já era
para duplicar faz tempo, principalmente naquele trecho mais congestionado, ali
entre Itapetininga e Avaré. Então de novo aqui a nossa cobrança. Acho que já
estamos indo para a décima terceira e décima quarta semana de cobrança aqui da
SP-270.
Aproveitando também,
deputado Douglas Garcia, o senhor que é um defensor das liberdades, não sei se
o senhor viu a matéria do programa Fantástico, que agora é conhecido mais como
“Lacrástico”, onde eles esculhambaram com a agremiação religiosa Arautos do
Evangelho de novo. Primeiro foi aquela revista esquerdista lá de Brasília,
Metrópoles, agora o Fantástico.
Não sei se vocês viram
que a matéria foi feita à revelia do Arautos do Evangelho. Eles fizeram,
fabricaram uma história, uma narrativa através de depoimentos de ex-integrantes
do Arautos do Evangelho e depois foram ouvir os Arautos do Evangelho sem
marcar. Bateram na porta, tocaram a campainha e queriam ouvi-los depois de já
estar com a narrativa toda pronta. Logicamente não foram recebidos, por que
eles queriam fazer ao tempo deles, enquanto eles deviam conhecer a parte de
educação, a parte social, a parte religiosa, a parte de serviços sociais que o
Arautos faz.
Eles queriam mesmo era
esculhambar os Arautos do Evangelho, que obviamente, Delegado Olim, o senhor
que é um homem da lei... Eles queriam mesmo... O senhor sabe que a Rede Globo
de Televisão... Eu não sou católico, mas a Rede Globo de Televisão, para os
católicos, deve ter parte com o demônio mesmo, então ela quer esculhambar todos
aqueles que são conectados pela fé com Deus. Então eles fizeram uma matéria
tendenciosa só para esculhambar com os Arautos do Evangelho. Uma vergonha, mais
uma vergonha. A Rede Globo não cansa de passar vergonha.
Por último, deputado Conte Lopes, ontem eu
estive na Secretaria da Defesa Civil, na Casa Militar, e o programa de pontes,
que o senhor sabe que são muito importantes, as pontes rurais principalmente,
está muito afetado pela falta de recursos. Então eu estou apresentando uma
emenda à LOA para o ano que vem de 35 milhões de reais.
Espero que o secretário
da Fazenda se sensibilize, porque a Fazenda dificilmente se sensibiliza, mas
espero que se sensibilize, porque é o acesso da produção rural, do ônibus
escolar na zona rural, do escoamento da pequena produção - porque o grande
produtor, ele mesmo faz a ponte.
Estou complementando,
redirecionando o Orçamento para 35 milhões da Secretaria da Casa Militar, que
toma conta da Defesa Civil do estado, para a construção dessas pontes, que não
são pontes tão caras quanto essas pontes que a gente conhece aqui em São Paulo.
São pontes de concreto, de aduela, de madeira por vezes, e que precisam ser ou
substituídas ou ter trocada sua estrutura para aguentar o tráfego local.
Sendo assim, agradeço
aqui a fidalguia do adjunto do secretário, do chefe de gabinete da Casa
Militar, tenente-coronel Luchiari, que me recebeu ontem lá com a sua equipe - o
coronel Nyakas estava viajando. Espero mais uma vez que o governador João Doria
- o Delegado Olim vai nos ajudar a sensibilizá-lo com esses 35 milhões - vá
redirecionar essa verba para nós fazermos os programas das pontes rurais da
Secretaria da Defesa Civil do Estado de São Paulo. Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
DOUGLAS GARCIA - PSL - Agradeço pelas palavras, nobre
deputado. Gostaria de apresentar aqui, a convite do deputado Delegado Olim nós
estamos recebendo, hoje, os alunos do curso de direito da Faculdade Estácio.
Sejam muito bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Acompanha,
também, um professor que, inclusive, é meu xará. Professor Douglas Gagliasso.
Sejam muito bem-vindos a esta Assembleia.
Continuando
aqui a lista dos oradores do Grande Expediente, gostaria de convidar o nobre
deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Roberto Morais. (Pausa.) Nobre
deputada Leci Brandão. (Pausa.) Solicito que o nobre deputado Gil Diniz assuma
a Presidência dos trabalhos para que eu possa fazer uso da tribuna.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O SR.
PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Chamo
agora a deputada Janaina Paschoal que, por cessão do tempo, deu o seu tempo
para o deputado Douglas Garcia, que tem o tempo regimental.
O SR.
DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero
saudar a todos os meus pares aqui presentes, público que nos assiste na TV
Alesp e todos os servidores da Casa e, também, que nos assistem aqui das
galerias da Assembleia Legislativa.
Senhores, muitos me
dizem que eu não falo de outra coisa, que eu vivo perseguindo a militância
LGBT, porém eu não posso deixar de denunciar o que eu recebi hoje e, também, os
desdobramentos dessa denúncia. Por gentileza, pode colocar a primeira imagem
que eu havia trazido.
Olha só, isso daí
aconteceu em uma escola daqui do estado de São Paulo. “Primeira palestra e roda
de conversa ministrada por mim como mestranda de Educação... mestranda de
Educação Sexual, sobre diversidade. O que faz parte do projeto sobre
diversidade cultural de autoria da professora Meg Roganti. Obrigada, professora
Meg, a gestão dos alunos do EMEI e da Escola Estadual Doutor Alberto Alves
Rollo pelo convite.”.
Essa escola é uma
escola que fica na cidade de Américo Brasiliense. Essa pessoa que ministrou essa
palestra e roda de conversa, chamada Pagu Soares, é transexual, travesti, não
sei exatamente. Hoje em dia a gente tem tanta coisa que eu fico perdido. Eu não
sei se é transexual ou se é travesti, mas, biologicamente, nasceu homem e agora
está pregando a sua agenda nas escolas públicas do estado de São Paulo.
Eu já cansei de
dizer que a Educação no nosso país está um verdadeiro caos. O Brasil nos
últimos lugares no exame do Pisa e o que que sobra tempo para os nossos
estudantes nas salas de aula? Sobra tempo para estudar a respeito da ideologia
de gênero.
Eu já disse um
milhão de vezes para a galera que a professora aí, filiada ao PT, ao PSOL, ao
PCdoB, quer falar sobre esse negócio, pega e vai lá no diretório do partido dos
senhores. Mas, na escola, não é lugar de falar sobre isso. É por isso que a
Educação no nosso país está nessa situação.
É porque os senhores
estão utilizando da audiência cativa dos alunos não para poder ensinar
matemática, não para poder ensinar português ou biologia ou qualquer coisa que,
de fato, vai trazer, àquele aluno, conteúdo para ele conseguir passar em uma
federal, em uma universidade pública, para conseguir trazer para o nosso país
incentivo em pesquisa de fato. Não. Estão o tempo nas escolas públicas do
estado de São Paulo e do nosso Brasil para descer ideologia de gênero goela
abaixo.
As crianças são
obrigadas a assistir. São obrigadas a assistir. Porque nós estamos falando de
uma escola pública e, para quem não sabe, funciona dessa forma: você entra na
sala de aula e precisa assistir àquilo que o professor está passando. Agora,
nós temos que condicionar os estudantes a esse tipo de aula, a esse tipo de
curso? E me deixou muito intrigado porque disse que era mestranda em Educação
Sexual.
Nós estamos
debatendo aqui, ontem foi um debate enorme, aqui no Franco Montoro, é um pega
para capar que eu nunca vi na minha vida. Muitos militantes brigando para
conseguir subir à tribuna do Franco Montoro, para conseguir falar sobre o
Orçamento do estado para 2020, aquilo que vai ser investido. E eu sei que tem
muito investimento em Educação. Tem muito, afinal de contas, nós precisamos
investir em Educação.
Mas eu fiquei
curioso. Nós temos uma mestranda em Educação Sexual? Não sabia que existia esse
tipo de pós-graduação nas universidades públicas do Estado. E adivinhem, senhores,
existe.
Nós
temos aqui, esse caso, por exemplo, foi na Unesp. Trago aqui alguns exemplos
que infelizmente me deixaram chocado, mas eu preciso ler. Este daqui é o curso
de pós-graduação da Unesp. Não vou falar o nome do aluno, porque não sei se é
menor, se é maior, mas pelo menos o nome do professor. Ah, esse, sim, vou
falar, porque, além de ser servidor público, está recebendo dinheiro do estado.
Título
de uma tese de Mestrado, da Unesp: “Infância, Gênero, Educação infantil -
percepções e ações na e para a formação inicial do pedagogo”, para que o
pedagogo tenha um tipo de preparo para querer falar sobre Educação sexual
infantil nas salas de aula.
Vocês
não estão satisfeitos? Temos mais aqui. Olhe só para esta aqui. Esta aqui é uma
tese de mestrando da Unesp. Olhe o título: “Lampião sai do armário - as
representações das masculinidades no fim da década de 1970”. O professor é a
professora Dra. Lourdes Madalena Gazarini Conde Feitosa.
Os
senhores não estão satisfeitos? Temos mais. Eu trouxe aqui, eu tentei separar,
são dezenas. Mas eu separei aqui as melhores, para você saber, cidadão
paulista, o que está sendo gasto com o seu dinheiro, porque o dinheiro que é
pago, é claro, pelos seus impostos, vai para a universidade de São Paulo, vai
para a Unesp, vai para dezenas de universidades espalhadas Brasil afora.
Preste
atenção. Título dessa outra tese de Mestrado: “Educação de Líderes em
Diversidade”. Agora não temos mais apenas a questão da ideologia de gênero em
si. Também existem líderes da ideologia de gênero, que precisam ser ensinados
pela rede pública, para conseguir aplicar essa ideologia nojenta nas salas de
aula. “Identidade, gênero e modos de existência”. Também há modos de
existência. Quer dizer, então, que a pessoa não existe de forma comum.
Eu
estou vendo aqui, deputado Castello Branco, estou vendo os outros deputados.
Vocês existem, mas a pessoa que, por acaso, segue essa ideologia, ela existe de
uma forma diferente.
Os
senhores não estão satisfeitos? Ainda temos mais aqui. Eu trouxe, porque eu
preciso falar. É um absurdo o que está acontecendo hoje em dia nas escolas
públicas e também nas universidades. Olhem só que absurdo esta tese de
mestrando na Unesp: “O baque mulher batucando o empoderamento feminino com a
tradição sociocultural do maracatu de Recife a Ribeirão Preto”. O orientador é,
não sei nem se é professora ou professor, mas aqui está Professora Dra. Paulo
Rennes Marçal Ribeiro.
Senhores,
é para isso que está sendo pago o dinheiro dos impostos do cidadão paulista,
para essa porcaria aqui, que acabei de falar para vocês. Eu peço, pelo amor de
Deus, ao reitor da Unesp, nós precisamos veicular o dinheiro que é gasto, do
Orçamento do Estado, para a Educação, para aquilo que realmente vai trazer algo
de concreto para a população.
E
isso que está acontecendo na cidade de Américo Brasiliense pode esperar, porque
eu vou visitar essa escola, vou conversar com o diretor, porque não é possível
que os nossos estudantes sejam obrigados a ter aula de ideologia de gênero. Não
passou no Plano Nacional de Educação, não passou no Plano Estadual de Educação,
muito menos municipal, em qualquer cidade que seja.
E
aí eles acham que têm liberdade total para poder descer essa ideologia goela
abaixo das crianças, dos adolescentes do estado de São Paulo. É um absurdo. Eu
não sei qual deles é o mais absurdo, se é o fato de nós termos que utilizar da
audiência cativa dos estudantes para querer descer a ideologia de gênero, ou as
universidades cederem espaço de pós-graduação em curso de educação sexual.
Estão
pegando os tratados que o Brasil assinou, parece que está com os olhos
vendados, não sabe ler a lei. O Brasil é signatário de um tratado que diz que a
Educação moral dos filhos precisa respeitar aquilo em que acreditam os pais. Se
o Brasil é signatário desse tratado, quando nós falamos da questão sexual, isso
abrange também muitas questões morais. Portanto, os professores não têm
autoridade para querer falar sobre orientação sexual na sala de aula, para um
filho de quem quer que seja.
Ah,
deputado, como o senhor é homofóbico! Homofóbico, logo eu? Podem ficar
extremamente tranquilos, porque eu sou o extremo oposto de homofóbico.
Acontece que
gay nenhum, ou hétero nenhum, consegue ler um absurdo desses e achar algo
normal, achar algo comum. Porque não é. Vocês não podem utilizar a audiência
cativa dos filhos dos outros para querer descer ideologia de gênero, meu Deus
do Céu. Quantas vezes vou ter que dizer isso nesta tribuna? O governador do
Estado de São Paulo teve a atitude nobre de mandar recolher esse material das
apostilas. Infelizmente, o Tribunal de Justiça mandou devolver.
Porém, esta
Assembleia precisa legislar no sentido de proibir qualquer tipo de ação que
envolva a orientação sexual de estudantes nas escolas públicas do Estado. Tem
que vir da Assembleia Legislativa, chancelando as ações do Poder Executivo.
Precisamos da
retaguarda jurídica na proteção – repito, proteção – às nossas crianças porque,
infelizmente, estão sendo atacadas todo santo dia na sala de aula. Também quero
exigir que o Ministério Público tome uma ação, principalmente a Promotoria da
Infância e da Juventude, porque isso sim é caso de abuso infantil.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE – GIL DINIZ – PSL – Chamamos agora
para o uso da palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.)
Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputada
Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL –
SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente, Sr. Deputado Gil Diniz; deputados e
deputadas presentes; público aqui presente também; telespectadores da TV
Assembleia, boa tarde.
Eu queria
tratar hoje basicamente de três temas, Sr. Presidente. Os dois primeiros,
relacionados à questão da Prefeitura de São Paulo. Primeiramente, quero
comentar e ao mesmo tempo manifestar a minha total indignação com um projeto de
lei que foi aprovado há alguns dias
atrás, na Câmara Municipal.
É um projeto de
lei encaminhado pelo Poder Executivo, pelo prefeito Bruno Covas, vendendo áreas
públicas, vendendo 41 terrenos da Prefeitura de São Paulo. Privatizando, na
verdade, esses terrenos. Em alguns desses terrenos, temos escolas públicas,
escolas municipais.
Isso, na
prática, representa o seguinte: que o prefeito do PSDB, o prefeito Bruno Covas,
está levando às últimas consequências a privataria tucana na cidade de São
Paulo, que já vem desde Fernando Henrique como presidente, passando pelos
governos de Mario Covas, de Geraldo Alckmin, de José Serra, e agora de Doria.
Mas nunca vi uma coisa dessa. Isso é muito grave, além de ser um crime, um
crime gravíssimo. O prefeito Bruno Covas está vendendo escolas públicas da rede
municipal.
Em pelo menos
dois desses terrenos temos escolas. Uma escola, aqui no centro da cidade, na
rua da Consolação, a EMEI – uma escola de Educação infantil – a EMEI Gabriel
Prestes. Essa escola, pelo projeto de lei, será vendida. Imagine, vender uma
escola pública da rede municipal? O prefeito vende escolas. Essa escola será
vendida porque o projeto foi aprovado incluindo essa escola na venda.
Uma outra
escola, que fica na região da Vila Olímpia - inclusive, conheço as duas
escolas. A escola que fica na Vila Olímpia é uma EMEF, escola de ensino
fundamental - atende 600 alunos. Essa escola, pelo projeto aprovado na Câmara
Municipal, também será vendida. É a EMEF Maria Antonieta d’Alckmin. Fica na rua
do Ator, perto da Faculdade Anhembi-Morumbi.
Agora, ambas as
escolas ficam em áreas de alta especulação imobiliária. Então, já estamos
deduzindo o seguinte: que essas escolas serão vendidas, serão destruídas e os
terrenos serão vendidos para empreiteiras construírem condomínios de luxo,
shoppings de luxo, porque é Consolação e Vila Olímpia. Ou seja, é o prefeito
atendendo aos interesses da especulação imobiliária. Mas isso é um crime.
Os
poucos vereadores que votaram contra já tomaram providências. A primeira
providência tomada foi a do vereador Celso Giannazi, do PSOL, que apresentou
imediatamente uma representação ao Ministério Público Estadual. E o MP já
entrou com uma ação na Justiça para inviabilizar, para barrar essa criminosa
venda de escolas públicas. Então, queria fazer esse registro. Nós estamos
acompanhando o trâmite da ação, todo esse processo, porque é um absurdo total.
E
o segundo tema que eu gostaria de abordar, ainda em relação à cidade de São
Paulo, Sr. Presidente, é sobre praticamente o cancelamento das Olimpíadas
Estudantis da prefeitura de São Paulo. Nós temos duas leis estabelecendo essa
atividade ligada ao esporte, mas que é uma atividade relacionada à rede
municipal de ensino, que envolve milhares de alunos.
Há
10 anos, existe esse programa chamado Olimpíadas Estudantis e InterCeus, que é
a competição esportiva anual dos Ceus. É um processo importante elaborado pela
rede municipal de ensino, envolvendo todas as escolas, os Ceus. Há toda uma
preparação, durante o ano, dos alunos participantes desses dois projetos, só
que agora, estranhamente, já no final do ano, a prefeitura não viabilizou o
projeto.
Inclusive,
esses dois projetos são instituídos por lei. Leis que foram aprovadas na Câmara
Municipal. Foram liberados os recursos no orçamento, mas a prefeitura está
cometendo improbidade administrativa. Eu me refiro, aqui, a duas leis: Lei no
15.993, de 2014, que instituiu as Olimpíadas Estudantis; e Lei no
16.807, de 2018, que instituiu o InterCeus, que é essa competição esportiva dos
Ceus da cidade de São Paulo. Ambas as leis são, logicamente, municipais. E
estão sendo afrontadas pela prefeitura.
Os
professores e as professoras de educação física, que participam, que organizam
esses jogos e essas competições, estão revoltados, e com razão. Decepcionados
com a omissão, com o descaso, com a irresponsabilidade da prefeitura em relação
ao abandono do projeto. Porque as crianças se preparam durante todo o ano, Sr.
Presidente, deputado Gil Diniz. Já pensou se o filho de V. Exa. se prepara para
uma competição... E são várias áreas de competição. E aí, o seu filho, no final
do ano... “Não vai mais ter competição”. Isso gera uma frustração nas nossas
crianças, sem precedentes.
Então,
eu faço aqui um apelo à Secretaria Municipal de Educação e ao prefeito Bruno
Covas, para que viabilizem o projeto. Na verdade, respeitando a lei. É lei. A
Lei no 15.993, de 2014, e a Lei no 16.807, de 2018. Não é
nenhum favor; é viabilizar o projeto, que já é feito há mais de 10 anos na
cidade de São Paulo. Isso está criando uma crise, uma frustração sem
precedentes nos nossos alunos.
Por
isso, nós estamos já... Porque não há diálogo com o governo municipal. Os
professores já foram à Secretaria da Educação, e nada foi resolvido, então nós
estamos nos associando a essa luta e acionando o Ministério Público Estadual e
o Tribunal de Contas do Município, para que providências sejam tomadas. Nós só
queremos o básico: o cumprimento das duas leis. Já tem o orçamento aprovado;
está tudo certo. Só depende da vontade da prefeitura de São Paulo.
E
por fim, Sr. Presidente, deputado Gil Diniz, eu não posso deixar de manifestar,
mais uma vez, a nossa indignação, a nossa revolta e a nossa preocupação com a
aprovação da reforma da Previdência, a antirreforma da Previdência, que
representa, na prática, o fim da aposentadoria no Brasil. As mulheres foram as mais
atacadas por essa reforma. E é a reforma do Paulo Guedes, que se inspira no
Chile. Se inspirou na reforma chilena de previdência.
E o Chile está em chamas. A população lá está
lutando contra o estado mínimo, contra o neoliberalismo. E uma das principais
pautas das manifestações do Chile, que já obrigou o presidente a mudar, o
presidente do Chile já está reconhecendo a perversidade do modelo de
previdência do Chile que agora está sendo implantado no Brasil. O próprio
presidente, por força da grande mobilização, já está voltando atrás.
E
disse que vai apresentar mudanças na lei da previdência chilena, porque é um
projeto desumano esse projeto de previdência. E o Paulo Guedes copiou porque
ele ajudou a implantar o projeto chileno na época da ditadura militar. E agora
trouxe para o Brasil e foi aprovado pelo Senado o projeto. Um verdadeiro
absurdo, um retrocesso para o Brasil.
Mas eu tenho certeza de que os ventos que
estão soprando hoje na América Latina, no Equador, em Honduras, no México,
agora no Uruguai, na Argentina e no Chile eles chegarão com muita força no
Brasil, porque o povo não aguenta mais a retirada de direitos trabalhistas,
sociais e previdenciários. Estão desmontando o Brasil.
O desmonte começa com o governo Temer, com
essas reformas todas, reformas da previdência, a emenda 95 que congelou os
investimentos nas áreas sociais por 20 anos, lei da terceirização e agora, o
que faltava, a Reforma da Previdência que, na prática, acaba com a previdência
no Brasil, prejudicando todos os trabalhadores e trabalhadoras. Hoje, no
Brasil, ninguém vai se aposentar sem contribuir com 40 anos de contribuição.
Quarenta anos de contribuição, um homem com 65 anos. É um projeto criminoso
esse. O povo brasileiro perdeu, na prática, o direito à aposentadoria.
Temos que reagir. Temos que ir às ruas e se
espelhar nos exemplos que estão ocorrendo na Espanha, no Líbano, no Equador, no
Chile, no Haiti, em Honduras porque estão desmontando os direitos trabalhistas
e sociais. Era isso, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Seguindo
a lista dos oradores, gostaria de chamar o nobre deputado Luiz Fernando Lula da
Silva. (Pausa.) Nobre deputado Sargento Neri.
A SRA.
JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Quando V. Exa. chamar
o próximo, eu posso fazer uma comunicação?
O SR.
PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL – Sim, senhora. Deixa só chamar os
deputados inscritos. Nobre deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputada Carla
Morando. (Pausa.) Deputado Emidio Lula
da Silva. (Pausa.) Deputada Beth Lula Sahão. (Pausa.) Deputado Vinícius
Camarinha. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Enquanto o deputado se encaminha para
a tribuna, tem a palavra a deputada para uma comunicação.
E
o projeto não diz nada disso. Algumas pessoas, inclusive, estão alardeando que
nós estaríamos, eu, a deputada Valeria e a deputada Leticia Aguiar, proibindo
que homens trabalhem nas creches. Isso simplesmente não existe. O projeto é
muito claro e diz que os homens seguirão trabalhando nas creches em atividades
pedagógicas, esportivas, de organização. A única restrição que é feita no
projeto é com relação às atividades de limpeza, de banho, de troca de fraudas,
de troca de roupa das crianças exclusivamente. E aí faz também esclarecimento
de que nós solicitamos a V. Exa. que assinasse o pedido de urgência porque V.
Exa. é o líder da bancada, não é?
Claro
que eu espero que V. Exa. apoie o projeto das três mulheres da bancada do PSL.
Mas, independentemente disso, por questão de transparência, foi um pedido por
força das regras da Casa. Quero deixar muito claro que ninguém está fazendo
juízo de valor, antecipação de culpa de quem quer que seja. Sabemos que,
infelizmente, há mulheres que praticam abusos físicos, psicológicos, e até
sexuais.
Mas, parece um dever
desta Casa garantir tranquilidade às famílias que não estão seguras ao entregar
as crianças para que homens exerçam estas atividades, apenas estas. Seguirão
sendo professores, seguirão sendo auxiliares; mas, nessas horas do banho,
mesmo, da troca seriam profissionais exclusivamente do sexo feminino.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL – Obrigado,
deputada. Com a palavra o nobre deputado Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PP
– Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha da
tribuna da Assembleia, eu estava acompanhando os debates. Há 32 anos nesta
Casa, a gente aguarda e fica pensando.
Sr. Presidente,
Srs. Deputados, eu enfrentei aqui nesta tribuna, politicamente falando, em 87,
José Dirceu, Clara Ant, que até hoje é assessora braço direito do Lula, Luíza
Erundina, Thelma de Souza, Roberto Gouvêa, e outros, que até esqueço o nome
agora, do PT.
E, até
enfrentamos o PT desde aquela época porque, naquela época, já o PT nos colocava
de direita, e, acompanhando o Paulo Maluf, é lógico, nós o enfrentamos nas ruas
e aqui também.
Então, eu
estava acompanhando alguns discursos, e até estava junto conosco aqui, na
segurança nossa, o investigador Maurício, que tem um estande de tiros. E, nesse
estande de tiros do Maurício eu fazia uns treinamentos no ano de eleição, no
dia em que o Jair Bolsonaro foi esfaqueado.
Estávamos eu e
o Maurício treinando nesse dia. Ele saiu daqui agora, mas é testemunha disso.
E, nós ficamos, realmente, muito aflitos com o que havia acontecido, até em ver
que um homem que é candidato a presidente da República, tendo segurança de 20
policiais federais, e como um cara xarope vai lá e esfaqueia o cara.
E não é só de
segurança, não. Nós trabalhamos com isso. Fiz a segurança até do papa aqui.
Então, realmente, ficamos bastante apreensivos aquele dia, pela situação que o
presidente passou.
E, dali nós
saímos, até, nós estávamos em campanha. E, vi muita gente realmente se eleger
por causa do Jair Bolsonaro, que foi 28 anos deputado, e em muitos desses anos
no meu partido, PP, que não o quis como candidato a presidente da República.
Não o quis, senão o PP teria um presidente da República.
Mas, não. Ele
saiu sozinho contra o PT, contra a Globo, contra a “Folha”, contra todo mundo,
e ganhou a eleição. Goste ou não goste, o Jair Bolsonaro ganhou a eleição. E,
elegeu um monte de gente.
Eu acho que ele
só não elegeu, no meu modo de ver, a deputada Janaina. O resto, ele elegeu,
porque o próprio filho dele, Eduardo, na última eleição teve setenta, oitenta,
mil votos.
Se ele teve um
milhão e oitocentos mil votos, agora, foi por causa do Bolsonaro. Como um monte
de gente se elegeu com Bolsonaro. E as pessoas agora vão para a imprensa, do
próprio partido, chamando o presidente de vagabundo.
Isso leva, lógico,
o Paulo Fiorilo, do PT, a aproveitar isso. Se o PSL está se matando entre eles,
é óbvio, se acaba enfraquecendo o candidato a presidente da República.
E, nós queremos
que o Jair Bolsonaro faça um bom governo, pelo bem do Brasil. Seja lá quem for,
pelo bem do Brasil. Como o Lula foi um bom presidente da República. Se não, ele
não teria sido reeleito. Talvez ele errou quando elegeu a Dilma, que nunca foi
nem vereadora, nem deputada.
E eu volto a
repetir: todo mundo que elegeu quem nunca foi vereador e nunca foi deputado,
Gil Diniz, se ferrou. Todo aquele que escolheu na vida política entrar, veio
nisso, né? Quer lembrar? O Jânio Quadros, olha, fui lá embaixo, Carvalho Pinto,
o Quércia, quando escolheu Fleury, e gritou aqui, eu era deputado: “Fali o Banespa,
mas elegi o Fleury”. Nunca mais se elegeu a nada o coitado do Quércia.
Maluf, quando
elegeu o Celso Pitta, com 90% de aprovação como prefeito, como o Maluf falou
para mim: “Olha, Conte”. Eu falei: “Doutor, fala com o cara, meu, vai lá falar
com o cara. O cara quer...”
“Conte, não
adianta. Depois que um cara se elegeu, e ele vai entrar num elevador e o PM faz
continência para ele, ele acha que os votos são dele e que ele é o bom mesmo,
não adianta. Pode falar o que quiser, que ninguém ouve a gente.”
E, daí para
frente veio isso. E foi quando o Lula elegeu a Dilma.
A Dilma tinha
40 ministérios, 40! Não conseguiu 40 votos para não ser cassada. Precisava de
40 votos. Então, não faz política nenhuma. O Haddad também foi a mesma coisa na
Prefeitura de São Paulo. À época eu estava no PTB, a gente apoiava o Haddad,
porque tinha uma Secretaria a dispor, não falava com ninguém, atendia um ou
dois assessores dele lá.
Vi até o nosso
presidente, à época, brigar muito com ele, do PT, que hoje é deputado conosco aqui,
mas não atendia ninguém, não atendia, não ouvia. Da mesma forma como tiraram o
último candidato aí do bolso do colete, amigo do Frederico, eu falo sempre, o
Sr. Geraldo Alckmin, e deu no que deu.
Mas, então, a
gente vai levando isso aí. Agora, eu acho um erro total as pessoas que
dependeram do Jair Bolsonaro, xingando o presidente de vagabundo, “eu vou
derrubar”. Quando o próprio partido não consegue se unir, aí fica fácil para a
oposição, não é verdade? Aí fica fácil para a oposição.
Então, enquanto
o outro põe lá o nome do próprio Lula no nome e batalha pelo Lula, nós estamos
brigando... Nós, não, o PSL. Eu apoiei o Bolsonaro. Apoiei na campanha, porque
não iria apoiar o Geraldo Alckmin, porque
na polícia, se você levar o nome dele, você não tem um voto, porque ele
conseguiu o que ele conseguiu. E eu falei para ele várias vezes.
Não quis saber?
Problema dele, em relação à Segurança Pública. Eu estive com o Bolsonaro, numa
formatura aqui, 15 dias atrás, e ele disse: “Conte, elegi um monte de gente que
está me ferrando.” Falasse antes comigo, eu falava, porque realmente há umas
figuras aí que pelo amor de Nossa Senhora Aparecida. Não dá para acreditar,
não. O cara esfaqueia as costas da gente e joga no chão.
Então, cada um
conta uma história. Eu espero que, realmente, as coisas mudem, nesse sentido,
de um apoio ao presidente da República, porque senão vamos de mal a pior. Eu me
refiro às vezes até, que o próprio Bolsonaro falou do Vale da Ribeira, a morte
do Mendes Júnior, e cada um conta uma história da morte do Mendes Júnior, até
os terroristas estão dando agora que mataram o Mendes Júnior, têm declarações
deles em livros, jornais, o que matou, o que atacou, o que matou covardemente,
e o pessoal nosso não fala nada, fica ouvindo o outro falar, ou então espera o
superior hierárquico falar. Aí o superior hierárquico fala e é aquilo que
consta.
Eu acho que
alguma coisa está errada em tudo isso aí, por isso fiz questão de vir aqui,
porque vi o Frederico reclamando; o Gil Diniz, do Barba; o Barba, do PT, que
pediu a cassação. Está lá o Maurício. Verdade, Maurício? Estamos aí, obrigado.
Estávamos juntos exercitando tiro lá, porque temos que exercitar, senão os
caras matam a gente.
Não que não
matem; podem matar a qualquer hora, mas pelo menos você tem que tentar se
defender na vida, porque os bandidos andam de fuzil, canhão, metralhadora, têm
tudo o que bem entender. Só nós que não podemos ter nada. Os caras têm tudo. De
dois em dois anos, Maurício, eu tenho que fazer exame psicotécnico para poder
ter uma arma de fogo. O bandido, não; ele pode comprar um fuzil ao preço que
ele quiser, e os caras batem palma ainda. Mas é isso aí, é a vida.
Então, do
Frederico, o deputado Gil Diniz falava do Barba. O deputado Barba está certo. É
do PT, contra o PSL. Está certo ele. O duro é quem apoia o governo, do lado do
Frederico e votou contra. Até gente do PSDB, que o Frederico ajudou tanto o
Geraldo Alckmin nas campanhas políticas até com aviões para levar para lá e
para cá. E no fim as pessoas vão lá e votam para a cassação do Frederico. Isso
é normal, para o PT até que é normal. Tudo bem, é a política.
Agora, o
pessoal do nosso time ir lá e votar contra, aí é duro mesmo. Estão do lado de
quem então? Porque se você não tem apoio nem de quem é teu amigo, que está do
teu lado, vai ter do adversário? Não vai ter nunca. Não é verdade? Lógico, não
resta a menor dúvida. Então, Frederico, não fique triste com o Barba, não. O
Barba fez a parte dele, como petista, como oposição.
Agora, o duro
são os outros que foram lá e aceitaram o que ele falou e pediu sua cassação,
pessoas que são suas amigas, que andavam com você nas reuniões do PSDB. Nas
reuniões do PSDB, vocês entraram todos juntos. Aí vai lá e vota. “vamos cassar
ele aí”.
É isso aí que
dói. É o que deve estar doendo, como me falou o presidente Jair Bolsonaro
quando aqui esteve. “Fui eleger esse velho aí e olha o que deu para mim”.
Então, na verdade, é isso. Vamos abaixar um pouco a bola todo mundo. Vamos
abaixar um pouco a bola pelo bem do Brasil até.
Pelo bem do
Brasil, porque eu acho que o povo brasileiro tem vontade de crescer, de se
desenvolver, de melhorar. Nós não vamos ficar a vida inteira brigando por sexo,
não sei o que de gay. No meu tempo, tinha tudo isso aí, nobre deputada Janaina,
tudo que eles falam aqui hoje em dia, mas todo mundo se dava bem.
É diferente de
hoje, um não gosta do outro. O gay não gosta da lésbica, a lésbica não gosta do
outro, o outro é o trans não sei o que lá. É uma confusão desgraçada, e ninguém
entende mais nada. A gente está ficando velho, e não entende mais nada.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL -
Encerrado o Grande Expediente.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
Pela ordem, Sr. Presidente.
Cumprimentando o deputado Conte Lopes por suas sábias palavras, havendo acordo
de lideranças, eu peço o levantamento da presente sessão, Excelência.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL -
Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia. Lembramos ainda da sessão solene a realizar-se
amanhã, às 10 horas, com a finalidade de comemorar os 25 anos da Associação dos
Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo.
Está levantada
a sessão.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 16 horas e 35 minutos.
*
* *