14 DE OUTUBRO DE 2019
124ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e LECI BRANDÃO
Secretaria: LECI BRANDÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - LECI BRANDÃO
Comenta a canonização de Irmã Dulce, pelo Vaticano, ontem.
Manifesta respeito pela diversidade religiosa. Discorre acerca do trabalho da
santa, na Bahia. Lista e parabeniza advogados que fazem parte do Projeto
Aliança, em defesa de lideranças de projetos de moradia. Clama pela não
criminalização de movimentos sociais. Critica tentativas de censura.
3 - CORONEL NISHIKAWA
Informa visita de Itamar Oliveira, assessor de Sílvio Santos,
para tratar do Teleton, nesta Casa. Comenta visita a Tapiraí, na sexta-feira.
Lamenta condições da rodovia de acesso à cidade. Tece considerações sobre o
profissionalismo da Rota. Apoia tenente da corporação, acusado de envolvimento
com Bitcoin. Defende a coibição de trotes. Pleiteia a valorização salarial da
categoria. Comenta projeto, de sua autoria, sobre reaproveitamento de policiais
militares aposentados, em atividades administrativas.
4 - LECI BRANDÃO
Assume a Presidência.
5 - CORONEL TELHADA
Parabeniza o bairro Lapa pelos 429 anos, comemorado em 12/10.
Lista e parabeniza municípios paulistas aniversariantes. Lamenta o falecimento
do sargento Orlando Moreira, assassinado em farmácia, em Santa Catarina. Exibe
foto e comenta inauguração, em Pirituba, de Upa 24 Horas. Agradece ao Dr.
Renato Tardelli e ao secretário estadual de Saúde. Exibe vídeo a revelar
invasão de domicílio e legítima defesa, com arma.
6 - JANAINA PASCHOAL
Lê e rechaça carta da Associação de Familiares de
Transgêneros contra o PL 346/19. Afirma que o teor expresso estimula o uso de
hormônios por crianças e adolescentes. Argumenta que a medida favorece o risco
de trombose e ataque cardíaco. Assevera que a carta reforçou seu posicionamento
acerca do tema.
7 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, comenta matéria do jornal "O
Globo" sobre sua eventual expulsão do PSL, por ser leal ao presidente Jair
Bolsonaro.
8 - MAJOR MECCA
Informa que presenciara formatura de 698 sargentos, no
Anhembi, na sexta-feira. Exibe vídeo de promessas de campanha do governador
João Doria. Assevera que o não cumprimento é o motivo das vaias recebidas pela
autoridade, no citado evento. Lista e comenta promessas não levadas a efeito
pelo governo estadual. Lembra manifestação realizada no dia 27/09, na Praça da
Sé, em defesa de policiais militares. Defende reajuste salarial de 24,26% ao
ano, inclusive para veteranos e pensionistas.
9 - GIL DINIZ
Comenta visita a Aparecida, para celebração do Dia de Nossa
Senhora da Conceição Aparecida. Informa que o presidente Jair Bolsonaro
visitara a AACD, no sábado. Assevera que crianças se sentiram emocionadas com a
presença da autoridade. Faz coro ao pronunciamento do deputado Major Mecca.
Afirma que vaias ao governador João Doria não foram incentivadas por
parlamentares. Acrescenta que a autoridade somente fora ao evento em razão da
confirmação da presença do presidente Jair Bolsonaro. Indaga como será cumprida
promessa de campanha de valorização salarial de policiais militares.
10 - ALTAIR MORAES
Faz coro ao pronunciamento da deputada Janaina Paschoal.
Mostra-se preocupado com tratamentos hormonais de crianças. Critica artigo
sobre estudo comportamental de quatro atletas transgênero no esporte. Tece
considerações a respeito de diferenças biológicas entre homens e mulheres.
Justifica o motivo pelo qual o exercício em barras assimétricas somente admite
mulheres, em sua prática. Assevera tratar-se de uma questão de justiça e não de
preconceito. Conclui que mulheres feministas devem defender mulheres, nesta
tribuna.
11 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, corrobora o pronunciamento do deputado
Altair Moraes.
12 - CARLOS GIANNAZI
Afirma que amanhã deve ser comemorado o Dia do Professor.
Homenageia a categoria. Coloca-se contra medidas que afrontam o magistério,
como a censura, por exemplo, via Escola sem Partido. Critica a reforma da
Previdência. Manifesta-se contra a militarização de escolas e o ensino
domiciliar. Defende reajuste salarial para a categoria. Lamenta política de
desoneração fiscal em benefício de setores econômicos. Lembra aprovação de
projeto que reduz o ICMS do querosene da aviação, em prol do setor. Clama pelo
cumprimento do piso nacional salarial da Educação.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - JANAINA PASCHOAL
Discorre sobre projeto de lei, que será protocolizado pela
deputada nesta semana, para que as atividades mais íntimas, relativas a
crianças da primeira infância, seja restrita a profissionais do sexo feminino.
Esclarece que o Ensino Infantil não é mais um ambiente somente para cuidados,
mas também para educação. Ressalta que o homem pode participar de atividades
pedagógicas, ficando impedido somente de atuar nas áreas relacionadas no
projeto. Lê as atividades destacadas em seu projeto. Afirma não ser um projeto
preconceituoso. Menciona que crianças na primeira fase ainda não falam ou tem
dificuldade de se expressar. Destaca que o projeto tem como objetivo proteger a
criança nesta primeira etapa, assim como garantir a segurança do próprio
profissional, trazendo tranquilidade para as famílias. Relata que estas
atividades íntimas podem gerar mal-entendidos e abusos. Convida todos os que
quiserem contribuir ou se manifestarem a favor ou contra o projeto, que enviem
e-mail à deputada ainda esta semana.
14 - CARLOS GIANNAZI
Informa que foi iniciado o processo para apresentação de
emendas à Lei Orçamentária, protocolada nesta Casa no dia 30/09. Afirma que seu
mandato já apresentou diversas emendas, solicitadas por setores da sociedade.
Considera o Orçamento antissocial por não contemplar as reivindicações da
sociedade paulista. Lamenta os cortes no Orçamento nas áreas de Assistência
Social, impactando projetos como o Bom Prato, Vivaleite e Renda Cidadã. Critica
os cortes na área de atendimentos a idosos, crianças e adolescentes, além do
Transporte Público e Cultura. Comenta a falta de investimento no Iamspe e na
Educação. Menciona portaria, da Secretaria da Educação, que de acordo com o
deputado, ataca o Magistério estadual. Cita projeto de decreto legislativo, de
sua autoria, para revogar e anular a Portaria nº 6/19.
15 - FREDERICO D'AVILA
Cumprimenta os professores pela data, a ser comemorada
amanhã. Comenta post, publicado pela deputada Leticia Aguiar, sobre a visita do
presidente Jair Bolsonaro à Basílica de Aparecida. Critica o pronunciamento do
bispo de Aparecida a respeito do combate ao tradicionalismo. Lembra o
aniversário, ontem, da ex-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher, que trouxe
para a Inglaterra pujança econômica durante o seu governo e os seguintes.
Lembra as dificuldades encontradas em seus primeiros anos de mandato e os
atentados sofridos. Lamenta a publicação de matéria, pelo site Metrópoles,
criticando a agremiação religiosa Arautos do Evangelho. Elogia o trabalho
social e a disciplina rígida realizado pela agremiação. Enaltece a atuação da
instituição Opus Dei, pela realização de trabalho social religioso no mundo
laico. Esclarece que todas as linhagens com bons trabalhos sociais e religiosos
devem ser reconhecidos e enaltecidos. Parabeniza o deputado Gil Diniz por
representar a bancada do PSL em Aparecida.
16 - GIL DINIZ
Pelo art. 82, relata sua visita, hoje pela manhã, ao Canil da
Polícia Militar. Discorre sobre a preocupação dos criadores de cães no estado
de São Paulo. Esclarece que esta Casa busca o melhor para os animais. Cita sua
visita à um canil em Valinhos, no qual teve demonstrações do faro apurado,
possibilitando a detecção de explosivos e drogas por cachorros treinados por
eles. Agradece o coronel Cássio, responsável pelo Canil da PM, pelo brilhante
trabalho. Elogia a criação do 5º Batalhão de Policiamento de Choque - Canil.
Parabeniza o governador João Doria pelo interesse do governo estadual em
ampliar o Canil da Polícia Militar.
17 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, tece comentários sobre o Canil da Polícia
Militar.
18 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, registra a presença de Miguel Nagib,
fundador do Projeto Escola sem Partido. Destaca a importância deste projeto
para a melhoria da Educação no Estado. Agradece todos aqueles que acreditam em
escolas sem doutrinação. Informa que Miguel Nagib participará, hoje, de um
debate sobre o projeto na Faculdade de Direito da USP - Largo São Francisco.
19 - GIL DINIZ
Para comunicação, saúda Miguel Nagib. Parabeniza o mesmo por
aceitar o debate na Faculdade de Direito da USP - Largo São Francisco.
Parabeniza Miguel Nagib pelo seu trabalho. Cumprimenta soldado da Polícia
Militar, com quem estudou, no plenário.
20 - TENENTE NASCIMENTO
Parabeniza e agradece o presidente Jair Bolsonaro pela
participação em evento de formatura de sargentos. Informa serem os sargentos os
elos entre as tropas e o comando. Considera um privilégio a presença de Jair
Bolsonaro nesta grande festa, que pela primeira vez teve a participação de um
presidente comemorando juntamente com os familiares. Afirma que a unidade
receberá mais 750 novos alunos. Exibe vídeo do evento. Cita queda dos números
da Segurança Pública, que considera como resultado das ações efetivas do
governo Bolsonaro. Diz ter apresentado uma moção ao pacote anticrime,
apresentado pelo ministro Sergio Moro, com o objetivo de aumentar a eficácia no
combate ao crime organizado e à corrupção. Exibe propaganda do pacote
anticrime. Lista pontos apresentados neste projeto. Considera que a lei tem que
estar acima da impunidade.
21 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
22 - LECI BRANDÃO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número assinaturas de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para ler a resenha do
expediente.
A SRA. LECI
BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, temos aqui indicação do nobre deputado Cezar determinando
aos órgãos competentes a elaboração de estudos e adoção de providências visando
à liberação de recursos para investimento em infraestrutura no município de
Itapevi.
Também, indicação do nobre deputado Rafa Zimbaldi
solicitando a liberação de recursos financeiros a serem destinados à
infraestrutura urbana no município de Apiaí. Está lida a resenha, Sr.
Presidente.
O SR.
PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada.
Pequeno expediente, oradores inscritos. O primeiro
deputado é o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada - eu farei uso posteriormente
da palavra. (Na Presidência.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Tenente
Nascimento. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputada Leci Brandão,
V. Exa. tem o tempo regimental.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente Coronel Telhada, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, assessores desta Casa, público que nos assiste pela
nossa TV Alesp, ontem, o Papa Francisco realizou lá na Praça de São Pedro, no
Vaticano, o rito de canonização de Irmã Dulce, que agora passa a ser chamada de
Santa Dulce dos Pobres.
Conhecida
popularmente como “Anjo Bom da Bahia”, Irmã Dulce foi uma das religiosas mais
populares do Brasil e a primeira santa brasileira - e a gente está precisando
mesmo de proteção, de bênçãos de santas e santos para ver se a gente vive um
pouco melhor e em paz.
Eu sempre
venho a esta tribuna para falar do quanto eu respeito a diversidade, a
religiosidade de cada um e de todos, porque é uma coisa muito importante.
Eu falo muito
das religiões de matriz africana, que são o maior alvo de racismo religioso em
nosso País, mas eu não posso deixar de registrar esse fato tão importante em
relação à Santa Dulce, pois ela foi uma mulher que operou muitos milagres,
respeitava a diversidade do povo da Bahia e do povo do Brasil.
Ela respeitava
as pessoas e pregava não apenas a solidariedade e o amor, mas principalmente a
justiça social. Eu tive a oportunidade de ir a Salvador inúmeras vezes. E sei
da importância das ações de Irmã Dulce.
Ela transformou
um galinheiro no maior hospital da Bahia, com mais de mil leitos. Ela foi
canonizada um dia após o Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças.
Acredito que não por acaso, pois ela fez muitas coisas pelas crianças da Bahia
e foi um exemplo para a ação de outras pessoas pelo Brasil afora e pelo mundo.
Fez escolas e
orfanatos, mudou a vida de muitas crianças abandonadas pela sociedade e pelo
estado. Olhou também pelos idosos. Amparou e assistiu aqueles que não tinham
mais nada. Para quem as portas eram fechadas, a Irmã Dulce recolhia as pessoas.
Sua santidade certamente está no tanto que ela teve de humanidade.
Também quero
aproveitar para parabenizar alguns advogados: Aline Andrade, Beto Vasconcelos,
Augusto Arruda Botelho, Tiago Rocha, Bia Paolo Bottini e Teo Dias, que fazem
parte do Projeto Aliança. O pessoal do Partido dos Trabalhadores deve saber
exatamente de quem a gente está falando.
Foram
responsáveis pela conquista da liberdade da Preta Ferreira; da mãe dela, Carmen
Silva; e de outras lideranças do movimento de moradia de São Paulo, que estavam
presos de forma arbitraria há mais de 100 dias. Tive a oportunidade de fazer
uma visita à Preta, e à Edinalva também. Falei para elas que a gente tinha que
ter fé, que elas tinham que ter esperança na ação e na capacidade dos
advogados, que elas certamente iam ter a liberdade.
Graças a Deus,
aconteceu. Não podemos permitir a criminalização dos movimentos sociais, que é
uma coisa que vem acontecendo nos últimos tempos.
Também, a gente
tem que falar da questão da censura à cultura. Censura à cultura, isso é um
horror.
Porque a gente
que pertence à Cultura e sabe exatamente o quanto a sociedade precisa de
Cultura e precisa de Educação, não pode aceitar que haja tanta censura e tanto
retrocesso em relação a peças teatrais, em relação à declaração de artistas, em
relação à não assinatura de prêmios que os nossos artistas recebem. Tudo isso
nos causa uma grande indignação. Esta fala não é uma fala proposital contra
partido político ou quem quer que seja. É uma fala para que haja liberdade e
democracia no nosso País.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado é o deputado Frederico d’Avila.
(Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)
Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Pela lista suplementar, Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Está aí? Deputado
Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Coronel
Nishikawa. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos: Sr. Presidente, assessorias, pessoal da
plateia.
Nesta tarde
estamos recebendo a visita do Itamar Oliveira. Ele é assessor especial do
empresário Silvio Santos. Ele veio falar sobre o Teleton. Vai ser nos dias 25 e
26, para poder arrecadar fundos para a AACD. Todo fundo que é arrecadado passa
diretamente para a instituição AACD. Por favor, Itamar. O Itamar Oliveira, aqui
presente, veio falar para nós sobre esse evento que será realizado nos dias 25
e 26, a partir das 20 horas.
Dito isto, na
sexta-feira estivemos em Tapiraí para fazer uma visita a uma reunião das
colônias japonesas da região Sudeste. Foi proveitoso. Todos os municípios
daquela região são carentes de recursos. Vieram nos solicitar... Inclusive, a
estrada que liga Sorocaba a Tapiraí está horrível. Tivemos que percorrer uma
quilometragem razoável, de 70 a 80 quilômetros. Está horrível a estrada.
Perigosa, sem sinalização. Está na hora de o Governo ver estradas vicinais,
para poder ter um pouco mais de segurança nas estradas, principalmente
sinalização.
Nós não vimos
uma sinalização adequada para que as pessoas possam circular à noite por lá.
Também hoje, presidente Coronel Telhada, estivemos lá no Presídio Romão Gomes.
Fomos visitar um tenente que está com prisão preventiva decretada, acusado de
participar de um esquema de bitcoin.
Nós fomos ouvir
pessoalmente o tenente para ver o que está ocorrendo. Pelo que tudo indica, são
acusações falsas. Não sou juiz para poder julgar; entretanto, nada melhor do
que ir pessoalmente ouvir, porque a Rota é uma instituição respeitada.
A maioria dos
oficiais que por lá passam são todos oficiais de elite. Não é, senhor Major
Mecca, que hoje é tenente-coronel, passou para a reserva.
Então, os
nossos respeitos aos oficiais lá da Rota. Nós vamos, com a ajuda dos nossos
amigos, nossos colegas, acredito que isso virá à tona da forma correta; que
pessoas de índole não sejam acusadas como estão sendo acusadas naquele
estabelecimento de penal.
Ele se encontra
lá, com mais dois tenentes, detidos com prisão preventiva, ou melhor, para
apuração. Gostaria também de dizer que tudo isso ocorre pela falta de
credibilidade que nos dão.
Nós, policiais
militares, quando nós saímos para a rua, nós saímos para socorrer pessoas que
precisam do nosso auxílio. E, todos, indistintamente, quando ligam para lá, é
por necessidade.
Muitos trotes,
afinal, também acontecem. Eu fiquei algumas vezes em centro de atendimento: era
muito trote. Às vezes, apesar de toda a forma de a gente fazer uma triagem, às
vezes a gente ia numas ocorrências que não existiam.
Então, coibir
isso é necessário. Outra coisa: nós temos visto também que os oficiais que
participam, até oficiais que participam de bico, é por esse salário que não
cobre nem despesa, para poder dar educação aos filhos, uma educação adequada, à
altura das nossas condições que a sociedade nos dá.
Então, está
mais do que na hora de resgatar o nosso salário, Sr. Governador. Eu sei que dia
31 está prometido o índice de aumento. Nós queremos que realmente o índice de
aumento seja digno, decente, que possa resgatar a autoestima de todos os
policiais aqui do estado de São Paulo.
Eu tenho,
inclusive, um projeto de lei que nós apresentamos, que não subiu, que fala
sobre o reaproveitamento de policiais aposentados e os que têm uma deficiência
qualquer.
Eu gostaria de
corrigir o horário que eu disse aqui. Eu falei vinte horas, mas dez horas da
manhã inicia o Teleton. Ok?
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, deputado.
O próximo deputado é o deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado
Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
Solicito que a Sra. Deputada Leci
Brandão assuma a Presidência dos trabalhos.
* * *
- Assume a Presidência a Sra. Leci Brandão.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a
lista de oradores inscritos, Coronel Telhada, próximo orador, V. Exa. tem o
tempo regulamentar de sua fala.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP
- Muito obrigado, Sra. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, a todos os
que nos assistem aqui pela TV Assembleia, aqui a nossa assessoria, nossos
funcionários e assessores aqui presentes, saudar aqui, em nome da cabo Vanessa,
do soldado Tiago, a nossa Assessoria Policial Militar, sempre presente no dia a
dia da Assembleia Legislativa.
Quero começar
parabenizando, como sempre. Hoje é dia 14 de outubro. Portanto, em relação ao
último sábado, dia 12 de outubro, quero saudar, em primeiro lugar, o bairro da
Lapa. A Lapa completou 429 anos, tanto que a avenida principal, a rua principal
da Lapa é a Rua 12 de Outubro, a rua do comércio. Então, a Lapa completou 429
anos. Parabéns a todos os nossos amigos e amigas do querido bairro da Lapa. Eu
servi no 4º Batalhão, que faz o policiamento há muitos anos ali na Lapa. Meu
filho serviu lá, minha sobrinha, meu sobrinho. Todos os que são policiais em
minha família, praticamente, serviram no 4º Batalhão. Então, um abraço a todos
os amigos e amigas do querido bairro da Lapa.
No dia 12 de
outubro também aniversariaram os seguintes municípios: Presidente Bernardes,
Três Fronteiras, Júlio Mesquita, Nova Aliança, Guaraçaí, Lavínia e Tupã.
Portanto, um abraço a todos os amigos e amigas dessas queridas cidades que aniversariaram
no sábado, dia 12 de outubro.
No domingo, dia
13, foi o aniversário da querida cidade de Porto Feliz, ali próximo a Sorocaba.
Um abraço a todos os amigos e amigas da querida cidade de Porto Feliz, uma
cidade que tem uma história tradicional, inclusive ligada aos nossos
bandeirantes, que fizeram, praticamente, o nosso Brasil ser o que é hoje. Porto
Feliz foi um porto de partida de muitas dessas bandeiras no começo da história
do nosso querido Brasil.
E hoje, dia 14
de outubro, é o dia do aniversário da cidade de Ferraz de Vasconcelos. Próximo
a São Paulo, praticamente vizinho de São Paulo, o município de Ferraz de
Vasconcelos está aniversariando na data de hoje, dia 14 de outubro.
Infelizmente,
temos a lamentar a morte de mais um policial militar, que foi morto no sul, no
estado de Santa Catarina. É o sargento da Polícia Militar, já aposentado,
Orlando Moreira. Sargento já aposentado, aos 59 anos de idade, foi baleado na
segunda-feira passada. Foi baleado em uma farmácia onde fazia segurança. Já era
aposentado e fazia um biquinho como segurança. Acabou sendo alvejado com cinco
tiros. Foi atingido no joelho direito, na mandíbula, na mão, no dorso e no
abdômen. Podem ver que isso é característica de execução. Não é roubo. A pessoa
que vai roubar e, de repente, atira... Quando o vagabundo atira na pessoa é uma
coisa, mas aqui é característica de execução. Cinco tiros contra o policial
militar.
No dia
seguinte, um jovem de 18 anos foi morto em confronto com a PM. Teria sido ele o
autor dos disparos. E por que foi localizado? Porque, dias antes, haviam
prendido esse jovem praticando roubo e ele foi se vingar contra esse policial
militar e acabou praticando esse homicídio contra o sargento Orlando Moreira.
Inclusive, a Polícia Militar de Santa Catarina diz que a morte do sargento da
reserva Orlando Moreira, depois de ataque a tiros em Camboriú, foi um atentado
à corporação. Então, é mais um crime praticado contra um policial militar. É
praticamente um genocídio o que acontece aqui no nosso querido Brasil.
Hoje, pela
manhã, estivemos no querido bairro de Pirituba, onde inauguramos uma UPA 24
Horas. Estão sendo inauguradas várias UPAs. Essa é a 11ª UPA inaugurada no
governo do prefeito de São Paulo. Parabéns a todos que trabalharam
intensamente. No telão, estamos em uma foto com um grupo de funcionários que
trabalham firme na parte de assessoria de saúde. São conselheiros de saúde.
Quero mandar os
parabéns também ao amigo Renato Tardelli, que é diretor do PS de Pirituba, de
todo aquele conglomerado de saúde de Pirituba. Um abraço ao nosso amigo Renato
Tardelli e também ao Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde, que tem
trabalhado forte nessa área de apoio à população. Então, parabéns a Pirituba
pela abertura dessa UPA 24 Horas.
Para fechar,
Sra. Presidente, queria colocar um vídeo e mostrar a necessidade de o cidadão
estar armado. O que acontece nesse vídeo? Ele mostra duas câmeras: a primeira
mostra a família acuada em um andar superior da residência. O segundo vídeo
mostra os vagabundos entrando na casa. Só para a senhora ter uma ideia, Sra.
Presidente, cinco vagabundos armados entraram nessa casa e, se esse cidadão não
estivesse armado, com certeza ele e a esposa, que vocês verão no vídeo, teriam
sofrido terríveis torturas ou até a morte. Pode deixar no ponto aí, por favor.
Solta, Machado.
* * *
- É apresentado
o vídeo.
* * *
Olhem lá, esta é a
mulher. Eles já ouviram que alguém entrou na casa. O homem vai ao quarto, pega
a arma e volta armado por aquele corredor. Neste momento, ele vai ver os criminosos
já subindo a escada no alto da câmera, lá em cima. Ele vem armado e já vê os
criminosos. Olhem lá, ele já viu e já começa a trocar tiro. Podem ver que
eles atiraram contra o cidadão também.
Graças a Deus, ele não foi atingido.
Agora vocês vão ver a
câmera de baixo, os caras chegando na residência. Está no outro vídeo, Machado?
São dois vídeos, é isso? Na outra câmera vocês vão ver os vagabundos entrando
na casa. Por isso que eu falo: tem que estar armado em casa. Esta é a parte da
sala da residência. Eles vão entrar na casa - um, dois três, quatro e um
quinto. Estão subindo a escada e vão começar a tomar tiro. Cadê a valentia dos
bundões? Correram todos.
Vagabundo é um bicho
covarde. Mostra de novo, eu adoro ver vagabundo correndo e tomando tiro, adoro.
Vagabundo é um bicho covarde. Começaram a tomar tiro, bateram o pé na bunda de
tanto que correm. Agora imaginem o que eles iam fazer nessa residência, o que
eles iam fazer com essa família. Tinha outro vídeo com eles fugindo por baixo,
inclusive, do portão da garagem.
Então eu sempre digo e
repito: é necessário estar armado sim. O cidadão tem o direito de defender a
sua família sim. Pulou o muro, invadiu a casa, tem que tomar tiro sim, porque,
se não matar esses malditos, eles matam a família, violentam as mulheres,
barbarizam a família. Então o cidadão tem que defender a sua família, e fogo só
se defende com fogo. Se esse cidadão não estivesse armado, com certeza nós
estaríamos mostrando a desgraça de mais uma família. Muito obrigado, Sra.
Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LECI
BRANDÃO - PCdoB - Obrigada, Sr. Deputado. Seguindo a lista
de oradores, convoco a deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o uso da
palavra pelo tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sra.
Presidente. Cumprimento todos os
parlamentares presentes, funcionários da Casa, pessoas que nos visitam nesta
data, quem nos assiste pela TV Alesp. Eu vou pedir licença para ler uma carta
que eu recebi da Associação de Familiares de Transgêneros. Eu vou fazer a
leitura da carta, mas não vou dizer o nome das crianças, os nomes que são
citados aqui. Vou fazer esta leitura para poder tornar um pouco mais claro o
raciocínio.
“Nós, da Associação de
Familiares de Transgêneros, temos como missão assistir e apoiar crianças e
adolescentes transgêneros por meio de informações, sensibilizar, educar e
orientar familiares e sociedade para suas amplas inserções no convívio
social. Vimos, por meio desta nota,
apresentar opinião contrária ao Projeto de lei nº 346, de 2019, de autoria do
deputado estadual de São Paulo Altair Moraes, do Republicanos. O projeto
estabelece que o sexo biológico é o único critério para a definição do gênero
de competidores em partidas esportivas oficiais no estado.”
Isso é o que diz a carta.
Tudo isso que estou lendo é o que diz a carta. “O PL do deputado não conta com
nenhum embasamento científico, além de ser inconstitucional, por ofender, em
especial, o princípio da dignidade humana e o direito de autodeterminação. No
caso de mulheres trans, o Comitê Olímpico Internacional já permite a
participação de mulheres trans no esporte feminino...” Este é um ponto
importante: “... e exige que essas atletas façam tratamento hormonal para
manter o nível de testosterona em até 10 nmol por litro de sangue.”
Ou seja: a participação
das mulheres trans nos esportes femininos exige, tem como pressuposto, o
tratamento hormonal. Até aqui estamos falando de pessoas adultas. “Contudo, se
aprovado o projeto, impedirá não apenas a participação de atletas adultos, mas
também de atletas infanto-juvenis, atletas que não irão nem desenvolver seus
corpos com base na testosterona.”
Aí a pessoa entra em um
caso particular. Eu não vou falar o nome da criança. “Atualmente um de nossos
familiares passou por dificuldades para participar de um tal campeonato, e
todas as alegações sobre a tal vantagem competitiva não se fundamentaram, já
que a atleta em questão deveria ter alto rendimento por ser biológica do sexo
masculino.
A atleta é
acompanhada no Amtigos, Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e
Orientação Sexual do Hospital das Clínicas. E, em breve, fará uso do bloqueio
púbere. Então, olhem que coisa interessante, não é? A meu ver preocupante. O PL
do deputado Altair está, de certa maneira, se encontrando com a emenda que eu
apresentei no PL da deputada Erica.
A deputada
Erica criou o projeto da transcidadania. Eu apresentei uma emenda para dizer
que tratamentos hormonais para fins de transexualização só podem se iniciar a
partir dos 18 anos. E a cirurgia de redesignação a partir dos vinte e um. A
carta que essas famílias me mandaram neste final de semana, em certa medida,
faz os dois temas se encontrarem. Por quê? Porque os próprios familiares das
pessoas trans, aqui são crianças trans, estão dizendo o seguinte, se o deputado
Altair proibir a entrada nos esportes, vai prejudicar as mulheres trans
adultas, mas, principalmente, as meninas trans, que sequer terão
desenvolvimento, vamos dizer assim, diferenciado, por força da testosterona, porque
terão esse desenvolvimento bloqueado, já que fazem acompanhamento no
Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do
Hospital das Clínicas.
Essa
intervenção... Que intervenção? O bloqueio. Impedirá a esportista em questão de
se desenvolver no seu corpo com base na testosterona, evitando a evolução de
características secundárias de seu sexo biológico. Se faz importante esclarecer
que o bloqueio hormonal em pré-adolescentes significa retardar o
desenvolvimento e as consequências fisiológicas secundárias relacionadas à
puberdade até que se decida pela transição ou não. A iniciação da
hormonoterapia só se dará – ou seja, o hormônio cruzado – em maiores de 16
anos, conforme regulamentação do CFM. E aqui continua com algumas explicações
formais.
Por que eu
entendi ser importante ler essa carta? Porque essa carta é prova de que a
participação de mulheres trans em esportes de mulheres biológicas é um estímulo
para o uso de hormônios. E, se nós não discutirmos essas duas questões, será um
estímulo, também, para o uso de hormônios em crianças e adolescentes.
Quando a
deputada Erica apresentou, aqui, no plenário, não me lembro se foi na semana
passada ou na anterior, uma proposta de emenda aglutinativa, ela falava
justamente nos exames, nas verificações das taxas hormonais. Sugeri à deputada
mudar o projeto do deputado Altair para falar dessas taxas, ou seja, se as
taxas indicarem que a mulher trans, ou que a criança trans, ou que adolescente
trans não tem o nível de testosterona compatível com um homem biológico, pode
participar.
Eu não sei se
eu estou conseguindo ser clara o suficiente, mas é aí que está o meu medo. Que
nós, em certa medida, estejamos incentivando essas terapêuticas que trazem
riscos reais à saúde das crianças e dos adolescentes.
Ontem foi o dia
nacional de prevenção ao perigo da trombose. Se os senhores resgatarem as
propagandas, as publicidades em torno dos riscos da trombose, vão verificar que
os hormônios estão diretamente relacionados ao risco de trombose. E também
ataque cardíaco. Nós não podemos nos omitir de debater essa questão. Se
hormônios de reposição na menopausa, hormônios do anticoncepcional, geram maior
risco de trombose, de AVC, de ataque cardíaco, como é que esses hormônios aqui,
sejam bloqueadores, sejam transsexualizadores, não geram?
Então, as duas
pautas se encontraram. Eu quis ler essa carta, preservei o nome da criança,
agradeço às famílias por terem enviado. Eu sei que o intuito da carta era me
demover das minhas convicções, mas a carta acabou reforçando, né? Os perigos
que eu vislumbro nessa questão dos hormônios envolvendo crianças e
adolescentes.
Muito obrigada, Sra.
Presidente. Peço desculpa por ter estourado o tempo.
O SR. DOUGLAS GARCIA -
PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, hoje de manhã, no
jornal O Globo, saiu uma matéria, através do jornalista Guilherme Caetano, que
diz o seguinte: “Deputado diz que PSL vai expulsar Carla Zambelli, Bibo Nunes,
Alê Silva e Douglas Garcia. Júnior Bozzella tem tomado a frente nas decisões do
partido que mira Wilson Witzel para os seus quadros”.
Ou
seja, um deputado federal do PSL ameaçou retirar do partido aqueles que são
leais ao presidente Jair Bolsonaro. Se eu for expulso por defender o
presidente, para mim, será uma honra, porque o meu partido é o Brasil. Eu
gostaria de dizer ao nobre deputado federal Júnior Bozzella: o último que sair,
que apague a luz.
Muito
obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LECI
BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a lista dos oradores inscritos,
deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o uso da palavra pelo tempo
regimental.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nossos
funcionários, amigos da galeria. Na última sexta-feira, houve no Anhembi a
formatura de 698 novos sargentos, à qual nós comparecemos. Deixamos lá a nossa
vibração positiva de sucesso e proteção divina nessa nova fase da profissão.
Na sexta-feira, o
governador João Doria foi vaiado no evento. Gostaria de mostrar aqui o motivo
pelo qual o governador foi vaiado. Por gentileza, solte as promessas de
campanha do governador para que todos possam acompanhar.
* * *
- É exibido
vídeo.
* * *
Eis o motivo pelo qual o
governador foi altamente vaiado. Muito obrigado. Pessoal, eu só elenquei sete
das promessas que, até o presente momento, não foram cumpridas. O reajuste
salarial no início do ano, ou seja, no início de 2019, que não aconteceu mesmo
com as nossas idas ao Palácio dos Bandeirantes, levando todos os problemas e
dificuldades da família policial no estado de São Paulo.
O apoio jurídico aos
policiais, também não. O fim dos afastamentos em ocorrências de gravidade
continua acontecendo, não se realizou. O pagamento na substituição de cargos de
sargentos e cabos não acontece ainda na polícia. A licença-prêmio em pecúnia,
os três meses, não aconteceu na polícia; a diminuição salarial entre o primeiro
e segundo tenente, não aconteceu na polícia; ampliação das vagas de subtenente
remanejando vaga de segundo sargento, não aconteceu na polícia; a contratação
de PMs com deficiência física, não aconteceu na polícia; fuzil nas viaturas de
rádio patrulha, não aconteceu na polícia.
O que mais nós precisamos
elencar aqui para que o governador tenha consciência de que a vaia que ele
tomou no Anhembi no último evento é por conta da sua omissão em relação a essa
categoria no estado de São Paulo? No dia último 27 de setembro, o mês passado,
nós reunimos um público estimado de 12.000 veteranos pensionistas na Praça da
Sé, por conta do descaso e do sofrimento que vêm passando os policiais e suas
famílias.
E quer atribuir a nós a
responsabilidade da vaia que ele tomou? Ele vai mandar agora dia 31 a proposta
de reajuste salarial. Para que ele cumpra com a promessa dele, nós precisamos
que o reajuste salarial dos policiais seja de 18,22% ao ano - 2019, 2020, 2021
e 2022. Esse ano já não teve. O que ele vai fazer? Ele precisa obrigatoriamente
mandar um reajuste salarial para cá, para a nossa Casa, de pelo menos 24,26 por
cento.
Os senhores acham que
acontecerá isso, 24,26% no ano que vem, em 2021 e 2022? E nós temos o cuidado
de alertá-lo em relação aos veteranos e pensionistas que a paridade, que é
garantida pela Constituição, prevê que o policial que é veterano e a sua
pensionista recebam o mesmo valor do policial que está na ativa.
Então, Sr. Governador, o
senhor quando fez um plano de governo com a sua assessoria, eu acredito que o
senhor teve a responsabilidade de observar a situação financeira do estado para
fazer as afirmações que nós mostramos aqui em plenário.
Nós contamos com a sua
compreensão, com a responsabilidade do senhor em relação a nossa categoria. Não
adianta promover ações de marketing que beneficiem a sua pessoa em particular
para a disputa de um pleito eleitoral em 2022 e deixar à míngua homens e
mulheres que estão morrendo, derramando o seu sangue em solo paulista para
defender o cidadão de bem.
Então nós estamos
aguardando ansiosamente o seu plano aqui no dia 31 de outubro, que
necessariamente precisa estar dentro desses números que nós acabamos de
mostrar, porque são esses números que o senhor terá que cumprir até o final do
seu mandato.
E não tenha dúvida,
estaremos cobrando, porque é a minha missão aqui: representar os policiais
militares, civis, técnico-científicos, agentes de segurança penitenciária,
agentes de escolta e agentes socioeducativos do estado de São Paulo. A cobrança
será contínua e real.
A SRA. PRESIDENTE - LECI
BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a lista de oradores inscritos,
deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o uso da palavra pelo tempo
regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Presidente. Boa tarde a toda a Mesa e aos
deputados presentes no Pequeno Expediente. Boa tarde aos assessores e aos
nossos policiais civis e militares, a você que nos assiste pela TV Alesp, e aos
nossos visitantes aqui na galeria.
Eu queria
começar falando de coisa boa. No sábado estive em Aparecida, no Santuário
Nacional de Aparecida, junto com o presidente Jair Bolsonaro e com alguns
ministros, celebrando essa festa do calendário religioso dos católicos,
fundamental. Teve um sermão do bispo pela manhã.
Mas, à tarde,
parece que ele colocou a mão na consciência, conversou com o presidente. E, na
hora do sermão, fez um sermão mais ponderado. Quem bom. Sou católico. O
presidente também se declara católico, e respeitamos todas as denominações
religiosas.
Mas foi
impressionante o calor do povo, tanto na Basílica como fora. A mídia, como
sempre, dizendo que o público dividido; 95% ou mais saudando o presidente; 5%
ou menos gritando contrariamente. Mas a mídia publica que o público estava
dividido. Mas não tem problema. Fomos lá para rezar, para orar, para pedir o
melhor para o Brasil, e não para receber aplausos.
Depois voltamos
para São Paulo. O presidente visitou a AACD. A mãe de uma criança mandou no Facebook
do presidente que o filho dela pediu que o presente dele, no Dia das Crianças,
fosse uma visita do presidente Bolsonaro. Mas que ela sabia da dificuldade que
era, para o presidente, parar o que estava fazendo para ir lá visitar o seu
filho. E que um comentário dele na postagem já seria de muito valor para o seu
menino.
Como o
presidente estaria aqui em São Paulo – foi assistir o jogo do Palmeiras – o que
ele fez? Tentou encaixar na agenda e foi visitar a AACD. Como foi comovente ver
as crianças recebendo o presidente. Um dos vídeos, fui eu que gravei. O menino
Tiago - ele nem iria passar naquele quarto – a mãe foi e disse... Ele levou
alguns presentes para as crianças.
A mãe disse:
“Presidente, não precisa levar um presente para o meu filho. Se o senhor só
puder ir ali no quarto dele e dar um abraço nele, ele já vai ficar feliz
demais.” Quando ele entrou ali – o menino fez uma cirurgia nas duas pernas – o
menino, um jovem de 13 ou 15 anos, começou a chorar copiosamente, emocionado.
Emocionado.
Eu olhava para
o lado: todos chorando. Todos. O deputado Hélio Negão, todos os – como a gente
chama – os cordinhas, os ajudantes de ordens do presidente, chorando também. A
mãe, e tudo o mais. Não teve como não se emocionar.
É fantástica
essa coisa que o presidente tem, essa humanidade que ele tem. Podia muito bem
ter passado batido, ter dito que não dava, que não cabia na agenda. Mas ele fez
questão de estar ali na AACD, visitando essas crianças. Depois, fomos ao jogo
do Palmeiras. Tentei secar o Palestra, mas não deu certo. Ganhou de um a zero.
Agora, para
finalizar, esse um minuto – volto depois – eu queria concordar com o Major
Mecca nessa fala. Para quem não viu, o governador deu uma declaração agora há
pouco dizendo que quem puxou as vaias lá no Sambódromo - na sexta-feira, para
quem não lembra - foram o Major Mecca, o Major Olímpio e esse que vos fala. Que
as vaias foram preparadas por mim, pelo Major Mecca e pelo Major Olímpio.
Ora! Primeiro
que é uma falta de respeito do governador falar uma coisa dessa. Não sabe. Não
sabe nem o que está falando. Não sabe nem o que está governando. Segundo, que
ele não ia. Ele não ia na solenidade. Ele não ia prestigiar, mais uma vez, os
policiais militares. Ele só foi porque soube, de última hora, que o presidente
ia. Quem iria representá-lo é o vice-governador. Isso precisa ficar claro.
Nem que nós
quiséssemos, nós conseguiríamos movimentar aquelas pessoas para dar aquela
vaia. E outra: eu estava lá em cima, junto ali, no palanque. O senhor
estava também. Outros deputados estavam
também. Ficou visível que aquela vaia não foi porque um ou outro puxou. Foi por
mérito. O governador merece. Merece. E foi premiado. Iria ser premiado no 7 de
setembro. Não foi. Correu. Fugiu. Mas, dessa vez, ele tomou a dele.
E preciso falar
para vocês: o governador queria, para não tomar vaia maior, que o presidente
passasse em revista a tropa, Major Mecca. Mas, o presidente falou: “Não”.
O comandante da
Força Auxiliar da Polícia Militar é o governador. Fico aqui no palanque. Pode
ir lá, não tem problema. E, dá-lhe vaia. Tomou vaia. E, sabe por que tomou essa
vaia?
Olha, vou
deixar aqui consignado para vocês. Não sou muito de ficar dando chute, não,
mas, olha, no máximo quatro por cento de reajuste aos policiais. O Major Mecca
colocou 18% e 24, para conseguir começar este ano.
Será – escutem
aí policiais militares, e os familiares, também – quatro por cento, quatro por
cento de reajuste. Para um soldado, não vai ser 400 reais no salário de um
soldado. Não vai.
Agora, eu quero
ver como ele vai fazer para cumprir, deputada Leci, a promessa de campanha que
os nossos policiais de São Paulo serão, não sei quando, os mais bem pagos,
tirando aí, exceto, o DF.
Eu duvido que
ele cumpra essa promessa. Até o final do mês vem esse reajuste aqui para a Casa
– ele prometeu que até o dia trinta e um. Acredito que lá para o dia 21 chegue
essa proposta aqui. E não passará desses quatro por cento.
Então, todas as
vezes que ele for a uma solenidade, espero que ele esteja amanhã no Primeiro
Batalhão de Choque às 16 horas, e nas outras formaturas também. Vai ser muito
bem recebido, mas os familiares dos policiais – policial fardado não pode, mas
os familiares podem, sim – vão tomar uma chuva de vaia.
Não foi porque
o Gil Diniz pediu, não. Foi porque ele merece – merece – essas vaias. Tem que
governar mais e fazer menos marketing aqui no estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Obrigada,
deputado.
Seguindo a lista de oradores, deputado
Altair Moraes. Vossa Excelência tem o uso da palavra pelo tempo regimental.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, deputados,
assessores, todos os que estão aqui também nos assistindo na TV Alesp.
Bom, a deputada
Janaina falou sobre uma carta que ela leu, eu vou ler também, falando de
hormonização de crianças. E eles falam sobre o meu projeto. O meu grande medo,
senhores, é simples, deputada Janaina: além de eu achar uma atrocidade fazer
isso com crianças, um absurdo, um abuso, porque elas não têm o direito de
escolher isso, é que nós vivemos num País tão sério que o que me preocupa é de
estarem fazendo com as crianças uma fábrica de atletas.
É até triste a
gente falar isso, mas tem muita gente querendo ganhar dinheiro com tudo, e o
brasileiro se aproveita muito dessas coisas. Então, eu tenho uma grande
preocupação que essas crianças estão fazendo o tratamento hormonal para se
tornarem atletas geneticamente modificados.
E, isso é
muito, muito, muito, preocupante. Mais uma vez, venho aqui a esta tribuna falar
do 346, do nosso projeto. E, queria deixar uma coisa mais clara ainda, para as
pessoas entenderem: esse artigo – lembrando que não é estudo, deputada Janaina,
é um artigo da Joana Réper, que é uma médica trans.
É simples: eu
posso fazer um artigo, a senhora pode fazer, qualquer pessoa pode fazer um
artigo. E, ela fez um artigo, não é um estudo, com quatro atletas trans do
atletismo, não foi de qualquer outro esporte, do atletismo.
E, por incrível
que pareça, deputada Janaina, é que eu não sabia, eu tive a informação, de que
esse estudo, ele não foi fisiológico, biológico, ele não foi genético; foi um
estudo, preste muita atenção, comportamental. Estudo de comportamento.
Porque a pessoa
era trans e competia, então, vamos saber o comportamento dela, pelo amor de
Deus. Nós estamos falando de competição, aonde tem a diferença na genética, na
fisiologia, na biologia e na anatomia.
Como é que se
faz um estudo com quatro pessoas de comportamento para o esporte? Meu Deus do
céu, isso é o cúmulo do absurdo, querer fazer um estudo comportamental para
esportistas. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Nós estamos falando de
corpo, de físico, de biologia, de fisiologia.
Quando se fala
dos dez nanomols para cada litro de sangue, é totalmente errado. Vou dizer o
porquê. Não sei se vocês sabiam, mas os glóbulos vermelhos do homem são bem
maiores do que os da mulher. Isso é biológico, todo mundo sabe. O que os
glóbulos vermelhos fazem? Eles levam mais oxigenação para o corpo. É por isso
que o homem tem mais força, tem mais fôlego do que a mulher: porque eles têm
mais glóbulos vermelhos no seu sangue.
Então, mesmo
que se baixem os nanomols, mesmo que se baixe a testosterona, esse homem,
biologicamente falando... Pode ser uma mulher de identidade, mas estou falando
do biológico, do genético. Biologicamente falando, se tirar o sangue de uma
trans e de uma mulher normal, como eu chamo - dizem “cis”, mas não concordo,
para mim homem é homem, mulher é mulher -, sabem o que vai acontecer? Os
nanomols vão estar mais baixos, da testosterona, mas os glóbulos vermelhos, que
são responsáveis pela oxigenação no corpo, vão ser maiores na trans, porque
biologicamente é homem. Então, meu Deus do céu, a gente não está considerando a
genética, a anatomia.
Por que os
atletas homens e mulheres têm diferenças e disparidades? É simples assim.
Acredito que nenhum de vocês já tenha visto algum homem fazer uma disputa em
barra assimétrica. Sabem aquela barra olímpica em que a mulher pula e tal? Sabe
por quê? Porque anatomicamente o corpo do homem, o tronco do homem é menor e as
pernas são maiores. Ou seja, o homem não tem tanto equilíbrio como a mulher,
por isso não pode disputar as barras assimétricas. É simples assim. A mulher
tem o tronco mais alongado e as pernas menores. O centro de gravidade da mulher
é para baixo, ela tem mais equilíbrio. É por isso que participa das barras
assimétricas e o homem não pode participar.
Agora, imaginem
os homens dizendo: “Não, é injusto! Eu quero participar das barras
assimétricas. Por que eu não posso participar das barras assimétricas? Eu quero
competir nas Olimpíadas”. Mas você é homem! A sua genética é diferente, a sua
anatomia é diferente, meu Deus do céu. Será que a gente tem que desenhar essa
coisa aqui?
Então, ficam
falando de um estudo que é inconclusivo... Estudo, não, desculpem. Ficam
falando de um artigo que é inconclusivo e se despreza a genética, se despreza a
biologia, se joga fora todos os glóbulos vermelhos que o homem desenvolve, pega
tudo isso por causa de uma ideologia e dá a descarga e joga tudo, acaba com
tudo.
Bom, só para
encerrar, quero que vocês pensem nisso. É questão de justiça, meu Deus do céu.
Não é questão de preconceito. É questão de justiça no esporte, de direito
adquirido das mulheres.
A gente vê aqui
gente feminista: “Ah, sou feminista!” Um brinco desse tamanho! “Sou feminista,
sou feminista!” E não defende os direitos das mulheres, poxa? Feminista que não
defende as mulheres? Por mais de 50 anos, as mulheres ficaram sem competir na
Olimpíada. Tiveram o direito adquirido de competir na Olimpíada. Aí vem agora
uma atleta trans que biologicamente é homem e toma o lugar dela? E não vejo
nenhuma feminista subindo aqui e dizendo: “Não, vou defender o direito das
mulheres, porque é direito adquirido”. É incrível!
A Janaina faz.
Desculpe, deputada. A senhora sobe para falar. E a senhora não se identifica
como feminista. Nunca vi. (Fala fora do microfone.) Ah, é? Então, pronto,
parabéns. Desculpe. Parabéns para a feminista Janaina Paschoal, porque vejo
outras aqui subindo... É uma boca desse tamanho! “Vamos em frente, não vamos
recuar, não vamos recuar!” Não recue, não, minha filha, mas defenda as
mulheres, por favor. Defenda o que você está dizendo que vai defender, porque
as mulheres, mais uma vez, Janaina, estão perdendo espaço. Isso é inaceitável.
Eu estou junto com a senhora. Uma grande feminista que está defendendo as
mulheres.
Então, você que
é feminista e defende a bandeira do feminismo, vamos defender as mulheres,
porque é direito adquirido. Estão tirando o direito delas em razão de pessoas
que não têm base científica nenhuma no esporte. Torno a dizer: é questão de
justiça.
Obrigado a
todos.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a
lista de oradores inscritos, convido o deputado Carlos Giannazi para uso da
palavra pelo tempo regimental.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Uma comunicação, Sra.
Presidente?
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - É regimental.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO -
Rapidamente, queria corroborar as palavras do deputado Altair Moraes e dizer
que Deus fez o homem e a mulher. No mundo da eletricidade, nas voltagens
residenciais, tem 110 e 220. A média seria 165. Vai queimar o 110 e o 220 não
vai funcionar. É o que querem fazer com o esporte.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Deputado
Carlos Giannazi tem a palavra.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Leci Brandão, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, público presente, deputada Leci Brandão, amanhã é o dia do professor,
o dia da professora, o dia 15 de outubro, não é? Muitas homenagens serão
feitas.
Na verdade,
elas já foram iniciadas, quero aqui me antecipar fazendo a minha homenagem a
todos os professores e professoras do Brasil, das escolas públicas e das
escolas privadas, e dizer que defender os professores, homenagear os
professores do Brasil, significa, sobretudo, fazer a defesa intransigente de
valorização salarial dos profissionais da Educação, de fazer a defesa de
investimento em formação continuada, significa defender o fim da salas
superlotadas, o fim da violência nas escolas, significa, também, se colocar
contra os ataques que estão em curso, hoje, no Brasil, contra os professores,
contra as professoras, contra o magistério.
Refiro-me,
aqui, logicamente, à introdução da censura e da mordaça, da tentativa de
introduzir a mordaça na atividade do magistério nacional através dos projetos
inconstitucionais que tramitam em algumas câmaras municipais, em algumas
assembleias e no Congresso Nacional, conhecidos como escola sem partido.
Inconstitucional porque o próprio Supremo Tribunal Federal já emitiu parecer
contra, a PGR, enfim, isso já está mais do que claro.
Para se
defender os professores, homenagear os professores, nós não podemos defender a
reforma da Previdência, porque a reforma da Previdência do Bolsonaro acaba com
a aposentadoria especial do magistério. Então, como a pessoa faz homenagem aos
professores e defende o fim da aposentadoria especial do magistério? Isso é
incoerente, por isso nós somos contra a reforma da Previdência.
Não só por
isso. Ela, na verdade, a reforma da Previdência que está sendo debatida no
Senado Federal, acaba com a aposentadoria no Brasil. Ninguém mais vai se
aposentar. Essa é a grande verdade. Além do mais, eu quero ressaltar que
defender o magistério, defender os professores e as professoras, significa,
também, se colocar contra projetos como militarização das escolas, ensino
domiciliar. São ataques frontais ao magistério, à educação pública e,
sobretudo, ao direito à educação.
Mas, aqui em
São Paulo, deputada Leci Brandão, defender a Educação significa pressionar o
governo estadual, o governo Doria, a pagar a sua dívida com a Educação, com os
professores, dando o reajuste de 10,15% que nós ganhamos na Justiça e que foi
interceptado pelo governo do PSDB, pelo governo Doria, no ano passado, no
Supremo Tribunal Federal. Nós ganhamos em todas as instâncias e o governador
foi ao Supremo Tribunal Federal e conseguiu uma liminar com a ministra Carmen
Lúcia, que na época era a presidente do Supremo Tribunal Federal. Alegava que
havia risco para a ordem econômica no estado de São Paulo. E isso não é
verdade.
Nós acompanhamos,
aqui, a aprovação do orçamento e também a execução orçamentária. Nós sabemos
que o que coloca em risco a ordem econômica do estado é a política de
desoneração fiscal, que canaliza mais de 20 bilhões de reais do orçamento
estadual para setores econômicos, que são beneficiados e que também são
devedores da dívida ativa, como empresas do agronegócio, os grandes
frigoríficos, a Ambev e tantos outros setores econômicos e empresas.
Agora mesmo, a
Assembleia Legislativa aprovou um projeto do Doria, nessa linha de isenção
fiscal, diminuindo, dando desconto no ICMS do querosene para as empresas aéreas
de 25 para 12%, é isso que coloca em risco a ordem econômica, não é dar
reajuste salarial para os professores do estado de São Paulo que estão
recebendo um salário inferior ao piso nacional salarial.
O piso nacional salarial
é de apenas, por 40 horas semanais, deputada Leci Brandão, R$ 2.557,00, por 40
horas semanais. O estado de São Paulo, o estado mais rico do Brasil, afronta o
magistério, pagando 12% a menos. É por isso que nós ganhamos na Justiça. O
estado mais rico da Federação não paga o piso nacional salarial.
Então, fazer homenagens e
defender os professores e as professoras no Brasil e, sobretudo, no estado de
São Paulo é se colocar contra todos esses ataques que eu citei. Tem outros
aqui, eu vou voltar à tribuna, nesses dias, para falar dos ataques que os
professores estão sofrendo no Brasil, a desvalorização salarial, funcional e
social, todos esses projetos que tramitam, que eu citei, o Escola sem Partido, o
ensino domiciliar, militarização das escolas. Tudo isso é contra o magistério e
contra a Educação brasileira.
Muito obrigado, deputada
Leci Brandão.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu queria só fazer mais
uma intervenção pelo Art. 82 do Regimento Interno, pela liderança do PSOL.
A SRA. PRESIDENTE - LECI
BRANDÃO - PCdoB - Deputado, tem o Grande Expediente. Já
vamos entrar, e V. Exa. vai poder falar.
Entramos
agora no Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
A SRA.
PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.)
Deputado Castello Branco. (Pausa.) Por permuta, convido a deputada Janaina
Paschoal, para o uso da palavra.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sra. Presidente. Até tem a ver
com o tema que nós conversamos um pouquinho na semana passada. Não sei se foi
na semana passada ou na anterior que eu subi à tribuna e noticiei algumas
mensagens que recebi de mães, preocupadas com profissionais do sexo masculino,
tratando com as suas crianças, seja no banho, na creche, seja na troca da
fralda ou acompanhando ao banheiro.
Depois dessa
primeira intervenção da minha parte, eu recebi mensagens de outras mães de mais
de uma cidade do estado de São Paulo. Aí fiz um levantamento e constatei que
realmente, já desde 2015, existe essa polêmica. Confesso que eu desconhecia. Em
algumas cidades, houve até manifestações dos pais.
Eu estou
pegando no telefone, porque eu vou ler um texto que está aqui. Também levantei
algumas leis municipais que foram elaboradas para a contratação de agentes na
Educação ou de auxiliares de Educação. Nesses editais, não existe nenhum tipo
de restrição conforme o sexo, mas existe um rol imenso de funções. Dentre essas
muitas funções, há o banho, a troca, auxiliar no banheiro.
Por que eu
estou destacando isso? Porque são mais de 20 funções: ajudar a preparar o
material didático; auxiliar o professor em sala; desenvolver atividades
lúdicas, inclusive esportivas; ajudar na conservação dos brinquedos e na
limpeza dos brinquedos.
Por que eu
estou destacando isso? Porque existe a possibilidade, sim, dos próprios
gestores na área de educação infantil, sejam os prefeitos, sejam os secretários
de Educação, de eles próprios determinarem que essas atividades mais íntimas
devem ficar a cargo de profissionais do sexo feminino.
Eu conversei
com muita gente sobre o tema. Algumas pessoas entendem que a preocupação
procede, outras entendem que a preocupação não procede, umas entendem que é
preconceito, outras entendem que não. Então, respeitando toda a divergência, eu
escrevi, no fim de semana, um projetinho.
Conversei com
as deputadas Valeria e Leticia, passei para elas, e elas deram as suas
sugestões. Eu estou fechando a justificativa, e nós devemos protocolizá-lo
nesta semana. Fica o convite para todas as colegas que quiserem participar do
término da redação, quiserem assinar junto também. Qual é o intuito desse
projetinho que é curto, mas é importante?
É restringir a profissionais
do sexo feminino estas atividades mais íntimas relativamente às crianças,
sobretudo na primeira infância, ali no ensino infantil, que pela nossa
legislação é o ensino que vai até os cinco anos de idade. Lembrando que a LDB
prevê que o ensino infantil não é mais um ambiente apenas para cuidado; é um
ambiente para educação propriamente.
Então, esse homem que
está lá trabalhando, esse auxiliar ou esse agente de ensino, ele pode muito bem
participar de atividades pedagógicas, homens e mulheres. Ele só ficaria - vamos
dizer assim - impedido desses poucos temas que vão ficar claros aqui no nosso
projeto. Então eu vou ler para todo mundo tomar conhecimento, porque tem aí
mais uns dois dias para eu protocolizar. Pode, eventualmente, alguém mandar um
e-mail concordando, discordando, dando sugestões.
O texto seria o seguinte:
“Na educação infantil, os cuidados íntimos com as crianças, com destaque para
banhos, trocas de fraldas e roupas, bem como auxílio para usar o banheiro,
serão realizados exclusivamente por profissionais do sexo feminino. As
atividades pedagógicas e aquelas que não impliquem cuidado íntimo com as
crianças poderão ser desempenhadas por profissionais de ambos os sexos.
Os profissionais do sexo
masculino que na data da publicação desta lei forem responsáveis pelos cuidados
íntimos com as crianças serão reaproveitados em outras atividades compatíveis
com o cargo que ocupam e não sofrerão prejuízos em sua remuneração.
No ensino fundamental I,
quando necessitarem de auxílio para usar o banheiro, as crianças serão
acompanhadas, exclusivamente, por profissionais do sexo feminino. O disposto
nesta lei também se aplica aos cuidadores das crianças com necessidades
especiais”.
Aí tem gente dizendo que
é preconceito. Se é assim, também é preconceituosa a lei de 2009 que determinou
que todos os profissionais que trabalham nos presídios femininos em contato com
as mulheres presas sejam do sexo feminino.
Quando a gente vai pegar
o histórico desse debate com relação aos presídios, o que está na raiz? Preservar
a liberdade sexual, a integridade sexual, a dignidade sexual das mulheres
presas, que são pessoas adultas que têm condições de se comunicar, de enviar
uma carta, de mandar uma comunicação para um magistrado, falar com o advogado,
com a advogada.
As crianças nesta
primeira fase do ensino infantil muitas vezes não falam direito, têm
dificuldade de se expressar. Então se não é preconceito - e eu entendo que não
é - a legislação que protege a mulher presa, não é possível que se entenda como
preconceituosa a legislação que protege a criança nessa primeira fase.
Esta lei - eu estou
colocando isso na justificativa - é uma segurança para o próprio profissional,
porque hoje ele não tem um instrumento para dizer, por exemplo, para o diretor
da escolinha que ele prefere não fazer aquelas atividades. O diretor pega a lei
e diz: “Aqui, essas são as funções para as quais você prestou o concurso. Você
tem que dar banho, você tem que trocar fralda, você tem que acompanhar no
banheiro”.
Esse profissional diz:
“Não, mas eu prefiro fazer todo o resto, mas prefiro não fazer essa parte para
não ter nenhum tipo de mal-entendido”. Não é que a pessoa não quer trabalhar; a
pessoa quer evitar mal-entendido. Hoje, ele não tem um instrumento. Então me
parece que é uma lei importante para dar tranquilidade para as famílias que
estão tensas, porque se não estivessem, essas mães não estariam me escrevendo.
As famílias estão tensas
e também é um instrumento para dar tranquilidade para o profissional do sexo
masculino. Eu não estou em nenhuma medida dizendo que homem não pode ser
professor de educação infantil, que não pode participar da educação infantil.
Não é nada disso.
Pode e até deve, mas
estas atividades me parecem muito íntimas. Podem gerar mal-entendido, podem
efetivamente facilitar eventuais abusos - é fato. Então, se nós podemos
prevenir, por que esperar o evento danoso para tentar remediar?
Esse que é o
intuito da lei que será proposta ainda esta semana. Estou fazendo o anúncio
antes. Primeiro, para deixar o convite para todos os colegas que queiram
contribuir e assinar juntos. São todos bem-vindos.
E, para quem
quiser se manifestar, seja a favor ou contra, para fazer por e-mail nos
próximos dias. O intuito é bom. Não é preconceito. É prevenção. E me parece que
as nossas crianças merecem.
Muito obrigada,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Obrigada, Sra.
Deputada. Seguindo a lista de oradores do Grande Expediente. Deputado Roberto
Morais. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Ed Thomas.
(Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Enio Tatto, por permuta,
deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o uso da palavra pelo tempo
regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR – Sra. Presidente deputada Leci Brandão, deputadas e
deputados aqui presentes, telespectador da TV Assembleia, de volta a esta
tribuna no dia de hoje, eu gostaria de debater um pouco a Lei Orçamentária, a LO.
Chegou, já foi
protocolada aqui na Assembleia Legislativa no último dia 30 de setembro. Já se
abriu o processo para a apresentação das emendas. Vários deputados estão
apresentando emendas. O nosso mandato já apresentou várias emendas. Continuamos
apresentando outras emendas, sobretudo aquelas emendas solicitadas pela
sociedade civil organizada, pelos movimentos sociais, por setores da sociedade.
Estamos
preocupados porque, mais uma vez, o PSDB encaminha uma Lei Orçamentária
totalmente antissocial, não contemplando as reivindicações da sociedade, dos 45
milhões de habitantes do estado de São Paulo, que representam os 645
municípios. Fiquei chocado com os cortes no orçamento da Assistência Social.
O governo Doria
cortou investimentos importantes na área da Assistência Social, num total de
aproximadamente 108 milhões de reais em relação ao orçamento do ano de 2019.
Vamos ter uma
redução – isso é muito grave – no estado de São Paulo, de 108 milhões de reais,
em projetos importantes da área social, como o Bom Prato. Que é um projeto
importante, principalmente num momento de crise econômica, de desemprego em
massa, de aumento da pobreza no Brasil e no estado de São Paulo. Quando a
população pobre e desempregada mais precisa do Estado, o Estado se ausenta e
corta o financiamento de uma parte desse programa que é do próprio PSDB, que é
o Bom Prato.
O Vivaleite
também sofre um corte significativo que vai prejudicar a população pobre,
carente e desempregada que não tem mais como conseguir emprego na atual
conjuntura de crise social que estamos vivendo. Investimentos, também, na área
do atendimento de idosos, de crianças e adolescentes, também esses atendimentos
serão cortados pelo governo Doria. Então a área social será afetada.
Por isso que
digo que o Orçamento estadual, o Orçamento do Doria, é um orçamento
antissocial, contra a população do estado de São Paulo. Mas não é só isso. É um
orçamento que corta na área do Transporte público. Haverá um corte de 531
milhões de reais, meio bilhão. Numa região, sobretudo, na Região Metropolitana,
que precisa muito de investimentos por conta do caos na área da mobilidade.
Precisamos de
mais investimento em transporte sobre trilhos que é a única forma de resolver
essa questão caótica da Grande São Paulo. Temos que investir na CPTM, no Metrô
e na EMTU também. O governo, no entanto, ao invés de aumentar os investimentos,
ele vai na contramão. Ele reduz o investimento na área do Transporte público.
Então, são várias áreas tendo cortes.
Fiquei ainda
chocado com o orçamento da Secretaria da Cultura. Estava participando agora de
uma audiência pública sobre defesa do patrimônio cultural, artístico e
turístico do estado de São Paulo, e nós estávamos falando do Orçamento da
Cultura para 2020, na peça orçamentária, que é um orçamento de apenas 800
milhões de reais, deputada Leci Brandão.
O estado mais
rico do Brasil vai investir apenas 800 milhões de reais na cultura, sendo que
uma boa parte desse orçamento está terceirizado, ele é investido em
organizações sociais de caráter privado. Ou seja, inadmissível que um orçamento
de 239 bilhões de reais canalize apenas 800 milhões para a Cultura, sendo que a
Assembleia Legislativa tem um Orçamento de 1 bilhão e 300 milhões de reais, que
é muito superior ao orçamento da Cultura.
Ela tem que ser
financiada, mas não com um bilhão e 300 milhões de reais, um valor superior ao
investimento da Cultura. O estado de São Paulo é o estado mais populoso do
país.
E, lembrando,
ainda, deputada Leci Brandão, e V. Exa. acompanhou os cortes que o governo fez
e depois voltou atrás no começo do ano cortando o Projeto Guri, ameaçando
cortes no Projeto Guri, no financiamento dos museus, das casas de cultura, das
fábricas de cultura. Se não houvesse aquela grande mobilização em todo o
estado, principalmente em relação ao Projeto Guri, que tem capilaridade no
interior paulista.
Nós tivemos
manifestações contrárias aos anúncios dos cortes do Doria de Câmaras Municipais,
de prefeitos, de deputados estaduais, aqui, que se mobilizaram. Houve uma ampla
mobilização no estado de São Paulo da população.
E o Doria
recuou por conta da pressão social, da pressão popular. Ele recuou em relação
ao Projeto Guri, e, depois, recuou também em relação aos outros cortes na área
da Cultura.
Se não, a
situação seria muito pior. Mas, de qualquer forma, nós temos um Orçamento
insignificante para financiar a Cultura do estado de São Paulo. Oitocentos
milhões não é possível, deputada Leci Brandão.
E, assim,
também nas outras áreas, nós não temos investimento para o Iamspe, mesmo para a
Educação. Nós vamos continuar muito aquém de poder potencializar a oferta de
uma Educação pública gratuita e de qualidade.
A rede estadual
de ensino está totalmente degradada e sucateada; a carreira do magistério,
praticamente destruída, como também as dos outros profissionais da Educação. E,
o governo não sinaliza, nem do ponto de vista da construção das políticas
públicas educacionais, e muito menos do ponto de vista orçamentário para uma
saída dessa situação da degradação da Educação estadual, tanto do ponto de
vista da estrutura física das nossas escolas, como também do ponto de vista da
destruição das carreiras dos profissionais da Educação. Refiro-me aqui à
carreira do magistério, à carreira do quadro de apoio escolar, e também à
carreira dos gestores, dos diretores e dos supervisores de ensino. São
carreiras praticamente estagnadas.
E, para piorar,
o governador emitiu, através da Secretaria da Educação, uma Portaria, emitiu
uma Portaria, atacando, mais uma vez, o magistério estadual no processo de
atribuição de aulas, afrontando, inclusive, o estatuto do magistério público
estadual.
Nós já estamos
tomando providências, acionando o Ministério Público estadual, convocando o
secretário na Comissão de Educação, participando das manifestações da Apeoesp.
Inclusive, dia 18 haverá uma nova manifestação no vão livre do Masp; na semana
passada, eu participei de uma outra na frente da Secretaria da Educação. Eu
apresentei também um PDL, Projeto de decreto legislativo, para revogar, para
anular, a Portaria 6. O meu PDL é o PDL 31.
Enfim, nós
estamos tomando medidas aqui, apoiando toda essa movimentação contra essa
portaria perversa do governo estadual. Mas, voltando à questão do Orçamento,
queria fazer esse registro, de cortes, eu diria, perversos e nefastos, na área
da Assistência Social, um corte de 108 milhões de reais. Esses cortes afetarão
o Bom Prato, o Vivaleite. O Renda Cidadã é outro projeto que será afetado pelo
corte do Doria, além de programas de atendimento a idosos, crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade. Esses são os cortes na área da
assistência social, além dos cortes na área do transporte público, sobretudo na
área do Metrô, da CPTM e da EMTU.
Então, queria
fazer, inicialmente, essas considerações. Voltarei à tribuna comentando e
denunciando mais cortes orçamentários no orçamento antissocial do governo
Doria, que ataca as áreas socias, ataca a população, mas contempla com
desoneração fiscal os grandes empresários e os grandes setores econômicos do
estado de São Paulo.
Muito obrigado,
deputada Leci Brandão.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Obrigada,
deputado Carlos Giannazi. Antecipadamente, parabéns pelo Dia dos Professores,
que será amanhã. Vossa Excelência é professor.
Seguindo a lista de oradores, deputado
Cezar. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos.
(Pausa.) Deputado Major Mecca. Por permuta, convido o deputado Frederico
d’Avila para uso da palavra.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, demais colegas, aproveito para
cumprimentar a todos os professores pela data de amanhã. Sem dúvida nenhuma, é
onde começa um país, é sempre na sala de aula e no ambiente familiar.
Queria também
comentar sobre um post da deputada Leticia Aguiar, que esteve... Acho que o
deputado Gil Diniz esteve presente em Aparecida nesse final de semana, na
visita que o presidente Jair Bolsonaro fez à basílica, onde foi aclamado por
todos que ali estavam. Mais cedo, creio eu - acho que o deputado Gil não estava
nesse momento, pois estávamos juntos na formatura de sargentos -, o bispo Dom
Orlando falou sobre o que é a direita, o tradicionalismo... Que haveria de ser
combatido, o tradicionalismo, e que a direita era má e injusta.
Ora, eu
pergunto: se o tradicionalismo é ruim, então a Igreja Católica... Não sei
porque ela existe, porque toda ela é baseada em tradições, tradições que são
passadas ano após ano, século após século, e que fazem dela uma instituição
religiosa bastante sólida mundo afora. Então, disse lá o bispo de Aparecida que
o tradicionalismo deveria ser combatido, bem como o que se localizava à direita
- acho que no espectro político, só pode ser - era mãe de todas as
desigualdades.
Eu gostaria de
lembrar também, deputada Janaina, em homenagem às mulheres também, que dia 13,
ontem, foi aniversário da falecida ministra Margareth Thatcher, que enfrentou a
tudo e a todos no Reino Unido, no que diz respeito a isso que disse o bispo de
Aparecida.
Por conta de
suas ações como primeira-ministra da Inglaterra e do Reino Unido, ela enfrentou
muito corporativismo, enfrentou interesses do corporativismo estatal e trouxe
para o Reino Unido, para a Inglaterra, uma pujança econômica que se manifestou
durante o seu período de governo e o período seguinte, dos ministros que a
sucederam, tendo enfrentado, nos
primeiros anos, muitas dificuldades e dois atentados contra sua própria vida.
Um deles, inclusive, em um hotel, se não me engano, na Irlanda, onde restaram
vários mortos e feridos. Ela mesma escapou dessa vez e conseguiu levar seu
trabalho adiante. Se não me engano, o atentado foi em 1981.
Bom, aproveitando também
essa questão da visita do presidente Bolsonaro à Basílica, eu queria falar aqui
também, deputado Gil, e eu tenho bastante tranquilidade quanto a isso, porque
eu vi uma matéria estes dias no site Metrópoles, do Distrito Federal, uma
matéria bastante extensa enxovalhando, deputada Janaina, a agremiação religiosa
chamada Arautos do Evangelho que, inclusive, já nos deu o prazer de estar aqui
em algumas de nossas solenidades.
O Arautos do Evangelho
faz um belíssimo trabalho social. Eles têm lá uma disciplina bastante rígida, e
quem entra lá sabe que será assim, Major Mecca, assim como quem entra na
Polícia sabe que não vai ser colônia de férias, nem corredor pichado com a
imagem do Che Guevara e gente fumando maconha, esse tipo de coisa aí que o
pessoal gosta.
Então, no Arautos do
Evangelho, eles têm um belíssimo trabalho social, têm uma belíssima instalação
ali na Serra da Cantareira e fazem lá seus trabalhos religiosos e sociais de
maneira muito elogiada pela sociedade. Aí algumas pessoas acabam saindo,
porventura não se adaptaram ao sistema que lá é direcionado, e saem dando
notícia de coisas que não é mistério para quem lá entrou uma vez. Ou seja, aí
vão no ouvido de jornalistas que se utilizam da maldade do jogo das palavras
para desmoralizar uma instituição que tem um belíssimo trabalho religioso e
social.
Eu tenho o conforto de
dizer isso, pois, como eu não sou católico, apesar do meu pai ser de família
católica, eu reconheço não só nos Arautos, mas na obra de Deus, conhecido como
Opus Dei, um belíssimo trabalho social e religioso, inclusive no mundo laico. O
belíssimo trabalho do Opus Dei eu falo porque o Opus Dei é dirigido justamente
para o mundo laico, onde o trabalho é enaltecido. Na verdade, o trabalho bem
feito é a maior aproximação que o homem tem com Deus, segundo a doutrina do
Opus Dei.
Então todas as linhagens
religiosas que fazem bons trabalhos sociais, bons trabalhos religiosos e
confortam a sua comunidade têm que ser reconhecidas e enaltecidas.
Diferentemente do que falou o bispo de Aparecida, que por baixo daquela batina
deve tremular a bandeira da União Soviética... Por baixo daquela batina a gente
sabe que não tem compaixão nem cristandade nenhuma, aquilo ali nada mais é do
que estar se utilizando do altar de uma religião para propagar uma ideologia
assassina e que sempre traz, como bem disse o presidente Bolsonaro, aquilo que
nós verificamos na Venezuela.
Onde ela é implementada,
ela dá certo ao que ela se presta: traz miséria, fome, desigualdade, êxodo das
populações, perseguição, enfim, tudo aquilo que nós não defendemos, Major
Mecca. Nós defendemos a liberdade do homem de se manifestar, produzir e trabalhar,
sair de casa todos os dias, criar a sua família, enfim, de que faça da sua vida
a melhor possível, sem intervenção do Estado.
Então, eu deixo aqui o meu reconhecimento aos
Arautos do Evangelho e meu repúdio a essa matéria maliciosa desse site Metrópoles,
do Distrito Federal, que com certeza, Major Mecca, é um site direcionado
politicamente. Eu estava consultando agora, antes de vir falar aqui, que estão
sendo exaltados ali como entrevistados do site José Dirceu, Ciro Gomes e todas
essas porcarias da política nacional.
Sendo assim, deixo aqui
meu reconhecimento, parabenizo, Gil Diniz, por ter representado nossa bancada
em Aparecida, pelo seu acompanhamento e representação do PSL bancada estadual
junto ao presidente Bolsonaro e dizer que as imagens e os áudios falam por si
só a hora em que ele deixa a Basílica nós vemos que o que está ali expresso
pela população está totalmente em descompasso com o que dizem os datafolhas e
os ibopes da vida.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Obrigada, Sr.
Deputado.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sra.
Presidente, para falar pelo Art. 82, pela liderança do PSL.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - É regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PSL -
PELO ART. 82 - Obrigado, presidente. Volto aqui a esta tribuna mais para fazer
um agradecimento. Hoje pela manhã estive no Canil da Polícia Militar, deputada
Janaina Paschoal.
Esses dias que
nós falamos muito sobre a CPI da Venda de Animais, não é? Muitos criadores têm nos
procurado desesperados, achando que vão tentar, deputado Frederico,
inviabilizar a criação, por exemplo, de cães aqui no estado de São Paulo.
De um lado tem
os criadores, com quem eu simpatizo bastante, do outro lado tem ali os ditos
protetores, mas acredito, deputada Leci, que todos aqui querem o melhor para os
nossos animais. Ninguém aqui quer descuido, descaso, maltrato a esses animais.
Visitei há
cerca de duas semanas um canil, deputado Major Mecca, em Valinhos, o Canil
Máscara Negra, onde são criados, ali, a raça de pastor belga malinois. E hoje,
visitando ali o canil da Polícia Militar, vi vários cães dessa mesma raça e
tive, ali, algumas demonstrações, por exemplo, do faro apurado do cão,
encontrando explosivos, drogas. Cães que são verdadeiros combatentes,
verdadeiros policiais ali que mobilizam uma injusta agressão.
Gostaria de
deixar aqui consignado o meu muito obrigado ao comandante, coronel Cássio; ao
major Farrá; primeiro-sargento Irlan; capitão PM Maurício, que é veterinário;
cabo PM Caio; cabo Elerson; cabo Pazi; soldado Jean Causcas; cabo PM Santos
Silva.
O cabo PM
Santos Silva, deputado Major Mecca, além de fazer esse trabalho brilhante ali
com os cães, ele doou para o estado um cão, um pastor belga malinois. No
mínimo, deputada Leci, esse cão, quando ele comprou, no mínimo, foi dois mil,
dois mil e quinhentos reais, fora vacina, alimentação e tudo mais. O que passa
do soldo do próprio policial, do próprio soldado. E o que ele fez? Pegou esse
cão e doou para o estado, esse cão está ali no estágio final de treinamento e,
com toda a certeza, vai ajudar na segurança pública do estado de São Paulo.
Lembrando que o
canil, durante esse ano, já apreendeu mais de três toneladas de entorpecentes
pelo nosso estado e está em reformas. O canil, inclusive, no dia 16 de
dezembro, vai ter a sua inauguração. Eu não sabia, fiquei sabendo hoje, uma
grata surpresa, o canil agora é um batalhão, 5º Batalhão de Policiamento de
Choque.
Então, deixo
aqui meus parabéns ao comandante, ao coronel Cássio, marido da coronel Daniele,
que comanda ali o CPA/M-9, na região de Sapopemba, toda a zona leste, boa parte
da zona leste de São Paulo e faz um brilhante trabalho.
E me disse
também, e aí eu preciso elogiar, não é? Governador, não é só de vaia que o
senhor vai me culpar, não é? Deixa eu dar os parabéns aqui. Parece que o
governador tem interesse em ampliar o canil, em trazer outros cães, inclusive
do exterior. Parece que vai ter uma parceria aí, algumas empresas vão doar
esses cães, então, com toda a certeza, esses cães, juntamente com os policiais
preparados, vão, sim, ter um excelente resultado e prender muito traficante,
prender muita droga que, com toda a certeza, vai para a nossa periferia, Leci
Brandão, para as biqueiras, para as favelas, alimentar as quadrilhas, os
traficantes e alimentar também esses usuários que financiam o tráfico.
Então, parabéns, mais uma
vez, ao coronel Cássio. Governador, não vou puxar a vaia para o senhor agora,
não. Agora, o senhor merece aplausos, se realmente ficar efetiva essa ampliação
do Canil da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sra.
Presidente.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente,
queria sugerir,
líder, que você peça ao coronel Cássio, do canil, que eu tenho a satisfação de
conhecê-lo, quando esse novo cachorro estiver pronto, soltar ele no Crusp, lá
na USP, para ver o que ele vai achar.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO -
Sra. Presidente, eu gostaria de anunciar que hoje a Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo tem a honra de receber o criador do Projeto de lei Escola
sem Partido, o Dr. Miguel Nagib. Ele veio nos visitar, então, doutor, seja
bem-vindo a esta Casa de Leis. Que o senhor seja muito bem recebido, a
importância que o doutor tem legislando no que tange à educação, na melhoria na
Educação do nosso estado.
A
gente sabe que, infelizmente, a doutrinação ideológica existe e é real. Então,
queria agradecê-lo, em nome de todos aqueles que acreditam numa escola sem
doutrinação ideológica, pela batalha que o senhor tem travado a favor do Escola
sem Partido.
Pode
contar com todo o nosso apoio. O Dr. Miguel Nagib, inclusive, estará nos
acompanhando hoje à noite, a partir das 18 horas, na Universidade de Direito da
USP - Largo São Francisco, para palestrar, debatendo, porque, afinal de contas,
é isso que a gente quer, debater sobre o Escola sem Partido.
Então,
nós teremos duas pessoas contrárias ao projeto e duas pessoas favoráveis ao
projeto, debatendo a respeito desse tema tão importante para a população.
Então, mais uma vez, meu muito obrigado pela presença do senhor. Muito nos
honra a sua visita aqui nesta Casa.
O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, saudar
aqui o nosso amigo Miguel Nagib. Muito obrigado pela presença. A Casa é de V.
Exa. também. Parabéns por aceitar o desafio de ir ao Largo São Francisco,
juntamente com o Douglas, e aceitar esse debate.
Acho
que é isso que a gente quer, colocar também o contraponto. Eles estavam
acostumados com o discurso único. Agora, nós podemos colocar as nossas ideias e
a maneira que nós enxergamos o mundo. Parabéns pelo trabalho. Conte conosco
aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Deputada
Leci, só queria cumprimentar meu amigo Aslan. Ele é soldado da Polícia Militar
também. Estivemos juntos nos bancos escolares da Universidade Federal do ABC,
campus São Bernardo, mais conhecido como “Unilula”, Miguel Nagib. Eu acabei
abandonando o curso por outros motivos, por causa do trabalho, principalmente
das viagens, mas fizemos ali ciências e humanidades, e muito me honra a sua
presença aqui, soldado da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Muito
obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LECI
BRANDÃO - PCdoB - Continuando a lista do Grande Expediente,
deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.)
Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado
Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Castello Branco, que permuta com o deputado
Tenente Nascimento.
Tem
V. Exa. o uso da palavra pelo tempo regimental.
O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Sra. Presidente, deputada Leci Brandão, Srs.
Deputados, deputado Major Mecca, deputado Gil Diniz, deputado Douglas Garcia e
os demais, nossos policiais militares que aqui estão, nos acompanhando, você
que nos assiste pela TV Assembleia, é uma audiência muito bonita, e cada dia
aumentando, porque aqui trazemos temas importantes para discutir juntamente com
você, que está nos assistindo.
Mande as suas ideias para
que possamos juntos dialogar e também apresentarmos, neste plenário, os
projetos para o bem do povo paulista. Eu quero aqui, presidente, parabenizar e
agradecer ao nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, porque pela primeira vez
na história da nossa Escola de Formação de Sargentos, Curso Superior de
Sargentos, antigos CFAP, o qual eu tive o privilégio de ali servir por mais de
oito anos e ali formamos o sargento que é o elo da tropa entre a tropa e os
oficiais. Não é isso, Major Mecca?
É aquele que
realmente está na rua no seu dia a dia comandando a primeira fração de tropa,
que é o mais importante, que é aquela nossa rádio patrulha que vai numa
desinteligência, mas que também combate o crime ferozmente, colocando em risco
a própria vida. E nessa escola nós tivemos o privilégio, não é, Gil Diniz? Ele
já falou aqui.
Nosso
presidente, eu e o Gil Diniz estávamos lá, Mecca. Nós tivemos uma grande festa.
E é a primeira vez na história da Polícia Militar que um presidente da
República vem e participa juntamente com os familiares, juntamente com todos
desta grande festa. Então eu faço questão de ressaltar aqui este grande evento,
onde 693 novos sargentos estão aí nas ruas para realmente ajudar a combater os
malfeitores.
E ainda já
quero dizer à Sra. Presidente que nós já vamos receber na semana que vem,
Mecca, mais 750 novos alunos naquela unidade, que é a minha casa mãe, onde
durante muito tempo eu servi. Tem um vídeo aí que eu quero que seja
apresentado.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Aí está então a
festa que foi maravilhosa. Na próxima formatura eu gostaria de que a senhora
estivesse conosco para a senhora ver como que são os familiares, as crianças
uniformizadas. Então é muito importante, parabéns ao nosso presidente.
Agora eu quero
mudar aqui, passar para uma outra pauta importante, que mais uma vez,
logicamente, ao nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, como coordenador da
Frente Parlamentar de Segurança Pública e Cidadania desta Casa, sobre a atuação
do nosso presidente sobre o combate à criminalidade.
Dados do
Sistema Nacional de Segurança Pública - Sinesp - do Ministério da Justiça,
mostram que tivemos 5.423 menos assassinatos comparado ao primeiro semestre de
2019.
É importante
isso, não é, Mecca? Muito importante. E com o mesmo período de 2018, roubos a
banco tiveram queda de 40%, Sra. Presidente. Roubos a veículos, 27 por cento.
Esses são alguns dos resultados das ações efetivas do governo Jair Bolsonaro,
que está atuando de forma eficiente e sufocando o crime organizado. Faço
referência ao Major Mecca, que ele sempre foi homem de rua, e combatia com
aquela mesma veemência que está aqui neste plenário. Parabéns, deputado Major
Meca, Gil Diniz, Douglas Garcia.
Sra.
Presidente, muitas vezes a sociedade é condenada pela impunidade. Apresentamos
nesta Casa a Moção 163, de 2019, em apoio ao pacote anticrime, que é proposta
do governo Jair Bolsonaro, bem elaborada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.
O pacote
anticrime reúne dois projetos de lei ordinárias. É um projeto de lei
complementar que objetiva aumentar a eficácia no combate ao crime organizado,
ao crime cometido de forma violenta. E também, claro, a corrupção, através da
alteração do Código Penal, do Código de Processo Penal, da Lei de Execução
Penal, da Lei de Crimes Hediondos e do Código Eleitoral.
Vou mencionar
alguns pontos do pacote da medida anticrime. Eu queria soltar um segundo vídeo,
por favor.
* * *
- É feita a
exibição de vídeo.
* * *
Vejam que esse
vídeo estava sendo veiculado e alguém entrou na Justiça para impedir que fosse
veiculado um projeto tão importante para a nossa sociedade, que prevê executar
a pena após a condenação em segunda instância, e mudanças no Tribunal do Júri,
que são medidas que garantem que o criminoso cumpra a sua pena logo após a
condenação.
Mais rigor no
cumprimento das penas como, por exemplo, negar aos condenados por crimes
hediondos as saidinhas temporárias. Melhorias na apreensão e venda de bens
ilícitos do estado. Soluções negociadas.
Sexto: amplia o
uso da videoconferência em interrogatórios, evitando que tenhamos mais
deslocamentos dos nossos policiais para que acompanhem essas audiências. E
dificultar a soltura dos bandidos habituais. Endurece regras para o cumprimento
de pena em prisões federais. Moderniza meios de investigação. Amplia a coleta
de DNA. E regulariza o informante do bem.
Notamos que um
dos maiores anseios da nossa sociedade é a aprovação, na Câmara Federal, do
pacote anticrime. Porque, quando a lei não é rigorosa, quem é punido é a
vítima, Sra. Presidente. Diante de sua importância e relevância, apresentamos
uma moção de apoio para que, tão logo seja aprovada em Brasília, beneficiando
assim o cidadão de bem, o povo brasileiro, o pacote anticrime. A lei tem que
estar acima da impunidade.
Muito obrigado.
Sra. Presidente. Muito obrigado a todos que nos assistem. Tenham uma boa tarde
e uma boa semana.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Obrigada, Sr.
Deputado.
Pela ordem.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Se houver acordo entre
as lideranças, depois da fala do deputado Tenente Nascimento, quero pedir o
levantamento da presente sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - É regimental.
Esta Presidência, cumprindo disposição
constitucional, adita à Ordem do Dia o Projeto de lei nº 993, de 2019, e o
Projeto de lei nº 329, de 2011, vetado.
Havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de
quinta-feira, com os aditamentos anunciados.
Está levantada a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 16 horas e 19 minutos.
*
* *