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6 DE SETEMBRO DE 2019

31ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM À REITORIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO, COMPOSTA PELOS SENHORES PADRE JOÃO BATISTA GOMES DE LIMA (REITOR), PADRE ANÍSIO BALDESSIN (VICE-REITOR E PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO) E PROFESSOR DOUTOR CARLOS FERRARA JUNIOR (PRÓ-REITOR ACADÊMICO)

 

Presidência: CORONEL NISHIKAWA

 

RESUMO

 

1 - CORONEL NISHIKAWA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - FÁBIO SIQUEIRA

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa e demais autoridades presentes.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL NISHIKAWA

Informa que a Presidência convocara a presente sessão solene, em "Homenagem à Reitoria do Centro Universitário São Camilo, composta pelos Senhores Padre João Batista Gomes de Lima (Reitor), Padre Anísio Baldessin (Vice-reitor e Pró-reitor Administrativo) e Professor Doutor Carlos Ferrara Junior (Pró-reitor Acadêmico)", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Presta homenagem, com a entrega de placas, a diversos colaboradores do Centro Universitário São Camilo.

 

4 - REINALDO BARREIROS

Gestor da Associação Atlética Acadêmica Nader Wafae, declara-se honrado por participar desta solenidade. Presta homenagem à memória do Dr. Roberto Kikawa, por seu trabalho social. Expressa seu desejo de ver uma sociedade mais justa. Descreve a atuação do Centro Universitário São Camilo na área da Saúde. Cita poema de John Donne.

 

5 - BRUNO GIMENES

Aluno do Centro Universitário São Camilo, representando a Associação Atlética Acadêmica Nader Wafae, discorre sobre os esforços de humanização da medicina. Destaca que tal processo deve começar já durante a formação do médico. Considera que o Centro Universitário São Camilo cumpre essa função. Parabeniza todos os alunos da instituição.

 

6 - MARCELO CALÁBRIA

Médico, representando o Centro Acadêmico e as Ligas de Medicina, faz breve histórico de sua trajetória profissional. Relata como teve início a realização dos eventos "Céu na Cidade", durante os quais o Centro Universitário São Camilo presta assistência médica gratuita. Destaca que foi influenciado pelos Médicos sem Fronteiras.

 

7 - CARLOS FERRARA JÚNIOR

Pró-reitor acadêmico do Centro Universitário São Camilo, manifesta sua alegria pela homenagem feita à instituição. Enaltece todos os professores e alunos participantes do "Céu na Cidade", que oferece atendimento médico a comunidades carentes. Declara que é essencial agir, com abnegação, pelo bem da sociedade.

 

8 - LUCAS HAYASHI

Pastor da Igreja Monte Sião, parabeniza os integrantes do Centro Universitário São Camilo. Ressalta que foi professor da entidade por alguns anos. Reflete sobre trecho bíblico acerca da importância de pensar no bem do próximo. Destaca o exemplo de Jesus Cristo e de São Camilo de Lellis, patrono da instituição. Tece considerações sobre a missão das igrejas.

 

9 - PRESIDENTE CORONEL NISHIKAWA

Presta homenagem, com a entrega de diplomas, aos presidentes das Ligas Camilianas. Destaca a justeza desta homenagem ao Centro Universitário São Camilo. Enaltece a memória do Dr. Nader Wafae, com quem trabalhou quando este foi secretário estadual da Saúde. Fala sobre os problemas enfrentados pelo SUS. Parabeniza os alunos do Centro Universitário São Camilo, por seu trabalho em prol dos mais necessitados. Defende a humanização da medicina. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão  o Sr. Coronel Nishikawa.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de homenagear a reitoria, colaboradores do Centro Universitário São Camilo, bem como todos os camilianos.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela rede Alesp, e será retransmitida no dia 9 de setembro, às 12 horas, pela TV Net, canal 7; pela Vivo, canal 9; TV digital, 61.2.

Convidamos agora para a composição da Mesa: o presidente desta sessão solene, deputado estadual Paulo Nishikawa; representando o Centro Acadêmico Nader Wafae, Dr. Marcelo Calábria; representando a Associação Atlética Nader Wafae, Bruno Gimenes; o Sr. Pró-Reitor Acadêmico, Prof. Dr. Carlos Ferrara Junior; representando a Igreja Monte Sião, o pastor Lucas Hayashi e o gestor da Atlética, Reinaldo Barreiros. (Palmas.)

Podem tomar seus assentos.

Com a palavra o presidente desta sessão, o Coronel Paulo Nishikawa.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL NISHIKAWA - PSL - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta sessão solene foi autorizada pelo presidente da Alesp, Cauê Macris, ao qual rendo homenagens.

Nesta sessão, concederemos Placa de Homenagem aos agraciados pelos relevantes serviços prestados a toda a sociedade paulista.

Convido os presentes e aqueles que tenham condição que se coloquem em posição de respeito para ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Gostaria de cumprimentar os familiares dos camilianos, todos os integrantes da Universidade São Camilo, bem como a Reitoria, Pró-Reitoria.

Convido agora os agraciados para receberem a Placa de Homenagem pelos relevantes serviços prestados a toda a sociedade paulista.

Peço ao presidente desta sessão, Coronel Nishikawa, que fique à frente das bandeiras. E peço que receba a primeira placa o gestor da Atlética, Sr. Reinaldo Barreiros.

 

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- É entregue a Placa de Homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Representando a Associação Atlética Acadêmica Nader Wafae, o aluno Sr. Bruno Gimenes.

 

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- É entregue a Placa de Homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Representando o Centro Acadêmico e as Ligas de Medicina, o Dr. Marcelo Calábria.

 

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- É entregue a Placa de Homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - O Sr. Pró-Reitor Acadêmico, Prof. Dr. Carlos Ferrara Júnior.

 

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- É entregue a Placa de Homenagem. (Palmas.)

 

                                                                       * * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - O Sr. Vice-Reitor, convido que venha até nós, Prof. Pe. Anísio Baldessin.

 

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- É entregue a Placa de Homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Convido o Sr. Rafael Simões Ferreira para receber a Placa de Homenagem ao Sr. Reitor Prof. Me. João Batista Gomes de Lima.

 

                                                                       * * *

 

- É entregue a Placa de Homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Convido agora para uso da tribuna - peço que os convidados que farão uso tribuna o façam por três minutos, por conta da TV - primeiro o Sr. Gestor da Atlética, Reinaldo Barreiros.

 

O SR. REINALDO BARREIROS - Boa noite. Já posso ver o olhar de medo de alguns camilianos aqui, porque, toda vez que eu tomo a palavra, os discursos não duram menos do que três horas. Em três minutos realmente vai ser muito desafiador para mim, e por isso eu trouxe algumas palavras de uma forma mais organizada do que vocês estão acostumados. Mas, antes de qualquer coisa, é uma honra, um prazer e a realização de um sonho estar aqui.

Antes de começar, eu quero saudar todos os presentes: a iniciar pelo meu amigo Dr. Fábio Siqueira, que está aqui; meu irmão Marcelo Calábria, de tantos anos de caminhada; quero saudar o nosso presidente, Bruno Gimenes, para todos aqui conhecido como Tropeço; quero saudar também o pastor Lucas Hayashi, representando aqui todas as instituições religiosas que fazem trabalho de solidariedade e cidadania.

Também quero agradecer ao nosso pró-reitor Carlos Ferrara Júnior; ao nosso padre Anísio e ao professor Rafael, que estão aqui representando o Corpo Acadêmico da Medicina São Camilo. Deputado, é uma grande honra estar aqui neste evento contigo. Muito obrigado por abrir as portas da Casa a nós, os camilianos.

Eu inicio também dizendo, lembrando, trazendo à nossa memória um grande homem que não está mais conosco. Assim como eu, tinha um íntimo laço de relação com a São Camilo: o Dr. Roberto Kikawa, um grande homem em quem eu me inspirei muito nas ações de solidariedade e cidadania ao projetar o “Céu na Cidade”. O Dr. Roberto Kikawa foi uma grande inspiração para mim e com certeza está aqui entre nós e estaria aqui fisicamente caso estivesse... Enfim, não vou me deixar tomar pela emoção.

Eu tenho um sonho. Assim como Martin Luther King Jr, eu tenho um sonho de ver um mundo melhor. Assim como tantos outros homens e mulheres aqui dentro deste salão, tenho colocado a vida à disposição desse sonho. Sei que esse sonho não será alcançado sozinho, e aqui neste lugar eu vejo muitos rostos que, assim como eu, têm se tornado uma ferramenta ativa para romper as cadeias da injustiça, desatar as cordas que a tantos aprisionam, soltar os livres, os antes cativos, e encorajar os oprimidos. Eu vejo isso nesses rostos.

Parte do meu sonho é que possamos nos tornar uma sociedade que reparte o alimento, que abriga o desamparado, que acolhe o estrangeiro, que ama e que cuida dos que precisam, sem julgar. Fazer o bem simplesmente por fazer o bem, essa é a sociedade do meu sonho. Que desamparados, órfãos e viúvas, além dos estrangeiros, vejam em nós um abrigo humano para encontrarem forças e assim poderem reconstruir suas vidas e recomeçar a sonhar.

Eu venho aqui manifestar minha gratidão, porque vocês estão me ajudando a dar um passo, dia após dia, para dentro desse sonho. Primeiramente, agradeço a Deus, a minha família, mas também a vocês, camilianos, homens e mulheres que têm me permitido caminhar nesse sonho.

Hoje são diversas ações de solidariedade e cidadania que a Medicina São Camilo realiza em São Paulo, e toda essa cultura se inicia no “Céu na Cidade”. A ideia de unir solidariedade e saúde surgiu em uma conversa entre eu e Marcelo em um ônibus, indo para o Jumed, e de bate pronto caiu no coração dos camilianos. Com certeza nós já vemos aqui geração após geração, isso dando fruto.

Hoje os números de atendimento da São Camilo não somente no “Céu na Cidade”, mas em diversas ações através do CA e de outros grupos organizados da São Camilo são gigantes, e eu acredito que esses números são gigantes porque a São Camilo é gigante. Ela pensa gigante; ela se move como um gigante. E eu também não posso deixar de aproveitar esse tempo para dizer que nós não podemos parar. Nós ainda temos muito a transformar juntos, nós temos muito a conquistar juntos.

E façamos deste mundo melhor, um mundo mais justo, inspirando outras instituições de ensino e de esporte, em especial as de medicina, a saírem das suas zonas de conforto e a mergulharem nas ruas em busca daqueles que precisam. Eu acredito que essa ação chamada “Céu na Cidade”, que inspirou as outras ações, somente alcançou o seu propósito maior graças aos camilianos; graças ao seu amor, dedicação e preparo. Vocês são o motivo desta noite existir. É um prazer estar aqui honrando vocês.

Eu encerro dizendo ser grato e honrado por poder construir pontes, por pavimentar vias onde possa trafegar o amor, ainda mais nesses tempos tão confusos de intolerância e ódio. Que possamos todos agir para que aquilo que nos une seja maior do que aquilo que discordamos, amemos sem medida aos que precisam e aos que precisam de nós em todo o tempo.

Eu deixo convosco, para encerrar, uma citação de John Donne respondendo a um poema do Hemingway, de “Porque que os sinos dobram?”: “Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a nação ficará diminuída. A morte de qualquer homem também me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não me perguntes por que os sinos dobram; os sinos dobram por ti”.

Eles dobram por mim. Eles dobram por nós, a cada um que perdemos. Eu sei muito bem que somos muito diferentes, mas sei também que é o amor que nos une. Muito obrigado, camilianos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Agradeço as palavras do Reinaldo Barreiros. Convido agora para fazer uso da tribuna, representando a Associação Atlética Acadêmica Nader Wafae, o aluno Sr. Bruno Gimenes.

 

O SR. BRUNO GIMENES - Boa noite a todos. É uma honra fazer parte desta bancada e poder discursar em um ambiente muito importante para o Estado, diante de pessoas tão especiais para mim. Agradeço também oportunidade de falar de duas coisas que amo: a medicina e o Centro Universitário São Camilo.

A medicina cada vez mais discute a respeito da humanização. Uma relação mais próxima e humana entre médico e paciente é com certeza o caminho certo a seguir na área da Saúde, mas colocá-lo em prática tem sido um desafio. Alguns ainda desconhecem o sentido real do dia a dia.

Quando se ouve o termo, a ideia associada é de consultas mais longas, olhar para a pessoa, ouvi-la com respeito. A medicina humanizada, no entanto, extrapola o atendimento que o médico realiza no consultório ou no ambiente hospitalar. É um conceito importante, já que as Ciências Médicas relacionam-se muitas vezes com o seu paciente como um cliente genérico, refletido por diretrizes e estatísticas disponíveis para o conhecimento médico, determinantes do seu raciocínio, norteando condutas e diagnósticos.

Desta forma, constantemente o paciente não é percebido na medicina em sua particularidade, afastando a possibilidade de ser ativo e de demonstrar seu estilo de viver ou as suas possibilidades de recuperação numa situação patológica. No ambiente acadêmico, a cada semestre o conhecimento da Ciência aumenta e nos deparamos com inúmeras pessoas com necessidade de cuidado e respeito.

Diante desse cenário, acreditamos que a humanização na medicina tem como alicerce a humanização do próprio aluno ou próprio profissional da Saúde e, que assim como aprendemos, nós continuamos difundindo o cuidado em nossas ações.  Formar médicos humanistas vai muito além de dar um caráter humanitário ao futuro médico, mas instalar um processo de reflexão que lhe permita de modo continuado reavaliar sua opção vocacional, sua resposta como pessoa e como um profissional.

Um elemento essencial que se insere no indivíduo, que luta para salvar vidas, amenizar sofrimento, curar ou até mesmo só ouvir. Nós defendemos que esta humanização tem como base construir relações de afeto e de seres humanos na área de Saúde. É um trabalho difícil, já que o conhecimento se traduz em poder e amor se traduz em serviço. Por isso, desde o primeiro ano em que o camiliano tem contato com a faculdade, esse encontro é um ambiente de eventos voluntários, organizados por nossos órgãos estudantis.

Com muito orgulho, afirmo que faço parte de uma faculdade criadora de projetos como o “Céu na Cidade”, evento este que conta com mais de 600 atendimentos por edição e cerca de 250 pessoas com o objetivo de ajudar aqueles que precisam.

Camilianos, aqui está o futuro da Saúde brasileira. Nós lutamos todos os dias para ser exemplo de instituição que contribui para uma medicina de cuidado, respeito, empatia e cumplicidade. Hoje, nós, aqui neste lugar, somos o exemplo.

Parabenizo a todos pelo empenho e dedicação à Saúde brasileira. Continuemos crescendo.

Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Agradeço as palavras de Bruno Gimenes e convido agora para fazer uso da tribuna, representando o Centro Acadêmico e as Ligas de Medicina, o Dr. Marcelo Calábria.

 

O SR. MARCELO CALÁBRIA - Boa noite a todos. É um prazer estar aqui, é uma honra poder falar com vocês e poder ter vivido isso na São Camilo. Antes de tudo, queria agradecer ao professor, técnico, amigo, meu irmão Reinaldo. Sem esse início de conversa em um ônibus do Jumed, nada disso teria acontecido.

Queria agradecer ao professor Carlos Ferrara; ao professor padre Anísio, sem eles, sem o apoio deles na São Camilo, em 2013, nada disso teria acontecido; queria agradecer a oportunidade de este evento acontecer aqui. E, enaltecer tanto o evento que a gente criou lá em 2013, quanto os alunos da São Camilo, pois graças a vocês esse evento foi viável. Queria agradecer ao Dr. Fábio Siqueira e ao Coronel Nishikawa, pois sem vocês este evento não seria possível.

Fui pego de surpresa para falar aqui, mas vou tentar expressar um pouquinho do que aconteceu, do meu sentimento em fazer o “Céu na Cidade”, esse evento. Sou médico formado no Centro Universitário São Camilo. Antes de fazer medicina, fiz administração: trabalhei no mercado financeiro, trabalhei em petrolíferas e nunca fiquei satisfeito, até que minha namorada, na época, me apresentou os “Médicos Sem Fronteiras”. Fiquei apaixonado por essa ideia. Essa namorada virou minha mulher depois - ela está aqui atrás, veio me acompanhar -, a Regina Meirelles.

Fiquei apaixonado pela ideia dos “Médicos Sem Fronteiras”, por essa ideia romântica de sair do Brasil e fazer o bem lá fora. Para mim, isso era incrível. Pedi demissão da empresa em que eu trabalhava e voltei para o cursinho com o objetivo de fazer medicina com o intuito de cuidar dos mais pobres ou de quem precisasse. Na verdade, era uma ideia que não tinha muito fundamento teórico, nem um objetivo maior naquele momento.

Entrei no Centro Universitário São Camilo e me deparei com uma universidade que corroborava com os meus valores e que me levou a muitos lugares distantes, muitas vezes, dos nossos tijolinhos lá no Ipiranga: Carapicuíba, Itapevi, Capão Redondo. E eu percebi que, na verdade, a gente olha tanto lá fora com um olhar romântico de levar saúde, conhecimento, educação, e o nosso quintal de casa está totalmente desarrumado. Então, o que a gente consegue fazer aqui dentro com esse olhar dos “Médicos Sem Fronteiras”, desse evento de voluntariado lá fora?

Eu sempre gostei de esportes. Era atleta, joguei handball, judô, atletismo. O Reinaldo foi meu técnico durante muitos anos. A gente estava indo para um Jumed em 2013 e ele falou de um evento, o “Céu na Cidade”, um evento que ele fazia em Guarulhos. Conversando sobre o evento, a gente chegou à ideia, juntos, de por que não levar saúde para esse evento beneficente, para essa comunidade carente? E o “Céu na Cidade” surgiu daí.

Voltamos para São Paulo. Fiz uma reunião com o Centro Acadêmico, na época, com as Ligas Acadêmicas e com a equipe do “Céu na Cidade”. Essa conversa no ônibus para o Jumed virou um evento, o “Céu na Cidade”.

Não tínhamos médicos naquele momento. E aí, quem vai ser a nossa coordenadora? Bati na porta de casa e falei: “Mãe, vem cá” A Dra. Mara Gandara foi a nossa primeira coordenadora médica do “Céu na Cidade”. Obrigado. Se não fosse ela também, nada disso aconteceria. (Palmas.)

Depois de alguns eventos, em quatro eventos em que eu era acadêmico, eu tive a oportunidade e a honra de ser coordenador-médico, no ano passado, do “Céu na Cidade”, em que levamos vocês - cerca de 270 acadêmicos de medicina e cerca de 15 médicos em mais de dez especialidades - para fazer um atendimento em cerca de mil pessoas, em Guarulhos.

Virou um evento gigantesco. Hoje, como médico, vejo a importância que nós fizemos na vida dessas pessoas, e como pequenas ações, como essas que nós fizemos lá, mudam a vida das pessoas. Levem isso para a sua vida inteira, para a sua vida profissional. É um orgulho ser camiliano, é um orgulho. Nunca deixem de ser orgulhosos de serem camilianos.

Obrigado, pessoal. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Agradeço as palavras do Marcelo Calábria. Convido, agora, para o uso da tribuna o nosso pró-reitor acadêmico, Prof. Dr. Carlos Ferrara Júnior. (Palmas.)

 

O SR. CARLOS FERRARA JÚNIOR - Boa noite a todos e a todas. Cumprimentando o deputado Coronel Nishikawa, cumprimento todos os membros desta Mesa que dirige os trabalhos desta noite. Cumprimentando o nosso vice-reitor, padre Anísio, cumprimento todos os que estão aqui, alunos, pais, professores, coordenadora de graduação e demais funcionários do nosso Centro Universitário.

Também não trouxe nada escrito, mas para nós é um motivo de grande alegria esta noite, esta homenagem justa para todos vocês, lembrando um pouquinho do que foi para mim o “Céu na Cidade”. O “Céu na Cidade”, em 2014, encontrando o então acadêmico Dr. Marcelo em algum corredor do Centro Universitário: “Olha, no dia 12 de outubro, feriado, Dia da Criança, teremos um evento lá em Guarulhos e tal.” E me convidou.

Eu acabei indo, junto com o professor Marcelo Kalil, à época. Nós fomos ao “Céu na Cidade” e participamos, naquele dia inteiro, de intensas atividades. Os nossos alunos, todos “rodiziando”, com a mãe do Dr. Marcelo, se não me engano, otorrino, isso mesmo. E ela lá, cuidando dos alunos. Aí passou mais um ano, 2015, 2016.

Hoje, nós já temos, então, o Dr. Marcelo, que foi o coordenador do último evento. Para nós, isso é muito bom, uma grande alegria, porque, como camilianos que somos, e vocês, que são camilianos, alunos camilianos, como disse o Reinaldo, o Marcelo e o Bruno: certamente, uma vez camiliano, sempre camiliano.

Nós temos que ter em mente que sempre é possível dar de si sem pensar em si. Isso é muito bom. Então, nós podemos agir para a comunidade sem pensar em nós, sempre pela comunidade. Com isso, nós conseguimos viver os nossos sonhos, os sonhos da comunidade, para que seja possível transformar a vida dessas pessoas. De uma forma ou outra, nós terminamos sendo um presente para todos eles, nós, enquanto Centro Universitário, vocês, alunos, para aquela população carente que precisa desse cuidado e desse carinho.

Para encerrar, agradecendo mais uma vez, dizer que, como camiliano que sou e somos, nós sempre devemos estar com mais coração nas mãos, e é isso que a gente prega sempre, todos os dias, pelos corredores da São Camilo.

Muito obrigado a todos. Parabéns. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Agradeço as palavras do pró-reitor acadêmico Carlos Ferrara Júnior. Convido, agora, para finalizar esta parte o pastor Lucas Hayashi, representando o Instituto Akachi e a Igreja Monte Sião, em São Paulo.

 

O SR. LUCAS HAYASHI - Boa noite a todos. Gostaria de cumprimentar o deputado Coronel Nishikawa e toda a Mesa; agradecer a todos vocês, pais, presentes e também futuros médicos e médicas camilianos. Para mim, é uma honra estar aqui, principalmente porque durante cinco anos eu fui professor da São Camilo também e estive bastante com o Carlos Ferrara. Foi um prazer muito grande fazer parte dessa família camiliana.

Como a gente sempre ouviu e falou para os alunos: “Sempre mais coração nas mãos”, frase do São Camilo de Lellis, que sempre incentivava as pessoas e os médicos, os profissionais de Saúde, a terem mais humanização com relação aos doentes, aos sofridos, aos perdidos.

E é interessante que a Bíblia, no Livro de Ezequiel, Capítulo 36: 26, fala que existe uma profecia desse profeta Ezequiel: “E exporei um novo espírito e eu trarei um coração novo; tirarei o coração de pedra e colocarei um coração de carne”. Em outras palavras, um coração de pedra é um coração insensível, que não sente a dor do próximo, enquanto um coração de carne é um coração sensível, que tem vida.

E essas palavras são palavras que se referem também a Jesus, que foi referência, também, de São Camilo de Lellis. Se a gente for ver, Jesus teve 33 anos de vida, sendo três anos de ministério. Uma das marcas fundamentais da vida de Jesus Cristo foi justamente a cura. E multidões o seguiam, porque ele curava essas pessoas, mas ele curava porque era impelido por um amor, pela compaixão. A gente sempre fala: amor é uma decisão em amar. E amar é um verbo que requer uma ação. E quando a gente fala em amar, a expressão de amar vem também através do servir e de cura.

Jesus, que foi o maior líder de toda a humanidade, o maior líder porque foi servo e foi, através da sua conduta, através das suas obras e do seu caráter, exemplo para todos. Ele ainda continua sendo exemplo para todos nós e, por isso, nós precisamos ter, mesmo, mais coração em nossas mãos. E esse coração de carne, que realmente tem vida e que traz e produz vida para outras pessoas, essa bandeira do cristianismo é o amor. E é esse amor que tanto nós falamos e nós queremos cada vez mais ter.

E eu, depois de cinco anos dando aula na São Camilo, também fui gestor, fiz administração hospitalar, fui coordenador do Hospital de Carapicuíba e também Itapevi. Lá, nós tivemos trabalho com os alunos, também, da fisioterapia - esqueci de falar esse detalhe -, e a gente pôde, então, aprender muito mais da parte humana e, na prática, o que realmente é o verdadeiro amor. Hoje, sou pastor da Igreja Monte Sião e represento aqui, também, todas as organizações sociais que prestam serviço de assistência à saúde.

Como eu sempre falo, igreja vem da palavra “eclésia”; e “eclésia” significa “os chamados para fora”. E Jesus fala que nós somos a luz do mundo. E igreja - os chamados para fora - é justamente para trazer luz para fora da igreja, das quatro paredes. Então, se a gente entender que a igreja são aqueles que levam luz para fora das quatro paredes, e através das ações, vocês também fazem parte da igreja; vocês também são igreja quando a gente entende o contexto de igreja no sentido de levar luz para fora das quatro paredes.

Realmente, o meu desejo é que um dia cada um de nós possa ter, cada vez mais, o conhecimento mais profundo desse amor de Deus Pai, Deus Filho e do Espírito Santo, porque não tem altura, não tem largura, não tem medida. É um amor sobrenatural, um amor profundo. E quanto mais a gente conhece, mais a gente percebe que a gente não conhece, porque é um mistério esse amor. E que cada um de nós possa realmente ter mais desse amor no nosso coração e também mais coração em nossas mãos. Muito obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNICAS - FÁBIO SIQUEIRA - Agradeço as palavras do pastor Lucas Hayashi.

Convido agora para um momento importante, onde os presidentes das ligas camilianas virão à frente para receber, em nome dos demais membros, os diplomas de agradecimento e participação com dedicação, competência e esforço, atenção e afeto, no relevante trabalho voluntário realizado no evento “Céu na Cidade” e demais ações de solidariedade e cidadania junto à população do estado de São Paulo, promovidas pela Associação Atlética Acadêmica e Centro Acadêmico Professor Nader Wafae, em parceria com o Centro Universitário São Camilo.

Convido para vir à frente Gustavo Gomes Quintas. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Gabriele Pereira Knutsen. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Leandro Leal Silva. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Leonardo Ayres Canga. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Luigi Bezerra de Almeida. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Leonardo Garcia Góes. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Rafaela de Gasperi. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA -Renata Queiroz Saltão. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Vanessa Stefaniak. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA -Vitor Garcia Barboza Lima. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Peço que todos que receberam permaneçam para tirar uma foto oficial. Enquanto tira a foto individual, vocês estão assistindo o vídeo da visita do deputado Coronel Nishikawa à Universidade São Camilo.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FÁBIO SIQUEIRA - Informo que os demais alunos vão receber o seu certificado ao final, com a Clara.

As fotos oficiais do evento estão colocadas no QR code que vai ser colocado no telão dentro de instantes. Peço que venham à frente para a foto oficial com o deputado Coronel Nishikawa. Quem quiser aproveitar e fotografar o telão vai conseguir acessar fotos oficiais.

Peço a todos que retornem a seus lugares. Uma salva de palmas. (Palmas.)

Passo agora a palavra ao presidente desta sessão, Paulo Nishikawa, para que faça as suas palavras e o encerramento da presente sessão solene.

 

O SR. PRESIDENTE CORONEL NISHIKAWA - PSL - Boa noite a todos. Primeiro, quero agradecer a Deus por estar tendo essa oportunidade de vocês estarem aqui. Nós, como bombeiros, somos intimamente ligados à área médica. Trabalhamos no resgate na capital e no ABC. Além de ter parentes médicos também. Então existe essa correlação.

Uma outra coisa. Nessa oportunidade, lembrando em memória do doutor Nader Wafae, eu gostaria de confessar aos senhores que aprendi muito com ele. Trabalhei com ele. Fui assessor militar do Dr. Nader quando ele foi secretário de Estado da Saúde. Fiquei muito feliz com a visita que fizemos na São Camilo.

Vi duas salas iluminadas em homenagem a ele. Moralidade, ética, tudo isso aprendemos com ele. São muito importantes os ensinamentos dele. Eu viajava pelo interior com ele visitando hospitais, visitando prontos-socorros, e eu sei das necessidades dos hospitais, das Santas Casas.

A maioria das emendas que nós apresentamos, que nós tivemos a oportunidade de ter no primeiro momento, a maioria foi para entidades de Saúde. Eu sei da necessidade que a Saúde tem, e que o que Estado ou o governo federal paga é insuficiente para cobrir qualquer tipo de consulta; nós sabemos disso.

Por isso é um motivo de felicidade de estar podendo ter a honra de poder homenageá-los.

Eu estive com os jovens alunos, o que me dá esperança. A esperança de ver um futuro melhor para o nosso País. Eu vejo que as pessoas são empenhadas humanisticamente. Esses dias eu estou passando por vários médicos, esta Casa me revelou algumas pré-doenças que eu tinha, como pneumonia, como sinusite. Eu estou tentando me curar disso aí. A minha voz até está até meio fanha por isso. Então, é uma coisa que não tem como a humanidade não conviver.

O progresso da medicina é um negócio absurdo. Eu conheci várias faculdades de medicina andando com o Dr. Nader, Dr. Carmo, que dá aula na Unicamp, também trabalhei com ele. E na oportunidade que nós tivemos hoje, a gente vê como evoluiu a medicina e como, também, vocês estão muito mais humanizados.

Isso traz esperança. Isso é uma luz para o nosso futuro. Vocês estão de parabéns pela dedicação, por tudo que vocês fazem e pode melhorar as condições de saúde, que é o que nós mais prezamos na nossa existência, na nossa vida. Eu sempre digo que não é o que eu faço, mas o que eu posso fazer. Seria muito mais adequado o que eu posso fazer do que o que eu faço.

Aqui nesta Casa, eu confesso, eu estou incidentalmente nesta Casa. Começamos a trabalhar para elegermos uma pessoa que tinha condições de melhorar a situação no nosso País. Eu não tinha intenção nenhuma de ser deputado.

Aos 70 anos, eu estou aqui. Quero dedicar minha vida durante os quatro anos que eu estiver aqui, com muita garra, muita honra, para poder servir como vocês servem. Eu espero um País melhor, um futuro melhor para vocês, para os nossos filhos e para os nossos netos. Parabéns. Muito obrigado pela oportunidade que vocês me deram.

Para encerrar, quero agradecer à Presidência da Alesp, o impecável serviço de Cerimonial desta Casa, nossos convidados, todos homenageados, os profissionais de TV da Assembleia, de Audiofonia, policiais militares, à minha assessoria pelo empenho, pela dedicação e pelo resultado que nós obtivemos aqui.

Esgotado o objeto da presente sessão, declaro encerrada esta solenidade.

 

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- Encerra-se a sessão às 20 horas e 53 minutos.

 

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