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12 DE SETEMBRO DE 2019

102ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA e FREDERICO D'AVILA

 

Secretaria: FREDERICO D'AVILA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Cancela, em nome da Presidência efetiva, sessão solene anteriormente convocada para o dia 13/09, às 10 horas, para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro", a pedido do deputado Delegado Bruno Lima. Convoca sessão solene a ser realizada no dia 25/10, às 20 horas, para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao Senhor Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, a pedido do deputado Douglas Garcia.

 

2 - PAULO LULA FIORILO

Tece considerações a respeito dos índices de suicídio, no mundo. Comenta dados estatísticos da OMS - Organização Mundial da Saúde, sobre o tema. Informa que a cada 40 segundos uma pessoa se suicida. Comenta casos em escolas estaduais, cujos nomes lista. Revela que alunos têm discutido práticas para levar a efeito o ato. Acrescenta que professores não têm amparo técnico para enfrentar a questão. Clama à Secretaria da Educação que defina prioridades de atuação nesses casos graves.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Anuncia a presença de servidores aposentados, de universidades públicas, a representar o Fórum de Aposentados. Comenta o pleito da categoria, ao qual manifesta apoio. Critica a reitoria da Unesp, por orientar o fechamento de departamentos, como o de Artes Cênicas, por exemplo. Defende o aumento do percentual do ICMS destinado às universidades estaduais. Informa que seu mandato deve tomar providências.

 

4 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Anuncia a visita de representantes do Centro Acadêmico de Direito Otávio Borba de Vasconcelos Filho, da UNIP de Santos, acompanhados por Jéferson Souza.

 

5 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência. Agradece a presença de empresários da Aerovale, de Caçapava.

 

6 - CORONEL TELHADA

Parabeniza a cidade de Jaguariúna pela data comemorativa de seu aniversário. Tece considerações em defesa da paridade entre ativos e inativos da Polícia Militar. Exibe foto do sargento Paulo Leonel de Melo, assassinado ontem, no Itaim Bibi. Exibe vídeo do crime. Lamenta a falta de interesse pela vida de policiais. Clama ao governo estadual que valorize a categoria.

 

7 - GIL DINIZ

Parabeniza a deputada Leci Brandão pela data comemorativa de seu aniversário. Informa que deve estar presente em ato a ser realizado no dia 27/09, na Praça da Sé, a favor da valorização salarial dos policiais militares. Faz coro ao pronunciamento do deputado Coronel Telhada. Defende a punição de criminosos. Comenta discurso do deputado estadual Capitão Assunção, do Espírito Santo, que prometera recompensa para quem matar autores do homicídio de uma mulher.

 

8 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

9 - FREDERICO D'AVILA

Faz coro aos discursos dos deputados Coronel Telhada e Gil Diniz. Defende a concessão de bônus para policiais militares em casos de enfrentamento com meliantes. Clama pela valorização de autoridades que capturam, prendem ou matam assassinos de policiais. Afirma que faz-se necessária uma obra no trevo do Km 254, da SP-258, entre Buri e Taquarivaí. Revela que há um número acentuado de acidentes no local. Cobra por agilidade em obra na SP-270, de Ourinhos até Itapetininga, via concessão.

 

10 - CASTELLO BRANCO

Cumprimenta comitiva de Caçapava, ligada diretamente ao empreendimento Aerovale. Relembra a história do Museu do Ipiranga. Informa que em março solicitara ao governo estadual a recuperação da instituição. Aduz que patrocínios possibilitaram o início das obras, que devem ser concluídas até o dia 07/09/22.

 

11 - MAJOR MECCA

Comenta o assassinato do sargento Paulo Leonel de Melo, ocorrido ontem, nesta capital. Afirma que no momento o veterano fazia atividade para complementar sua remuneração. Comenta diálogo com o deputado Carlão Pignatari. Defende o reajuste salarial e a paridade para policiais militares. Anuncia que no dia 27/09 deve participar de movimento, na Praça da Sé, em defesa de policiais ativos, veteranos, e pensionistas.

 

12 - DOUGLAS GARCIA

Rebate matéria do jornal "O Globo", a respeito de interpretação sobre a postura do PSL contra projeto da deputada Isa Penna. Tece considerações contrárias à propositura. Critica a deputada Erica Malunguinho. Defende a inconstitucionalidade do projeto citado.

 

13 - CONTE LOPES

Lembra promessa do governador João Doria de valorizar a Polícia Militar. Afirma que o juramento policial não se finda após a aposentadoria do profissional da categoria. Defende a igualdade de tratamento entre ativos e inativos. Comenta a transferência de criminosos, adotada pelo governo Doria. Acrescenta que em 2006, em presunção de mudança, houve mortes de policiais e de terceiros.

 

14 - LETICIA AGUIAR

Para comunicação, registra a presença de Rodrigo J., guarda municipal em São José dos Campos. Defende a união das forças policiais. Lista autoridades da GCM da referida cidade. Informa que o PSL Mulher deve realizar, no dia 16/09, às 19 horas, palestra sobre depressão, em campanha de combate ao suicídio, no citado município.

 

15 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, faz coro ao pronunciamento do deputado Douglas Garcia. Lista motivos de sua discordância do projeto da deputada Isa Penna. Assevera que seu voto contrário fora consciente. Acrescenta que a imprensa não aprofundou a análise do tema.

 

GRANDE EXPEDIENTE

16 - GIL DINIZ

Para comunicação, critica reportagem acerca da oposição do PSL ao PL 113/19, de autoria da deputada Isa Penna. Lamenta fala de jornalista sobre os atentados de 11 de setembro de 2001, que considera inadequada.

 

17 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, anuncia a realização, nesta Casa, no dia 16/09, de palestra a respeito do uso de defensivos agrícolas, promovida por seu gabinete. Tece críticas à imprensa, que considera tendenciosa.

 

18 - GIL DINIZ

Solicita o levantamento dos trabalhos, por acordo de lideranças.

 

19 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão do dia 13/09, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente número regimental de Srs. Deputados e Sras. Deputadas, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos.

Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior, e convida o nobre deputado Frederico d’Avila para ler a resenha do Expediente.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Boa tarde, Coronel Telhada.

Indicação: Indico, nos termos do Art. 159 da XIV Consolidação do Regimento Interno, ao Excelentíssimo Sr. Governador do estado de São Paulo, a realização de estudos urgentes e providências visando à doação do kit academia, academia ao ar livre para o distrito de Pradínia, no município de Pirajuí. Assina o deputado Vinícius Camarinha, PSB.

Indico ao Excelentíssimo Sr. Governador do estado de São Paulo, nos termos do Art. 159 da XIV Consolidação do Regimento Interno, que sejam empregados no cumprimento de sua Dejem os policiais militares do Batalhão de Trânsito como educadores do programa Respeito à Vida, São Paulo Dirigindo com Responsabilidade. Assina o deputado Coronel Telhada, do Progressistas.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Quero dar ciência aos deputados de duas novidades, dois ofícios.

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Bruno Lima, Delegado Bruno Lima, cancela a sessão solene convocada para o dia 13 de setembro de 2019, às 10 horas, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Exmo. Sr. Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Lido.

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Douglas Garcia, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “R” do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 25 de outubro de 2019, às 20 horas, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Sr. Deputado Federal Eduardo Bolsonaro. Estão lidos os dois memorandos.

Pequeno Expediente, oradores inscritos. Temos uma relação com 42 oradores inscritos. O primeiro deputado é o deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputada Erica Malunguinho. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Deputado Itamar Borges.

(Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectadores da TV Alesp, assessoria das bancadas, eu vou aproveitar o Pequeno Expediente de hoje para trazer uma preocupação que não é só minha, eu tenho certeza, mas de todos que se preocupam com a vida.

Em especial, por conta do Setembro Amarelo, era importante destacar aqui que o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, revela a Organização Mundial de Saúde. A OMS estima que cerca de 800 mil pessoas morrem, por prática de suicídio, ao ano. O suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, atrás apenas de acidente de trânsito. A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida, sendo que 79% dos casos se concentram em países de baixa e média renda.

Esses e outros fazem parte do novo relatório da OMS, divulgado como alerta para o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que ocorreu no último dia 10 de setembro, portanto agora, ainda esta semana. Quando olhamos para uma faixa ainda mais jovem, de 15 a 19 anos, o suicídio aparece como a segunda causa de morte entre as meninas, após as complicações na gravidez, e a terceira entre os meninos, depois acidente de trânsito e violência.

Eu estou fazendo esse breve relato para dizer que tenho feito visitas a algumas escolas estaduais, assim como o deputado Carlos Giannazi, que é professor, e eu tenho encontrado casos graves não só de suicídio, mas de automutilação. Eu queria registrar aqui pelo menos três escolas, da mesma diretoria de ensino, em que ocorreram casos recentes. Agora, duas semanas atrás, uma aluna da Escola Estadual Professora Silvana Evangelista, no Jardim Rodolfo Pirani, em São Mateus, de 18 anos, se suicidou. Na própria escola, há outros casos de automutilação.

Na Escola Estadual Adhemar Antônio Prado, no Parque São Rafael, muito próximo da mesma escola, há um movimento feito pelos alunos e pelas alunas de buscar formas para o suicídio. Há uma discussão nas redes sociais, há um diálogo entre eles de qual a forma melhor para a prática do suicídio. E na escola estadual lá da Vila Bela, a que eu fiz uma visita dois meses atrás, também há relatos de automutilação, e lá o caso era pior, porque um pastor teria estuprado alunas da escola.

As três escolas pertencem à Diretoria de Ensino Leste 3, e aqui eu queria fazer um apelo ao secretário de estado da Educação, Prof. Rossieli. Eu já tinha levado essa situação da Vila Bela, mas eu queria fazer um apelo em especial à Diretoria de Ensino Leste 3. A incidência de casos de tentativas de suicídio e automutilações tem sido frequente e em grande número. Infelizmente, os professores não têm nenhum amparo de profissional capacitado ou suporte para enfrentar essa situação, com alunos de 15, 16 e 17 anos.

Por isso, eu queria, secretário, pedir uma atenção especial, que pudesse olhar para as escolas da Diretoria de Ensino Leste 3. Se não é possível ainda instituir um programa que abarque todas as mais de cinco mil escolas do Estado, mas quem sabe a secretaria não poderia definir prioridades e designar equipes multidisciplinares para atuarem nesses casos graves.

Há duas semanas, uma aluna de 18 anos se suicidou, uma aluna dessa escola que eu fiz referência, Escola Professora Silvana Evangelista. Aliás, esse ato, o suicídio da aluna, também abala pais que têm crianças na escola, a ponto, inclusive, de alguns quererem retirar os seus filhos. O problema não é a retirada dos seus filhos, o problema é de suporte e de apoio a esses profissionais da Educação e a essas escolas.

Portanto, Sr. Presidente, eu gostaria de solicitar que o meu pronunciamento fosse encaminhado ao secretário de Educação do Estado, às diretoras da Escola Professora Silvana Evangelista, da Escola Professor Adhemar Antônio Prado e da Escola Estadual Vila Bela.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. É regimental o pedido de Vossa Excelência. Portanto, determino à nossa assessoria que encaminhe as palavras do deputado Paulo Fiorilo ao Sr. Secretário Estadual de Educação, bem como às Sras. Diretoras das escolas por ele já citadas. Muito obrigado.

A próxima deputada é a deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, primeiramente, eu gostaria de saudar a honrosa presença dos servidores e servidoras aposentadas das nossas três universidades - USP, Unicamp e Unesp - que estão hoje aqui, representando o Fórum dos Aposentados.

Muito obrigado pela presença de vocês. Nós fizemos aqui uma conversa sobre a crise das universidades, a falta de investimento nas três universidades do estado de São Paulo, o processo de precarização, o processo de desmonte dessas universidades, um processo patrocinado pelo próprio governo estadual do PSDB já há alguns anos que tem se intensificado agora, e da situação dos trabalhadores das nossas três universidades, também de precarização, sobretudo, para os aposentados, que reivindicam o vale-alimentação, que reivindicam a utilização do Iamspe. Eles têm uma pauta muito importante, que tem todo o nosso apoio.

Sr. Presidente, eu também gostaria de registrar aqui o nosso total repúdio e a nossa total indignação com o que está acontecendo na Unesp. Dentro desse contexto todo de desmonte e de falta de investimento, a Unesp, ao invés de enfrentar de frente o problema, exigindo mais investimento, a Reitoria tinha que fazer isso do governador, exigindo um orçamento complementar ou suplementar para a universidade, a própria reitoria começa a fazer esse desmonte de vários departamentos da Unesp.

Nós estamos chocados, porque a reitoria está orientando o fechamento de vários departamentos da Unesp, em vários campi, em várias faculdades. Nós estamos acompanhando um caso aqui próximo a nós, que é o campus da Barra Funda. Lá eles estão ordenando o fechamento de um curso importante de artes cênicas. Esse departamento será praticamente fechado. É um absurdo o que vem acontecendo.

Eu recebi aqui um documento muito importante, que dá conta de explicar essa situação, da Adunesp, que é a Associação dos Docentes da Unesp. Eles formularam um documento muito importante mostrando todas essas contradições e esse desmonte, que até vou pedir para que seja em seguida publicado no Diário Oficial para que todos tenham acesso a ele. Mas é grave a situação desse desmonte e aqui nós temos uma CPI montada do Ensino Superior que não resolve essa situação.

Uma CPI, na verdade, que coloca mais lenha na fogueira para privatizar, para desmontar ainda mais as nossas universidades, falando em perseguição, em doutrinação ideológica, mas a grande pauta hoje no estado de São Paulo em defesa das três universidades estaduais é o aumento do percentual do ICMS.

É a questão do seu financiamento, que hoje não é mais possível financiar. Está muito aquém de atender as necessidades e as demandas das três universidades estaduais. Hoje, se investe apenas 9,57% do ICMS nessas três universidades e mais no Centro Paula Souza.

Acontece que esse percentual foi aprovado ainda em 1995. Nós estamos em 2019 e essas universidades cresceram, aumentaram os seus cursos, os seus campi, contrataram mais professores, mais servidores e não houve o aumento do investimento de uma forma proporcional.

Por isso que elas estão em crise, sucateadas, entrando no processo também de degradação e a reitoria da Unesp ao invés de enfrentar isso, ela parte para uma automutilação da própria universidade, reduzindo, fechando praticamente ou fundindo departamentos. É disso que se trata, Sr. Presidente. E começa aqui basicamente com o curso da Unesp de Artes Cênicas.

O departamento será extinto. Um verdadeiro absurdo. Os alunos estão mobilizados, os funcionários, os servidores e têm todo o nosso apoio. O nosso mandato já está tomando providências aqui na Assembleia Legislativa. Estamos protocolando um pedido de convocação do reitor na Comissão de Educação, na Comissão de Ciências e Tecnologia para que ele explique esse desmonte da Unesp.

E ao mesmo tempo nós vamos continuar a nossa luta para que haja o aumento do financiamento das nossas três universidades públicas - USP, Unicamp e Unesp - e mais ainda também do Centro Paula Souza, que congrega as nossas Etecs e as nossas Fatecs, que cuida aqui do Ensino Técnico e Tecnológico do estado de São Paulo.

Então essa é a nossa luta aqui. Nós precisamos de mais investimento e de mais verbas e de gestão democrática da universidade pública e não de cobrança de mensalidade, de debates sobre doutrinação ideológica.

Isso é tudo para desviar o foco do principal problema, que é a falta de investimento, o sucateamento dos salários também dos servidores, os ataques aos servidores, aos professores e aos alunos, Sr. Presidente.

Então fica aqui o nosso registro e solicito que a cópia do documento elaborado pela Adunesp seja publicada na íntegra no Diário Oficial para que toda a população saiba o que está acontecendo com a nossa universidade.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

* * *

 

  - É inserido texto não lido em plenário.

 

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“Reestruturação departamental aprovada no CEPE é automutilação da Universidade. A comunidade deve reagir!

 

Na última reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), realizada em 10/9/2019, foi aprovada uma Minuta de Resolução que estabelece que todas as unidades que tenham departamentos com menos do que 10 docentes têm até 15/10/2019 para implementar uma reestruturação departamental. Isso deverá ser feito de acordo com os critérios da “Proposta de Sustentabilidade para a Unesp - parte III”, denominada “Reestruturação Departamental”, aprovada pelo CEPE em 09/10/2018.

Os departamentos que “passarem” a ter número inferior a 10 docentes, a partir de agora, terão 90 dias para realizar a Reestruturação Departamental, e os que tiverem editais já publicados de concursos de contratação docente terão até 180 dias para fazê-la. Caso a unidade não faça a Reestruturação Departamental envolvendo os departamentos nas condições descritas, e nos prazos estabelecidos, “caberá ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão adotar providências necessárias à regulamentação”.

É importante lembrar que o motivo real para que muitos departamentos estejam hoje com menos do que 10 docentes é muito simples. A reitoria diminuiu drasticamente o ritmo de contratação de docentes; em decorrência disso - com as aposentadorias, mortes e demissões - muitos ficaram com menos de 10 docentes. Agora, com a justificativa de que precisa cumprir o Estatuto, e com a concordância do CEPE (14 votos favoráveis, 4 contrários e 3 abstenções), a Reitoria impõe à Universidade, de cima para baixo, o seu projeto de Reestruturação Departamental. Cabe salientar, nesse momento, a importância da representação docente neste colegiado - e também dos compromissos de cada representante com os interesses da universidade pública e da categoria docente - bem como de todos os colegiados, na escolha e na determinação das diretrizes que constituem os parâmetros para balizar o andamento cotidiano da Unesp, e os que nortearão o seu percurso futuro.

Desde há muito tempo, não há contratação de docentes em número adequado para o pleno funcionamento desses departamentos, das unidades a que pertencem e, em última instância, da universidade. A partir de 2014, o ritmo de contratação caiu a praticamente zero. Em consequência disso, esses departamentos veem diminuir o número dos seus docentes e, agora, terão que se “adaptar” à “nova” realidade produzida pela inépcia da Administração Central da Unesp, que tem se mostrado incapaz de buscar os recursos públicos necessários para o seu financiamento. 

Trata-se de uma decisão que impõe um processo de automutilação da Unesp, seguindo uma lógica frequentemente utilizada pela Reitoria. Ativa ou passivamente, por excesso de subserviência, ou mesmo por simples incompetência política e administrativa, ela não toma as providências absolutamente necessárias diante de inúmeros e graves problemas. Depois, não se incomoda em sacrificar a própria universidade para mitigar as consequências da sua incapacidade de dirigi-la com o cuidado que requer a sua preservação e exige a sua história no contexto da educação superior e da produção de ciência, tecnologia e pensamento crítico no Brasil.

É o caso dessa decisão do CEPE, fortemente patrocinada pela Reitoria, que tem caráter autoritário, antidemocrático, nenhuma preocupação com as dimensões acadêmicas e educacionais das suas consequências, e que cumpre a função de construir um cenário em que o reitor pareça um gestor “responsável”, que é capaz de cortar da própria carne da sua instituição, com o objetivo de mostrar serviço ao governo Doria. Também é o caso da política de arrocho salarial e de quebra da isonomia com a USP e Unicamp, entre outras.

 

Hora de mobilizar

Frente à gravidade dos fatos, é necessário que todas as unidades discutam o assunto e se posicionem. A Adunesp orienta suas subseções, representantes de base – e contatos do sindicato, onde não houver representação formal – a promoverem reuniões com essa pauta. Às Congregações locais, a Adunesp solicita que, além de debaterem a questão, posicionem-se formalmente sobre o assunto, reivindicando ao Conselho Universitário que reveja a deliberação aprovada no CEPE.

A Adunesp insta o Conselho Universitário a assumir a responsabilidade política de debater e reverter essa decisão do CEPE. Isso pode ocorrer na reunião ordinária do CO agendada para 24/10/2019 ou, ainda, em reunião auto convocada que a Adunesp está articulando com amplos segmentos da Universidade, para tratar de questões substantivas e urgentes da Unesp, entre elas a reversão dessa deliberação do CEPE”.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Eu quero antes de chamar os próximos deputados, dizer aqui da visita dos senhores e senhoras do Centro Acadêmico de Direito Octávio Borba de Vasconcelos Filho, da UNIP. São os senhores?

Sejam bem-vindos os senhores e as senhoras também. Os responsáveis são o Sr. Jorge Luiz dos Santos, que é o presidente, e o Sr. Jeferson Souza. Uma salva de palmas para eles, por favor. (Palmas.) Muito obrigado, Jeferson, aos senhores e senhoras pela presença. É um prazer recebê-los aqui. São da nossa querida cidade de Santos, no estado de São Paulo. Um prazer recebê-los aqui nesta data.

Eu vou passar a Presidência da Casa para o deputado Frederico d’Avila para que ele chame os próximos deputados.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila

 

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O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Continuando a lista de oradores, deputado Cezar. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, que já está na tribuna.

Antes do Coronel Telhada iniciar, quero agradecer a presença dos empresários do primeiro complexo empresarial da América Latina, o Aerovale, de Caçapava. (Palmas.)

Com a palavra o Coronel Telhada, já na tribuna.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Na linha de partida já. Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, assessores e funcionários aqui presentes, boa tarde. Aos nossos policiais militares, o cabo Salvador e o cabo Arquimedes, em nome de quem saúdo a nossa Assessoria Policial Militar, aos senhores e senhoras aqui já citados, aos demais policiais militares lá em cima, aos demais citados aqui, sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa. A todos que nos assistem pela TV Assembleia, boa tarde.

Quero iniciar, como sempre, saudando a cidade aniversariante, que é a cidade de Jaguariúna. Amigos e amigas da querida cidade de Jaguariúna, um grande abraço. Contem com o nosso trabalho aqui na Assembleia Legislativa. Se aqui em São Paulo está quente, imagino em Jaguariúna, que é mais no interior. Deve estar um calor danado. Mas vamos pedir que venha um pouquinho de chuva para refrescar a nossa terra. Mas o que Deus manda está muito bem, está abençoado para nós.

Quero falar de uma ocorrência que aconteceu ontem. Discutimos aqui em plenário. Estava até tentando marcar uma reunião com o Sr. Governador para falar sobre o reajuste salarial das polícias. Não é só da Polícia Militar. Em especial, com referência à paridade, que houve um pequeno senão.

Está havendo um pequeno barulho com relação a isso. Mas tenho certeza de que o Sr. Governador manterá a paridade entre ativos e inativos da Polícia Militar. Ou seja, o pessoal que está trabalhando e o pessoal aposentado, porque é necessário manter essa paridade. Porque, mesmo o policial militar aposentado, ele continua sendo policial militar. Temos inúmeras ocorrências de que têm falecido policiais militares. Aposentados têm sido baleados intervindo em ocorrências. Tivemos uma ocorrência ontem de um policial militar, um sargento aposentado. É o sargento Paulo Leonel de Melo, de 52 anos. Está a foto dele aí.

 

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- É feita a exibição de foto.

 

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Ele foi morto às 14 horas e 20 minutos da quarta-feira, de ontem, quando saía de uma agência bancária aqui pertinho da Assembleia, no bairro do Itaim Bibi. Foi na rua Doutor Renato Paes de Barros com a Tenente Negrão.

É até coincidência porque, para quem não sabe, o tenente João Negrão é um dos heróis da Polícia Militar. Um dos pilotos da Epopeia do Jahú. Aconselho quem não conhece História a entrar na internet e ver sobre o avião Jahú, que era pilotado pelo tenente João Negrão, nos anos 20 e anos trinta.

Mas, enfim, o sargento Paulo Leonel de Melo foi vítima de um roubo ontem, nessa região. Machado, está no ponto o nosso vídeo, por favor? Vamos colocar o vídeo, que vou falar sobre o vídeo a hora que o Machado colocar no ponto, para que a gente possa mostrar a crueldade do vagabundo. Volta um pouquinho, por favor. Está muito rápido. Volta rápido. Isso. Vamos colocar.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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O vagabundo é o que está de camiseta branca. Ele vai se aproximar por trás do sargento e vai atirar no pescoço dele. Não vai dar nem chance de reação para o policial militar. Então, isso é típico do crime: covardia, atacar pelas costas, matar sem qualquer... Aí. Vejam que ele vai chegar de branco. Já agarra o policial pela cintura. Dá um tiro no pescoço do policial. O polical cai.

Ele vai em cima do outro cidadão de preto, que está com o dinheiro. Aponta a arma na cara do cidadão. Vai chegar uma moto, vai encostar, e ele vai subir na moto, atrás da placa “Tenente Negrão”. Ele vai subir na moto e vai fugir. Subiu na moto e vai fugir do local.

Então, os senhores vejam a rapidez. Não marquei, mas creio que não deu 10 a 20 segundos desde a queda. Os carros vão passando. O policial está caído no chão. Ninguém faz nada, ninguém se interessa. Se estivesse caído ali um cachorro, com certeza iam parar para socorrer o cachorro. Um monte de gente estava fazendo passeata na Paulista hoje porque mataram um cachorro.

Mas, como mataram um pai de família, principalmente sendo um policial, ninguém está preocupado. Antes morra o policial do que morra o cachorro. Não que eu queira que morra o cachorro. Tenho o maior carinho por cachorro também. Inclusive, ontem presenciei o atropelamento de um cachorro. Uma situação muito difícil. Mas essa é a realidade. Volta de novo, por favor, Machado.

 

* * *

 

- É feita a exibição de vídeo.

 

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Vocês vão ver o cara de camisa azul. É o sargento. De branco, é o bandido, correndo atrás dele, se atracando nas costas do sargento. O sargento e o cara de preto. Veio o de branco, correndo. Pega pelas costas, já se atraca, põe a arma no pescoço, atira, ele cai. Ele vai em cima do cara de preto. Olha lá: o carro vai passando, nem para para ver o que está acontecendo. Ele rouba o dinheiro do cidadão de preto lá, já vai encostar a moto de imediato. A moto encosta atrás da placa “Tenente Negrão”, o vagabundo embarca e foge do local.

Isso é uma das coisas mais comuns que ocorrem na nossa cidade hoje. O interessante é que se fosse o policial militar que tivesse matado esse vagabundo, hoje o jornal estaria falando da letalidade policial. Vocês viram que eu falei aqui, ontem ou antes de ontem, que baixou o índice de homicídios, mas a imprensa marrom está preocupada com o aumento da letalidade da polícia.

Então, isso é para mostrar a hipocrisia da nossa sociedade, que está mais preocupada com um cachorro do que com um pai de família; a hipocrisia da nossa imprensa, que está mais preocupada com o bandido do que com o trabalhador, do que com o policial; e a hipocrisia das nossas autoridades, que muitas vezes não querem valorizar os homens e mulheres da polícia, que trabalham diariamente lutando contra a criminalidade.

Então, aqui mais uma vez, Sr. Presidente, eu faço um apelo ao Sr. Governador João Doria para que mande o mais rápido possível para essa Casa uma documentação aumentando o salário das polícias do estado de São Paulo e também mantendo a paridade entre os homens e mulheres que estão na ativa, trabalhando, e os aposentados, porque todos merecem uma valorização salarial. Nós acabamos de ver um homem sargento aposentado morrendo vítima do criminoso aqui no estado de São Paulo.

Solicito, por gentileza, à assessoria que encaminhe as minhas palavras ao Sr. Governador João Doria.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Obrigado, deputado Coronel Telhada.

Continuando a lista, deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. O senhor tem cinco minutos regimentais.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa tarde a toda a mesa, boa tarde ao público presente aqui na galeria, aos deputados presentes no Pequeno Expediente, aos nossos assessores, aos policiais militares e civis dessa Casa.

Presidente, eu gostaria de começar dando minhas felicitações: hoje é aniversário da deputada Leci Brandão, que não se encontra aqui no plenário, mas tenho certeza de que assiste pela TV Assembleia também. Ah, foi no Rio de Janeiro, Telhada? Mas a gente deixa registrados, aqui, nossos parabéns. Discordamos; nossa visão de mundo é bem diferente. Somos do PSL; ela é do PCdoB. Mas ela tem nosso respeito e consideração. Então, deixo registrado aqui.

Ontem, foi aniversário do Delegado Olim. Sessenta e um anos, né? Acho que a Leci fez 75 hoje, e o Olim, 61. Vou pedir para eles a fórmula da juventude, porque eu estou com 33 e o chassi já está meio acabado. O deles está bem... Estão bem novos, bem joviais.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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E para finalizar, presidente, para não me estender muito, só avisar que recebi alguns convites, falei com o Major Mecca. No dia 27, fará um ato no centro de São Paulo, na Praça da Sé, referente a essas nossas questões do aumento salarial dos policiais, da paridade. Então, acho um movimento válido, um movimento democrático para sinalizar ao governador esses nossos pedidos e colocar novamente, publicamente, a insatisfação da tropa quanto às condições, ao salário, ao reajuste. Então, já deixo consignada aqui a minha presença ao Major Mecca, que está liderando esse movimento.

No mais, presidente, só reiterar o que o senhor falou aqui desse crime abominável. Ladrão não tem medo de praticamente nada. Agora, quando é preso pela polícia, pede “pelo amor de Deus; não, senhor, sou trabalhador, senhor”. Mas mata, à luz do dia, friamente, sem dó nem piedade. Ali, mais um policial vítima desse tipo de criminoso que morre aí nas ruas de São Paulo. Então, não tenho dó; não tenho dó.

Estava lendo, agora há pouco, que no Espírito Santo, o capitão Assunção, deputado estadual também, provavelmente vai ser processado, porque da tribuna ele foi defender, foi passar uma questão de um assassinato de uma jovem, vítima de vingança, foi assassinada dentro de casa por dois marginais e ele disse da tribuna que ele gostaria que esses dois marginais fossem apresentados mortos e que se trouxessem os corpos desses vagabundos ele daria recompensa do próprio bolso, que daria dez mil reais de recompensa, Coronel Telhada. E alguém perguntou para ele o seguinte: “por que o senhor ofereceu dez mil reais de recompensa para quem trouxer o corpo desse criminoso?” E ele disse: “porque eu não tenho mais; eu só tenho dez mil reais”.

Fica aqui o recado: trocou tiro com a Polícia, o resultado que nós esperamos é saco; claro, para o bandido. Se ele se render vai preso, se não se render, que a mãe do bandido chore.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

  O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Gil Diniz. Próximo deputado, deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.)

  Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotalda a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Sr. Presidente, demais colegas, boa tarde a todos da galeria, sobre o pronunciamento aqui do nosso líder Gil Diniz e do Coronel Telhada, eu queria manifestar o meu total apoio e dizer, líder, que nós temos que ter um programa aqui - aproveitando a presença do Major Mecca e do Coronel Telhada - do bônus que vocês têm na Polícia Militar para determinados atingimentos de índices também quando houver o enfrentamento policial com resistência seguida de morte, se o morto for de 155 e 157 o policial devia ser contemplado com uma bonificação financeira, como era no tempo do Secretário Erasmo Dias; assim a Polícia vai trabalhar melhor. A letalidade policial é diretamente proporcional à segurança da população. É o que nós estamos vendo agora no governo do presidente Bolsonaro.

E para continuar ainda nessa seara, nós tínhamos que valorizar muito mais aquelas autoridades públicas, sejam delegados, policiais militares, policiais federais, enfim, que capturam ou prendem ou até mesmo matam assassinos de policiais. Na verdade os policiais estão lá para defender as nossas vidas. Quem mata policial bonzinho não é. Vejam o caso da sargento da Ambiental que foi assassinada, sargento Tais e os marginais, se eu não me engano, pelo que a minha assessoria falou, já foram soltos pelo juiz; isso é um absurdo verdadeiro.

Continuando aqui minha promessa de toda a semana vir dizer aqui nesta tribuna sobre a situação terrível do trevo do km 254, da SP - 258, na divisa do município de Buri com Taquarivaí.

Falei aqui esta semana sobre uma resposta totalmente diversionista da Artesp, que é a controladora das concessionárias do estado de São Paulo. O problema lá não é de velocidade e sim de obra de arte. Precisa ser feita uma obra de arte para que exista a passagem em desnível ali naquele local, dado o grande número de acidentes que ali ocorrem.

Já peço à Mesa aqui que remeta expediente à Secretaria de Logística e Transportes, perguntando quantos acidentes houve nesse trevo, quilômetro 254 da SP-258, e desses acidentes quantos deles foram fatais. A resposta que vai chegar oficialmente, se Deus quiser, rapidamente aqui, eu vou trazer nesta tribuna para mostrar que nós não estamos falando de algo que acontece esporadicamente, acontece constantemente naquele local. E a alegação, presidente, sempre é o famoso VDM, que significa veículos/dia médios, mas na verdade, nesse caso, vidas/dias/morte, porque a quantidade de gente que já morreu nesse trevo é uma coisa absurda, Major Mecca. E aí o governo manda umas explicações totalmente diferentes daquilo que a gente pergunta.

Da mesma forma, quero cobrar aqui a questão da SP-270, que é a Raposo Tavares, no trecho que liga Ourinhos até Itapetininga, onde a condição do piso é terrível, para não dizer que é melhor andar nas estradas de terra do que andar na própria Raposo Tavares. Ali também ocorrem inúmeros acidentes, já ocorreram diversas mortes, prejuízos todos os dias ali ocorrem, e até agora nós não vemos nenhuma ação.

A obra que está andando lá, deputado Conte Lopes, que o senhor conhece a região, anda a passo de tartaruga, ao invés de o governo concessionar aquele trecho para a gente ter uma estrada decente. Ninguém se incomoda de pagar pedágio, ou algo do tipo, desde que nós tenhamos uma estrada com condições adequadas para rolagem.

Então, fica aqui de novo minha cobrança sobre esses dois temas logísticos importantíssimos para a região sudoeste.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado.

Próximo deputado, deputado Delegado Bruno Lima. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Já fez uso da palavra. Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Já fez uso da palavra. Deputado Castello Branco.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhoras e senhores, boa tarde. A presença, hoje, mais uma vez é para falar de aviação, e na sequência Museu do Ipiranga.

 

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- São exibidas imagens.

 

 

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Temos a honra de receber, hoje, no plenário, uma comitiva de Caçapava, ligada diretamente a um dos maiores empreendimentos aeronáuticos do nosso Estado. Trata-se de um empreendimento na região de Caçapava, designado Aerovale, que é o maior complexo empresarial de aeroporto privado da América Latina, um sonho ousado, grandioso, que já tem mais de 10 anos, que passou por sérios problemas em função da nossa péssima economia no passado e que hoje nós declaramos nosso apoio à recuperação e ao sucesso desse empreendimento.

Também estamos aqui relembrando a história do Museu do Ipiranga. Lembro-me de que logo no início do mandato, em março, eu entrei com uma indicação ao Sr. Governador solicitando a recuperação do Museu do Ipiranga, e mais do que isso, alertando sobre os perigos de incêndios, haja vista que o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, pegou fogo, o Museu da Luz, e tantos outros museus, Museu da Língua Portuguesa, etc... Ou seja, o Museu do Ipiranga, que é um dos maiores patrimônios culturais sociais e físicos da História brasileira, corria um sério risco de se perder. Para nossa grata surpresa, houve uma movimentação do governo estadual e houve, então, a indicação de patrocínios.

Este final de semana passado, justamente no dia 7 de setembro, nós tivemos o privilégio de estar presentes na inauguração da obra. O Museu do Ipiranga é de 7 de setembro de 1895. Ele é administrado pela Universidade de São Paulo e é um museu, evidentemente, que trata da independência do Brasil, mas da História maior, inclusive de História Natural. Tem um acervo com mais de 450 mil itens e que contém, basicamente, a rica história paulista. E é considerado um dos três maiores museus do Brasil e, evidentemente, o maior do estado de São Paulo.

Aqui estão alguns exemplos de que, se não fosse feita a obra que está sendo feita, o que poderia acontecer. Nós estamos falando de uma obra de 160 milhões de reais, 50 milhões já liberados, vindos, praticamente, de forma integral, da iniciativa privada.

Segundo a maquete virtual e os projetos que tivemos acesso, realmente vai ser um grande avanço. Vamos ter um novo museu daqui a 39 meses, ou seja, no dia 7 de setembro de 2022, nos 200 anos da independência do Brasil, estaremos aqui comemorando, em breve, um dos ou o maior museu do Brasil.

Então, é o nosso estímulo à manutenção da Cultura e, neste caso, o nosso agradecimento ao Executivo, que tomou providências a respeito. Não apresentei aqui os projetos futuros, ficam para uma outra vez as planilhas, os projetos e as maquetes do que será, futuramente, o Museu do Ipiranga, daqui a 39 meses.

Muito obrigado. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, presidente, Mesa e nossos funcionários que nos dão suporte. Aos amigos da galeria, sejam sempre muito bem-vindos.

O Coronel Telhada mostrou aqui, em vídeo, a ocorrência acontecida ontem, que vitimou o sargento Paulo Leonel de Melo, um veterano da Polícia Militar que deveria estar na sua casa, junto à sua família, filhos e netos, porque prestou um quinhão de serviço à sociedade muito importante, arriscando, diariamente, a sua vida, a sua liberdade, ausentando-se do convívio da família.

Mas o sargento Melo estava fazendo bico, estava fazendo atividade extra para complementar a renda dele; sargento Melo, um veterano, um veterano.

Há pouco, eu conversei com o deputado Carlão Pignatari, por quem nós temos muito respeito, líder do Governo na Assembleia Legislativa, e ele nos passou que essa nota que vem correndo em grupos de WhatsApp, dizendo notícias do gabinete do governador, é uma fake news muito bem elaborada, muito bem feita.

A gente chega até a acreditar que seria esta a intenção do governo: privilegiar os ativos e deixar de lado os veteranos e pensionistas, mas não é. Isso é fake news, pessoal, é fake news. Falei agora com o... Não tem mais, Coronel Telhada, uma câmera para mostrar. Porque o pessoal está desesperado, fazendo contato com todos nós parlamentares, para saber se isso é verdade ou não.

O deputado Carlão Pignatari, líder do Governo, me falou que não, que é uma fake news, que ainda encontra-se em análise e estudo o reajuste salarial das polícias de São Paulo. O nosso posicionamento todos já sabem, como eu já citei aqui anteriormente, já é de conhecimento do governo a situação salarial das forças policiais, de ativos, veteranos, pensionistas. Todos estão esperando ansiosamente numa situação de desgaste que chegou ao ponto do insuportável.

Nós estamos aguardando esse reajuste. A nossa fala e os nossos movimentos, como será o nosso movimento de 27 de setembro, às 15 horas, na Praça da Sé, onde nós nos reuniremos, entoaremos a canção da Polícia Militar, demonstrando o nosso amor, nossa disciplina e respeito ao povo de São Paulo. Mas será um posicionamento demonstrando que não aceitaremos distinção no reajuste salarial entre ativos, veteranos e pensionistas.

Não aceitaremos tal descaso. Esse é o nosso posicionamento. Falo novamente: o governo já conhece, tem conhecimento e isso eu ouvi do próprio governador, que tem conhecimento e está ciente dos problemas das polícias de São Paulo. Então, que medidas sejam adotadas para que esses homens e mulheres parem de sofrer, que seus familiares parem de chorar.

A família do sargento Melo está chorando nesse momento a ausência desse pai de família, que deveria, sim, estar em casa desfrutando do convívio da família, pois não o fez quando no serviço ativo, trabalhando dia, noite, final de semana, Natal, Ano-Novo, sem ganhar um centavo de hora extra, de adicional noturno, se aposentou sem direito a fundo de garantia por tempo de serviço. Estamos aguardando.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado. O último deputado inscrito é o deputado Douglas Garcia. Vossa Excelência tem o tempo regimental, e então o deputado Conte Lopes, me passaram aqui.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente, nobres pares aqui presentes, servidores da Assembleia, policiais militares, público que nos assiste aqui na galeria e também na TV Assembleia.

Senhores, no dia 11 de setembro, dia em que nós relembramos o atentado terrorista que sofreram os Estados Unidos da América, saiu uma notícia no jornal “O Globo”:

 

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- É exibida a imagem.

 

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“PSL usa projeto de Marielle Franco na Alesp para dar o troco no PSOL”. Olhe só, eles estão falando que a gente está usando isso daqui para dar o troco no PSOL, um projeto que saiu no jornal “O Globo”.

 Senhores, nós não utilizamos isso daqui para dar o troco no PSOL, antes fosse. Não nego a minha vontade com relação ao que sofreu o projeto da Dra. Janaina Paschoal. É sim, agora os deputados do PT e do PSOL têm que penar muito para terem os seus projetos aprovados aqui na Assembleia.

Mas esse projeto aqui, a obstrução que foi feita, é porque o projeto é horrível mesmo. Com todo respeito à senhora falecida Marielle Franco, mas o projeto dela é ruim, não é um projeto bom. E foi trazido aqui para a Assembleia Legislativa no Ctrl+C Ctrl+V. A deputada Isa Penna simplesmente pegou, copiou, colou e jogou na CCJ para a gente poder legislar.

Pegou no âmbito municipal e trouxe aqui para a Assembleia do Estado de São Paulo. Teve aquela polêmica da questão da retirada das mulheres trans, etc., que a deputada Erica Malunguinho, no auge da representação dos transexuais, se acha um tanto quanto inimputável nessa questão, porque ninguém pode falar da deputada Erica Malunguinho.

Ninguém pode criticar uma ação com relação a um projeto dela aqui na Casa. Ninguém pode se contrapor contra a forma política com que ela pensa, que já é acusado de transfóbico, de homofóbico, de qualquer coisa que termina com “óbico”. Então está completamente difícil essa convivência.

Porque, tudo o que dizemos aqui, somos acusados inclusive de criminosos. Então, isso é um verdadeiro absurdo. Não dá para conviver com esse tipo de comportamento. É necessário que haja sim uma tolerância, principalmente por parte daqueles que tanto pregam essa tolerância.

Agora vamos falar de dar o troco. O que é dar o troco de verdade? Aqui deixo essa condição. Na verdade, não sou eu que decido, mas toda a bancada do PSL, uma vez que não tenho representatividade para levar isso ao Tribunal de Justiça. Muito embora eu sei que aqui nesta Casa o projeto da Janaina Paschoal está sendo perseguido para ser derrubado, talvez - ou não - no TJ. Não sei a que pé está.

Porém, o projeto da deputada Isa Penna veio tão mal feito, através da Marielle Franco, que ela se esqueceu de mudar a questão das secretarias. As secretarias não estão “do estado”, estão “do município”. Ela não pode vincular de forma obrigatória as secretarias do Município porque é outra entidade federativa.

Somos estado, não somos município. Quem pode vincular de forma obrigatória são os vereadores de cada município, e não só deputados estaduais. O que pode haver é uma espécie de convênio entre a Secretaria Estadual de Segurança Pública, a Secretaria de Saúde, seja lá mais quais forem que ela queria colocar no projeto, com as secretarias municipais. Porém, a forma com que ela colocou, é obrigatório. Então, isso seria inconstitucional.

Não sei como esse projeto passou na CCJ. Me pergunto até agora como foi que essa proeza aconteceu. Mas, sim, fica aqui a minha sugestão a toda a bancada do PSL. Que, se acaso queiramos fazer exatamente como o jornal “O Globo” está dizendo, de dar o troco, que ajuíze no Tribunal de Justiça, questionando a constitucionalidade de se vincular municípios, porque isso é inconstitucional.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Finalmente, o capitão Conte Lopes. Senhoras e senhores, darei comunicação após o tempo do capitão Conte. Por favor. Vamos manter o tempo do deputado. Posteriormente, darei as comunicações. Deputado Conte Lopes, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha na tribuna da Assembleia, boa tarde.

Também não sei a quem interessa essa colocação de dividir policiais da ativa e inativos, que dizem que o governador está fazendo. Não sei donde saiu isso. Sei que é uma ideia que se solta. Que, talvez, para o político, possa ser uma boa ideia. “Ora, já que estão falando, então vou fazer.” E aí? Se falar, faz, vem para o plenário, vota e aprova. E aí como é que faz?

Então não entendo. Porque, quem criou essa ideia... Estou dizendo porque eu, o Coronel Telhada, o Delegado Olim, o Progressistas, nós, quando fomos procurados, na época da campanha, para apoiar João Doria - que já havíamos fechado, o partido havia fechado com o Márcio França - houve uma modificação. Não tem nada de mentira, é a verdade. Óbvio, somos homens de partido. Mudou, a gente tem que mudar. Somos do partido, tem que participar.

Desde aquela época, o governador bateu na tecla que a Polícia de São Paulo, a Civil, a Militar e a Polícia Técnico-Científica seria a mais bem paga do Brasil no final do governo dele. Ele disse até que a gente ia acompanhar, a própria Segurança. Obviamente, não temos acompanhado nada. Mas, pelo menos, isso aí foi dito por ele. E ele continua falando.

Agora, surge essa colocação de quem é ativo ou inativo. Somos inativo, colocou bem o Major Mecca. Eu até, como deputado aqui nesta Casa, troquei tiros com bandido para salvar uma criança em Mogi das Cruzes. Tive que matar dois sequestradores, aqui na 23 de Maio, furaram o meu carro todo de bala, para salvar um engenheiro que estava sendo sequestrado.

Então, nós aposentados, vivemos nisso. Quando você presta o juramento, não é até o dia que você se aposentou não. Por isso que muitos, estando na atividade ou na inatividade, continuam na luta contra o crime. Porque o bandido também sabe que a gente é policial. Aposentado ou não, você é inimigo dele. Você criou inimizade dele. Ó, esse é aposentado.” Não tem nada disso, pelo contrário.

Pelo contrário. Então, o que acho, é o seguinte: cabe a nós, como o Coronel Telhada que preside a sessão, o próprio Olim, procurar o Governo do Estado para que isso realmente não aconteça.

Fico feliz, porque o coronel Mecca fez a informação que o próprio líder do Governo, Carlão Pignatari, afirma que aquilo lá não é do Palácio. Agora, a quem interessa fazer isso aí? A quem interessa mandar uma documentação dizendo que o governador vai mudar? Eu não sei a quem possa interessar isso. Eu não sei.

Agora, é evidente que a polícia é composta, como o Exército, Marinha e Aeronáutica, de pessoas da ativa e de inativos. Até alguns podem voltar à ativa, caso seja necessário, pela lei. Não é isso, Major Mecca? Então, não pode separar, realmente. A gente vai continuar batalhando nessa tecla, e que o governador cumpra o que ele prometeu.

A polícia é muito grande - já ouvimos falar muito isso aí, né? São mais de 120 mil homens na Polícia Civil, Militar e tal; fora inativos e pensionistas. Só que São Paulo tem 45 milhões de habitantes. Então, esses 120 mil homens da ativa dão segurança para 45 milhões de habitantes. Isso acontece no mundo inteiro. Então, não podemos falar em número, e sim valorizar a polícia, que está trabalhando e trabalhando muito no combate à criminalidade.

O governo fez muita coisa, a polícia fez muita coisa, afastou dos presídios os cabeças dos presídios, que mandavam matar de dentro do presídio, que dominavam o crime de dentro do presídio. Teve coragem que outros não tiveram: Alckmin não teve. Cobramos tanto do Alckmin isso, ele não teve coragem. Márcio França não teve coragem de fazer. E o governador João Doria teve coragem de fazer. E a polícia segurou: não teve estouro, não teve nada.

Tivemos isso em 2006, numa presunção de mudança. Foi uma carnificina aqui em São Paulo. Morreram policiais, morreram bandidos e morreram inocentes. Participei de programas de televisão. Quando não havia uma pessoa em São Paulo, nas ruas. O terror que os bandidos trouxeram para São Paulo, atacando base policial, atacando policiais da ativa, da reserva, policiais civis e militares, guardas municipais. As escolas nem aula davam; as faculdades pararam. Mais de uma semana, parou tudo em São Paulo por causa dos bandidos.

Dessa vez, eles foram transferidos, e a polícia manteve pulso. E a coisa está caminhando normalmente, até caindo o índice de criminalidade. Então, nós vamos torcer para que o governador cumpra aquilo que ele prometeu. E ficamos felizes com aquilo que o Major Mecca trouxe aqui... O líder do Governo, Carlão, afirma categoricamente que é fake. Que é uma mentira.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de registrar a presença de um amigo que veio de São José dos Campos nos visitar hoje. Ele é da Guarda Municipal de São José dos Campos, o Rodrigo J., que está ali na tribuna nos acompanhando. Todos sabem que a gente tem defendido... Eu, que trabalhei com as Guardas Municipais em São José dos Campos, a gente tem defendido bastante a atuação e a união de todas as forças policiais. Eu sei que os meus colegas de bancada, que estão aqui com a gente, Janaina Paschoal, Gil Diniz, Douglas Garcia, Major Mecca, Frederico d’Avila, Delegado Bruno, nos apoiam também missão da união das forças policiais. E eu sei também que esse presidente, Coronel Telhada, apoia a importante valorização das nossas Guardas Municipais.

Então, meu grande abraço, em nome do Rodrigo J., a todos da Guarda Municipal de São José dos Campos, à página Admiradores da GCM, ao nosso comandante Devair, à subcomandante Cristiane. Todo o nosso apoio, aqui, e da nossa bancada, para que a gente possa valorizar, de fato, todas as Guardas Civis Municipais do estado de São Paulo e, claro, do Brasil. Obrigado pela presença, J.

E falando ainda de São José dos Campos, Coronel Telhada, gostaria de deixar registrado, também, que nós estamos no mês do “Setembro Amarelo”, que é uma campanha de prevenção ao suicídio. E nós sabemos que muitos dos motivos que levam as pessoas a ceifar as suas próprias vidas são justamente a depressão. Então, visando isso, em São José dos Campos, vai acontecer uma palestra realizada pelo PSL Mulher, dia 16 de setembro, um evento gratuito, às 19 horas, com o tema “Depressão Tem Cura”, com a psicóloga especialista em terapia familiar: Dra. Paula Cruz. Isso é uma iniciativa do PSL Mulher de São José dos Campos, das professoras Bianca e Beth Montezano.

Então, eu gostaria de deixar o convite a todas as mulheres de São José dos Campos, mães, esposas, que têm, de repente, dentro dos seus lares, alguém com depressão, e precisam de algum auxílio, de algum aconselhamento. Evento gratuito dia 16 de setembro, às 19 horas, em São José dos Campos.

Meu muito obrigada, Sr. Presidente. Deus abençoe.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Amém. Muito obrigado, Sra. Deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu só gostaria, primeiro, de cumprimentar os nossos visitantes. É uma grande honra recebê-los aqui: toda a Guarda Municipal representada pelo Sr. J., aqui presente. Obrigada.

Queria só reforçar o que o colega Douglas falou, porque eu realmente achei injusto a matéria dizer que nós estaríamos praticando algum tipo de vingança com relação à colega. Eu disse para a deputada que eu não concordo com o projeto dela. A deputada propôs e a Casa aprovou e eu respeito, mas ela propôs criar o dossiê da mulher sem uma definição precisa de quais informações deverão ser levadas a esse tal dossiê, de quais órgãos deverão prestar essas tais informações.

Eu temo pela privacidade das mulheres eventualmente vitimadas, porque já defendi, defendo mulheres vítimas de violência doméstica, mulheres vítima de crimes sexuais, e existe um conflito muito grande sobre o que é informação de interesse público, o que é informação íntima, e qual é o limite do poder dessa vítima dizer que não quer que a sua informação seja levada a público. E a colega, com boa intenção, entende que todas as informações devem ser prestadas. E eu entendo que não. Pelos 20 anos de advocacia em prol dessas mulheres vitimadas.

Também tem outro ponto: a colega, no projeto, praticamente equipara violência física com violência moral. A violência física ela tem tipificação penal. O homicídio consumado, tentado, o estupro consumado, tentado, a lesão corporal. A violência moral é algo muito amplo. Eventualmente aqui numa discussão o senhor fala uma frase para mim, eu falo uma frase para o senhor, não deixa de ser uma violência moral sem uma tipificação penal. Então, qual é o limite dessas tantas informações? Podemos ter um excesso de relatos, de relatórios, inclusive inviabilizando o trabalho dos órgãos competentes para combater a violência contra a mulher.

Então, foi um voto “não” consciente. Não foi vingança para com a colega. Eu expliquei isso para a colega, expliquei isso para outros membros da bancada da colega. Infelizmente a imprensa não aprofunda a análise antes de me acusar. Mas o colega veio fazer esse esclarecimento e eu aproveito para reforçar que foi esse o ponto.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Para uma breve comunicação antes de pedir o levantamento.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Só para reiterar também o que o Douglas Garcia falou e a Dra. Janaina Paschoal disse, a matéria é interessante. Deputado Douglas, ele diz aqui no título “PSL usa projeto de Marielle Franco na Alesp para dar o troco no PSOL”. Só que dentro da matéria ele explica o que aconteceu. E eles falam que o líder foi na tribuna e disse da obstrução, falou da questão da obstrução no requerimento de urgência.

Quando nós anunciamos que faríamos também obstrução, inclusive no mérito ou na urgência, era independente do tipo de projeto. Mas, da forma que eles colocam aqui parece que a obstrução foi feita somente porque foi um projeto tipo copia e cola primário, de um projeto municipal no Rio de Janeiro. Não tiveram nem o capricho de mudar a Secretaria Municipal para Secretaria Estadual e tudo mais.

Portanto, cada vez mais a imprensa vai perdendo o crédito pelo tipo de chamada que eles tentam fazer com esse sensacionalismo barato.

Para finalizar, Sr. Presidente, deputado Douglas citou aí ontem, não deu para fazer da tribuna, mas a gente sempre relembra, tem 18 anos do atentado terrorista nos Estados Unidos onde derrubaram as Torres Gêmeas, e eu gostaria de lamentar profundamente uma piada, um comentário lamentável que uma apresentadora da Rede Globo fez ao final de um programa, se não me engano “Em Pauta”, da Globo News, no qual ela diz: “olha, o atentado já completou 18 anos. Já pode tirar título de eleitor e votar”, fazendo chacota de uma tragédia mundial que foi aquele atentado.

Então, a gente deixa aqui esse nosso voto de pesar também, lamentável a atitude dessa jornalista.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado. Lamentável. Mais de 2.900 pessoas mortas e a apresentadora gozadora tirando um sarro. Coisa da própria, não é?

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.   

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental, deputado.

 

 O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Dia 16, segunda-feira, nós teremos aqui uma palestra, convidar todos os deputados aqui presentes, realizada pelo meu gabinete, Agrotóxicos ou Defensivos, Remédio ou Veneno.

Virá aqui o especialista Nicholas Vital, esse é especialista mesmo, não é desses especialistas do G1, nem da Globo News, e também virá o senhor Fabrício Rosa, que é o diretor executivo da Aprosoja Brasil. Dia 16.09, às 14 horas, no Teotônio Vilela. Esperamos que todos os deputados aqui possam comparecer, também a maioria aqui é do mundo urbano, o senhor também é, para verificar as falácias. O que o deputado Douglas mostrou aqui mostra exatamente o que acontece: a notícia sai daqui, vai para os meios de comunicação, que têm simpatia por determinados parlamentares, e vai a público totalmente distorcida.

Então, como a notícia sobre o agronegócio também sai totalmente distorcida nos meios de comunicação, nós vamos elucidar aqui. Estão todos os funcionários da Casa convidados para verificar e fazer suas perguntas aos especialistas que aqui estarão no dia 16, às 14 horas.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, pedir o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental.

Portanto, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes por dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Muito obrigado pela presença dos deputados aqui, a grande maioria do PSL, mais dois do PP. Vamos ver se a gente mantém assim os quatro anos, viu, gente, porque ficar sozinho aqui não é fácil, não.

Muito obrigado a todos, aos assessores também, funcionários.

Está levantada a sessão.

 

                                         * * *

 

- Levanta-se a sessão às 15 horas e 35 minutos.

           

                                                                       * * *