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10 DE SETEMBRO DE 2019

42ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: CAUÊ MACRIS

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão do PL 113/19. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PL 113/19. Coloca em votação e declara aprovado o PL 113/19, salvo emendas e parte destacada.

 

2 - JANAINA PASCHOAL

Solicita verificação de votação.

 

3 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

4 - ISA PENNA

Para comunicação, lamenta a postura da deputada Janaina Paschoal. Tece considerações sobre o trâmite do PL 113/19.

 

5 - ITAMAR BORGES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

 

6 - SEBASTIÃO SANTOS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

 

7 - ALEX DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

 

8 - DANIEL SOARES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do DEM.

 

9 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Progressistas.

 

10 - TEONILIO BARBA LULA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

11 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

 

12 - GIL DINIZ

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.

 

13 - FERNANDO CURY

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PPS.

 

14 - VINÍCIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

 

15 - ESTEVAM GALVÃO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do DEM.

 

16 - THIAGO AURICCHIO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

 

17 - CARLA MORANDO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSDB.

 

18 - HENI OZI CUKIER

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.

 

19 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação e declara rejeitadas, destacadamente, as expressões "para todas as Secretarias do Município e demais órgãos", constantes do §2º do art.2º do PL 113/19. Coloca em votação e declara rejeitada a emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19. Coloca em votação e declara aprovada a subemenda à emenda 1, restando prejudicada a emenda 1, ao PL 113/19.

 

20 - ERICA MALUNGUINHO

Declara voto contrário à emenda do parecer do Congresso de Comissões, ao PL 113/19. Critica os deputados Altair Moraes, Douglas Garcia e Janaina Paschoal.

 

21 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto contrário à emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19.

 

22 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, justifica posição contrária ao PL 113/19, na sua completude, independente de emendas. Rebate o pronunciamento da deputada Erica Malunguinho.

 

23 - TEONILIO BARBA LULA

Declara voto contrário à emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19.

 

24 - ALTAIR MORAES

Para comunicação, manifesta-se a favor da emenda do deputado Douglas Garcia, ao PL 113/19.

 

25 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Declara voto contrário à emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19. Critica a transfobia.

 

26 - GIL DINIZ

Para comunicação, lembra que o presidente Jair Bolsonaro fora atingido por golpe de faca, por ex-militante do PSOL. Comenta publicação da deputada Monica da Bancada Ativista, de ilustração de humorista. Reitera sua convicção.

 

27 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Suspende a sessão por três minutos, por conveniência da ordem, às 19h37min, reabrindo-a às 19h39min.

 

28 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, informa ter sido autor do pedido de supressão do § 1° ao art. 2° do PL 113/19. Afirma não se tratar de preconceito e sim de conceito.

 

29 - PROFESSORA BEBEL LULA

Declara voto contrário à emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19.

 

30 - BETH LULA SAHÃO

Para comunicação, afirma que é motivo de orgulho para esta Casa a eleição da primeira parlamentar trans desse País. Acrescenta que a deputada Erica Malunguinho não pode ser ofendida neste Parlamento. Aduz que homofobia é crime. Defende o respeito e a civilidade entre seus pares. Declara voto contrário à emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19.

 

31 - TEONILIO BARBA LULA

Declara voto contrário à emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19, em nome do PT.

 

32 - MARINA HELOU

Declara voto contrário à emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19.

 

33 - LECI BRANDÃO

Declara voto contrário à emenda do parecer do congresso de comissões, ao PL 113/19.

 

34 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação o PL 235/01, em anexo ao PL 454/15. Determina que os discursos sejam centrados no objeto do projeto, em defesa do bom andamento da sessão.

 

35 - GIL DINIZ

Defende a mesma postura da Presidência, em sessões subsequentes.

 

36 - DOUGLAS GARCIA

Discute o PL 235/01.

 

37 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão do PL 235/01. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de preferência para apreciação do PL 454/15.

 

38 - MÁRCIA LULA LIA

Para comunicação, lembra que o ex-deputado Wagner Lino, do PT, fora o autor da ideia inicial do PL 454/15.

 

39 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovado o PL 454/15, restando prejudicado o PL 235/01.

 

40 - DOUGLAS GARCIA

Declara voto contrário ao PL 454/15.

 

41 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 164/14. Encerra discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 466/19, salvo emenda. Coloca em votação e declara aprovada a emenda apresentada pelo congresso de comissões, ao PL 164/14. Encerra a discussão do PL 521, de 2019.

 

42 - HENI OZI CUKIER

Declara voto contrário do Novo ao PL 164/14.

 

43 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovado o PL 521/19. Encerra a discussão do PL 1006/19. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PL 1006/19. Coloca em votação e declara aprovado o PL 1006/19, salvo emendas e destaque. Coloca em votação e declara rejeitada, destacadamente, o trecho "ou outras entidades sem fins lucrativos constituídas para prestar apoio às escolas", constante no parágrafo único do art. 1° do PL 1006/19. Coloca em votação e declara rejeitadas as demais emendas, englobadamente.

 

44 - MARINA HELOU

Declara voto favorável às emendas ao PL 1006/19.

 

45 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, comemora a aprovação do PL 1006/19.

 

46 - ERICA MALUNGUINHO

Para comunicação, lamenta a exclusão de pessoas trans e travestis do projeto Dossiê Mulher. Acrescenta que conceito semelhante ao do deputado Gilmaci Santos avalizara a escravidão no país, no séc. XIX. Critica posição contrária à pauta LGBT.

 

47 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, critica a deputada Erica Malunguinho por opinar sobre sua vida particular.

 

48 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, comenta a relevância da aprovação do PL 1006/19.

 

49 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, afirma que sua convicção não se confunde com homofobia. Acrescenta que a deputada Erica Malunguinho não solicitara verificação de votação.

 

50 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, cumprimenta seus pares e a Presidência pelos seis projetos aprovados nesta noite. Lista os deputados autores dos projetos aprovados.

 

51 - DELEGADA GRACIELA

Para comunicação, agradece a seus pares pela aprovação do projeto em combate à violência doméstica.

 

52 - ERICA MALUNGUINHO

Para comunicação, rebate os pronunciamentos dos deputados Gilmaci Santos e Douglas Garcia. Afirma que a população LGBT carece de políticas públicas de proteção. Lembra que no mês de setembro combate-se o suicídio.

 

53 - DELEGADA GRACIELA

Para comunicação, clama ao presidente Cauê Macris que caso assuma o Governo do Estado, em substituição à autoridade constituída, sancione o projeto de sua autoria.

 

54 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que não há conteúdo oficial quanto à substituição no governo estadual. Concede resposta à questão de ordem elaborada pelo deputado Carlão Pignatari, na sessão ordinária de 20/08.

 

55 - GIL DINIZ

Para comunicação, afirma que a bancada do PSL vai passar a representar, ao Conselho de Ética, acusações sofridas pela sigla.

 

56 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, comemora a aprovação de projetos a favor do Governo do Estado. Comenta a extinção da Dersa. Afirma que o Governo do Estado não considera problema a instauração de CPIs.

 

57 - PAULO LULA FIORILO

Para comunicação, afirma que a Dersa é símbolo da corrupção do PSDB. Defende a instauração de sua CPI.

 

58 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, critica o PT. Elogia a deputada Janaina Paschoal. Argumenta que órgãos responsáveis já investigam a Dersa.

 

59 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, comenta decisão judicial que obriga, em sede de Ação Popular, o governo estadual a devolver apostilas retiradas de escolas estaduais.

 

60 - PAULO LULA FIORILO

Para comunicação, afirma que esta Casa deve exercer a prerrogativa de fiscalizar a Dersa.

 

61 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 1 - Discussão e votação adiada - Projeto de lei nº 113, de 2019, de autoria da deputada Isa Penna.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

Há sobre a mesa requerimento de método de votação.

Em votação o requerimento de método de votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o método.

Em votação o item 1 - Projeto, salvo emendas e partes destacadas. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Sr. Presidente, verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Questiono o deputado Gil Diniz se anui à solicitação da deputada Janaina. (Pausa.) Havendo anuência do líder, é regimental o pedido de Vossa Excelência.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Pela ordem. Posso fazer um pedido de comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra para comunicar. Só lembrando que todos os deputados estão se dirigindo ao plenário e vão realizar a votação. Tem a palavra, deputada Isa.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria lamentar a postura da deputada Janaina, porque a todo o momento, neste processo, nós inclusive sofremos derrotas no conteúdo daquilo que a gente acreditava ser o produto final. E mesmo assim, a gente continua entendendo que é importante avançar com um projeto que é tão básico, que é tão consensual.

Então, queria pedir, fazer um apelo à bancada do PSL. Vocês apresentaram uma emenda a este projeto de lei, uma emenda que acrescentava duas secretarias. Essa emenda foi acolhida, foi aprovada. A gente concordou, inclusive, com uma subemenda que melhorava ainda mais o projeto. Quer dizer, não votar um projeto ao qual você apresentou uma emenda que foi acolhida é, no mínimo, antirrepublicano, a meu ver.

É isso, obrigada, presidente.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Sr. Presidente, gostaria de colocar o MDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O MDB está em obstrução. 

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, para colocar o Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Republicanos está em obstrução. 

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Sr. Presidente, para colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSD está em obstrução.

 

O SR. DANIEL SOARES - DEM - Sr. Presidente, para colocar o Democratas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Democratas está em obstrução. 

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Sr. Presidente, para colocar o Progressistas também em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Progressistas está em obstrução. 

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para colocar o PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PT está em obstrução. 

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Sr. Presidente, o PDT está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PDT está em obstrução. 

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, para colocar o PSL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSL está em obstrução. 

 

O SR. FERNANDO CURY - PPS - Sr. Presidente, para colocar o PPS em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PPS está em obstrução. 

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Sr. Presidente, para colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB está em obstrução. 

 

O SR. ESTEVAM GALVÃO - DEM - Sr. Presidente, o DEM está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O DEM já está em obstrução. 

 

O SR. THIAGO AURICCHIO - PL - Sr. Presidente, para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PL está em obstrução. 

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - Para dizer não à LGBTfobia constante aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo.

 

A SRA. CARLA MORANDO – PSDB – O PSDB está em obstrução. 

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSDB está em obstrução.

 

O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Para colocar o Novo em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Novo está em obstrução.

 

* * *

 

- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Participaram deste processo 68 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo 55 votos “sim”, 12 “não” e este presidente que não vota, quórum suficiente para aprovar o item 1 - Projeto, salvo emendas e partes destacadas.

Em votação o item 2 - Destacadamente as expressões “para todas as secretarias do município e demais órgãos”, constantes no § 2º do Art. 2º.  As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

Em votação o item 3 - Emenda do parecer do congresso de comissões. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a emenda.

Item 4 - Subemenda nº 1.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputada Isa.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Eu declaro o voto contrário ao item 3.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o item 4 - Subemenda à Emenda nº 1. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a emenda, ficando prejudicada a Emenda nº 1.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputada Erica.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - Quero votar “não” à Emenda nº 3 e quero fazer um repúdio aqui à transfobia orquestrada, à LGBTfobia orquestrada por Altair Moraes, Douglas Garcia e Janaina Paschoal, endossada aqui neste plenário, porque tira mulheres trans e travestis do dossiê que avalia a violência contra mulheres.

Excluíram as mulheres trans e travestis. Isso significa que as mulheres trans e travestis podem morrer segundo essas pessoas, segundo Altair Moraes, Douglas Garcia e Janaina, que têm endossado também essa mesma prática.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Para uma comunicação, Sr. Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para comunicação, deputada Janaina.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É só para registrar voto? Se for só o registro de voto...

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Quero declarar o voto contrário à Emenda nº 3.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto de Vossa Excelência.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Só uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Janaina, para uma comunicação.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Excelência, eu não participei dessa emenda. Eu estou contra o projeto da deputada Isa desde o princípio pela redação, pela amplitude, por divergir efetivamente. Agora, infelizmente, a colega Erica não consegue conviver com a divergência.

Ela precisa colocar como homofóbico, transfóbico, qualquer ser humano que não concorde com ela. Então o problema da intolerância é da parte dela, não da minha. Eu não tenho nada a ver com essa emenda. Eu votei “não” ao projeto na sua completude e posso explicar para quem tiver dúvidas o porquê do meu voto “não”.

Então é uma necessidade de adjetivar as pessoas que não concordam com ela, desculpe-me. Eu não tenho nada a ver com essa emenda. Eu votei “não” ao projeto na íntegra. Só para esclarecer, Excelência.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Só para declarar o voto contrário ao item 3.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto ao item 3 e a mesma forma o deputado Giannazi. É ao item 3 e não à emenda 3. Deputado Altair?

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Para uma breve comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem uma comunicação.

 

 O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Como eu fui citado aqui pela deputada trans Erica Malunguinho, quero deixar bem claro que eu fui sim a favor da emenda do deputado Douglas e seria dez mil vezes. Posicionamento eu vou ter, não vou me intimidar com esse tipo de coisa.

Então não venha se vitimizar e colocar a culpa nas nossas costas não. Fui a favor e serei sempre que tiver. De acordo com a minha consciência votei. Que fique bem claro isso.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputada Monica.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Queria declarar o voto contrário ao item 3 da pauta. Queria endossar que as atividades, as atitudes, o combate à diversidade, as ações tentando inibir os direitos já garantidos no Esporte, ao tratamento de hormonização, seja no reconhecimento da sua própria violência ou do gênero que se identifica nos discursos desta Casa são sempre recorrentes.

Por isso são transfóbicos recorrem à transfobia como neste último minuto neste microfone. Não haverá, segundo a gente, não permitiremos mais preconceito nesta Casa. Somos veementemente contra, mas sabemos quais são os objetivos e o que é que defendem esses senhores.

E a Erica está correta ao afirmar e que fique explícito para todos entenderem. Tem corpos que segundo os senhores podem morrer.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Fico estarrecido como alguns usam essa palavra, com alguns discursos hipócritas. Porque o presidente Jair Bolsonaro se recupera de uma cirurgia. A qual, há um ano atrás, ele tomou uma facada de um ex-militante do PSOL. É a quarta ou quinta cirurgia que ele faz e se recupera agora, por conta dessa facada. Quase morreu ao vivo.

A Deputada Monica, que diz pregar contra a violência, contra os corpos, dias atrás postou uma imagem com a cabeça do presidente, como se estivesse decepada, num texto do “humorista”, entre aspas, Gregório Duvivier. Imaginem só, se um deputado do PSL postasse a cabeça decepada de uma liderança do PSOL? O que não seria dito dos deputados do PSL?

Então, vir aqui dizer que defende corpos e tudo mais? Não aceitam a democracia. Não aceitam que nos posicionemos. Ou aceitamos o que eles defendem, ou nos alcunham de transfóbicos, homofóbicos, etc.

Agora, interessante. Nunca desrespeitei a deputada Monica. Quando passa por mim, dou bom dia, boa tarde, boa noite. Cumprimento, dou a mão, dou abraço, dou beijo. Dou beijo mesmo, no rosto. Não tenho problema nenhum. Chamo pelo nome social que ela quer.

Mas quer mais o quê? Que eu renegue as minhas convicções? Que eu não defenda o que os meus pais ensinaram, o que a minha igreja ensinou, o que a minha fé acredita? Deputada Erica, desculpa o ato falho.

Agora, não vamos abrir mão do que acreditamos, e vamos nos posicionar aqui. Não vamos engolir goela abaixo. Não é possível que toda vez que há um voto contrário aos sentimentos de determinadas pessoas, sejamos acusados de criminosos, sejamos acusados pela violência que combatemos. Isso sim é hipocrisia.

 

* * *

 

- Vozes fora do microfone.

 

* * *

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra, Professora Bebel. Para comunicação?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Para votar contrário...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu gostaria... Só lembrando. Eu queria lembrar aos Srs. Deputados e às Sras. Deputadas que ainda temos mais três itens, vários outros itens... Vou suspender a sessão, por conveniência da ordem. Estou suspendendo a sessão por três minutos.

Está suspensa a nossa sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 19 horas e 37 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 39 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a sessão. Eu vou fazer uma comunicação aos parlamentares. Vou passar mais uma comunicação para cada lado.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Vozes fora do microfone.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Comunicações, comunicações. Se quiser mais uma comunicação para cada um dos microfones, quem quiser realizar e registrar os seus votos, todos eles serão aceitos. E depois passaremos para o próximo estágio do processo de votação. Está certo?

Deputado Gilmaci.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Mais uma comunicação. Depois, passarei, para quem quiser, mais uma comunicação aqui. Depois, não darei mais comunicações.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu estava no gabinete, estava ouvindo a discussão acalorada aqui embaixo, quando eu vi o meu colega Altair sendo acusado até de criminoso. Eu queria, só, dizer à nobre deputada trans Erica Malunguinho que a ideia de fazer a supressão no parágrafo primeiro do art. 2o é minha. Fui eu que pedi para a Isa Penna para que tirasse esse parágrafo, que no meu entender não condiz com o caput do projeto, que fala em proteger as mulheres. Esse é o entendimento.

E quero dizer para a senhora que isso não é homofobia, não é transfobia e muito menos preconceito. Isso é conceito deste deputado. Não é “pré”. (Palmas.) Tenha a certeza disso. E todas as vezes em que eu entender que eu tenho que agir de acordo com o meu conceito, nós vamos agir. Declarar mais uma vez: não sou homofóbico, não sou transfóbico, não sou nada disso que a senhora, que algumas pessoas dizem. Isso é um pensamento de V. Exa., que nós respeitamos. Agora, só não pode me obrigar a aceitar a sua ideologia. Eu tenho o meu conceito; a senhora tem o da senhora.

Então, nós vamos continuar, aqui, votando sempre de acordo com o conceito que nós temos. Vamos respeitar o seu, mas gostaríamos que fosse respeitado e que não fossem ofendidos deputados dessa forma, chamando de criminoso, simplesmente porque o deputado tem um conceito de vida, coisa que a senhora também tem e nós respeitamos. Era isso, presidente. Obrigado.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Eu quero votar, presidente, contrário ao Item 3.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 3. Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Eu quero fazer uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Mais uma comunicação. Depois, encerrei as comunicações. Vamos à votação do próximo projeto.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Em primeiro lugar, Sr. Presidente, tem sido recorrente, aqui, a referência que é feita à deputada Erica Malunguinho. Eu não sei por que, eu não sei o que acontece. Não vamos jogar a sujeira para baixo do tapete, porque não é verdade. É uma coisa impressionante. Todo mundo se referiu, agora, a ela como deputada trans. Ela sabe que ela é trans. E é um orgulho para a Assembleia Legislativa de São Paulo eleger a primeira mulher trans desse país. (Palmas.) É um orgulho. E ela exige respeito.

Vocês dizerem que não são homofóbicos não é verdade. Desculpe-me. Eu não quero alongar essa polêmica, mas está nas entrelinhas. Aqui, ninguém é bobo. O mínimo que Deus nos deu foi inteligência. Então, a gente absorve isso. Deputado Gilmaci, eu respeito V. Exa.; não estou querendo ofender ninguém. Mas a deputada Erica não pode ser constantemente ofendida como ela vem sendo. Nós não podemos tratar a deputada Erica... Eu estou falando. Eu gostaria muito que V. Exa. respeitasse, como respeitei todo mundo que falou aqui, concordando ou não com as posições.

O que a deputada Monica disse é o seguinte: homofobia é crime, virou crime, pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal. Então, eu sugiro que nós respeitemos a deputada Erica aqui. Porque, de todos os deputados e deputadas desta Casa, ela é quem tem sofrido maior agressividade nas narrativas de cada um de vocês. Então, vamos reduzir essa agressividade, porque senão, daqui a pouco, em vez de ir para a Comissão de Ética, a gente vai para a representação, abrir inquérito. Porque é isso que nos resta.

Então, vamos voltar ao bom senso? Vamos voltar à nossa civilidade. O mínimo que nós pedimos é uma relação de civilidade e de respeito: respeito com todos nós, entre todos e todas, mas sobretudo com a deputada Erica Malunguinho, porque todas as vezes em que nós sentirmos que ela for ofendida, nós vamos ocupar essa tribuna e vamos defendê-la.

E, para concluir, meu voto é contrário ao Item 3.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado: ao Item 3.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, fazer uma correção: na verdade, é declarar voto da bancada do PT contra o Item 3.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Está registrado.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Sr. Presidente, eu queria registrar voto contra o Item 3 e dizer que isso não é uma questão de ideologia.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrada só a declaração de voto, deputada Marina.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, PCdoB é voto contrário ao Item 3.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

Item 2 - Discussão e votação do PL 235/2001 em anexo com o PL 454/ 2015.

Temos oradores inscritos. Só queria lembrar aos senhores que para conseguir cumprir o acordo que nós temos no Colégio de Líderes dos processos de votação, todos os oradores vão precisar se ater à matéria do tema; está certo? Hoje eu vou ser muito rígido, porque senão nós vamos conseguir cumprir até diante do acalorado do processo de discussão, nós vamos fugir completamente das nossas discussões. Então, já lembro aos oradores que estão inscritos que se não cumprirem estritamente ao tema eu vou cortar, inclusive, a palavra. Para falar contra, a deputada Márcia Lia. Abre mão. Deputado Paulo Fiorilo. Ausente. Deputado Douglas Garcia. Só lembrando que o tema que nós estamos discutindo se trata a Educação, ou melhor, Instituir na Rede Pública de Ensino Oficial da disciplina de Educação Ambiental.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.   

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - É só uma dúvida mesmo. Isso é o que o Regimento prevê; que nas discussões nós nos atentemos ao tema.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sim.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - O senhor vai ter essa postura em todas as outras discussões somente hoje ou no decorrer da semana e nas próximas votações?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu sempre fui muito tolerante nas discussões porque eu acho que a tribuna é um papel do parlamentar. O parlamentar tem, em que pese o regimento dizer isso, liberdade sobre o discorrer do tema. Agora, hoje, nós estamos vendo que o processo de discussão, se a gente não cobrar a atenção ao tema nós corremos um risco muito sério de não conseguir votar mais nenhum dos projetos que nós acordamos no Colégio de Líderes, por conta do discurso acalorado de ambos os lados.

Não estou aqui colocando nem para um lado, nem para o outro quem está certo ou quem está errado. Então, hoje vou ser muito mais rigoroso de que o comum nesse sentido. Se as coisas começarem a andar bem, quem sabe possa agir dessa maneira em todas as sessões.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - A sugestão que fica é que se cumpra o Regimento e que se mantenha essa mesma postura em todas as votações.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Deputado Douglas Garcia, lembrando o tema inclui Currículo na Rede Pública o Ensino Oficial da disciplina de Educação Ambiental.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado pela palavra, Sr. Presidente. Pode ficar tranquilo que eu vou me ater ao tema. Vou falar especificamente sobre isso. Antes, porém, tenho uma dúvida, Sr. Presidente, quanto a esse projeto, pois vi aqui que o deputado Wagner Lino, porém eu tinha visto algo relacionado ao...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Deputado Douglas Garcia, só um minutinho. É que está errado o tempo lá na... São 15 minutos, não é?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - São 15 minutos de discussão. Está errado o tempo.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Não vou usar o tempo todo. Apenas para tirar essa dúvida e também colocar o meu posicionamento quanto a esse projeto.

Eu havia visto o nome do deputado Carlos Cezar em algum tipo de requerimento nesse projeto?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só lembrando, deputado Douglas, preservando o tempo de V. Exa., peço que para que restitua os 15 minutos de V. Exa., porque na verdade V. Exa. está fazendo uma Questão de Ordem. Esse projeto está em anexo o 454 de 2015, como ambos dizem de um tema correlato eles são anexos. O que nós temos que fazer? Temos que desanexar no plenário o processo. Na verdade o que nós vamos votar é o projeto do deputado Carlos Cezar, o 454 de 2015 e não o PL 235/2001. Mas ele está anexo e no processo de votação você precisa fazer a preferência.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Muito obrigado, Sr. Presidente, por dirimir a dúvida. Agora, falando especificamente do projeto, gostaria de me direcionar ao nobre deputado Carlos Cezar, quanto à criação do projeto de lei que fala sobre a inclusão no currículo da Rede Pública de Ensino Oficial a disciplina de Educação Ambiental.

Tenho a mais absoluta certeza, principalmente em se tratando do deputado Carlos Cezar, que é um deputado que muito respeito e que tem muitos posicionamentos com os quais eu concordo aqui nesta Casa. Ele defende muitas bandeiras, que são as minhas também, o mesmo posicionamento político, e etc., com relação aos valores que eu possuo. Entretanto, nobre deputado, quanto à inclusão no currículo da Rede Pública Oficial a disciplina de Educação Ambiental muito me preocupa e eu direi o porquê.

É claro que eu não sou contra a Educação Ambiental. É ridículo dizer que um deputado estaria contra o ensino dessa questão do ambientalismo, de proteger o meio ambiente. Todos somos favoráveis à proteção do meio ambiente. Entretanto, infelizmente, o que nós vemos hoje não é uma proteção do meio ambiente, mas é a utilização dessa bandeira de forma muito exacerbada. O ambientalismo ele passou a se tornar uma forma de militância ao ponto de tirar completamente do empreendedor da iniciativa privada o seu direito de poder empreender. Nós temos aí, muitas vezes, os ambientalistas xiitas, nós chamamos de "ambientalistas xiitas" utilizando-se dessa pauta para poder simplesmente acabar com tudo aquilo que é empregado pela iniciativa privada no nosso Brasil.

E, quando nós falamos de educação ambiental é pior ainda. É pior ainda sabe por quê? Porque nós tivemos, por exemplo, recentemente algo que acontece na Amazônia. Não é apenas este ano, de 2019, em que Bolsonaro é presidente da República, mas todos os anos acontecem essas queimadas na Amazônia.

Mas, de repente, os ambientalistas lembraram que a Amazônia está pegando fogo. Detalhe é que nós tivemos uma alta nas queimas na Amazônia durante o governo Lula, e não foi esse escândalo todo. Não foi esse escândalo todo que, infelizmente, eles estão fazendo hoje.

E, as escolas foram a principal trincheira, foram as principais trincheiras utilizadas por esses militantes ambientalistas, no sentido de querer não só trazer uma mentira, dizendo que essas queimadas, elas vêm através do governo Bolsonaro, mas também para prejudicar a imagem do presidente da República.

Então, eu quero trazer esse aviso ao nobre deputado Carlos Cezar, que eu tenho a mais absoluta certeza de que ele não protocolou esse projeto nesse sentido, mas, infelizmente, nós temos alguns professores, aliás, alguns doutrinadores, travestidos de professores, que utilizam da causa ambientalista dentro da sala de aula para incentivar os alunos a se contraporem a diversas agendas, principalmente as agendas econômicas, do empreendimento a diversas empresas.

É por isso que é muito perigoso nós simplesmente abrirmos as portas para que esse tipo de educação venha na grade curricular de ensino das nossas crianças. Primeiro, porque nós já temos isso sendo ensinado, a questão do ambientalismo, a questão de preservação do meio ambiente, através da disciplina de biologia.

Através do estudo da vida é que nós vamos conseguir conscientizar os nossos estudantes, através da preservação do meio ambiente. Nós não temos hoje, a deputada Professora Bebel sabe disso também, infelizmente nós temos hoje a Educação um tanto que sucateada. Nós não temos sequer professores para conseguir dar aula nas salas de aula nas escolas.

Nós não temos número suficiente de funcionários, e estaremos criando aqui mais uma disciplina para simplesmente descer goela abaixo das crianças em sala de aula algo que já é ensinado, algo que já é preservado através da disciplina de biologia.

O Estado não tem condições de fornecer mais uma disciplina; e a contratação de mais professores, nós precisamos, primeiro, ocupar aqueles pontos que hoje já estão, infelizmente, faltando.

Nós sabemos que não existe professor para todo mundo no estado de São Paulo, e isso precisa ser revisto pelo Governo do Estado, e não a criação de mais uma disciplina, gerando, assim, mais vacância, gerando, assim, mais sucateamento.

Esse projeto, muito embora seja um projeto inicialmente bom, ele não pode ser utilizado hoje nas salas de aula, por todas essas questões ideológicas que, infelizmente, eu trouxe aos senhores, questões que, muitas vezes, são utilizadas no sentido de mais prejudicar do que ajudar, e também porque o Estado, ele não possui estrutura nenhuma para conseguir atender essa demanda.

Por essa razão, peça minhas escusas, peço vênia ao deputado Carlos Cezar, porém, eu votarei contrário e peço que os nobres deputados votem contrários também.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não havendo mais oradores inscritos, está encerrada a discussão.

Há sobre a mesa requerimento de preferência. Projeto de lei 454, de 2015. Sras. Deputadas e Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputada Márcia Lia.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Para ressaltar que o projeto originário era de um deputado do Partido dos Trabalhadores, o deputado Wagner Lino, que foi apensado a ele o Projeto de lei 454, do deputado Carlos Cezar. Ok?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o Projeto de lei 454, de 2015.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto, prejudicado o Projeto de 235, de 2001.

Item 3 - Discussão do Projeto de lei 164, de 2014. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 4 - Discussão do Projeto de lei 466, de 2019. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto, salvo a emenda. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação a emenda apresentada pelo congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação a emenda apresentada pelo congresso de comissões. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

Item 5 - Em discussão o Projeto de lei nº 521, de 2019. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, a deputada Erica Malunguinho vai encaminhar pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa. para encaminhar o Projeto de lei 521, de 2019, de autoria da nobre deputada Carla Morando.

Só lembrando que eu gostaria de pedir à deputada Erica que se atente ao tema do projeto que institui a campanha Quem Ama Vacina, que é o projeto da deputada Carla Morando.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - Sr. Presidente, então abro mão da minha fala porque eu precisava fazer uma retórica em relação à discussão que aconteceu aqui, e faço, então, em outro momento.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Agradeço V. Exa. pela compreensão.

Em votação o projeto.

 

O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Queria registrar só o voto contrário do Novo ao 164.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Está registrado o voto de Vossa Excelência.

Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 Item 6 - Discussão e votação do Projeto de lei nº 1006, de 2019.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão.

Há sobre a mesa requerimento de método de votação.

Em votação o requerimento de método de votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o método de votação.

Em votação o Item 1. Projeto, salvo emendas e destaque.

Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto.

Em votação o Item 2. Destacadamente as expressões “ou outras entidades sem fins lucrativos constituídas para prestar apoio às escolas” constante no parágrafo único do Art. 1º.

Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitada.

Item 3 - Em votação. Demais emendas englobadamente.

Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Sr. Presidente, queria registrar voto a favor das emendas.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrado voto de V. Exa. a favor de todas as emendas.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Sr. Presidente, queria fazer uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra para uma comunicação agora, Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Bom, eu queria muito que esse projeto interessante de hoje, esse último, o 1006, fosse aprovado por conta da dificuldade por que passam as escolas públicas do estado de São Paulo, por falta de infraestrutura diária: papel, papel higiênico. Então, foi acertado, acho que o Colégio de Líderes ter pautado esse projeto de lei.

Acho que a emenda feita, retirada do trecho que abria para outras entidades sem fins lucrativos também, deixou a cargo das associações de pais e mestres e, sobretudo, legalizar a vida dessas associações que têm seu crédito negativado, muitas vezes, por conta da não regularização de contas. E essas associações de pais e mestres são aquelas que levam o dia a dia das escolas públicas paulistas.

Eu, então, aqui me sinto assim atendida nesse projeto de lei. É de autoria do governo do estado de São Paulo, junto com a Secretaria de Estado da Educação, e dizer que foi muito importante o apressamento, deputado Carlão, da votação desse projeto de lei. Vai dar aí uma grande ajuda para as escolas públicas paulistas.

Muito obrigada.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - Sr. Presidente, para comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa. para comunicação.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Queria só registrar aqui que a Assembleia Legislativa de São Paulo votou a favor da exclusão de pessoas transexuais e travestis do Projeto Dossiê Mulher, que era um projeto que analisava as violências contra as mulheres. A Assembleia Legislativa de São Paulo votou contra a população trans de estar nesse dossiê. Essa é uma parte.

Em relação ao que o deputado Gilmaci fala sobre conceito, eu acredito muito nos conceitos, Gilmaci. E sabe que entendo também que conceitos como esses, que o senhor, que você profere aqui também eram proferidos no séc. XIX, no início do séc. XIX, e que avalizavam a escravidão negra. Pessoas que não se movem a pensar sobre como a sociedade se reorganiza e se reorienta estão fadadas a uma repressão que, infelizmente, mata pessoas. A escravidão também foi muito defendida em lugares como este. A escravidão e outras formas de opressão sempre foram defendidas.

O que estamos aqui discutindo e o que está em jogo não é o respeito em relação a minha pessoa, por apertar a mão e me dar beijos, Gil Diniz. Muito obrigada, estou muito satisfeita de beijos e abraços na vida. Não sou carente afetivamente. A questão que estamos discutindo aqui são projetos políticos e de sociedade que fazem com que pessoas estejam excluídas constantemente, e a população LGBT vive dessa forma. Não é sobre mim enquanto indivíduo, estou falando de mim enquanto ser coletivo.

Agora, está na hora de vocês assumirem publicamente que são contrários à pauta LGBT, que vocês são contrários à população LGBT. Da mesma forma que aqui já foi votado contra a gratuidade em transportes para pessoas que têm doenças degenerativas, já foi votado contra, na Comissão de Direitos Humanos, a aprovação de cardápio em braile para pessoas com deficiência visual. Isso já aconteceu aqui.

Então, é preciso assumir essas posições, ao invés de ficar escamoteando esse discurso repressor com respeito...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Erica, o tempo de Vossa Excelência. Já fui tolerante por 30 segundos.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - Ok, finalizei. Obrigada.

 

 O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Sr. Presidente, o senhor me permite uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra para uma comunicação.

 

 O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, é apenas para colocar também a minha exposição com relação a isso, já que fui citado pela deputada Erica Malunguinho e inclusive chamado de transfóbico por ela.

A deputada, outro dia, subiu ao microfone para dizer que tenho disforia de gênero, acho que alguma coisa assim, nesse sentido, dando a entender que não me aceito como homossexual, que não me aceito como gay. Acontece que eu me aceito, sou muito tranquilo com relação a isso, estou resolvido sexualmente e não preciso de pessoas como ela para dar palpite na minha vida, porque da minha vida cuido eu.

Eu gostaria também que a deputada Erica Malunguinho colocasse muitas vírgulas depois que fala da população LGBT, porque ela não fala por todos os gays, lésbicas, bissexuais e transexuais do Brasil. Não tem representatividade e muito menos nenhum tipo de procuração para falar em nome deles.

Inclusive, a forma como ela colocou ali, me ofendendo e dizendo que tenho disforia de gênero, foi uma declaração completamente homofóbica, porque ela não aceita que um homem goste de outro homem sendo homem, um homem que se comporte como homem, um homem que ande como homem, um homem que seja um homem, muito embora goste de outro homem.

Isso, para mim, é homofobia, é querer fazer com que todos os homens sejam transexuais, fazer com que todos os homens tenham o mesmo comportamento. Mas eu não tenho. Sou independente, sou livre, tenho liberdade de expressão para dizer, sim, que homens trans ou mulheres trans não podem ser colocados em estatísticas que envolvam homens biologicamente falando e mulheres biologicamente falando, porque é injusto.

E peço que V. Exa. me trate com respeito, porque a próxima vez que me chamar de transfóbico ou me chamar de criminoso, o próximo a bater no Conselho de Ética será ela.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, primeiro, gostaria de dizer da importância da aprovação desse Projeto nº 1006, de 2019, que resolve uma questão gravíssima que vem ocorrendo há muitos anos na Rede Estadual de Ensino.

Além das colocações feitas pela deputada Bebel, gostaria de acrescentar ainda que o projeto resolve uma parte de uma situação que é a seguinte: vários pais de alunos que participam de APMs das escolas estaduais, vários professores e até mesmo diretores de escolas respondem processos na Justiça Trabalhista, pois, há alguns anos, o estado se omitia, ele não contratava servidores do quadro de apoio e transferia essa obrigação para que as APMs assim fizessem as contratações.

Quando o funcionário saía, ele entrava com uma ação judicial contra as escolas, contra o estado, mas o estado não se responsabilizava e jogava novamente a responsabilidade para as próprias escolas. Com isso, a Justiça Trabalhista, não conhecendo essa situação, entrava com uma ação não contra o estado, mas contra o diretor da escola, que é o presidente da APM, contra um pai de aluno, que é o tesoureiro. É um absurdo o que aconteceu na rede estadual. E aí o Estado tinha se omitido então.

Então, esse projeto resolve uma parte do problema, não totalmente, além de carrear, transferir um pouco mais de recursos para as escolas estaduais, que estão sucateadas, degradadas, sem material básico de limpeza. É um verdadeiro absurdo o abandono da rede estadual.

Repito: não resolve, mas alivia em certas escolas essa situação, mas, sobretudo, essa questão das dívidas trabalhistas das APMs, que são as dívidas do estado de São Paulo, da Secretaria da Educação e da FDE, que não podem ser jogadas nas costas da comunidade escolar.

Muito obrigado.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Deputada Erica, em primeiro lugar, queria dizer para V. Exa. do respeito que tenho por V. Exa., até pela qualidade que a senhora traz aos debates aqui nesta Casa. Tem muito conteúdo, e eu a respeito muito por isso. É uma pessoa muito inteligente.

Quero afirmar aqui, mais uma vez, que não se trata de homofobia, mas também lamentar, porque a senhora também acusa todos os deputados de votarem contra a comunidade LGBT, mas a senhora também votou contra. Se a senhora era contra a emenda, por que não pediu a verificação de votação para derrubar essa emenda?

Então, a senhora também concordou, a senhora votou contra a comunidade LGBT. Então, a senhora não pode nos acusar de sermos - todos nós - homofóbicos, porque V. Exa. também concordou com a emenda, votando favorável, deputada.

Obrigado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu queria cumprimentar esta Casa, cumprimentar todos os líderes e todos os deputados, cumprimentar V. Exa. pela atitude, porque hoje o Parlamento de São Paulo está dando respostas à sociedade, em seis projetos que nós aprovamos nesta noite.

São projetos de interesse da população, que mexem com o cotidiano da sua vida, seja na área da Saúde, social, área da Segurança Pública. É isso que o povo espera de nós, Sr. Presidente, resposta para a sociedade. Independente de discussões de costumes, nós - mais do que nunca - não podemos perder a pauta dos interesses do povo, que está sofrendo nas ruas, no desemprego, com a violência. Nós estamos cumprindo o nosso papel aqui, e V. Exa. tem conduzido a Assembleia dessa maneira, dando a oportunidade de nós pautarmos os projetos dos deputados.

Eu queria cumprimentar a deputada Isa Penna pelo projeto que cria o Dossiê Mulher; cumprimentar o deputado Carlos Cezar, que cria e disciplina a educação ambiental nas escolas; cumprimentar o deputado Roberto Engler, que concede, no seu projeto de lei, descontos no pagamento de taxas relativas à renovação de carteira nacional de habilitação.

Quero cumprimentar a deputada Delegada Graciela, que institui o maravilhoso Programa de Reeducação de Agressor de Violência Doméstica e Familiar; cumprimentar a deputada Carla Morando que, com o seu projeto, institui a Campanha Quem Ama Vacina.

Cumprimento ainda o Governo do Estado e o governador João Doria, que finalizou hoje a votação de um projeto, Programa Dinheiro Direto na Escola Paulista, que é para pequenas reformas, valorizando a Educação do estado de São Paulo, mas isso é fruto do entendimento desta Casa, dos parlamentares que aqui estão. O deputado Gil Diniz, líder do PSL, como tantos outros líderes, colaboraram para que isso acontecesse. Então, parabéns, Parlamento de São Paulo. Parabéns a Vossa Excelência. Parabéns, São Paulo, por esta noite.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. DELEGADA GRACIELA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria de agradecer a todos os deputados e deputadas pelo voto favorável ao meu projeto - meu primeiro projeto - Viva Mulher. Tenho certeza, Sr. Presidente, de que este projeto irá colaborar muito no avanço do combate à violência doméstica.

Vou estar aqui torcendo para que haja a sanção do governador do Estado, e este projeto seja realmente implantado no estado de São Paulo. Pela experiência que tive, durante 32 anos, como delegada da mulher, isso vai realmente colaborar muito nesse processo.

Obrigada, Sr. Presidente. Obrigada a todos.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Para finalizar, deputado Gilmaci, eu não vou nem me estender em relação ao método de votação e às questões do Regimento Interno, que fazem com que, enfim, pareça-se que vota contra, porque obviamente eu não preciso nem justificar que eu jamais votaria contra a população LGBT. Douglas, eu não tenho uma procuração da população LGBT, mas pelo menos tenho sensibilidade para compreender as dores e sofrimentos que fazem, por exemplo, com que a população LGBT seja um dos principais alvos deste mês de setembro, que é o mês de combate ao suicídio, e eu sei por que isso acontece, principalmente a população trans.

Uma outra coisa: se aquele livro que foi censurado pelo governador - e ainda bem que ele volta à ativa - não tivesse sido censurado, se ele tivesse sido publicado em outros tempos, você não se atrapalharia tanto em falar sobre identidade de gênero e orientação sexual. São duas coisas diferentes. A disforia que eu falei para você não é de gênero.

Você é uma pessoa disfórica e não diz respeito a gênero. Diz respeito a você se descompreender em relação à construção histórica do que significa ser uma pessoa homossexual. Isso não tem a ver comigo, porque diferente de você, eu não sou homossexual. Eu sou uma pessoa transexual e não tenho problema algum quando falam assim: “A deputada trans”.

Não tenho problema, mas coloquem dentro disso que eu sou negra, trans e nordestina sem problema algum. Agora, não me venham escamotear a hipocrisia, escamotear a violência no discurso de respeito, quando aperta a mão ou dá beijinho no rosto.

A população LGBT carece sim de políticas públicas. Carece sim, infelizmente, de proteção, porque há um Estado aí transfóbico, homofóbico, violento, que assim como nós entendemos que existe a violência contra a mulher cisgênero, que hoje todo mundo fala, ainda bem, é necessário que aprendamos sobre a violência em relação à população LGBT, porque isso também acontece.

Espero que daqui a algum tempo essa ficha caia e a gente não retome aqui com discursos que mais parecem uma defesa da escravidão do século XIX. Obrigada.

 

A SRA. DELEGADA GRACIELA - PL - Para comunicar, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Graciela.

 

A SRA. DELEGADA GRACIELA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, tomando conhecimento que o senhor será agora o governador, irá substituir o governador, eu peço, conforme aqui a torcida, para que avance na aprovação do meu projeto e de todas também. Obrigada.

 

 O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - As agendas do governo mudam sempre. Nós não fomos comunicados oficialmente a respeito de qualquer alteração. Então, não tenho ainda como fazer qualquer tipo de compromisso desse tipo.

 

A SRA. DELEGADA GRACIELA - PL - Se caso tenha...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, peço atenção de V. Exas. para um comunicado. Na sessão ordinária do último dia 20 de agosto, o nobre deputado Carlão Pignatari apresentou a questão de ordem sobre o procedimento a ser observado no âmbito das comissões permanentes quanto à prestação de contas previstas no Art. 52-A, da Constituição do Estado.

Apontou que a repartição temática estabelecida no Regimento Interno para definir as competências das comissões não corresponde, em determinados casos, à adotada pelo Poder Executivo para fixar as atribuições das secretarias de estado. Assim, o nobre parlamentar questionou se é possível que uma das autoridades referidas no Art. 52 seja chamada a comparecer perante mais de uma comissão.

Comunico ao plenário que estou respondendo à questão de ordem. O entendimento adotado na resposta pode ser sintetizado em três pontos: “Item 1 - O cumprimento do dever imposto aos secretários de estado e às demais autoridades mencionadas no Art. 52-A, da Constituição Paulista nos casos em que as atribuições da pasta, órgão ou entidade estejam relacionadas tematicamente com as áreas de competência de mais de uma comissão permanente não implica para elas - as autoridades - o dever de comparecer para esse fim em reunião a cada uma das comissões.

Ou seja, não precisa o secretário para cumprir o Art. 52-A ir a mais de uma das comissões que não seja aquela pré-definida agora nesta questão de ordem. Item 2 - Nestes casos cabe, por aplicação analógica das disposições do Art. 70 do Regimento Interno, definir a comissão cujo campo temático as atribuições da secretaria, órgão ou entidade se correlacionem de forma precípua.

A comissão assim identificada compete receber e ouvir a autoridade para fins previstos no Art. 52-A da Constituição do Estado. Item 3 - Caso se verifique que as atribuições de determinada secretaria, órgão ou entidade estejam conectadas nuclearmente com as áreas de competência de mais de uma comissão permanente, a ponto de impossibilitar que identifique, em uma única comissão correspondente, o objeto principal. É de se aplicar também, por analogia, a norma regimental que possibilita a realização das reuniões conjuntas.

Com base nestas premissas, a Presidência definiu, na resposta a esta Questão de Ordem, a correspondência entre secretarias, órgãos e entidades e as comissões competentes para proceder às oitivas dos respectivos titulares, nos termos do Art. 52-A da Constituição do Estado de São Paulo”.

Em prol do dinamismo do trabalho, não lerei a íntegra das respostas neste momento. Para dar a devida publicidade a ela, determino que seja publicada nas notas taquigráficas. E que seja encaminhada ao autor da Questão de Ordem, de todas as lideranças partidárias da Casa e todas as comissões permanentes a Questão de Ordem ora supracitada.

Eu gostaria de pedir ao secretário parlamentar, Rodrigo, se ele tem pelo menos a tabela. Porque, a tabela, eu gostaria de falar para todos os deputados. Na Questão de Ordem, se tiver a tabela, eu gostaria de fazer a leitura.

Então faço o seguinte: determino também a publicação no Diário Oficial da resposta na íntegra dessa Questão de Ordem. Assim, amanhã, todos os deputados tomarão ciência qual secretário deve ir a qual comissão para poder sistematizar os nossos trabalhos. Com a palavra, o deputado Gil Diniz.

Resposta à Questão de Ordem apresentada pelo Sr. Deputado Carlão Pignatari na 85ª (octogésima quinta) sessão ordinária, realizada em 20 de agosto de 2019:

“Por meio de questão de ordem apresentada em 20 de agosto de 2019, no curso da 85ª (Octogésima Quinta) Sessão Ordinária, o Sr. Deputado Carlão Pignatari submeteu à Presidência “dúvida quanto ao procedimento a ser observado, no âmbito das Comissões Permanentes desta Casa, no que diz respeito à prestação de contas de que trata o artigo 52-A da Constituição do Estado”.

Sua Excelência faz referência ao fato de o Regimento Interno não conter disciplina específica acerca do comparecimento previsto naquele artigo; assinala que, além disso, “a repartição temática regimentalmente estabelecida para definir os campos de competência das 17 (dezessete) Comissões Permanentes constituídas neste Parlamento não corresponde, em alguns casos, à adotada pelo Poder Executivo para fixar as atribuições das diferentes Secretarias de Estado”. Entende que, por essas razões, o tema está a reclamar apreciação pela Presidência.

Assim, o ilustre Parlamentar, aludindo às autoridades mencionadas no artigo 52-A da Constituição Paulista, formula, nos seguintes termos, a indagação que pretende ver respondida:

“Para fins de cumprimento do artigo 52-A da Constituição do Estado, é possível que uma daquelas autoridades seja chamada a comparecer perante mais de uma Comissão Permanente?”

Eis, em apertada síntese, o objeto da questão de ordem. Passa-se à respectiva resposta.

O artigo 52-A foi acrescentado à Constituição Paulista pela Emenda Constitucional nº 27, de 2009, a qual se originou de proposta de Emenda apresentada por membros deste Parlamento.

Posteriormente, o artigo foi modificado pelas Emendas Constitucionais nº 31, de 2009, e nº 37, de 2012, vigorando, atualmente, com a seguinte redação:

“Artigo 52-A - Caberá a cada Secretário de Estado, semestralmente, comparecer perante a Comissão Permanente da Assembleia Legislativa a que estejam afetas as atribuições de sua Pasta, para prestação de contas do andamento da gestão, bem como demonstrar e avaliar o desenvolvimento de ações, programas e metas da Secretaria correspondente. (NR)

§ 1º - Aplica-se o disposto no ‘caput’ deste artigo aos Diretores de Agências Reguladoras. (NR)

§ 2º - Aplicam-se aos procedimentos previstos neste artigo, no que couber, aqueles já disciplinados em Regimento Interno do Poder Legislativo. (NR)

§ 3º - O comparecimento do Secretário de Estado, com a finalidade de apresentar, quadrimestralmente, perante Comissão Permanente do Poder Legislativo, a demonstração e a avaliação do cumprimento das metas fiscais por parte do Poder Executivo suprirá a obrigatoriedade constante do ‘caput’ deste artigo. (NR)

- § 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 31, de 21/10/2009.

§ 4º - No caso das Universidades Públicas Estaduais e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, incumbe, respectivamente, aos próprios Reitores e ao Presidente, efetivar, anualmente e no que couber, o disposto no ‘caput’ deste artigo. (NR)

- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 37, de 05/12/2012.”

Ao estabelecer, para cada Secretário de Estado, e para cada uma das demais autoridades mencionadas nos §§ 1º e 4º do artigo 52-A, o dever de comparecer, semestralmente, perante “a Comissão Permanente (...) a que estejam afetas as atribuições de sua Pasta”, para prestar contas do andamento da gestão, e para demonstrar e avaliar o desenvolvimento de ações, programas e metas da Secretaria (ou órgão/entidade) correspondente, o artigo 52-A criou, para a Assembleia, o direito (ou melhor: o poder-dever) de, em suas Comissões Permanentes, receber aquelas autoridades, para tal fim, e de proceder à sua oitiva.

A questão submetida à Presidência pelo nobre Deputado Carlão Pignatari diz respeito à forma como tal poder-dever há de ser exercido, quando as atribuições de determinada Secretaria (ou de outro dos órgãos/entidades referidos no artigo 52-A) se conectem com os campos de competência de mais de uma Comissão Permanente.

Trata-se de situação cuja configuração resulta da circunstância de que, como bem observou o nobre proponente da questão de ordem, nem sempre a delimitação material das atribuições das Secretarias de Estado guarda perfeita simetria com a repartição temática das competências das dezessete Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa. O mesmo vale — acrescenta esta Presidência — relativamente a algumas das entidades de que trata o § 4º do artigo 52-A da Constituição Estadual.

Daí a pertinência da indagação posta pelo nobre suscitante da questão de ordem: “Para fins de cumprimento do artigo 52-A da Constituição do Estado, é possível que uma daquelas autoridades seja chamada a comparecer perante mais de uma Comissão Permanente?” 

Uma segunda indagação, embora não explicitada na questão de ordem, decorre inevitavelmente daquela: caso presente tal possibilidade, é admissível que determinada autoridade seja chamada a comparecer mais de uma vez, a cada semestre, para proceder à prestação de contas, nos termos do referido artigo, em reunião de cada qual das Comissões a cujo campo temático de competência as atribuições da Secretaria (ou órgão/entidade) estejam vinculadas? 

A fim de responder a essas indagações, cabe, desde logo, atentar para a dicção do citado artigo 52-A, especialmente à previsão de que “caberá a cada Secretário de Estado, semestralmente, comparecer perante a Comissão (...) a que estejam afetas as atribuições de sua Pasta”.

O emprego do artigo definido “a” [perante a Comissão (...) a que estejam afetas as atribuições] indica que a norma constitucional pressupõe o comparecimento da autoridade perante uma determinada Comissão.

Deve-se ter presente, ademais, a natureza das atividades que constituem a finalidade desse comparecimento: tanto a prestação de contas do andamento da gestão, quanto a demonstração e a avaliação do desenvolvimento de ações, programas e metas da Secretaria (ou órgão/entidade), são feitas de forma global, e não específica.

Isso porque a gestão da Secretaria (ou órgão/entidade), e as respectivas ações, programas e metas, são planejadas, estruturadas, executadas e avaliadas dentro de uma unidade lógica e metodológica, articulada à luz do campo material de competência da Secretaria (ou órgão/entidade), e essa unidade há de presidir a prestação, a demonstração e a avaliação referidas.

Desse modo, nos casos em que as atribuições da Secretaria/órgão/entidade digam respeito a temas que estejam inseridos nas áreas de competência de mais de uma Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, seria inviável pretender-se que a prestação de contas fosse realizada de forma cindida, vale dizer, enfocando, perante cada Comissão, tão somente os assuntos ligados aos temas relacionados à respectiva órbita de competência.  

Assim, na hipótese de múltiplos comparecimentos semestrais, cada qual deles perante Comissão diversa, a prestação de contas acabaria sendo a mesma. 

Por evidente, não se coaduna com os princípios da razoabilidade, da finalidade e da eficiência, inscritos no artigo 111 da Constituição Paulista, exigir-se das autoridades mencionadas no artigo 52-A daquela mesma Carta mais de um comparecimento semestral perante Comissões deste Parlamento, para prestar os mesmos esclarecimentos e informações.

É preciso ainda considerar que, caso seja necessário, é prerrogativa da Assembleia e de suas Comissões convocar Secretários e outras autoridades para o esclarecimento de assuntos específicos, nos termos dos artigos 20, inciso XIV, e 13, § 1º, item 2, ambos da Constituição Paulista, e dos artigos 268 e seguintes, e 31, inciso V, estes últimos do Regimento Interno.

Importante enfatizar, a esse respeito, que o comparecimento de Secretário de Estado perante Comissão da Assembleia, decorrente da aplicação do artigo 52-A da Constituição Estadual, independe e difere daquele que resulta da convocação de que tratam o artigo 13, § 1º, item 2, da Constituição Estadual, e os artigos 31, inciso V, e 268 e seguintes, do Regimento Interno. É claríssimo, a propósito, o Texto Constitucional:

“Artigo 13 - (...)

§ 1º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

(...)

2. convocar Secretário de Estado, sem prejuízo do disposto no artigo 52-A, para prestar pessoalmente, no prazo de 30 (trinta) dias, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada; (NR)”

(grifou-se)

As disposições contidas nos artigos 268 e seguintes do Regimento Interno prestam-se à aplicação nos casos de comparecimento nos termos do artigo 52-A apenas no que se refere a aspectos estritamente procedimentais, em especial naqueles relacionados a normas de cerimonial ― como, por exemplo, a regra que determina que “quando comparecer à Assembleia ou a qualquer de suas Comissões, o Secretário de Estado terá assento à direita do Presidente respectivo” (artigo 270).

Logo, a convocação para uma finalidade não interfere na outra.

À vista disso, ainda que a autoridade já tenha cumprido a determinação constitucional do artigo 52-A, poderá ser posteriormente convocada para todo e qualquer esclarecimento específico que se faça oportuno, seja à Comissão perante a qual a prestação de contas tenha sido feita, seja a outra Comissão.

Todas essas considerações conduzem à conclusão de que se revela irrazoável pretender-se que determinado Secretário de Estado — ou outra das autoridades mencionadas no artigo 52-A da Constituição Estadual — seja chamado a comparecer mais de uma vez, a cada semestre, perante Comissão(ões) desta Casa, para proceder à prestação de contas prevista naquele artigo.

Resta, então, saber a que Comissão ― ou a que Comissões — incumbe receber e ouvir a autoridade, quando se verificar que as atribuições da Secretaria/órgão/entidade se conectam com o campo de competência de mais de uma delas (Comissões).

A esta Presidência parece induvidoso que, a despeito da ausência de norma constitucional ou regimental expressa a contemplar tal específica hipótese, há, no Regimento Interno, preceitos que, apesar de versarem sobre outros aspectos da atuação das Comissões, podem ser aplicados por analogia para o fim de estabelecer regras quanto ao comparecimento de autoridades nos termos do artigo 52-A. Aliás, o próprio artigo ordena, em seu § 2º: “Aplicam-se aos procedimentos previstos neste artigo, no que couber, aqueles já disciplinados em Regimento Interno do Poder Legislativo.”

O principal desses preceitos é o inserto no artigo 70 do referido Regimento, que, ao disciplinar a distribuição de proposições pela Presidência, determina, no § 1º, que nos casos em que o exame de mérito couber a mais de uma Comissão, deverá ser distribuída àquela que tiver a competência para a análise do objeto principal, ressalvada a possibilidade de ser solicitada, por qualquer Deputada ou Deputado, a manifestação de outras Comissões para o esclarecimento de questões específicas (cf. §§ 2º e 3º do mesmo artigo).

Assim, para fins de cumprimento do artigo 52-A da Constituição Estadual, aplicando-se, por analogia, o referido artigo 70, conclui-se que o comparecimento das autoridades deve ocorrer perante a Comissão Permanente responsável pela análise do “objeto principal” pertinente a cada Secretaria/órgão/entidade ― isto é, à Comissão com cujo campo temático tais atribuições se correlacionem de forma precípua —, ficando ressalvada a aplicação do artigo 31, inciso V, e dos artigos 268 e seguintes do Regimento Interno, para o caso de esclarecimento de questões específicas da Secretaria/órgão/entidade.

Verificando-se, porém, que as atribuições de determinada Secretaria/órgão/entidade se correlacionem tão nuclearmente com os temas de competência de mais de uma Comissão Permanente, a ponto de impossibilitar que em uma única delas (Comissões) se identifique o correspondente “objeto principal”, é de se aplicar, também por analogia, a norma regimental que possibilita a realização de reuniões conjuntas (artigo 68).

Dentro dessas balizas, e consideradas, de um lado, as atribuições das diferentes Secretarias de Estado e dos demais órgãos e entidades cujos titulares sujeitam-se ao comparecimento de que trata o artigo 52-A da Constituição Estadual, e, de outro, as competências regimentais das dezessete Comissões Permanentes, esta Presidência entende que a oitiva das autoridades mencionadas no “caput” e nos §§ 1º e 4º daquele artigo deve dar-se na seguinte conformidade:

 

Autoridade

Comissão(ões)

referências legais / observações

Secretário-Chefe da Casa Civil

Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho (CAPRT)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 10

Secretário-Chefe da Casa Militar

Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários (CSPAP)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”; artigo 141, §§ 3º e 4º

▪ Decreto nº 48.526/2004, artigo 30

▪ RI, artigo 31, § 9º

Secretário de Governo

Reunião conjunta: Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho (CAPRT) e Comissão de Fiscalização e Controle (CFC)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ Lei nº 4.595/1985

▪ RI, artigo 31, §§ 10 e 15

Secretário de Desenvolvimento Regional

Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais (CAMM)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 6º

Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente

Reunião conjunta: Comissão de Infraestrutura (CI) e Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, §§ 7º e 11

Secretário da Justiça e Cidadania

Reunião conjunta: Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais (CDD), Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor (CDDC), e Comissão de Defesa e dos Direitos das Mulheres (CDDM)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, §§ 1º, 13, 16 e 17

Secretário de Desenvolvimento Social

Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais (CDD)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 13

Secretário da Segurança Pública

Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários (CSPAP)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 9º

Secretário da Administração Penitenciária

Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários (CSPAP)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 9º

Secretário da Fazenda e Planejamento

Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP)

▪ CE, artigo 52-A, “caput” e § 3º

▪ RI, artigo 31, § 2º

Secretário de Agricultura e Abastecimento

Comissão de Atividades Econômicas (CAE)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 12

Secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais (CDD)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 13

Secretário da Educação

Comissão de Educação e Cultura (CEC)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 4º

Secretário da Saúde

Comissão de Saúde (CS)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 3º

Secretário de Logística e Transportes

Comissão de Transportes e Comunicações (CTC)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 8º

 

Secretário da Cultura e Economia Criativa

Comissão de Educação e Cultura (CEC)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 4º

 

Secretário de Desenvolvimento Econômico

Reunião conjunta: Comissão de Atividades Econômicas (CAE) e Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação (CCTII)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, §§ 12 e 14

Secretário de Esportes

Comissão de Assuntos Desportivos (CAD)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 5º

Secretário da Habitação

Comissão de Infraestrutura (CI)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 7º

Secretário de Transportes Metropolitanos

Reunião conjunta: Comissão de Transportes e Comunicações (CTC) e Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais (CAMM)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, §§ 6º e 8º

Secretário de Turismo

Comissão de Atividades Econômicas (CAE)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ RI, artigo 31, § 12

Secretário Extraordinário de Relações Internacionais

 

Comissão de Atividades Econômicas (CAE)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”

▪ Decreto nº 64.059/19, artigo 6º, § 1º; Decreto nº 64.189/19

▪ RI, artigo 31, § 12

Secretário Extraordinário da Comunicação

Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação (CCTII)

▪ CE, artigo 52, “caput”

▪ Decreto nº 64.059/19, artigo 6º, § 1º; Decreto nº 64.061/19

▪ RI, artigo 31, § 14

Procurador Geral do Estado

Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR)

▪ CE, artigo 52-A, “caput”; artigo 100, parágrafo único

▪ LC nº 1.270/15 (Lei Orgânica da PGE), artigo 7º, inciso XXVIII

▪ RI, artigo 31, § 1º

Diretor-Presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo (ARTESP)

Comissão de Transportes e Comunicações (CTC)

▪ CE, artigo 52-A, § 1º

▪ RI, artigo 31, § 8º

Diretor-Presidente da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP)

Comissão de Infraestrutura (CI)

▪ CE, artigo 52-A, § 1º

▪ RI, artigo 31, § 7º

Reitor da Universidade de São Paulo (USP)

Reunião conjunta: Comissão de Educação e Cultura (CEC) e Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação (CCTII)

▪ CE, artigo 52-A, § 4º

▪ RI, artigo 31, §§ 4º e 14

Reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Reunião conjunta: Comissão de Educação e Cultura (CEC) e Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação (CCTII)

▪ CE, artigo 52-A, § 4º

▪ RI, artigo 31, §§ 4º e 14

Reitor da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp)

Reunião conjunta: Comissão de Educação e Cultura (CEC) e Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação (CCTII)

▪ CE, artigo 52-A, § 4º

▪ RI, artigo 31, §§ 4º e 14

Presidente da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp)

Reunião conjunta: Comissão de Educação e Cultura (CEC) e Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação (CCTII)

▪ CE, artigo 52-A, § 4º

▪ RI, artigo 31, §§ 4º e 14

Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação (CCTII)

▪ CE, artigo 52-A, § 4º

▪ RI, artigo 31, § 14

 

CONCLUSÃO

À vista de todo o exposto, esta Presidência, em resposta à questão de ordem formulada em 20/08/19 pelo nobre Deputado Carlão Pignatari, expressa o entendimento de que:

(i) o cumprimento do dever imposto aos Secretários de Estado e às demais autoridades mencionadas no artigo 52-A da Constituição Paulista, nos casos em que as atribuições da Pasta (ou órgão/entidade) se correlacionem, no campo temático, com as áreas de competência de mais de uma Comissão Permanente, não implica, para aquelas autoridades, o dever de comparecer, para esse fim, em reunião de cada qual das Comissões;

(ii) em tais casos, cabe, por aplicação analógica das disposições do artigo 70 do Regimento Interno, definir a Comissão com cujo campo temático se correlacionem, de forma precípua, as atribuições da Secretaria (ou órgão/entidade), competindo à Comissão assim identificada receber e ouvir a autoridade, para os fins previstos no artigo 52-A da Constituição Estadual; e

(iii) verificando-se, porém, que as atribuições de determinada Secretaria/órgão/entidade se conectem tão nuclearmente com as áreas de competência de mais de uma Comissão Permanente, a ponto de impossibilitar que em uma única delas (Comissões) se identifique o correspondente “objeto principal”, é de se aplicar, também por analogia, a norma regimental que possibilita a realização de reuniões conjuntas (artigo 68).

Dentro dessas balizas, e consideradas as atribuições atualmente conferidas às Secretarias de Estado (e aos outros órgãos e entidades mencionados no artigo 52-A da Constituição Paulista), e as competências regimentalmente estabelecidas para as dezessete Comissões Permanentes existentes na Assembleia Legislativa, esta Presidência definiu, no corpo da presente resposta, a correspondência entre as Pastas, órgãos e entidades, e a(s) Comissão(ões) competente(s) para, nos termos daquele artigo, proceder à oitiva dos respectivos titulares.

São estas as considerações que cabia à Presidência fazer, em resposta à questão de ordem formulada pelo nobre Deputado Carlão Pignatari.

Cauê Macris - Presidente”

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu ia responder a nobre deputada Erica Malunguinho, mas já se retirou do plenário. Repondo no momento oportuno. Mas, respeito é bom. A gente gosta. Respeitamos, independente de sexo, origem social, orientação de gênero, religião. Mas, no momento oportuno, responderemos.

Outra questão é que nós, da bancada do PSL, já aguentamos muitas ofensas, insinuações. Então, a partir de agora, vamos começar a representar no Conselho de Ética. É regimental. Então, sendo acusado desse ou de outro crime, vamos representar no Conselho de Ética se formos chamados de criminosos, como fomos chamados hoje.

Vou representar. Se os outros deputados quiserem vir ao microfone citar nominalmente quem é o criminoso da bancada, melhor ainda, que a gente coloca na representação. Mas só dar ciência à Casa de que vamos começar a agir dessa maneira, para depois não alegar ignorância e pedir para que retiremos essas representações no Conselho de Ética. Então, fica aqui o nosso recado: quem nos acusar desse tipo de crime, será representado no Conselho de Ética.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Apenas para agradecer aos deputados da base do Governo, porque fizemos hoje duas grandes votações que são para avançar o governo de São Paulo. Quero cumprimentar o governo João Doria por ter mandado projetos de extrema importância, de extrema relevância para a nossa Casa.

Penso que, quando você faz a extinção de uma empresa que foi de extrema importância para São Paulo (construiu grandes rodovias, fizeram grandes coisas, as grandes rodovias de São Paulo foram construídas pela Dersa), com a construção da Artesp, ela perdeu a função. A partir de agora vamos ter um novo governo, vamos andar cada vez mais.

E que o governo de São Paulo não tem nenhuma dificuldade com nenhum tipo de CPI. Vejo que a extinção da Dersa é uma coisa; e construção da CPI, se vai ter CPI ou não, é a vontade dos deputados desta Casa.

Quero cumprimentar a todos e agradecer muito, em nome do governador João Doria, por mais esses dois grandes projetos que votamos para melhorar e avançar São Paulo.

Havendo acordo de lideranças, eu queria...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O objeto já está esgotado há tempos, mas estamos sendo tolerantes a aqueles deputados que ainda queiram utilizar da palavra. Deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - É para uma comunicação rápida. Nem vou tomar os meus dois minutos. Presidente, hoje o governo João Doria conseguiu mais uma vitória. Aprovou a extinção da Dersa.

A Dersa, que é o símbolo da corrupção do PSDB. E que, mesmo com a aprovação da extinção da Dersa, entendo que é preciso que esta Casa instale uma CPI. Não é dizer “ah não, os deputados decidem, os deputados resolvem”.

Não, não, não. O governador João Doria tem um papel nisso. Qual é o papel do governador? É ter a altivez de propor que esta Assembleia aprove sim uma CPI para investigar os desmandos, a corrupção, os desvios que ocorreram ao longo desses anos na Dersa. Não é possível querer encobrir todas as denúncias que foram feitas até agora sobre essa empresa. E eu não estou falando dos trabalhadores da empresa; eu conheço vários. Aliás, conheço gente que tem capacidade, que tem expertise.

Nós não podemos simplesmente passar uma borracha naquilo que foi feito de errado. É preciso investigar. E eu tenho certeza, deputado Carlão Pignatari, de que o senhor também concorda comigo. Aliás, o senhor já disse isso não só a mim: disse a mim, ao deputado Gil Diniz, que o senhor tem todo o interesse de ter uma CPI da Dersa aqui. Então, nós precisamos parar com o farfalhar das palavras secas e aprovar a sexta CPI.

Porque, senão, eu vou dizer ao senhor: o senhor sabe muito bem o que vai acontecer. Nós temos cinco CPIs que estão terminando agora; nós vamos instalar mais cinco. A próxima, depois das cinco, é a da Dersa. Portanto, é inevitável que isso aconteça. Eu acho, até, que para o governo seria melhor que antecipássemos esse debate, para que não houvesse dúvida de ninguém da sociedade civil, dos deputados, dos que acompanham esse debate, de que aqui nós temos a capacidade de fazer um alto debate e de expor aquilo que aconteceu, de forma muito clara, e punindo os responsáveis. Acho que vocês concordam. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente, para uma última comunicação da minha parte.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu peço, por favor, que seja a última comunicação de V. Exa., a última do deputado Carlos Giannazi e encerramos a sessão.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Você sabe que quando eu ouço esse grande orador, o deputado Paulo Fiorilo, pelo qual eu tenho um respeito enorme, ele se esquece de que ele não pode medir a minha régua, a régua do meu partido com a régua do partido dele. Nós não estamos aqui para esconder nada. A deputada Janaina - que foi uma pessoa de extrema importância para o Brasil, conseguiu provar que houve uma pedalada, sim, fez uma defesa enfática sobre isso - hoje fez uma colocação muito importante, de que todos nós sabemos que quando interessa ao PT, ele fica.

A delação, quando é para falar que o Lula desviou, que o fulano desviou, que o outro desviou, não serve, não é verdadeira. Quando é para atacar alguém, ela é verdadeira. Então, eu acho que a gente tem que fazer um peso e uma medida para cada uma das coisas que nós fazemos.

O deputado Paulo Fiorilo fala que eu não tenho... A minha preocupação é que tudo o que está se falando da Dersa ou dos possíveis desvios da Dersa já está sendo investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público de São Paulo, pelo Ministério Público Federal, com delações que estão saindo em todos os jornais. Então, eu tenho medo de você fazer para as pessoas tentarem passar uma dificuldade e depois vender uma facilidade. Essa é a grande preocupação que eu tenho. Pois isso já foi feito em muitas CPIs na história do Brasil.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, comunicando a todos e a todas que na data de hoje o governador Doria está tendo 48 horas para devolver todas as apostilas que ele mandou recolher das escolas estaduais. É uma decisão da vara do Tribunal de Justiça, por conta de toda uma movimentação que foi feita, não só por nós. O nosso mandato ingressou rapidamente com uma representação no Ministério Público Estadual e ocorreram outras manifestações também.

O próprio Ministério Público abriu inquérito civil, professores universitários da USP, da Unicamp, da Unesp, da Unifesp, da Universidade Federal do ABC e até mesmo do Instituto Federal de Educação entraram com uma ação popular na data de hoje, pedindo a devolução e providências em relação ao que aconteceu no estado de São Paulo, que foi essa ordem absurda do governador Doria de recolher um material pedagógico que foi distribuído para 330 mil alunos do oitavo ano do ensino fundamental. O material foi recolhido de uma forma altamente constrangedora. Nós tivemos relatos; eu vi fotografias e vídeos de agentes de organização escolar entrando nas salas e pedindo para que os alunos jogassem as apostilas num saco de lixo. Isso é uma humilhação, é uma vergonha.

E agora o governo sofre uma grande derrota e é obrigado a devolver todas as apostilas, que são um material didático importante que foi distribuído. Não tinha só matéria de ciências, onde tem esse conteúdo sobre diversidade sexual e combate à homofobia, mas tem também outras disciplinas no material, como História, Geografia. Enfim, eu queria fazer esse comunicado. O governador tem 48 horas para devolver o material que ele retirou indevidamente de 330 mil crianças da Rede Estadual de Ensino. Muito obrigado.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.   

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Paulo, pediria a compreensão de V. Exa., para ser o mais breve possível. Se V. Exa. puder...

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu sou compreensível. Eu já disse, não serei prolixo de jeito nenhum. Só para registrar. Eu acho que nós não podemos fugir desse debate. Não podemos usar o argumento, “ah, a Polícia Federal, o Ministério Público” A Assembleia Legislativa tem prerrogativas. É um órgão fiscalizador. Quando nós deixarmos de ser um órgão fiscalizador, nós abandonamos as nossas prerrogativas. É só isso. Cabe a nós, sim, fazer esse debate. Cabe a nós discutirmos aqui o que aconteceu na Dersa. Não tem nenhum problema. E eu não vou fugir da defesa do Lula, da defesa do PT. Não tem nenhum problema. Quem quiser defender o PSDB, quem quiser defender o que aconteceu durante esses 24 anos, que o faça; eu não tenho nenhum problema. Agora, não vamos fugir do debate. O deputado, líder do Governo, precisa ter coragem de aprovar a sexta CPI proposta pelo PSL, pelo PT, pelo PSOL, pelo PCdoB. Isso sim vai mostrar que não há nenhum problema; ninguém quer esconder nada. Até porque, durante 24 anos esconderam muitas coisas. Está na hora de pôr às claras. Não há peneira que consiga encobrir o sol. Muito obrigado, Sr. Presidente. Um minuto; pronto.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esgotado o objeto da presente sessão, está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 20 horas e 25 minutos.

 

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