5 DE AGOSTO DE 2019
16ª SESSÃO SOLENE COMEMORAÇÃO DO DIA DO AGRICULTOR E DO DIA
DO PRODUTOR RURAL
Presidência: FREDERICO D'AVILA
RESUMO
1 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - MARCUS VINICIUS
Mestre de cerimônias, nomeia a Mesa e demais autoridades
presentes.
3 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão
solene para "Comemoração do Dia do Agricultor e do Produtor Rural",
por solicitação deste deputado. Convida os presentes para ouvirem, de pé, o
"Hino Nacional Brasileiro". Saúda os presentes. Manifesta
contentamento com a realização da presente solenidade. Lembra que São Paulo é o
estado com o maior PIB agrícola do país. Enaltece a relevância da agricultura e
do agronegócio. Comenta viagem do governador João Doria à China, para tratar de
interesses afetos ao tema. Teceu considerações sobre a goma resina e o pneu de
soja. Cita Petrolina como pujante município agricultor no Nordeste.
4 - CONTE LOPES
Deputado estadual, cumprimenta os presentes. Menciona a
importância da segurança na zona rural. Tece considerações a respeito da
criminalidade, inclusive contra autoridades. Critica decisão da Justiça
concernente a Adélio Bispo, agressor do presidente Jair Bolsonaro. Parabeniza o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por defender a categoria
homenageada.
5 - ITAMAR BORGES
Deputado estadual, saúda os presentes. Parabeniza o deputado
Frederico d`Avila pela iniciativa da solenidade. Lembra que preside a Comissão
de Agricultura há 10 anos, nesta Casa. Afirma-se testemunha do currículo de
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente. Elogia o Governo do Estado.
Acrescenta que o Brasil depende da agricultura para o seu desenvolvimento.
6 - GIL DINIZ
Deputado estadual, saúda os presentes. Parabeniza o deputado
Frederico d`Avila pela iniciativa da solenidade. Comenta a atividade
parlamentar da citada autoridade. Mostra-se orgulhoso por exercer a liderança
do PSL, nesta Casa. Comenta experiência em Serra Talhada, sua cidade natal, em
Pernambuco. Enaltece a importância do agronegócio para a economia do Brasil.
Lembra-se da presença de Ricardo Salles em evento da Unica.
7 - MARCELO VIEIRA SALLES
Comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
saúda os presentes. Elogia o deputado Frederico d`Avila por defender a
agricultura. Cita fala de Geraldo Alckmin sobre a relevância do setor. Enaltece
a coragem do ministro Ricardo Salles. Manifesta contentamento com a composição
do Ministério do Meio Ambiente. Assevera que o governador João Doria
preocupa-se com a segurança no interior. Elogia policiais militares presentes
na solenidade.
8 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Solicita aos presentes aplausos, de pé, para Polícia Militar
do Estado de São Paulo.
9 - DUARTE NOGUEIRA
Prefeito de Ribeirão Preto, cumprimenta os presentes. Afirma
que fora deputado estadual por três mandatos. Informa que se formara em
Agronomia. Atribui importância à agricultura, como geradora de vida, a partir
do uso da luz solar. Assevera que o Brasil é um país vocacionado para a
produção de alimentos. Acrescenta que é importante valorizar a comunicação com
a sociedade. Tece considerações sobre populações urbanas e rurais. Comenta a
elevação da produção de alimentos, no país. Informa que o Brasil detém 28% das
florestas naturais do mundo. Acrescenta que há parlamentares que defendem a
pesquisa, os defensivos, as máquinas, a extensão rural, e os produtores.
10 - MARCUS VINICIUS
Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo com
depoimentos de agricultores e de produtores rurais.
11 - FLÁVIO TELLES DE MENEZES
Ex-presidente e conselheiro da SRB - Sociedade Rural
Brasileira, cumprimenta os presentes. Elogia o deputado estadual Frederico
d´Avila e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Discorre acerca da
dicotomia entre a globalização e o nacionalismo. Assevera que a defesa do Meio
Ambiente importa em também proteger o cidadão residente na área. Faz breve
relato histórico sobre a origem da agricultura e sua relação com a civilização.
Afirma que todo brasileiro é homem do campo. Comenta investimentos em
tecnologia na agricultura. Discorre acerca da relação entre as guerras e leis
protecionistas de países europeus. Informa que a balança comercial agrícola do
país alcançou um trilhão de dólares. Agradece à Assembleia Legislativa pela
homenagem ao setor.
12 - MARCUS VINICIUS
Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo sobre a
preservação ambiental no Brasil, da Sociedade Rural do Paraná.
13 - PRISCILA SILVÉRIO SLEUTJES
Diretora executiva da ASPIPP - Associação do Sudoeste
Paulista de Irrigantes e Plantio na Palha, saúda os presentes. Agradece ao
deputado Frederico d’Avila pela iniciativa da solenidade. Defende o trabalho
conjunto entre a Agricultura e o Meio Ambiente. Agradece ao ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles. Destaca a relevância do agricultor, apesar das
incertezas climáticas. Defende a gestão integrada das bacias hidrográficas e a
desmistificação da irrigação. Comenta estudo realizado pela Embrapa, a respeito
do uso da água em São Paulo. Asseverou que há, no Brasil, sete milhões de
hectares irrigados, sendo 204 mil em São Paulo. Tece considerações sobre a
agricultura no sudoeste paulista.
14 - MARCUS VINICIUS
Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo com
depoimento da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sra. Tereza
Cristina, e do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado
federal Alceu Moreira.
15 - GUILHERME COELHO
Deputado federal e vice-presidente da Abrafrutas - Associação
Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados, cumprimenta os
presentes. Afirma que viera de Petrolina, Pernambuco, para participar da
solenidade. Informa que seus filhos estudam em São Paulo. Revela dificuldades
vivenciadas no semiárido do país, em razão da escassez de água. Afirma que a
região é o terceiro PIB agrícola do país, em decorrência da irrigação. Comenta
a ascensão econômica de agricultor, após o uso do citado recurso tecnológico. Discorre
acerca da produção de uva no Vale do São Francisco, responsável por 95% das
exportações da fruta. Afirma que acompanha o trabalho do deputado Frederico
d´Avila há muitos anos, pela defesa da Agricultura e da Segurança Pública. Aduz
que ao político não cabe o cansaço. Lembra fala de seu pai, a respeito da seca
nordestina.
16 - MARCOS DA ROSA
Vice-presidente da Famato, Federação da Agricultura e da
Pecuária do Estado do Mato Grosso, saúda os presentes. Manifesta contentamento
por participar da solenidade. Estabelece relação entre o trabalho diário e a
necessidade da alimentação. Elogia o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
17 - MARCUS VINICIUS
Mestre de cerimônias, anuncia a apresentação de vídeo de
animação sobre críticas indevidas à agricultura.
18 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Assevera que deve trabalhar contra a ideia contida na
animação.
19 - MARCUS VINICIUS
Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de homenagens.
Anuncia a exibição de vídeo com depoimento do presidente da Aprosoja Brasil,
Sr. Bartolomeu Braz, e do ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira, Sr.
Pedro de Camargo Neto.
20 - GABRIELA CHISTE
Secretária da Agricultura e Abastecimento, em exercício, a
representar Rodrigo Garcia, governador em exercício, saúda os presentes. Cumprimenta
a Presidência pela iniciativa da solenidade. Enaltece a importância dos
produtores de alimentos. Informa dados estatísticos sobre o PIB agrícola do
estado. Afirma que a Secretaria da Agricultura e Abastecimento, via programa
"Rotas Rurais", deve levar ao produtor rural a polícia, a saúde e a
educação. Comenta o programa "Cidadania no Campo". Informa que,
baseado em critério técnico, municípios foram classificados em ranking
agrícola.
21 - MARCUS VINICIUS
Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo do
chefe-geral da Embrapa Territorial, Sr. Evaristo de Miranda e do presidente da
Abramilho, Sr. Sérgio Bortolozzo.
22 - RICARDO DE AQUINO SALLES
Ministro do Meio Ambiente, cumprimenta os presentes.
Mostra-se honrado pelo convite feito pela Presidência, para participar desta
solenidade. Tece considerações elogiosas aos componentes da Mesa. Lembra-se de
artigo a favor da política adotada pelo Ministério do Meio Ambiente. Comenta e
valoriza o Código Florestal Brasileiro. Informa visita de bananicultor do Vale
do Ribeira, em 2017, em vias de ser expulso da sua propriedade, pela falta de
bom senso e covardia. Comemora a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da
República, pela montagem de governo técnico, pelo acordo do Mercosul com a
União Europeia, e pela redução da taxa de juros e da criminalidade. Afirma-se
orgulhoso por compor o governo federal, sem loteamento político e sem
demagogia.
23 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Discorre acerca de seu apoio ao governo federal. Critica
países que pretendem interferir na política brasileira. Combate a expulsão de
agricultores, de suas propriedades, em razão da criação de PAC. Informa que há
quadrilhas especializadas em furto de defensivos agrícolas. Discorre sobre a
criação de grupos de segurança para o agronegócio. Agradece a ajuda prestada
pela Polícia Militar. Critica a Rede Globo de Televisão por matérias ofensivas
ao produtor rural. Lista praças afiliadas que sobrevivem em razão do
agronegócio. Aduz que o Ministério Público não é Poder, é órgão de controle.
Comenta a qualidade de vida no Paraguai. Defende o boicote a países que têm
perseguido o ministro Ricardo Salles. Ressalta a importância da Segurança
Pública. Elogia a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Defende a valorização
salarial da categoria. Lamenta a discrepância na remuneração de membros do
Ministério Público e da Polícia Militar. Lembra fala de Jair Bolsonaro, durante
a campanha eleitoral, sobre o desfazimento de políticas adotadas por governos
anteriores. Manifesta-se contra a instalação de hidrômetros em irrigações.
Critica o Ministério Público e ONGs por perseguição a produtores rurais. Faz
agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr.Frederico
d’Avila.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - ...a gentileza
de ocupar os seus lugares, mantendo os celulares no modo silencioso. Por favor.
Dentro de instantes, daremos início à sessão solene com a finalidade de
celebrar o Dia do Agricultor e o Dia do Produtor Rural. Por gentileza, queiram
acomodar-se.
Sejam bem-vindos à Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de
homenagear o Projeto Esculpir.
Comunicamos aos presentes que essa
sessão solene esta sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e será retransmitida
pela TV Alesp no próximo sábado, dia 10 de agosto, às 21 horas, pela Net canal
7, TV Vivo canal 9, pela TV digital canal 61.2. Nessa sessão solene,
retificando, ela tem a finalidade de celebrar o Dia do Agricultor e o Dia do
Produtor Rural, como consta aqui na faixa da mesa.
Muito obrigado a todos. Chamamos, neste
momento, para a composição da Mesa principal, o deputado estadual Frederico
d´Avila, por favor, que aqui na mesa recepciona as autoridades presentes,
convidadas para essa sessão solene: o Exmo. Sr. Ricardo Salles, ministro de
Estado do Meio Ambiente; a Exma. Sra. Gabriela Schmitz, secretária de Estado da
Agricultura e Abastecimento em exercício, nesta noite representando o
governador em exercício, Rodrigo Garcia. Por favor.
Chamamos o deputado estadual mais
antigo, nosso decano, presente aqui, Conte Lopes, representando os demais
parlamentares presentes. E aqui registrando a presença do nobre deputado Itamar
Borges, muito obrigado.
O nosso comandante-geral da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, o coronel PM Marcelo Vieira Salles; também
compondo a Mesa, o deputado federal Guilherme Coelho, vice-presidente da
Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados,
Abrafrutas. (Palmas.)
Muito obrigado.
Passo a palavra ao deputado estadual
Frederico d´Avila.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D´AVILA - PSL - Senhoras e
senhores, muito boa noite. Obrigado a todos aqui pelo comparecimento. Eu
gostaria de cumprimentar o nosso querido ministro Ricardo Salles, aqui ao nosso
lado; o coronel PM e meu amigo desde capitão, Marcelo Vieira Salles,
cavalariano; o deputado Conte Lopes, deputado amigo meu, amigo e irmão,
conhecemo-nos nem me lembro mais quanto tempo faz, Conte?
O
SR. CONTE LOPES - PP - Muito tempo.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D´AVILA - PSL - Muito tempo.
Gabriela Schmitz, secretária de Estado
da Agricultura e Abastecimento em exercício, representando o governador em
exercício, Rodrigo Garcia, muito obrigado pela presença; deputado federal
Guilherme Coelho, vice-presidente da Abrafrutas, Associação Brasileira dos
Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados.
Sob a proteção de Deus iniciamos os
nossos trabalhos nos termos regimentais. Esta Presidência dispensa a leitura da
Ata da sessão anterior.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
senhoras e senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta
Casa, deputado Cauê Macris, a quem cumprimento pela distinção da realização
dessa solenidade, atendendo a solicitação deste deputado, com a finalidade de
comemorar o Dia do Agricultor e do Produtor Rural, ocorrido nos últimos 25 e 28
de julho de 2019.
Convidamos todos os representantes e
presentes para, em posição de respeito, ouvirmos e cantarmos o Hino Nacional
Brasileiro, executado pela banda da gloriosa Polícia Militar do Estado de São
Paulo.
* * *
- É executado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D´AVILA - PSL - Agradecemos à
figura do tenente Elizeu, regente da Banda da PM do Estado de São Paulo a
belíssima execução do Hino Nacional Brasileiro.
Queremos cumprimentar os amigos padre
Inácio, dos Arautos do Evangelho, e demais representantes dos Arautos aqui
presentes; o meu líder, deputado Gil Diniz, deputado estadual líder do PSL; o
deputado estadual Coronel Telhada, meu amigo de longa data; o deputado Itamar
Borges, presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio Paulista aqui na Casa,
aqui presente conosco; o meu querido e fraterno amigo, Duarte Nogueira,
prefeito da cidade de Ribeirão Preto, que também foi deputado nesta Casa; o Sr.
Heliton do Vale, prefeito do município de Itararé, aqui presente, representando
a nossa região; José Roberto Ronqui, prefeito de Palmital, muito obrigado pela
presença.
Vavá Cordeiro, prefeito de Cajati, no
Vale do Ribeira; José Maria Alves, prefeito de Paranapanema; Elaine de
Medeiros, secretária da Educação de São Miguel Arcanjo; Jeferson Brun,
secretário de Saúde da prefeitura de Itapetininga, representando a prefeita
Simone Marquetto; Alcindo Alves, presidente da Federação dos Apicultores e
Meliponicultores do Estado de São Paulo; o Sr. Simon Veldt, presidente da Cooperativa
Holambra II, de Paranapanema. Muito obrigado pela presença e pelo constante
apoio às nossas causas, tanto tecnicamente quanto moralmente.
Wilhelmus Alfonsus Beckers,
vice-presidente da Holambra, também aqui representando a Aspipp; a nossa
querida e competente Priscila Sleutjes, diretora executiva da Aspipp, muito
obrigado pela presença e pela paciência do seu esposo Alfonsus em deixar você
trabalhar tanto por nós; Luiz Fernando Doneux Júnior, vice-presidente da
Aspipp; Ricardo Swart, diretor da Aspipp também; Eduardo Romão, vice-presidente
da Orplana, muito obrigado pela presença; Carlos Pamplona, presidente da Câmara
Setorial do Mel do Estado de São Paulo; representando a Aprosoja Brasil, o meu
amigo dileto, Marcos da Rosa, vice-presidente da Famato, veio lá do Mato Grosso
para estar aqui conosco e vamos estar juntos na próxima semana em viagem da
nossa Aprosoja para os Estados Unidos. Muito obrigado, Marcão, pela presença. A
sua gestão na Aprosoja foi marcada por muitos pontos positivos, numa época bastante
dura no nosso governo; Léo Meirelles do Amaral, diretor Jurídico da Unica.
Ariel Mendes, o presidente de Fórum
Paulista do Agronegócio; coronel Ronaldo Severo Ramos, representando Dr. Fábio
de Salles Meirelles; Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp, aqui presente,
um grande amigo; coronel PM Flávia, comandante da Polícia Ambiental, obrigado
pela presença; coronel Gasparian, comandante do CP Choque, a quem cumprimento
todas as demais unidades do Choque da nossa gloriosa Polícia Militar do Estado
de São Paulo, aqui também representada com a sua autoridade máxima, o coronel
Salles; e à minha paciente esposa, Sra. Raquel, que tanta paciência tem, que no
dia faltam, pelo menos, umas 12 horas para a gente poder ficar um pouco com a
família.
Eu gostaria de dizer que é uma
satisfação poder comemorar, aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo, o Dia do Agricultor e do Produtor Rural e dizer que São Paulo sempre é
lembrado pela sua pujança industrial ou financeira e esquecem que São Paulo é o
estado que tem o maior PIB agrícola do Brasil. Todo mundo na hora de lembrar de
agricultura lembra do nosso Mato Grosso,
lá do Marcos da Rosa, do Paraná, enfim, de outros estados e se esquece de São
Paulo.
E São Paulo é - para quem não sabe esse
dado, Nogueira - foi-me passado até pelo ex-governador Geraldo Alckmin, que dos
42,5 milhões que temos no estado de São Paulo, 29 milhões vivem entre Santos e
Campinas, Região Metropolitana de Santos e Região Metropolitana de Campinas. Os
demais 14 milhões estão no resto do Estado, somos nós praticamente, todos nós
que estamos aqui.
Então, essa população urbana que
precisa da agricultura, do agronegócio para sobreviver, é constantemente
bombardeada pela avalanche de informações erradas, dados incorretos, campanhas
terroristas e ecoterroristas a fim de denegrir a imagem do produtor rural que,
por fim, como bem sabe o meu amigo ministro Ricardo Salles, tem um só
interesse: que é o interesse comercial de quem não quer que o Brasil se
enriqueça, que não quer que o Brasil se desenvolva.
Agora nós estamos com o secretário
Gustavo Diniz Junqueira - na China, com o governador João Doria -, justamente
levando para a China, que é um grande parceiro comercial nosso, o potencial que
São Paulo tem de fornecer uma infinidade de produtos agrícolas que os chineses
tanto precisam.
Gostaria aqui também de agradecer o
presidente do Sindicato das Indústrias de Trigo do Estado de São Paulo,
presente agora, Sr. Christian Saigh, aqui conosco.
Então, é de suma importância nós
trazermos aqui para dentro da Assembleia a importância de trazer para a Capital
do Estado de São Paulo, que aqui nada funciona, daqui nada vive sem o
agronegócio. Nada, zero. Nem na roupa que nós estamos trajando, sabonete que
nós tomamos banho, os shampoos que nós utilizamos, os calçados de couro, as
carnes que nós nos alimentamos, os grãos, enfim, a infinidade que o agronegócio
está presente na nossa vida é muito grande.
E a distância que as grandes cidades
hoje, as pessoas das grandes cidades hoje têm a dificuldade de justamente
verificar que as coisas não são fabricadas debaixo de um telhado de uma
fábrica, como qualquer outro produto industrial, e sim a campo aberto. Muita
coisa que passa pela indústria começa no campo.
Eu gosto de falar, nesse caso
específico, da goma resina de pinos, que é da nossa região lá do Wellington, do
Nei lá de Pilar do Sul, que está aqui conosco. A goma resina tem 1726 derivados
- 1726. Vai desde um mero adesivo desse aqui que está nessa garrafa , até
produtos de uso hospitalar, de assepsia hospitalar, lentes de celular, lentes
de câmeras, tintas automobilísticas. E hoje nós temos até o caso de pneu de
soja, temos um pneu 100% feito com soja. Isso precisa chegar até o conhecimento
das populações urbanas, que muitas delas acabam acreditando nas mentiras que o
ministro Ricardo Salles vem tentando combalir, destruir, porque são nocivas ao
desenvolvimento da nossa economia.
E está aqui representando a Brasfrutas,
o deputado federal Guilherme Coelho, que foi prefeito de Petrolina por duas
vezes e sabe o que é a transformação que a agricultura traz para uma região.
Quem conhece Petrolina, sabe que aquilo é um polo de pujança e riqueza que
destoa do resto do Nordeste. Então, aonde tem agricultura e, principalmente, a
irrigação a gente consegue verificar um desenvolvimento de toda a região: seja
das pessoas, seja da economia, seja de toda atividade comercial que lá ocorre.
Fico feliz de poder trazer esta sessão
solene para a Capital de São Paulo. Espero que os outros parlamentares - está
aqui o Conte, meu quase vizinho lá em Avaré - ,
também cria um gado bonito lá em Avaré, sabe como é que é a vida do
produtor rural Apesar de não viver exatamente dessa atividade exclusivamente,
mas que sempre aqui nesta Casa está conosco nas demandas importantes do setor.
E por isso sabe da importância também de trazer essa realidade para o mundo
urbano.
Sendo assim, aos presentes que estão
aqui conosco, eu vou passar agora ao Marcus Vinicius, que vai passar a palavra
aos nossos convidados que utilizarão da palavra nesta solenidade.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Muito obrigado
ao deputado. Vamos iniciar aqui ouvindo uma saudação pelo nobre deputado Conte
Lopes. Por favor.
O SR.
CONTE LOPES - PP - Queria cumprimentar primeiramente ao Frederico d’Avila,
deputado estadual; ao nosso ministro Ricardo Salles; ao nosso comandante-geral,
coronel Salles, todos que aqui estão, cumprimentar pelo Dia do Agricultor e do Produtor
Rural. Essa homenagem que é feita pelo Frederico d’Avila, que há muito tempo a
gente é deputado nesta Casa, há sete mandatos como deputado e dois como
vereador. E o Frederico d’Avila sempre nos procurou nesta Casa, e eu como
presidente da Comissão de Segurança Pública, para levar segurança para o
interior. E nós sempre lutamos por isso.
Sempre
procuramos governadores, tanto é, que hoje tem a Patrulha Rural. É um absurdo
que o cidadão que acorda às quatro horas da manhã - porque a gente acompanha e
sabe - e vai dormir, às vezes, às dez horas da noite, tem sua fazenda invadida
cinco, seis horas da tarde, e esse cidadão não pode ter uma espingarda sequer
para se defender de bandidos, ou matar uma onça, ou um porco que vai atacar sua
família. Ele não tem. Não pode, é proibido.
E a gente
acompanhou isso, então a gente fala com conhecimento de causa: bandidos
invadindo propriedades, cinco, seis horas, dali levando tratores, insumos,
levando gado, e a família só é liberada no outro dia. Aí tudo que levou já está
no Mato Grosso, Paraná. E o Frederico d’Avila sempre batalhou por mais
segurança, não
é? Tanto é que foi criada a Patrulha Rural, que hoje faz esse trabalho. Então,
a gente fica feliz em estar aqui com os senhores que realmente trazem comida
para as cidades, não é?
Queria cumprimentar também o ministro Ricardo Salles
pelo trabalho, pela força. Hoje mesmo tivemos a oportunidade de debater aqui
com o Partido dos Trabalhadores o que está acontecendo com o nosso presidente
Bolsonaro a respeito de uma colocação que ele fez sobre um tal de Fernando
Santa Cruz, sei lá que santo que ele é, não é? E colocou muito bem, porque
obviamente que o presidente deve estar muito revoltado. A minha vida inteira eu
prendi bandido, alguns até morreram em tiroteio comigo, alguns até morreram em
tiroteio comigo, e todos eles não eram melhores ou piores que esse que esfaqueou
o presidente da República, que é considerado débil mental em um ano.
Eu respondi processos durante 21 anos por um cara, por
exemplo, que baleou um investigador; baleou o soldado Celso Vendramini, da Rota
- hoje advogado -; matou o Paulo Regis, que era tenente; baleou Gilson Lopes,
hoje coronel da Polícia Militar, e esse cara morreu em tiroteio comigo. Foram
vinte e tantos anos! O Greenhalgh era o advogado de acusação.
O caso do presidente Bolsonaro, em um ano a Justiça já
decidiu que o cara é debiloide, que o cara é psicopata. Um camarada que
esfaqueou um candidato à presidente da República, e hoje presidente da
República. Quer dizer, como é que o presidente deve se sentir com a Justiça que
toma uma decisão dessas? Como é que ele deve se sentir realmente? Em um ano:
“Não, ele é louco”.
Ele perseguiu o presidente a campanha inteira,
esfaqueou o presidente na frente de dez policiais federais, Ricardo Salles -
dez ou 20, sei lá quantos estavam ali, ou quantos policiais. E, simplesmente:
“Não, ele é louco”. Ora, então todos os bandidos que eu prendi na minha vida,
ou como eu disse que morreram em tiroteio comigo é tudo louco. Então, tem que
soltar todo mundo e por tudo no manicômio, se é louco. Realmente, nós estamos
vivendo uma inversão de valores. E
parabéns, ministro por essa luta. Acho que está na hora mesmo, como eu estava
falando para o Bolsonaro, cada um tem um lado na história. Não adianta achar
que o outro lado vai vir conosco que não vi vir mesmo. Então, meus
cumprimentos.
Meus cumprimentos Frederico, mais uma vez, por essa
luta. E que nós temos que apoiar, sim, o homem do campo. O homem que não
consegue às vezes se defender, não consegue matar um javali porque não tem
autorização de matar um javali que ataca a fazenda dele, que acaba coma fazenda
dele. E todo mundo quer ser santinho e bonzinho. Parabéns a todos os senhores
que trazem, sim, comida para a cidade, que trazem dinheiro, que trazem economia
para o Brasil.
Parabéns a todos vocês e parabéns Frederico, por sua
luta em defender o homem do agronegócio, o homem do campo. Fiquem com Deus, um
abraço e boa sorte. E parabéns, ministro por sua luta e parabéns pela sua
coragem.
E nós temos que mudar, como falou o presidente
Bolsonaro: “O presidente agora sou eu, o governo sou eu, e eu que decido.”
Parabéns a ele. Mande um abraço para ele que é um grande homem e venceu todo
mundo sozinho. Ele venceu todo mundo sozinho. Ele era inclusive do meu partido,
mas no meu partido ele não ia conseguir ter legenda. Então ele entrou num
partido pequeno, sozinho, enfrentou a Globo, enfrentou jornal, enfrentou todo
mundo, enfrentou todos os partidos e hoje é presidente do Brasil e tem uma
equipe como a dos senhores aí.
Parabéns Frederico, você também que apoia e está
sempre ao lado do presidente. Boa sorte. Fique com Deus. Obrigado.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS –
Muito obrigado ao deputado estadual Conte Lopes por suas palavras. Temos também
presentes os deputados estaduais Gil Diniz e Itamar Borges. A palavra está
aberta àqueles que desejarem.
O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Muito
boa noite a todas e a todos.
Quero
cumprimentar o deputado Frederico d'Avila e parabenizar por essa iniciativa,
mais uma vez. Eu que tenho falado, Frederico, meu amigo Fred, que você chegou
nesta Casa para contribuir muito, agregar muito valor com a sua história.
O deputado Conte Lopes fez aqui uma
referência. E a referência que ele faz é apenas um pouco do que nós sabemos do
seu conhecimento e do quanto você, em pouco tempo aqui na Casa, já trouxe
importantes contribuições para debates, aperfeiçoamento de legislação. Trazendo
um pouco não só da sua bagagem, mas da sua visão da importância do agro para
São Paulo e para o Brasil.
Então, essa sua iniciativa vem ao
encontro daquilo que é a sua característica de representante, de defensor do
agro. E, eu fico feliz de estar aqui. Eu presido a Comissão de Agricultura há
10 anos nesta Casa, e fico feliz de poder estar aprendendo com a sua história.
E, você veio para realmente fazer muita contribuição, não só nesse tema, mas em
outros, como, por exemplo, o tema da Segurança, tão bem colocado aqui.
Saudar aqui toda a sua equipe por essa
organização, e, é claro, nossos colegas: o Conte, que eu já falei, o Gil, e
todos os que por aqui passaram. Cumprimentar esse grande amigo, esse craque,
que é o ministro Ricardo Salles.
Eu sou testemunha, ministro Ricardo
Salles, da sua passagem pelo Palácio, na secretaria particular, depois, pela
Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, e acompanhei de perto. Tivemos
diversos momentos de construirmos ambiente favorável para o desenvolvimento
sustentável, equilibrado e responsável no estado de São Paulo: ora na piscicultura,
ora em outros setores.
Portanto, a sua passagem pela
Secretaria de Meio Ambiente foi um marco histórico naquela secretaria. E, com
certeza, deixou muita saudade e muitas boas marcas, que ainda ajudam e vão
continuar ajudando o nosso estado.
E, aí, quis o presidente Bolsonaro que
pudesse ter a sensibilidade de convidá-lo, de você lá estar fazendo esse belo
trabalho. Falei quando você chegou aqui: assisti recentemente a algumas
inserções suas, e como é gostoso ouvir os comentários que nós ouvimos, do orgulho
que é o ministro Ricardo Salles para os brasileiros e para o trabalho que vem
realizando.
Parabéns, sucesso na sua empreitada!
Cumprimentar aqui o governador João
Doria, que está na China, junto com o Gustavo Junqueira, nosso secretário de
Agricultura, e aqui representado também pelo governador em exercício Rodrigo
Garcia, que se faz representar pela secretária-executiva Gabriela.
Eu quero, apenas fazendo uma
referência, Gabriela, citar o meu cumprimento a você e a toda a equipe e ao
governador João Doria pelas ações que o Governo de São Paulo vem realizando,
pelo Rodrigo Garcia, pelo Gustavo, por você - mais recentemente, o “Cidadania
no Campo”. Parabéns, esta Casa está sempre pronta para ajudar a construir as
melhores políticas públicas para o nosso estado.
Assim também é o comandante coronel Salles,
e assim saúdo toda a Polícia Militar aqui presente, amigos. O coronel Salles é
um craque que eu conheço também de outras empreitadas, ainda quando eu era
prefeito de Santa Fé do Sul, e quero saudá-lo, dizer da minha alegria de estar
aqui ao seu lado e ao lado de tantos amigos.
Frederico, eu não quero me estender,
mas eu não poderia deixar de estar aqui para, primeiramente, te cumprimentar,
parabenizar pelo seu mandato, por essa iniciativa, pelas parcerias.
Você, que coordena aqui na Casa a
Frente Parlamentar da Agrotecnologia e Irrigação e que temos aí uma integração
importante com a Frente Parlamentar do Agronegócio Paulista. Aqui vários
parceiros, vários amigos, prefeitos: vi aqui o Duarte Nogueira, que foi nosso
secretário de Agricultura, secretário de Transportes, prefeito de Ribeirão
Preto; vejo aqui lideranças do Vale; vejo aqui representantes do Fórum Paulista
do Agronegócio, que é o Ariel, nosso coordenador; da Ocesp, o Del Grande, o Ricardo, o Fernando,
toda a equipe; vejo aqui da Unica, o Padua, a Ângela - os amigos da Unica;
prefeitos, que eu já citei.
Da mesma forma, você que hoje traz aqui
este momento para comemorar o Dia da Agricultura e o Dia do Agricultor, 25 e
27. Só não foi comemorado no mês passado porque estávamos de recesso.
Parabéns, mais uma vez. Eu tive
oportunidade de também ser proponente de uma das reuniões de homenagem ao
agricultor, e fico feliz de hoje poder participar, sob a sua liderança, desse
momento em que participamos juntos.
Cumprimentar o deputado Guilherme
Coelho, dizer da satisfação de receber o parlamentar federal, amigo lá do
Pernambuco, e que vem trazer aqui o seu apoio a essa iniciativa do deputado
Frederico d'Avila.
Também não posso deixar de saudar aqui
o Eduardo Romão, que representa aqui a nossa Orplana, acompanhado da
aniversariante de hoje, a Magali, que está ali. Da mesma forma, o Beto Perosa,
do Grupo Tereos. E, por fim, dizer que vi aqui também o registro do
representante do ex-deputado Fábio Meirelles, da nossa Faesp, e saudar aqui as
mulheres, saudando a Raquel, esposa do nosso Frederico d'Avila.
Assim, eu deixo aqui o meu cumprimento
e o meu reconhecimento. O Frederico já fez aqui a sua saudação, e eu queria
registrar e fortalecer aquilo que todos nós sabemos: o Brasil só é o Brasil que
é graças ao produtor rural; o Brasil só está como está graças à agricultura.
O Brasil deve tudo, e, sim, nós,
brasileiros, ajoelhar e agradecer a Deus pelo que o agronegócio tem feito, pela
economia, pelo emprego e pelo desenvolvimento; ter conduzido e carregado o
nosso País de todas as formas, e em todos os setores. O produtor, a
transformação, a agroindústria; em todas as camadas, o cooperativismo, o
associativismo. Temos procurado, de todas as formas, honrar e orgulhar.
E esta Casa, a Casa do povo de São
Paulo, faz o seu papel, através da iniciativa do deputado Frederico d'Avila,
abrindo esta sessão para homenagear o produtor, homenagear o agricultor,
homenagear o Dia do Agricultor de São Paulo e do Brasil.
Parabéns a todos os produtores;
parabéns a todos os agricultores; e a todos os que aqui vieram prestigiar essa
iniciativa do deputado. E, parabéns, deputado Frederico d'Avila, mais uma vez,
pelo seu mandato e por este momento em que você traz à Casa, como você disse
muito bem, traz para a Capital, traz para São Paulo, o reconhecimento e a
homenagem à nossa grande força da economia, que é a agricultura brasileira.
Boa noite a todos, um grande abraço e
muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Agradecemos
ao deputado Itamar Borges por suas palavras.
Antes de anunciarmos a fala do deputado
estadual Gil Diniz, queremos aqui saudar, de maneira muito especial, nosso
ministro Roberto Rodrigues. Dispensa qualquer apresentação. (Palmas.) Muito
obrigado.
Vamos ouvir, então, palavras do líder
do PSL na Assembleia, Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Boa noite a todos.
Cumprimento a Mesa na figura do ministro Ricardo Salles, ministro do Meio
Ambiente, o coronel PM Marcelo Vieira Salles, a nossa saudação aí desse
ex-soldado PM temporário, que hoje... Obrigado, comandante, porque estou hoje
em outra trincheira aqui na Assembleia Legislativa.
Guilherme Coelho, deputado federal. De
Pernambuco, Guilherme? Sou pernambucano também, de uma cidade chamada Serra
Talhada. Mas, estou sem a minha peixeira hoje. Pessoal, pode ficar tranquilo.
Gabriela Chiste, secretária de Estado
da Agricultura e Abastecimento, o nosso boa noite. Nosso deputado Conte Lopes,
aqui também. E a todos vocês que estão aqui.
Fred, a saudação é muito rápida.
Parabéns por esta sessão, parabéns por honrar a confiança que o presidente Jair
Messias Bolsonaro depositou em você. Sem dúvida alguma, você é uma voz que ecoa
aqui na Assembleia Legislativa defendendo o agro.
Como o Itamar falou aqui, já discutiu
alguns projetos, já ajudou a melhorar alguns projetos. Tem projetos também não
só na agricultura, como não falar aqui da Ouvidoria? Da extinção desse projeto
aí, que dizem que é polêmico, mas que não é. Sem dúvida alguma, deu uma cara
nova também a essa Assembleia Legislativa.
Estou como líder do PSL, tenho muito
orgulho dessa missão, que me colocaram aqui. E, só tenho a agradecer ao
Frederico. Ele não gosta que eu fale, mas, ele me ajudou, inclusive, na minha
eleição. Ele, mesmo sendo aí um concorrente, ministro, ele ajudou na minha
vaquinha virtual, vejam vocês. Ele brincava, né?: "Olha, preciso que você faça muito
voto." Mas, graças a Deus, ele chegou aqui e representa muito bem o
agronegócio.
Estava falando com os meus assessores
no gabinete antes de vir até aqui, eles estavam falando: "Olha, mas o que
você vai falar lá?" Eu falei: "Olha, não tenho muito o que
falar." Agora, a experiência que eu tive ali ainda em Serra Talhada com as
pessoas do campo, com esse homem do campo, era: toda vez que chovia nós íamos
para a roça, pegávamos ali os bois, colocávamos o arado. E que alegria,
coronel! Que alegria poder passar naquela terra molhada, aquele cheiro de terra
molhada, depois passar colocando ali o feijão, o milho, naquelas covas, e,
depois, ver aquilo ali brotar.
Esse é o milagre da vida. E, o
produtor, que, geralmente, inclusive aqui nesta Casa, no Congresso Nacional
também, é extremamente demonizado. Quantas vezes nós não ouvimos aqui deste
microfone: "Olha, o agrotóxico!”Nós chegamos e corrigimos:
"Agrotóxico, não". Já aprendi, o Fred me ensinou: "Defensivo
agrícola", já começa pela linguagem. Então, estamos aqui para defender o
agro sabendo da importância para a economia do Brasil.
O Fred, assim como eu, somos soldados
aqui do presidente Jair Messias Bolsonaro. Temos orgulho de ter um ministro
como o Ricardo Salles. O Ricardo não sabe, mas eu lembro dele na Unica, em
2018, bem antes, ali, da eleição. Acho que nem estava ainda no sonho do
ministro ser ministro, mas estava lá, ao lado o presidente Jair Messias
Bolsonaro.
E, me chamou muito a atenção, porque
era do Partido Novo. Mas, mesmo assim, com extremo respeito ao presidente, fiz
até um vídeo, Salles - qualquer hora dessas eu te mando - do respeito que o
senhor teve ali naquele evento da Unica para o presidente. E, que alegria que
nós ficamos ali quando o seu nome foi anunciado como ministro, e muito nos
honra a sua presença lá. E, como o Itamar falou, também: cada entrevista que o
senhor dá é um baile, é um show, é uma aula. Então, continue assim, que nós
temos muito a aprender com o senhor e o Brasil tem de lhe agradecer no final
dessa missão.
O meu muito obrigado a todos. A
Assembleia Legislativa é de todos vocês. Contem com o meu mandato. Contem com a
liderança do PSL. Sem dúvida alguma, o Frederico d'Avila muito bem os
representa nesta Casa Legislativa.
O meu muito obrigado a todos e uma boa
noite. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Agradecemos
também ao deputado estadual Gil Diniz, por sua saudação.
Antes, nos falou o deputado Itamar
Borges, e também o deputado Conte Lopes. Muito obrigado aos parlamentares desta
Casa.
Continuando com as saudações, vamos
ouvir, a seguir, o nosso comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São
Paulo, o coronel PM Marcelo Vieira Salles. (Palmas.)
O
SR. MARCELO VIEIRA SALLES - Senhoras e
senhores, rapidamente, não podia deixar de trazer o nosso abraço aqui ao nosso
deputado Frederico d'Avila, amigo estimado de muitos anos, um agricultor na
acepção da palavra, ministro Roberto Rodrigues.
Já o conheço há muito tempo, e sempre
defensor do campo. É interessante. Se nós olharmos o estado de São Paulo, e
vamos ver o Tietê cortando assim.
Então, normalmente, as grandes
representações políticas estão acima do rio Tietê. Hoje, nós temos, da região
de Buri, da região de Itapeva, olhando para aquela região que é o São Paulo do
Sul, uma região que precisava de um representante do estofo, da estatura do
deputado Frederico d’Avila.
Então, Frederico, a gente fica muito feliz
em vê-lo aqui defendendo essa estrutura nacional chamada agricultura. E a gente
fala de agricultura lembrando da cana-de-açúcar, lá de Ribeirão Preto; do café,
lá de Franca; da borracha, lá da região de Rio Preto; da banana, no Vale do
Ribeira. Quanta coisa! Eu me recordo, quando trabalhei com o governador Geraldo
Alckmin, que ele falava: “É, Salles, de novo a agricultura que segurou as
pontas no Brasil.” Então, a gente fica muito feliz.
Cumprimentar o nosso amigo, também
ministro de Estado do Meio Ambiente, ministro Ricardo Salles, uma pessoa, como
bem disse o nosso deputado Gil Diniz, corajosa, tem coragem. A pessoa precisa
ter uma série de virtudes: tem que ter uma conduta ilibada, tem que ter
raciocínio ético, tem que ter respeito pelas pessoas, tem que ter uma série de
virtudes, mas se lhe faltar coragem na hora do perigo, na hora da dificuldade,
todas as qualidades saem pela janela. E ao ministro Ricardo Salles sobra
coragem, quando tem condição, quando tem a tranquilidade de se posicionar em
temas polêmicos, difíceis, mas que ele tem conhecimento suficiente para
defendê-los.
Então, ministro, é uma honra ficar ao
seu lado aqui, vê-lo falando e tê-lo como amigo querido. Tenho certeza que no
final do governo esse Brasil será muito diferente por conta do trabalho que V.
Exa. faz. E falo também pela oportunidade que o senhor deu a oficiais, a
policiais militares, a subtenentes, sargentos de poderem compor o Ministério do
Meio Ambiente. Temos o presidente do ICMBio, coronel Homero; coronel Olivatti,
presidente do Ibama. Agora, com a alteração do R-200, podendo nossos policiais
militares atuarem nas áreas de preservação, zelando pelo que há de mais caro,
que é o nosso meio ambiente.
Agradecer de maneira muito especial o
comandante Conte Lopes, nosso deputado, amigo estimado de tanto tempo, lá de
São Mateus, comandava a região de casa lá, e é muito querido lá. É o deputado
distrital lá da zona leste, tem muito voto lá ainda e muito trabalho. A nossa
secretária Gabriela, amiga estimada também, o nosso abraço ao secretário
Junqueira - está na China com o governador.
O governador João Doria preocupadíssimo
com o interior, preocupadíssimo com a segurança, foi um dos primeiros temas que
falou conosco. Nós nos reunimos todas às
quintas-feiras e criamos a Operação Interior mais Seguro, com operações
todo mês.
Três, quatro operações em todo o estado de São
Paulo, sendo que uma delas simultânea. Temos que fazer de maneira esparsa, cada
comando regional sob o controle de cada um: uma Operação Cananeia de um jeito,
Franca, de outro. Então, de acordo com a época do mês é feita a operação e,
pelo menos uma, simultânea no Estado inteiro.
Temos aqui a nossa coronel Flávia, que
é comandante do policiamento ambiental. Faz um trabalho belíssimo, veio
acompanhada de seus oficiais, seus comandantes, gente com serviço prestado.
Flávia começou faz pouco tempo no comando ambiental, e tenho certeza que será
um sucesso por tudo o que você faz. Você faz muito bem feito.
Cumprimentar o coronel Gasparian,
comandante do Choque, que também vem acompanhado de seus comandantes, num
aceno, deputado Guilherme Coelho, de que a Polícia Militar está ao lado do
trabalhador, a Polícia Militar está do lado do estado de São Paulo.
Contem conosco, contem com a Polícia
Militar, e Frederico, que Deus ilumine e guarde vosso caminho, seu e de sua
amada esposa Raquel.
Fiquem com Deus e contem com a Polícia
Militar.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Agradecemos ao
coronel Salles, comandante-geral da Polícia Militar, e em seu nome saudamos
todos os oficiais e praças da nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo aqui
presentes.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Marcus!
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Pois não.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Só pedir para o
coronel Salles permanecer em pé. Eu gostaria que todos os demais aqui
aplaudissem a nossa gloriosa Polícia Militar do Estado de São Paulo por
trabalhar com vencimentos tão baixos, com leis tão duras, e ainda assim,
prestando um serviço de altíssima qualidade, sendo a melhor Polícia Militar da
América Latina.
Então, os aplausos à Polícia Militar do
Estado de São Paulo. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Parabéns,
muito obrigado.
A seguir, falando em nome dos prefeitos
presentes a esta cerimônia, vamos ouvir palavras do nosso prefeito da querida
Ribeirão Preto, Duarte Nogueira. Por favor! (Palmas.)
O
SR. DUARTE NOGUEIRA - Boa noite a todos e a
todas. Cumprimentar o presidente desta sessão solene, deputado Frederico
d’Avila, e em nome dele cumprimentar todos os membros da Mesa. À exceção da
Gabriela, todos trabalharam comigo, conviveram comigo durante muitos, muitos
anos, todos eles - não vou nem citar o tempo aqui - e o deputado Itamar se
incumbiu de cumprimentar todas as autoridades aqui de maneira preciosa e
cirúrgica.
Mas uma palavra, primeiro de matar a
saudade, que o Frederico hoje me dá de subir a esta tribuna: fui deputado aqui
durante três mandatos. A outra, por ter sido secretário de Agricultura e
Abastecimento, não tão brilhante quanto foi o nosso secretário Roberto
Rodrigues e nosso ministro. Mas exercitei, na vida pública, aquilo que aprendi
nos bancos da Faculdade de Engenharia Agronômica, onde me formei, em Espírito
Santo do Pinhal.
E nós, agrônomos, sabemos que não
existe nada mais divino e maravilhoso do que o milagre da agricultura, essa
equação entre água, CO2, luz para fazer glicose e para gerar a vida. Sem a
fotossíntese, sem esse toque divino do Criador nós não estaríamos vivendo nesse
planeta. Não haveria vida nenhuma nesse planeta. E essa arte maravilhosa de
colher a luz, de transformá-la em bens maravilhosos para a nossa subsistência,
nossa qualidade de vida e a nossa tecnologia, da onde vem tudo, vem através da
agricultura.
O Brasil é um país vocacionado para
isso. Quem foi hoje ao Congresso Brasileiro da Abag, pôde respirar o que há de
mais latente: quais são os nossos grandes desafios daqui para frente, para de
fato consolidar o Brasil como o maior produtor de alimentos do mundo e para
poder atender a nossa população e alimentar todos os hoje quase 210 milhões de
brasileiros muito bem. E o resto do planeta, enquanto a gente viver nesse
planeta.
Para isso é importante a gente saber se
comunicar. O mundo, hoje, é um mundo da velocidade da comunicação, é o mundo
midiático. Eu, atualmente como prefeito de Ribeirão Preto, costumo dizer que
sou o Silvio Santos da cidade. Por quê? Porque eu tenho que passar o dia
inteirinho conversando com a minha equipe, falando as coisas e comunicando-me
com a sociedade. Senão as pessoas têm a impressão de que a realidade é aquela
que você vê nos veículos de comunicação, quando na verdade a gente sabe que não
é bem assim. E, portanto, a comunicação é algo fundamental. Nós, agricultores;
nós, produtores rurais; nós, pessoas do campo, que trabalhamos nessa cadeia
produtiva maravilhosa precisamos, cada vez mais, saber nos comunicarmos.
O Frederico disse uma coisa
interessante: de fato São Paulo tem 45 milhões e meio, hoje, de habitantes, o
último IBGE, o Brasil tem 210 milhões. E o mundo, hoje, mora aonde? Depois que
nós viramos o milênio, a maioria das pessoas do planeta mora nas cidades. No
mundo desenvolvido, 70% moram nas cidades. No Brasil 85%, das pessoas moram nas
cidades. E em São Paulo? Esses 45 milhões e meio de paulistas moram aonde?
Noventa e três por cento moram nas cidades.
E na minha cidade, Ribeirão Preto,
quantos por cento moram na cidade? São 99,7%
por cento, só 0,3% dos ribeirão-pretanos moram na zona rural. E é esse
pequeno percentual de pessoas, de residentes, de trabalhadores, de homens e
mulheres que movem a maior agricultura do mundo. E nós saímos, nesses 40 anos,
de 37 milhões de toneladas - produzidas em 37 milhões de hectares - e saltamos
para 229 milhões de toneladas, aumentando em apenas 70% essa área plantada, de
37 para 63 milhões de hectares.
Esse ganho de produtividade na produção
foi 500%, se deveu não apenas pela produtividade, pela tecnologia, mas se deveu
com um ganho ambiental estratosférico. Se nós fôssemos produzir esse mesmo
tanto que produziríamos há 40 anos com as mesmas necessidades de áreas, nós
precisaríamos de 150 milhões de hectares a mais. Então, nós podemos dizer em
alto e bom som para qualquer pessoa desse planetinha, que chama Terra, que os
brasileiros pouparam, para alimentar os brasileiros e o mundo, 150 milhões de
hectares de florestas e de área.
Mas não é só isso, ministro Ricardo
Salles. Há 200 anos, quando houve a Revolução Industrial - ou um pouquinho mais
do que isso - e o mundo começou a queimar carvão, queimar madeira para produzir
máquinas e, das máquinas, bens de capitais e chegar à tecnologia que hoje nós
temos. E já faz 50 anos que o homem pisou na Lua, que foi a nossa maior bagagem
de conhecimento que a humanidade teve até hoje, naquela pegadinha do Neil
Armstrong. Não a pegadinha do Faustão, mas a pegada, né? A pegada no chão.
Nesse ponto nós tivemos, com toda a
certeza, a seguinte comparação: há 200 anos, quando começou a Revolução
Industrial, de todas as florestas nativas do mundo o Brasil tinha 8%, noventa e
dois por cento das florestas nativas eram do resto dos outros países.
Passaram-se 200 anos, depois que a gente tinha 8% das florestas nativas do
mundo. E quanto nós, brasileiros, hoje temos das florestas nativas originais do
planeta que existiam há 200 anos relativamente aos outros que acabaram com suas
florestas? Nós saímos de 8%, há 200 anos, e hoje nós temos 28% de todas as
florestas naturais do planeta.
E vão dizer que nós é que desmatamos?
Nós é que estamos fazendo errado? Existem pessoas inescrupulosas, existem pessoas
que têm que ser denunciadas, mas não são os agricultores, até porque quem é
agricultor sabe que para produzir e continuar tendo ganho de produtividade sem
esgotar o seu solo, ele tem que garantir toda a sustentabilidade da cadeia
produtiva para que nós possamos continuar produzindo dentro das nossas
propriedades.
Então, nós precisamos é comunicar bem.
Então, a mensagem que eu quero deixar,
hoje, aqui, além de um grande agradecimento ao Frederico, é fazer uma
exaltação: claro, a essa cadeia produtiva maravilhosa que é o agronegócio, que
é a agricultura, que é a pecuária. Mas ela é formada de vários elos, existem
parlamentares em todos os Parlamentos do mundo defendendo elos importantes
dessa cadeia. E aqui em São Paulo, na Assembleia Legislativa, a mesma coisa,
deputados que defendem área de máquinas agrícolas, deputados que defendem a
parte dos defensivos agrícolas, aqueles que defendem a pesquisa, fazem até
greve de fome para melhorar a questão da pesquisa, aqueles outros que defendem
a assistência técnica, a extensão rural. Mas tem um deputado, junto com outros
deputados, com certeza, como o Itamar, o Gil, que defende o elo mais frágil
dessa cadeia e que, sem ela, a agricultura toda não existiria, que são os
produtores.
Então, queria cumprimentar o deputado
Frederico d’Avila por essa missão que ele tem, de representar bem os seus
eleitores, o seu estado, e o faz com qualidade, o faz com capacidade, com
respeito e tem a admiração de todos nós. Não fosse assim, esta solene não teria
tão qualificada presença, tão destacada Mesa, com a presença do ministro e de
tantas outras autoridades, mas para exaltar, sem dúvida alguma, aquele que,
anonimamente, acorda de madrugada, dorme pouco para garantir para o Brasil os
melhores números do planeta, que são os nossos agricultores, os nossos
produtores rurais.
Parabéns a todos vocês. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Muito obrigado
ao prefeito Duarte Nogueira, de Ribeirão Preto. Três mandatos nesta Casa, já
foi secretário de estado de Agricultura e Abastecimento, também foi secretário
de Estado de Logística e Transportes. Muito obrigado ao prefeito Duarte
Nogueira.
Também saudamos aqui o vice-presidente
da Sociedade Rural Brasileira, Jayme da Silva Telles, e o Sr. Júlio Cargnino, diretor-presidente
do Canal Rural. Muito obrigado a todos.
Como bem mencionado pelo prefeito
Duarte Nogueira, de sua importância, teremos agora um vídeo que contém
depoimentos de agricultores e produtores rurais. Vamos ao vídeo, por favor.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS
VINICIUS - Continuando com as breves saudações que teremos nesta noite,
para fazer uso da palavra, a seguir, o Sr. Flávio Telles de Menezes. Já foi
nosso presidente da Sociedade Rural Brasileira e hoje é conselheiro da SRB. Por
favor, Sr. Flávio Telles de Menezes.
O
SR. FLÁVIO TELLES DE MENEZES - Meu querido amigo,
hoje deputado, mas sempre amigo Frederico d’Avila, que encarna, pelo seu garbo,
coragem, destemor, tudo aquilo que o produtor rural tem no seu dia a dia. Só
que o produtor rural faz isso dentro do seu âmbito particular de trabalho e
você, deputado Frederico d’Avila, o faz publicamente, enfrentando todas as
audiências, toda a mídia, falando em público para defender o produtor rural.
Na sua pessoa, saúdo todos os membros
da Mesa, mas queria dar um abraço especial ao ministro Ricardo Salles, a quem o
presidente Bolsonaro incumbiu, talvez, da mais difícil das missões.
O mundo, hoje, está dividido em dois
grupos. A dicotomia mundial, hoje, não é mais esquerda e direita, não é mais a
guerra religiosa. É a divisão do mundo entre a globalização e o nacionalismo,
entre os países que querem defender a sua soberania e as empresas e
organizações internacionais que querem globalizar o mundo.
Estamos vivendo uma situação totalmente
diferente das décadas passadas e coube ao seu ministério a tarefa mais difícil.
Não que defender o Meio Ambiente seja difícil, mas explicar ao mundo que, para
defender o Meio Ambiente, é preciso incluir nessa defesa o cidadão que mora na
área que tem que ser preservada, que é a atual política começada agora pelo
presidente, é a coisa mais difícil que tem. É trazer a pessoa humana para o
âmbito da defesa do Meio Ambiente. Defender o Meio Ambiente para aquele que
também mora onde precisa ser defendido. Essa é uma situação totalmente nova e a
sua missão é transmitir isso, com o brilhantismo que Deus lhe deu, para todo o
nosso planeta. Que seja feliz lá.
Mas eu queria vir aqui para, sem ter
mandato, agradecer a homenagem para o produtor rural, tentando lembrar que,
quando o homem saiu da caverna e conseguiu plantar e colher, foi quando ele
começou a civilização no mundo. A nossa atividade é a mais antiga no universo.
Foi quando o homem começou a plantar e, ao invés de coletar ou matar animais ou
pescar, ele se alimentou daquilo que plantou, foi aí que começou a civilização.
Então, a agricultura, todos nós, de
certa forma, temos, no nosso DNA, alguma coisa de agricultor. É por isso que as
pessoas têm as suas carreiras, mas, quando conseguem, vão procurar um pedaço de
terra. O sujeito tem um posto de gasolina e, dali a pouco, compra uma
fazendinha. O sujeito é médico, se aposenta e quer tocar uma lavoura ou ter um
pedaço de pasto para poder ter um gado. É por isso que agricultura e pecuária,
no Brasil, são parte da nossa civilização e da nossa cultura. Quando a gente
fala em homem do campo, a gente está falando de todos os brasileiros. Corre no
sangue de todo brasileiro um pouquinho desse homem do campo.
As ideologias, os movimentos
politicamente corretos, o patrulhamento ideológico não conseguem destruir isso.
E olha que eles tentam, hein? Faz décadas que eles tentam. Faz parte do
trabalho deles desconstruir a cultura brasileira, mas ela resiste porque está
lá dentro de cada um de nós. Não precisa fazer curso de agronomia: está dentro
de cada um de nós.
Agora, ao mesmo tempo em que ela é a
mais antiga das atividades humanas, ela também é hoje a mais tecnificada. Tem
mais horas de pesquisa para fazer uma semente do que para mandar o homem para a
Lua. O que se gasta de horas de pesquisa, de ciência, de tecnologia para
produzir, hoje, no mundo, é impensável. A gente pensa que um celular tem mais
tecnologia que uma plantação. Não é verdade. O que se investiu e continua-se
investindo para produzir na agricultura é realmente impressionante.
Quem vive, quem conhece... Nós temos
hoje o prazer, o orgulho de estar conosco aqui o Roberto Rodrigues. Todo mundo
sabe que ele foi secretário da Agricultura de São Paulo, foi ministro da
Agricultura. O Roberto Rodrigues foi muito mais do que isso, foi um líder
agrícola. Ainda é, até hoje. O que ele já fez por este Brasil na Constituinte,
junto com o Paulinelli, na Frente Ampla da Agropecuária Brasileira, é algo que
jamais vamos poder pagar a ele, essa dívida, esse débito que nós temos com ele.
Pois bem, essa atividade, que é a
primeira das atividades e a mais tecnificada, é também a que traz segurança ao
país. Por que os países da Europa têm políticas agrícolas tão fortes, que
subsidiam de maneira tão forte os seus agricultores? Porque eles passaram por
guerras, eles sabem o que é a fome. Todo país europeu assistiu a pelo menos
dois, três, quatro ou cinco guerras em seu território. Então, a segurança que o
agricultor traz, de alimentos, é a outra parte da segurança que a polícia traz
para nós na vida coletiva.
Por último, no caso da nossa
agricultura, que tem essa incumbência de alimentar, de fazer as fábricas
funcionarem, de exportar, eu queria trazer aqui um número que foi publicado dois
anos atrás: desde que foi promulgada a Constituinte e o Brasil passou a
desenvolver políticas agrícolas, o número, o saldo acumulado da balança
comercial agrícola chegou a um trilhão de dólares. Um trilhão de dólares é um
número difícil até de... Acho que na maioria das calculadoras nem cabe esse
número lá, não é?
Então,
nestes 30 anos - vamos para 31 anos depois da nova Constituição - a agricultura brasileira sozinha conseguiu um
saldo de um trilhão de dólares. Então ela é também a segurança financeira do País.
O País aguentou tudo aquilo por que passou nos últimos anos porque tinha um
saldo lá fora de 300 e tantos bilhões de dólares. Isso só foi possível graças à
agricultura, e é um aspecto pouco conhecido, pouco divulgado. Essa segurança
financeira internacional que o Brasil tem se deve ao homem do campo: desde
aquele pequenininho que planta uma mandioca, até o mais tecnificado dos agricultores,
que usa drones, que tem sistemas mais avançados de produção.
Então
eu queria... Volto a dizer, não tenho hoje mandato para utilizar a palavra em
nome do produtor. Mas eu queria, de coração, agradecer esta homenagem que a Casa
das Leis do estado de São Paulo presta hoje ao produtor rural. Ele saberá
devolver, no futuro, de uma forma ainda mais competente, mais capaz do que ele
já fez no passado, porque a agricultura não é só um negócio, a agricultura é
uma profissão, é uma carreira e é uma vocação. Muito obrigado a todos por terem vindo aqui, e
São Paulo e o Brasil podem contar com a agricultura. Obrigado, boa noite.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS
VINICIUS - Muito obrigado ao Sr. Flávio Teles de
Menezes por suas palavras.
Quero
também registrar aqui e agradecer nosso sempre prefeito, que foi prefeito de
Itapeva, o Roberto Comeron, muito obrigado, e também, representando aqui a
nossa querida Pilar do Sul, o Sr. Nei Carvalho. Muito obrigado.
Nós,
a seguir, assistiremos a um vídeo sobre a preservação ambiental no Brasil, da
Sociedade Rural do Paraná. Vamos ao vídeo, por favor.
*
* *
- É exibido o vídeo.
(Palmas.)
*
* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Muito obrigado à
Sociedade Rural do Paraná.
Convidamos para fazer o uso da palavra a Sra.
Priscila Silvério Sleutjes, que é diretora executiva da Associação do Sudoeste
Paulista de Irrigantes em Plantio na Palha, a Aspipp.
Sra. Priscila Silvério
Sleutjes. (Palmas.)
A
SRA. PRISCILA SILVÉRIO SLEUTJES - Boa noite a todos. Primeiramente
eu quero agradecer em nome da Mesa e cumprimentar a todos em nome do deputado Frederico
d’Avila, presidente desta nobre sessão em homenagem ao agricultor e produtor
rural.
Não vou me estender
muito nos cumprimentos, porque eu gostaria de passar a minha mensagem hoje aqui,
e também na pessoa do ministro Ricardo Salles. As duas pessoas nos trouxeram
novamente esperança de que realmente a agricultura e o meio ambiente podem
trabalhar juntos. Desde o começo deste ano, a gente pôde ver, na pessoa do deputado
Frederico d'Ávila e do ministro Ricardo Salles, a dedicação, querendo mostrar
uma agricultura diferente, junto com a preservação do meio ambiente. O nosso muito
obrigado aos dois, e, no nome deles, cumprimento toda a Mesa.
Bom,
como eu não tenho a destreza com as palavras, eu trouxe uma colinha, vou ser
breve:
Na
solenidade desta noite, recebemos a honrosa missão de representar a agricultura
irrigada e a Aspipp com seus mais de 120 produtores irrigantes associados com o
objetivo de prestar uma justa homenagem para essas pessoas que nos inspiram com
sua força vital e coragem, pessoas que jamais perderam a fé nesta lavoura de possibilidades
chamada Brasil, os agricultores brasileiros.
Fazemos
tudo isso com muito orgulho, alegria e destacada honra, não apenas porque acreditamos
no potencial da agricultura ou da irrigação, mas principalmente porque somos
testemunhas da transformadora força de trabalho do produtor rural, do
agricultor irrigante brasileiro, do produtor de alimentos paulista. Mas, muito
especialmente, na força do trabalho de pessoas que, como os produtores irrigantes
do Sudoeste Paulista, investem, empreendem, buscam de forma contínua otimizar
seus sistemas de cultivo e quase sempre - ou melhor, na maioria avassaladora
das vezes -, o fazem preservando mais do que ninguém os recursos naturais.
Sim,
falo sem medo de errar: não existe no mundo alguém que preserve tanto o meio
como o agricultor brasileiro. Todos nós sabemos que ser agricultor, muito
particularmente no Brasil, é viver em meio a incertezas. Sabemos que, muito
embora o País seja privilegiado em termos de oferta de recursos hídricos, a
sazonalidade e a irregularidade das chuvas, a exemplo dos chamados veranicos,
que são bastante comuns na região do Sudoeste Paulista, têm provocado
irreparáveis perdas, com marcantes frustrações de safra. Sabemos, porque
sentimos na pele e no bolso.
A
chuva ou a falta dela certamente é a maior causa natural das incertezas de quem
produz, mas sabemos que isso reflete no atendimento aos diversos usuários das
águas, e por isso existem conflitos que precisam ser pacificados. Além de vencer
os inúmeros dificultadores de ordem político-jurídica, burocrática, questões de
ordem de opinião pública e operacional, o agricultor brasileiro precisa se
esmerar cada vez mais e buscar a gestão integrada nas bacias hidrográficas, a
adoção de boas práticas de reservação das águas, aliada à conservação do solo e
da água, sabendo que isso impactará em favor da melhor recarga dos aquíferos e
das barragens no espaço rural.
Esse
é o caminho, se desejamos alcançar um atendimento mais equilibrado aos usuários
da água e um continuado trabalho em favor dessa produtividade da agricultura
irrigada, cujos benefícios socioeconômicos são de grande alcance para o Brasil.
Existem, por exemplo, muitas suposições acerca da agricultura e da irrigação
que precisam ser desmistificadas por nós. Se somos parte dos problemas, temos o
dever e o direito de ser parte da solução.
O
actante da agricultura irrigada, que é tida por pessoas desinformadas como a
grande vilã na utilização dos recursos hídricos em períodos de escassez,
precisa ser hábil em demonstrar, por exemplo, os resultados de um recente
estudo realizado pela Embrapa e pela Agência Nacional de Águas, o qual
demonstrou que o menor uso da irrigação em São Paulo coincide justamente com o
período de menor índice pluviométrico. Isso tem que ser feito por nós para
desconstruir conceitos errôneos de que somos grandes consumidores de água, especialmente
nos períodos em que ocorre crise hídrica.
Senhoras
e senhores, é necessário que jamais percamos de vista a necessidade de
defendermos permanentemente a utilização elementar da água na produção de
alimentos. Aliás, os números indicam que a agricultura irrigada é um caminho
mais que possível. O Brasil, com cerca de 7 milhões de hectares irrigados, é um
dos poucos - senão o único país do mundo - com capacidade de triplicar essa
área com sustentabilidade. Tudo isso sem abrir novas fronteiras agrícolas,
apenas irrigando o que existe, o que por si só faria ampliar nossos horizontes
e abrir oportunidades inimagináveis de riqueza para o País.
Agora,
se observarmos bem, percebemos que os números demonstrados agora só existem
porque você acreditou. Sim, você, agricultor brasileiro, que é maltratado pelo
senso comum, pela mídia desinformada e por lideranças ideológicas
mal-intencionadas. Você, agricultor brasileiro que acreditou, empreendeu,
gastou e se deixou gastar pela sua vocação, por uma razão muito simples: os
números do Brasil possível só existem porque a fé e a paixão do agricultor os
fizeram possíveis.
Vou
falar de São Paulo, a locomotiva da Nação, com dados obtidos no mesmo estudo da
Embrapa e da ANA, com números de 2018. Somos um estado que ainda irriga pouco.
São apenas 204 mil hectares dos dois milhões de hectares possíveis, ou seja,
apenas cerca de 10% do nosso potencial, dos quais 90 mil hectares estão na
nossa região de atuação. São 4.603 pivôs centrais, a maior concentração de
equipamentos do Brasil.
Poucos
setores possuem uma perspectiva de crescimento como São Paulo. Você, agricultor,
sabe que tem a solução nas mãos, quer investir e quer crescer, quer dar a sua
contribuição para um estado melhor, por um Brasil melhor, mas tem que lutar
contra tudo e contra todos, contra a desinformação, contra o desinteresse
público, contra a legislação que pune quem faz o certo.
A
agricultura irrigada de que falamos aqui é aquela que possibilita mais safras
no mesmo ciclo, que precisa ser estimulada e tratada como política social e de
interesse público, que produz mais alimentos, que gera mais empregos, mais
divisas, maior potencial de exportação, traz segurança estratégica para o
abastecimento dos bens decorrentes da agricultura, a matéria-prima para o setor
produtivo, os produtos industriais.
Portanto,
nesta noite de homenagens, em nome das Aspipp e da agricultura irrigada, farei
três agradecimentos:
Ao
nosso deputado, produtor irrigante do Sudoeste Paulista e associado da Aspipp, Frederico
d'Ávila, que teve a iniciativa desta sessão solene. Tudo isso é maravilhoso, honroso
e importante. Aliás, a última vez que a agricultura irrigada do Sudoeste Paulista
esteve aqui foi em 2011, na comemoração dos 30 anos da irrigação na região. De
lá para cá, nenhuma outra menção sequer, portanto, somos gratos por V. Exa.
reabrir as portas do Parlamento paulista para o produtor irrigante, mas a homenagem
maior que você nos presta é a que testemunhamos diariamente por meio do seu
mandato, quando coloca como pauta prioritária os assuntos que são caros ao
setor.
Ao
ministro Ricardo Salles, que de igual forma tem envidado forças para criar um
ambiente de crescimento verdadeiramente sustentável para o Brasil. Aliás, como
já manifestado anteriormente, gostaríamos muito da sua segunda visita a Campos
de Holambra no dia 4 de setembro, ocasião em que realizaremos a abertura do Irrigashow
2019.
É
o momento em que celebraremos a agricultura irrigada sustentável do Sudoeste
Paulista, que segue o princípio de reservar a água no período das chuvas para
utilizar na irrigação no período de estiagem, um modelo iniciado na década de 1980
e que, aliado a um sistema de plantio direto, às tecnologias depuradas, mudou a
realidade socioeconômica da nossa região, antes chamada “Ramal da Fome”, para
“Celeiro Produtivo do Estado”.
E,
por fim, o homenageado desta noite, o agricultor brasileiro. Os presentes e os
que não puderam estar presentes conosco nesta noite, que, a exemplo dos
produtores irrigantes do Sudoeste Paulista, lutam e caminham para lançar, com
fé e paixão, as boas sementes da agricultura brasileira.
Nosso desejo é
que as sementes dessa imensa lavoura de possibilidades chamada Brasil
finalmente germinem, finquem suas raízes, floresçam e gerem frutos, e frutos
que permaneçam.
Mais uma vez,
meu muito obrigada. Parabéns mais uma vez, deputado, ministro e para todos da Mesa,
que realmente esta sessão é muito importante para nós da agricultura, para o
produtor rural, para dar a importância para quem realmente produz alimento com
todas as dificuldades que nós encontramos no dia a dia. Parabéns, em nome de
todos os associados da Aspipp. Muito obrigada.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Agradecemos
a Sra. Priscila Silvério Sleutjes, diretora executiva da Aspipp - Associação do
Sudoeste Paulista de Irrigantes e Plantio na Palha. Também, agradecer ao Sr. Heliton
do Valle, prefeito de Itararé. Muito obrigado. Símbolo da resistência paulista
na Revolução de 32.
Nós vamos
assistir a seguir depoimentos de autoridades que, infelizmente, não puderam
estar conosco: a Exma. Sra. Tereza Cristina, nossa ministra de Estado da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e também o presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária, o deputado federal Alceu Moreira. Vamos aos
depoimentos, por favor.
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- São exibidos
os vídeos.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Vamos
ouvir a seguir a saudação pelo deputado Guilherme Coelho, que é o
vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de
Frutas e Derivados - Abrafrutas.
O SR. GUILHERME COELHO - Meu caro
presidente da sessão, deputado Frederico d'Avila, meu caro ministro Ricardo
Salles, deputado Conte Lopes, padre Inácio, que está representando a Igreja, com
muito gosto em vê-los, meu caro prefeito Duarte Nogueira, coronel Salles, Gabriela,
nossa secretária da Agricultura, meu caro ministro Roberto Rodrigues, minhas
senhoras e meus senhores, incumbiu-me o presidente da Abrafrutas, que é a
Associação Brasileira dos Exportadores de Frutas e Derivados, de vir
representar essa associação nesta sessão solene.
Eu achei um
momento muito apropriado, deputado Frederico, de trazer todas essas pessoas
para homenagear o agricultor, o homem do campo. Talvez de todos, quem vem mais
de longe lhe ver sou eu. Eu venho de Petrolina, Pernambuco, do semiárido
nordestino, onde tenho São Paulo com um coração muito emocionado, porque aqui
me formei na Universidade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal e
tive como patrono o ministro, professor de Cooperativismo, Roberto Rodrigues.
E seguindo os
meus passos, meus filhos estudam em São Paulo. Um faz Direito na PUC; o outro
faz Administração na Fundação Getúlio Vargas. Então, São Paulo é um estado em que
eu sempre estou e tenho muito orgulho de saber que é o comandante, a locomotiva
da nossa Nação.
Não é fácil a
vida, Priscila, lá do semiárido. Lá não chove. Petrolina era uma terra em que,
nos tempos passados, o nosso destino era ser pobre. Toda aquela população,
quando tinha aquelas grandes secas, corria para a beira do Rio São Francisco e
principalmente ali para Petrolina, Juazeiro.
Muitos dos
homens, naquela época, que eram fortes, pegavam um navio gaiola, iam até
Pirapora e vinham para São Paulo trabalhar na construção civil. E muitas
famílias lá ficavam, porque muitos conseguiam e arrumavam outras famílias aqui.
Então, ali era
uma terra de mulheres com filhos, noivas que pensavam que um dia iam se casar -
e seus noivos vieram aqui e não voltaram - e uma seca que assolava e não tinha
esperança. Mas Deus foi muito bom conosco. Deus nos deu o sol; Deus nos deu as águas
do São Francisco e Deus nos deu a terra. E hoje nós podemos dizer que somos o
terceiro PIB agrícola do Brasil.
Nós temos hoje
cerca de 160 mil hectares de frutas, projetos de irrigação, e o nosso querido prefeito
Duarte Nogueira falou aqui um pouco sobre o que é irrigação. Mas a irrigação é
muito mais do que o Duarte Nogueira falou. Irrigação, ministro Roberto
Rodrigues, é a história de seu Raimundo.
O seu Raimundo
era vigia de uma escola pública quando começaram os projetos de irrigação, e seu
Raimundo teve uma oportunidade de ter um lote irrigado de colono - 80% de tudo
que eu falei a vocês são dos colonos, dos pequenos agricultores.
E eu vi o seu
Raimundo e fiquei um tempão sem vê-lo. E quando eu o vi, ele foi contar a
história, porque quando ele saiu de ser vigia, ele ganhou um lote. Ele ia da
casa dele, do lote, para uma padaria comprar o pão de bicicleta.
As coisas
melhoraram e seu Raimundo foi e comprou uma moto usada. O feijão deu, o milho
deu, a goiaba que ele plantou deu. Ele comprou uma moto nova. Para concluir,
hoje, o seu Raimundo é um homem próspero. O seu Raimundo tem uma caminhonete
Toyota zero quilômetro. O seu Raimundo tem casa em Petrolina; a filha do seu
Raimundo estuda medicina numa faculdade privada.
O seu Raimundo
já comprou mais dois lotes. Isso, Priscila, para a gente, é a tal irrigação,
que transforma a vida das pessoas e transforma sempre para melhor. E nós
lutamos muito por isso, porque, enquanto, ministro Salles, uns têm essa
oportunidade, o vizinho continua lá no “sequeiro”, plantando milho durante dois
anos, dez anos, e ele perde sete anos. Mas o agricultor é um danado animado.
Quando o preço
não dá, ele diz que para o ano vai ser melhor. Quando ele perde a safra, ele
diz que essa foi ruim, mas a outra será melhor ainda. E vamos e vamos tocando
apesar de todas as nossas dificuldades. E a revolução tecnológica chegou. No
Vale do São Francisco, a gente produzia uma safra de uvas sem sementes por ano.
Agora a gente produz duas. É o dobro da tonelagem, porque as variedades
permitem isso.
É o único lugar
no mundo. A África do Sul produz muito mais do que a gente; clima temperado só
produz uma safra. O Chile produz muito mais do que a gente; temperado só produz
uma safra. E nós estamos aí na dianteira de conseguirmos colocar e gerar empregos.
Um hectare de uva hoje gera de três e meio a quatro empregos. Então, isso dá
certo. Uma região que precisa de empregos e uma cultura que precisa gerar empregos.
Hoje, 95% da uva
que se produz, que se exporta no Brasil, vem do Vale do São Francisco; 90% da
manga que se exporta, vem do Vale do São Francisco. Então, de fato é uma região
abençoada por Deus. Quero registrar um grande e importante fato que aconteceu
recentemente: a conclusão do acordo do Mercosul e Comunidade Comum Europeia.
Fantástico para a nossa agricultura.
Só para vocês
terem uma ideia, nós pagávamos 14% de um imposto chamado “Import Duty”. Esse
imposto vai ser zerado logo que esse acordo for assinado e vai ser desgravado
de muitas frutas.
Meu caro
Frederico, eu acompanho você há muitos anos. Tenho-o como um irmão e vejo que
você está no caminho certo. Primeiro, você gosta da política. Primeiro, você
tem espírito público. Espírito público é uma coisa muitas vezes difícil de ter.
Um político que não tem bandeiras ou tem mil bandeiras, não sei se está no
caminho certo. Você tem duas bandeiras que eu enxergo: a bandeira da Agricultura/Irrigação
e a bandeira da Segurança Pública. E é o que vemos aqui hoje dos seus
convidados. Estão aqui representantes da Segurança e estão aqui representantes
da Agricultura.
O político tem
que se colocar no lugar dos outros. O político tem que falar pouco e ouvir mais.
O político precisa dar atenção. O político não pode ter canseira. Não tem
sábado, domingo, feriado, para ouvir as pessoas. Se fizer isso não será um bom
político. Quero concluir minhas palavras citando uma frase de uma pessoa de
quem você era fã e que já se foi. Foi meu pai, deputado Osvaldo Coelho, com
quem muitas e muitas vezes o Frederico conversou.
E eu tenho um
prestígio danado com o Frederico. Dos últimos cinco aniversários dele, três ele
foi passar comigo em Petrolina. Então, vocês saibam que eu tenho força com esse
homem. Mas o que é que meu pai disse? Meu pai teve 11 mandatos seguidos de deputado:
três estaduais e oito federais.
E ele dizia o
seguinte: “Nós somos filhos da seca. Ela é dona de nossas vidas. Ela nos impõe
todos os sofrimentos: a fome, a sede, a pobreza. As novas gerações devem ser
filhas da irrigação: livres, prósperas e felizes”. Muito obrigado.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Muito
obrigado ao deputado Guilherme Coelho, vice-presidente da Abrafrutas. Mais uma
saudação a seguir. Vamos ouvir agora o Sr. Marcos da Rosa. Ele é vice-presidente
da Famato - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso.
O SR. MARCOS DA ROSA - Boa noite. Em
nome dos produtores e produtoras aqui presentes, cumprimento todas essas
pessoas que vieram prestigiar, pessoas da sociedade, a Polícia Militar,
pessoas que vão difundir o que a gente está falando, Frederico, hoje à noite
aqui.
Meu amigo
Roberto Rodrigues, é uma noite feliz. Eu achei que eu era o único
importado aqui, deputado, que vim do Mato Grosso, mas Pernambuco realmente dá
uns 1.200 quilômetros a mais.
Estou, para vir
aqui, duas noites sem dormir. Não é fácil. Eu moro lá no leste do Mato Grosso,
mas vim aqui com muito prazer e vou sair daqui muito contente, apesar de todo
cansaço, pescoço doendo, louco para dormir. Amanhã tenho que pegar um avião às
cinco da manhã.
Eu moro a 800 quilômetros
de Cuiabá, mas as palavras que eu vim dizer aqui são com prazer. Pelo o que eu
estou vendo aqui, Frederico, este é o maior estado, a maior Assembleia
Legislativa do Brasil. Um evento importante desses, com a presença dos seus
colegas deputados.
Hoje, pela
manhã, quando eu peguei o táxi lá em Cumbica, perguntei para o taxista que
horas ele tinha começado a trabalhar. Quatro da manhã. Eu também levantei às
quatro da manhã para pegar um voo em Goiânia às cinco. E eu falei para ele: “Sabe
por que você faz isso? Sabe por que eu estou fazendo isso? Só por causa da
barriga. Se não fosse a barriga, nós não precisaríamos acordar de
manhã. A barriga precisa de comida.” Nós, produtores rurais, colocamos
essa comida na barriga das pessoas, senão elas não precisariam sair de casa.
Aquela senhora,
eu vi que o padre lá está gostando do que eu estou falando aqui, deu um sorriso
- gostei do sorriso, vigário -, aquela senhora que sai, aqui em São Paulo,
a 30 quilômetros de sua casa para vir trabalhar, pega trem, pega o coletivo,
ela não vem pelo dinheiro do esmalte, comandante, ou do cabeleireiro ou da
blusa melhor que ela vai comprar. Ela vem para arrumar um dinheirinho para ir ao
mercado buscar comida. E esse é o serviço que nós prestamos para a
humanidade.
Por isso, é
muito importante essa sessão. O coronel pediu aqui para eu falar 33 minutos,
mas eu vou tentar, coronel... Ele deu a volta, de lá, para falar para mim
que eu podia falar 33 minutos, mas eu vou falar só cinco. Você está me cobrando
aí.
Então, esse é o
trabalho do agricultor, do produtor rural, num Brasil que o mundo olha. Está aí
o nosso ministro Ricardo Salles. Assim, a gente tem uma grande felicidade
por ele aceitar esse desafio. Esses dias eu estava conversando com ele lá em
Porto Alegre. Falei: “E os seus filhos, ministro? Você está indo a São
Paulo, coitado, tem dois filhos pequenos. Você está se dedicando, você está
cuidando da produção brasileira para abastecer a barriga das pessoas. Não
esqueça, não faça isso, não esqueça os seus filhos. Esse é o seu maior
patrimônio. Vá lá, cuide deles, não os deixe sem a presença do pai.” A defesa
dele, que é um advogado - não é, Ricardo? Você é um advogado - que defende as
coisas que vêm para dentro da nossa barriga. Esse, meu amigo Roberto Rodrigues,
é o papel que está fazendo.
Então,
Frederico, é importante a sua sessão. Obrigado pelo carinho que você tem
comigo. Você sempre demonstra muito carinho, igual ao que todos falaram aqui. É
o mesmo carinho. Ele fala que eu sou o ídolo dele. Por ele falar que eu sou ídolo...
É difícil ser ídolo de alguém. Roberto Rodrigues é ídolo de todo mundo. Eu sou
o ídolo do Frederico d'Avila. Já está ótimo para mim. E dos meus filhos, e
da minha esposa, graças a Deus também eu sou ídolo deles.
Então é um dia,
é uma noite, para mim, cansativa, mas muito feliz, porque há colocações
das pessoas que não são da produção, a representação do comando da polícia, que
são pessoas que difundem na sociedade, na rua, onde estão, o que estão ouvindo
aqui hoje. Tenho certeza de que esse recado, de que nós levantamos de manhã por
causa da barriga e se não tiver alguém para produzir, para enchê-la, nós não precisamos
viver, nós não precisamos sair de casa, é isso que nos anima, é isso que faz e
é isso que nos dá felicidade de ouvir as defesas, de novo.
Todo mundo está
lhe exaltando, ministro. Eu lhe exaltei antes de você ser ministro. Antes de você
ser ministro, eu fiz a exaltação. Parece que a gente já estava adivinhando.
A sua eleição,
Frederico, um jovem, você tem a sua propriedade, igual a gente, tem que tocar
lá também, não é fácil você se dividir. Você tem salário ainda para fazer as
coisas, eu não tenho salário. Todas as coisas que eu faço não tem salário. Eu vivo
lá na Fazenda Passo Fundo, lá no Mato Grosso. Eu vivo apenas na fazenda,
mas a gente sai para mostrar para esse Brasil a necessidade da produção e a
necessidade de manter a barriga abastecida.
Um abraço a
todos e muito obrigado por esta oportunidade. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS -
Palavras do Sr. Marcos da Rosa, vice-presidente da Famato - Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso.
Nós teremos
mais um breve vídeo, que será exibido a seguir, mas este vai retratar a
hipocrisia de falsos ambientalistas.
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- É exibido o vídeo.
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O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL -
Essa é a imagem que o Rio de Janeiro, que não é exemplo para ninguém, fabrica
contra nós. O Rio de Janeiro, acho que o produto agrícola que eles mais
consomem é produzido no Peru, na Colômbia, no Paraguai e na Bolívia.
É contra tudo
isso que vocês viram de forma satírica que o presidente Jair Bolsonaro; o
ministro Ricardo Salles aqui do meu lado; eu; o deputado Conte Lopes;
Marcos da Rosa; Gil Diniz; enfim, é contra tudo isso que nós vamos lutar até o
fim, custe o que custar, porque nós nunca tivemos um alinhamento tão fantástico
como esse que nós temos hoje. Presidente Bolsonaro na cadeira de presidente da
República, ministro Ricardo Salles no Meio Ambiente, governador João Doria
aqui em São Paulo - graças a Deus nos livrou do mal maior que estava sentado
na cadeira como governador. Se Deus quiser, nós vamos nos livrar dessa
gente aí e permitir que aquela gente lá, fardada, possa trabalhar para defender
quem produz e quem trabalha.
Agora nós vamos
prosseguir para as homenagens. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Muito
obrigado, deputado.
As homenagens
serão entregues, aqui na mesa, pelo deputado Frederico d'Avila. Iniciamos a
primeira homenagem, ao Sr. Flávio Telles de Menezes, quem eu chamo novamente
aqui à frente, conselheiro da Sociedade Rural Brasileira, pelos anos de
dedicação ao agronegócio e também por ser referência de excelência. (Palmas.) Parabéns
ao Sr. Flávio Telles de Menezes. Muito obrigado.
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- É entregue a homenagem.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Vamos
à foto, por favor. Pedir para que todos permaneçam, depois faremos uma foto com
todos. Pode ser, deputado? Pois não. Muito obrigado ao deputado Flávio Telles
de Menezes, sendo homenageado neste momento. Sr. Flávio permanece conosco aqui,
por favor.
A seguir, será
homenageado o deputado Guilherme Coelho, vice-presidente da Abrafrutas, pelo
esforço e dedicação na ampliação da exportação de frutas brasileiras para o
mercado internacional e também na difusão da irrigação no Brasil. Deputado
Guilherme Coelho. (Palmas.)
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- É entregue a homenagem.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - O
Sr. Felipe Sverner esteve conosco, mas teve que se ausentar devido a outros
compromissos. Estava aqui representando a homenagem destinada ao seu pai, Dr.
Israel Sverner. A homenagem será encaminhada posteriormente, então, parabéns ao
Dr. Israel Sverner, que hoje estava aqui representado por Felipe Sverner.
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- É entregue a homenagem.
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* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Continuando,
chamamos agora, para receber a homenagem, a senhora Priscila Silvério
Sleutjes, diretora-executiva da Aspipp. Por favor. (Palmas.)
Por ser uma
referência em irrigação e em recursos hídricos, agricultura e meio ambiente.
Será homenageada, neste momento, pelo deputado Frederico d’Ávila, Sra. Priscila
Silvério Sleutjes. Parabéns.
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- É entregue a homenagem.
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* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS -
A próxima homenagem é destinada ao conde Vittorio Asinari Di San Marzano. Por
favor. (Palmas.)
O conde
Vittorio recebe a homenagem por sua dedicação no desenvolvimento da raça Jersey
no estado de São Paulo e também da indústria moageira de trigo no Brasil.
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- É entregue a homenagem.
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* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS -
Para que possamos fazer a foto com todos os homenageados, vamos antecipar,
aqui, a entrega da homenagem, também especial, ao ministro Ricardo Salles. E
assim possamos fazer a foto com todos os homenageados, para não termos que
chamá-los depois, novamente. Então, a seguir, será homenageado o Exmo. Sr.
Ricardo Salles, nosso ministro de Estado do Meio Ambiente. (Palmas.)
Por sua
dedicação aos relevantes serviços prestados à agricultura e à nação brasileira.
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- É entregue a homenagem.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS -
Agora sim, vamos fazer uma foto com todos os homenageados. Por favor.
Perfeitamente.
Acho que embaixo fica melhor. Se os fotógrafos puderem opinar. Aí embaixo é
melhor? Melhor? Por favor.
Então, todos
acompanhem lá o deputado Frederico d’Ávila. Vamos fazer uma foto com todos os
homenageados aqui.
Os
homenageados: Flávio Telles de Menezes, deputado Guilherme Coelho, Sra.
Priscila Silvério Sleutjes, conde Vittorio Asinari Di San Marzano e ministro
Ricardo Salles.
Vamos à foto
oficial.
Muito obrigado,
parabéns a todos. (Palmas.)
Retorna à mesa
o Sr. Ministro, deputado Frederico d’Ávila e também o deputado Guilherme
Coelho.
Nós, a seguir,
assistiremos a um vídeo com o depoimento do presidente da Aprosoja Brasil, Sr.
Bartolomeu Braz, e também do ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira, Sr.
Pedro de Camargo Neto. São dois depoimentos no vídeo. Por favor.
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- É exibido o
vídeo.
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* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Muito
obrigado. Vamos ouvir, a seguir, palavras da Sra. Gabriela Chiste, nossa
secretária da Agricultura em exercício. Está aqui também representando o nosso
governador em exercício, Rodrigo Garcia. Por favor.
A SRA. GABRIELA CHISTE - Boa noite a
todos. Em nome do governador João Doria, do governador em exercício Rodrigo
Garcia e do Gustavo, nosso secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado
de São Paulo, quero cumprimentar o deputado Frederico d’Avila por essa
solenidade. Aproveito também para cumprimentar o ministro Ricardo Salles. Em
nome do deputado Frederico d’Avila, cumprimento a todos os deputados aqui
presentes. Cumprimento também o prefeito Duarte Nogueira e a todos os prefeitos
aqui presentes. Aproveito para cumprimentar Flávio Telles de Menezes,
conselheiro da Sociedade Rural Brasileira e conselheiro também da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento. Cumprimento também nosso sempre ministro Roberto
Rodrigues, nosso conselheiro também lá na Secretaria de Agricultura e
Abastecimento. Cumprimento a toda a Mesa.
E não vou me
estender muito, porque muito já falamos do produtor rural. É com grande prazer
que eu estou aqui, hoje, homenageando esse tão importante elo do nosso
ecossistema do agronegócio - o produtor rural. É importante enaltecer a figura
daquele que todos os dias está presente em nossas vidas, promovendo não só
alimentos de qualidade, mas também diversos produtos aqui citados pelo deputado
Frederico d’Avila. Para toda a população paulista, para toda a população
brasileira e até mesmo para a população de todo o mundo. Graças a esse
trabalho, São Paulo é, hoje, produtor - e grande produtor - de diversos
produtos que tanto contribuem para o PIB paulista.
E aqui queria
fazer só uma reflexão: em maio, o PIB paulista subiu 0,9%, e isso graças ao
agronegócio. A pujança do PIB agropecuário em São Paulo e o reflexo dele no PIB
brasileiro merecem sempre a nossa atenção. E eu, aqui, lembro que não existe
agroindústria, não existe indústria de alimentos sem a produção rural, sem o
produtor rural. Esse trabalho é de grande relevância para todo o Brasil e para
todo o mundo, na segurança e no abastecimento dos alimentos para o mundo.
A Secretaria,
através de alguns projetos e, principalmente, do macroprograma dela -
“Cidadania no Campo”, que foi aqui comentado pelo deputado Itamar Borges -, vem
trazer a preocupação que a Secretaria tem com o produtor rural, seja ele
pequeno, médio ou grande. Vem trazer, no primeiro projeto lançado, do “Rotas
Rurais”, a segurança na área rural. Vem reforçar a segurança na área rural.
Esse projeto vai trazer o mapeamento das estradas rurais, de forma que a gente
leve para o produtor rural a polícia, a saúde, a educação. E esse projeto tem a
ambição do mapeamento dos nossos quase 200 mil quilômetros de estradas rurais,
algumas delas - ou grande parte delas - mapeadas, mas muitas delas não.
Os produtores
rurais, hoje... Muitos deles, que vivem nas suas fazendas, nos seus sítios, nas
suas chácaras, não têm o endereçamento correto. E, então, portanto, a
dificuldade da polícia, da ambulância, da perua escolar; enfim, de comprar, por
internet, seja qual produto for. Ele não consegue atingir esse cidadão. Então,
acho que isso é o princípio do “Cidadania no Campo”; é dar ao produtor rural a
dignidade ou a igualdade de um produtor ou de um cidadão da área urbana. Esse é
o primeiro projeto.
O segundo
projeto, também comentado, foi a classificação dos municípios do estado de São
Paulo através de um ranqueamento baseado no “Cidadania”, em que a gente vai
levar para os municípios uma missão de olhar para além de onde a estrada de
asfalto acaba. Quais são as intenções daquele município junto à área rural,
como ele cuida dos produtores rurais, como ele enxerga os produtores rurais. A
gente fez a primeira classificação neste ano, baseada em critério técnico; e a
gente, então, premiou os 10 melhores municípios.
E mais do que
isso: é olhar para os demais municípios e para os municípios que menos
atingiram nota, que menos chegaram no ranking - que a gente entende ser um
ranking necessário para a área rural -, e saber o que fazer com esses
municípios. Como a gente, então, induz aquele município a tratar o produtor
rural da forma como ele tem que ser tratado. Como que a gente dirige as
políticas públicas naquele município, de forma a trazer aquele município, a
recuperar o município na sua zona rural.
Enfim, a
Secretaria conta com o apoio de todos vocês e, principalmente, com o apoio
daqueles que entendem que é através do desenvolvimento rural que a gente vai
trazer cada dia mais dignidade ao produtor rural. Obrigada. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Muito
obrigado à secretária de Agricultura e Abastecimento em exercício, Gabriela
Chiste.
A seguir,
antecedendo o pronunciamento do ministro Ricardo Salles, que encerra a nossa
cerimônia, nós teremos mais uma apresentação de um vídeo com depoimentos.
Agora, o depoimento do chefe-geral da Embrapa Territorial, Sr. Evaristo de
Miranda, e também do presidente da Abramilho, Sr. Sérgio Bortolozzo. Vamos aos
depoimentos, por favor.
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* *
- É feita a
exibição de vídeo.
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* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Vamos
ao próximo depoimento, por favor.
*
* *
- É feita a
exibição de vídeo.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS - Muito
obrigado. (Palmas.)
A seguir,
encerrando os pronunciamentos, com a palavra o Exmo. Sr. Ricardo Salles, nosso
ministro de Estado do Meio Ambiente. (Palmas.)
O SR. RICARDO
DE AQUINO SALLES - Boa noite a todos. Prometo ser breve, que agricultor dorme
cedo e acorda cedo. E Polícia Militar também. Então, eu estou muito contente e
fiquei muito honrado, Frederico, com o seu convite para aqui estar, na
Assembleia, onde já estive várias vezes quando fui secretário, anteriormente.
Esta é uma Casa com a qual eu tenho grande identidade e muitos amigos, a
começar pelo Conte, nosso deputado, ex-vereador, policial militar de carreira
exemplar e que sempre apoiou as boas causas.
Está aí também não meu parente, mas meu amigo, coronel
Salles, que hoje comanda a nossa querida, sempre parceira Polícia Militar, de
onde vieram o presidente do ICMBio, o coronel Homero, e os nossos quatro
diretores do ICMBio: Marcos Aurélio, Marcos José, Lorencini e Simanovic.
Coronel Olivaldi; agora o segundo homem do Ministério
do Meio Ambiente, e o tenente-coronel Biajoni. Está aqui conosco, na Mesa
também, a Gabriela, que, junto com o Gustavo, faz um excelente trabalho na
Secretaria da Agricultura, com uma visão moderna, de conciliação. Nosso
deputado Guilherme Coelho, sempre um grande orador, inteligente, divertido,
articulado e muito sincero.
Eu queria também dirigir um agradecimento especial ao
Roberto Rodrigues, nosso ministro da Agricultura, que, em entrevista recente à
“Folha de S. Paulo”, dentre questões importantes que lá pontuou, fez uma defesa
contra ataques que nós temos recebido no Ministério do Meio Ambiente de um
eventual dano de imagem que a nossa pauta de defesa do bom senso, do equilíbrio
e da verdade acima de tudo na área ambiental brasileira.
Nós, que inclusive somos, graças, principalmente, ao
agro brasileiro, exemplo de sustentabilidade para o mundo. País que manteve,
como já foi dito aqui, 66% da sua cobertura vegetal. País que tem uma
agricultura competitiva, eficiente, que respeita o meio ambiente, que está
submetido a um Código Florestal, que é uma norma de proteção ambiental
incomparável com qualquer outra legislação que outro país tenha. Nenhum outro
país tem um Código Florestal como o nosso, e a agricultura brasileira se
submete ao Código Florestal. E faz bem.
Aliás, é importante lembrar que, aqui no estado de São
Paulo, foi graças a várias ONGs e grupos ambientalistas que não se cumpriu o
Código Florestal, porque foram eles que discutiram, no Judiciário, o Art. 68, e
não permitiram que o Código fosse cumprido na sua plenitude. O programa de
regularização ambiental no estado de São Paulo teve que ser parado graças a
essa discussão que prejudicou a agricultura, mas, sobretudo, o meio ambiente,
porque não permitiu que se fizesse justamente a compensação, a consolidação;
enfim, a conciliação que se pretendeu com o Código Florestal.
Eu não me esqueço: quando eu estava lá na Secretaria
do Meio Ambiente, Dr. Flávio, um senhor... Uma vez, entrou uma secretária, uma
funcionária da Secretaria: “Tem um senhor lá embaixo que quer entregar uma
carta para o senhor. Ele é lá do Vale do Ribeira, bananicultor.
Ele veio aqui contar para o senhor o que ele está passando lá”.
Entrou
um senhor na minha sala, com roupa de agricultor mesmo: bota, calça suja de
terra, camisa quadriculada, só não estava de chapéu. Ele trouxe uma carta
contando o que estava passando. Ele nasceu numa propriedade no Vale do Ribeira,
foi bananicultor a vida inteira e, naquele momento, em 2017, estava sendo
expulso da sua propriedade graças a uma perseguição contra um produtor rural
que não fez nada a não ser plantar banana, cuidar da sua terra e criar seus
filhos e seus netos. Uma pessoa que estava sendo tratada como se fosse - como a
gente brinca, Salles - plantador de AR-15 ou vendedor de drogas. Era um simples
agricultor, um senhor de idade, respeitável, correto e decente.
Isso
mostra o desequilíbrio que nós vivemos no País até hoje, a falta de bom senso,
a covardia, muitas vezes, daqueles que deveriam fazer cumprir o papel do Estado,
apesar da mão estatal, e que, muitas vezes, é covarde em cima de senhores, como
esse agricultor de 80 e poucos anos, e é leniente com aqueles que, na verdade,
deveria pesar a mão.
Foi
graças à eleição do presidente Jair Bolsonaro que nós nos livramos, neste País,
de um risco iminente de ver aqui retroceder a agenda antiprodutiva contra a propriedade
privada, contra os bons princípios, contra a moralidade, contra a sinceridade,
a franqueza e a correção do presidente Jair Bolsonaro, que montou um governo
técnico, competente, dedicado, amigo do setor rural, amigo do produtor; que
reconheceu, desde o primeiro minuto da sua campanha - e vem fazendo isso no seu
mandato de presidente -, a importância de todos os brasileiros que trabalham,
das pessoas de bem, das pessoas decentes deste País.
É
o presidente Bolsonaro que tem dado o norte dessa bússola, que fez com que o
País concluísse, também fruto de trabalhos desenvolvidos em governos anteriores,
não há dúvida, mas fez com que o governo concluísse o acordo do Mercosul com a
União Europeia. Fez com que nós tenhamos a menor taxa de juros da história, fez
com que nós tenhamos produzido 409 mil empregos, melhor índice dos últimos cinco
anos, que tenha caído a criminalidade, que venham caindo vários índices
negativos do comportamento criminoso que foi, durante muito tempo, acobertado
por políticas públicas covardes que não reconhecem a prevalência da pessoa de
bem sobre aqueles que insistem em descumprir a legislação.
É
esse governo do presidente Jair Bolsonaro, o qual eu tenho orgulho de ser ministro
do Meio Ambiente, junto com todos os outros ministros que compõem o nosso
governo, em especial do nosso Dia do Agricultor, a ministra Tereza Cristina. A
harmonia que se faz com o governo construído na base da técnica, sem loteamento
político, sem demagogia, sem fugir dos assuntos, sem subir em cima do muro, sem
postergar decisões.
Esse
é o governo do presidente Jair Bolsonaro, partido do qual faz parte hoje o
nosso anfitrião, deputado Frederico d'Avila, de quem eu tenho orgulho de ser
amigo há muitos anos. Fica aqui, a todos os senhores e senhoras, o meu
agradecimento por estarem até esta hora para ouvir manifestações importantes,
testemunhos, como nós vimos aqui, de vários dos que se apresentaram no telão, e
que corroboram, mais uma vez, assim como a Polícia Militar, os produtores
rurais, as pessoas de bem que tanto trabalham, carregam o Estado pesado, que
cobra impostos, que atrapalha com burocracia, que produz regras excessivas para
quem está dentro da legalidade e vinha sendo leniente com quem estava fora da
legalidade e da formalidade.
Muito
obrigado, uma boa noite a todos. (Palmas.)
O SR. MESTE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINICIUS
-
Palavras do ministro Ricardo Salles, a quem, mais uma vez, agradecemos. Antes
de o deputado Frederico d'Ávila retomar a palavra, quero também registrar a
presença da Pryscilla Paiva, que é jornalista e meteorologista da Somar. Muito
obrigado à Pryscilla Paiva.
Neste
momento, retoma a palavra o deputado estadual, presidente desta sessão solene,
Frederico d'Ávila.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL -
Devido ao adiantado da hora e dos tantos bons oradores que me precederam aqui, queria
finalizar esta sessão solene antes do encerramento formal e dizer: Salles, meu
amigo, o mesmo orgulho que você tem lá no seu ministério, eu tenho de estar aqui,
junto com o Gil Diniz e toda a nossa aguerrida bancada do PSL, defendendo as
mesmas questões, só que aqui, em âmbito estadual.
Para
isso, nós contamos com queridos aliados, como o Conte Lopes, o Coronel Telhada,
que estava aqui conosco, e demais membros de outros partidos, colegas que
corroboram das mesmas linhas ideológicas que nós, ideologia, no bom sentido da
palavra, a ideologia que permite o trabalho, a produção e a geração de riqueza.
Quanto
ao que você disse, o nosso querido amigo presidente Jair Bolsonaro, ele tem que
falar, sim. A população não aguenta mais o politicamente correto, não aguenta
mais conversinha mole, risadinha, gracinha, dizer palavras com azeite para
falar o que de pior vai acontecer para a população. Não aguenta mais, tanto que
nós tivemos o presidente Jair Bolsonaro eleito lá, na esfera federal, e o
governador João Doria aqui. Quem ficou ensebando, não foi para lugar nenhum,
foi fulminado. (Palmas.)
Sobre
o que você diz também, querido amigo Ricardo Salles, esse pessoal lá de fora
fica querendo dar lição para a gente aqui. Realmente, eles deram uma lição. Quando
veio a colônia holandesa para o Brasil, a colônia alemã para o Brasil, a
colônia japonesa para o Brasil, a colônia italiana - tenho um integrante
legítimo no meu gabinete, Coronel Sardilli, de pai e mãe italianos -, eles nos
ensinaram tudo o que têm de bom: trabalhar a terra, sair de casa cedo, se
dedicar, alguns na agricultura, alguns na indústria metalmecânica por causa da
agricultura.
O
Sr. Shunji, a família Nishimura, que construiu a Jacto, começando, fazendo, era
regador de planta. A família Logemann começou fazendo arado em Horizontina, Rio
Grande do Sul. Tudo isso é o bom ensinamento. Com certeza, o Beber, lá em Santa
Catarina, deve ter começado em alguma dessas atividades.
Agora,
os mesmos, os parentes que ficaram lá, querem nos ensinar aqui o que nós
devemos fazer com a nossa atividade. Outro dia estive lá no Vale, semana
passada, com o Beber, produtor de banana. Para quem acha que a gente é
corajoso, planta quase mil hectares de banana, viu? Plantar mil hectares de
banana, vou te falar, não é fácil, não.
Mas
o Beber, me contando justamente do que o Ricardo Salles falou aqui agora,
pessoas que foram expulsas das suas casas, de onde nasceram, porque criaram um
parque que abrangia aquela área, depois que a pessoa já estava lá. E é isso que
nós falamos através de documentos oficiais. A Polícia Militar do coronel Salles,
está aqui a coronel Flávia, tem que se preocupar, na Polícia Rodoviária, de
pegar aquele criminoso que rouba defensivo, que rouba gado, que rouba trator.
A
Polícia Ambiental tem que se preocupar é com aquele fulano que está jogando,
como bem disse o ministro Ricardo Salles, dejeto no rio, com o posto de
gasolina que não tem os seus tanques de contenção revisados, aquelas várias,
várias e várias ligações de esgoto que não são tratadas.
A
Polícia Rodoviária, às vezes, fica parando aquele produtor que está com um
pouquinho de carga a mais. Não estou dizendo que ele está correndo, mas ele está
trabalhando. Hoje uma das coisas mais caras que tem no Brasil é o óleo diesel. Também
não está correto, tem certas pessoas que vão lá, cometem desmatamento,
supressão vegetal ilegal, tem que ser punido, está correto. Mas também esse
coitado desse agricultor tem o risco de ser roubado à noite, na sua propriedade
rural.
Defensivo,
hoje, coronel Flávia, coronel Salles, coronel Gasparian, que está aqui com o
nosso querido Choque, isso são quadrilhas, são quadrilhas especializadas, porque
uma caixa de defensivo agrícola hoje, por causa da questão ambiental do
descarte de embalagens, custa quatro, cinco mil reais. São quadrilhas
especializadas nisso, tem que pegar pesado. Como vocês sabem, melhor do que eu,
bandido não gosta de risco. Eles gostam de coisas de baixo risco e alta
lucratividade.
É
nisso que a Polícia Militar e a Polícia Civil, coronel Salles, têm que bater em
cima, porque isso aí é uma máquina, uma engrenagem financeira de baixo risco
para esse pessoal. Graças a Deus, nós fizemos aqui, na nossa região, um grupo
com o 54 BPM/I, com o CPI-7, com o 23, também, fazendo um grupo de segurança do
agronegócio, que tem sido muito eficiente.
A
polícia tem nos ajudado por causa da velocidade da informação, porque antes de
a gente ter a ferramenta dos aplicativos de mensagem, a gente não conseguia
falar a placa do veículo, a cor do trator, qual o lote do defensivo que foi furtado
ou foi roubado, e já estava em Minas Gerais, já estava no Mato Grosso, já estava
no Paraná, já tinha ido embora.
Eu
quero fazer um reconhecimento especial, mais do que eu faço desde que eu
conheço você como capitão, meu amigo Marcelo Vieira Salles. É dizer que a
polícia tem nos ajudado muito. Como você já me ensinou, Salles, uma vez, acho
que você não se lembra, você era capitão ainda, a Polícia Militar é que nem
jogo de futebol. A polícia joga com 11, não pode fazer falta, não pode pegar
com a mão, não pode dar carrinho no adversário. E o bandido vem com 15, tem
dois goleiros, faz carrinho, faz tudo, e a polícia tem que andar enquadrada,
dentro, às vezes, de legislação demasiadamente restritiva, como bem disse aqui,
ao longo de anos, empilhada por esse pessoal que o ministro Ricardo Salles
falou.
Creio
eu que o amigo Conte Lopes, que está dentro da Assembleia, viu esse filme
piorar e muito para o lado do policial civil ou militar. É ou não é, Conte? Então,
o Brasil está mudando, alinhamento celestial perfeito: presidente Bolsonaro, ministro
Moro, ministro Ricardo Salles, ministra Tereza Cristina, Alceu Moreira, enfim,
um alinhamento perfeito, João Doria aqui em São Paulo.
Nós
vamos ficar esperando a mula passar arriada, para depois ver o que vai
acontecer? Não, tem que tomar atitude é já. Essa maldição aí que vocês viram
dessa Rede Globo de Televisão, isso aí é uma praga para o Brasil. Depois que o Sr.
Roberto Marinho morreu, dia 6 de agosto de 2003, ficou na mão daqueles três
filhos “mamão” dele, que só vivem do que o pai construiu. (Palmas.)
Eu
estou falando isso também, Dr. Flávio, porque até fiz uma pequena listinha aqui.
Tem praças da TV Globo que são afiliadas, que vivem, exclusivamente ou 90%, por
causa do agronegócio. A Rede Paranaense de Comunicação - RPC; TV Morena, do
Mato Grosso do Sul; TV Grande Rio, em Pernambuco; TV Centro América, no Mato
Grosso; TV TEM, aqui em São Paulo; TV Bahia; Rede Anhanguera, esse pessoal não
aguenta mais ser afiliado da Rede Globo, de tanta reclamação que eles recebem.
A
loja de móvel, que vende mais móvel por causa da soja, é atacada por esse tipo
de coisa, e ainda vem gente achar graça naquele “Agro é pop”. Aquele “Agro é pop” é uma sem-vergonhice. É
uma safadeza da Rede Globo de Televisão, que quer anestesiar a gente, ministro
Roberto Rodrigues, no horário da propaganda, do Jornal Nacional, do Fantástico,
da novela que a mulher do agricultor está assistindo. Fala: “Olha, estão
parabenizando aí meu marido, olha que bom, coisa boa”.
Aí, no Jornal
Nacional, esculhambam o produtor. E no Cidades e Soluções, daquele “jornalistinha”
desqualificado, aquele André Trigueiro, esculhamba o produtor, coloca oito, dez
especialistas que não têm especialidade nenhuma. Como disse o deputado Conte
Lopes um dia aqui: “Se der uma enxada na mão do caboclo, é perigoso ele pegar
na lâmina e não no cabo.” É ou não é?
E esse pessoal
que quer ditar norma, como lá no Vale do Ribeira, do meu amigo Beber. Promotor
de Justiça, primeira coisa quando vê uma barata ou uma mosca é sair correndo
atrás de uma lata de Baygon, e que ensinar para o Beber como é que é para mexer
com a banana.
O Ministério
Público não é Poder, é órgão de controle. Poder somos nós: Legislativo,
Executivo e Judiciário. O Ministério Público fica mandando Polícia Militar entregar
ofício para produtor rural no meio do mato. Esses caras pensam que são quem?
Eles estão defendendo o interesse público de quem? Do País é que não é, porque
quem ganha 24 mil reais no arranque da carreira são eles.
O fulano saiu
da Academia Militar do Barro Branco como aspirante a oficial ganhando 4.500 reais.
Um menino desse aí entra no Ministério Público ganhando 24 mil reais de
arranque. Tem alguma coisa. Nem coronel da Polícia Militar não ganha 24 mil
reais, e, se ganhar, toma um facão do teto do governador. É ou não é, coronel
Salles?
Esse pessoal
acha que é quem? Não sabem nada. Como dizem no nosso interior, se soltar na
palhada, se perde, cobra pica, mata, sei lá. Então esse pessoal está achando
que nós estamos de brincadeira. Eu falei aqui. Eu, o presidente Bolsonaro, o
Conte Lopes, o Ricardo Salles, nós vamos até o fim. Porque o fácil é o que eu
fiz dois anos e meio atrás, que eu fui para o Paraguai. Lá é um paraíso.
Paraíso na terra. Tudo pode, índice de criminalidade, se você tirar a região de
Capitán Bado, você leva a índices europeus de homicídio.
O Paraguai tem índices
menores até do que São
Paulo: é 7,3 por 100 mil. Se você tirar região de Capitán Bado,
cai para três. Todo mundo anda armado, pode tudo, imposto de importação baixo,
qualidade de vida alta. Vão para o Paraguai, é muito mais fácil. Agora, não.
Nós nascemos aqui, nos criamos aqui, muitos vieram de fora, como a parte da
família da minha mãe, que veio da Europa, como muitos que estão aqui. Eu sou a
primeira geração no Brasil do lado da minha mãe. A família do meu pai, como bem
disse o Guilherme Coelho, veio de Pernambuco, e viemos aqui fazer as coisas
acontecerem. E não para ficar deixando esse pessoal que, há 34 anos e meio, ministro
Ricardo Salles, toma conta do Brasil.
Trinta e quatro
anos e meio. É bem certinho isso aí. É o empilhamento de todo o lixo que existe,
aconteceu nesses 34 anos e meio. Uns colocando um pouco, outros tirando, mas o
empilhamento ideológico foi feito nesses 34 anos e meio.
Por fim, eu
acho que nós vamos ter que começar a... Se esse pessoal não respeitar a gente, nós
vamos ter que começar a fazer que nem faz o presidente Trump. O que a Mercedes-Benz,
a Mann, a Siemens, o Rabobank, a Philips, a DLL, a L'Oréal, a Sanofi-Aventis, a
Peugeot, tem a ver com a gente, com a nossa atividade? Eu não tenho nada contra
eles não, zero, mas se o país deles continuar fazendo gracinha, como fizeram
várias vezes com o ministro Ricardo Salles na questão ambiental, nós vamos boicotar
eles sim.
Tem outras
empresas que fazem a mesma coisa, indianas, chinesas, japonesas, que não ficam
dando palpite aqui, como veio o embaixador da Noruega, o embaixador da Alemanha,
querer dar aula para o ministro Ricardo Salles. Uma nação que, há pouco mais de
60 anos, matava pessoas em câmaras de gás. Como é que pode uma coisa dessas? Dar
lição para quem? Para nós, a maior potência agrícola do mundo? Somos nós, de
norte a sul do Brasil. Não tem lugar aqui no Brasil que não tem uma atividade
agrícola pujante. Até no sertão de Pernambuco nós vemos atividade agrícola
pujante.
Nada disso, coronel
Salles, funciona sem segurança. Sem vocês, não funciona nada, porque nós não
somos nenhuma loja, nenhuma fábrica, nenhum “food truck”, que tem hoje em dia,
que a coisa complicou, a gente fecha a porta ou muda de lugar. É a nossa
indústria a céu aberto, e nós não temos como murar toda a nossa propriedade,
não temos como colocar guarda em tudo quanto é lugar. Nós precisamos de vocês,
e vocês são os melhores aqui da América Latina, Polícia Militar.
Todo dia aqui estamos
eu, o Major Mecca, o Gil Diniz, enfim, tantos outros colegas aqui, Tenente
Nascimento, Conte Lopes, Coronel Telhada, Delegado Olim, brigando todo dia para
melhorar a remuneração de vocês, que a gente sabe que está muito, muito, muito
aquém daquilo que vocês merecem, mas muito aquém mesmo.
Não adianta dar
viatura nova, bomba atômica, .50, e não dar salário. Isso aí é a base de todos
nós. Como falou o Marcos da Rosa aqui, para encher a barriga. Não é possível
que saia o promotor de Justiça ganhando 24 mil reais e um aluno oficial
aspirante do Barro Branco sai ganhando 4.500 reais líquido.
Isso é um absurdo
completo. Um vai escrever no ar condicionado, nada contra. O outro, no dia
seguinte, vai estar tomando tiro na rua. Que país é esse? E se dá tiro no outro,
né, Conte? Hoje em dia, o seguinte, né? Hoje você entra em uma resistência...
Não é que nem no seu tempo, que o pessoal vinha em pé ou deitado. O senhor
escolhia como é que vinha, em pé ou deitado.
Hoje em dia, se
trouxer deitado, é só problema. Se trouxer em pé, vai dizer que foi torturado, e
o policial que entrou na resistência vai sair muito depois da Corregedoria do
que o bandido vai sair da delegacia. Tem alguma coisa errada. Falou aqui o
ministro Ricardo Salles. Isso aí é uma das pontas do nosso iceberg. (Palmas.)
Como disse o
presidente Bolsonaro, nós é que temos que dar a lição para esse pessoal de fora,
e não eles virem aqui querer ensinar para a gente como é que a gente deve
dirigir o nosso País. Nós temos é que corrigir. Eu lembro muito, na campanha, o
presidente Bolsonaro, à época deputado, falando: “Frederico, nós temos muito é que
desfazer coisas”.
Desfazer. Tanto
lixo que foi feito, construído, empilhado, dado como verdades absolutas, que
nós temos que destruir, extirpar, que nem bicudo no algodão, Priscila, não pode
ter. Percevejo em lavoura de semente de soja, não pode ter. Sigatoka na banana,
não pode ter. Pinta preta, não pode ter. Não pode ter. O padre está ali. Capeta
na igreja, não pode ter também. Não pode.
Então, não dá.
Para finalizar, dizer, aqui, dos meus queridos amigos aqui, que estão tantos
presentes. Duarte Nogueira, Nei Carvalho, Wellington, Tiago, enfim, tantos
queridos amigos que estão aqui. Dizer que, se depender de mim - viu Priscila,
agora é para a Aspipp - não vai ter hidrômetro para porcaria nenhuma de
irrigação. Isso é um absurdo completo. Isso é um absurdo.
Para vocês terem
uma ideia, o governador, que não vou citar o nome, que esteve alguns meses na
cadeira, fez uma portaria para colocar hidrômetro, igual ao que a gente tem em
casa, da Sabesp, para medir a água que o próprio produtor armazenou. Qual que é
a pegadinha disso aí? É que nem botar taxímetro no carro dos senhores, do
próprio carro particular. Para medir o quê? Para amanhã você ser cobrado.
Viu,
secretário? Então, já falei para o secretário Gustavo, falei com o secretário
Penido. Não tem acordo com isso aí. Não vai por hidrômetro porcaria... Comigo
não vai colocar. Dependendo do ministro Ricardo Salles, também creio que não
vai colocar, e do ministro Bento Albuquerque, também não vai colocar. O
deputado Guilherme Coelho está ali e sabe muito bem.
Os projetos do
Vale do São Francisco, o Estado levou a água até a porta do produtor. Ele tem o
direito de cobrar aquilo. Ele levou uma obra lá. Agora, não é possível você
armazenar água na sua propriedade às suas expensas, leva a eletricidade às suas
expensas, coloca equipamento de irrigação às suas expensas e vem o beleza do
governo querer que você faça relatório para o DAEE, para mandar todo dia até 10
horas da manhã, que é o que está na portaria.
Isso é esculhambação.
Estão pensando o quê? Que produtor não tem mais o que fazer? Já vive com um
monte de problema. Bandido na porta da propriedade, variação do dólar, problema
ambiental. O pessoal do Vale do Ribeira lá prefere - desculpa, padre, de novo -
ver o capeta, mas não quer ver o promotor de Justiça, porque a única coisa que
ele promove é a injustiça. Eles quase têm que rezar lá para terem o direito de
produzir.
Está aqui o
prefeito, meu amigo prefeito, meu amigo, da capital do agronegócio brasileiro, Ribeirão
Preto, capital da Agrishow. Ali é uma realidade. Nem que todos os promotores de
Ribeirão Preto queiram atormentar a vida do produtor, não conseguem, porque é
demais. Agora, lá no Vale, como tem um produtor aqui e outro ali, eles vão e
perseguem os produtores. Ainda vêm aqui na Assembleia pedir mais 400 vagas,
para promover a injustiça.
Não estou
generalizando. Tenho vários amigos promotores fantásticos, mas, infelizmente, esse órgão de controle foi
tomado, ao longo desses 35 anos, por esse pessoal que não tem o menor
compromisso com a produção, e não tem menor interesse que o Brasil se
desenvolva e enriqueça. Assim como as ONGs, que o ministro falou aqui.
Essas ONGs usam
de pano de fundo a questão ambiental, mas, por trás delas tem uma questão
econômica muito maior, e que não têm o menor interesse que o Brasil se
desenvolva.
Então, meu
abraço a todos. Obrigado pela presença até esse adiantado da hora. Todas as
autoridades aqui presentes, e, também, mais uma vez, coronel Salles, obrigado
pela sua presença e de todos os demais membros da Polícia Militar, e lembrar,
mais uma vez. Sem vocês, nós não conseguimos fazer absolutamente nada.
Parabéns pelo
que vocês fazem até o momento e, mais uma vez, olhem pelo produtor. É pouca
gente, mas, como disse o Marcos da Rosa, é o que enche a barriga e veste todo
mundo.
Obrigado. Boa
noite a todos. (Palmas)
Cumprindo, aqui,
as direções aqui do nosso Cerimonial. Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência
agradece as autoridades aqui presentes; a minha equipe, do meu gabinete; os
funcionários do Som; da Taquigrafia; de Atas; o Cerimonial da Assembleia
Legislativa; SGP; a Imprensa da Casa, da TV Alesp e as assessorias da Polícia
Militar e Civil, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o
pleno êxito desta solenidade.
Está encerrada esta
sessão.
* * *
-
Encerra-se a sessão às 23 horas e dois minutos.
* * *