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14 DE JUNHO DE 2019

63ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, GIL DINIZ e MAJOR MECCA

 

Secretaria: GIL DINIZ

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca os Srs. Deputados para uma reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos das Mulheres, e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se na próxima terça-feira, às 15 horas e 30 minutos, no plenário Tiradentes, para apreciar o PL 435/19.

 

2 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

3 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, anuncia a presença do vereador Antonio, conhecido como Toninho Amizade, da Câmara Municipal de Jandira.

 

4 - CORONEL TELHADA

Critica comportamento do governador João Doria em reunião com comandantes da Polícia Militar, em que o Sr. Governador chamou a atenção do coronel Castilho, chefe de Inteligência da Polícia Militar, tendo divulgado o fato através de vídeo nas redes sociais. Pede respeito aos policiais militares. Defende que o governador João Doria se desculpe com os policiais militares em relação a esta situação.

 

5 - DOUGLAS GARCIA

Critica decisão do Supremo Tribunal Federal, que permitiu a criminalização da homofobia. Considera que esta decisão caberia ao Poder Legislativo.

 

6 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

7 - GIL DINIZ

Informa sua visita ao Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, a convite da deputada Edna Macedo. Defende impeachment de membros do Supremo Tribunal Federal. Faz críticas à postura do Sr. Governador por ter chamado a atenção de coronel em reunião de comandantes da Polícia Militar.

 

8 - MAJOR MECCA

Pede respeito ao governador João Doria em relação aos policiais militares. Critica atitude do governador em chamar a atenção de coronel da Polícia Militar durante reunião com comandantes, em quartel. Explica que o coronel estava utilizando o celular durante a reunião para produzir a ata do evento, de acordo com as ordens do coronel Marcelo Vieira Salles, comandante-geral da Polícia Militar. Defende reajuste salarial aos policiais militares.

 

9 - JANAINA PASCHOAL

Registra seu voto contrário ao projeto que liberou a bebida alcoólica nos estádios de futebol, aprovado nesta Casa, ontem. Apresenta vídeo de pediatra neonatal em defesa do PL 435/19, de sua autoria.

 

10 - VINÍCIUS CAMARINHA

Comemora o início da deliberação de projetos de lei de autoria parlamentar nesta Casa no dia de ontem. Destaca a aprovação de projeto de lei, de autoria do deputado Rafael Silva, que propõe a existência de cardápios em braile em restaurantes, e projeto de lei, de autoria do deputado Sargento Neri, que estabelece critérios para pensão de dependentes de policiais militares mortos em serviço. Defende a aprovação de matéria, de sua autoria, que propõe medidas a favor da segurança nas escolas da rede estadual de ensino.

 

11 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

12 - CORONEL TELHADA

Lembra o aniversário do município de Piquete no próximo sábado e dos municípios de Piracaia, Bariri e Salto no próximo domingo. Destaca sua presença em sessão solene em homenagem à Marinha do Brasil e aos 154 anos da Batalha Naval do Riachuelo, no 2º encontro das carreiras policiais do estado de São Paulo, e em evento do deputado coronel Nishikawa sobre o Parlamento Mundial de Segurança e Paz. Informa que votou contrariamente à projeto de lei que permite bebidas alcoólicas em estádios de futebol, aprovado nesta Casa. Apresenta vídeo de ocorrência em que indivíduo com problemas mentais fere tenente da Polícia Militar, em Mogi das Cruzes. Critica fala de deputada estadual do PSOL Talíria Petrone no Rio de Janeiro sobre o suicídio de policiais militares. Justifica projeto de lei, de sua autoria, que cria o Dia do Heavy Metal em 08/06, data da morte do músico André Matos.

 

13 - DOUGLAS GARCIA

Considera que a greve geral marcada para hoje, dia 14/06, fracassou. Critica os métodos utilizados na paralisação, que considera violentos. Destaca que a deputada estadual Professora Bebel Lula está presente nesta Casa. Defende o direito de ir e vir. Defende a privatização de todas as linhas do Metrô.

 

14 - TENENTE NASCIMENTO

Critica comportamento do governador João Doria em relação a coronel da Polícia Militar durante reunião de comandantes. Convida a todos para sessão solene, a realizar-se hoje, às 20 horas, nesta Casa, em "Comemoração aos 108 anos do Dia da Assembleia de Deus". Defende a aprovação do PL 435/19, de autoria da deputada Janaina Paschoal. Manifesta-se contrariamente a projeto de lei aprovado nesta Casa que permite a liberação de bebidas alcoólicas em estádios.

 

GRANDE EXPEDIENTE

15 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, critica o posicionamento da deputada federal Talíria Petrone em relação ao PL 435/19.

 

16 - TENENTE NASCIMENTO

Para comunicação, anuncia a presença do deputado federal Cezinha de Madureira nesta Casa.

 

17 - JANAINA PASCHOAL

Apresenta vídeo de médico obstetra em defesa do PL 435/19, de sua autoria. Lembra sua atuação na Secretaria de Segurança Pública no passado. Faz críticas à dissociação dos partos a evidências científicas.

 

18 - GIL DINIZ

Critica a postura do governador João Doria em relação aos policiais militares. Critica fala da deputada federal Talíria Petrone sobre suicídios entre policiais militares. Repudia os ministros do Supremo Tribunal Federal por decisão que definiu a criminalização da homofobia. Comunica que processou a revista Istoé por matéria que o associou ao Partido da Causa Operária. Relata que seu pai foi destratado por funcionária de posto de saúde, no bairro de São Mateus.

 

19 - TENENTE NASCIMENTO

Para comunicação, cumprimenta e parabeniza os trabalhadores que se esforçaram para chegar ao trabalho no dia de hoje, com greve geral marcada.

 

20 - CORONEL TELHADA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

21 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defere o pedido. Lembra a realização de sessão solene, hoje, às 20 horas, para a "Comemoração do Dia da Assembleia de Deus". Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 17/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Gil Diniz para ler a resenha do expediente.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Indicação do nobre deputado Sebastião Santos: “Indico, nos termos regimentais, ao Exmo. Sr. Governador, a liberação de recursos para custeio da Santa Casa de Cravinhos”.

Indicação da nobre deputada Leticia Aguiar, que indica ao Sr. Governador João Doria que execute a reforma completa na Escola Estadual Professora Elídia Tedesco de Oliveira, localizada em São José dos Campos. Está lida a resenha, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Antes de iniciarmos o Pequeno Expediente, eu quero fazer uma convocação.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta da Comissão de Constituição, Justiça e Redação; da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres e da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, que realizar-se-á na terça-feira próxima, dia 18 de junho, às 15 horas e 30 minutos, no plenário Tiradentes, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 435/2019, de autoria da nobre deputada Janaina Paschoal.

Oradores inscritos: deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.)

Solicito ao nobre deputado Gil Diniz que assuma a Presidência dos trabalhos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Apenas para apresentar o nobre vereador Antonio, da cidade de Jandira, que está nos visitando na data de hoje, também conhecido como Toninho do Bairro. Muito obrigado pela sua presença.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Seja bem-vindo, nobre vereador Toninho do Bairro. Chamamos à tribuna o nobre deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada, o senhor tem o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, Srs. Deputados, assessores, funcionários presentes e os demais que nos assistem pela TV Assembleia, os que estão nos gabinetes, quero, na figura do Cabo Dallo, cumprimentar toda a assessoria Policial Militar. Srs. Deputados, eu sou conhecido porque sou uma pessoa que procura apaziguar as coisas.

Eu não sou de ficar provocando intriga, muito menos ofendendo as pessoas. Às vezes se o faço é sem propósito, sempre que posso me desculpo. Mas eu não posso deixar de comentar hoje um ato muito triste e até desnecessário de má educação ocorrido ontem no Quartel General da Polícia Militar, onde estava sendo realizada uma reunião com os coronéis comandantes da Polícia Militar com o Sr. Governador, e aquela reunião sendo filmada também pelo Sr. Governador, pela equipe dele.

Essa filmagem depois correu toda a rede social, quando, em determinado momento, o governador chamou a atenção publicamente de um oficial da Polícia Militar, de um coronel da Polícia Militar, mais precisamente o coronel Castilho - que é o chefe da Inteligência da Polícia Militar -, de uma maneira mal educada e desnecessária.

O coronel Castilho ficou em uma situação difícil, porque não só foi filmado isso como foi colocado na rede social. Desnecessário. Foi feito ao vivo e depois replicado em toda a rede social, deixando bem claro a falta de educação da parte do Sr. Governador.

Eu sou militar desde os 17 anos. Eu e o Mecca somos militares, o Gil esteve na PM também por dois anos, e nós aprendemos na Academia do Barro Branco que a primeira coisa é a educação. Às vezes alguns colegas nossos não são assim, não é, Mecca? Alguns colegas nossos extrapolam também, mas a primeira coisa que nós aprendemos é educação, tratar as pessoas da melhor maneira possível. O policial militar tem isto como norma: tratar as pessoas da melhor maneira possível.

Então, o que aconteceu ontem, além de falta de educação, foi uma situação vexatória não para o coronel, mas para o Sr. Governador, porquanto mostrou uma imagem terrível para um chefe de um estado do tamanho de São Paulo. Outro dia aconteceu a mesma coisa aqui com o Major Mecca, em que também foi feita a mesma situação e colocada na rede social.

Eu estou aqui tranquilamente falando isso, porque eu mandei um recado para o Sr. Governador de que eu falaria isso. É uma situação totalmente desnecessária, inconveniente e triste ver um policial militar, independentemente de ser coronel ou soldado... Seja quem for o policial militar, nós temos que ser tratados com respeito. Nós já não somos tratados com a devida valorização por parte do governo, e agora, infelizmente, nós vemos uma falta de tratamento pessoal por parte do Sr. Governador.

Eu entendo. Se fosse eu, com certeza eu marcaria uma reunião com todo o alto comando da Polícia hoje ou na primeira oportunidade e me desculparia, porque aquilo foi totalmente desnecessário, principalmente porque o coronel Castilho, que foi o oficial chamado a atenção, não estava desatento. Ele estava justamente cumprindo uma ordem do comandante geral, que era fazer a ata da reunião, porque nós, policiais militares, em todas as reuniões que frequentamos, fazemos ata da reunião, e justamente o coronel que estava com aquela missão era o coronel Castilho, que estava anotando justamente o que o Sr. Governador estava fazendo.

 Então, talvez por um descuido ou por uma má interpretação, o Sr. Governador tenha feito isso. Agora que tenha, portanto, a hombridade, a educação de chamar novamente os oficiais e, em público, colocando na rede social, se desculpar com o coronel Castilho e com os demais oficiais da Polícia Militar.

Nós sabemos que a reunião, segundo conversei com o coronel Sales, foi uma reunião proveitosa no sentido de várias valorizações que o governador pretende fazer. Estamos aguardando um reajuste salarial, uma valorização salarial, um apoio total ao serviço das Polícias, mas, infelizmente, o que rodou na rede social, coronel Mecca, deputado Douglas, deputado Gil, foi justamente a ação muito mal educada do Sr. Governador.

Eu, como oficial da Polícia Militar, como policial militar, me senti ofendido. Como cidadão, eu me senti ofendido, e a rede social perguntou: “Poxa vida, se ele trata um coronel assim, como é que ele vai tratar o cabo, o soldado, o sargento, o tenente?”.

Então, Sr. Governador, o senhor sabe da consideração que eu tenho por Vossa Excelência. Aqui vai um toque: reúna a Polícia Militar e se desculpe, porque ficou uma situação muito difícil, muito triste, e nós não esperamos isso de um chefe de estado. Nós esperamos a devida valorização, o devido reconhecimento e a devida educação pela qual nós trabalhamos e pela qual nós somos leais ao governo.

 Então, é uma pena nós vermos uma situação dessas, principalmente em rede social, que faz com que nós, policiais militares, e nós, policiais em geral... Acho que a Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica, as próprias Guardas Civis e as Forças Armadas - nós, das forças de Segurança -, nos sentimos ofendidos, porque nós trabalhamos com dedicação. Muitos de nós já sacrificaram a vida em prol da sociedade, e nós não merecemos ser tratados dessa maneira.

Portanto, nós aguardamos que seja feita uma desculpa em público, porque é o mínimo que V. Exa. pode fazer. Eu solicito, Sr. Presidente, que as minhas palavras sejam encaminhadas, por gentileza, ao Sr. Governador do Estado, o Sr. João Doria. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Obrigado, Sr. Deputado. Será encaminhado, nos termos regimentais.

Com a palavra a nobre deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Nobre deputado Douglas Garcia. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde, Sr. Presidente, caros pares aqui presentes, todos os servidores da Assembleia Legislativa, público que nos assiste aqui na galeria e da TV Alesp.

Sr. Presidente, é com muita tristeza que eu subo aqui nesta tribuna para dizer que, ontem, tivemos o ativismo judicial se concretizando na sua maior escala. Infelizmente, o Supremo Tribunal Federal acha que ele é uma casa legislativa. A Suprema Corte brasileira acha que é deputado federal, que é senador da República, que é vereador. Pensam que foram eleitos pelo povo para poder legislar.

Ontem, o Supremo decidiu, de forma análoga, fazer com que a homofobia seja considerada como crime de racismo. Mas não pensem os senhores que eles irão considerar a homofobia como sendo a agressão ao homossexual. Não. Não.

O que aconteceu, ontem, no Supremo, foi a criminalização da opinião. Se você é contra a ideologia de gênero, você pode ser processado. Se você é contra alguns princípios cristãos que não aceitam, por exemplo, casamento gay dentro da igreja, você pode ser processado: padre, pastor, todo mundo nessa linha. Se você for contra aquelas pessoas que vão até a Avenida Paulista ou qualquer outro canto público, pegam um crucifixo e introduzem em cantos que eu não posso dizer porque o decoro parlamentar não me permite, aí você vai ser considerado homofóbico.

Por quê? Porque o STF decidiu, por uma decisão completamente equivocada, que caberia a uma casa legislativa, e não à Suprema Corte brasileira fazer, considerar a homofobia como se fosse crime de racismo, análogo ao crime de racismo.

Senhores, tudo o que a bancada de esquerda não consegue no Congresso Nacional, nas assembleias legislativas ou nas câmaras municipais, eles vão chorar para a Suprema Corte, eles vão chorar para o STF.

Não conseguiram derrubar o voto impresso, “ai meu Deus do Céu, vamos aqui protocolar uma ação no STF”. Conseguiram derrubar o voto impresso, que dentro de uma casa com mais de 500 parlamentares, mais o Senado da República, não tem mais poder do que o STF. Não consegue decidir mais. Como diz a Dra. Janaina Paschoal, o Poder Legislativo é o poder dos poderes, e tem menos poder do que o STF, eles podem decidir tudo, absolutamente tudo.

Vamos criminalizar a homofobia, vamos descriminalizar o aborto, vamos criminalizar as drogas, vamos fazer de tudo. Por quê? Porque nós 11 temos total poder sobre a população. Não fomos escolhidos por absolutamente ninguém, mas temos total poder para decidir que o aborto deve ser legalizado, que as drogas devem ser legalizadas, que a homofobia vai virar crime.

Para que existe a Assembleia Legislativa? Para que existe o Congresso Nacional? Para que existem deputados? Para que existem senadores? Quando temos 11 ministros que se acham acima da Constituição. Não são guardiões da Constituição porque estão transgredindo a Constituição. Estão pisando na Constituição, estão rasgando a Constituição. O STF é uma vergonha para a população brasileira. Uma vergonha para todos nós.

Ministros do Supremo Tribunal Federal, os senhores não têm poder para legislar. Se quiserem legislar, se candidatem, virem deputados, virem senadores. Venham a uma tribuna, coloquem as suas ideias, façam acordos políticos para conseguir fazer os seus projetos irem para frente, mas não decidam da forma com que decidiram, porque isso não tem legitimidade nenhuma. Os senhores não têm poder para fazer isso. A Constituição não permite.

Agora nós temos a opinião sendo criminalizada através da decisão de 11 ministros. Isso vai criar precedentes e mais precedentes que só vão prejudicar a vida de quem? Da classe média, da classe alta, da elite intelectual? Não. Dos pobres, que costumam todo santo dia fazer uma piada, fazer outra piada, conversar com o amigão que está dentro do ônibus. Agora, se alguém ouvir alguma coisa e achar que aquilo foi homofobia, pronto, leva um processo. 

A que tempos nós estamos chegando? Chegou o tempo da censura. Para concluir, Sr. Presidente. Chegou o tempo da censura. Tanto foi, palavras, palavras... Ditadura gay. Nós estamos chegando ao ponto de uma ditadura gay. 

Por quê? Através do ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal, que não tem competência para decidir, está transgredindo a Constituição, está pisando em cima dos demais poderes, está cuspindo na cara da população e dizendo que o Congresso Nacional não tem força para absolutamente nada. Isso é um absurdo.

Eu espero que o Congresso venha a fazer algo contra isso. Eu espero que o Congresso venha a agir, porque os ministros do Supremo Tribunal Federal precisam ter um limite.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado é o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputada Beth Lula Sahão. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde, toda a Mesa, público que nos assiste aqui do plenário, pela TV Assembleia, deputados presentes aqui, assessores, nossos policiais militares e policiais civis.

Sr. Presidente, queria agradecer hoje o convite da deputada Edna Macedo, que nos levou ao Templo de Salomão, ali na Celso Garcia. É um monumento, Major Mecca, incrível. Acredito que o senhor já tenha visitado. Quem ainda não foi, é uma aula de história. Para o povo cristão, acredito que você vai ver, em monumentos, a história da Bíblia Sagrada, Douglas Garcia.

A deputada Edna me presenteou também com um exemplar da Bíblia Sagrada. Eu vou deixar no gabinete. Agradeço muito também. Tenho as minhas bíblias de estudo. Sou católico apostólico romano, mas tenho todo o respeito pelos irmãos evangélicos.

Hoje aqui a Casa vai ter uma sessão solene em homenagem à Assembleia de Deus. É bom que os cristãos se organizem, inclusive, Douglas, politicamente, para evitar esse tipo de abuso, esse tipo de absurdo que vem sido cometido pelo Supremo Tribunal Federal. Vou falar disso posteriormente, mas acredito que um bom início é dando um impeachment em algum daqueles onze. Tem que ter um freio. Não é possível.

Coronel Telhada, faço minhas as suas palavras quanto ao Sr. Governador. Vou pedir para o pessoal da técnica soltar o vídeo, por gentileza.

 

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- É exibido vídeo.

 

* * *

 

Pergunto a vocês, policiais militares, que seguem aí, Major Mecca, o RDPM, a hierarquia e disciplina. Um coronel “full” podia responder alguma coisa ali ao governador? Não, não podia sequer responder, até por respeito ao governador. Eu acredito, como o deputado Coronel Telhada falou aqui, que não foi desatenção, não foi falta de respeito. Ele estava utilizando o seu celular, porque ele tinha uma função ali dentro da reunião. 

“Não use o celular enquanto seu governador estiver falando”. Que arrogância, Sr. Governador, que prepotência. E é verdade, se dentro do quartel do comando-geral, em uma reunião dos oficiais superiores, o senhor trata um coronel com essas palavras, dessa maneira, imagina um soldado. Imagina um cidadão comum do nosso Estado. E não é a primeira vez. Os deputados desta Casa sabem que deputados nossos já foram tratados da mesma maneira. E nem falo do caso do Major Mecca, do qual nós já viemos à tribuna falar também. Mas outro caso de falta de respeito.

Que isso? Como assim? Ele é o governador, nós devemos respeito; mas ele deve respeitar também. Chamar atenção, daquela forma, daquela maneira... Vinte segundos de silêncio ali. O coronel teria colocado o celular no bolso. Se estivesse utilizando para outras coisas que não para aquela reunião... Então, Sr. Governador, um pouco de sensibilidade. Major Mecca, essa transmissão era no Instagram do Sr. Governador. A transmissão estava na página oficial do Sr. Governador. E ele destrata assim um coronel da Polícia Militar.

Olha, eu nunca tinha visto algo dessa natureza. Eu nunca tinha visto a falta de respeito de um governador com um deputado dentro dessa Assembleia. Então, fica difícil, governador. Fica muito difícil. Nós lhe devemos respeito. As forças de Segurança o respeitam. Mas trate com respeito também. E, como o Coronel Telhada falou: venha a público, peça desculpa. É um ato nobre pedir desculpa ao coronel de Polícia Militar. E, por favor, trate com mais respeito os nossos policiais militares e civis. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. A próxima deputada é a deputada Carla Morando.

Encerrada a lista, vamos para a Lista Suplementar. Primeiro deputado é o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) O próximo que não falou ainda é o Major Mecca. Major Mecca, V. Exa. tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde ao Sr. Presidente, à Mesa, aos nossos funcionários da Alesp, aos nossos amigos da galeria. Respeito. Vamos falar sobre respeito, que é algo que o governador João Doria não tem pela polícia. Os senhores sabem há quantos anos nós policiais somos desrespeitados no estado de São Paulo? Há mais de 24 anos. É que agora sai na rede social. Eles, agora, perderam toda a vergonha e perderam todo o escrúpulo em relação a nós, policiais.

É feito um evento dentro do quartel do Comando Geral. O governador é recebido com todo o respeito, com toda a pompa de chefe de estado, com continências, guarda formada. E ele se dirige a um policial militar dessa forma: “desliga o seu celular, que o governador está falando”. Toma atitude, governador! Cadê o aumento que você falou que ia dar e não deu? Dia primeiro de março foi a data-base. Como que nós vamos acreditar num homem como você, que não respeita um policial militar?

E todo mundo sabe que não foi só com o coronel, não. Porque não existe mais segredo no mundo. Todo mundo sabe como você trata o soldado, como você trata o cabo. E chegou ao seu conhecimento uma mensagem que eu mandei àqueles policiais - Coronel Telhada, Gil Diniz e todos os deputados que estão aqui - que trocaram tiro em Guararema, expuseram sua vida. Foram levados lá para um “Policial Nota 10”. Não foram nem citados, e o policial mandou uma mensagem: “comandante, ficamos três horas em pé, e nem um copo de água serviram”. E a mensagem chegou para o senhor. Eu sei que o senhor leu. “É, não é bem assim”.

Hoje, nós temos voz aqui na tribuna para falar e cobrar as suas promessas. Um gestor, que fez um programa de governo falando que ia colocar a Polícia Militar como uma das mais bem pagas, logo no início do governo, e está nos enrolando até agora. Que programa de governo é esse? Foi feito por quem? Foi feito no papel de pão, sentado na calçada? “Faz rápido, porque precisa entregar”.

E a transição de governo, que o senhor falou que não era mais promessa de campanha, era compromisso de governo, e até agora nada? O senhor não respeita os policiais de São Paulo, não respeita, e todos aqueles coronéis que estavam naquela sala estão extremamente indignados com o comportamento do senhor.

A Polícia de São Paulo proporciona os melhores indicadores do Brasil. Sabia que aquele telefone poderia ter tocado porque um policial militar acabara de praticar um suicídio? O senhor sabia que, de janeiro de 2018 para cá, um policial se mata por semana? O senhor sabia que um policial, que um oficial passa 24 horas por dia com seu celular ligado, e duas, três horas da manhã...

Como eu já liguei para o senhor, comandante, porque estava tendo tiroteio em Parada de Taipas, e o senhor foi para lá, duas e meia da manhã. Porque um comandante de Polícia não desliga o seu celular, porque ele tem que apoiar a sua tropa. E vou falar ao senhor, a tropa inteira está indignada, porque o soldado não aceita que o seu comandante, o seu líder seja desrespeitado, e o coronel Salles, na sequência, falou para o senhor: “ele tá cumprindo uma missão minha, que é elaborar ata”.

O senhor não tem a humildade de se desculpar para o oficial ao qual o senhor agrediu e ofendeu na rede social. Quer dar publicidade? Falar que o senhor é o quê? Que o senhor é bravo? Bravos são esses policiais, que trocam tiro com uma .40 que pouco funciona, e o ladrão com fuzil, com granada, carro blindado, colete. Mas o policial está lá, trocando tiro.

Vai conhecer a atividade da Polícia, antes de nos menosprezar dentro de um quartel. Vai saber o que nós fazemos, porque o senhor não sabe o que nós fazemos, não tem a noção do que é ser um policial, o que está passando a família policial, com policiais praticando suicídio, com um número de separação conjugal fora do comum. Policial entra na embriaguez porque perde a família. O senhor é um desrespeitoso. Volta para a escola.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, senhor deputado. Próxima deputada é a deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Para encaminhar as minhas palavras da tribuna ao Sr. Governador.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Então, solicito à nossa assessoria que também, além das minhas palavras, encaminhe as palavras do deputado Gil Diniz e também do deputado Coronel Mecca. Que os três discursos sejam encaminhados ao Sr. Governador do estado. Deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Muito respeitosamente a todos os colegas que votaram favoravelmente ao projeto que liberou a venda do álcool nos estádios, eu registro aqui meu voto contrário. Já fiz por escrito também. Faço isso respeitosamente aos colegas, e solicito aos colegas que trabalham aqui conosco que, por favor, veiculem um vídeo.

Eu estou sendo acusada de apresentar um projeto para permitir às mulheres escolherem a cesariana sem respaldo médico, sem respaldo da comunidade científica. Então, eu tomo a liberdade de trazer alguns depoimentos aqui hoje. Seguirei fazendo assim nos próximos dias. Por favor.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Obrigada, presidente.     

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada.

O próximo deputado é o deputado Vinícius Camarinha, que se encontra a caminho do plenário, ou melhor, da tribuna, que no plenário ele já está.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Coronel telhada, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, público que nos acompanha aqui na Casa; presidente, eu gostaria de cumprimentar todos os colegas deputados, funcionários desta Casa por ontem nós iniciarmos a pauta de projeto de deputados. Vossa Excelência, se não me engano, estava aqui na Casa, ontem, o deputado Gil também estava, a deputada Janaina também estava na Casa ontem, e nós finalmente conseguimos iniciar a pauta de projeto de deputados.

O deputado Gil Diniz certamente tem o seu projeto prioritário aqui na Casa, a deputada Janaina já tem o seu projeto prioritário, que está sendo debatido, aliás, com uma repercussão enorme, e eu acho isso produtivo, eu acho isso importante. Eu acho que esse debate fortalece a democracia, esclarece as pessoas, e esta Casa está cumprindo o seu papel, que é de legislar. Esta Casa não pode, Sr. Presidente, deputada Janaina, deputado Gil Diniz, líder do PSL, servir apenas para homologar ou não projetos do Governo do Estado. Cabe a nós aqui, deputados, que têm em diversas bancadas uma trajetória de vida, experiência, convicções, sabedoria, e que chegou aqui, deputada, para poder colaborar com a sociedade, para poder passar e escrever aqui o seu projeto de lei. E eu quero aqui cumprimentar e agradecer o apoio de todos, porque me dispus a coordenar esse projeto de organização de projeto de deputados. E ontem eu fiquei satisfeito de nós iniciarmos essa votação.

O deputado da minha bancada, deputado Rafael Silva, trouxe uma colaboração fantástica para os deficientes visuais, garantindo o direito da dignidade humana de chegar a um restaurante, de chegar a um bar, ou de chegar a qualquer fast food e ter o cardápio em Braille. E ele fez aqui, V. Exas. se lembram, o próprio deputado Rafael Silva fez um desabafo aqui emocionante, dizendo da dificuldade de um deficiente visual chegar a um restaurante ou a qualquer estabelecimento comercial e ter que pedir ao seu semelhante para que leia o cardápio, ou ao garçom.

São projetos como esse, Sr. Presidente, que dignificam o nosso mandato, que faz a política pública com “P" maiúsculo, que faz dos nossos mandatos, deputado Gil Diniz, um mandato realizador que possa valer a pena. O deputado Sargento Neri aqui também aprovou um projeto de suma importância para a Polícia Militar. Eu não sabia que quando um policial militar falece em combate, a viúva, ou o seu dependente, demora até, às vezes, um ano para receber a pensão. Às vezes a família é dependente do salário, Coronel Telhada, V. Exa. que conhece o tema, o deputado Gil Diniz também e o Major Mecca também. A família do policial fica meses para receber o benefício previdenciário e o projeto do deputado Sargento Neri corrige essa distorção, obrigando o estado, de imediato, a fazer o pagamento desses direitos do trabalhador, do policial militar. As contas, todos os meses, evidentemente, chegam. Isso traz, além da tragédia psicológica, uma tragédia financeira para a família.

E projetos que devem ser pautados, devem ser discutidos. Nós estamos vendo um grande debate na grande imprensa sobre a questão das escolas estaduais. As escolas estaduais, infelizmente, e não é por má vontade de seus funcionários, estão praticamente em um cenário catastrófico hoje. Não ensinam o que deveriam ensinar e agora estamos vendo uma profunda hostilidade e violência dentro de sala de aula contra os profissionais de ensino, contra o professor, contra a professora.

Coincidentemente, protocolei um projeto no começo do nosso mandato, que inclusive recebeu parecer favorável da deputada Janaina Paschoal na Comissão de Constituição e Justiça, que disciplina e cria um programa de segurança escolar, com porteiros, zeladoria na escola, aproveitando policiais militares da reserva. É a sugestão que nós fizemos no projeto. Cria programas de comunicação e inter-relação entre a escola e a comunidade, cria programa de psicólogos para os alunos que possuem, por vezes, problemas de indisciplina dentro da escola.

Então, nós, como legisladores, precisamos acompanhar os acontecimentos da sociedade. Se nós não tivermos a oportunidade de pautar os projetos, não teremos condições de dar o respaldo de que a sociedade precisa. E foi ela que nos pôs aqui. Foi o povo paulista que nos pôs aqui para justamente darmos uma satisfação, ao mínimo, de acompanhamento de leis que possam garantir uma vida melhor ao povo de São Paulo.

Então, queria cumprimentar o Parlamento e cumprimentar o presidente Cauê Macris, pois é ele que tem a prerrogativa de, nas extraordinárias, pautar os projetos. E ele, convencido, iniciou a pauta de projetos de deputados. Quero dizer aqui do meu entusiasmo, da minha satisfação e cumprimentar todos os colegas, todos os deputados, que têm projetos maravilhosos e que muito colaborarão com o estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

 

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Assumindo os trabalhos e dando continuidade à lista de oradores, chamamos o nobre deputado estadual Coronel Telhada para uso regimental de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Presidente. Retornando a esta tribuna, quero fazer ciência à Casa, como eu sempre cumprimento as cidades aniversariantes, que, no próximo final de semana teremos, aniversariando no próximo sábado, a cidade de Piquete. A cidade de Piquete,  região onde servi como aspirante em 1983 e 1984, está aniversariando neste final de semana, no sábado. No domingo, teremos as cidades de Piracaia, Bariri e Salto. Então, um abraço a todos esses amigos e amigas que estão nessas cidades que estão aniversariando.

Eu queria aqui fazer ciência à Casa de que hoje, pela manhã, estivemos em três eventos. Vossa Excelência esteve conosco. O primeiro evento foi aqui, junto com o capitão Castello Branco. Foi feita uma sessão solene em homenagem à Marinha do Brasil e aos 154 anos da Batalha do Riachuelo. O capitão Castello Branco deu uma aula para nós aqui, na parte histórica, sobre a Batalha do Riachuelo. Valeu muito a pena estar na sessão com ele. Então, parabéns ao capitão Castello Branco e parabéns a nossa Marinha do Brasil, na figura do contra-almirante Mello, que esteve aqui presente também hoje, nessa solenidade, com todo o efetivo, homens e mulheres, da nossa Marinha.

Em seguida, fomos ao Segundo Encontro das Carreiras Policiais do Estado de São Paulo, presidido pelo amigo deputado Delegado Bruno. Também participamos das reivindicações das carreiras de todos os policiais, não só civis, mas militares, técnico-científicos, das guardas, enfim, de uma carreira geral da polícia, que precisa ser valorizada em todos os âmbitos: municipal, estadual e federal.

Finalmente, estivemos com o Coronel Nishikawa também. Hoje foi dia de o pessoal do PSL fazer evento. O Coronel Nishikawa fez o evento Parlamento Mundial de Segurança e Paz, em comemoração ao mês alusivo do Dia da Imigração Japonesa, Meio Ambiente e o Futuro da Nação.

Parabéns aos deputados que estiveram à frente desses trabalhos e parabéns a todos que estiveram também prestigiando. A deputada Janaina falou e eu quero também falar. Ontem, passou um projeto nesta Casa que não era da nossa intenção, mas passou, que é o projeto das bebidas em estádios.

Eu votei contra esse projeto, apesar de que não foi feita votação nominal, mas eu acabei dando meu voto contra porque inclusive pela doutrina da tropa de choque - o Major Mecca é oficial de choque também - é proibido o uso de bebidas em estádios, mas, enfim, a lei soberana é a da maioria. Esse PL passou, mas eu quero deixar bem claro e consignado que eu fui um dos deputados que também votou contra esse projeto.

Eu quero passar um vídeo rapidamente antes de comentar sobre ele.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Está em câmera lenta. Esse indivíduo armado de uma faca atacou a tenente Marandola hoje, na área de Mogi das Cruzes. Matou o bandido, não a tenente, graças a Deus. O que acontece? Deixem-me ler para vocês: “Na área de Mogi das Cruzes ontem, às 16 horas e 40 minutos, a Rocam solicitou um apoio na ocorrência envolvendo indivíduo com problemas mentais, agressivo, armado com uma faca, que estava tentando agredir as pessoas no local. Chegou o policiamento no local e a tenente feminino Marandola tentou dialogar com o indivíduo na intenção de fazê-lo se render, jogar a arma fora.”

E vocês viram a cena, o indivíduo investiu contra a 1º tenente Marandola e deu uma facada nela. Essa facada acertou o pescoço da tenente, mas graças a Deus o ferimento não foi fatal.

O ferimento foi próximo à jugular. Isso é bom mostrar porque quando a polícia mata um cara desse armado de uma faca, o pessoal pergunta: “Mas, gente, para quê? Precisava de tudo isso?”. Eu quero deixar uma coisa bem clara, Mecca, e sei que você pensa assim. Só desse vagabundo ter investido contra mim, eu já tinha dado um tiro na cara dele antes dele chegar perto de mim, porque, infelizmente, a tenente foi esfaqueada no pescoço e não morreu porque Deus não quis.

A gente não quer a morte de ninguém, mas entre a tenente e o indivíduo, sinto muito pelo indivíduo. Graças a Deus a tenente Marandola está bem. Ela foi socorrida ao PS, passou por procedimento de sutura e está bem, graças a Deus. O indivíduo, pelo que consta, foi morto pela equipe que já viu que a tenente estava ferida e com certeza mais policiais seriam feridos.

Parabéns à equipe do dezessete. Isso é para mostrar o que acontece no dia a dia da Polícia Militar. Eu quero deixar bem claro, eu não trouxe foto, não trouxe nenhum filme para valorizar nenhum tipo de deputado que não presta, porque o que eu vou falar agora é de um deputado que não presta, uma deputada do Rio de Janeiro, do PSOL, a deputada Talíria Petrone.

O que ela fez esses dias é um absurdo. Essa mulher, essa deputada do PSOL, numa fala lá na Câmara dos Deputados - nós sabemos do número absurdo de suicídios que têm ocorrido na polícia - falou o seguinte: “A epidemia de suicídios na Polícia Militar é devido ao fato dos policiais estarem com remorso por terem matado bandidos”. Isso só pode falar quem é protetor de bandido, sargento Gomes, porque se fosse remorso, eu e o Mecca já tínhamos nos matado faz tempo e remorso não tem aqui não.

A gente matou o bandido que merecia, atirou na gente e a gente não perdeu porcaria nenhuma. Uma deputada dessa falar um absurdo desse, que policiais se suicidam porque têm remorso por matar bandido, só vindo da boca de uma pessoa que protege o crime, que valoriza o crime. Eu não vou nem citar o nome dessa mulher para não falar outra coisa, respeitando as mulheres presentes, para não valorizar o diabo, porque quando a gente fala do diabo, a gente valoriza o diabo.

Não vou falar mais, mas é um absurdo uma pessoa, no Brasil, em 2019, falar um absurdo desse. Enfim, eu tinha outras coisas para citar, na Operação Interior Mais Seguro que houve ontem nós tivemos muito resultado positivo, várias armas apreendidas.

E outra coisa, só para fechar, me perdoando o tempo já passado, eu queria dar ciência à Casa, deputados, de que nós estamos aqui para atender à população. Muitas vezes nós fazemos uns projetos que a população, o pessoal quando põe na rede social nos critica: “Que porcaria de projeto é esse? Projeto de denominação, projeto disso”. Mas quando nós fazemos um projeto desse é porque nós atendemos a alguém que nos solicita.

Por exemplo, ontem, eu entrei com um projeto de lei ficando instituído o dia do heavy metal. “Ô Telhada, você está louco, fazer o dia do heavy metal?”. Sim. Por quê? Nós estamos atendendo à solicitação de um site próprio de músicas que já tinha mais de 35 mil assinaturas pedindo para que fosse instituído o dia do heavy metal. E nós estamos atendendo a essas 35 mil pessoas - até agora, porque vai aumentar - para que fique instituído o dia do heavy metal no dia oito de junho, porque é justamente a data do falecimento do grande músico André Coelho Matos, que é um músico exemplar, uma pessoa da melhor índole que, infelizmente, faleceu aos 47 anos de um ataque cardíaco.

Então, quando alguém for falar mal... Está aí a foto do André Matos. Quando alguém for falar mal... Quarenta e sete anos, um músico erudito, um grande músico. Inclusive, houve até uma informação de que era para ele ter entrado em uma grande banda de rock internacional.

Então, estamos atendendo ao pedido dessas 35 mil pessoas e entrando com mais esse projeto de lei.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Dando sequência à lista de oradores, excelentíssimo deputado estadual Douglas Garcia. Cinco minutos de tempo regimental.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Gostaria de falar, senhores, do fracasso retumbante que foi a greve do Lula Livre. Nós tivemos meia dúzia de gatos pingados que foram espalhados, a exemplo do que aconteceu, pelo menos aqui na capital paulista, alguns resolveram invadir a Avenida 23 de Maio, outros pegaram outros pontos estratégicos da cidade.

Mas sabe por que eles fizeram isso? Porque não conseguiram número suficiente de pessoas para conseguir travar o País. Então, o que eles pegam? É sempre a ponta de lança, é sempre a bucha de canhão. Colocam ali no meio da avenida, espalham os pneus, tacam fogo em tudo e você tem o caos espalhado na cidade de São Paulo. Em pleno horário de pico, quando as pessoas precisam transitar para chegar ao seu trabalho, para conseguir exercer a sua profissão, para estudar, porque muitos desses vão às oito horas da manhã também para a faculdade e não conseguem. Não conseguem porque tem meia dúzia de gatos pingados, pau mandado de partido político, lá, botando fogo e causando um verdadeiro transtorno para o Estado.

Isso não aconteceu só aqui na cidade de São Paulo, aconteceu em diversas outras capitais do Brasil, inclusive nós tivemos, também, infelizmente, um ocorrido na cidade de Belo Horizonte, onde uma mulher... Olha só, saiu na imprensa: “Mulher inala fumaça de protestos indo trabalhar e tem série de ataques cardíacos”.

Olha só o que vocês estão fazendo com a população. Vocês estão gerando vítimas através de uma ação irresponsável, que não representa nada da população brasileira. Uma mulher foi internada em estado grave no hospital Risoleta Neves, em Belo Horizonte, após inalar fumaça em um protesto nessa sexta-feira.

Moradora de Edi Alves Guimarães, de 53 anos, seguia para o trabalho de ônibus. Os senhores não estão ajudando trabalhador nenhum. Muito pelo contrário. Estão prejudicando é todo mundo. Se vocês querem se prejudicar, entrem dentro de uma sala... eu não vou terminar, porque, sinceramente, Sr. Presidente... Essas pessoas que estão indo hoje às ruas não representam em nada a população brasileira. São todos sindicalistas, pau mandado de sindicatos.

Inclusive, nós temos uma deputada, a deputada Professora Bebel, falei dela aqui ontem, dizendo que se eu encontrasse o nome dela verde aqui no telão, eu iria avisar o pessoal da Apeoesp de que ela não aderiu à greve. A professora está, de acordo com o que nos consta, presente na Assembleia Legislativa, então eu gostaria de avisar a todos que fazem parte da Apeoesp que ela não cumpre com o seu papel.

Você, professor sindicalista que está aderindo à greve hoje, a sua representante disse que do seu salário faltaria, mas o dela, aparentemente, não. Vamos ver se, no final do mês, ela vai cumprir a sua palavra.

Mas, por falar em sindicalista, isso está travando o nosso País, travando o desenvolvimento do nosso Brasil, travando o desenvolvimento da nossa nação, do estado de São Paulo. Se existe uma coisa que atrapalha o Brasil é sindicalista. Inclusive, eu gostaria de começar a campanha, troque um sindicalista por um trabalhador. Empresários brasileiros, troquem um sindicalista por um trabalhador, porque nós temos aí milhares e milhares de desempregados e os sindicalistas encontram tempo para conseguir fazer greve e prejudicar os outros que querem trabalhar, os outros que querem, sim, trazer sustento para sua casa.

Inclusive, eu gostaria de cobrar também uma ação mais enérgica do governador do estado de São Paulo João Doria, que permitiu, por muito tempo, que isso se arrastasse nas avenidas, nas rodovias, atrapalhando o direito de ir e vir das pessoas. O cidadão do estado de São Paulo paga imposto muito bem pago para que o senhor utilize de todos os arsenais para desobstruir todas as vias e garantir ao cidadão o seu direito de ir e vir, custe o que custar.

O direito de ir e vir é constitucional e deve ser garantido. Não é por causa de meia dúzia de militante, de pau mandado de sindicato, que o trabalhador tem que ser prejudicado.

Inclusive, senhores, por falar em sindicalistas, eu não posso deixar de falar do que aconteceu nas linhas de metrô. Muitas linhas de metrô parcialmente paralisadas. Sindicato dos Metroviários, tem um monte de gente querendo trabalhar no lugar de vocês, tem um monte de gente querendo abrir mão de greve para conseguir um emprego e sustentar a família. E pasmem, senhores, as poucas linhas que não foram paralisadas, as linhas que não foram paralisadas, eram linhas privadas, PPP e concessões.

Só para concluir, Sr. Presidente, eu estou trazendo a esta Assembleia Legislativa um projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a privatizar as linhas do Metrô e também da CPTM, a que ele achar mais conveniente, porque se a Linha 4-Amarela está funcionando perfeitamente bem e não atingiu a vida de nenhum trabalhador, por que as demais linhas também não poderiam seguir esse raciocínio, essa lógica, esse tipo de trabalho?

Tem que tirar das mãos do sindicato, sim. Tem que vir para a iniciativa privada, sim, porque se permanecer do jeito que as coisas estão agora, vai prejudicar muito a população do estado de São Paulo. Então, quanto mais privatizar, melhor.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Próximo orador, deputado estadual Tenente Nascimento. Tem V. Exa. cinco minutos de tempo regimental.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhoras e senhores, Sras. Deputadas, deputada Janaina, deputado Gil Diniz, deputado sempre presente, Coronel Telhada, deputado coronel Mecca, conhecido carinhosamente como Major Mecca, srs. ouvintes da TV Alesp, nosso muito obrigado.

Eu quero aqui, primeiramente, fazer coro e me manifestar quanto à deselegância do governador quando então estava em nossa casa. Sobre a questão da patente, coronel Mecca, eu digo o seguinte: eu não estou nem partindo pela patente, eu estou partindo pelo policial militar que ali foi desrespeitado. É o uniforme, é o cinza bandeirante do qual nós fazemos parte. Então nós exigimos, sim, respeito e que aja uma retratação pública com a nossa corporação policial militar, todos os nossos policiais militares que ali foram desrespeitados.

Seguindo então, eu quero aqui, em um momento de calmaria, momento de paz, convidar a todos para hoje à noite. Nós convocamos uma sessão solene nesta Casa de Leis, deputada Janaina, para comemorarmos 108 anos das Assembleias de Deus. Cento e oito anos. 

Aqui estão nosso pastor presidente, pastor Alcides Favaro, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que foram os pioneiros dessa nação. Cento e oito anos de trabalho voluntário, resgatando vidas, trazendo famílias realmente para que possamos dar uma sociedade ao nosso povo.

Eu quero convocar a todos: a partir das 20 horas, aqui nesse plenário, estaremos nessa sessão solene, para que possamos, sim, falar um pouco mais ao povo paulista sobre o que é a Assembleia de Deus, sobre o que é esse ministério tão abençoado nesta nação. Nós contamos com mais de 18 milhões de fiéis em todo o Brasil.

Eu quero, deputada Janaina, parabenizá-la também, como já foi dito aqui nesse plenário, sobre o projeto de lei aprovado, apresentado por Vossa Excelência. Nós trabalhamos incansavelmente, juntamente contigo nas comissões, e ontem foi aprovado. E chamou para dentro dessa Casa a discussão, o diálogo, para que possamos apresentar uma reposta àqueles que nos colocaram aqui. Parabéns, deputada Janaina. Estamos juntos nesse projeto. E tenho certeza de que esse é o início de muitos outros que também serão apresentados aqui.

E quanto a uma votação que houve ontem, sobre a liberação de bebida alcoólica em estádios: eu, como profissional, já trabalhei no Choque. Sabemos o que é, realmente, na vida real, o que acontece lá, no nosso trabalho profissional. E como a nossa formação é cristã, meu voto é contrário a esse projeto. Quero aqui me manifestar, presidente, e agradecer pela compreensão desses minutos que nós passamos. Muito obrigado. E a Polícia Militar merece respeito.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Encerrado o Pequeno Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, minha comunicação diz respeito à manifestação do deputado Coronel Telhada. A deputada Talíria, que V. Exa. mencionou: eu tive a oportunidade de debater com ela esse meu projeto do parto cesárea. E ela é contrária, tal qual o partido dela aqui nessa Casa. E o argumento que ela utilizou foi o seguinte: a mulher sabe parir, o bebê sabe nascer. De forma que uma equipe médica, os especialistas, seriam quase pessoas a atrapalhar esse processo natural.

Então, é mais ou menos o mesmo raciocínio: o policial é bandido, por isso se mata. O médico é assassino. As pessoas entram aqui gritando que cesárea é violência obstétrica. Essa é a filosofia do PSOL, a filosofia do PT. O PSOL foi ao Supremo Tribunal Federal pedir a legalização do aborto. E diz que a cesariana, que salva vidas, naquelas situações em que é necessária, é violência obstétrica, em si. Então, é um discurso tão irracional que beira a má-fé. Com relação aos policiais que estão sendo vitimados - porque o suicídio não deixa de ser uma forma de vitimização -, com relação às mulheres que estão sendo vitimadas pela ditadura desse parto normal. Eu só queria dizer a V. Exa., porque esses pensamentos inadequados vêm em conjunto. Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Obrigado, Sra. Deputada.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, queremos anunciar a presença do nobre deputado federal Alex de Madureira, que foi deputado nessa Casa. Alex de Madureira, não. É que são irmãos - tudo igual. Cezinha de Madureira, que foi deputado. Ele quer voltar...

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Vossa Excelência seja muito bem-vindo à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Que é a sua casa.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Dando início à lista de oradores do Grande Expediente, por permuta com o deputado Wellington Moura, chamamos a deputada estadual Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. No Pequeno Expediente, nós ouvimos uma pediatra neonatal. Agora ouviremos um obstetra, mestre e doutor em medicina. Solicito que seja veiculado o vídeo.

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- É exibido o vídeo.

 

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 Muito obrigada. Inclusive, o Dr. Rafael mandou uma mensagem dizendo que quando ele fala equivocadamente num momento que a cesariana causa mais útero exposto, bexiga exposta, no contexto fica claro que ele estava se referindo ao parto normal. Então, até nesse momento dessas consequências, inclusive para a vida sexual da mulher, ele estava se referindo ao parto normal.

Eu quero reiterar que não tenho nada contra o parto normal, não estou afirmando que a cesariana seja melhor, não estou obrigando ninguém a fazer cesariana, porém, esse discurso irresponsável de que a mulher fica 20 horas tentando parto normal, que já se mostra inviável, sentindo dor sem anestesia é um discurso que só vem fortalecer os gestores irresponsáveis.

Quando eu trabalhei na Secretaria de Segurança Pública, há uns 15 anos, estava muito forte aquele discurso que vem da academia “Ah, Segurança Pública não tem nada a ver com Polícia”.

Um minutinho, Excelência. “Não tem nada a ver com Polícia”. Eu dizia, esse discurso é ruim, porque nada melhor, para um governante, do que a academia dizer que Segurança Pública não tem nada a ver com Polícia. Ele não faz concurso, ele não paga bem, ele não compra equipamento de segurança, ele não treina, porque os acadêmicos estão dizendo que não têm nada a ver com Polícia. Agora, a academia está dizendo que para fazer bons partos, partos seguros, não se precisa de médicos, não se precisa de ciência, que a natureza faz tudo. Isso é uma maravilha para os governantes. Para que eles vão investir em Segurança, em Saúde, e assim por diante?

Então, eu estou chamando a atenção para o que está acontecendo com as nossas mulheres, com as nossas crianças, como lá atrás eu já comecei a chamar a atenção desse discurso antipolicial e a importância da Polícia para a Segurança Pública.

É o mesmo raciocínio, Sr. Presidente, e Sr. Secretário. Parece brincadeira, mas é o mesmo raciocínio ruim, irresponsável que está só prejudicando o nosso País.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Dando sequência aos oradores inscritos no Grande Expediente, chamamos, por permuta com o deputado estadual Ed Thomas, o deputado estadual Gil Diniz.

Tem V. Exa. 10 minutos de tempo regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, mais uma vez aqui na tribuna nesta tarde de sexta-feira, dia de greve, se bem que alguns deputados aí que chamaram a greve assinaram aqui a lista. É bom dar uma conferida. Então, você aí que votou nos deputados que chamaram a greve, fizeram greve, hoje, e o deputado veio aqui ganhar o seu dia, não vai ter nenhum desconto em seu pagamento, preste muita atenção.

E, Major Mecca, faço também as suas palavras as minhas palavras com respeito ao Sr. Governador. E digo mais: o que esperar de um governador que, no dia do velório de um policial, de policial militar, no dia em que as nossas Forças de Segurança estão em luto, vai jogar bola, vai comer pizza e posta em sua rede social o seu “luto”? É uma falta de respeito seguida de outra falta de respeito com as nossas Forças Policiais. Então, fica difícil acreditar na palavra do Sr. Governador quando nós enxergamos aí, no dia a dia, essa falta de respeito, que vai desde um coronel da Polícia Militar, dentro do Comando-geral fazendo o seu trabalho, até um cabo da Rota que foi brutalmente assassinado na porta de casa e, que no dia do seu velório, o Sr. Governador não guarda o luto, e, pelo contrário, vai jogar bola e comer pizza com os seus amigos parlamentares.

Então, fica aqui novamente a nossa indignação.

Eu gostaria de colocar, o Coronel Telhada falou aqui da tenente Marandola, de Mogi. Colocar aqui no painel: isso aqui foi a facada que a tenente tomou - Marandola, de Mogi das Cruzes. Isso aqui é uma mulher, policial militar que veste a farda cinza bandeirante para defender a família, para defender o povo paulista. E quase, graças a Deus, não perdeu a vida, Major Mecca. E muitos falam da letalidade policial. Se brincar, vão reclamar porque o vagabundo que cortou o pescoço da policial foi morto, foi para o saco. E tem que ir. E tem que ir. Levantou a faca para o policial, atentou contra a vida do policial, é saco. Não tem o que fazer. Não tem o que fazer.

A deputada federal Talíria Petrone, do Rio de Janeiro, hoje deputada federal, era vereadora em Niterói.  São vergonhosas algumas ideias defendidas por essa deputada. Nós a respeitamos como pessoa, mas algumas ideias... Falar que o suicídio do policial é um peso na consciência. Pelo amor de Deus! Eu falo... O sargento Marcelo Mello, veterano de Polícia Militar, falou para ele: “Trabalha comigo”.

Se a grande ocorrência passar na minha frente, Telhada, não vai ter Direitos Humanos, não vai ter Estatuto do Desarmamento, não vai ter. Levantou a arma para o meu policial? Saco! Se eu estiver passando, se eu puder dar um reforço para o 01, para o radiopatrulha ou seja lá para quem for... Pelo amor de Deus!

Agora, é triste que um policial - como a tenente que quase perdeu a vida defendendo o povo de São Paulo -, depois de 30 anos de Polícia Militar, 35 anos de Polícia Militar, chegue ao posto de coronel, vá ao quartel do comando-geral e, fazendo o seu trabalho e registrando a Ata no celular, seja humilhado pelo governador. Ao vivo, nas redes sociais do governador! É um absurdo! É um absurdo! O governador vai ter que aprender a pedir desculpas, ou por bem ou à base da crítica. Aí ele vai achar que é por mal, mas não é por mal, não é pegando no pé. Desde o dia 15 de março estamos aqui, o Coronel Telhada há muito mais tempo do que nós. Vamos cobrar, sim, o respeito às nossas forças de segurança.

Ato contínuo, queria mais uma vez repudiar o ativismo do STF. Acho, sim, que o Parlamento tem que dar uma resposta à altura. Não é possível que 11 coloquem os mais de 500 parlamentares de joelhos e legislem. Não foram eleitos para isso. E gostaria, sim, da CPI da Lava Toga. Gostaria, sim, de algum processo de impeachment de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal. É uma vergonha. Eu tenho vergonha dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tenho vergonha, como cidadão brasileiro.

Deputado Nascimento, entrei com um processo contra a revista IstoÉ. Disseram lá que eu enganei a família Bolsonaro, que eu enganei - usaram essas palavras - o presidente Jair Bolsonaro, que eu, quando carteiro, era ligado ao Partido da Causa Operária. Fizeram lá uma nota. Poxa, me associar ao PCO? É demais, não é?

Entrei com um processo pedindo a reparação. O que a juíza disse? “Não vou dar a causa, não, porque você tem que provar.” Sou eu que tenho que provar à Justiça que nunca tive contato com o PCO! Ué!

Então, espera aí. Deus me livre! Deus me livre de algum veículo de fake news, como a IstoÉ, a Veja, o Estadão ou a Folha de S.Paulo, publicar que eu fui envolvido em algum esquema criminoso, ou que - Deus me livre - alguma maluca, alguma Patrícia Lélis da vida, me acusou de estupro, como acusou o deputado federal Marco Feliciano. E sou eu que vou ter que provar que não tenho culpa? Jesus amado, estão invertendo a  situação. A Justiça brasileira está passando vergonha. Mas vou recorrer. É um direito meu.

Para finalizar a sexta-feira, mais uma indignação de quem utiliza os serviços públicos. Meu pai, Sr. Gilson, foi com a dona Nena, minha mãe, sexta-feira passada, na UBS São Mateus, em frente à Paróquia São Mateus, tomar a vacina da gripe.

Chegando lá, a atendente pegou a carteirinha de vacinação, pegou o documento do meu amado pai e perguntou a ele: “Qual a tua idade?”. Aí ele falou: “Cinquenta e quatro”. É novo! Ele está assistindo, o Sr. Gilson. Ele é daqueles pernambucanos brutos, xucros, que às vezes têm até vergonha um pouco de falar e ela não entendeu e perguntou novamente: “Quantos anos?”. “Cinquenta e quatro”. “Como que é?”. “Sessenta e quatro, 74? Ô homem, fale com a boca. Você está achando que estou de brincadeira aqui?”. Eu pergunto para vocês que me assistem: qual é a probabilidade da atendente auxiliar de enfermagem atender o meu pai, o Seu Gilson, e ser mal educada se fosse uma exceção?

É a regra. Essa atendente trata todo mundo mal. É a regra. Tratou minha mãe e meu pai de uma maneira, no mínimo, descortês, mas ela deve tratar todo mundo ali em São Mateus dessa maneira. Peço, presidente, que também encaminhe as notas taquigráficas para o gestor ali do posto, não no sentido de punir essa atendente. Não quero isso, é uma trabalhadora como todos nós. De repente, já até, como nós falamos lá, aloprou, mas também um mínimo de sensibilidade.

É uma servidora pública, precisa ter, no mínimo, educação. Foi com o meu pai, mas pode ser com o pai de qualquer outro. Pode ser com aquelas pessoas humildes ali da região de São Mateus que encontram no serviço público, num posto de saúde, o último recurso para os seus males. Deixo registrado, presidente, agradeço a todos.

Aos grevistas, eu digo não a eles, mas aos empresários: meus amigos, temos mais de 13 milhões de desempregados. Deem uma olhada em quem faltou hoje, quem cabulou o trabalho, quem foi para a avenida queimar pneu, dar trabalho à Polícia Militar. Temos 13 milhões de desempregados esperando uma oportunidade. Não quer trabalhar, está no lugar errado.

Trabalhador tem direito à greve, mas não é assim que se faz. O ato da greve, hoje, foi um ato para defender o presidiário Luiz Inácio Lula da Silva e eu me envergonho de ver alguns parlamentares incentivarem a greve e virem assinar a chamadinha para não perderem o seu dia de trabalho. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Queremos cumprimentar e parabenizar todos os trabalhadores que num esforço único... Hoje pela manhã, por volta de 5 horas e 30 minutos, eu liguei já a televisão, a reportagem e verificamos nas entradas do Metrô, nas entradas dos trens da CPTM e em vários locais, terminais também, nossos trabalhadores querendo ir trabalhar.

Queremos parabenizar todos eles que não desistiram, continuaram nesse caminho. Parabéns aos trabalhadores, porque honram aquilo ao qual foram designados. Era essa comunicação aos nossos trabalhadores que não aderiram à greve e sim a sua condição de homem de bem.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, eu solicito o levantamento da presente sessão. 

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantado os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os, ainda, da sessão solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia da Assembleia de Deus.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 59 minutos.

           

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