16 DE MAIO DE 2019
42ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS
Secretaria: CORONEL TELHADA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a visita do
prefeito do município de Farroupilha, Claiton Gonçalves, e do vereador Thiago
Ilha, da mesma cidade.
2 - CORONEL NISHIKAWA
Defende o presidente Jair Bolsonaro de críticas por conta do
contingenciamento de verbas da Educação. Relata sua participação na abertura de
um congresso destinado às lideranças policiais. Lamenta a aprovação, em 15/05,
nesta Casa, do PL 1/19. Apoia a concessão de parques públicos à iniciativa
privada.
3 - LECI BRANDÃO
Comenta os protestos de 15/05, em todo o Brasil, contra o
contingenciamento de verbas da Educação. Combate medida do governo federal,
que, a seu ver, fere a autonomia universitária. Sugere que o ministro da
Educação, Abraham Weintraub, deixe o cargo. Parabeniza os parlamentares que
votaram contra o PL 1/19.
4 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Pede o apoio de seus pares ao PLC 46/19, de sua autoria, que
promove a proteção de servidores públicos que denunciem casos de corrupção a
autoridades superiores. Justifica a importância da propositura. Lê o texto da
matéria. Informa que dispositivo análogo já existe em âmbito federal.
5 - CORONEL TELHADA
Exibe imagens do protótipo das novas viaturas da Polícia
Militar, que terão partes blindadas. Questiona o posicionamento do Ministério
Público Federal, que pediu, na Justiça, a suspensão do decreto presidencial a
respeito da posse de armas de fogo. Opõe-se à construção de um parque no
Minhocão.
6 - PAULO LULA FIORILO
Informa que hoje é o Dia do Gari. Diz que seu pai trabalhou
no serviço de coleta de lixo. Lamenta a aprovação do PL 1/19. Comenta o posicionamento
de vários deputados durante a votação. Faz críticas ao presidente Jair
Bolsonaro e ao governador João Doria. Discorre sobre os protestos de 15/05.
7 - CORONEL TELHADA
Para comunicação, chama a atenção para a falta de tradução em
Libras nas transmissões da TV Assembleia. Solicita que o problema seja
resolvido.
8 - CONTE LOPES
Aprova medidas do governo estadual no que tange à blindagem
de viaturas da Polícia Militar e à compra de armamentos. Cobra a concessão de
reajuste salarial às forças da Segurança. Defende decreto presidencial acerca
da posse de armas de fogo. Lembra a morte de um policial da Rota, assassinado
quando saía de casa.
9 - SARGENTO NERI
Menciona visita que fez às cidades da região de Ribeirão
Preto. Defende projeto de lei que propõe a reestruturação da carreira dos
praças da Polícia Militar. Considera que o Poder Público não dá a devida
atenção às demandas da classe. Parabeniza o governo estadual por decreto que
trata da questão.
10 - TENENTE NASCIMENTO
Lembra que hoje é comemorado o Dia do Gari. Parabeniza os
profissionais que cuidam da limpeza desta Casa. Enfatiza a relevância do seu
trabalho. Alude a estudo, realizado na USP, acerca da invisibilidade social dos
trabalhadores da área. Exibe vídeo em comemoração da data.
11 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Lembra a realização de sessão solene, às 10 horas do dia
17/05, em "Homenagem ao Dia Estadual do Trabalhador da Saúde".
Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 17/05, à hora
regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS
- PRB - Presente o número regimental de Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
convida o nobre deputado Coronel Telhada para a leitura da resenha do
Expediente.
O SR. CORONEL TELHADA - PP -
Pois não, Sr. Presidente. Nós temos uma indicação do prezado deputado Aprígio,
indicando, nos termos regimentais, ao Sr. Governador do estado, para que
determine a adoção de medidas necessárias junto aos órgãos competentes da
administração estadual, objetivando a liberação de recursos para fins específicos
de custeio para incremento e manutenção das atividades das unidades
hospitalares Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Temos também
uma indicação minha, Coronel Telhada, indicando, nos termos regimentais, ao Sr.
Governador do estado, para que proceda à nomeação dos remanescentes do curso
público para soldado da Polícia Militar do Estado de São Paulo, regido pelo
Edital 01/321/18. Coronel Telhada assina.
Somente isso, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB -
Muito obrigado, nobre deputado.
Iniciamos,
assim, o nosso Pequeno Expediente, já convidando para fazer uso da palavra na
tribuna o nobre deputado Coronel Nishikawa.
Permitam-me,
Srs. Deputados e Sras. Deputadas, enquanto o coronel se dirige à tribuna,
anunciar que esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar que está
visitando nesta tarde a nossa Assembleia Legislativa o Sr. Claiton Gonçalves,
prefeito da cidade de Farroupilha. Seja bem-vindo, Claiton. É do PDT. Obrigado,
prefeito. E também o vereador Tiago Ilha, do PRB, da cidade de Farroupilha. É
uma honra receber os senhores nesta Casa de Leis. Sejam bem-vindos.
Com a palavra o
nobre deputado Coronel Nishikawa.
O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Boa tarde ao pessoal da galeria,
aos nossos auxiliares parlamentares, aos nobres deputados presentes nesta Casa
e ao nosso prefeito de Farroupilha. Sejam bem-vindos a esta Casa de Leis. Muito
obrigado pela presença.
Sistematicamente,
o nosso governo, ou seja, o governo Bolsonaro, tem sido atacado nesta Casa. Eu
não poderia deixar de mencionar números que deixaram de ser investidos também
em outros governos. Tenho números de contingenciamento de verbas que foram
destinadas para outros fins. Sarney, 30% do orçamento. FHC, 427 milhões. Lula,
2008 e 2010, 21 milhões e 334 bilhões de reais.
Agora,
eu não sei por que motivo foi da área de Educação que foi retirada uma verba.
Todo dia tem sido motivo, aqui, de reclamarem, de baterem, de dizerem que o
Bolsonaro está deixando de aplicar esse dinheiro nas universidades públicas e
nas escolas públicas.
Ninguém
fala do passado; o presente, com quatro anos de governo, pela frente, está
sendo atacado, massacrado nessa Casa. Eu tenho o dever e a obrigação de
defender o nosso presidente aqui. Afinal de contas, nós acreditamos nele, vamos
continuar acreditando nele. Que ele realmente coloque o nosso país em ordem. Em
quatro meses, Sr. Presidente, é impossível colocar qualquer casa em ordem, até
a nossa casa. Então, fica aqui a minha resposta para aqueles que insistem
sistematicamente em atacar o governo Bolsonaro.
Hoje
de manhã, para nossa alegria, nós estivemos na abertura da Conferência IACP, de
desenvolvimento de lideranças. IACP é uma associação internacional de chefes de
polícia. A sede principal fica nos Estados Unidos. O Brasil foi, este ano, um
dos países escolhidos para difundir lideranças, para podermos trabalhar
lideranças de polícias. Então, nós temos como base a Polícia Militar do Estado
de São Paulo. Essa conferência está sendo realizada num lugar muito adequado,
no Memorial da América Latina. Como eu falei, é com muito orgulho que nós
estivemos hoje prestigiando esta abertura. Eu representei a nossa Casa, estava como
único representante da ALESP, e para mim foi um motivo de honra fazer tal
papel.
Dito
isto, algumas coisas que ficaram pendentes: ontem, houve a votação do PL 01.
Nós votamos contra, porque nós tínhamos pedido o detalhamento de todas as
privatizações, o que não nos foi passado. Empresas que estavam tendo
lucratividades, empresas que estavam tendo prejuízo. Pelos números que nós
ficamos sabendo depois, talvez haja empresas que estavam sendo avaliadas
negativamente, para o Governo do Estado. O Governo do Estado ainda mantendo
essas empresas públicas.
Quanto
ao Ibirapuera, eu acho que não é papel do estado fazer gestão de ginásio de
esportes, de autódromos, de estádios de futebol. Porque nós estamos pagando; a
comunidade paga essa manutenção. E as empresas privadas que são voltadas para
tal atividade que assumam essas demandas, e não nós pagarmos a manutenção
desses locais citados. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Muito
obrigado, nobre deputado Coronel Nishikawa. Convidamos agora o nobre deputado
Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputada Leci Brandão. Tem V. Exa. o tempo
regimental, nobre deputada.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Excelentíssimo Sr. Presidente Gilmaci Santos, Coronel Telhada, Agente Federal
Balas, senhoras e senhores, deputados e deputadas, assessores, público que nos
assiste, deputado Paulo Fiorilo. O Coronel Nishikawa tem toda a sua liberdade
de defender o presidente. Aliás, ele fala isso aqui insistentemente. E como foi
dito ontem aqui, cada um tem um lado; cada um tem que honrar o seu segmento.
Mas
a gente não pode deixar de comentar que ontem professores, alunos, pais, mães e
trabalhadores estavam todos na rua para defender o nosso futuro e o direito de
aprender a ensinar.
Afinal de contas, ontem,
o ministro da Educação também esteve lá no Congresso Nacional para tentar
defender uma coisa que não dá para defender, que é o corte de 30% da verba das universidades
e dos institutos federais. O ministro foi convocado para essa sabatina, foi
convocado a pedido do nosso camarada, deputado federal Orlando Silva, do nosso
partido PCdoB. Parabéns, Orlando! Valeu a coragem.
Durante a sabatina,
entre outras declarações que ficaram à beira do cinismo, o ministro teve a
coragem de dizer que o Brasil gasta demais com a Educação. Educação nunca foi
gasto, Educação é investimento. Como se não bastasse, hoje eu também tomei
conhecimento que a Presidência sancionou ontem um decreto que retira a
autonomia dos reitores de nomear os próximos diretores de centro e de campi também,
além de outros cargos de confiança das universidades federais.
Quer dizer, a partir de
agora, essas funções necessitam do aval da Casa Civil, do Ministério da
Educação ou da própria Presidência da República, ou seja, o governo tomou mais
uma ação contrária à Educação, à educação superior, principalmente, ferindo
gravemente a autonomia das universidades.
Diante dessas posturas,
eu só quero repetir as palavras da minha camarada e grande amiga Jandira Feghali,
deputada federal do PCdoB, líder da Minoria na Câmara. Ao sabatinar o ministro,
ela disse o seguinte: “peça demissão do seu cargo”. Jandira Feghali falou isso
ontem, lá na Câmara. Ministro, a população não vai mais sair das ruas, não. Enquanto
o governo continuar com essa política de desmonte, de atraso e de não
reconhecer a importância da Educação e dos professores, principalmente, este
país só tem um dono. O dono do país é o povo, é o povo.
Eu também não posso
deixar de falar sobre a votação que aconteceu ontem. É uma pena que hoje essa
galeria não tenha mais tanta gente como tinha ontem, mas tem aí os
representantes dos policiais pela PEC 2, a qual nós também defendemos. O Sargento
Neri tem sido um defensor combativo no Colégio de Líderes.
É importante que a
gente reafirme que, quando esse PL 1 chegou ao Colégio de Líderes, a maioria
dos deputados disse que não aceitaria, a maioria disse que era contra, que
queria que isso se fosse analisado caso a caso, queriam saber, como bem disse
há pouco o Coronel Nishikawa, dos detalhes, quem estava dando lucro, quem não
estava, enfim. Aí na hora da votação...
Aliás, apareceu aí uma
aglutinativa, da qual eu não tomei conhecimento, o PT também não sabe de nada, nem
o PSOL ficou sabendo. Foi uma coisa feita de uma forma muito rápida, havia 67
assinaturas. Então, esse projeto veio para votos, e eu quero parabenizar aqui o
Agente Federal Danilo Balas, o Coronel Nishikawa, o Major Mecca e o Tenente
Nascimento, porque foram para o lado dos trabalhadores, o lado dos servidores
dessas empresas, que eram empresas importantes, serviços de qualidade.
A gente tem que, na
hora de aprovar um projeto, esquecer a questão da direita, da esquerda e do
centro, e pensar nos servidores, pensar nas pessoas que vão ficar desempregadas.
Ao mesmo tempo, por outro lado, teve um deputado aqui, que eu me recuso a dizer
o nome, que bateu palmas, enquanto as pessoas estavam ali num sentimento de sofrimento
e de desilusão. Ele bateu palmas, sorriu, fotografou, fez questão de fazer uma “live”
com o sofrimento das pessoas. Isso é desumano, isso é injusto. A gente não pode
aceitar essas coisas.
Quero, para terminar, Sr.
Presidente, parabenizar o discurso de uma deputada que chegou a esta Casa agora,
que é a deputada Monica Seixas, o sentimento que ela passou para todos nós. Fez
um discurso brilhante, maravilhoso. Quero parabenizar o PSOL e o deputado Carlos
Giannazi, que é o líder do PSOL, pelo discurso da deputada Monica Seixas. A Bancada
Ativista está de parabéns. Eu também cumprimento e não tenho nenhum problema em
elogiar um colega que faz um trabalho decente e honesto.
Muito obrigada, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado,
nobre deputada Leci Brandão. Chamamos agora a nobre deputada Professora Bebel
Lula. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado
Frederico d'Avila. (Pausa.) Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Deputado Castello
Branco. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.)
Deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas, tem V. Exa. o tempo regimental.
O SR. AGENTE
FEDERAL DANILO BALAS - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, senhoras e senhores aqui presentes, deputados, servidores desta Casa, e todos
aqueles que nos acompanham na TV Assembleia, muito boa tarde.
Como
servidor público civil da União e policial federal, nós temos o compromisso de
trazer para o Estado tudo que de bom nós tivermos na União. Então, faço um
replique na legislação estadual. O Projeto de lei Complementar nº 46, de 2019,
de minha autoria, replica algo que já existe na Legislação Federal, a 8.112, que
é o Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União.
Lá
na União, quando um servidor público procura a autoridade superior, ou
autoridade competente, para declarar que, no seu local de trabalho, por exemplo,
há casos de corrupção, o Art. 126-A, da 8.112, protege o servidor público civil
da União. De forma estranha, no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
Estado, esse artigo não existe. Não há a proteção do servidor público aqui do estado
de São Paulo
que procura a autoridade superior, ou a autoridade competente, ou mesmo
Ministério Público, para denunciar casos graves e casos de corrupção, que podem
estar acontecendo até mesmo na sua seção.
Desta
feita, já tramita nesta Casa, e conclamo aos colegas deputados estaduais que
atentem-se para o PLC 46, de 2019, que solicita a inserção do Art. 250-A no
Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado, que neste momento leio às
senhoras e aos senhores.
“Artigo
250-A - Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou
administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver
suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente, inclusive ao
Ministério Público, para apuração de informação concernente à prática de crimes
ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício
de cargo, emprego ou função pública.”
Um
simples artigo que não existia no estatuto do estado de São Paulo agora, por
Justiça, protegendo aquele servidor que combate a corrupção aqui no estado de
São Paulo, será inserido, se assim os deputados concordarem e votarem o PLC nº 46,
de 2019, de nossa autoria.
Então,
como o meu compromisso é o combate à corrupção, é a limpeza geral da
roubalheira que acontece em nosso País, e também na cooptação de alguns
servidores públicos, inserimos no Estatuto do Estado de São Paulo essa proteção
ao servidor que denuncia, que leva casos absurdos de corrupção que vêm
acontecendo, às autoridades, inclusive ao Ministério Público.
Não
trago aqui nomes. Mas já temos casos que o Zezinho, por exemplo, procurou a
autoridade superior, que não deu sequência à investigação. Procurou outra
autoridade, que também não deu sequência. E hoje, é perseguido e responde
procedimento disciplinar. Inclusive, demissório.
Ora,
senhoras e senhores! Precisamos valorizar o bom servidor público, aquele que
está antenado com a legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a eficiência
do serviço público. E fazemos justiça, exatamente, com a propositura do Projeto
de lei Complementar nº 46, de 2019. Conto com o apoio de todos os senhores.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB -
Obrigado, nobre deputado. Convidamos, agora, o nobre deputado Coronel Telhada.
Tem V. Exa. o tempo regimental.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Deputado Gilmaci, presidente
desta sessão; senhores deputados; senhores e senhoras assessoras que estão neste
plenário; cabo Robson e cabo Ana, a quem cumprimento em nome da nossa
Assessoria Policial Militar; a todos que nos assistem pela TV Assembleia; boa
tarde.
Sr.
Presidente, só quero informar aos senhores que, hoje, antes de vir para a
Assembleia, fui visitar alguns amigos na Toyota. E vi o novo protótipo da
viatura que está sendo preparada para entrar em testes na semana que vem, com
um novo grafismo.
* * *
- É feita a exibição de
fotos.
* * *
Achei
o novo grafismo um pouco estranho, parece-me mais um táxi. Mas a novidade é que
essa viatura virá com partes blindadas: para-brisa dianteiro blindado, capô
blindado e as quatro portas blindadas. O que ajudará, e muito, a Segurança e a
proteção dos policiais militares. Os policiais, além do colete, terão um
escudo, sendo utilizada a própria porta da viatura como proteção balística.
Sabemos
que hoje o crime está armado com armas poderosas: fuzis, metralhadoras, armas
de alto calibre. Então, já é uma defesa a mais para o policial. Temos que
cuidar da segurança dos nossos patrulheiros policiais militares. Então quero
parabenizar e agradecer o governo por essa nova conquista das viaturas
blindadas. Que é uma requisição, há muitos anos, da Polícia Militar.
Essa
requisição era feita. Inclusive, em 2016, tem uma indicação minha, ao Sr.
Governador, pedindo que as viaturas fossem blindadas. Sabemos que outros
deputados também trabalharam nesse aspecto. Então, está sendo atendido um
antigo anseio da classe policial.
Continuamos
pedindo ao Sr. Governador a parte salarial. É necessário, urgentemente, uma
revisão salarial para todos os homens e mulheres da Segurança: da nossa Polícia
Militar e das outras forças de Segurança, também.
Sr.
Presidente, eu só queria comentar uma notícia que está no jornal de hoje.
Aliás, duas notícias. A primeira fala sobre a situação do decreto que o
presidente Bolsonaro assinou quanto à liberação de armas. O que acho muito
estranho: “Ministério Público Federal vai à Justiça por suspensão do decreto
das armas”.
* * *
- É feita a exibição de
jornal.
* * *
É
interessante. Eu pergunto: de que lado está o Ministério Público Federal? Do
lado da população não é. Não é do lado da população porque eles não estão
preocupados em defender a população. Uma das argumentações é que “o decreto
assinado pelo presidente desrespeita as regras previstas no Estatuto do
Desarmamento”. Que, aliás, foi um Estatuto rejeitado pela população. Um
Estatuto que a população rejeitou totalmente, e foi imposto goela abaixo.
“E
coloca em risco a Segurança Pública de todos os brasileiros”. Quais
brasileiros? Já estamos em risco. Que brasileiro não está em risco hoje? Com o
crime do jeito que está, todo cidadão tem risco: a polícia tem risco, o
trabalhador tem risco. Quem não tem risco é o bandido. Porque eles estão bem
armados. Eles agem totalmente fora da lei, e acabam tendo o apoio da lei: você
mata pai e mãe e logo você está na rua. Então que cidadão vai estar em risco se
o trabalhador passar andar armado?
O
único que eu vejo em risco se o trabalhador passar a andar armado. O único que
eu vejo em risco é o criminoso, é o bandido.
Então, eu
pergunto: de que lado está o Ministério Público Federal para fazer um absurdo
desse aqui? E ainda diz o seguinte: eles ficaram abismados aqui por achar que
crianças e adolescentes poderiam praticar tiro desportivo.
Que
absurdo, capitão Conte Lopes, deputado Frederico d’Avila; que absurdo. Como se
nós não tivéssemos crianças armadas de fuzil em várias comunidades na rua
matando pai de família. Com essas crianças, o Ministério Público não está
preocupado. Ele está preocupado com o filho do trabalhador que vai poder se
defender. O pessoal da PEC 02, que está sempre com a gente aqui, lutando pela
melhoria salarial. Vamos fazer essa PEC ser votada aqui. Vocês que são
policiais, vê se alguém está preocupado com o bandido armado, menor de idade, o
de menor na favela? Eles estão preocupados é com o filho do trabalhador
aprendendo a se defender.
Eu pergunto de
que lado está o Ministério Público Federal ao ir contra esse decreto do
presidente que, aliás, é uma promessa de campanha no sentido do cidadão de bem
se armar.
E aqui tem
outra - faça o favor, Junior. “Senado articula medida que derruba a regra”.
Senadores também. Quem são senadores? Pessoal da Rede, pessoal do PT, o pessoal
da Cidadania, do MDB, enfim, é o pessoal que vai contra essa regra. Por quê?
Por que vai contra? Está com medo de quem vai morrer? Trabalhador já está morrendo, polícia já está morrendo.
Agora, a população não tem o direito de se defender?
Francamente, é
um motivo de grande decepção quando a gente vê uma notícia dessa dizendo que
não estão preocupados com a população e sim, preocupados com os bandidos que
vão morrer. A hora que a população estiver armada quem vai tomar tiro é
bandido, não mais o trabalhador.
E um assunto
que eu ia falar, mas não vai dar tempo, é sobre o famigerado Parque Minhocão,
que continua essa novela. Essa novela continua. Querem arrebentar. São Paulo. O
trânsito já está uma desgraça. Para chegar aqui na Assembleia hoje foi uma
desgraça. E os caras ainda querem fechar o Minhocão.
Quero mandar um
recado aqui ao nosso prefeito de São Paulo, prefeito Covas. Pelo amor de Deus,
tira essa ideia de jerico da cabeça. Pelo amor de Deus, para com isso. Não
estrague a vida do paulistano mais do que ela já está.
Sr. Presidente,
muito obrigado pela tolerância. Obrigado a todos os deputados.
O SR.
PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado,
deputado Coronel Telhada. Chamamos agora o deputado Edmir Chedid. (Pausa.)
Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputada Erica
Malunguinho. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal.
(Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. Tem V. Exa. o tempo regimental, deputado.
O SR. PAULO
LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, que agora se
restringe aos policiais que vêm aqui constantemente reivindicar a PEC 02,
telespectadores da TV Alesp, assessoria aqui das lideranças, hoje eu quero
aproveitar o Pequeno Expediente para fazer uma homenagem aos garis. Hoje é o
“Dia dos Garis”.
Eu faço essa homenagem
porque o meu pai era funcionários público e trabalhou na coleta de lixo, lá na
cidade de Araraquara. E foi lá que eu aprendi a importância do serviço público,
diferente de muitos aqui que fizeram ontem a limpeza de cinco empresas estatais
que prestam serviços importantes para o Estado e, em especial, no interior. E é
interessante porque o governador iniciou um processo de construção de base. E
ele fez mais do que isso. Além de construir uma base, ele conseguiu rachar um
partido; o PSL.
Ontem, o PSL deu dez votos
na primeira votação no Projeto de lei 01, dez votos de 15, possibilitando que o
projeto pudesse avançar, porque nós tivemos 59 votos, deputado Telhada. E na
segunda votação, na emenda aglutinativa, deu oito votos numa votação de
cinquenta e sete. Alguém podia falar “bom, mas mesmo assim teria os 48 ou a
maioria simples na segunda votação”. O problema aqui é que nós estamos falando
da demissão de 3.100 funcionários. Nós estamos falando da possibilidade de
colocar na rua pais de família e que aumenta o desemprego de 13 milhões no
Brasil, dois milhões e oitocentos aqui, com mais 3.100 funcionários. E é estranho porque a gente teve
que ver ontem aqui deputados zombarem do fim das empresas dando de barato que
podiam demitir os 3.100 funcionários.
É
muito estranho esse tipo de comportamento, presidente Gilmaci. Porque nós
estamos tratando com vidas humanas. Então, o governador conseguiu construir uma
base. Ainda não é uma base sólida. É verdade que alguns partidos estão
consolidados, mas não é uma base sólida, porque 59 votos ou 57 votos, mostra
que o governador ainda tem uma dificuldade muito grande.
Aliás,
ele deveria viajar menos e cuidar mais da cidade, porque está nos Estados
Unidos. Hoje, foi encontrar o presidente, fez discurso contra o prefeito de
Nova Iorque - deselegante, não precisava fazer isso, até porque adora Nova
Iorque, disse que é uma cidade mundial, que recebe as pessoas muito bem. Mas,
bateu no prefeito de Nova Iorque.
E
agora continua lá em Dallas porque foi receber o presidente; presidente que,
aliás, ontem, tratou os manifestantes da pior forma possível, chamando de
imbecis, tratando os manifestantes da pior forma possível.
Até
porque esses que foram, eu queria dizer ao presidente da República, ao
governador e aos deputados, que se são militantes, eu fico muito feliz. Porque
o PSOL, o PCdoB e o PT colocaram milhares de pessoas em mais de 220 cidades do
Brasil.
Eu
queria dizer para eles que quem foi para as ruas foram pais de alunos, foram
alunos, foram professores, foram aqueles que estão preocupados com a Educação.
Apesar do esforço do ministro que foi convocado a prestar esclarecimentos
ontem, foi insuficiente para demover aquilo que está acontecendo nas
universidades e nas escolas.
Porque
ele não tirou dinheiro só das universidades, tirou da graduação, da
pós-graduação, tirou do ensino médio, do ensino básico. É assim que a gente tem
acompanhado o desmonte de políticas públicas importantes, que fizeram com que a
USP, por exemplo, tivesse 20% de textos publicados no Brasil, textos
universitários, de pesquisa, que colocou o Brasil na posição 13º no mundo na
produção de artigos científicos.
É
assim que é tratado o Brasil: com o maior desdém. É assim que são tratados os
brasileiros. Por isso que ontem muita gente foi para as ruas. Aliás, eu queria
dizer que muita gente vai continuar indo para as ruas, porque o governo
Bolsonaro continua insinuando que quer cortar mais recursos.
Como
se isso pudesse impedir as pessoas de pensarem. O pensamento é uma coisa tão
importante, porque ele faz com que as pessoas criem autonomia, criem pensamento
crítico, inclusive para poder criticar o governo Bolsonaro, o governo Doria, e
criticar aqueles que, infelizmente, acabam ofendendo o cidadão.
Sr.
Presidente, muito obrigado. Eu queria deixar aqui o registro aos garis, não só
da cidade de São Paulo, mas do estado e do País.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB
- Obrigado, nobre deputado.
Continuando a
nossa lista do Pequeno Expediente, convidamos então o nobre deputado Enio Lula
Tatto. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
Tem V. Exa. o
tempo regimental, nobre deputado Conte Lopes.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB
- Pela ordem, nobre deputado Coronel Telhada.
O SR. CORONEL TELHADA - PP -
Enquanto o capitão Conte se desloca até a tribuna, me permite uma comunicação?
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB
- É regimental.
O SR. CORONEL TELHADA - PP –
PARA COMUNICAÇÃO - Eu só quero lembrar a Casa e os Srs. Deputados que outro dia
eu falei: "Nós estamos, é só olhar no vídeo, nós notamos que nós estamos
sem o pessoal nosso de Libras, de tradução para os surdos".
Eu já reclamei
outro dia isso aqui. Tenho vários amigos surdos, inclusive da minha igreja, que
falaram que é a única condição que a pessoa tem de entender o que nós falamos.
E nós estamos
lá sem o tradutor de libras. Eu não sei o que está acontecendo. Eu acho que
baixaram tanto o salário do pessoal da TV Assembleia que nós estamos tendo
falta de coisas que são necessárias aqui.
Muito obrigado,
agradecendo aos nossos garis, também o pessoal da limpeza aqui da Casa, dando
um grande abraço a todos.
Por favor, Sr.
Presidente, volte a tradução de Libras e a qualidade da nossa TV Assembleia.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB
- Obrigado, nobre deputado. Esta Presidência vai levar à Presidência efetiva da
Casa a reclamação de Vossa Excelência.
Com a palavra o
nobre deputado Conte Lopes.
O SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
que nos acompanha da tribuna da Assembleia, voltamos à tribuna seguindo o
raciocínio do Coronel Telhada.
Realmente,
é importante que os policiais que estejam nas ruas de São Paulo patrulhando
tenham veículos blindados. Brigamos por isso mais de trinta anos. Não
conseguimos.
Agora,
o Doria, governador, está colocando viaturas blindadas. É importante que ele
coloque. Está comprando também pistolas Glock, que a Glock tem nove milímetros;
a Polícia Militar teima em usar ponto 40, então vão ter que modificar as
pistolas de nove para ponto 40. São as ideias da Polícia Militar, tem que mudar
até o armamento. Mas é importante isso.
Agora,
é lógico, a gente tem que cobrar do governador a parte salarial também. Se há
verbas, evidentemente, para blindar viaturas, para ter carro melhor para a
Polícia, para o bombeiro, é importante também que se veja o lado salarial dos
policiais. Então, o governador que está
lá em Nova York, precisa atentar para esse lado dos policiais militares.
Acompanho
também o raciocínio do próprio Coronel Telhada com relação ao problema do
armamento. Eu acho que ninguém é obrigado a andar armado. Ninguém está
obrigando; o presidente Bolsonaro não está mandando ninguém andar armado, a
partir de hoje você é obrigado a andar armado. Agora, se o cara quiser ter uma
arma, ele não se sente seguro, ele quer ter uma arma em sua residência, que ele
possa ter.
Alguns
que trabalham até em segurança não poder ter arma, isso é um absurdo.
Vigilantes, homens de segurança, hoje, não podem ter uma arma. Policiais
aposentados têm dificuldade em ter uma arma, como nós mesmos, de dois em dois
anos tem que ir ao psicólogo, não sei para onde, para poder ter uma arma. O
bandido anda na rua de fuzil. A bandidagem está andando de fuzil, matando
policiais, como mataram o policial Fernando, aqui. Todo mundo viu, e até agora
ninguém prendeu ninguém. A gente vai continuar cobrando.
Volto
a repetir aqui: toda vez que morria um policial civil, militar no meu serviço,
nós iamos buscar o bandido. Se ele voltava em pé ou deitado era problema dele.
Ninguém ia para o enterro, não, levar bandeira para a viúva, não; ia buscar os
bandidos. E os bandidos que mataram o policial estão aí cantando de galo por
aí. Então, é importante que a Polícia aja. A Polícia tem que agir. Cobramos,
sim, policiais da Rota têm que ir atrás, não pode só estar o P2, não; é a
tropa. A tropa sempre trabalhou, sempre foi buscar bandido. É só deixar que
eles vão. É só apoiar. Então, a gente vai continuar cobrando, sim.
Da
mesma forma o problema do armamento, ninguém está obrigando ninguém a andar
armado. Agora, como tempos atrás, que eu fui presidente da Comissão de Segurança
Pública desta Casa, até acompanhado do Frederico d’Avila, que é um grande homem
da agricultura, ligado à agricultura, várias vezes nós visitamos cidades do
interior onde tem uma viatura. A viatura vai atender a ocorrência lá, se for de
briga de marido e mulher, acabou o policiamento. Os bandidos invadem uma
fazenda, uma chácara, um sítio, cinco, seis horas da tarde, prende todo mundo
que mora ali, e só vai liberar as famílias quatro ou cinco horas. Só que quando
a família é liberada e vai fazer o Boletim de Ocorrência, o trator já está em
Mato Grosso, o trator já está no Paraná, já está em Minas Gerais; os insumos, a
boiada, foi tudo embora. Que a pessoa tem a ideia, às vezes, que por ser
fazendeiro é um milionário, que vive na boa. A maior parte é trabalhador, a
pessoa vive de trabalho; acorda às quatro horas da manhã e vai dormir seis,
sete horas, na luta aí. E os bandidos invadem.
Então,
a pessoa não pode ter uma arma? A pessoa não pode ter uma arma inclusive para
atingir uma onça que foi atacar um filho dele? Não pode? Ou até matar os
javaporcos aí, que hoje se cria no interior de São Paulo, que atacam lavouras e
acabam com a lavoura em questão de horas? O cidadão tem que poder se proteger.
Então, é esse o problema do armamento. Não é para todo mundo andar na rua
armado, cada um com uma arma na mão, não. Se o cara não quiser usar arma, ele
não usa. Agora, é evidente que hoje a gente não tem quase segurança nenhuma,
não tem mesmo. Se você ligar no 190,
mandam você ir a uma delegacia, e se você for à delegacia, talvez lá mandem
você ligar para o 190. Então, infelizmente nós temos isso.
Enquanto
nós tivermos duas Polícias brigando uma com a outra, dificilmente a população
vai ter mais segurança. Isso é importante nós entendermos. E talvez um dia em
que tivermos uma Polícia mais unida, mais forte como era na época do Erasmo
Dias, que foi deputado comigo aqui e foi secretário quando eu era da Rota, ele
tentava fazer as Polícias trabalharem
unidas. Inclusive a viatura de Rota saía junto com a viatura do Garra, com
delegado e um tenente da Rota. Mas de lá para cá nunca mais fez nada, pelo
contrário.
Então,
essa é a nossa colocação de hoje, Sr. Presidente.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado,
nobre deputado Conte Lopes.
Convidamos
agora o nobre deputado Sargento Neri.
O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Boa tarde, Sr. Presidente,
parlamentares presentes, TV Assembleia e Polícia Militar, aqui representada
pela cabo Luciene.
Sr.
Presidente, quero agradecer à região de Ribeirão Preto - semana passada fiz uma
visita lá - pela acolhida. Quero agradecer também a Jaboticabal, onde estamos
tentando implantar o GGI, que é o gabinete de segurança. Foi cedido o espaço
pelo prefeito de Jaboticabal. Estiveram presentes a sociedade e todas as
autoridades.
Também
quero agradecer a recepção pelo professor Pedro, da Unesp. Fui lá conhecer o
belo trabalho que a Unesp faz, com um belo resultado científico. Quero
agradecer a todos da região.
Olha
só, o vice-governador fez um decreto, o Decreto nº 64.238, de 14 de maio de
2019, em que ele diminui o interstício da graduação da patente de aspirante
para 2º tenente. Acho louvável, mas nós temos lá vários projetos que beneficiam
também a classe de praças e o Governo não aponta nenhuma melhoria para os
praças.
Levei
para o subcomandante da PM, o coronel Alencar, um projeto para melhorar a
categoria, a classe de praças, em termos de carreira. Também fiz um ofício ao
secretário da Segurança Pública para que faça o remanejamento de vagas de 2º
sargento, 1º sargento, para subtenentes. Infelizmente, até agora o secretário
não respondeu e nem a PM, nem o Governo, sinalizaram sobre o projeto de
carreira dos praças. E nós precisamos fazer essa reestruturação.
Acho
louvável que a PM e a secretaria, que tem um oficial como secretário da
Segurança Pública, vejam a carreira de oficial, mas é importante também
reestruturar a classe de praças.
Está
ali o hoje 2º tenente Alexandre, meu amigo, que labutou no 18 por muitos anos,
na Força Tática. Ele sabe bem do que estou falando. A classe de praças, hoje,
na graduação de subtenente, daqui a pouco vai travar e não vai ter como
promover os 1ºs sargentos a sub. Precisamos fazer um trabalho urgente de
remanejamento de vagas ou melhoria na parte profissional da classe de praças.
Só que poucos dão atenção a essa classe.
Venho
falando há muito tempo que a proteção da instituição nós temos que fazer
sempre, mas a cobrança ao secretário, ao nosso comandante-geral, nesse sentido,
tem que ser feita. Isso tem que ser feito. Aqui, o nosso papel é representar,
pelo menos, 70 mil praças da Polícia Militar. E também os oficiais.
Então,
parabenizo aqui o vice-governador pelo decreto que fez, mas também cobro que
ele também olhe para a classe de praças. Fiz um ofício para o vice-governador
tentando sensibilizá-lo para que realmente faça um trabalho para a
reestruturação dessa classe.
Os
policiais militares, principalmente os que estão na ponta, atendendo o 190
neste momento, atendendo as pessoas acidentadas e tudo mais, em cada pelotão em
uma companhia, que é composta hoje por três viaturas em média, nós temos um
sargento e o restante tudo cabos e soldados. Se o batalhão tem três companhias,
nós temos um tenente para três sargentos e o restante cabos e soldados. Então
isso, essa configuração que eu mostro, determina a importância dessa classe e
dessas graduações no atendimento para a população.
Então, eu venho aqui
pedir ao governador, ao secretário de Segurança Pública que respondam aos meus
ofícios e que ajudem essa classe realmente a sair desse entrave na sua
graduação e na sua carreira. E gostaria, presidente, só para encerrar, que
fossem encaminhadas ao secretário e ao vice-governador tais palavras. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE -
GILMACI SANTOS - PRB - Esta Presidência recebe a
manifestação de V. Exa. e será encaminhada nos termos regimentais.
Convidamos
agora para fazer uso da palavra a nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado
Major Mecca. (Pausa.)
Iniciamos
neste momento a lista suplementar. Deputado Léo Oliveira. (Pausa.) Deputada
Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Vinícius
Camarinha. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid.
(Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
Deputado Tenente Nascimento. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde a todos. Quero cumprimentar aqui o Sr.
Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público presente na nossa TV
Assembleia. Cumprimentar também o tenente Torres e dizer: PEC 2, juntos somos
mais fortes. Faço desta tribuna hoje... Estou aqui para nós homenagearmos uma
data muito importante em nossas vidas: dia 16 de maio, o Dia do Gari, os
profissionais de limpeza.
E aqui hoje, eu
convidei para estar conosco o Mineiro, o Chico, Vera Lúcia, Maria Nilzete,
Josefa e a Sílvia, que estão aqui, queria que ficassem em pé. Esses são os
nossos profissionais de limpeza. Muitas vezes nós passamos e não vemos a
importância de estarem conosco, a importância de estarmos aqui e encontrarmos a
Casa limpa, uma Casa bonita. São esses profissionais.
E neste dia não poderia
deixar de dizer ao Chico, ao Mineiro, que eu falo sempre, esses profissionais. Sempre
faço questão de passar lá embaixo e cumprimentá-los ou onde estão de serviço,
que muitos não os veem. E foi feito na USP um estudo, Sr. Presidente, que
inspirou uma tese de doutorado pelo psicanalista Fernando Braga da Costa. Ele
se vestiu de gari e foi trabalhar não como uma outra personagem aí. Ele foi
para verificar e saber como é vestir um uniforme tão importante como este aqui.
E o que aconteceu?
Até mesmo um professor
renomado como Fernando Braga, alguns passavam ao largo, não o viam. Não
conseguiram detectar que ali estava um professor com aquele uniforme fazendo um
trabalho tão importante. Então, eu digo que nessa pesquisa resultou o livro “Homens
invisíveis: relatos de uma humilhação social”. Mas hoje, eu quero dizer a vocês:
nós estamos aqui para dar a visibilidade a essa função, os profissionais da
limpeza.
Nós estamos aqui para
mostrar a vocês que aqui nesta Casa, na Assembleia Legislativa, estão aqui
representantes profissionais que deixam esta Casa tão linda, tão bonita. Não
poderíamos deixar passar em branco tão importante fato. Parabéns aos nossos
profissionais da limpeza. Eu quero aqui pedir uma salva de palmas, e solta um
vídeo que tem aí, com a alegria desses profissionais. (Palmas.)
*
* *
- É apresentado o vídeo.
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O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Então Mineiro, Chico,
Vera Lúcia, Maria Nilzete, Josefa, Sílvia, este plenário é de vocês. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado e
parabéns, nobre deputado Tenente Nascimento, pela homenagem que V. Exa. presta
aos garis nesta tarde.
Convidamos agora para o Pequeno
Expediente, lista suplementar, a deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.)
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, não
havendo mais nenhum deputado inscrito, e havendo acordo de lideranças, esta Presidência,
antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da
sessão solene a realizar-se amanhã, às 10 horas, com a finalidade de homenagear
o Dia Estadual do Trabalhador da Saúde.
Está levantada a sessão.
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- Levanta-se a sessão às 15 horas e
24 minutos.
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