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10 DE ABRIL DE 2019

18ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, FREDERICO D'AVILA, CAUÊ MACRIS e GILMACI SANTOS

 

Secretaria: GIL DINIZ

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a visita dos alunos do curso de Cerimonial da Fatec de Barueri.

 

2 - GIL DINIZ

Informa que protocolou a Frente Parlamentar em Defesa dos CACs. Defende a prática do tiro desportivo. Discorre sobre projeto de lei, de sua autoria, que isenta as armas de fogo do ICMS. Fala sobre episódio envolvendo as Forças Armadas, no Rio de Janeiro.

 

3 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência.

 

4 - CORONEL TELHADA

Parabeniza os municípios aniversariantes. Lembra que hoje é o Dia da Arma de Engenharia do Exército. Exibe vídeo de ocorrência policial. Comenta lei federal que trata da violência doméstica. Comemora a regulamentação de lei que concede poder de polícia aos bombeiros.

 

5 - MAJOR MECCA

Para comunicação, menciona o aplicativo "SOS Mulher", da Polícia Militar paulista, usado por mulheres em medidas protetivas contra agressores.

 

6 - ADALBERTO FREITAS

Deseja sorte ao presidente Jair Bolsonaro, cujo governo completa, hoje, 100 dias. Considera que o saldo do governo é, até agora, positivo. Argumenta que é preciso respeitar as autoridades eleitas. Relata sua participação em romaria tradicional da cidade de Itupeva.

 

7 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

8 - FREDERICO D'AVILA

Exibe fotos da unidade do ICMBio na Floresta Nacional de Capão Bonito. Acusa os governos anteriores de não cuidarem das reservas ambientais. Afirma que o presidente Jair Bolsonaro tomou a frente de um país em situação crítica, que levará tempo para se recuperar.

 

9 - CASTELLO BRANCO

Informa que hoje se completam 100 dias do governo do presidente Jair Bolsonaro. Relata sua trajetória nas Forças Armadas, durante a qual conheceu Bolsonaro. Deseja sorte ao presidente. Afirma que a população acredita no seu governo.

 

10 - PROFESSORA BEBEL LULA

Lamenta que os professores paulistas recebam menos do que o piso nacional do Magistério. Considera desumanas as condições de trabalho na maioria das escolas. Cobra do governador João Doria o respeito à legislação federal a respeito da Educação e da jornada dos professores.

 

11 - PAULO LULA FIORILO

Elogia a deputada Professora Bebel Lula. Tece comentários sobre os debates, nesta Casa, acerca do PL 01/19. Aprova declarações do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre o Enem e sobre o golpe de 1964. Defende os governos do PT.

 

12 - GIL DINIZ

Para comunicação, responde aos comentários do deputado Paulo Lula Fiorilo. Reafirma a independência do PSL nesta Casa.

 

13 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, cita críticas do vereador Fernando Holiday ao movimento Escola sem Partido. Acusa a proposta de demonizar os professores.

 

14 - SEBASTIÃO SANTOS

Solicita o apoio de todos ao PL 1783, de 2019, a ser votado no Senado, referente ao mandato dos conselheiros tutelares. Ressalta a importância dos Conselhos Tutelares para garantir os direitos das crianças e dos adolescentes. Enaltece o trabalho feito por tais entidades.

 

15 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Relata sua participação, junto do deputado Sargento Neri, em comemoração do 4º Batalhão da Polícia Militar.

 

16 - SARGENTO NERI

Anuncia a visita de seu filho. Exibe e comenta vídeo com reportagem acerca dos salários da Polícia Militar. Expressa seu apoio à PEC 02/18. Defende que a propositura seja debatida em plenário. Apresenta demandas dos policiais militares.

 

GRANDE EXPEDIENTE

17 - PAULO LULA FIORILO

Faz críticas aos primeiros cem dias de gestão do governador João Doria. Opõe-se à política de Segurança Pública do governo Doria. Apresenta dados orçamentários do estado de São Paulo, considerando que há recursos para as áreas essenciais como Educação e Cultura. Mostra-se preocupado com o desemprego no Estado e no País. Manifesta-se contrariamente à reforma da Previdência como apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro. Considera que o PL 01/19, que trata da privatização de diversas empresas, foi apresentado a esta Casa de forma vaga e imprecisa. Responde ao pronunciamento do deputado Gil Diniz.

 

18 - PROFESSORA BEBEL LULA

Cita o educador Paulo Freire a respeito de alfabetização se dar para além da Educação Básica. Defende a formação continuada dos professores no local de trabalho. Pede a autonomia intelectual para educadores e alunos. Manifesta-se contrariamente ao PL 01/19, de autoria do governador, que trata do programa estadual de desestatização.

 

19 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Saúda o investigador Alcides, de Pirituba, e demais amigos da Polícia Civil que acompanham esta sessão pela TV Assembleia.

 

20 - VINÍCIUS CAMARINHA

Informa que protocolou projeto de lei que torna obrigatório que este Parlamento seja consultado a respeito de todos os projetos de concessões do governo do estado de São Paulo. Critica a concessão de novos pedágios no Estado. Pede a revisão das taxas de juros praticadas no Brasil. Apresenta projeto de lei propondo que haja seguranças nas portas de escolas públicas. Apresenta vídeo sobre as 15 novas praças de pedágios que deverão ser instaladas no interior do estado.

 

21 - GIL DINIZ

Informa que o PSL não fez qualquer tipo de acordo para estar nas comissões temáticas desta Casa. Destaca que o partido entrou com mandado de segurança para garantir a proporcionalidade partidária nas comissões. Enfatiza que o PSL está aberto ao diálogo com todos os demais partidos. Relembra seu passado como estudante de escola pública. Defende o projeto Escola sem Partido. Critica a instituição do Dia do Cuidador em detrimento do Dia das Mães e Dia dos Pais.

 

22 - MAJOR MECCA

Defende o respeito aos professores. Faz coro ao pronunciamento do deputado Gil Diniz a respeito da presença do PSL nas comissões temáticas da Casa. Elogia o trabalho realizado pelos policiais militares e lamenta que os salários da categoria estejam defasados. Lista as dificuldades enfrentadas no dia a dia dos soldados da Polícia Militar.

 

23 - TEONILIO BARBA LULA

Pelo art. 82, ressalta o seu compromisso com a aprovação das PECs 2 e 3. Discorre sobre visita a batalhões e delegacias do ABC. Destaca as péssimas condições destes locais. Faz breve balanço dos 100 dias do Governo João Doria. Cita o corte de 363 milhões de reais com a polícia, representando quase 20% do orçamento da Segurança Pública. Menciona o gasto de nove milhões de reais por ano para manutenção, o que é insuficiente. Afirma que não há o que comemorar. Considera o atual Governo vazio e muito ruim. Cita o projeto de privatização de seis empresas estatais. Esclarece que as pequenas cidades precisam destes serviços.

 

24 - CONTE LOPES

Para comunicação, comenta críticas recebidas nas redes sociais. Cumprimenta o trabalho do deputado Coronel Telhada na polícia e também nesta Casa, como 3º vice-presidente. Esclarece que o objetivo de seu partido era eleger o 3º vice-presidente desta Casa, o que efetivamente ocorreu.

 

25 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita a suspensão da sessão por dez minutos, por acordo de lideranças.

 

26 - CORONEL TELHADA

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h40min; reabrindo-a às 16h51min

 

27 - CAMPOS MACHADO

Pelo art. 82, discorre sobre a reforma do Palácio dos Bandeirantes, realizada pelo governador João Doria. Considera que o Palácio dos Bandeirantes está sendo transformado em buffet. Questiona a venda de diversas empresas pelo Governo do Estado. Pergunta quem pagará a conta de dois milhões de reais gastos na reforma do Palácio. Diz preferir perder do lado certo do que ganhar do lado errado.

 

28 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita a suspensão dos trabalhos por cinco minutos, por acordo de lideranças.

 

29 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Indefere o pedido em razão da não concordância de todos os líderes presentes.

 

30 - JANAINA PASCHOAL

Pelo art. 82, discorre sobre a frota de carros dos parlamentares nesta Casa. Informa que usa o seu carro particular, mantendo o carro parlamentar a serviço do gabinete. Destaca a presença de carros alugados na garagem desta Casa, em razão dos carros da frota atual não estarem em boas condições de segurança. Comenta resolução em trâmite nesta Casa, que autoriza o aluguel de carros, prevendo um acréscimo de 4.200 reais à verba atual dos gabinetes. Menciona a difícil situação do País e do Estado. Afirma que esta Casa está na contramão, prevendo um aumento de gasto por gabinete. Considera o valor de 33 mil reais mais do que suficiente para manter gabinete em funcionamento e também alugar o carro. Pede que os deputados reflitam sobre esta questão.

 

31 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência.

 

32 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, afirma que este projeto deverá ser votado pelos deputados, em plenário. Esclarece que os mesmos devem votar com consciência, para o que for melhor para o Estado. Diz que será feita votação nominal.

 

33 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Afirma que foram devolvidos 106 milhões de reais para o Estado, referentes à 9% do orçamento desta Casa. Discorre sobre dados da frota atual. Informa que na nova Legislatura 11 deputados optaram por não usar o carro oficial. Esclarece que ou a frota é trocada para todos os deputados ou será extinta. Esclarece que uma resolução antiga permite o aluguel de carros pelos parlamentares. Destaca que o dinheiro utilizado anteriormente para a manutenção está sendo destinado para o aluguel de carros. Ressalta que qualquer aumento de verba de gabinete deve ser decidido pelo plenário.

 

34 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, afirma que o projeto ainda não está pautado. Considera esta uma questão interna da Casa, que ainda não deve ser discutida e exposta. Ressalta que será decidido oportunamente.

 

35 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Discorre sobre o assunto. Menciona diversas solicitações de deputados em relação à frota parlamentar. Diz ser esta uma Casa plural. Destaca que respeita todas as posições. Informa que a decisão da Mesa Diretora é a de extinguir a frota parlamentar. Esclarece que cada parlamentar decidirá se irá locar ou não o carro. Ressalta que mesmo que o deputado não queira usar o carro, este está parado na garagem, gastando dinheiro público.

 

36 - WELLINGTON MOURA

Para comunicação, cumprimenta o presidente pela decisão.

 

37 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, diz ser coerente a decisão do presidente Cauê Macris sobre a frota parlamentar. Considera este um problema pequeno para o Estado. Afirma que esta é uma decisão de cada parlamentar. Parabeniza o presidente pela decisão.

 

38 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, diz não ter sido compreendida. Afirma que sua objeção é em relação ao aumento de verba dos gabinetes, o que não interfere na decisão de cada um locar ou não o carro. Esclarece que o aumento de 4200 reais por gabinete impacta o orçamento desta Casa, um valor de quase 500 mil reais por mês. Destaca que esta discussão tem importância para Educação, Saúde e Segurança Pública, e que é um problema da população. Ressalta que esta discussão trata de responsabilidade fiscal e moral.

 

39 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que o aumento não foi feito e que será debatido em plenário. Relata os caminhos a serem percorridos por este projeto. Afirma que a decisão da extinção da frota parlamentar está tomada, sendo a discussão somente sobre o aluguel de carros parlamentares.

 

40 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, critica o pronunciamento do deputado Gil Diniz sobre o que está acontecendo nesta Casa.

 

41 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, concorda com o pronunciamento do deputado Campos Machado. Defende os presentes nas galerias. Critica a discussão sobre o aluguel do carro de deputados.

 

42 - GIL DINIZ

Para comunicação, apoia a deputada Janaina Paschoal. Esclarece que o questionamento é de onde sairá o recurso para o aluguel dos carros. Considera que este poderá ser tirado da verba parlamentar de cada gabinete. Esclarece que o PSL conversa com todos os partidos. Pede respeito ao Regimento Interno em relação à proporcionalidade das votações.

 

43 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Esclarece que a eleição da presidência das comissões é feita por votos. Afirma que não tem participado ativamente destas eleições, sendo somente informado das decisões. Ressalta que todas as eleições foram unânimes até agora.

 

44 - GIL DINIZ

Para comunicação, reafirma o seu posicionamento sobre o assunto. Destaca que o presidente não está engajado na eleição das comissões. Com resposta da Presidência.

 

45 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, discorre sobre a votação nas comissões.

 

46 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, parabeniza o presidente pela decisão em relação à frota parlamentar.

 

47 - PAULO LULA FIORILO

Pelo art. 82, discorre sobre o caixa do Governo do Estado e as possibilidades de investimento. Comenta a análise feita pelo jornal "O Globo" sobre os 100 dias do Governo Jair Bolsonaro. Exibe fotos de escolas em péssimas condições. Lamenta a ausência de quadras esportivas nas escolas estaduais. Informa que a discussão sobre o Orçamento do Estado será iniciada na próxima semana, na Comissão de Finanças e Orçamento. Diz que esta Casa não pode continuar a ser o "puxadinho" do Palácio dos Bandeirantes.

 

48 - GIL DINIZ

Para comunicação, diz conhecer a escola citada pelo deputado Paulo Lula Fiorilo. Convida o mesmo para ver in loco a situação da escola. Compromete-se com o deputado Paulo nesta causa.

 

49 - RAFA ZIMBALDI

Pelo art. 82, cumprimenta os presentes nas galerias. Esclarece que durante a campanha eleitoral, o plano de governo é protocolado no TRE. Lamenta que, após a eleição, os compromissos assumidos são esquecidos. Menciona projeto, aprovado em Campinas, que obrigou o prefeito a apresentar seu plano de metas logo no início do mandato. Afirma que este projeto deveria ser implementado também nesta Casa, permitindo a publicidade e cobrança do plano de metas. Agradece aos deputados que assinaram sua proposta de emenda à Constituição, que foi protocolada e será discutida na Comissão de Constituição e Justiça.

 

ORDEM DO DIA

50 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação requerimento de inversão da Ordem do Dia, para que o item 11 conste como primeiro, renumerando-se os demais itens

 

51 - TEONILIO BARBA LULA

Encaminha a votação do requerimento de inversão da Ordem do Dia, em nome do PT.

 

52 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Para comunicação, combate o pronunciamento do deputado Teonilio Barba Lula. Afirma que se outros políticos seguirem o caminho da corrupção, pagarão da mesma forma que o ex-presidente Lula.

 

53 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, critica a atuação do atual ministro Sérgio Moro, enquanto juiz da Lava Jato. Diz ter lido toda a peça condenatória do ex-presidente Lula, sobre a propriedade do tríplex. Considera que o ex-presidente Lula foi preso para facilitar a eleição de Jair Bolsonaro ou Geraldo Alckmin. Demonstra o seu orgulho em carregar Lula em seu nome. Afirma que não sabe se os deputados do PSL terão coragem de colocar o nome de Bolsonaro em seus nomes parlamentares. Critica a reforma da Previdência.

 

54 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, lembra entrevista de Fernando Henrique Cardoso ao jornal "A Folha de S. Paulo", dizendo que quando o candidato não tem projeto e nem o que apresentar, só resta colocarem o debate a corrupção como questão central. Afirma que as dez medidas da corrupção foram elaboradas pela presidente Dilma Rousseff em 2013, e não por Sérgio Moro. Considera que o País precisa de emprego e renda.

 

55 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Registra a presença do prefeito de São Bernardo do Campo, o ex-deputado Orlando Morando.

 

56 - MÁRCIA LULA LIA

Encaminha a votação do requerimento de inversão da Ordem do Dia, em nome da Minoria.

 

57 - MAJOR MECCA

Para comunicação, demonstra sua honra em trazer o nome de seu pai. Esclarece que acredita em Deus e caminha ao lado dos homens de bem. Diz respeitar se os deputados do PT colocam o nome de Lula no peito. Discorre sobre os índices criminais e políticas implementadas pelo PT no Nordeste.

 

58 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que o projeto em votação é muito importante para a Cultura do Estado. Pede que os deputados finalizem a discussão a respeito de Bolsonaro e Lula para que possam discutir o tema atual.

 

59 - JOSÉ AMÉRICO LULA

Para comunicação, combate o pronunciamento do deputado Agente Federal Danilo Balas. Afirma que a Polícia Federal no Rio de Janeiro é omissa por não querer enfrentar as milícias, que, de acordo com o deputado, são ligadas à família Bolsonaro. Considera que a prisão de Lula foi manipulada para que Jair Bolsonaro pudesse ganhar a eleição. Discorre sobre possível associação da polícia com o crime organizado.

 

60 - RAFAEL SILVA

Encaminha a votação do requerimento de inversão da Ordem do Dia, em nome do PSB.

 

61 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Convoca uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

62 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Para comunicação, apoia o pronunciamento do deputado Rafael Silva. Diz ser nordestino com orgulho. Considera que existe o Nordeste antes de Lula e após Lula.

 

63 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Para comunicação, combate os pronunciamentos dos deputados José Américo e Teonilio Barba. Esclarece que a Polícia Federal está envolvida em várias operações neste momento, em 27 estados. Cita sua atuação no Acre, em defesa do País e no combate à corrupção. Afirma que o trabalho da Polícia Federal honra o Brasil.

 

64 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de inversão da Ordem do Dia. Encerra a discussão e coloca em votação o PLC 29/17. Coloca em votação e declara aprovada a consulta às lideranças, para que fosse dado conhecimento da íntegra e votada a citada emenda aglutinativa ao PLC 29/17, sendo dispensada a sua leitura. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PLC 29/17. Coloca em votação o item 1 do requerimento de método.

 

65 - BETH LULA SAHÃO

Encaminha a votação do item 1 do requerimento de método, em nome do PT.

 

66 - CARLÃO PIGNATARI

Solicita a prorrogação da sessão por 30 minutos.

 

67 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação da sessão por 30 minutos.

 

68 - MAJOR MECCA

Para comunicação, combate o pronunciamento do deputado José Américo. Afirma que a polícia não faz acordo com crime organizado. Esclarece que os comandantes são honestos e dignos.

 

69 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Afirma que a comunicação está sendo desvirtuada. Ressalta que não permitirá mais comunicação para debates paralelos. Esclarece que isto pode ser feito no artigo 82. Pede que os deputados se atenham ao que está sendo discutido. Considera que o debate paralelo entre o PSL e o PT está causando desvirtuamento dos trabalhos da Casa. Informa que a comunicação tem o objetivo específico de fazer uma comunicação relevante e não para debates paralelos.

 

70 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, comenta o pronunciamento do presidente Cauê Macris.

 

71 - PROFESSORA BEBEL LULA

Encaminha a votação do item 1 do requerimento de método, em nome do PT.

 

72 - SARGENTO NERI

Para reclamação, concorda com o pronunciamento do presidente Cauê Macris. Afirma que desta maneira, não é possível entrar na pauta dos trabalhos. Diz que irá cobrar esta decisão do presidente. Esclarece que o interesse é a população de São Paulo.

 

73 - GIL DINIZ

Encaminha a votação do item 1 do requerimento de método, em nome do PSL.

 

74 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovado o item 1 do requerimento de método. Coloca em votação o item 2 do requerimento de método.

 

75 - CARLÃO PIGNATARI

Solicita a prorrogação da sessão por uma hora.

 

76 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anota o pedido.

 

77 - JOSÉ AMÉRICO LULA

Encaminha a votação do item 2 do requerimento de método, em nome do PT.

 

78 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação dos trabalhos por uma hora.

 

79 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência. Coloca em votação e declara aprovada a emenda aglutinativa ao projeto em tela. Coloca em votação o item 3 do requerimento de método.

 

80 - MARCIO DA FARMÁCIA

Encaminha a votação do item 3 do requerimento de método, em nome do PODEMOS.

 

81 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência. Coloca em votação e declara rejeitadas as demais emendas.

 

82 - ANDRÉ DO PRADO

Para comunicação, saúda a presença do prefeito de Sumaré, Luiz Dalben nesta Casa.

 

83 - BETH LULA SAHÃO

Declara o voto favorável do PT às emendas rejeitadas.

 

84 - SEBASTIÃO SANTOS

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

85 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Desconvoca a sessão extraordinária, que seria realizada dez minutos após o término desta sessão. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 11/04, à hora regimental, com Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Gil Diniz para ler a Resenha do Expediente. 

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Indicação da nobre deputada Letícia Aguiar - Indico nos termos regimentais ao Exmo. governador João Doria, que tome as providências necessárias, no município de Praia Grande.

A segunda indicação é do nobre deputado Rafa Zimbaldi - Indico nos termos regimentais ao Exmo. Sr. governador do Estado,  João Doria, a liberação de recursos financeiros que serão destinados à entidade filantrópica Albergue Noturno Protetor dos Pobres, localizada na cidade de São José do Rio Preto.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. deputado. Antes de iniciarmos o Pequeno Expediente, quero fazer ciência à Casa que hoje nós estamos recebendo a visita dos alunos do curso de Cerimonial da Fatec Barueri, lógico da cidade de Barueri. A professora responsável é a Sra. Viviane Veiga Shibaki. Professora, muito obrigado. Sejam todos bem-vindos. É um prazer recebê-los aqui. Uma salva de palmas para os alunos. Muito obrigado pela presença. Sejam bem-vindos. Sucesso no curso e contem conosco aqui na Assembleia. 

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pequeno Expediente. Chamaremos os oradores inscritos. O primeiro orador é o deputado Gil Diniz. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde presidente, boa tarde a toda a Mesa, ao público aqui na galeria. Sejam bem-vindos a esta Casa de Leis, a todos os deputados aqui presentes em plenário, a nossa assessoria, assessoria policial militar, aos nossos policiais civis também e a vocês que nos assistem aí na TV Assembleia.

Comandante, gostaria de começar aqui neste Pequeno Expediente dizendo que nós protocolamos hoje a Frente Parlamentar em Defesa dos CACs, em defesa do tiro desportivo.

A vocês que não são tão afeitos, assim, a essa modalidade: o tiro desportivo é uma modalidade olímpica, Coronel Telhada. Inclusive, a nossa primeira medalha de ouro nas Olimpíadas foi em 1920, com o atleta Guilherme Paraense.

Nós temos hoje no Brasil, por exemplo, um atleta chamado Felipe Wu; ele é terceiro-sargento do Exército, lembrando que o Exército tem uma fábrica de atletas de alto rendimento.

Então, nós protocolamos essa frente parlamentar em defesa do tiro desportivo, em defesa dos CACs. Para quê? Para desmistificar, Coronel Telhada, o acesso às armas, tanto no estado de São Paulo, deputado Freitas, quanto no Brasil.

É uma modalidade olímpica. O Brasil já teve medalhista de ouro, a nossa primeira medalha. Nós temos atletas de alto rendimento sendo patrocinado pelas nossas Forças Armadas, no caso, o Felipe Wu.

E nós queremos promover esse esporte, que tira muitos pobres de situações, muitas vezes, de vulnerabilidade. E nós queremos trazer esse debate para esta Casa de Leis e para fomentar a prática do tiro desportivo.

Somado a isso, deputado Frederico d'Avila, nós protocolizamos aqui nesta Casa o projeto de lei que visa a redução, a isenção, do ICMS para as armas. As armas, Frederico, são praticamente inviáveis para a população mais pobre.

A taxa de imposto: os impostos na arma de fogo chegam a cerca de 70% de uma arma. Como? Como um cidadão comum vai ter acesso à legítima defesa ou à prática desse esporte?

Então, visando essa desmistificação do tiro, do uso de armas, nós estamos aqui para defender, sim, os CACs. Dentro desse projeto, é claro, nós colocamos os policiais militares, os policiais civis, as Forças Armadas, que precisam - como não? - de um armamento adequado, inclusive para treinar e para se preparar, se preciso for, para o combate.

Queria lembrar também, Coronel Telhada, daquele evento dramático que aconteceu no Rio de Janeiro quando alguns militares, ali, do Exército Brasileiro acabaram dando alguns tiros, cerca de 80 tiros, num carro.

Nós nunca esperamos esse resultado, de qualquer tipo de ocorrência. Mas, nós precisamos lembrar que o Exército Brasileiro, nossas Forças Armadas, capitão Castello Branco, ele é treinado para o combate. Ele é treinado para a guerra.

Quem faz o policiamento nas ruas, nas nossas cidades, são nossas forças policiais, nossos policiais militares. Só que no caso do Rio de Janeiro, Coronel Telhada, é uma situação de guerra. De guerra.

Então, o Exército, o estado, deu um fuzil na mão daquele jovem. Imagina, deputado Freitas, um jovem de 18 anos, 19 anos, foi preparado para o combate. Não para o combate, ali, de rua, como os nossos policiais militares.

Teve esse evento, ali, dramático. E, agora, como sempre, a nossa mídia faz o quê? Nem procura entender o que aconteceu. Já julgaram, Coronel Telhada. Já julgaram e condenaram esses militares. Sabe Deus o que vai acontecer com eles.

Então, fica registrado aqui que a gente nunca espera que um tipo de evento desses aconteça. Mas, nós precisamos lembrar que o caos, ali na cidade do Rio de Janeiro e no estado do Rio de Janeiro é, sem dúvida, fora de série, e ali existe uma situação de guerra.

Infelizmente, na guerra, até inocentes acabam morrendo - e não é esse resultado que nós esperamos. Mas todo nosso apoio às nossas forças militares, ao Exército, Marinha, Aeronáutica.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado.

Chamamos os próximos oradores inscritos. Deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.)

Solicito ao deputado Frederico d’Avila que assuma a Presidência dos trabalhos, para que eu possa fazer uso da palavra.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Uma honra assumir esta Presidência desta Casa, substituindo aqui o nobre Coronel Telhada. Tem cinco minutos regimentais para o seu pronunciamento.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado. Sr. Presidente, Srs. Deputados, assessores, funcionários aqui presentes, a todos os alunos da Fatec. Sejam bem-vindos. É um prazer recebê-los nesta Casa. Saúdo os dois policiais militares aqui presentes, na figura do cabo Porto. Saúdo sempre os nossos policiais militares presentes aqui, cuidando de todos os deputados e funcionários desta Assembleia Legislativa.

Quero saudar aqui, inicialmente, as cidades aniversariantes na data de hoje. Hoje nós temos algumas cidades aniversariando: a cidade de Álvares Florence, a cidade de Artur Nogueira, a cidade de Pontes Gestal, a cidade de Ariranha, a cidade de Serrana e a cidade de Juquiá. Parabéns a todos os moradores dessas cidades. Contem conosco aqui na Assembleia. Repetindo: Álvares Florence, Artur Nogueira, Pontes Gestal, Ariranha, Serrana e Juquiá.

Quero lembrar a todos aqui o nosso lado militar também que hoje é o Dia da Arma de Engenharia do Exército Brasileiro. Parabéns a todos os engenheiros militares. Capitão Castello Branco, é engenheiro ou não? O que o senhor é? Oficial de comunicações. Então, lembrando aqui: nosso Exército Brasileiro hoje comemorando o Dia da Arma de Engenharia. Parabéns a todos os homens e mulheres da arma de engenharia do nosso Exército Brasileiro.

Eu trouxe um filme aqui. Machado, está no ponto? Eu queria que os senhores observassem, acho que são 30 segundos somente. Põe na tela, por favor! Pode soltar, por favor. Põe na tela. Esse vídeo mostra uma jovem se deslocando - segura aí, Machado, que não puseram na tela, então o público em casa... Agora, agora, agora vai. Pode soltar. Volta, por favor. Volta! Volta. Volta. Volta. Aí.

 

* * *

- É feita a exibição.

 

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A jovem indo trabalhar, ou chegando do trabalho. Está com a camisa do Brasil, de repente chega um maldito, um safado, pilantra, covarde que vem roubar essa jovem. Arma na mão. Viram arma na mão? Arma na mão, valentão. Só que ele não esperava que tivesse um policial sentado no carro ali, policial de folga, sentado no carro, já deveria ter sentado o dedo nesse maldito, mas ele foi bonzinho, só prendeu. Prendeu o safado. A mulher ficou ali assustada. Graças a Deus reconquistou o seu celular, talvez um celular que ela tivesse comprado com tanta dificuldade, graças a esse policial militar de folga. Ele não teria que se meter nessa ocorrência, se dependesse dele. Mas ele tem a obrigação legal. Nós, policiais militares, militares policiais, temos a obrigação legal de, ao nos depararmos com uma ocorrência, mesmo de folga, intervir. Então, isso aqui eu sempre trago para os senhores verem que é uma normalidade do serviço policial. Isso ninguém valoriza. Ninguém valoriza. Se esse policial tivesse morrido, talvez fosse mais uma noticinha de pé de página “Morreu um policial militar.” Se tivesse matado o bandido, iriam tocar fogo em pneu. Agora, essa senhora teve seus bens reconquistados graças a um policial militar que nunca deve ter visto essa mulher na vida. Mas nós somos compromissados com a lei, com a segurança das pessoas. Eu não sei o nome desse policial. Isso rodou no Whatsapp. Só para mostrar para os Srs. Deputados a realidade do nosso Brasil. E parabéns a esse policial e a toda Polícia Militar do Brasil.

Duas notícias que eu quero dar aqui aos senhores, referentes à Segurança. O Senado aprovou, na data de ontem, terça-feira dia 9, um projeto que aplica imediatamente as medidas protetivas a vítimas de violência doméstica. O pessoal tem discutido muito, que temos mulheres na plateia, que o papo da violência doméstica, violência contra a mulher. Então, foi aprovada no Senado, ontem, a lei que prevê aplicação imediata de medidas protetivas a vítimas de violência doméstica e familiar. O que acontece? Só falta agora a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Creio que ele deve dar essa sanção, pois sei que ele é favorável a isso.

Pelo texto, se houver risco à vida ou à integridade física da mulher, delegados e policiais poderão determinar o afastamento imediato do agressor, antes mesmo de autorização judicial. Na lei atual, para que seja feito esse afastamento, determinado esse afastamento, só pode ser feito por um juiz. Isso demora, no mínimo, 48 horas. Em 48 horas, para quem tem um problema dentro de casa, já morreu. Já morreu.

Outra coisa que acontece é que, em caso de risco à integridade física da vítima ou à efetividade da medida protetiva, não será concedida liberdade provisória ao preso. Antes, o cara ia preso e poderia ser concedida a liberdade provisória. Agora, isso não vai acontecer mais, desde que haja risco à vida ou à integridade física da pessoa.

Vemos diariamente casos de mulheres que são mortas por ex-namorados, ex-maridos. Elas fazem a ocorrência, pedem intervenção judicial e isso não acontece. A mulher avisa uma, duas, dez vezes e acaba sendo assassinada. Temos a esperança de que, com a aprovação dessa lei, as mulheres do Brasil estejam mais protegidas.

Para encerrar, Sr. Presidente, quero agradecer ao nosso governador João Doria, que ontem regulamentou uma lei que está sancionada desde 2015. Essa lei dá o poder de polícia ao Corpo de Bombeiros de São Paulo.

O que acontece? Hoje, o Corpo de Bombeiros chega a um prédio, vê que está irregular, vê que não tem o AVCB, que não tem a documentação própria, e ele não pode interditar o prédio. Ele tem que fazer uma documentação e encaminhar pedindo a interdição. Essa interdição acaba não acontecendo nunca. Hoje, com a aprovação dessa lei, com a regulamentação dessa lei, o Corpo de Bombeiros, chegando a um lugar e constatando as irregularidades, poderá fechar o prédio, poderá fazer com que o prédio seja fechado de imediato. Poderá interditar o prédio.

Só para vocês terem uma ideia, os últimos grandes incêndios aqui na Capital foram em prédios que não tinham o AVCB, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros: Instituto Butantã, auditório do Memorial da América Latina, Liceu de Artes e Ofícios, Cinemateca Brasileira, Museu da Língua Portuguesa, ou seja, todos prédios públicos.

E eu sei, não contem para ninguém... Presidente, por favor, não conte para ninguém. Eu sei que esta Casa está com o AVCB vencido. Vencido! Valia até dezembro. Não é isso, Coronel Nishikawa, o senhor que é bombeiro? O AVCB daqui valia até dezembro. Estamos com o AVCB vencido. Esta Casa está irregular. Vamos interditar! Chamem os bombeiros, vamos interditar! Lei é lei. Acho que não tem meio grávida com a gente. Ou está grávida ou não está grávida, é simples assim.

Então, o bombeiro tem que ter esse poder de polícia, sim, de interditar. Depois acontece o incêndio, morre alguém, cai o prédio na cabeça, aí todo mundo quer achar o culpado, todo mundo quer culpar alguém. Os culpados somos nós mesmos, que não cumprimos a lei. Então, parabéns ao governador Doria. Muito obrigado pela regulamentação dessa lei. Queremos a aplicação imediata dessa lei.

E lembrando mais uma vez da nossa PEC 09/2015, que fala sobre a emancipação do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. O Corpo de Bombeiros tem que ser emancipado, como é em todo lugar no mundo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Chamando o próximo orador, Vinícius Camarinha. (Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Marcio da Farmácia. (Pausa.) Nobre deputado Adalberto Freitas. Vossa Excelência tem os cinco minutos regimentais.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Sr. Presidente, para um comunicado.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Para uma comunicação, o senhor tem dois minutos regimentais.

 

 O SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - É somente para fazer uma observação sobre a questão da medida protetiva, para complementar o que o Coronel Telhada acabou de falar, a Polícia Militar do Estado de São Paulo tem um aplicativo hoje que é o SOS Mulher.

Todas as mulheres que estiverem sob a proteção da Justiça, ou seja, estiverem sob medida protetiva por sofrer ameaças de ex-maridos, podem instalar no seu aparelho celular o aplicativo SOS Mulher. Ela aciona esse aplicativo, e a Rádio Patrulha que estiver mais próxima já é destinada através do Centro de Operações da Polícia Militar para prestar o socorro a essa mulher que está sob medida protetiva.

Então, só para complementar, comandante, como o senhor citou a medida protetiva, esse aplicativo que a nossa Polícia Militar tem, a Polícia Militar de São Paulo, o SOS Mulher. Instala-se o aplicativo em qualquer celular. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Obrigado, deputado Major Mecca. Tem a palavra o deputado Adalberto Freitas.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Boa tarde a todos. Cumprimento aos integrantes da Mesa, aos deputados presentes, aos funcionários da Casa, aos PMs, aos policiais civis que estão cuidando da nossa segurança, ao pessoal que está em casa assistindo à TV Alesp e aos alunos do curso de Cerimonial de Barueri - sejam bem-vindos à nossa Casa. A Casa estará sempre de porta abertas. A Casa é do povo, e o povo deve vir aqui mesmo.

Quero deixar registrado que hoje nós estamos completando 100 dias do governo do nosso presidente Jair Messias Bolsonaro. Quero deixar registrado aqui na Casa, desejando ao presidente que ao completar o seu mandato, que consiga fazer as grandes realizações prometidas e que pretende fazer para colocar o Brasil em uma situação melhor do que a do País que ele pegou, quando assumiu a Presidência da República.

Nós, aqui de São Paulo, da nossa bancada, vamos estar sempre trabalhando e seguindo as orientações que vêm do nosso presidente. Nós sabemos que não é fácil pegar o País do jeito que ele pegou e, em 100 dias de governo, pouco mais de três meses, nós já estamos tendo alguns avanços, e vamos torcer para que tudo dê certo.  Então, deixo aqui registrada essa manifestação. Que o nosso presidente tenha muito sucesso e muito boa sorte.

Há algumas pessoas, que já vi, aqui na tribuna, em embates, falar mal do presidente e, ao meu entender, temos que aceitar estas situações. Nós temos aqui o governador João Doria. Tem gente que não gosta dele, outros gostam. Até um colega do meu partido, dia desses, veio me perguntar por que eu elogiava o João Doria, em algumas situações, e eu falei: “Olha, o João Doria é o nosso governador. Ele foi eleito pela maioria do povo de São Paulo e vai ficar quatro anos no Poder, então ele é o nosso governador, e nós temos que respeitá-lo”.

Isso é bíblico, nós temos que respeitar as autoridades constituídas, e assim tem que ser. Nós temos, também, o prefeito Bruno Covas, que é o prefeito de São Paulo. Ele foi eleito, e temos que respeitá-lo, é o nosso prefeito. Até o próprio presidente da Casa, Cauê Macris. Houve aquela situação toda de disputa da Casa, nós lançamos uma candidata e, ele ganhou a eleição e então nós temos que respeitá-lo por esses dois anos em que estará à frente da Casa. Ele merece todo o nosso respeito como presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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Quero deixar registrada a minha participação na 64ª Romaria de Itupeva a Bom Jesus de Pirapora, que aconteceu no dia 31 de março. Parabenizo o prefeito da cidade, Marco Antônio Marchi, e o vice-prefeito, Alexandre Ribeiro Mustafa; o presidente da Associação dos Romeiros, Valmir Falco; a vereadora Tatiana Sales, presidente da Câmara de Itupeva; os vereadores Márcio Galo e Angelin Lourenção; o padre Marcos Adriano Paulino, que abençoou a festa, e o Turcão, que é o pai do prefeito.

Quero deixar esse registro, pois a cidade de Itupeva é a cidade em que resido, e quero parabenizar todos os moradores, toda a população de lá, que é muito presente para manter essa tradição de romaria, que é muito importante para o nosso estado e para a nossa cidade. Muito obrigado, boa tarde.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Deputado. Continuando a chamada dos deputados inscritos, deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputada Erica Malunguinho. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Frederico d´Avila.

 

O SR. FREDERICO D´AVILA - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu gostaria de, aproveitando a lembrança do deputado Adalberto Freitas sobre os 100 dias do governo do presidente Bolsonaro, mostrar um vídeo de um órgão federal, o ICMBio. Quero mostrar o estado que os governos anteriores deixaram a que chegasse uma das suas florestas nacionais, localizada nos municípios de Buri e Capão Bonito, no sudoeste do nosso estado.

Esta é a Floresta Nacional de Capão Bonito, que era o antigo Instituto do Pinho, fundado na época do presidente Dutra. Vejam a brigada de fogo. Nós chegamos, em visita surpresa com o ministro Ricardo Sales, e essa é a situação da Floresta Nacional de Capão Bonito, dos veículos, das instalações dos prédios.

Os governos anteriores, tanto do PT quanto do PMDB, que tinha como seu ministro o Sarney Filho, diziam cuidar muito bem. A ministra, hipócrita, Marina Silva, dizia cuidar muito bem do meio ambiente.

Este é o ICMBio e eu posso dizer aos senhores que isso se repete no Brasil inteiro.

Essa floresta nacional tem mais de quatro mil hectares. Coronel Telhada, que é um historiador, gosta da história de São Paulo. Aí tem uma homenagem ao cabo Osvaldo Sepe, que lutou da Revolução de 1932. Ele tem uma pedra com uma homenagem e uma placa, que já já vai passar aí novamente. A placa está em estado deplorável também.

Nada melhor que as imagens para verificarmos o trato do PT e de seus antecessores e sucessores com a coisa pública.

Olha aí: Otávio Sepe, é o cabo da então força pública do estado de São Paulo que veio a falecer, na Revolução de 1932, dentro dessa propriedade.

O que eu tenho para dizer? Esse é o estado que o presidente Bolsonaro encontrou o país em todas as suas instâncias, fosse na área ambiental, na área de infraestrutura, na área de Saúde, na área de Segurança Pública. Isso se repete em inúmeras repartições do país inteiro.

Eu queria deixar registrado que para a gente reconstruir tudo isso, não é do dia para a noite. Não é fácil. Têm pessoas que estão enraizadas nos órgãos há mais de 30 anos, muitas delas desde a concepção original do ministério ou do órgão que ali se encontram, e que têm um componente ideológico fortíssimo e que não têm o menor interesse em prestar um serviço público de qualidade - têm interesse em chegar em uma situação dessa em que, obviamente, os salários são pagos em dia, mas o serviço público é prestado dessa forma que nós vemos aí.

Bom, para finalizar, eu queria chamar a atenção desta Casa para que, aqui em São Paulo, apesar de nós não termos encontrado um estado nessas condições, que o estado de São Paulo, como locomotiva da Nação, seja pujante e também diligente em ajudar o presidente Jair Bolsonaro, seja aqui na Casa, na Assembleia Legislativa de São Paulo e nos demais órgãos a ajudar o presidente Bolsonaro a reconstruir o nosso Brasil.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado, parabéns pelo trabalho. Mande um abraço ao nosso amigo, ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Próximo deputado, capitão Castello Branco. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - O pronunciamento de hoje visa a marcar os 100 dias de Governo do capitão de artilharia Jair Messias Bolsonaro.

Hoje, dez de abril de 2019, quarta-feira, nós completamos os primeiros 100 dias de uma fase importante em qualquer governo.

Como conheci o capitão Bolsonaro? Ele é da turma da Escola Preparatória de Cadetes do Exército em Campinas, de 1973. Cursou a Academia Militar das Agulhas Negras entre 74 e 77 e, na sua formatura, em dezembro de 77, eu, com 15 anos, tive oportunidade de acompanhar o meu tio, general Francisco Batista Torres de Melo.

Mal sabia que naquela turma, daqui a muitos anos, iria sair o novo presidente do Brasil. Em 1978, entro no Colégio Militar do Rio de Janeiro e, em 1986, vou servir na brigada paraquedista, onde encontro novamente o então tenente antigo, capitão novo, Bolsonaro.

Depois um encontro, em 1988, na Comissão de Desportos do Exército, e ele fazendo a Escola de Educação Física do Exército. Logo em seguida ele sai candidato a vereador pelo Rio de Janeiro, com tudo que cercou o episódio da época, e nunca mais nos vimos.

Quando foi em abril de 2016, ocorre um reencontro e, no ano seguinte, histórico 12 de dezembro de 2017, em uma cerimônia de promoção aos novos generais em Brasília, ele me convida a sair candidato nas eleições do ano seguinte. Uma reunião histórica, inicialmente eu não aceitei e ele, então, prevê o seu futuro atentado e diz: “Castello Branco, estamos em guerra, é preciso recuperar, reconstruir, renascer o Brasil e eu preciso da ajuda de todos aqueles que estiverem dispostos a essa reconstrução, por favor, se lance candidato e vamos ocupar espaços”.

Em seus 100 dias de governo, desejo a ele um novo Brasil, uma nova política e um novo estado de consciência para a Nação brasileira na esperança de que tenhamos um novo futuro.

A população acredita nesse novo amanhã e ele tem feito um enorme esforço para ocupar tecnicamente, com competência e meritocracia, os cargos e as funções do Governo, inclusive com muitos militares de notório saber em suas respectivas áreas. Tem enfrentado os problemas naturais dessa importante fase de Governo, principalmente a questão da Previdência, que, neste ou em qualquer governo, seria um grande desafio.

Por fim, eu desejo enorme sucesso, paz, saúde, felicidade e prosperidade ao líder da Nação no cumprimento de tão nobre missão. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado capitão Castello Branco.

Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. Vossa Excelência tem cinco minutos regimentais.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Cumprimento também a Mesa, assim como os assessores dos dois lados. Cumprimento o público presente e os senhores deputados.

Hoje faz cem dias, também, de governo Doria. É importante fazer esse balanço. Nós, sobretudo do funcionalismo público, todos temos que fazer balanço em todas as áreas, mas o funcionalismo público tem que fazer esse balanço.

Por quê? Nós, professores, estamos ganhando abaixo - pode levantar Gil, eu não estou envenenando não - do piso salarial profissional nacional, que não é nenhum grande piso. São dois mil, quinhentos e alguma coisa por 40 horas semanais. É isso que nós ganhamos. Abaixo. Isso é uma vergonha para o estado de São Paulo.

Quando a gente debate qualidade de ensino... Tem que debater, acho que sim, mas nós temos que debater salários dos professores, as condições de trabalho.

Vejam bem, nós fizemos um próprio estudo do Tribunal de Contas do Estado. Demonstra o quê? Que 67% das escolas de Ensino Fundamental estão acima de 30 alunos por sala de aula. Se você pegar um professor de português, vai ter 600 alunos, mas se você pegar um professor de física, de química, de biologia, que tem carga horária menor, vai ter uma média de 1.000 alunos, 800 alunos por professor. Oitocentas provas, 800 trabalhos para serem corrigidos. É muito difícil, é desumano o trabalho do professor.

Estou falando em Ensino Fundamental. Vamos lá para o Ensino Médio. O Ensino Médio, 87% das escolas de Ensino Médio têm 44 alunos por sala de aula. A conta dobra ou é um terço a mais do que eu apontei do Ensino Fundamental. Estou falando do Ensino Médio. O Ensino Médio é a etapa da terminalidade, não terminalidade de estudo, terminalidade de uma etapa que é Educação Básica. Eu já expliquei, Educação Infantil mais Ensino Fundamental e Ensino Médio. É disso que eu estou falando.

Ou o governador põe a mão na cabeça e pensa que para termos Educação pública de qualidade nós temos que mexer na totalidade... E aí, nós, do sindicato, aqui não é a deputada Bebel, estou falando como alguém que também representa um sindicato, que é o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Apeoesp, a gente tem até o cuidado de gestão.

Já fizemos, inclusive, proposta. Olha, se reduzir a presença do professor na sala de aula, ou seja, hoje, um professor com 40 horas semanais, para ele receber, entra 32 vezes nas salas de aula. Sobram oito para correção de provas, preparação de aulas. Sobram oito horas-aula.

 Se implantar a jornada do piso como os Planos Nacional de Educação e Estadual de Educação indicam, em um espaço de dez anos, como fica essa jornada? Em uma jornada de 40 horas, o professor entra 27 vezes e 14...

Se eu atrapalhar você, Paulinho, avise-me. Obrigada. É que o meu amigo está tentando entender um pouco a nossa intenção, a nossa vida. Eu fico tão contente quando eu estou tentando, não é? Muito obrigada, deputado.

Entra 26 vezes e ele vai ficar 14 fora. Aí você fala: “Nossa, mas é muito tempo fora”. Não, eu não defendo que seja só fora, por fora. Sete para atividades extraclasse e sete para formação continuada, outra dimensão da formação, que não é só inicial, que é necessária para a gente avançar na qualidade do ensino. Só tem isso.

Então, hoje, são 100 dias dessa desumanidade que está sendo feita com os professores, com os alunos, com salas de aula superlotadas, com escolas sem condições de funcionamento. É disso que eu estou falando, e aí eu volto no outro expediente para falar um pouco mais dessa questão.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado. A professora Bebel deu uma chamada em nós. Como toda boa professora, puxou a nossa orelha aqui. O próximo deputado é o meu amigo, deputado Paulo Fiorilo. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, queria, antes, fazer aqui uma referência à deputada Bebel, que é professora, presidente da Apeoesp, tem uma luta histórica em defesa dos trabalhadores da Educação. É uma pessoa que conhece profundamente as agruras de quem está numa sala de aula, de quem usa o giz e a lousa; aliás, sabe e conhece profundamente.

Então, eu quero aqui, professora Bebel, fazer uma deferência à senhora, em especial nesses 100 dias de desgoverno Doria, que eu vou falar depois. Não vou falar agora, porque eu preciso de mais tempo, eu vou falar no Grande Expediente. Mas eu quero aproveitar para fazer, aqui, uma observação ao PSL - Partido Social Liberal. Perfeito?

Eu quero fazer essa observação, porque eu acho que é pertinente. Ontem, aqui nesta Casa, nós vimos uma tentativa de aprovar o Projeto 01, que privatiza seis empresas. Pior: a gente nem sabe se privatiza, porque pode transformar, pode cindir, pode extinguir, porque o projeto não é claro. É um projeto de três artigos. O deputado Camarinha sabe do que eu estou falando, até porque foi prefeito, muito bem avaliado na sua cidade, e foi um dos deputados que também, ontem, deu uma contribuição importante para que a gente não avançasse no debate sobre o 01.

E o PSL, eu quero fazer de público, porque, da mesma forma como eu critico, eu também sei elogiar, quando o PSL adota uma postura de independência, mas também de contribuição com a cidade, porque o PSL tinha uma posição inicial que era: “vamos votar contra”. Depois do debate e das conversas, ficou claro que, se a gente avançasse no debate, o risco de termos uma derrota no PL 01 era grande.

Então, eu quero aqui, deputado Gil Diniz, o carteiro “reaça”, dizer que nós vamos continuar esse debate, esperando que o PSL avance nessa discussão, porque é importante, até para que o governador recue e possa fazer um projeto digno desta Casa, para que se faça o debate, para que a gente possa saber, exatamente, o que eles estão querendo com as empresas públicas. Muitas dessas empresas não são deficitárias, são superavitárias.

Mas eu queria aproveitar aqui o meu tempo para voltar ao tema do governo federal, que é o tema que me interessa muito. Nós tivemos a troca de mais um ministro. Agora foi nomeado o ministro Abraham Weintraub, que é professor da Unifesp de Osasco, e que eu tive a oportunidade de conhecer.

Vou dizer que a declaração ou as declarações que ele deu hoje são declarações sensatas, tirando um ou outro escorregão, que é possível para todo mundo. Mas eu queria ressaltar três questões que são importantes para que a gente acompanhe. Primeiro: disse que o Bolsonaro não lerá as provas do Enem. Perfeito, ministro. O Enem não é feito para ser discutido com o presidente da República.

Segunda questão que o ministro colocou: “se tiver erro, que me culpe”. Essa é uma postura de ministro, não de subalterno, mas de ministro. Segunda questão importante: o debate sobre 64. Disse lá o ministro: “Houve erros? Houve. Pessoas morreram? Morreram. É preciso discutir? É preciso discutir, agora, não mudar a história”.

Portanto, mais um ponto para o ministro, que nós vamos acompanhar. Por fim, não menos importante, deputado Gil Diniz.

O ministro se colocou contra a questão da forma de ensinar pela proposta anterior, a fônica, o método fônico. E disse que não estava nem no programa de governo. Então, eu queria sugerir ao PSL que, antes de fazer defesas veementes, que olhe o programa de governo. É que é difícil olhar o programa de governo, não tem. Então não dá para saber. Mas não está escrito no programa de governo. O ministro já disse isso.

Agora, quero fazer um reparo: quem sabe ler e escrever, ministro, vota no PT. Porque sabe que o PT mudou a vida de milhares de pessoas. O PT deu água e luz, principalmente no Nordeste. E o PT não se preocupou - como se preocupam alguns - com o debate ideológico. Se preocupou com a fome e a miséria, com aqueles que mais precisavam.

Por isso quero registrar: o ministro será acompanhado e observado. Se pisar na bola, será criticado. Espero que o PSL tenha altivez e pare com farfalhar de folhas secas para poder defender o que não é defensável.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Pela ordem, o deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Rapidamente, presidente. Só para fazer um registro.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Dois minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Dos cinco minutos utilizados pelo nobre deputado Paulo Fiorilo, 4 minutos e 30 foram para falar do PSL. Acho que tem alguém apaixonado pelo PSL. De repente, até o final do mandato, pode ser que tenhamos uma adição ao nosso partido. Seja bem-vindo, Fiorilo.

Você falou do nosso ministro. Conheço ele pessoalmente, o Abraham. É uma  pessoa muito qualificada. Inclusive, ele e o seu irmão Arthur foram perseguidos, na Unifesp, pelas posições que eles tinham, das suas visões de mundo. Espero que vocês mantenham essa coerência. Mas quero deixar claro para você que nos assiste. Nossas posições, tomadas pela bancada, são independentes. Pela fala do nobre deputado, parece que queremos nos aproximar. Nós não queremos. Tomamos decisões independentes.

Parabéns à Bebel que chamou a atenção do professor Fiorilo. O Fiorilo conhece o doutor Jorge Moura, dono de uma empresa de sinalizações. Doutor Jorge Moura, filho do senhor Albino, um grande amigo nosso e empresário.

Quando eu era menino ainda, chegando de Pernambuco, o pai dele cedeu o alojamento da empresa. O alojamento era dos funcionários, não tinha nenhum funcionário, ele cedeu para a minha família morar. E por muitos anos moramos nesse alojamento. E que, inclusive, por isso, por não ter que pagar aluguel, consegui ter uma educação um pouco melhor. Sempre estudei em escola pública, como os meus filhos estudam em escola pública.

Graças a esse empresário, que muitas vezes acaba sendo demonizado, a minha família conseguiu ter uma condição um pouco melhor. Pelo que me parece, ele é amigo do Paulo Fiorilo, tem alguns amigos do PT. Mas, graças a ele e à família dele, fui muito ajudado. Quero deixar um registro, Fiorilo: a ficha de filiação do PSL está liberada.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela palavra, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, aliás.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Bebel, comunicação?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - É uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Tem V. Exa. dois minutos regimentais.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - É que ontem eu li a Folha de São Paulo. Não sei se o nobre deputado Gil viu. Mas achei interessante a posição do Fernando Holiday. Ele faz uma crítica a ele mesmo com relação à visão que ele tinha do programa Escola sem Partido.

Que é não demonizar os professores. Não tratar os professores como doutrinadores. Até porque, ele é experiência de um professor. Ele diz que teve um professor que era ateu. E que achou que tinha que ficar ateu. Mas que lamentou não ter dito a sua religião para poder fazer um embate com o professor. O que acho correto. Também lamento que ele não tenha dito isso para o professor, que ele não era ateu.

Mas, com relação ao programa Escola sem Partido, é uma discussão que, quem propôs, desde o Miguel Nagib, até a bancada do PSL, do NOVO, que tem essa meta, essa propositura, que repense. Porque não é hora de colocar alunos versus professores. Se queremos uma Educação Pública de qualidade, a Educação vai acontecer com professores, e não, apesar dos professores.

É com eles que vai acontecer. E isso não tem como pôr um versos o outro. Seria o mesmo que colocar nós... é uma questão até de viés, de viés que tem. Às vezes a Polícia ninguém quer que toque no nome da Polícia, mas na hora que o bicho pega, a gente corre para a Polícia. Não pode isso. Se há exageros, eu não posso pegar o exagero e colocar como regra. Tenho que acertar o exagero. É disso que eu estou falando.

É um debate que eu quero tornar profícuo nesta Casa. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. deputada. Próximo deputado, deputado Enio Lula Tatto, pela lista suplementar. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Coronel Telhada, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, senhores assessores, pessoas que nos visitam nesta tarde, pessoas que nos assistem pela TV Alesp, eu queria hoje pedir aqui o apoio a um projeto de lei que estará sendo votado no senado federal, agora, após as 16 horas. Gostaria de pedir aqui o apoio do deputado Gil Diniz, que é o líder do PSL, que pudesse entrar em contato com os seus senadores porque, nesta tarde, nós estaremos votando e apoiando mais de 30 mil pessoas, dentre elas várias que têm a condição de beneficiar a criança e adolescente em todo o nosso País, e que estão aflitos porque nós teremos as eleições para o Conselho Tutelar no mês de outubro. Estamos chegando já ao meio de abril e nós não temos um posicionamento do Senado Federal quanto à lei do deputado federal Sóstenes Cavalcanti, que é o PL 1783/19, que fala da recondução dos conselheiros tutelares a outros mandatos.

Pela lei vigente, hoje o Conselheiro Tutelar tem direito a dois mandatos. O primeiro e uma recondução. O que dificulta aqueles homens e mulheres que chegaram ao Conselho Tutelar sem ter uma experiência, mas que se especializaram, fizeram cursos, participaram de palestras, tornaram-se aptos a exercer a condição de lutar pelas políticas públicas em defesa da criança e adolescente. E hoje eles estão o quê? Estão cerceados de continuar tendo os seus mandatos, mandatos esses que são escolhidos pela população de suas cidades, porque o nosso País terá uma eleição unificada. Todo o País vai lutar para ter pessoas capacitadas, pessoas realmente que vão apoiar a criança adolescente. A criança e adolescente que infelizmente é abusada dentro de casa, é traficada, que muitas delas são alvos de pedófilos e que nós estamos vendo que cada vez mais o direito dessas crianças têm sido cerceado.

É como no passado. Os reis pegavam a criança dos seus súditos e levavam para dentro dos palácios para ali brincar, para ali abusar, para ali queimar muitas vezes em rituais, crianças. E nós não podemos deixar que isso volte. E para não voltar, nós precisamos de pessoas capacitadas, conselheiros tutelares à altura dessa lei que é o Estatuto da Criança e Adolescente.

Então, quero pedir aos 24 líderes partidários desta Casa, quero pedir aos deputados que conhecem um senador, como muitos que estão aqui que são ligados à Polícia Militar e que conhecem o Major Olímpio, um amigo que passou por esta Casa, com quem aprendemos muito, mas que ligasse e pedisse a mobilização, para que, nesta tarde, nós déssemos para esses homens e mulheres, que, muitas vezes, é a única mão estendida para ajudar que uma criança ou um adolescente pudesse continuar fazendo um trabalho muito bem feito.

Então, quero deixar, aí, esse pedido. Porque, daqui a pouco, às 16 horas, vai começar um rito no Senado Federal com várias pautas. E uma das pautas é esse projeto, de que nós precisamos aprovação hoje, a sanção do presidente.

E, também, possamos, lá, conduzir isso para todos os municípios fazerem o edital e que os conselheiros tutelares possam ser levados à recondução e serem eleitos. Não posso dizer "serem eleitos", mas, serem escolhidos para conduzir, a partir de 2020, mais anos de apoio à criança e ao adolescente.

Sr. Presidente, gostaria que a minha fala constasse nos anais desta Casa.

Tenho dito.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental, Sr. Deputado. Solicito que a fala do deputado Sebastião Santos seja lançada nos anais da Casa, através do "Diário Oficial".

Continuando: deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

Enquanto o deputado se dirige à tribuna, quero hoje dizer que eu e o deputado Sargento Neri estivemos no Quarto Batalhão, lá na Lapa, na solenidade de aniversário dos 49 anos do Quarto Batalhão, o Batalhão em que eu servi durante vários anos, cinco vezes.

O Sargento Neri também serviu no Batalhão. Então, aproveito e mando um abraço para o tenente-coronel Gonzales, para todos os oficiais e praças da ativa e veteranos do Quarto Batalhão, parabéns pela solenidade e contem conosco aqui na Assembleia Legislativa.

Deputado Neri, a palavra é do senhor.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - SEM REVISÃO DO ORADOR  - Foi um prazer estar ao seu lado lá, viu, presidente, veterano de PTM do Quarto Batalhão. E foi muito satisfatório estar lá com todo o efetivo do Quarto Batalhão.

Boa tarde ao senhor, boa tarde a todos da Casa, os parlamentares.

Queria, primeiro, apresentar aos senhores o meu filho mais velho. Eu peço para o Felipe levantar. É sempre um orgulho muito grande recebê-lo, da cidade de Lins. É meu filho mais velho. Obrigado pela visita, viu, filho? O pai te ama.

Por gentileza, o vídeo, por favor.

 

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-          É feita exibição de vídeo.

 

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Presidente, eu coloquei essa matéria porque ontem chegou para mim que nós já temos oito suicídios na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Por vários motivos, Gil, mas sem sombra de dúvida a parte financeira é um dos maiores problemas. Ser policial no estado de São Paulo é para poucos, porque tem que amar a sua profissão. Eu sou um deles, que sobrevivi a vida inteira com esse salário, fazendo dois, três bicos para conseguir pelo menos dar a minha família uma vida digna e aos meus filhos uma boa educação escolar.

Mas por que eu venho aqui colocar esse vídeo? Primeiro que nós estamos lutando para se discutir a PEC 02, para se discutir. O PSDB, de forma covarde, não quer nem discutir a PEC 02. Se ela é inconstitucional ou não, dentro de uma leitura dogmática da nossa Constituição Estadual não apresenta formalmente essa inconstitucionalidade, porque o Art. 24, no inciso V, não retira a possibilidade de o Legislativo impor uma PEC. Então, a PEC 02 pode ser analisada pelo nosso governador como constitucional. E o 2º tenente, hoje, é o tampão do salário do restante das graduações. Nós não conseguimos, coronel, atingir, nós não temos mais oxigênio na classe de praças para ter aumento salarial, porque são 33% essa diferença. Se nós jogássemos para 10%, nós teríamos 20% para distribuir entre as graduações.

Quanto à casa própria, eu fui lá visitar o secretário de Segurança Pública e pedi para que ele fizesse um convite ao secretário de Habitação para que, junto com a Assembleia Legislativa, se fizesse um trabalho para realmente construir uma política de habitação para os policiais. Nós temos policiais que têm 200, 300, 70, 80 mil reais em precatórios. Por que não podem ser usados para fazer a compra da casa própria? Então, pedi a ele que faça essa reunião, convido os senhores para que participem, para que a gente faça uma política de habitação para esses policiais.

E pior: eu me deparei com uma matéria, quero dizer da importância dessa função, que são os fiscais de renda, que ganham 13 mil reais. O governador liberou 4.100 reais de auxílio transporte. O nosso soldado ganha 2.700 reais para trocar tiro. E ele não fala do dissídio. Nós já estamos em abril! Como pode liberar quase 80 milhões para auxílio transporte e não coloca um salário digno para nossos soldados que estão aqui na cidade de São Paulo, no interior todo trocando tiro? É absurdo. Como é que não conversa conosco sobre a diferença do 1º, 2º tenente e vem com um noticiário desse vergonhoso, não para a classe dos fiscais de renda, porque é merecido. O que não é merecido é o que estão fazendo com a nossa classe de policiais militares, coronel. O nosso policial está falido. O nosso policial não tem casa própria, sequer ele pode andar num transporte público. Fala-se da Previdência, mas não tem nenhum trabalho, no âmbito federal, para ter uma isenção de imposto, de renda ou de compra de consumo.

Então, eu já falei nesta Casa que, para defender os policiais militares, para mim não importa o partido que está ali. O que importa para mim é o deputado que vem lutar conosco, Bebel. Se é PT, PSL ou PSOL, para mim pouco importa. Não estou aqui para brigar por ideologia, estou aqui para brigar para colocar comida na panela dos policiais militares, para realmente fazer com que essa classe da Segurança Pública seja reconhecida.

Então, venho mais uma vez pedir para a liderança nos ajudar a colocar realmente a PEC 02 em discussão.

Agradeço a V. Exa. por ter me ajudado a exceder um pouquinho. Entra na minha comunicação, presidente.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. Encerrado o Pequeno Expediente, vamos entrar no Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - O primeiro deputado inscrito é o deputado Paulo Fiorilo. Tem V. Exa. os dez minutos regimentais.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Coronel Telhada, deputados, deputadas, público presente, telespectadores da TV Assembleia, leitores do Diário Oficial, hoje completamos 100 dias do governo João Doria. Aliás, a gente podia fazer um trocadilho: “Sem nada”.

A Professora Bebel sabe exatamente o que significa isso, por exemplo, na Educação. Sem melhorar a Educação, sem melhorar a Saúde, sem melhorar a Segurança. Há um movimento feito pelo governador João Doria que é criar fake news, que é criar uma ideia de que as coisas estão melhorando.

Hoje, ele fez a prestação de contas lá no palácio. Impressionante! Estamos vivendo em outro estado: os policiais estão ganhando bem, os professores também, não temos problemas com Saúde, com Segurança Pública. Deu entrevista dizendo que não, que a sensação é de que melhorou a segurança.

Eu queria que ele fosse olhar os bairros periféricos e os bairros centrais, que ele fosse a São Mateus para perguntar para quem mora lá, na Av. Mateo Bei, se a sensação de segurança melhorou; que ele fosse à Av. Sapopemba para perguntar se a sensação de segurança melhorou.

Aqui, temos o deputado Olim, que é policial, que sabe o que está acontecendo nas ruas. Aliás, é deputado, mas também delegado, que atua, que sabe a situação da Segurança Pública neste estado. Portanto, estamos comemorando 100 dias de nada.

 E o governador construiu um mantra. Aliás, dois. O primeiro é: o governador anterior deixou um rombo, 10 bilhões. E o segundo ponto, o outro mantra, é: precisamos fazer a reforma da Previdência, tirar direitos dos policiais, tirar direitos das mulheres trabalhadoras, das professoras, dos trabalhadores rurais. Esse é o mantra do governador. Esse governador, que se elegeu com o tal do Bolsodoria, pegou a Previdência, colocou embaixo do braço e está fazendo de tudo para aprovar a Previdência, para se viabilizar como próximo candidato a presidente da República.

Se, quando foi prefeito, tentou ser candidato a presidente da República e teve o seu voo podado, impedido, pelo Alckmin, agora não tem mais esse impedimento. Ele tem as pistas livres. Ele quer alçar voo. Antes, ele ia viajar. O então vereador Conte Lopes sabe muito bem o que estou falando, o quanto o tal prefeito Doria viajou. Viajou, inclusive, sem motivos. O Ministério Público deveria investigar. Agora, ele não viaja. Ele traz os governadores, ele traz o presidente da Câmara, ele traz o presidente do Senado para fazer articulação aqui em São Paulo.

Vamos para o primeiro mantra: não tem dinheiro. Dez bilhões e meio. Vamos aos dados de hoje, deputado Gil; responderei sobre o seu pedido ao final. O Governo do Estado tem 7,73 bilhões. Eu vou repetir: 7,73 bilhões em contas correntes, 2,16 bilhões no Banco do Brasil, e os outros 5,7 distribuídos entre os seguintes bancos: Caixa Econômica Federal, 202 milhões; Banco do Brasil eu já falei; depois nós temos o Banco Desenvolvimento - Badesp, pouquinho; Banco Itaú; Credireal; Banco Santander e Bradesco - só no Bradesco, 53 milhões, fazendo um total de 5,57 bilhões.

Alguém podia falar: “Mas só isso, para um estado cujo orçamento é de 240 bilhões?”. Ele tem mais 23,25 bilhões em aplicações dos bancos com liquidez imediata. Portanto, ele tem 30,9 bilhões de recursos, e vai dizendo que não tem dinheiro, que quer vender empresas, que quer privatizar, que quer cortar... Aliás, ele está cortando em áreas que são essenciais. Tentou cortar na Educação e apanhou muito, teve que recuar no Guri e teve que recuar também nos recursos da Cultura.

Na Educação, Professora Bebel, ele também cortou. Aliás, pior do que isso, porque ele quer gastar só os 25%, quando o estado deveria gastar 30 por cento. Ele cortou em obras. É um governo que tem cortado onde as pessoas mais precisam. É um governo Robin Hood ao contrário: ele está tirando dos que precisam e dando para os que não precisam. Todo mundo sabe que aqui tem jeton nas empresas, e não é para receber um jeton por mês, aqui se recebem 13 jetons. Portanto, ele tem 13º de jeton, é impressionante.

O governador dá dinheiro para quem não precisa, paga passagem para quem não precisa. Este é o governo do PSDB: tira dos pobres para dar para os ricos, um Robin Hood ao contrário. Nós não podemos permitir isso. Isso é o fim da picada, e pior, porque nestes dias ele fez muitas coisas: ele pintou o Palácio de preto, gastou dinheiro público para pintar. Sabem qual é o argumento?  Vai locar os palácios. Locar palácio, impressionante, enquanto os policiais não têm reajuste, os professores não têm reajuste.

Ele fez mais: ele fez reuniões para defender a Previdência, ele visitou o Bolsonaro, ele foi para o Fórum de Davos, fez muita coisa, mas não fez para quem precisa, deputado Gil Diniz, e isso é inadmissível, sabe por quê? Nós temos, no estado de São Paulo, dos 13 milhões de desempregados que o governo federal ainda não equacionou, 2,8 milhões de desempregados, 2,8 milhões em São Paulo. Se perguntarmos aqui, muita gente deve ter parente, amigo que está desempregado, sem perspectiva.

É bom recordar, deputado Itamar Borges, que estava lá no balanço do governo, que esses 2,8 milhões... Eles diziam que a Reforma Trabalhista ia resolver o problema do desemprego. Ao contrário: não resolveu o problema do desemprego e ainda precarizou o trabalhador. É impressionante, e eu sei que o deputado Itamar Borges acompanha isso de perto.

Segunda coisa terrível: é um governo que se preocupa com a sua eleição daqui a três anos e não se preocupa com os trabalhadores hoje. Nós não podemos permitir isso, não podemos, é inadmissível. Apoiar a reforma da Previdência proposta pelo governo do Bolsonaro é outra imbecilidade, porque significa tirar de quem mais precisa, reduzir, por exemplo, o benefício continuado. Como é possível permitir isso?

Espero que os deputados federais do PSL e os deputados federais dos outros partidos votem contra, como estão dizendo que vão fazer. Agora, é preciso acompanhar, e o Doria só tem dito isto em todos os lugares a que vai: “A reforma da Previdência é a salvação da lavoura”. Se fizermos a reforma da Previdência do jeito que está lá, será o fim da lavoura, o fim, principalmente para os mais pobres, para aqueles que mais precisam.

Por fim, e não menos importante, eu queria fazer aqui a segunda observação sobre os projetos do governador. O governador Doria mandou para cá o projeto da entrega de seis empresas da fusão, transformação - o que vocês quiserem. Um projeto que tem três artigos.

A deputada Janaina é advogada e sabe que um projeto de três artigos deve ser muito vago, abstrato e impreciso - e é isso que eles querem que a gente discuta aqui nessa Assembleia, inadmissível.

Eles querem terminar com empresas que têm uma importância grande para o estado, como a Dersa, que foi dilapidada pelo esquema criminoso do PSDB. Aqui, nós queremos uma CPI e estamos brigando por ela. A CPI tem uma importância fundamental - e nós queremos.

Eles querem terminar com a CPOS, que é a Companhia Paulista de Obras e Serviços, que tem uma importância para o interior; com a Emplasa, que é a cabeça pensante; com a Codasp, com o Imesp e com a Prodesp. É inadmissível. Nós não vamos permitir que um projeto dessa envergadura tramite desse jeito. Aqui não, governador, aqui não é o seu puxadinho!

Ontem, vários deputados mostraram altivez, mostraram compromisso com o debate político. É isso que garante que a gente faça esse debate.

Para concluir, eu quero responder ao deputado Gil Diniz. Deputado, as pessoas que votam no PT, que são filiadas ao PT, sabem ler, escrever, interpretar texto e têm posições políticas. Eu agradeço o convite que o senhor fez, fico lisonjeado, mas espero vê-los em breve em outros partidos. Não necessariamente no PT, até porque eu sei que deputados do PSL já foram do PT - e podem voltar. Sei também da importância e do valor que tem o PSL na figura do líder Gil Diniz, que é um lutador, que é um batalhador, que é uma pessoa que não mede esforços para conduzir a sua bancada. Mas eu tenho que declinar o convite do senhor porque nós temos uma visão distinta, diametral, sobre política, sociedade, Direitos Humanos e sobre as coisas que são mais fundamentais para mim. Por isso, eu agradeço o convite e espero vê-los em outra posição em breve.

Eu queria terminar com uma observação. Nós estamos discutindo os projetos do governo e o governo continua fazendo a execução orçamentária. Eu queria perguntar aos senhores deputados, em especial aos que são mais antigos nesta Casa, quanto eles tiveram de recursos liberados de emendas até agora, com a gente completando 100 dias de governo? Emendas que são, muitas vezes, impositivas.

Eu não reclamo das minhas - porque não as tenho ainda -, mas reclamo pelos outros que deveriam ter suas emendas liberadas já para que a gente pudesse, de fato, ter aqui o exercício democrático, plural e respeitoso com esse poder.

Muito obrigado pela tolerância, democracia e pelo respeito a esse parlamentar.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA - PP - Continuando na lista dos deputados inscritos, deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nós temos uma permuta do deputado Enio Lula Tatto com a deputada Professora Bebel Lula.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, funcionárias e funcionários desta Casa.

O deputado Paulo Fiorilo deixa uma parte da fala dele no que diz respeito a saber ler e escrever. Já dizia Paulo Freire que ler e escrever vai para além da palavra mundo. O que é a palavra mundo? Não é uma mera decodificação. Eu posso ler uma palavra e dizer: essa palavra é isso. Mas o que é que está por trás dessa palavra? O que ela demonstra? Em que essa palavra tem o seu real sentido? Não é uma mera interpretação de texto.

Então, quando se debate alfabetização, as pessoas pensam - eu até fico incomodada com isso - “a etapa da alfabetização vai até aqui”. Sim, aquela que dá noção das letras, do alfabeto, dos números, a noção um pouco de como a criança vai se virar no mundo, mas a alfabetização é para além dos muros escolares. Ela é mundo afora.

Nós, aqui, estamos vivendo e, ao mesmo tempo, aprendendo. Então, tem uma ampliação para além das escolas, para além desse plenário, para além de tudo a cada experiência que nós assumimos. Por isso que eu falo da educação básica e da necessidade de que o governador Doria tivesse, sim, um braço muito forte.

Braço forte não é autoritarismo, é implantar a gestão democrática nas escolas, é garantir que tivéssemos as condições de trabalho dos professores segundo as quais eu coloquei aqui. Ter a formação continuada no próprio local de trabalho.

Sabe, deputado Gil, deputada Monica, o que acaba acontecendo? Às vezes os professores são chamados a irem para cursos nos finais de semana, quando eles têm provas para corrigir e até estar com sua família.

Você fala, “mas não é da profissão?” Não, não pode ser, porque é uma profissão que deve acontecer junto. O nosso grande sonho, falo agora como a militante Bebel, da Apeoesp, é que a gente tivesse mesmo essa formação continuada no próprio local de trabalho e que fossem feitos, na verdade, convênios com universidades públicas que fossem para o chão da escola também.

Eu não aguento mais academicismo. É necessário, tenho que ter uma formação acadêmica, mas não só. No que se trata... em qualquer profissão temos que ter teoria e prática caminhando juntas.

Então, como é que poderia ser essa formação que eu falo de levar para o chão da escola? Nessa formação continuada da alteração da hora atividade, que eu dizia que se tiver 14 uma parte fica para a formação continuada. Se tiver a universidade lá no chão da escola, eu tenho certeza de que a própria universidade altera a formação inicial de professores, porque vai ter a práxis pedagógica.

Esse é o nosso grande sonho. Não tem nada a ver com o que vocês estão dizendo de que isso é marxismo. Marxismo pode ser uma consequência do que você estudou, entendeu? Do caminho que você seguiu, da escolha que você fez na vida. Não é isso. Chama-se autonomia intelectual. É disso que eu estou falando. Autonomia intelectual é quando eu fiz o meu trabalho como professora, o menino passou por todo o itinerário formativo e, lá na frente, ele fala “eu sigo esse caminho ou qualquer outro caminho a que eu tenho direito”.

Isso é autonomia intelectual. Isso é dos sonhos, Gil. É dos sonhos. É algo que dá para brilhar os olhos e é possível. Não é que não é possível. Às vezes escapam alunos assim, escapam. E não pode ser assim, não pode ser um ou outro por sorte, por regra de exceção. Tem que ser regra geral para os filhos e filhas da classe trabalhadora. Esse é meu sonho, não é nada mais, nada menos do que isso.

É um conhecimento que se adquire porque se tem direito. Então, eu dedico uma parte, sempre, da minha fala à Educação, mas eu vou agora me dirigir aos funcionários públicos e a essas seis empresas, que eu tenho certeza, absoluta certeza, de que têm preocupações. Veja bem, quando você pega a Dersa, que construiu estradas, você pega a CPOS, que é Companhia Paulista de Obras e Serviços, você pega a Empresa Paulista de Planejamento, a Emplasa, você pega a Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo, a Codasp, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e a Companhia de Processamento de Dados, que é a Prodesp, nós estamos falando de empresas estratégicas, nós estamos falando de empresas...

Por exemplo, quando você mexe com processamento de dados. Eu vejo lá na Apeoesp. O CPD nosso é caro. É caro não no sentido de preço, mas de cuidado, porque ali tem armazenada toda a memória de uma categoria. A mesma coisa o centro de processamento de dados do estado de São Paulo. São todos os dados que um governador precisa para administrar o estado. Assim é o planejamento, assim é a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Ontem, com as apresentações e as falas que foram feitas, ficou claro para nós. Está em curso uma escalada de privatização. E eu quero dizer que a gente não tem que ter dúvidas de que o PSDB teria posicionamento que não uma leitura de uma implantação de Estado mínimo e que o Estado mínimo para eles é mínimo no sentido de enxugar a máquina. Assim começou com o Covas no estado de São Paulo, que tinha já o mote que era “qualidade total nos serviços públicos”.

O PDV que se fala neste momento é o PDV que foi implantado no tempo do Covas e que também não deu resultado nenhum. O que nós assistimos foram 40 mil professores por conta de redução na grade curricular - olhe só o absurdo -, menos conhecimento para os alunos, 40 mil professores fora das salas de aula, demitidos.

É isso que vai acontecer com essas empresas, porque falar que a fusão não vai dar desemprego, vai, porque vai, entre aspas, otimizar uma estrutura que está dada. Quem é que está nessa estrutura? São os funcionários públicos. “Mas se não precisar?” Não é verdade. Precisa, falta serviço público, falta Saúde Pública de qualidade.

O deputado Gil esteve comigo em Piracicaba. Não era em um hospital público, era em um hospital dos trabalhadores plantadores de cana de Piracicaba, que é bancado em grande parte por eles, mas com convênios e emendas parlamentares. Aquele hospital, o senhor ouviu a gerente dizer, a Ana dizer, 80% dos que são atendidos ali são pelo SUS. Se não tiver um olhar para aquele hospital, quer dizer, ali tem tecnologia de ponta, alta complexidade. Quem cai ali está seguro. Não há diferença. Quando ela fala naquele momento, tem gente que fala “eu estou no SUS mesmo, é verdade”. A qualidade da alimentação com a qualidade do atendimento.

Por isso, quando a gente defende que Saúde, Educação - só mais um minuto, Sr. Presidente -, Segurança têm que estar dentro do Estado, têm, porque têm que ter o acompanhamento diuturno. A população é que paga. Isso é necessário. É necessária a vinculação de verbas, é necessário que nós fiscalizemos essas verbas.

Fala-se de um fundo, “vamos mandar para a Saúde e para a Educação”.

A gente quer mais que isso. A gente quer um financiamento tanto para a Saúde quanto para a Educação que dê conta de atender às demandas populares, que estão lá na periferia. A maioria são filhos e filhas da classe trabalhadora que usam as escolas públicas, assim como a maioria são trabalhadores e trabalhadoras que usam o SUS, que é o sistema democrático de Saúde, implantado na Constituição de 88, dentro do princípio da Seguridade Social.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputada Professora Bebel. O próximo deputado é o deputado Rafa Zimbaldi.

 

O SR. RAFA ZIMBALDI - PSB - Quero fazer a permuta com o deputado Vinícius Camarinha, fazer a troca para que ele use a tribuna.   

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Perfeito. Pelo que eu entendi, você faz a permuta agora com o deputado Vinícius Camarinha, e o senhor falaria no tempo do Vinícius Camarinha? É isso?

 

O SR. RAFA ZIMBALDI - PSB - Correto.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Ok, autorizado. Então, chamo para a sua fala o prezado deputado Vinícius Camarinha. Antes de falar, deputado, recebi agora um WhatsApp de uns amigos de Pirituba, e o investigador Alcides, que foi meu soldado na Polícia Militar, está nos acompanhando pela TV Assembleia. Olhem a nossa responsabilidade ao falarmos com os nossos colaboradores. Um grande abraço ao Alcides e a todos os amigos da Polícia Civil, também aos amigos de Pirituba.

Com a palavra o deputado Vinícius Camarinha. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Coronel Telhada, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, queria dizer que, com muita satisfação, nós iniciamos também, além da nossa cruzada e da nossa luta contra os pedágios, algumas coisas que nós concordamos com o Governo do Estado, nós também fizemos algumas ações importantes em relação a projetos de lei.

Eu protocolei, nesta semana, seis projetos, dos quais uma é indicação, uma moção e quatro projetos de lei; um, inclusive, que obriga o Governo do Estado a enviar para esta Casa todo tipo de concessão, sobretudo concessões de serviços. Esta Casa precisa participar dos debates das concessões rodoviárias do estado de São Paulo. Este Parlamento que, legitimamente, representa o povo precisa dar a sua opinião e aperfeiçoar os projetos de pedágio do estado de São Paulo.

Eu não sei se a técnica recebeu um vídeo. Não recebeu ainda? Mas nós já vamos encaminhar aqui, porque eu queria mostrar a esta Casa a situação dos pedágios que estão vindo para a nossa região. Nós apresentamos alguns projetos, deputado Alex de Madureira, que é de Piracicaba, deputada Bebel, que é de Piracicaba, onde nós vamos ser atingidos pelos pedágios no plano de concessão do governador João Doria.

Eu entendo que, em alguns momentos, foi importante a parceria com a iniciativa privada, mas, neste momento, nós colocarmos 15 pedágios, sobretudo na região oeste do estado de São Paulo, deputado Gil Diniz, é um exagero, em rodovias prontas, em rodovias finalizadas, em rodovias concluídas, com obras realizadas com o Tesouro, impostos do Governo do Estado. O governo vem agora e coloca duas praças de pedágio nesses trechos entre Marília e São Paulo para financiar as outras regiões.

Então, nós estamos mandando para esta Casa, deputado líder do PSL Gil Diniz, um projeto que obriga o governador a consultar a Assembleia sobre novas concessões de serviço. Esta Casa precisa participar para que não haja abusos. Também protocolei aqui, na Casa, uma moção ao Congresso Nacional, uma moção para que os juros dos cartões de crédito, os juros bancários no Brasil sejam revistos.

Não é possível, deputado Douglas e deputada Dra. Janaina, o Brasil cobrar do povo 280% de juros ao ano, do trabalhador, da dona de casa, de quem precisa usar o cartão de crédito, enquanto que, na Argentina, é 35%; no Chile, 32%; na Colômbia, 28%; no Peru, 44%; no México, 39 por cento. O Brasil cobra, através dos nossos bancos, 280 por cento.

É importante, fica uma sugestão ao governo federal e ao Banco Central: abra as portas do Brasil para que novos bancos se instalem aqui, haja concorrência e haja oportunidade da pessoa poder escolher um banco que cobra taxas e juros menores.

Estamos fazendo a nossa moção ao Congresso Nacional para que algumas providências sejam revistas, já que esta Casa não tem competência legislativa para tal. Mas temos como fazer um movimento que é importante. O povo sofre e paga, sem saber, essa quantidade de juros.

Protocolamos um projeto de lei. Todo mundo acompanhou os problemas que tivemos. Os problemas, não: o problema que tivemos em Suzano. Jovens foram assassinados. Foi um massacre naquela escola. Fizemos um projeto de lei regulando a Segurança das escolas. Toda escola particular... Meu amigo deputado Conte Lopes, V. Exa., que é da Segurança Pública, conhece como ninguém.

Toda escola particular, se você for levar o teu filho ou for buscar alguém na escola, você tem um vigia na porta da escola. Privado. Porque a escola pública não tem que ter um vigia, não tem que ter um controle na entrada e na saída das pessoas? A pessoa vai entrar: “O senhor vai aonde?” A pessoa chega na escola: “Quem é o senhor?” Ter um controle. Estamos fazendo, para o Governo do Estado, uma regulação para o controle de entrada e saída nas escolas estaduais.

Eu queria, aproveitando que o nobre deputado e líder do PTB, Campos Machado, está chegando, para ele nos ajudar nos pedágios. São 15 pedágios que irão para o oeste do estado de São Paulo. Eu queria explicar. Explicar, não. Eu queria, didaticamente, mostrar melhor a esta Casa o que está acontecendo com a região oeste do estado de São Paulo. Um vídeo para que possamos entender a quantidade de praças de pedágio. Se puder rodar. Eu queria a atenção da Casa.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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Esse é o programa de concessão do Governo do Estado. O Governo do Estado vai pedagiar esse trecho. Deputado Alex da Madureira, V. Exa. é de Piracicaba: observe a quantidade de pedágios. Estamos cercados. Esses são os principais trechos. Marília a Bauru serão duas praças. Obras prontas. Obras que foram concluídas com recursos do tesouro e que teremos, no projeto, duas praças. De tal maneira que, quem sair de Marília para a capital, o caminhoneiro, o trabalhador, o viajante, vai pagar 10 pedágios.

Olhem os valores de cada pedágio que já existe. E os dois a mais que ficarão no trecho entre Marília e Bauru, que são aproximadamente 10 reais. Total: 67 reais hoje; com as duas praças, um carro comum vai pagar 87 reais. No todo, quem sair de Panorama, que é na divisa com o estado de Mato Grosso do Sul, o sujeito vai pagar 15 pedágios. O caminhoneiro, o viajante, o trabalhador.

Esse projeto nem sequer foi debatido aqui na Casa. Estou com um projeto de lei, que na semana passada apresentei aqui, alterando a lei de 1996, que é o programa de desestatização. Toda concessão deverá obter autorização da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta Casa precisa participar. Cada deputado tem que dar a sua contribuição. Estamos discutindo, aqui na Casa, diversas privatizações. As concessões de serviço também deverão ter a nossa participação.

Acho que esse é um projeto importante para o povo do estado de São Paulo. Essa semana devemos... Como entramos num debate importante de privatizações, o governador João Doria mandou a esta Casa a privatização do zoológico, a privatização do ginásio do Ibirapuera, mandou privatização de mais cinco empresas num único projeto só. Aqui, nós não entramos no mérito ainda. Mas, o modelo que se quer fazer nós não concordamos, deputado Douglas. Queremos discutir o projeto; um a um. É bom para o estado de São Paulo? Então, nós vamos aprovar. Não vamos fazer oposição sistemática. Pelo contrário. A nossa atuação é de independência. Não temos rabo preso com o Governo, nós não temos cargos no Governo, nós não pretendemos ter cargos no Governo, mas pretendemos discutir os bons projetos de interesse do Governo do Estado de São Paulo. Então, as privatizações estão chegando, as concessões rodoviárias precisam da melhor análise do Poder Legislativo. E eu quero contar como apoio da nossa Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Não podemos mais acordar do dia para a noite com 15 pedágios nas nossas rodovias. A rodovia em boa parte está pronta. São pequenas melhorias. E os grandes investimentos, que façamos num cronograma de obras com o Governo de Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Vinícius Camarinha. Continuando na lista dos oradores inscritos, próximo deputado, é o deputado Sargento Neri. Vossa Excelência fará uso da palavra? Ok, não fará uso da palavra. Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Próximo deputado é o deputado Tenente Nascimento que faz permuta, através de documento escrito, com o deputado Gil Diniz. Vossa Excelência, por permuta, tem o tempo regimental. 

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde presidente, toda a Mesa, boa tarde galeria, aos nobres deputados aqui presentes, aos nossos assessores, à Polícia Militar e Polícia Civil, eu gostaria de iniciar a nossas fala aqui no Grande Expediente alertando à população do estado de São Paulo que o PSL - sou líder do PSL - não fez nenhum tipo de acordo para estar nas presidências ou nas vice-presidências, nas comissões. Se há alguém falando pelo PSL está desautorizado, não fala pela bancada. Ninguém chamou o PSL para conversar sobre as comissões. Volto aqui a repetir. Inclusive, deputado Douglas Garcia, a gente entrou com mandato de segurança para pedir, para exigir o respeito à proporcionalidade das bancadas.

O que a gente escuta nos corredores desta Casa é que o PSL não fala com ninguém. Mentira! Conversamos com todos os partidos; todos! Conversamos com o PT, com o PSOL, com o MDB, com o PTB, com o PR, enfim, com todos os partidos. Então, se venderem a ideia de que com o PSL não tem conversa é mentira; mentira. Agora, eu espero que na divisão das comissões nós não tenhamos o espetáculo vergonhoso do dia 15 aqui, quando uma eleição, e o Regimento Interno e a nossa Constituição fala de eleição, já chega aqui com tudo certo, com tudo já previamente acordado. Agora, deputado Paulo Fiorilo, o PSL tem uma bancada de 15 deputados, o PT de dez deputados. Ora, novamente não vai ter o respeito, repito, à proporcionalidade, Major Mecca, e novamente com a desculpa que o PSL não fala com ninguém. Olha, não tem como. A gente tenta manter uma certa média aqui nas falas, até para não acabar provocando os sentimentos de alguns, que às vezes parecem, deputado Nishikawa, que estão aflorados. Você faz uma crítica e a pessoa começa a chorar. Você vai, faz um post no Facebook dizendo que abriu mão de alguma coisa e vem deputado criticar dizendo que você não pode falar que você abriu mão de alguma coisa.

Ora, o mandato é meu, pertence a quem votou em mim, aos meus eleitores. Eu tenho que prestar contas aos meus eleitores, e não aos meus pares aqui no plenário. Então, eu volto aqui a repetir: o PSL não fez acordo com ninguém, nenhuma bancada nos procurou no sentido de alinhar presidente e vice, e ninguém fala por nós.

Espero, deputados, novamente, que não se repita o espetáculo vergonhoso do dia 15, porque serão cobrados novamente. Serão cobrados novamente, Major Mecca.

Mas, sigamos aqui. A deputada Bebel não está aqui no plenário no momento. Falou bastante, Fiorilo, sobre a Educação. Como eu falei aqui para comunicação, sou estudante de escola pública, sempre estudei em escola pública, Escola Estadual Dom Camilo Maria Cavalheiro.

Tive excelentes professores. Acho até que eu peguei a transição ali de um modelo de escola que ainda conseguia fazer alguma coisa pelos alunos desses professores, que eu respeito, e respeito muito. Acho, sim, uma profissão muito digna. Mas que, por vários motivos, inclusive o que nós criticamos, acaba sendo desvalorizada.

E é desvalorizada pelos governos tucanos, como nós bem sabemos. Agora, a gente precisa falar, por exemplo, do projeto Escola sem Partido, que não é nada mais, Dra. Janaina, que um cartaz em sala de aula dizendo ali dos direitos do aluno.

A gente não quer censurar professor. A gente não quer colocar, como os nossos críticos dizem, a lei da mordaça na sala de aula. Mas, escola, Delegado Olim, é local para a criança e o adolescente aprender, poxa, português, matemática, ciências, física, geografia, história; e não para o professor usar da sua autoridade para fazer proselitismo político, como nós, muitas vezes, vemos. Há várias denúncias.

Há várias denúncias, nós sabemos que não é a totalidade dos professores. E nós não queremos também generalizar. Mas, o projeto Escola sem Partido, Douglas, ele é isso: um cartaz afixado na sala de aula dizendo ali para o aluno dos seus direitos.

Meu Deus, se isso é censura, se isso é mordaça, olha, não sei. Censura foi o que aconteceu com o filme 1964, que o Cinemark tirou da sua programação porque falava ali de uma outra narrativa construída sobre os fatos ali do período do regime militar.

Mas, voltando aqui a essa questão da Educação, fui estudante de escola pública; meus filhos são estudantes, também, de escola pública. Eu convido os deputados a conhecerem as escolas públicas.

Muitos falam da prática e da ideia. Muitos vivem no mundo da ideia, defendem a escola pública para os outros, para os pobres. Mas, quando podem dar o exemplo, aí vão para o ensino privado.

Não tem problema nenhum. Se cada pai aqui pode pagar uma escola melhor para o seu filho, parabéns, mérito teu. É graças ao teu esforço, ao teu trabalho. Mas, às vezes, me soa - desculpa falar - como um pouco de hipocrisia defender tanto, tanto, tanto, a escola pública para o filho do mais pobre, para aquele que trabalha.

Olha, escola pública, pública, pública, pública. Mas, teve boas escolas privadas, teve excelentes professores. Aí, na hora do vestibular, inverteu: foi para a universidade pública e o filho do operário, o filho do trabalhador, foi, a muita custa, para uma universidade, uma faculdade, privada.

Então, vamos aqui sair do discurso e ir para a prática. Quem quiser me acompanhar amanhã, vou à escola dos meus filhos, lá em São Mateus, Fiorilo, lá em São Mateus, Alfredo Aschar, Alfredo Ashcar. Meus dois filhos estudam lá. Vou lá visitar; vou lá colocar o meu mandato à disposição da diretora, da coordenação pedagógica, dos professores, dessa comunidade escolar. Vou lá me colocar à disposição, e a minha assessoria também, para discutir junto com eles o PPP, Planejamento Político-Pedagógico, que muitos pais nem sabem que existe, nem imaginam que exista.

E a comunidade escolar, cada vez mais, distante da sala de aula. Tiraram, Janaina, em 2014, aqui na cidade de São Paulo - isso é público, joguem no Google - Dia de quem Cuida de Mim. Tiraram o Dia da Mãe e o Dia do Pai e colocaram o Dia do Cuidador, ou seja, nós tínhamos duas datas, Major Mecca, para comemorar ali junto com nossos filhos na escola, e tiraram e colocaram apenas uma, ou seja, afastaram ainda mais a família do ambiente escolar. E eu não aceitei, não aceitei. Fui à Câmara Municipal, falei com os vereadores. Na época, o vereador Pastor Edmilson Chaves protocolou um projeto - dois - para colocar no calendário da cidade o Dia da Mãe e o Dia do Pai. Então, foi colocado no calendário oficial da cidade de São Paulo, graças à briga de um pai, de um carteiro de periferia, morador de favela esse dia. Ah, mas não muda nada. Realmente, pode não mudar nada. Agora, quando a gente começa a afastar a família da escola, quando a gente começa a afastar a mãe e o pai do ensino dos filhos, aí a gente começa a ver tragédias, como aconteceu em Suzano. E é isso que nós não queremos.

Então, fica aqui registrado o nosso respeito ao professor, mas utilizem a sala de aula para ensinar, para transmitir esse conhecimento aos seus alunos. E eu me orgulho de ter tido a professora, a dona Edilene, na escola pública lá em Serra Talhada, Antonio Timoteo. Tenho orgulho de ter tido ela como professora. Não usem da audiência cativa dos seus alunos para fazer proselitismo político.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Gil Diniz.

Prosseguindo na lista dos deputados inscritos, eu chamo a deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Wellington Moura. (Pausa.) Deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde aos integrantes da Mesa, Srs. Deputados e Sras. Parlamentares, nossos funcionários que nos apoiam, os nossos amigos da galeria, um grande abraço a todos; aos nossos irmãos rotarianos que estão nos assistindo e nos acompanhando.

O Gil Diniz falou dos professores. Eu me lembrei da professora Lucrécia, viu Gil? A professora Lucrécia, na Escola Estadual de 1º grau Plínio Damasco Pena, na Freguesia do Ó, que naquela época todo Dia dos Professores minha mãe fazia questão que eu levasse um botão de rosa para a professora, e entregasse a ela em homenagem à professora responsável pela nossa educação. E hoje a gente vê que nas escolas esse respeito, essa educação está muito distante do que realmente deveria ser, e deveria estar diferente, porque o correto da humanidade é evoluir, e às vezes a gente tem a impressão de que as coisas estão andando para trás. A gente, a cada dia, se desrespeita mais; a gente, a cada dia, se afasta mais uns dos outros.

Nós tivemos, graças aos ensinamentos que tivemos na Polícia Militar... Na polícia, nós aprendemos a viver com as mãos estendidas, ajudando o próximo. A gente ouve aqui no plenário: “Não, a polícia matou”. A polícia se defendeu e o resultado produzido foi opção de uma pessoa que não quis viver dentro das regras estabelecidas nas normas penais, dentro das normas da sociedade. Não aceitou acordar e ir trabalhar. Colhe o que plantou.

Observando o que o nosso amigo deputado Gil Diniz falou aqui, estamos em um trabalho junto às comissões para ver se realmente existe essa questão do diálogo, se realmente existe uma eleição. Eu não sei se existe uma eleição realmente, estou tentando chegar a essa conclusão. Estou achando que vou chegar a outra conclusão, de que o que aconteceu no dia 15 vai se repetir, que as coisas realmente... Não existe eleição, é tudo já ajeitado anteriormente. Aí vamos procurar para conversar e olha... Parece que é quem chega primeiro. Tem alguma fila formada para a próxima eleição, que será daqui a dois anos? Deve ter em algum lugar; ninguém fala o endereço para nós, mas deve ter. Não é possível. Vamos ver, estamos trabalhando essa aproximação.

Quero parabenizar os policiais do 4º Batalhão, na zona oeste de São Paulo. Hoje foi aniversário do 4º Batalhão e os nossos patrulheiros, que têm dado a sua vida em defesa da sociedade daquela região oeste de São Paulo, estavam lá. Nós estávamos prestigiando todos aqueles soldados, cabos e sargentos.

Dentro de toda essa inércia do Estado, o bom de entrarmos em um quartel da polícia, de entrarmos em uma delegacia de polícia, Dr. Olim, é que vemos que lá as coisas funcionam, mas funcionam porque o policial toma iniciativa e faz as coisas com seus próprios recursos. Por parte do Estado, não funciona. As delegacias estão sucateadas.

Abriram Delegacia de Defesa da Mulher, mas cadê o efetivo? Policial está dobrando o serviço, perdendo horário de folga. Nossos policiais têm operação todos os dias e não reclamam, não, viu? Não estão reclamando de fazer operação todos os dias; pelo contrário, eles vão e vibram.

Estava recebendo um delegado em meu gabinete há pouco. Eles vibram com o serviço, em servir a sociedade, mas não são reconhecidos. Policiais que estavam no palácio, no “Policial Nota 10”... Foram lá, bacana, mas teve policial que falou para mim que ficou três horas lá e não deram um copo d’água. Não deram um copo d’água para o policial, viu, Coronel Telhada? São policiais que conversam com a gente, que sempre estão batendo papo, que telefonam. Acontece comigo, com o senhor, com o Neri, com o Olim, com todos nós.

E vamos aderir a uma campanha também: a campanha “Policial Nota 10 com Salário Nota Zero”. Vamos aderir a esta campanha, vamos fazer faixas, camisetas, o que der para fazer: “Policial Nota 10 com Salário Nota Zero”.

Com todo mundo que a gente conversa, não tem dinheiro. Como o candidato faz um plano de governo... Um plano de governo é um estudo técnico. Sua equipe técnica fez um levantamento do que tem, do que não tem, do que pode ser feito, do que precisa melhorar, e fez as suas promessas de campanha. Como é que agora fala que não tem dinheiro, se três meses antes tinha?

Nós seremos insistentes nesta bancada pelos salários de nossos soldados, cabos e sargentos; pelos nossos investigadores de polícia, escrivães e todos os nossos operadores; agentes de segurança penitenciária, que ficam na boca da grade, sofrendo ameaça de preso de facção criminosa. Se não entrar um celular, passa o endereço da família, quantos filhos tem e daí por diante. Sabe lá Deus como vive um profissional desses. Nós sabemos, mas o estado parece que faz questão de não dar muita atenção. A cobrança vai aumentar gradativamente. Nós queríamos que fosse o salário do policial que fosse recomposto gradativamente, mas ninguém sinaliza nada, ninguém fala nada, ou seja...

Finalizando, parece que ninguém quer dar satisfação para os nossos patrulheiros do que é deles de direito, mas nós vamos cobrar insistentemente. Todos os dias, se precisar, nós vamos estar aqui, gritando pelos nossos soldados. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, nobre deputado Major Mecca. Encerrado o Grande Expediente.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para encaminhar pelo Art. 82, pela bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

 O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pode falar pelo Art. 82, Sr. Deputado, fique à vontade. Vossa Excelência tem 5 minutos regimentais.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente Coronel Telhada, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, povo que nos acompanha aqui na galeria da Assembleia Legislativa, recebi ontem o pessoal da CPM, da Polícia Militar,  já havia recebido a Associação lá atrás. Recebemos também a Associação dos Delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo e a presidenta do Sindicato também dos Delegados aqui na Casa ontem, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores, e fechamos compromisso com a PEC 2 e com a PEC 3 - viu, deputado Campos Machado, que é o proponente, em nome da Casa, da PEC 3 - para discutir realmente esse problema que existe do salário dos delegados.

Em uma visita no ABC, ao 6º Batalhão, eu, o deputado Nishikawa, o deputado Luiz Fernando, a deputada Carla Morando, o deputado Thiago Auricchio e o deputado Marcio da Farmácia, e lá nós vimos as péssimas condições, Coronel Telhada, em que se encontram os batalhões, as delegacias na região do ABC. São 3.800 agentes de Segurança Pública da Polícia, e nos apresentaram uma condição muito ruim. Eu já conhecia essa condição, porque tinha relação com o major, com o coronel Faro, que é o coordenador do batalhão, uma pessoa muito flexível na conversa com a gente, que sempre dialogou com o Sindicato dos Metalúrgicos, deputado Mecca. Então nós estivemos lá e vimos as péssimas condições.

Para nossa surpresa, isto aqui é um balanço que eu pedi para a assessoria do PT fazer dos 100 dias de governo do João Doria. Então aqui nós identificamos um corte de 363 milhões de reais dentro da questão da Polícia. A Segurança Pública tinha, para este ano, um orçamento, se não me engano, de 24 milhões de reais, e ele faz um corte de 363 milhões. Esse corte de 363 significa quase 20% na área da Segurança Pública, e os comandantes, os coronéis, os capitães, os sargentos e os cabos reclamam das péssimas condições do local de trabalho. Se o local de trabalho está ruim, é um negócio complicado. Tem goteira, falta de manutenção... Um orçamento de 9 milhões de reais por ano lá para fazer a manutenção, e não dá conta.

Então achamos que é questão de discutir com o batalhão e ver como é que a gente pode ajudar, independentemente de coloração partidária. Por que eu estou dizendo isso? Porque hoje se completam 100 dias do governo João Doria. Eu levei um bolo lá em frente ao Palácio dos Bandeirantes hoje com 100 dias, e nós resolvemos não acender as velinhas do bolo porque não tem o que comemorar. Esse governo é vazio, muito ruim! É um governo que, a primeira coisa que faz, é mandar um projeto para esta Casa para privatizar seis empresas, das quais três são superavitárias e rendem dinheiro para o estado. A CPOS, por exemplo, rendeu, no ano de 2017, 67 milhões com 54 projetos. A Imesp rendeu 350 milhões de contratos que ela fez como Imprensa Oficial do estado. A Prodesp, que é a outra superavitária, também produziu dinheiro para o estado.

Mas gosta tanto de entregar na mão dos empresários, que é a tal da privatização. Aí eu peço para vocês terem cuidado, vocês que são do PSL, que às vezes defendem a privatização. Vocês têm que ter cuidado porque tem que olhar o que estão entregando. Quando você vai discutir a Emplasa, que é uma empresa que está lá como deficitária, mas que não era deficitária, a Emplasa era uma empresa superavitária. Por má gestão, virou uma empresa deficitária, uma empresa estatal que tem que discutir o desenvolvimento do estado.

Quando você olha a Codesp, a mesma coisa. Você olha a Dersa, a mesma coisa. Quem é do interior, sabe. As prefeituras pequenas dependem desse serviço. No estado de São Paulo, nós temos apenas 113 municípios acima de 50 mil habitantes - o resto é abaixo disso: precisa do serviço público, precisa da máquina pública, precisa de uma Dersa para abrir estradas e sinais. Não é só para fazer os pedágios, como disse aqui o deputado Vinícius Camarinha.

Eu ainda tenho mais coisas para falar sobre essa questão do balanço dos 100 dias, mas eu vou deixar para o momento que der pra gente discutir aqui e usar o tempo de 15 minutos. Mas eu quero denunciar aqui. João Doria, os seus 100 dias de governo, na verdade, são 100 dias de governo vazio. Ele tentou governar até agora só por decreto. Só um governo autoritário governa por decreto! Ele não diz respeito até com a base aliada. Vocês que fecharam em torno da campanha dele, são a base aliada. Tem decretos que isso está errado.

Aqui, quando criou a Invest São Paulo e colocou-a dentro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, teve uma lei desta Casa para aprovar isso. Como ele mudou agora para a Secretaria da Fazenda, coloca um decreto extinguindo uma lei - e não pode fazer isso.

Então, eu estou pedindo para a assessoria estudar porque nós vamos entrar com uma representação contra esses decretos do governador.

Muito obrigado.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Para um comunicado.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Vossa Excelência tem dois minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria falar sobre a eleição de 15 de março. Às vezes a gente é cobrado pelas redes sociais e é importante eu colocar aqui que, em 15 de março, eu votei em V. Exa, Coronel Telhada, para ser o terceiro vice-presidente desta Casa. Vossa Excelência está aí assumindo o comando e representando muito bem a Polícia Militar do Estado de São Paulo, sempre defendendo a Polícia Militar.

Eu estou nesta Casa desde 86 - cheguei aqui em 87. Todos os companheiros da Polícia Militar que aqui passaram defenderam as suas organizações e eu acho que isso V. Exa. sempre fez. Então, eu não me arrependo de nada do que aconteceu em 15 de março. O acordo que foi feito cabia a mim, como político, eu sou político, não sou capitão, não sou tenente, não fui promovido duas vezes por bravura - não é isso que estamos analisando: é o que eu vou votar como político. E o acordo que foi feito nesta Casa é para colocar V. Exa, Coronel Telhada, como terceiro vice-presidente.

Eu queria cumprimentá-lo pelo seu trabalho, tanto na Polícia Militar, na Rota, que eu acompanhei, e também como deputado, defendendo não só o povo de São Paulo, os interesses da Polícia Militar e da Polícia Civil, como sempre fizemos. Todos nós defendemos aqui a PEC 02, defendemos aumento para o salário - quem tem que dar aumento é o governador, não somos nós. É bom colocar. A gente não consegue por um cabo ou um soldado em algum lugar sem que o governador queira. O legislativo não pode legislar em cima de verba. Onde tiver verba é inconstitucional.

Então, a realidade é essa. Quero que fique bem claro aqui, para que todos saibam, que quando votei 15 de março, foi em V. Exa., todo acordo. Votando no Macris, no Enio Tatto, mas o objetivo do nosso partido, o PP, Progressista, era elegê-lo terceiro vice desta Casa. O que foi feito. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Conte Lopes. Inclusive pelas palavras referentes a este deputado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Peço a suspensão dos trabalhos por dez minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Pergunto às lideranças se todos concordam em suspendermos os trabalhos por dez minutos.

Todos concordam? Se todos concordam, os trabalhos estão suspensos por dez minutos.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 40 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 51 minutos, sob a Presidência do Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, para usar a tribuna pelo Art. 82, em nome da bancada do PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Vossa Excelência tem o tempo de cinco minutos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PELO ART. 82 - Eu quero cumprimentar o nobre presidente em exercício, meu querido amigo deputado Coronel Telhada. Srs. Deputados, eu nem ia tocar nesse assunto na data de hoje, mas estou numa reuniãozinha, hoje de manhã, e aparece um empresário e me pergunta: “Campos Machado, e o velório?”.

Eu falei: “que velório? Não estou sabendo de velório”. “Você não está sabendo que o João Doria está transformando o Palácio em velório? Está tudo escuro.” Como escuro? “Pintaram aquela mesa de madeira, histórica, onde cabem 40 pessoas, pintaram de preto, parede preta.” Eu falei: “não pode isso aí”.

Eu comecei a imaginar, se o deputado Carlão Pignatari me permitir. Fui procurar o que o tal de Aurélio Buarque de Holanda diz sobre o que é aluguel e sobre remuneração. Aí diz o deputado Carlão Pignatari: “mas é da época do Serra”. Eu fui procurar saber o que é que está sendo objeto de locação - olhe o que estão dizendo - prazo determinado de oito horas, lá no Palácio dos Bandeirantes, para casamentos de bacana, para festas de gente rica, evidentemente.

Sala São Paulo, Salão Anchieta, Hall Nobre, Auditório Ulysses Guimarães, até a igreja está sendo alugada, a capela. Como é que você vai alugar uma igreja no Palácio dos Bandeirantes? Até a igreja e salão. Eu dizia ontem, deputado André do Prado, que estão transformando o Palácio dos Bandeirantes em um grande buffet. Agora, vejam vocês, o ex-deputado Edmur Mesquita, tucano, histórico, requereu, nesta semana, o tombamento do Palácio dos Bandeirantes, que funciona desde 1964, ao Condephaat.

Olhem a situação que nós estamos. Esquecemos o que é separar para a liturgia. Esquecemos que esse palácio abrigou príncipes, princesas, reis, rainhas, presidentes, primeiros-ministros. E agora está transformado num “buffezão”. Para ganhar o quê? E se, porventura, tiver um estrago, tem que calcular para fazer a remuneração. O que é isso? Que história é essa, Srs. Deputados? Que história é essa? É como transformar a sala da minha casa no prolongamento da sala do vizinho. Tudo se aluga hoje.

Já não chega que o governo quer vender todas as empresas que tem? Como ele quer governar, o senhor João Doria? “Eu vendo as empresas que existem no Estado, e governo.” Assim é fácil. Qual é o problema que tem, se vendo empresas, fecho empresas? Não sou contra. Eu sou contra o pacotaço.

Mas o que sou contra mesmo... Estou aqui há 28 anos. Tenho orgulho desta Casa, orgulho do Palácio dos Bandeirantes. Perguntar como é que vai o velório? Como explicar? Que resposta dou para esse homem? Como velório? “Você não sabe? Tudo pintado de preto.” Aquela mesa grande, que recebia as lideranças, prefeitos, governadores, deixou de ser aquela madeira nobre. Foi pintado de preto. Dizem que a parede está pintada de preto.

Eu indago: quem vai pagar por tudo isso? Quase 2 milhões de reais. Para transformar o Palácio dos Bandeirantes, sede do nosso governo, num grande buffet. Por isso estou convencido: enquanto eu estiver aqui, prefiro perder do lado certo, que ganhar do lado errado. Vou lutar até o fim para que o PDL que apresentei derrube essa monstruosidade do governador João Doria.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Estamos tentando acertar uma emenda. Peço a suspensão por mais cinco minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pergunto novamente aos Srs. Deputados: é consenso, de todos os líderes, a suspensão por mais cinco minutos? Ok? Suspendemos por cinco minutos, Srs. Deputados? Aguardo a posição dos senhores, dos líderes. O senhor quer falar? É só pedir no microfone, por gentileza.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Presidente, para falar pelo Art. 82, quero indicar a deputada Janaina Paschoal.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental o Art. 82 a ser usado pela deputada Janaina Paschoal, pelo PSL. Sim senhora, fique à vontade. Vossa Excelência tem cinco minutos regimentais.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PELO ART. 82 - Boa tarde, Sr. Presidente. Cumprimento a todos os colegas parlamentares, servidores da Casa, cidadãos que estão presentes, os que nos acompanham.

Venho falar de um tema espinhoso, mas que, de certa maneira, está expondo a Casa nesse momento. Penso que não podemos nos furtar de debater esse tema. Que tema é esse? A questão dos carros na Assembleia. Quando tomei posse, como uso o meu carro particular, perguntei: na eventualidade de eu abrir mão do carro da Casa, o que aconteceria com ele? A resposta que recebi foi a seguinte: doutora, ou vai ficar aqui na garagem, ou vamos passar para outro deputado.

Perguntei: posso utilizar esse carro para, por exemplo, um funcionário ou assessor me representar num evento? Ou quando é rodízio do meu carro? Porque nós, que temos carro particular, não podemos utilizar a placa diferenciada. Então, tem todos os impedimentos.

Disseram que sim. Então, achei que era mais prudente manter o carro a serviço do gabinete, sendo que uso, preferencialmente, o meu carro particular.

Quando foi a semana passada nós começamos a perceber carros locados na garagem. E a explicação que eu recebi foi a seguinte: muitos colegas viajam para longe e os carros não estão em condições de segurança e por isso preferem devolver o carro da frota e alugar um carro que esteja em melhores condições por questão de segurança. Eu falei: quem sou eu para contestar, haja vista que o colega se desloca, tem duas colegas na bancada que vão e voltam do interior e para o interior todo santo dia. Então, eu não poderia fazer nenhum tipo de crítica. 

Porém ontem, eu fui surpreendida com a notícia, eu tinha visto a resolução mas não tinha atentado para o acréscimo de dinheiro na verba de gabinete.

Ontem eu fui surpreendida pela Imprensa com a informação de que a resolução que está em trâmite, não só autoriza o deputado a alugar um carro, como prevê um acréscimo na verba de gabinete, que já de 33 mil reais, de quatro mil e duzentos reais. Ou seja, o colega devolve o seu carro e vai receber esse valor além dos 33 mil para poder fazer o aluguel do seu carro. Não me parece, respeitosamente, que o momento que o país atravessa permita isso; não me parece. Estamos passando por um período de restrições no âmbito nacional, no âmbito estadual. Estamos nos debatendo por uma reforma da Previdência, porque é impossível manter o pagamento dos altos salários dos funcionários públicos de carreiras diferenciadas, por 40 anos, ou seja, desde a aposentadoria aos 50, até os 90 anos de idade, da forma como ocorre hoje, por mais que mereçam é insustentável, estamos pensando no âmbito federal e estadual em privatizações, aqui nesta Casa estamos enfrentando a discussão referente às privatizações, com concordância ou com discordância, o que importa é o seguinte: a responsabilidade fiscal está aí, urge e ela precisa ser observada. E nós estamos na contramão prevendo aumento de gasto por gabinete. Trinta e três mil reais, Sr. Presidente, é uma verba mais do que suficiente para manter um gabinete em funcionamento e para aquele colega que escolhe locar o carro, eu quero deixar muito claro que eu não estou entrando no mérito dessa escolha, que eu não seria irresponsável em criticar o colega e amanhã acontece um acidente, já que o colega está dizendo que o carro não está em condições e eu vou me sentir responsável por isso. Agora, se o colega quer alugar o carro, que use uma parte dessa verba de 33 mil reais, que já é uma verba elevada, para alugar o seu veículo, apresentando toda a documentação. Não me parece que nós estejamos em condição, nós Brasil, nós São Paulo, nós povo brasileiro estejamos em condição de elevar os custos. Quatro mil e duzentos reais por gabinete, 94 deputados, 12 meses por ano, por favor, façam as contas e vejam o que isso representa para os pagadores de impostos neste país. É impossível explicar isso para a população. Eu peço que os colegas reflitam sobre essa questão e que voltem atrás nessa deliberação. Já antecipo que votarei contra. Muito obrigada.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É exatamente por isso, deputada Janaina, que o Plenário tem que decidir a respeito disso. Somos 94 deputados, o Plenário vai tomar a decisão que seja mais coerente em prol do que aquilo que a sociedade pensa.   

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Carlão Pignatari.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para comunicação, deputado Carlão Pignatari.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - É isso que queria falar para a deputada Janaina, que esse projeto é um projeto de resolução que vai ter que ser votado pela Casa, e a maioria vai definir se vota a favor ou não. Eu vejo que isso não vai ser problema nenhum para alguém vir aqui, o Rafa fala eu vou votar “a” ou “b”, eu falo, eu vou votar “a” ou “b”. A gente tem que votar com a nossa consciência o que é melhor para São Paulo. Não voto aqui, em nenhum momento, deputada Janaina, para o que o povo vai achar. Acho muito ruim a gente votar dessa maneira. Nós temos que votar com a consciência nossa.

Então, eu acho que é assim que nós temos que fazer. E é um projeto que vai ser pautado para votação nominal. Cada um vai votar favorável ou contra o projeto. É uma coisa que é do Parlamento. Eu acho justo a gente fazer isso. E quem votar a favor, que aguente as consequências. Quem votar contra, que resolva os seus problemas.

Quer dizer, cada um tem a sua responsabilidade.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Permita-me, deputado Carlão. Acho que uma observação é importante.

Primeiro, dizer que a Assembleia Legislativa devolveu este ano 106 milhões de reais ao Governo do Estado de São Paulo. Eu não vi nenhum parlamentar vir dizer aqui na tribuna que foi a Assembleia Legislativa do Brasil que mais devolveu recursos de economia.

São nove por cento. Nove por cento do nosso orçamento foi economizado em gestão pública no ano passado. Nove por cento, foram 106 milhões de reais que nós devolvemos ao Governo do Estado de São Paulo. Acho que essa é a primeira informação importante.

A segunda, que eu não tenho problema nenhum em falar isso no plenário, é: a Mesa Diretora da Casa, neste momento, enfrenta um dilema. Qual dilema é esse?

Nós temos uma frota, a mais nova dela com oito anos, com, em média 300 mil quilômetros rodados - o da deputada Márcia Lia tem 400 mil quilômetros -, sendo que ano passado foram gastos em manutenção dos carros um milhão e 800 mil reais.

Em manutenção, porque quanto mais velha é a frota, mais se gasta em manutenção. Nessa nova legislatura, onze senhores deputados e senhoras deputadas optaram por não usar o carro oficial.

Então, você tinha duas alternativas: ou nós trocamos a frota, compramos a frota parlamentar nova para os 94 - porque você tem que comprar para todos os deputados, independente de o deputado aceitar ou não -, ou, se não for comprada a frota, tem que se buscar uma alternativa de extinção da frota parlamentar.

Foi essa a alternativa que foi adotada pela Mesa Diretora, onde nós esperamos que em até um ano os deputados, até por conta dos carros cada vez ficarem mais velhos, os parlamentares acabem não tendo o carro oficial, e, aí, ou não usa o carro, ou tem a opção que já era uma ação permitida. Não foi este presidente que permitiu. A resolução que permite locação de carros é uma resolução antiga, é uma resolução de anos e anos e anos.

E foi essa opção que nós fizemos de extinguir a frota parlamentar, fazendo com que aqueles deputados que entendam necessário para sua atividade de mandato possam locar o carro.

Pois bem, muitos parlamentares vieram conversar com a Mesa Diretora e solicitaram que para essa locação, ao invés de se gastar com a manutenção - não é nenhum dinheiro novo, esse dinheiro já se gasta com manutenção -, se colocasse a opção de que esse recurso viesse para a locação do carro, através do projeto de resolução.

O que a Mesa fez? A Mesa deliberou por os deputados decidirem. Essa decisão é dos parlamentares - não sobre a locação, porque a locação já é permitida; é por isso que você já tem carros locados -, sobre a verba excedente.

Essa decisão é dos parlamentares. Então, assim: muito tranquilo. Aqueles parlamentares que se colocarem contra, votem contra. Aqueles parlamentares que se colocarem favoráveis, votem favorável.

Essa decisão será feita pelo plenário da Casa. Eu acho que nada é mais democrático do que o plenário da Casa tomar a decisão que ache que seja necessário. Agora, se vão ter deputados que de maneira demagógica vão utilizar disso para fazer campanha eleitoral, vale lembrar que nós já acabamos a campanha eleitoral.

Uma coisa é convicção, uma coisa é posição, uma coisa é aquilo em que você acredita; outra coisa é uma atitude demagógica, colocando como se o Legislativo tivesse já tomado a decisão. A questão não está tomada, a decisão é compartilhada, até porque assim, a lei determina, qualquer aumento de valores de verba de gabinete é o Plenário que decide, não é a Mesa Diretora. E assim será feito pelo Plenário, daqueles que acharem que seja, sejam necessários.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, esse projeto não está pautado, esse projeto não se encontra moldado ainda. É uma questão interna da Casa. A hora que vem um parlamentar aqui, sem saber o que vai acontecer, expõe a Casa já dizendo uma coisa que pode não... Pode ser que V. Exa. nem paute o projeto, Sr. Presidente, vai que a maioria dos deputados, a liderança dos deputados não queira que paute o  projeto.

Vossa Excelência não vai pautar contra a vontade das lideranças, mas enquanto vem aqui uma liderança se achando acima do bem e do mal, achando que vai resolver a situação, a miséria da África, da Etiópia, vem aqui e faz uma colocação dessas de que vamos descontar. Descontar de que projeto, presidente, que não tem projeto ainda. Eu não li projeto nenhum. Onde está esse projeto, presidente? Por enquanto está em formatação, não está na Casa, e V. Exa. não pautou. Vossa Excelência apenas fez uma sugestão da Mesa para ser resolvida oportunamente.

Portanto, Sr. Presidente, não é justo que se exponha a Casa dessa maneira. E ao se expor a Casa dessa maneira, algumas pessoas que vêm aqui encomendadas, aplaudem. Encomendadas por quem? Receberam que tipo de lanche para vir aqui de maneira frenética aplaudir uma posição que não representa a dignidade desta Casa?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Campos Machado, é só para... Eu acabei falando sobre o tema, porque hoje eu recebi diversas postagens de vários parlamentares utilizando até, alguns de maneira coerente, as suas posições, outros utilizando de maneira demagógica essa posição.

Uma coisa é fato. Hoje um deputado, como a deputada Márcia Lia, que mora em Araraquara e tem um carro de 400 mil quilômetros, corre risco, está em risco. Eu tenho tido, por conta de segurança, deputado Campos Machado, solicitações de alguns parlamentares, inclusive, para que fossem locados ou entregues ao parlamentar carros blindados. Eu tenho tido solicitações. Eu tenho deputados que solicitam carros 4x4, porque usam na zona rural. Então, eu tenho deputados que não querem utilizar carros, porque não precisam. Então, você tem uma Casa... eu acho que o que precisa ficar claro aqui, eu não tenho preocupação nenhuma em falar isso ao Plenário, porque eu sou o presidente da Casa, que nós temos uma Casa plural.

Eu não condeno nem aquele que se sente a sua vida ameaçada, por uma questão de segurança, e requisita a possibilidade de ter um carro blindado, como aquele que não quer utilizar o carro oficial. Eu não condeno. E não é o meu papel, como parlamentar, condenar, porque eu tenho mandatos distintos aqui. Cada um tem uma percepção, cada uma tem uma ação, cada um tem um tipo e um perfil de mandato.

Agora, o que precisa ficar claro aqui, e a gente tem que alinhar, é sobre o seguinte: a nova legislatura trouxe uma característica diferente para a Assembleia Legislativa. Qual característica diferente? Sobre a questão da frota parlamentar. E esta decisão já é uma decisão tomada pela Mesa Diretora. Nós vamos extinguir a frota parlamentar. Nós não teremos, até um ano, mais carros oficiais à disposição dos parlamentares. A decisão do parlamentar se vai utilizar um carro locado pelo seu gabinete, ou não, é individual de cada um dos deputados, e será dessa maneira, como está sendo, como é na Câmara Federal. Os deputados federais locam se achar que seja conveniente; se achar que não, não locam. Cada parlamentar preste conta com aquelas pessoas que os elegeram. É um direito. O que não dá é para dez deputados devolverem o carro oficial, e cá entre nós eu estou com os dez carros parados ali na garagem, custando dinheiro para o poder público. Vocês acham certo? Eu não acho. E tenho que fazer isso hoje, porque temos frota parlamentar. Eu tenho que fazer, não tenho o que fazer. Se o deputado não quer usar o carro, o carro está parado ali. Se você for à garagem, tenho dez carros parados de parlamentares que não querem usar o carro oficial.

Está certo nós termos frota parlamentar, se mudamos a característica do mandato? De duas, uma: ou comprava a frota... Essa decisão foi tomada por mim e pela Mesa Diretora, que me acompanhou de maneira unânime. Nós não vamos comprar frota, não vamos comprar carros novos, não vamos. E delegamos essa opção, se o deputado quer ou não quer ter o carro à disposição.

E aí a deputada Janaina, que tem um carro à disposição do gabinete dela, terá que optar se vai locar um carro para deixar à disposição do gabinete dela. Essa opção é dela, como é da deputada Márcia Lia, como é do deputado Wellington Moura, como é do deputado Campos Machado. Cada um vai ter a sua opção. O mandato é independente, a decisão vai ser de cada um dos parlamentares.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - PRB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, primeiramente quero cumprimentá-lo pela sábia decisão desse ato, que, na minha concepção, é um ato, como o senhor mesmo disse, que vai atender a todos os deputados.

Aqueles que estão no interior, como a deputada Márcia Lia, e não têm condições de pegar... Se for gastar com táxi, imagina quanto a senhora vai gastar com táxi, com Uber, se for pegar todos os dias, indo e voltando para cá?

Então, acho que a gente tem que deixar, alguns deputados, de ser hipócrita, pois essa é minha concepção.

Sr. Presidente, eu tenho verba parlamentar para gastar com telefone. Eu gasto se eu quiser, gasto se tiver condição. Com a moradia é a mesma coisa. No momento em que não gasto, vai voltar para a Assembleia. O senhor tomou uma sábia decisão e devolveu ao governo, para o Tesouro, para que pudesse ser investido em outras áreas, sem ser na Assembleia.

Então, se o deputado não quiser utilizar, não utilize. Esse dinheiro, com certeza, vai ser utilizado de uma forma correta também em outra área, se não for aqui na Assembleia Legislativa.

Parabéns, Sr. Presidente.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - É para cumprimentar a atitude de V. Exa., a coerência desta Casa, a coerência da atitude da Mesa e de Vossa Excelência. E lamentar profundamente que nós, deputados do maior estado de São Paulo, com 12 milhões de desempregados no Brasil, com as pessoas morrendo nos hospitais, a violência correndo solta nas ruas do estado de São Paulo, e nós aqui preocupados em tratar se o carro é bom ou não é.

Presidente, o senhor foi claro. A atitude é de cada parlamentar, se vai precisar ou não. Eu moro a 450 quilômetros da Capital. Eu vou e volto todo final de semana. Não vou de avião porque é caro. Poderia usar a passagem aérea, o custeio de passagem aérea, mas não vou. Vou com minha equipe, vou com o carro e estou fazendo uma economia. Na minha modesta opinião, estou fazendo uma economia.

Agora, não é o debate, não é o problema do estado de São Paulo, não é o problema do Brasil. Precisamos parar de enganar o povo! Precisamos parar de enganar, de levar o povo a erro. Estamos levando o povo a erro. Esse é um debate importante? Pode até ser, é um conceito, mas é pequeno. É pequeno diante dos problemas que o estado de São Paulo vive e nós, deputados que fomos eleitos, temos que tomar outras atitudes, seja em qualquer área, Sr. Presidente.

Quero fazer um apelo: nós temos consciência política, liderança, de alguma maneira, conscientizar o povo. O problema é o déficit do Brasil. O problema são os juros. O problema é a Previdência. O problema é a Educação deste estado, que está matando os nossos jovens. E nós aqui, preocupados. A grande imprensa pautando se o carro... O presidente tomou uma decisão coerente, não vai trocar a frota. Vai estabelecer um critério, como faz a Câmara Federal.

Então, presidente, parabéns. Nós, líderes... Faço um apelo: vamos fazer a conscientização política em nosso estado de São Paulo.

Obrigado, presidente.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Janaina.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Um esclarecimento: acho que não fui compreendida. Procurei deixar muito claro: cada parlamentar elege como conduzir o seu gabinete. A colega que viaja longas distâncias decide locar o carro e parece não só um direito, como um dever.

A minha objeção é ao aumento de verbas de gabinete. Esta é minha única objeção, senhores. Não estou, de maneira nenhuma, interferindo na decisão do colega locar ou não locar um carro. Entendo, entretanto, que quando cada deputado tem 33 mil reais à disposição do gabinete, conferir mais 4.200 reais por deputado, por mês, é algo que diz respeito, sim, à população, é algo que impacta, sim, o Orçamento, porque são quase 500 mil reais por mês a mais para uma despesa que poderia ser enfrentada com o que já está aí!

Então, isso tem importância, sim, para a Educação, para a Segurança Pública e para a Saúde. Entendo que essa discussão deve ser feita. Por óbvio me dobrarei à decisão da maioria, sou uma pessoa democrática, mas a população tem que entender que o debate não é alugar ou não alugar: o debate é 500 mil reais a mais no Orçamento, todo santo mês, ou não.

É importante que a gente deixe isso claro porque, da maneira como foi encaminhado o debate, parece que estou aqui fazendo demagogia, com hipocrisia. Estou falando de dinheiro, estou falando de responsabilidade fiscal e moral, estou falando do momento delicado que o País está atravessando. Se conseguimos, graças à competência de V. Exa., que reconheço aqui, devolver dinheiro, poderemos devolver ainda mais. É esse o ponto, Excelência.

Agradeço a atenção.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só para registrar, deputada Janaina, para ficar claro, que esse aumento não foi feito, esse aumento está sendo trazido para debate. Então, é porque alguns deputados hoje deram um possível aumento como uma coisa certa. O que a Mesa está fazendo é colocando esse debate em discussão, e V. Exa. tem toda a legitimidade para se posicionar contra ou favorável.

Esse debate será feito, e o deputado Campos Machado tem correção: não é um debate que está ainda. Para você ter uma ideia, esse projeto de resolução ainda tem que passar por todas as comissões da Casa. Hoje, a CCJ elegeu o seu novo presidente. Ele tem que ir ao Colégio de Líderes, os líderes vão determinar se trazem - e aí V. Exa. está com razão, Campos Machado - para o plenário ou não. Se a maior parte dos líderes entender que esse debate não tem que vir para o plenário, ele não virá para o plenário.

Alguns deputados usarem - e aí me permitam dizer, não são todos, muitos estão sendo, V. Exa. foi muito clara aqui - demagogicamente essa posição, neste momento, como uma coisa já concretizada e certa, é um equívoco e jogar contra o Parlamento Paulista.

O que temos que fazer agora é a clareza do debate, informar, sim, a população sobre isso. Isso não foi feito no apagar das luzes, foi protocolado, o projeto caminhará às comissões, os parlamentares vão ter oportunidade de fazer o debate, ele virá ao plenário para ser discutido, para ser votado. Quem quiser falar sim, coloca sim; quem quiser falar não, coloca não. Vamos entender e acatar a vontade da maioria, porque é isso que é o Parlamento.

Você tem hoje deputados que querem, e você tem deputados que entendem que não devem. Compreendo todos os lados. A decisão que a Mesa tomou foi extinção da frota parlamentar. Essa decisão está tomada. Não voltaremos mais atrás. A locação do carro pelos gabinetes já era direito dos parlamentares. Hoje, se o deputado quiser locar o carro para o seu gabinete, desde que ele não tenha o carro oficial, ele pode fazer. Isso é uma coisa de 10 anos atrás, 20 anos atrás, não é de hoje.

Só para deixar isso muito claro que nós vamos, no momento oportuno, fazer esse debate, sim, e aí cada um coloca a sua posição e a sua ponderação.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Há poucos minutos, ouvi o nobre líder do PSL, que aprendi a admirar pela sua trajetória de vida, deputado Gil Diniz. O que ele trouxe à tona? A eleição de 15 de março, a eleição da Mesa. Todos que estavam aqui ouviram o pronunciamento dele.

Aí, fico imaginando: será que tem gente pensando no terceiro turno? Deputado, Enio Tatto, raciocine comigo. A eleição já passou - e quem olha no retrovisor bate o carro.

Agora, o deputado Gil Diniz fez uma reflexão na tribuna criticando a eleição e o que está acontecendo na Casa. Eu não sou responsável por quem é presidente, membro de Comissão - isso pouco me importa. O que me importa é que nós não podemos trazer isso, de novo, como se fossemos discutir ou disputar o terceiro turno da eleição. Ou alguém duvida que todos os temas que foram tratados hoje aqui não dizem respeito indiretamente à questão do resultado das eleições de 15 de março?

Portanto, eu volto a dizer: nós temos que raciocinar, deputado Barba. Como disse Fernando Pessoa: a vida é curta, mas não pode ser pequena. Nós estamos sendo pequenos! Olha o que nós estamos discutindo aqui! Daqui a pouco veremos a manifestação das pessoas que almoçaram, que tomaram lanchinho. É isso aí - evidentemente que contra mim. Já estão falando! Nem respeitam o Regimento Interno, o Art. 280.

Sr. Presidente, não se trata aqui de terceiro turno, que é exatamente o que o deputado Gil Diniz falou e agora vai desfalar aquilo que ele falou.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu concordo com parte da fala do deputado Campos Machado, mas não concordo com a parte do cafezinho e da coxinha. O pessoal da Emplasa que está aqui já está em uma luta faz tempo defendendo a sua não privatização. O pessoal da Polícia Militar está aqui defendendo a PEC 02.

Então, é um pessoal que se viabiliza por conta própria. Todo mundo tem trabalho e está aqui numa luta importante e cada um tem que defender a sua luta.

Segunda coisa, eu acho que esse debate de aluga, não aluga, compra, não compra, vende e não vende, nós vamos ter que fazer no plenário e vai ser bom porque vai ser votação nominal.

O pessoal está discutindo quatro mil reais e quer entregar 67 milhões da CPOS para o setor privado! Pode pegar e dar na mão de empresário: 67 milhões com 54 contratos realizados! Estão discutindo o aluguel do carro do deputado, mas pode pegar uma empresa que gera renda, superávit para o estado, melhora os cofres do estado, para entregar para o empresário!

Eu uso o carro, não aluguei ainda porque o carro que estou usando está em boas condições, o motorista cuida bem do carro - é uma exigência minha. O carro tem 160/170 mil quilômetros rodados e eu moro perto - no ABC. Mas imagino para quem mora longe, quem mora a 500/600 quilômetros e vai usar um carro com 400 mil quilômetros rodados é um risco, um risco à vida do ser humano.

Nós temos que fazer esse debate e rediscutir isso. E vamos ter que votar aqui para aprovar ou não. Eu vou discutir na minha bancada, acho que cada partido tem que discutir na sua bancada.

Eu já ouvi falar da história do Gil Diniz, que anda de coletivo. Eu andei de coletivo quase que minha vida inteira - fui peão de fábrica. Como você foi carteiro, eu também fui operário de fábrica, mas hoje eu uso o carro da Assembleia Legislativa porque eu faço um trabalho. Quem quiser acompanhar as minhas páginas, vai me ver às 6h da manhã na porta de fábrica, às 5h da manhã na porta de fábrica, ora indo para o interior pagando mais de R$200 de pedágio para ir e voltar.

Então, eu acho que é um debate que nós vamos ter que fazer com muito carinho, muito cuidado, respeitando algumas questões, respeitar a vontade do deputado que quiser votar contra - não tem problema nenhum. Se nos derrotar, derrotou. Nós vamos ter que nos virar e ver como faz com a vida. A vida é isso. Na disputa política, você vota e derrotou, derrotou. Igual a deputada Janaina falou, se for vencido, submete-se à vontade da Casa.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só para entrar rapidamente no debate da questão do carro. Eu já conversei com V. Exa. sobre isso, mas concordo com a deputada Janaina. Ela não é contrária, assim como nós não somos, à locação do carro. O questionamento dela e a posição dela são sobre de onde vai sair esse recurso. Eu acho que ela deixou bem clara a posição: ela acredita que essa verba pode ser tirada da verba parlamentar que nós já temos.

Mas esse debate vai ser feito no momento oportuno. É muito bom que se debata esses temas aqui na Casa.

Eu só queria responder ao nobre deputado Campos Machado que, justamente, eu fui à tribuna para falar sobre os debates e para trazer luz à Casa. Citei novamente o dia 15, mas não no sentido de ter uma revanche. O senhor venceu, é legítimo. O que eu quis dizer é que escutamos pelos corredores que o PSL não fala com ninguém. Mentira. Mentira. O PSL conversa desde o líder do governo, com o líder da Minoria, com os deputados do PSOL, do PCdoB, do PT.

O que eu pedi foi respeito ao regimento conforme ele fala sobre a proporcionalidade das bancadas. Quando a gente vai, chegam para falar “olha só, vai ter votação nas comissões, mas, poxa, não posso votar em você porque o meu voto já vai para fulano, para ciclano, já está aí”. Tudo bem. Quer votar? Vote e assuma que votou, mas não venham dizer que não vota no PSL porque o PSL não fala com ninguém.

É mentira e, quantas vezes forem necessárias, vou subir à tribuna para falar, é mentira. Quem diz aqui que o PSL não conversa com ninguém está, desculpem, faltando com a verdade, porque o PSL, sim, tem o diálogo. Por mais que tenhamos tido o enfrentamento no dia 15 - e o senhor sabe disso - o PSL tem o diálogo, sim, com todos e só pede o respeito à questão regimental, falando sobre a proporcionalidade.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Gil, só para compreender, não entendi a fala de V. Exa. em relação a mim. O que eu, como presidente da Casa, tenho a ver com a eleição das comissões em cima das escolhas dos seus presidentes?

Eu tenho tido toda a abertura do mundo ao PSL e a todos os partidos, inclusive, essa semana, tomei uma bronca da minha mulher, cheguei quase meia-noite em casa, atendi o deputado Gil Diniz até as 11 e meia da noite aqui na minha sala, cheguei quase meia-noite em casa.

Então, assim, eu tenho atendido tudo o que eu posso, agora, a eleição das comissões é eleição, não existe proporcionalidade, como não existe na Mesa. Vossa Excelência inclusive ingressou na Justiça contra mim alegando que eu não cumpria proporcionalidade na Mesa Diretora e hoje perdeu. Inclusive, essa decisão judicial foi decidida hoje, esse embate foi perdido hoje sobre a proporcionalidade.

E por quê? É eleição. A Mesa Diretora da Casa é uma eleição. A eleição da presidência das comissões é uma eleição e é no voto que se ganha. Então, quem se lançar candidato e tiver os votos ganha a eleição. Só não entendi onde eu, como presidente da Casa, entro nesse processo, porque confesso, e todos os deputados são testemunhas disso, que não tenho ativamente participado, só sido informado do resultado das eleições.

Pelo que me pareceu, hoje, nas três comissões eleitas, não teve disputa em nenhuma, todas foram eleições por unanimidade dos membros. Não houve nenhuma disputa, então não compreendi um pouco essa posição.

Deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Para falar pelo Art. 82, pela liderança da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra, enquanto isso passo a palavra ao deputado Gil.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Não, não, a questão não é a cobrança a V. Exa., de forma alguma, a minha crítica vai a quem diz que o PSL... que não vota no PSL porque o PSL não dialoga com ninguém. Não coloquei em questão a sua conduta nesse caso. O senhor me interpretou de maneira... Não há nenhuma objeção nesse sentido, a crítica é...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só para registrar que não sou eu, se alguém diz isso não sou eu que estou dizendo, do jeito que foi colocado parece que eu que estava dizendo que não existia nenhum tipo de diálogo.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Não, não, de forma nenhuma. Na verdade, pelo menos a minha percepção, é a de que o senhor não está engajado na eleição das comissões.

Agora, há parlamentares que dizem: “Olha, nós não votamos no PSL porque o PSL não dialoga com ninguém”. Ou seja, está faltando com a verdade.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pelo contrário, inclusive. Na distribuição das vagas das comissões, eu levei à risca a proporcionalidade. Inclusive o PSL teve mais vagas do que tinha direito, inclusive pelo Regimento Interno. Sem problema nenhum. Tentei atender - falei isso no Colégio de Líderes - em média 80% dos pedidos de todos os partidos.

Eu que faço essa distribuição da proporcionalidade atendi a 80%, em média, dos pedidos dos partidos. Inclusive do PSL.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Com a anuência do orador na tribuna.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Temos um orador na tribuna, pergunto se existe...

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Eu vou permitir um minuto.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Carlão Pignatari, para uma comunicação.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu vou só para colaborar com o deputado Gil, dizendo que não é verdade. A gente tem falado. Inclusive, hoje, a deputada Leticia disputou a vice na Comissão das Mulheres, se eu não estiver enganado, e teve cinco votos. Alguém votou nela e não foi só o PSL.

Então eu acho que isso está andando. As comissões, cada um está fazendo a sua. Estão indo bem. Vamos pautar para podermos ter essas comissões prontas, deputado Campos, para que a gente possa começar a analisar os projetos que vão entrar na Casa. Então concordo com o deputado Gil Diniz nesse sentido.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Presidente, comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Nós temos um orador na tribuna. Permite também? Último...

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Por favor, para que eu possa usar o Art. 82.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente Cauê Macris, queria parabenizar a sua decisão de vender a frota da Assembleia...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Doar. Nós doaremos para o Fundo Social de Solidariedade.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Doar a frota da Assembleia e optar pela locação, que é uma atitude moderna, mantém a frota sempre nova, com baixo custo de manutenção e não onera a Casa. Cada necessidade de cada deputado vai ser atendida conforme a necessidade de cada parlamentar.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra o nobre deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, eu volto agora para falar pelo Art. 82 porque no Grande Expediente eu não consegui utilizar duas imagens, que eu não sei se consigo exibir agora. Antes de colocar as imagens, eu vou falar e daí pedirei para exibir.

Eu disse aqui, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que o caixa do Governo do Estado é de 30,9 bilhões, dinheiro em banco e aplicado com resgate imediato, dinheiro que o Governo do Estado poderia utilizar para aumentar, por exemplo, o salário dos militares, pagar reajustes para os professores, melhorar, por exemplo, a estrutura das escolas estaduais, dos hospitais, melhorar a questão da Segurança Pública, porque isso é fundamental.

Hoje, no balanço de 100 dias, o jornal “O Globo” fez esse balanço a partir de algumas áreas. Na questão da economia, diz que em apenas duas áreas o governo abre mão de 1 bilhão e 200 mil para beneficiar combustível, querosene, para as empresas aéreas e incentiva a GM.

Nada contra a aviação nem as empresas automobilísticas, até porque o meu líder, o deputado Teonilio Barba, é funcionário, trabalhador da Ford, que vive uma luta imensa para manter os trabalhadores nos seus empregos. Mas eu estou falando isso porque o governador reclama que não tem dinheiro, deputado Carlão Pignatari, que precisou congelar, precisou cortar, tem um congelamento de mais de dez bilhões, quando o caixa do Governo do Estado está transbordando de recursos.

Qual é a situação das escolas do estado, que é governado pelo PSDB há 24 anos? Eu queria mostrar para o senhor. Essa escola fica lá na região de Sapopemba, perto de onde o Gil mora. Isso aqui é a escola estadual em Sapopemba, Escola Arthur Chagas Júnior, na Cohab Teotônio Vilela. A quadra, vazamento de água do banheiro, essa é a situação.

E essa é a escola da zona sul, João de Deus Cardoso de Mello, que já foi motivo de matéria jornalística. A gente percebe que, apesar de toda a denúncia feita, a situação da escola ainda é essa.

Eu queria trazer uma denúncia que o próprio Tribunal de Contas do Estado já fez, que é a demonstração de ausência de quadras esportivas nas escolas estaduais. Queria agradecer ao pessoal da técnica, das escolas estaduais. No caso da zona sul, da Escola Estadual João de Deus, o Estado tirou as quadras, disse que ia reconstruir. Está lá, terra. Não tem reconstrução das quadras. No caso da Escola da Teotônio Vilela, em Sapopemba, a quadra está com o alambrado estourado, não tem iluminação, não tem absolutamente condições de uso.

E a prática do Governo do Estado, do PSDB, ao longo desses 24 anos, não foi de reformar essas escolas; ao contrário, foi de abandoná-las. Sabe qual é o valor, deputado Gil Diniz, que o Estado passa, anualmente, para a manutenção? Cinco mil e novecentos reais.

A Escola João de Deus tem mais de 1.200 alunos. Essa escola que eu mostrei agora na zona leste, que o senhor conhece, tem mais de 1.000 alunos. O Estado precisa parar com o discurso fácil. O Estado precisa dizer a que veio. Quando a gente discute Estado mínimo, eu não quero esse Estado mínimo, eu não quero essa situação para os filhos dos trabalhadores. Não é justo, não é igualitário o tratamento; por isso, nós precisamos pôr luz no debate de finanças.

A partir da semana que vem, a gente vai ter a instalação da Comissão de Finanças e Orçamento, e aí nós vamos poder fazer um debate bom. Vamos trazer aqui o ministro e o secretário de Finanças para discutir qual é a situação do Orçamento deste Estado, o estado mais rico da Federação. Vamos discutir a desoneração. Mais de 24 bilhões são dispostos para empresas que nem nós sabemos quais são, com a balela do sigilo fiscal, econômico, e assim por diante.

Então, Sr. Presidente, está na hora de iniciarmos um debate sério, de deixarmos aqui de ser o “puxadinho” do Palácio do Governo, até porque nós não vamos pintar de preto aqui, deputado Carlão.

 

O SR. RAFA ZIMBALDI - PSB - Pelo Art. 82, liderança do PSB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra.

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Fiorilo, conheço a Escola Arthur Chagas Júnior, na Rua Francesco Usper, nº 951. Depende da maneira que se fala, tudo bem. Era a minha última carta, no meu distrito. Entregava cartas ali no Distrito do Cohab Teotônio Vilela, Avenida Arquiteto Vila Nova Artigas, e ali era a minha última rua.

Então, convido-o também. Amanhã estarei em São Mateus, no Alfredo Ashcar, depois nós podemos ir à Rua Francesco Usper, 951, no Arthur Chagas Júnior, para verificar, “in loco”, a questão dessa escola, e também ir à Secretaria da Educação, verificar com o secretário o que nós podemos, efetivamente, fazer por aquela escola e por aquela comunidade.

Fica aqui o meu compromisso com você.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra o deputado Rafa Zimbaldi.

 

O SR. RAFA ZIMBALDI - PSB - PELO ART. 82 - Presidente Cauê Macris, Sr. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, volto a esta tribuna no dia de hoje. Quero, antes de entrar na minha fala, cumprimentar algumas lideranças da cidade de Campinas, mais especificamente do Distrito do Campo Grande, nosso amigo Toninho Ponto Alto, representando o Distrito do Campo Grande, o Emídio, o Constâncio, e o Monteiro, da Guarda Municipal. Então, agradecer o carinho e a presença de todas as pessoas que vieram lá de Campinas, prestigiar o nosso mandato.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, a minha vinda aqui hoje é em agradecimento aos Srs. Deputados. Ontem, estive aqui, falando sobre um projeto de emenda à Constituição sobre o plano de metas do governador ao ser eleito. Nós sabemos que, durante o período eleitoral, os candidatos propõem várias coisas, nos diversos assuntos, várias propostas. Tem o plano de governo que a população, através do plano de governo, deposita a sua confiança naquele candidato.

Todos os candidatos têm uma proposta, um plano de governo que é protocolado no Tribunal Regional Eleitoral. Ao ser candidato, nos casos de presidente da República, protocola junto ao Tribunal Superior Eleitoral. No caso de prefeitos, protocola junto à Justiça Eleitoral.

Muito bem. Passou a eleição, muitas vezes, Srs. Deputados, os governadores, os prefeitos e o presidente da República se esquecem dos compromissos assumidos durante o período eleitoral. Nós fizemos, na cidade de Campinas, aprovamos um projeto de grande importância, obrigando o prefeito a apresentar o plano de meta logo que assumir o seu mandato. E aqui, no estado de São Paulo, não pode ser diferente.

Vimos alguns deputados cobrando o governador de algumas promessas que foram feitas em período eleitoral. Logicamente, temos que reconhecer que estamos há apenas 100 dias do governo. Porém, hoje tivemos um evento em comemoração aos 100 dias. O governador apresentou o trabalho que vem fazendo. Mas esse evento acaba se tornando muito mais decorativo e comemorativo que um evento de compromisso de metas.

A nossa proposta de emenda à Constituição não é referente ao governador João Doria. Mas a todos os governadores, que virão no nosso Estado, a serem obrigados a protocolar nesta Casa e a dar ampla publicidade a esse plano de metas. E, semestralmente, o governador dar satisfação à população, a esta Casa e a todos os municípios, de que todas aquelas metas estão sendo cumpridas.

Ainda mais, vou além. O governador, ao propor o seu plano de metas nesta Casa, o plano de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento do ano seguinte, será necessário ter, neste orçamento, a previsão dentro do plano de metas, sob crime de responsabilidade. Porque, promessas, o povo está cansado, não aguenta mais. Durante o período eleitoral, os candidatos fazem várias propostas. E muitas vezes acabam virando as costas.

A nossa proposta é que todos os governadores que vierem a assumir o Governo do Estado sejam obrigados a protocolar, nesta Casa, um plano de metas dos diversos assuntos: Saúde, Educação, Defesa Animal, Segurança Pública, Mobilidade Urbana, desigualdades, fundos sociais, regularização fundiária, Habitação. Ou seja, o governador é obrigado a dar satisfação à população.

Temos, por obrigação, ajudar. Independente se ajudamos aquele governador ou não, ajudar com que o governador cumpra um plano de metas, dê satisfação e honre cada voto que foi confiado a ele nas eleições e também a nós, deputados. Quero, a minha vinda aqui hoje, nesta tribuna, é no sentido de agradecer àqueles deputados que assinaram a proposta de emenda constitucional que nos deu condição do protocolo.

São mais de 32 vereadores que assinaram essa proposta. Discutiremos, agora, na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, muito bem presidida pelo nosso presidente: Mauro Bragato. Tenho certeza de que será aprovado. E aí poderemos, juntos, discutir muito mais nesta tribuna, nesta Casa, para que o governador cumpra um plano de metas.

Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado, Srs. Deputados.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Ordem do Dia.

Há, sobre a mesa, requerimento de inversão de Ordem do dia, a fim de que a matéria constante do item 11, PL 29, de 2017, passe a constar como item número 1, renumerando-se os demais itens.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para fazer encaminhamento em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Coloco em votação o requerimento. E passo a palavra ao deputado Barba, para encaminhar a votação.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, hoje teve 100 dias do governo Doria. É um governo vazio. Não propõe nada até agora, a não ser privatizar empresas boas, seja do ponto de vista superavitário, e as empresas que não são superavitárias, mas têm um papel fundamental no estado de São Paulo.

Como é o caso da Emplasa, que cuida do desenvolvimento metropolitano, que ajuda a planejar o estado de São Paulo. A Dersa, que para as cidades pequenas, é muito importante para abrir vias deputado Altair, porque o estado de São Paulo tem apenas 113 cidades com mais 50 mil habitantes. O resto tem menos de 50 mil habitantes. Como é que uma cidade com 6 mil habitantes, 7 mil habitantes, 5 mil, 20 mil consegue ter orçamento pra cuidar das estradas vicinais, pra abrir pontes, para abrir viadutos, ponte sobre rios, viadutos, túneis? Quem cuida disso é a Dersa.

Você tem a outra que é a Codesp com a mesma situação. E tem três que são superavitárias: a Cpos, a Prodesp e a Imesp. A Imesp num contrato de 2017 faturou 350 milhões de reais, a Cpos fez 54 contratos no estado de São Paulo e teve uma arrecadação de 67 milhões de reais, e a Prodesp eu nem lembro mas também foi uma bela arrecadação que teve aqui no estado de São Paulo e o Governo propõe privatizar, duas ele pretende juntar, que é a Prodesp e a Imesp, uma é de comunicação outra de processamento de dados. Quando você junta, faz a junção, sobra gente, vaza gente pelo ladrão, são trabalhadores e trabalhadoras que serão demitidos, provavelmente alguns próximos de se aposentar, o projeto não detalha.

Teve um detalhamento aqui na audiência pública que nós fizemos, vieram os representantes dos trabalhadores, vieram representantes das empresas, veio um cara que é banqueiro lá do Piauí, para discutir que tem - ele não conhece - nada contra o Estado do Piauí, estado irmão nordestino, mas que veio discutir que a Emplasa tem que ser privatizada porque a Emplasa gera prejuízo no estado de São Paulo.

E tudo isso calçado aonde? Tudo isso sustentado no debate feito pelo Jair Bolsonaro. É o Bolsodoria: é o Bolsonaro em Brasília e o Doria aqui em São Paulo. Um é vazio aqui e o outro lá, em Brasília, quer fazer uma reforma da Previdência aonde cria - tem outro banqueiro cuidando, que é o Paulo Guedes - uma coisa chamada Fundo de Capitalização; parece bonito. O povo mais simples não sabe o que é isso. Ele propõe acabar hoje... O que é que compõe a receita da Previdência hoje, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. O que compõe a receita da Previdência hoje é o trabalhador com carteira registrada que paga Previdência, o empregador, o patrão, seja ele público ou privado. São essas duas partes que compõe a receita da Previdência, mais o PIS, o Pasep, o Cofins, e a contribuição social sobre o lucro líquido, foi criado lá na Constituição de 88 para compor a receita da Previdência, mais uma coisa chamada Jogos Prognósticos. O que é isso? São 18% de todas as loterias do Brasil que são arrecadados para o Fundo de Receita da Previdência, mais o imposto sobre alguns produtos importados; não são todos.

Então, tem uma fonte que arrecada hoje para a Previdência. Tem a proposta do Paulo Guedes, cantada e que parte aqui se fosse deputado federal ia lá e votar a favor, é que na nova proposta da Previdência, deputado Aprígio, a parte empresarial não está contemplada. Os empresários não vão arrecadar mais nada para a Previdência.

Quando eu crio uma coisa chamada Fundo de Capitalização, o que é isso? Vamos pegar um jovem de 25 anos. Ele começa a trabalhar, deputado Paulo Correa, aos 25 anos de idade, ele vai pagar e vai ter uma conta exclusiva só dele, da Previdência. Então, vai arrecadar todo mês, enquanto ele estiver trabalhando. Parou de trabalhar a conta fica inativa com o fundo lá depositado. Voltou a trabalhar, está arrecadando, vai chegando naquela conta. Mas vamos imaginar que esse jovem é sortudo. Trabalhou por 40 anos consecutivos e que ele ganhe lá, sei lá quanto de salário, mil e quinhentos reais de salário. Ao final dos 40 anos, vamos imaginar que ele arrecadou - isso é a capitalização da Previdência - que ele arrecadou, do desconto do salário dele lá, 200 mil reais, e se aposentou.

Qual é a conta para fazer a contribuição dele? É expectativa de vida. É a taxa de sobrevida dele. Então, ele começa lá. Bom, expectativa de vida é de 78 anos. Ele está com 65, 13 anos. Treze anos vezes 12 meses, 156 meses.

Duzentos mil reais divididos por 156 meses: vai ter uma aposentadoria de 1.200 reais mais ou menos, mil, duzentos e quebradinho. Por 156 meses. Ele tem que morrer com 78, porque se ele passar dos 78, acabou a aposentadoria dele. Essa é a mágica do Paulo Guedes, essa é a mágica do Bolsonaro, que os deputados aqui defenderam.

Uma boa parte, para resolver o problema da Previdência, dizendo que se não resolver a Previdência, o Brasil está quebrado. O que resolve a Previdência é o presidente falar assim: "Nós vamos ter que combater o trabalho informal no Brasil".

Trabalho tem que ser com carteira registrada. A receita da Previdência é proveniente disso: trabalhador e empregador. Mas, esses outros três impostos que eu citei - que são da Constituição de 88 - mais as loterias e mais o que existe sobre os produtos importados.

Aí, ele diz, ainda: precisamos elevar, tem que ter idade mínima para homens e mulheres. O Brasil tem hoje 32 milhões de benefício de aposentadoria. Por que eu estou chamando de 32 milhões de benefício? Porque pode ter só 30 milhões que recebam isso. Porque tem gente que recebe dois: a pensão da companheira ou do companheiro, mais o benefício próprio.

Sabe quantos são aposentados por idade mínima? Cinquenta e três por cento. Bancada do PSL, ouçam isso: 53% dos aposentados hoje, que dá mais ou menos 16 milhões e 700 mil trabalhadores aposentados e trabalhadoras, aposentados por idade. Sessenta e cinco anos o homem, 60 a mulher no meio urbano, nas cidades; 60 anos o homem, 55 a mulher, lá no campo.

Sabe quanto ganham esses 53%, esses 16 milhões e 700 mil? Ganham exatamente um salário mínimo. Já é por idade mínima hoje. Então, é mentira essa história de que tem que ter a idade mínima. A grande mentira contada é que tem que aumentar de 15 para 20 e receber só 60% dos 20 anos de contribuição.

Porque hoje a base de cálculo é feita com as melhores 80 contribuições que a pessoa contribui. As melhores. É por isso que o salário fica um pouco melhor. Qualquer um de nós, no início de nossa carreira, ganha menos; profissionaliza-se e, no final, acaba ganhando um salário melhor. Por isso que é colocado sobre as 80 melhores.

Então, muda para 62 para mulheres, de idade mínima, com no mínimo 20 anos de contribuição; e o homem, 20 anos de contribuição e 65 de idade. Os professores e as professoras: aumentou para 30 anos de contribuição e 60 anos de idade homens e mulheres.

Então, veja bem, é o presidente que falou que ia defender o Brasil para os brasileiros; na verdade, é o presidente que defende o Brasil para os banqueiros, para os empresários. E é uma casadinha muito boa, uma casadinha em Brasília com João Doria aqui em São Paulo; Brasília com o Zema lá em Minas Gerais; Brasília com o Eduardo Leite lá no Rio Grande do Sul.

É o NOVO e o PSL. Chamadas duas coisas novas, querem fazer política nova aqui no estado de São Paulo. Quer entregar exatamente os patrimônios que nós temos aqui.

Uma coisa é olhar a cidade de São Bernardo, onde a gente mora. A cidade tem uma capacidade de arrecadação, deputado Altair, que quando a economia está boa vai ultrapassar de seis bilhões de reais. Eu quero ver Pedra Bela. Está no circuito das águas, cidade estância turística, interesse turístico, que não tem nem compensação ambiental.

Como é que faz para abrir estradas? Como é que faz para fazer vários tipos de serviço, que essas empresas que estão em debate para serem privatizadas fazem, hoje, pelo Estado inteiro.

Então, João Doria é o entregador... Eu achei que não iria ver na História do estado de São Paulo algum governador que pudesse entregar mais que o Geraldo Alckmin entregou; mais do que o Serra entregou; mais do que o Covas entregou, e nem um presidente que fosse entregar mais do que o Fernando Henrique entregou. Mas tem o Bolsodoria: o Bolsonaro lá em Brasília e o Doria aqui no estado de São Paulo. E esse debate da Previdência nós vamos fazer aqui. Vamos ter que debater aqui. Eu quero ver os deputados aqui se posicionarem, deputado Agente Federal Danilo Balas. Defender na reforma da Previdência o pedreiro, o carpinteiro, o cara que trabalha nas minas de carvão, porque acabou a aposentadoria especial.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Barba, gostaria de pedir a V. Exa. se pudesse encerrar, já faz um minuto e meio...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT – PARA COMUNICAÇÃO -Desculpe, é que não ouvi a campainha, presidente.

Então, para encerrar, presidente, então eu quero ver os deputados do PSL, do NOVO subirem aqui à tribuna para defender essa reforma da Previdência, para defender o título de capitalização da Previdência, que vai achincalhar. É por isso que lá ele foi conhecer o Chile. O Chile está tendo suicídio de idosos. E gente abandonada, no Chile, deputado Coronel Conte Lopes, é tudo gente idosa. Não tem... Aqui em São Paulo, aqui no Brasil é gente jovem; lá é idoso que está se suicidando, é idoso que está debaixo da rua, em função do título de capitalização da Previdência, aprovado pelo Pinochet lá no Chile. Então, ele foi conhecer isso para precarizar o direito dos trabalhadores aqui em São Paulo.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Sr. Presidente, para encaminhar pela liderança da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra.

É para uma comunicação, deputado Danilo Balas?

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Então tem a palavra, enquanto a deputada Márcia Lia se dirige à tribuna.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, assistindo ao deputado Barba falar, fez-me lembrar de algumas décadas lá em São Bernardo, dizendo que o País estava vendido aos banqueiros. E o mesmo cidadão que falava que as empresas estatais eram vendidas a banqueiros, um dia chegou à Presidência da República, não fez nada do que prometeu, e o pior, o Brasil sofreu o maior assalto da História, deputado Barba, e graças à operação de homens fortes, homens que honram a Constituição Federal, homens que honram as leis do País, graças a essas pessoas que esse cidadão que bradava em São Bernardo do Campo e teve a oportunidade de fazer história, e não fez, assaltou o nosso País, no maior assalto da História do Brasil. Hoje está em Curitiba e lá permanecerá, até que alguém decida dar a liberdade a ele. Mas, por enquanto, ele está lá em Curitiba pagando por tudo que fez a nosso País, pagando pelo assalto aos cofres públicos.

E lembrando... vendo V. Exa. bradar ali no microfone, tive que fazer esse comunicado que o ex-presidente continua lá pagando pelo que fez. E se outros presidentes, outros parlamentares, outros representantes da população partirem para o lado da corrupção, terão que pagar também. E é isso que eu defendo. Esse é o comunicado, presidente, que quem escolhe o lado da corrupção deve pagar, sim, com a liberdade, como o pedreiro que V. Exa. disse “se um dia cometer algum crime ele vai pagar”, como o ex-presidente está pagando lá em Curitiba, na carceragem da Polícia Federal.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT - Sr. Presidente, com a anuência da...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vou ver se existe anuência da deputada Márcia Lia. Com anuência, V. Exa. tem a comunicação, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Danilo Balas, um dia eu disse aqui na tribuna, e até recomendaram que tirasse a minha fala das notas taquigráficas, que eu disse que o Sérgio Moro se não fosse corrupto, era, no mínimo, mal intencionado. Se não fosse corrupto, era, no mínimo, mal intencionado! Não sei o que ele é ainda, se é mal intencionado ou se é corrupto.

Se você ler toda a peça condenatória do presidente Lula... E eu li! Não sou advogado, mas li. Entendo alguma coisinha de direito e tal, que aprendi pela escola do mundo. A resolução dele é que ele tem convicção de que o presidente Lula é dono de uma propriedade oculta chamada triplex do Guarujá. Essa é a resolução dele para prender o Lula, para poder facilitar para eleger... Não sei se era o Bolsonaro, se era o Geraldo Alckmin ou se era alguém da direita. Foi para isso que ele elaborou toda aquela peça, toda aquela condenação.

Tenho orgulho de carregar o meu sobrenome de deputado: deputado Teonilio Barba Lula. Quero ver daqui a uns dias, se vocês vão ter coragem de botar no sobrenome de vocês: deputado Agente Federal Danilo Balas Bolsonaro. Com exceção da deputada Valeria, que já tem o sobrenome Bolsonaro.

Quero ver se vocês vão ter coragem. Quero ver se vocês vão ter coragem de andar na rua e falar dos seus laranjeiros. Quero ver se vocês vão ter coragem de andar na rua, nas comunidades, e falar para o pedreiro que ele não consegue mais trabalhar, que ele não se aposenta e não consegue pegar um bloco de 40 por 20, com 65 anos de idade, porque o partido de vocês propôs 40 anos de trabalho ou 20 anos, no mínimo, e muita gente não consegue ter os 20 anos de trabalho, porque não tem emprego e ninguém vai resolver isso de maneira imediata.

Vocês vão conseguir andar na rua para defender esses camaradas? Defender, com esse nome, nas ruas? Eu duvido que vocês tenham coragem de entrar em uma periferia e carregar o nome lá: Gil Diniz Bolsonaro, Agente Federal Danilo Balas Bolsonaro e por aí afora. Eu duvido! Eu duvido que vocês tenham coragem.

E não estou torcendo por desgraça nenhuma, não! Eu quero que ele acerte o país, só que colocar nas costas de todos os trabalhadores, das trabalhadoras, que o problema da Previdência está nas costas dos operários, isso não é verdade.

O problema da Previdência está nas costas do comando das Forças Armadas - vocês sabem disso -, que tem um privilégio. E sabem o respeito que tenho pelas Forças Armadas, que tenho dito aqui. No comando do Ministério Público, no comando dos desembargadores, que ganham 30, 40 ou 50...

Se é para discutir privilégio, façam uma emenda para discutir só isso. Aí terão o nosso apoio. Mas se for para fazer uma proposta de reforma da Previdência que eleva o tempo de trabalho de operários, eu vou ser sempre contrário.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só se a deputada Márcia Lia assim permitir.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Vou conceder à Bebel e depois eu vou falar.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada, deputada. Bem, vai ser meio que uma comunicação mesmo, mas um pouco dialogando com o que disse o nobre deputado Barba.

Tive a oportunidade, não sei se vocês viram na “Folha de S. Paulo” de domingo,  quando o Fernando Henrique Cardoso... Vou pegar o Fernando Henrique, não vou pegar nenhum de nós. O Fernando Henrique Cardoso. Estou dialogando inclusive com os companheiros do PSDB, pois estou naquelas de que, para este país melhorar, para este país, de fato, ter a dimensão que queremos, vamos ter que ter frente democrática. Nem é de esquerda, viu? Nem é isso que estou falando.

Vou me ater ao que disse Fernando Henrique. Fernando Henrique Cardoso diz o seguinte: “Quando não se tem mais projeto, quando um candidato não tem o que apresentar, ele só tem uma coisa a fazer: chamar o opositor dele de corrupto”. Então, ao invés de projeto, debate-se a corrupção como questão central.

Quero dizer que sou favorável... Aliás, é bom lembrar que as dez medidas anticorrupção não são de autoria de Sergio Moro, não. São de Dilma Rousseff, em 2013. Ele se apropriou de algo que nem é dele, pois, corajosamente, quando as vozes das ruas foram às ruas, ela disse: “Se há corrupção, tem que ser devidamente investigada”. Ela deu toda a força para a Polícia Federal. Ela, Dilma Rousseff.

Então, fazendo um link com o que disse Fernando Henrique Cardoso, ele diz isso: quando eu não tenho o que apresentar de proposta, busca-se a corrupção como a única saída para o país - e não é essa a única saída.

Esse país tem que crescer. Nós não precisamos de previdência, nós precisamos de emprego e renda para que, de fato, esse país consiga vencer.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Antes de passar a palavra para a deputada Márcia Lia, eu agradeço a presença do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, ex-deputado desta Casa.

Em nome de toda a Assembleia Legislativa, agradecemos a sua presença junto com a líder do PSDB, a deputada Carla Morando.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos os deputados.

Eu quero dialogar um pouco com a Casa sobre um assunto que é fundamental que é o limite entre a liberdade de expressão e a incitação à violência e à tortura. Esse tema é fundamental para que a gente possa entender até onde vai a nossa liberdade de expressão e onde começa a difusão, a incitação, o crime de incitação à violência e à tortura.

Tem um jurista que se chama Novelino que diz que a dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos do estado brasileiro, constitui-se no valor constitucional supremo em torno do qual gravitam os direitos fundamentais.

O que significa isso? Que a dignidade da pessoa humana é o direito fundamental primordial. Quando ocorre a colisão dos Direitos Humanos neste caso, a questão da liberdade de expressão versus o crime mais horroroso que existe, que é a tortura que aconteceu neste país, é óbvio que haverá a limitação entre as duas coisas.

Nenhum direito é absoluto, especialmente quando alguns usam como muleta “liberdade de expressão” para externar o seu mais tacanho e sádico gosto por torturar pessoas.

A lei diz o seguinte... textos da lei que combatem esse tipo de apologia. O Art. 5º da Constituição Federal, no inciso XLIII, diz o seguinte: “a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”.

Art. 286 do Código Penal: “Incitar, publicamente, a prática de crime”.

A lei 9.455/97, no Art. 1º, diz: “Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos”.

A lei 7.716/89 diz que abrange os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, também com pena de 1 a 3 anos de reclusão.

A Convenção Contra a Tortura e outros tratamentos ou penas cruéis e desumanas.

Diz que considerando os princípios proclamados pela carta das nações humanas, o reconhecimento dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana é o fundamento da liberdade, da Justiça, da paz do mundo. Reconhecendo que esses direitos emanam da dignidade humana, considerando a obrigação que incumbe aos estados, em virtude da Carta, em particular do Art. 55 dessa convenção, de promover o respeito universal e a observância aos Direitos Humanos e às liberdades fundamentais.

O Art. 5º da Declaração Universal dos Direitos do Homem e o Art. 7º do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Públicos determinam que ninguém será sujeito à tortura ou a ter um tratamento cruel, desumano ou degradante. A convenção interamericana para prevenir a tortura, de 1985, também diz que se constitui como tortura a aplicação sobre uma pessoa de métodos tendentes a mudar a personalidade da vítima.

Por que eu estou dizendo e fazendo esse contraste entre a liberdade de expressão e a questão da incitação ao crime de tortura? Sr. Presidente, caros deputados, na noite de ontem, nesta Casa - fui surpreendida pelo jornal hoje de manhã -, houve uma sessão de cinema nesta Casa para debater um filme de 1964 e, durante o debate desse filme, deputada Erica Malunguinho, foi feita uma série de incitações, uma série de citações, uma série de exaltações à tortura e aos torturadores da ditadura militar.

O filme foi necessário, segundo eles, para evitar o comunismo. Pessoas disseram no microfone daquela atividade “Ustra vive”, “Fleury vive”, que foram os grandes torturadores, quando tivemos muitas e muitas pessoas que morreram, que foram submetidas à degradação humana. E nesta Casa, ontem, aconteceu apologia ao crime e à incitação a tortura.

Tivemos, durante o período militar, alguns atos institucionais, como o Ato Institucional nº 1, o ato institucional mais grave de todos eles foi o Ato Institucional nº 5. Vou pular os outros, porque não tenho tempo suficiente. Esse ato foi o que deu ao presidente da República poderes para caçar mandatos, intervir em estados e municípios, suspender direitos políticos de qualquer pessoa e, o mais importante, decretar recesso do Congresso e assumir as funções legislativas.

O AI 5 também suspendeu o habeas corpus para crimes políticos. Por consequência, jornais oposicionistas ao regime militar foram censurados, livros e obras “subversivas” foram retiradas de circulação e vários artistas e intelectuais tiveram que se exilar no estrangeiro.

Eu confesso a vocês que fiquei chocada hoje de manhã quando fiquei sabendo que esta Casa abrigou uma atividade dessa natureza. Isso é crime. Quero dizer que nós representaremos ao Ministério Público, faremos tudo que for necessário, porque a Constituição Federal garante a dignidade do ser humano e nós não podemos aceitar esse tipo de apologia nesta Casa.

Não vamos nos calar, não vamos aceitar, não vamos concordar, não vamos dizer que o ser humano pode ser, por questões políticas, torturado, submetido a graves retenções de sua capacidade. Torturar alguém se constitui em um ato de covardia. Covardia! Torturar alguém é covardia e nós não vamos aceitar a supressão da dignidade da pessoa humana nesta Casa.

Portanto, as providências necessárias serão tomadas e encaminhadas ao Ministério Público, de acordo com o que reza a Constituição Federal, de acordo com o que rezam as leis, de acordo com o que rezam as convenções internacionais, de acordo com o que reza a declaração dos direitos humanos, da pessoa humana. Nós vamos encaminhar tudo o que for necessário, porque nós não aceitaremos que as pessoas tenham a sua dignidade humana desrespeitada. É um direito fundamental.

A nossa Constituição ainda é vigente. Enquanto essa Constituição for vigente, nós vamos defendê-la com unhas, dentes, coragem e resistência. Portanto, podem ter certeza de que nós não nos calaremos, nós não aceitaremos. Nós resistiremos, nós enfrentaremos e nós lutaremos para que esse tipo de atividade não aconteça novamente nesta Casa.

Muito obrigada, Sr. Presidente. (Palmas.)

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Para encaminhar, pela bancada do PSB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra. Enquanto isso, dou uma comunicação para o deputado Major Mecca, enquanto o Rafael Silva se destina à tribuna.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Barba, eu trago a honra de trazer o nome do meu pai, Fernando Mecca Sampaio, um policial aposentado que sustentou três filhos, minha irmã, que faleceu com um ano e dois meses. Eu trago com honra o nome do meu pai.

Eu acredito e confio em Deus e caminho ao lado dos homens de bem, que respeitam a lei. Eu nunca colocaria no meu peito o nome de um criminoso condenado em segunda instância, nunca colocaria. Eu nunca colocaria no meu peito o nome de um condenado. Se vocês querem colocar, eu respeito a posição de vocês.

O nome do Bolsonaro, até o presente momento, se eu precisasse colocar no meu peito, eu colocaria. Até o presente momento, porque eu confio em Deus. Dos homens, eu caminho ao lado de quem é honesto. A partir do momento que não for mais honesto, eu não coloco.

A gente vê muito bem a política do PT que foi implementada nas periferias, onde escolas estão abandonadas. Você vai passear no Nordeste, você vai lá e corre o risco de ser assaltado. Com política assistencialista, ao invés de levar emprego, de montar, de ter hospital, de ter escola digna, está todo mundo abandonado lá e o crime estourando, explodindo indicadores criminais no Nordeste por conta de somente discursos.

Eu respeito o ponto de vista dos senhores. O nosso também deve ser respeitado.

O meu nome é Dimas Mecca Sampaio. Não coloco nome de ninguém, porque eu respeito o meu pai, que me criou. Vocês querem colocar nome de outro, vocês coloquem, mas é o direito que nós temos de manter o nosso idealismo e o nosso pensamento a respeito do que nós achamos.

Tive muitas experiências do que é a política dos senhores no Brasil e os resultados. Era só isso que eu queria expor, o nosso ponto de vista.

Muito obrigado.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Um comunicado, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Nós temos um orador na tribuna. Eu preciso da anuência do orador. Deputado Rafael Silva, tem anuência para comunicação?

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Para um comunicado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Antes, só lembrando a todos os deputados que nós estamos votando a extinção do Fundo de Eletrificação, com destinação de recursos para a Cultura. É um projeto extremamente importante. Nós estamos falando de um dinheiro importante para a Cultura do nosso Estado.

Eu acho que se a gente pudesse caminhar para uma finalização desse debate entre o Bolsonaro e o Lula, se a gente pudesse acabar com esse debate agora, botar um ponto final e caminhar em direção do nosso tema, seria interessante.

Para uma comunicação, nobre deputado José Américo.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Em primeiro lugar, quero dizer sobre o que falou o Major Mecca.

Mas, antes, eu quero falar sobre o Danilo Balas. Danilo, você fala que a Polícia Federal é a Polícia Federal transparente, honesta, honrada. O que a Polícia Federal faz no Rio de Janeiro, depois de descobrir fuzis contrabandeados das Forças Armadas americanas? O que ela faz no Rio de Janeiro? Ela está investigando isso ou ela não faz isso porque ela teme as milícias?

A Polícia Federal no Rio de Janeiro, estou dizendo aqui, é omissa, porque não combate o tráfico de armas internacional, porque não quer enfrentar as milícias, porque as milícias estão ligadas à família Bolsonaro.

O Bolsonaro que você tanto defendeu, o Major Mecca também, tem um filho envolvido com as milícias cariocas. Ele fez uma compra monstruosa de apartamentos, entre 2014 e 2017, Major Mecca, de quatro milhões de reais. Não explica. O Queiroz está solto. Ninguém ouve o Queiroz, porque, senão, vai ter implicação do Flávio Bolsonaro, que é a polícia podre do Rio de Janeiro. E tem envolvimento também da Polícia Federal, que não move uma palha para descobrir o tráfico de armas que está sendo feito pelos milicianos.

  Sobre a questão do Lula, quero dizer o seguinte: enquanto não houver trânsito em julgado, a Constituição diz que não tem ninguém culpado. O Lula foi vítima de um processo manipulado para que o Bolsonaro pudesse ganhar a eleição. Vocês sabem disso. Qualquer pesquisa dava a vitória do Lula, até hoje dá a vitória do Lula, certo? É por isso.

Sobre a questão da criminalidade, Major Mecca, já que o senhor integra a PM de São Paulo, quero dizer para o senhor: explique-me por que, todo final de semana, têm 300 batidões na cidade de São Paulo e na Grande São Paulo? Major Mecca, venha explicar aqui. Sabe por que não tem? Porque vocês se submetem ao acordo feito pelo governador Geraldo Alckmin com o PCC, que derrubou a criminalidade em São Paulo.

Há 300 batidões que vocês não reprimem. Reprimem um ou outro. Vocês, a cúpula da PM é comprometida com essa política de acordo com o crime organizado que, inclusive, baixou o nível de criminalidade. Se o senhor quiser, eu ando com o senhor para mostrar os pancadões que os senhores não veem.

O tráfico de drogas é feito, está descoberto, em São Paulo. Vocês são polícia ostensiva, tinham que reprimir o tráfico de drogas. Se eu sair com o senhor aqui, a gente descobre várias biqueiras aqui na região da Água Espraiada, várias biqueiras. E por que não é reprimido?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputado José Américo.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Então, aqui existe associação com o crime organizado. No Ceará, o crime organizado está sendo enfrentado. É por isso que tem combate, tem embate, porque o crime organizado está sendo enfrentado, e não como em São Paulo, onde tem um acordo que envolve, não a base da PM, mas a cúpula da PM. O senhor sabe disso.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra o nobre deputado Rafael Silva.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Sr. Presidente, nobres colegas...

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado, na verdade, eu tenho um orador na tribuna. Ele tem a palavra para encaminhar.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Pode autorizar, deputado?

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Quem quer usar a palavra?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Dr. Jorge, do PT, está pedindo.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - É o seu colega, Dr. Jorge do Carmo.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Olhe, dois minutos, certinho.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Sim, não mais do que isso.

 

 O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Inclusive, eu quero falar sobre esse assunto, e sobre essa briga entre esquerda e direita, direita e esquerda.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Dr. Jorge, deputado Rafael, só para fazer uma ponderação. Se a gente der a palavra... Falou um deputado do PSL, falou um deputado do PT. Se o Dr. Jorge falar também, com certeza, o PSL vai querer falar.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Eu vou falar sobre esse assunto também, então eu peço para que o Dr. Jorge preste atenção àquilo que eu vou falar. Talvez sirva de luz.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Um minuto, deputado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está com a palavra, deputado Rafael Silva.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - A luz, inclusive, pode ser usada por quem tem o desejo de usar; aquele que fecha os olhos... Os meus olhos são fechados, eu fico no escuro, não é por vontade própria. É por uma decisão que aconteceu, física, não sei por que, se tem um motivo ou não.

Agora, normalmente, a pessoa enxerga, enxerga quando quer enxergar, porque o verdadeiro cego é aquele que não quer enxergar as coisas, olha o rótulo. Eu tenho fotografia, certamente, com o Maluf. Ele foi governador, eu fui vereador em Ribeirão Preto há muito tempo, mais de 30 anos. Eu devo ter fotografia com ele, com o Quércia, com o Mário Covas, com um montão de gente, inclusive, tenho fotografias com o Cauê Macris e com o Orlando Morando. Estava aqui o Orlando Morando conversando com o Cauê.

Eu falei para os dois, que são dois jovens preparados para a política. Não importa a ideologia ou não, pode mudar depois. Um dos dois poderá ser governador do estado de São Paulo, como muita gente que passou aqui foi, como nós temos do PT e de outros partidos pessoas que poderão disputar e ter êxito. Agora, rótulo, rótulo é esquisito.

Eu tenho um neto. Ele falou: “meu amigo disse que comprou uma remessa de whisky, e tem um rótulo de Ballantine’s. Eu comprei, ele vendeu a 70 reais.” Abriu a garrafa: falso. E o rótulo? Eu tenho fotografia com o Lula e com o Palocci. Quando o Lula ganhou a eleição, ele esteve em Ribeirão Preto; fotografia com o Lula e o Palocci, os dois juntos.

“Mas o Lula é isso, o Palocci é aquilo.” Isso é problema deles. Eu sou eu. “O Maluf é isso, é aquilo.” Amanhã, ou depois, eu não sei... Se o Cauê Macris for governador, não sei que brigas ele vai ter, com quem ele vai ter. E o Orlando Morando também. E outros aqui, do PT. O PT, inclusive, entrou com deputados maravilhosos e competentes. Outros partidos também. Agora, a Assembleia está perdendo muito tempo com essa briga.

O Bolsonaro: não tenho nada com o Bolsonaro, nem contra, nem a favor. Torço para dar certo. Mas ele vive brigando com a China: “A China quer comprar o Brasil, não quer comprar do Brasil”. Brigando com os árabes. O Brasil exporta, para os muçulmanos... Aliás, não é só árabe não. O Irã não é árabe, mas é muçulmano, é islâmico. E compra, do Brasil, mais que a Europa toda. Vão brigar? Não. Eles não podem brigar em nome de uma ideologia.

Será que dá para entender ou é difícil de entender? Ele assume uma ideologia: “Vou brigar com árabe, vou brigar com a China”. Gente, ele é presidente do Brasil. O Doria: eu estava acompanhando uma entrevista do Doria. Mandou abrir um escritório na China. Não tenho nada a favor do Doria, e talvez não tenha nunca. Mas ele abriu um escritório lá para melhorar o relacionamento dos empresários de São Paulo com a China. Parabéns.

O repórter perguntou: “Mas e o presidente? Agiu de forma contrária”. Ele falou: “Acredito que tudo vai correr bem”. E não falou mal do presidente. Também tem interesse, não sei qual e não sei quando. Agora, aqui é “porque o Lula é isso, o Palocci é aquilo”.

Gente! Pol Pot, de esquerda, amarrava as pessoas e encaminhava para o fundo de um lago, amarradas. Morriam afogadas. E daí que é de esquerda? É bandido. Josef Stalin. Procurem conhecer a história de Josef Stalin. “Mas é de esquerda.” Não importa se é de esquerda ou de direita. É bandido. Hitler, de extrema direita: bandido. Mussolini, direita: bandido.

Para mim, o rótulo não é importante. Essa Assembleia tem que se preocupar com a Assembleia e com o futuro do estado de São Paulo. Daqui sairão dirigentes desse estado e desse País. “Ah, porque é de esquerda...”

Ouvi um professor - me desculpem os professores - idiota. Uma hora de televisão. Olha, se eu fosse idiota, um pouquinho mais do que eu sou, eu teria acreditado nele. Do jeito que ele colocava, o  Maduro, que deveria ter caído de podre... Não é ideologia não. Não estou nem aí. Eu passei essa fase da ideologia.

Esse Maduro é bandido. O povo está morrendo de fome lá. Está fugindo da Venezuela. A Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo. E é um país miserável, povo miserável. Agora vou defender porque é de esquerda?

Ah, vá pro inferno a esquerda e a direita. O que manda é o mandato que temos para defender a população. Tá certo, tá certo! O Bolsonaro: não vou criticar porque está começando. Mas, algumas coisas que ele fez, não deveria ter feito. O pessoal que é ligado ao Bolsonaro, em vez de brigar “é esquerda, é Lula”, fala pra ele: “Olha, Bolsonaro, você é presidente do Brasil. Interessa o bem-estar do povo brasileiro”. “Ah, mas a minha opinião é essa.” A sua opinião não deve prevalecer.

O Vinicius Camarinha está lendo Sócrates, Platão. Platão falava de opinião. E outros mais falavam de opinião. Opinião tem que ficar num plano bem inferior. Temos que decidir diante da razão, da lógica. Qual é a lógica? Eu tinha 15 ou 16 anos. Há muito tempo. Talvez a maioria do pessoal aqui não tivesse nascido. Eu ficava ouvindo a Rádio Central de Moscou. Eu acompanhava tudo aquilo, tudo bonito. Mas não vou ser tapado ao ponto de entender que tudo é bonito.

Inclusive, quero dizer para os senhores: quem conhece um pouco de filosofia sabe que a filosofia do Engels e do Marx é linda. A Europa melhorou a condição do trabalhador devido a esse pensamento progressista. O trabalhador da Europa cresceu devido à presença de Marx, Engels e outros. Cresceu, sim. Temos que ter a dignidade para entender. Cresceu. Agora nós temos que ter a dignidade para entender que o ser humano é um animal competitivo e essa vontade de competição do ser humano acabou até agora inviabilizando algum tipo de regime que poderia ser maravilhoso. Mas não é por quê? É por causa da filosofia? Não. Jean-Paul Sartre na década de 60 aderiu ao socialismo, ao comunismo. Tivesse ele vivido mais, teria consciência de que as coisas não eram bem assim, não por culpa do regime. Não por culpa da ideia e do ideal. É toda uma estrutura que existe na cabeça do homem que não deixa essas coisas acontecerem. Dê o poder total para o indivíduo, como Stalin, como outros mais e você vai ver. O Mao Tsé-tung, um grande assassino. A mulher dele Jiang Qing foi presa depois que ele morreu e condenada à morte. Depois foi solta. Gente, então o que aconteceu na China foi algo maravilhoso. Mas hoje a China é administrada pelo Partido Comunista. Mas não é regime comunista. O cara que falar que é regime comunista, ele vê o rótulo. Se você botar urina ali com rótulo, ele bebe e fala “que uísque bom”. E não é uísque, é o rótulo. Então hoje é o Partido Comunista. Mas a China não é um país comunista; não é. Não é, e há muito tempo. Lá tem a propriedade privada, tem...

Então, o que eu queria... Eu respeito o pessoal de esquerda, o pessoal de direita e algumas discussões que são colocadas aqui, me desculpem viu, mas estão fora, totalmente fora da realidade. É porque o fulano... Gente, fale de você do seu projeto, fale da Assembleia, do trabalho da Assembleia. Isso sim.

Esse fundo aí, para a eletrificação rural, o PSB é a favor da extinção. E esse dinheiro deverá ser encaminhado para a Cultura: para o Projeto Guri e para outras ações.

Então, quero dizer aqui que o PT, gente, o PT tem deputados maravilhosos. A bancada do Partido dos Trabalhadores nesta Casa é maravilhosa. E a bancada, alguns deputados aqui da direita também são competentes e poderão, amanhã ou depois, ocupar cargos importantíssimos no estado de São Paulo. Ma o próprio Sócrates tinha um discurso aporético, aporia. O discurso inconclusivo ele respondia, inclusive com perguntas, não é? Com perguntas.  Ele até tem uma passagem em que ele fala o que é o camarada ser valente, corajoso, e ele prova que a valentia, a coragem às vezes até é uma falha na cabeça do indivíduo; não é uma virtude não.

Então, eu queria dizer para vocês: não me levem a mal. Direita, Bolsonaro, esquerda, não me levem a mal. Mas, eu acho que a reflexão tem que dominar nossa cabeça e o nosso comportamento. É isso. E se nós tivermos essa discussão no nível da reflexão, nós vamos ser mais úteis para a população e para o estado de São Paulo.

 

O SR. DR. JORGE LULA DE CARMO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só antes porém, deputado Jorge. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja o seu tempo limite, com a seguinte finalidade da Ordem do Dia: Projeto de lei Complementar  nº 29/2017.

Para uma comunicação, deputado Dr. Jorge.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - PARA COMUNICAÇÃO – Obrigado, Sr. Presidente. Eu quero aqui, rapidamente, primeiro cumprimentar o deputado Rafael Silva pelas palavras e dizer que ele tem muita razão no que fala. Esse Parlamento, esse momento, esse local é o local para a gente discutir realmente os problemas do estado de São Paulo, que não são poucos. Ainda mais quando a gente tem governos há 24, 25 anos aí de governo de direita, governando o nosso Estado, que é o PSDB. Mas não é possível, Sr. Presidente, que a gente ouça esse discurso do ódio neste Parlamento, e nós voltamos para a casa como se não fosse com a gente; não é possível. E eu falo isso com muito orgulho, deputado Coronel Mecca. Eu falo isso com muito orgulho porque eu sou um nordestino. Eu sou alagoano, com muito orgulho, vizinho do ex-presidente Lula, que é um pernambucano. Com muito orgulho.

Eu vim de lá do nordeste, e eu sou da época em que o nordeste era antes do Lula. Tem o nordeste antes do Lula, tem o nordeste pós-Lula, e agora tem o nordeste pós-ex-presidentes Lula e Dilma.

Ou seja, eu lembro quando eu ia para visitar a minha família que o povo pedia aquilo, comida. Lá no nordeste, a gente chama de "esmola". A gente via na estrada, passava na estrada, as pessoas pedindo esmola.

Esmola era para tapar o buraco da rua, da avenida, da rodovia que estava lá, porque os governos FHC e outros, que passaram antes dele, não faziam nada para melhorar a vida do povo nordestino.

E aí o Lula, que é ex-presidente, que os senhores aqui, muitos, falam que cometeu delitos, cometeu crimes, é aquele que deu dignidade, dignidade para o povo brasileiro, para todos. Quem mais ganhou dinheiro nesse governo foram os banqueiros. Não foram os pobres. Os pobres tiveram, muitos deles, dignidade.

E, aí, eu quero, para concluir, dizer: eu tenho, sim, muito orgulho de defender o presidente Lula. Porque ele só não é presidente do Brasil hoje porque os fake news e a Justiça - essa injustiça disfarçada - não permitiram.

Por isso, eu quero dizer: quantas vezes forem aqui a essa tribuna falar mal do presidente Lula e do nosso governo, nós vamos fazer questão de defender.

Muito obrigado.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para comunicação breve.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Danilo Balas. Para uma comunicação breve, e pedir por favor aos deputados: esse não é o assunto que nós estamos aqui em tese discutindo.

Nós temos um projeto importante, da extinção de um fundo de mais de dez milhões de reais do estado de São Paulo, que está parado por falta de uma legislação, e o dinheiro está parado nesse fundo. Dinheiro esse que é importante para o estado de São Paulo. Então, nós precisamos definir esse andamento ainda hoje, a respeito desse recurso.

Deputado Danilo.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, ficarei aqui até a meia-noite, se for preciso, para votar esse fundo, sem problema nenhum.

Agora, eu, como agente da Polícia Federal, quando o deputado Barba lançou meu nome lá na tribuna, eu não posso ficar omisso em pelo menos vir aqui e passar um comunicado como representante da querida Polícia Federal.

O deputado José Américo também disse que a Polícia Federal nada faz no Rio de Janeiro. E, em outros estados, a Polícia Federal, neste momento, está com interceptações telefônicas em andamento. O trabalho de combate ao crime organizado, o Judiciário autoriza, o Ministério Público está lado a lado acompanhando as operações da Polícia Federal.

E, quando o deputado do PT diz que a Polícia Federal nada faz, eu acredito que ele se equivoca de uma maneira gigantesca. A Polícia Federal está em 27 estados. Eu trabalhei três anos na fronteira, lá no Acre, triplicando horários de trabalho, defendendo o nosso País e combatendo a corrupção.

E o combate à corrupção, sim, é a bandeira da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal. E continuará sendo, deputado, doa a quem doer, seja de esquerda ou de direita.

Se um companheiro de V. Exa., amanhã ou depois, mais um companheiro, estiver cumprindo pena, é o trabalho da querida Polícia Federal, que honra o nosso País. E quando o meu nome for aqui lançado, e o da Polícia Federal for manchado, estarei, sim, Sr. Presidente, defendendo a Polícia Federal e a atuação dos policiais federais por todo o nosso País.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o requerimento. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 1. Em discussão.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para indicar a deputada Beth para falar pela bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Na verdade, nós não estamos ainda nessa fase. Estamos ainda no processo de discussão.

Em discussão o Projeto de lei 29, de 2017. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

Pela ordem, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para indicar a deputada Beth para encaminhar em nome da Bancada.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Antes, porém: há sobre a Mesa uma emenda aglutinativa, com número regimental de assinaturas dos senhores líderes. Esta Presidência, nos termos do Art. 175, § 1º do Regimento Interno, consulta se os líderes presentes concordam em dar conhecimento e colocar em votação a Emenda Aglutinativa.

Os senhores líderes que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. Com anuência dos líderes presentes, deixo de ler a emenda, porque já é de conhecimento do Plenário.

Há sobre a mesa o requerimento de método de votação.

Em votação o requerimento. Srs. Deputados, Sras. Deputadas, que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o Item nº 1 do requerimento de método de votação.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT - Sr. Presidente, indicar a deputada Beth que fala em nome do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para a deputada Beth Sahão...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT - Com anuência da deputada, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Existe anuência da deputada Beth Sahão?

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO – PT - Claro.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só lembrando que se o deputado Barba falar, o deputado Major Mecca também pedirá uma comunicação. E nós vamos continuar com essa discussão.

Eu vou pedir aos deputados que agora, como nós estamos num processo de votação, serei rigoroso à discussão desse tema específico. Depois que nós encerrarmos o processo de votação, aí eu abro os microfones para aqueles deputados que queiram fazer os seus debates que não são sobre o tema. Perfeito?

Deputado Barba, é sobre o processo? Sobre esse processo?

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT - ... sobre a fala dele. Não vou falar dois minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vou pedir a V. Exa., mas daí ele vai querer falar também. Vou pedir a gentileza. Não vou cercear a palavra de ninguém.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT - Porque ele citou o pai. E aí dá a impressão...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência,  logo mais...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT - Aí dá a impressão que eu tenha falado do pai do Major Mecca, e eu não falei do pai de ninguém.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência  voltará em breve para utilizar da palavra quanto tempo for necessário sobre esse tema. A gente poderia encaminhar primeiro este projeto, que é um projeto de interesse do Estado. São 10 milhões que estão parados, e depois da votação, aí sim as discussões sobre outros temas, fora desse tema.

Com a palavra a deputada Beth Sahão, para encaminhar em nome da liderança do PT.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO – PT - Sr. Presidente, deputadas e deputados desta Casa, telespectadores da TV Alesp, públicos da galeria, funcionários, quero, antes de iniciar, algumas observações, considerações que me trazem a essa tribuna, queria apenas responder ao Major Mecca a respeito das políticas implementadas durante o governo do presidente Lula, no Nordeste. Eu queria perguntar para V. Exa. se o senhor conhece Glória. Não é glória a Deus, não. É Glória, uma cidade do interior do Sergipe. Sabia, deputada Bebel, que essa cidade de Glória, no interior de Sergipe, pequenininha, recebeu uma universidade federal na época do Governo Lula? Sabia que o Recôncavo Baiano, considerado o local onde havia mais miséria no nordeste, recebeu uma universidade federal? O Agreste Pernambucano recebeu uma universidade federal, e quero dizer uma coisa: o Bolsa Família foi um programa importantíssimo, e não é considerado por nenhum especialista, nem aqui nem em qualquer lugar do mundo, um programa de assistencialista. Ele é considerado o maior programa de transferência de renda que houve em algum país. E foi importantíssimo para poder matar a fome daqueles miseráveis que, historicamente, foram maltratados pelos governos de direita, que vocês sempre defenderam. Houve uma quebra nas prioridades quando o presidente Lula entrou. E se existe uma pessoa que é julgada e que foi julgada de forma injusta, essa pessoa chama-se presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o único que está preso. Mudaram até a lei para ele ser preso. Rasgaram a Constituição para ele ser preso, impedindo-o de disputar uma campanha política onde ele era o franco favorito para presidente da República. Só assim que eles puderam ganhar, porque se não fosse assim eles não ganhariam nunca essas eleições. Porque havia um reconhecimento maciço da população brasileira sobre as políticas públicas, sobre as políticas sociais, sobre as políticas de Saúde, de Educação que foram implementadas durante esse governo, inclusive o maior programa habitacional da história deste País, que é o “Minha Casa Minha Vida”, que construiu mais de três milhões de unidades habitacionais, atendendo um público que jamais recebeu atenção por parte de governo nenhum.

Para ter uma casa, precisava entrar em um financiamento de 25 anos da Caixa Econômica Federal, pagando juros exorbitantes. No entanto, esse governo foi um governo que olhou para os mais pobres, que reduziu a pobreza, que reduziu a miséria. E olha o cenário que temos hoje, um cenário de aumento da miséria. Vinte e um por cento da população brasileira já voltaram para a margem da pobreza, infelizmente. Faltam políticas públicas, faltam políticas sociais.

E agora vem me dizer que esse homem que está lá é ladrão? Não é ladrão, não. Esse homem que está lá é um herói! Esse homem, que está lá está preso injustamente, porque abortaram as etapas subsequentes de seu julgamento e o fizeram com base em convicções, e não em provas, com base em evidências, e não em provas.

Hoje, essas pessoas, que o julgaram com base em evidências e em suas próprias convicções, querem usar os recursos da Lava Jato sabe Deus onde, para aplicar sabe Deus onde. Isso foi tão escandaloso que a própria Procuradoria-Geral da República votou contrariamente a essa utilização. Esse é o cenário verdadeiro.

Não venham me falar do presidente Lula, um presidente que saiu com 82% de aprovação. Oitenta e dois por cento de aprovação! Um fato inédito! Nunca ninguém conseguiu chegar a essa margem. Agora, vem me dizer do Lula? Ora, façam-me o favor. É preciso conhecer tudo aquilo que ele fez e todos os efeitos e resultados das políticas de governo que, na verdade, não deveriam ser políticas de governo, deveriam ser políticas de nação. Deveriam ser incorporadas pelos governos que o sucederam. Essa é a grande verdade.

Voltando aqui à questão, hoje estamos completando 100 dias do governo do João Doria. O João Doria, que quis acabar com o Guri; o João Doria, que está governando por decreto; o João Doria, que despreza esta Casa. Quando se governa por decreto, você está dizendo o seguinte: “A Assembleia Legislativa não tem capacidade para julgar os projetos de lei. Não vou fazer através de projeto de lei, vou fazer através de decreto, porque fica mais fácil”. Mais de 100 decretos já foram publicados.

Esse é o Governo do Estado, que reduziu, na área social, cerca de 170 milhões de reais, em um momento de desemprego, em que só o estado de São Paulo corresponde a quase quatro milhões de desempregados, no total dos 13 milhões do País.

Eles reduzem programas importantes, como o Renda Cidadã, como o Viva Leite, como outros programas de caráter social. Sabem quem isso vai afetar? Vai afetar a população mais pobre. Com essa população eles não se importam. Eles querem responder para os seus pares, para aqueles que eles representam, que são os empresários.

E não vem me dizer, o governo João Doria... O deputado Carlão Pignatari já se posiciona no microfone de apartes, mas não pode ter aparte neste momento. Ele deve fazer alguma colocação. Deputado Carlão, o Doria pegou esse governo, quando ele chegou... Olha, eu não tenho nenhuma procuração para defender o governador Márcio França, mas os dados são claros. Havia 33 bilhões e 600 milhões em caixa.

E o Doria fala que não tem dinheiro, que teve que fazer esses ajustes porque não tem dinheiro? Que o estado está quebrado? Eu lhe pergunto: mas então onde foi parar esse dinheiro? Trinta e três bilhões! Isso representa quase 20% do Orçamento do estado, do total do Orçamento do estado. O ICMS subiu 4% nesse período. Então, onde está a baixa arrecadação?

Aí quer vender a Emplasa, quer vender a CPOS, quer vender a Imesp, quer vender a Codasp... Vossa Excelência, que é interiorano, sabe como a Codasp presta um excelente serviço para os municípios. A Prodesp, que tem dados sigilosos importantes, que vai parar na mão da iniciativa privada. Essas questões, nós temos que denunciar e temos a obrigação de impedir que o governador do estado leve a cabo essa ideia insana de vender empresas que são centenárias. O Imesp tem mais de 100 anos de atuação nesse estado e é uma Imprensa Oficial que dá transparência aos atos do governo do estado - talvez o governo não goste que dê tanta transparência assim aos seus atos e por isso ele quer vender.

São 3.600 trabalhadores. Nos últimos 10 anos, não é verdade que essas empresas não sejam lucrativas! Nos últimos 10 anos, elas renderam 831 milhões aos cofres públicos! Vem me dizer que essas empresas dão prejuízo? Não.

Sabe o que é isso? É a sanha privatista do PSDB. Ela começou lá atrás, no governo Mário Covas, depois ela veio no governo do Alckmin, depois ela veio no governo do Serra, depois reeditou-se, de novo, no governo do Fleury, e agora a sua expressão máxima no governo do João Doria, que quer se desfazer de tudo aquilo que é do estado.

Eu gostaria de perguntar: o que vai ficar no Estado? O que vai sobrar para o Governo do Estado administrar? A Saúde está na mão das organizações sociais, em sua maioria, as empresas públicas estão sendo vendidas, os institutos de pesquisa estão sendo fundidos, e muitos deles não têm dinheiro nem para comprar um copo de água, de tanto que foram arrochados nos últimos anos; as universidades patinam, porque o governo não é capaz de aumentar um décimo no repasse do ICMS. O que fica para o Estado? As estradas estão privatizadas, porque são todas concessionadas, e ele já avisou que vai abrir novas concessões.

Eu pergunto: vai sobrar o quê? Talvez sobre a educação básica. Básica não, essa está com os municípios. Uma parte do ensino fundamental, no finalzinho, e o ensino médio.

Para concluir, eu queria dizer que nós somos favoráveis ao projeto que está sendo apresentado. Nós vamos votar favoravelmente porque entendemos que essa divisão é importante e serão recursos, não são muitos, mas o pouco que chega certamente irá ajudar os setores que receberão esse dinheiro.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pedir uma prorrogação de 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Coloco em votação a prorrogação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero responder que a Polícia Militar do estado de São Paulo não tem acordo com criminoso algum, muito menos a cúpula da Polícia Militar.

O coronel Sales, comandante geral, trabalhamos juntos no Choque; coronel Alencar, subcomandante, trabalhamos juntos do 16º Batalhão; são homens íntegros, honestos. Toda a nossa Polícia Militar é composta por homens e mulheres honestos e não tem acordo nenhum com crime organizado.

O acordo nosso com o crime são dois: se se entregar, vai preso; se resistir à prisão, vai para o cemitério. Nós respeitamos a lei e trabalhamos fiscalizando para que ela seja respeitada.

Pancadão, tem mais de 300 em São Paulo porque os senhores insistem em dizer que é manifestação cultural um evento regado a drogas, a bebidas, com jovens e adolescentes. E sabe por que tem? Porque você vai em uma companhia operacional da PM e tem duas viaturas operando. O claro de policiais, na Polícia Militar hoje, ultrapassa de 12 mil policiais - e o soldado assume o serviço já com meia dúzia de ocorrências pendentes.

Quando nós fazemos o planejamento para combater o pancadão, não tem viaturas e policiais em número suficiente para colocar em cada ponto de pancadão. Essa é a realidade, falta policial e falta viatura nas ruas, mas pancadão tem até mais de 300.

E a polícia se desdobra. Nossos soldados dobram serviço constantemente para atender ao povo de São Paulo e não fazem acordo com o crime organizado, muito menos a nossa cúpula, que são de comandantes honestos e dignos, que doam a sua vida, o seu sangue, o seu suor para defender o povo de São Paulo.

Agora, herói eu respeito. Cada um tem o herói que quer. É por conta desses princípios que muitos jovens da periferia têm um ladrão 157, que anda em cima de uma moto bacana, como referência, e não têm o pai, que é um pedreiro trabalhador.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Antes de passar, deputada Márcia Lia, não quero questionar aqui o tema, se é bom ou ruim, mas está desvirtuando a função da comunicação. A comunicação não tem a função - deputado Barros Munhoz, V. Exa já presidiu duas vezes esta Casa de Leis - de debates paralelos àqueles debates que estamos fazendo.

Eu vou começar a não dar mais o instrumento da comunicação para os debates paralelos. Eu não vou mais permitir que esse tipo de debate paralelo ocorra no plenário. Eu não estou aqui para cercear nenhum deputado. Para todos os deputados eu sempre dei a palavra, os deputados têm que falar, é um direito, é para isso que estamos aqui. Agora, estamos desvirtuando a função dos nossos objetivos, independentemente de o tema ser importante ou não.

Para isso serve o Pequeno Expediente, para isso serve o Grande Expediente, para isso serve o Art. 82. Agora, vamos nos ater ao tema que estamos discutindo. Nós não estamos aqui discutindo o pancadão, não estamos discutindo aqui se o Bolsonaro é bom, se o Lula é bom, não é isso. Estamos aqui discutindo o tema da questão da eletrificação.

Esse debate paralelo entre, inclusive, principalmente, a bancada do PSL e a bancada do PT está causando para a Casa um desvirtuamento do nosso objetivo aqui dentro. Gostaria de pedir, de coração, aos deputados, que refletissem sobre essa minha fala, porque se não eu vou começar a não dar mais comunicação.

A comunicação tem, pelo Regimento, um objetivo específico de fazer uma comunicação relevante durante um debate a respeito de um tema que está acontecendo, e não para tratar de debates paralelos ao tema que estamos discutindo.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para indicar a deputada Professora Bebel para encaminhar pela liderança da Minoria.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Barba, não, eu disse que por uma comunicação... eu não vou...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, eu quero fazer uma comunicação sobre a sua fala, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Barba, eu gostaria, por favor, se V. Exa. falar, vai falar de novo um deputado do PSL e nós vamos...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Não tem problema.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não é que não tem problema, tem problema sim. Eu sou o presidente da Casa e tenho obrigação de fazer.

Vossa Excelência tem a palavra, V. Exa. é líder do PT, de uma bancada grande, relevante nesta Casa.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pelo Art. 111, para uma comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência vai utilizar para uma comunicação.

Eu vou ceder pela última vez e não vou ceder mais comunicações, que fique claro aqui. Seja para a bancada do PSL, seja para a bancada do PT. Não vou mais ceder comunicações. Falou um deputado do PSL, vai falar um deputado do PT e depois vamos nos ater à pauta, única e exclusivamente.

Aqueles deputados que queiram falar vão encaminhar e falem em seus encaminhamentos. É a última comunicação que eu estou cedendo.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só pedi para fazer uma comunicação, primeiro, porque na hora que o Major Mecca fez uma fala ele citou o pai dele. Deixo claro que eu não falei do pai dele, todo mundo é testemunha.

Eu fiz uma provocação, se os bolsonaristas seriam capazes de colocar Bolsonaro no sobrenome, como nós do PT somos capazes de colocar o Lula, com muita honra e orgulho. Então, não provoquei pai de ninguém, só quero deixar isso muito claro, porque se não fica dessa maneira.

A segunda coisa, presidente, é em relação à vossa fala. Eu concordo em partes com ela, não concordo com todo o conteúdo da sua fala. Acho que podemos disciplinar como se faz um aparte, cada um em um microfone, para o bom andamento dos debates, agora, tem um problema aqui, gente. Nós e o PSL estamos debatendo.

E o Governo do PSDB, que nunca gostou de debater e elegeu uma chapa com 27, em uma coligação legítima, verdadeira, democrática, não quer debater. Não quer debater, não pode tolher quem quer debater.

Só para fazer esse registro, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra a deputada Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, Sr. Presidente. Cumprimento também todos os deputados presentes, todas as deputadas presentes neste plenário, público presente e todos os que nos ouvem através da TV Alesp.

Eu, antes de entrar no tema - e vou entrar, acho que todos nós temos essa preocupação - Sr. Deputado, Sr. Presidente, quando me elegi, eu tinha uma expectativa de que aqui era palco de debates, sim, que não é uma coisa para a gente ter que ficar dizendo o que vai dizer. Não pode. Se isso acontecer, então... Eu acho que não dá para você prever uma discussão. Por isso, é tribuna, por isso é parlamento, é parlar, como foi dito aqui, e, por isso, a gente está aqui. Eu não estou aqui para, enfim...

Eu acho que o deputado Barba, meu líder, quando ele coloca, fala “bom, se não está a fim de debater, deixe a gente debater então”, quem sabe dirime muita dúvida entre nós. Por que não? Essa é uma forma também de - eu sempre digo - convencer e ser convencido. Eu posso sair convencida de uma discussão. Aliás, várias vezes saí desconvencida.

Eu tive a oportunidade de vir a esta Casa quando o deputado Macris era líder da bancada. Eu negociei com ele o Plano Estadual de Educação. Líder do Governo - desculpe-me. Muito bem negociado. Foi uma negociação linda, em que a bancada toda debateu, todo mundo debateu. Teve o plano estadual do PSOL, que também, com todo o nosso respeito, teve a sua legitimidade, mas o nosso cumpria um preceito que era representar 75 entidades que haviam debatido.

Se vocês pegarem aquele plano, ele expressa o que as entidades... Avançou inclusive no debate da questão da etnia, direitos humanos, que no nacional não foi possível avançar. Então é importante pegar. Esse Plano Estadual de Educação debate até gênero. As pessoas não se atentaram para isso. Precisa pegar o Plano Estadual de Educação. Nos princípios, vocês vão ver que a gente tem esse cuidado.

Mas eu quero entrar um pouco no tema da discussão ora dita, que é transformar o fundo em verba que vá para a Cultura. Primeiro, é importante resgatar o processo desse fundo. O Brasil, quando se iniciou o governo Lula em 2002, ele se inicia com o PAC. O PAC, então, instituiu o quê? “Luz para Todos”, que aqui, no estado de São Paulo, tomou uma configuração de “Luz da Terra”.

Dessa forma, quer dizer, tem um fundo, tem um dinheiro. Até fui perguntar para o deputado Carlão: chega dez milhões? Ele falou: “Não tenho certeza, 6 milhões e 500 mil, mas não se sabe se em um ano deu para render”. Enfim, de qualquer forma, há esse dinheiro e se caminha para a Cultura.

Eu quero dizer, deputados e deputadas, que eu vou concordar com o encaminhamento do fundo. Eu acho que a bancada, meu líder já deu o parecer, a Beth Sahão também já deu, também a Márcia Lia. Eu também entendo que deve, sim, ir para a Cultura, face, inclusive, às lutas que todas as entidades que defendem a ampliação de espaços de cultura têm feito pelo financiamento da Cultura, que é baixíssimo. A gente, por exemplo, quando o Gil... O Caetano... Não, o Gil, o Gilberto Gil foi já ministro. Ele já fazia, no governo Lula, uma luta muito forte por conta do financiamento da Cultura, tanto que o Ministério da Cultura ganhou um aporte naquele período de Cultura.

Teve os Pontos de Cultura por este País, e se avançou muito em Cultura. Então, é por isso que, quando mexeu, não só no projeto Guri, mas mexeu em todos os outros equipamentos de Cultura, claro que a reação foi aquela, porque já tem muito pouco dinheiro investido em Cultura.

Se esse dinheiro vai ser rubricado - eu chamo atenção para o líder, não sei se o líder do PSDB está presente -, se é uma rubrica, se vai ser carimbado para a Cultura, tem o nosso acordo, mas com o carimbo: Cultura. Acho que tem que dar mais transparência para esse fundo, para esse dinheiro. A gente quer ver se, de fato, vai ser aplicado, fielmente, na Cultura. Então, quero dizer que tenho, sim, total concordância; em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores, me coloco favorável também.

Mas eu também quero entrar num debate, deputado Macris. Acabei de encaminhar a questão do projeto em questão, mas, como tenho tempo, me sinto no direito de colocar algumas coisas que foram faladas ali no microfone e que, aqui na tribuna, eu posso fazê-lo. Eu quero me dirigir ao coronel Mecca.

Coronel Mecca, o senhor dizer que as escolas públicas do estado de São Paulo estão em decadência por conta dos governos do PT, primeiro, coronel Mecca, não houve federalização da Educação Básica. A Educação Básica ficou a cargo de estados e municípios, portanto, se a educação pública paulista está no estado em que está, coronel Mecca, não é por conta do governo do PT, que era federal, é por conta do governo do PSDB, que não investiu pesadamente na Educação Básica.

Então, acho que a gente culpabilizar um lado e não dar o nome para o outro é faltar com a verdade, não é? O senhor sabe que não há federalização da Educação. A União fica com as universidades, o Distrito Federal fica com a educação restrita a ele, estados e municípios ficam com a Educação Básica. Então, é bom a gente tomar cuidado quando a gente vai ao microfone para não falar inverdades, com todo o respeito que tenho ao senhor.

A outra questão que quero chamar à atenção é a seguinte: eu não aceito que falem, por mais que as pessoas, vocês tenham a convicção que tenham, mas vocês não têm o direito de querer me convencer que o presidente Lula é criminoso e que ele tem que estar preso da forma como ele está. Ele não é criminoso e não tem que estar preso, porque, se ele tem que estar preso, então, o Aécio Neves tinha que estar preso, tem provas, tantos outros estão aí na fila para serem presos e não foram presos, com provas, e não convicção, porque o presidente Lula foi preso por convicção, não provas, não tem provas contra ele.

Ele não teve o direito, e aí quero até fazer remissão ao que costuma dizer o deputado Campos Machado aqui. O que foi feito com o presidente Lula, aliás, foi um ataque à Constituição Federal, no seu Art. 5º, que rasgou a presunção da inocência, que rasgou o direito de ele se defender. Essa é a questão, porque, se as coisas fossem colocadas no seu turno, por que isso se deu? Claro, ele iria ganhar as eleições. Vocês não iriam aceitar isso. E assim o foi.

A presidenta Dilma ganhou. O que o candidato Aécio Neves, na época, disse? “Não vão governar.” Até que determinaram que ela teria que sair da Presidência.

Costumam colocar, na nossa conta, o senhor Michel Temer. Não! Michel Temer foi o vice que vocês cooptaram para fazer o projeto de vocês. Não é verdade isso. O Michel Temer foi o candidato de vocês para dar um golpe na presidenta Dilma. Foi golpe, não foi impeachment. Isso tem que ficar a cada dia mais claro. É o segundo golpe seguido que esse País tem frente a uma presidenta legitimamente eleita pelo povo brasileiro.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Para uma reclamação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reclamação do deputado Sargento Neri.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - PARA RECLAMAÇÃO - Presidente, primeiro quero parabenizar o Coronel Mecca pelas palavras. Verdadeiras palavras em defesa da nossa instituição. E quero dizer a V. Exa. que, desde o segundo dia, venho falando, para V. Exa. e todo o plenário, a importância de os deputados focarem nos trabalhos. Vem um deputado do PT, provoca um do PSL. Vem um deputado do PSL, provoca um do PT. E a gente não consegue entrar na pauta dos trabalhos.

Ainda pedi, naquele dia, que fosse feita até no Colégio de Líderes. Porque tínhamos problema ali também. Então, eu apoio a vossa decisão. Mas, como é uma decisão declarada, com toda a liberdade e respeito que tenho a V. Exa., eu vou cobrar. Porque precisamos acabar com essa briga no momento dos trabalhos. Precisamos focar nos trabalhos. Seja contra o governo, seja a favor, não interessa.

É a população de São Paulo. O que interessa é esse plenário fazer um trabalho coerente e em favor - vou falar mais uma vez - à população paulista. Parabéns pela postura do senhor. Estou de acordo. Apoio a vossa decisão. Mas vou cobrar de Vossa Excelência. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o item 1.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, o deputado Gil Diniz. 

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Para encaminhar pelo PSL. 

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra para encaminhar em nome da liderança do PSL. Só lembrando que temos mais 15 minutos para encerrar a sessão, tendo necessidade de prorrogação, caso a gente queira deliberar a matéria.  

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, já fiz algumas questões de ordem sobre a questão do tempo e sobre o Regimento Interno. Se for realmente cumprido o que está no Regimento Interno, acatamos.

Encaminho, pela bancada, solicitando que vote “sim” pelo projeto. E que a bancada também vote “sim” na aglutinativa. Para que esse recurso seja destinado à Agricultura, à Cultura, à Segurança Pública, como propomos ontem, na reunião do Colégio de Líderes. À Cultura também: Tatuí, a Osesp. À Agricultura e à Segurança Pública. À reforma do Quartel da Luz: 1º Batalhão de Choque, Cavalaria e tudo mais.

Agora, é difícil não subir na tribuna. Sei que há vários deputados que querem dar celeridade ao processo, e nós também queremos. Nós também queremos. Mas é regimental. Tem muitos deputados que... Alguns têm respeito. Mas alguns não sobem na tribuna de forma nenhuma e não utilizam os microfones de maneira alguma.

Há os que gostam de se posicionar. Acho que é regimental que façamos as nossas manifestações. Agora cabe a quem de direito cobrar, ou não, a questão do Regimento Interno. Mas é duro, é difícil, bancada do PT. É duro ouvir que Luiz Inácio é herói. Desculpa. Herói é a dona Maria, o seu José, trabalhador que sai às 6 horas da manhã de casa para fazer asfalto.

Heróis são os trabalhadores aqui no plenário, aqui na galeria. Que trabalham duro e recebem os seus salários. Muitas vezes, nem têm a recomposição salarial, o reajuste inflacionário. Herói? Herói é um policial militar, um policial civil. Policiais que também não recebem os seus reajustes salariais. Então, é difícil.

Quando um presidiário é presidiário, a gente precisa falar isso. Eu também sou contra a prisão do Lula da maneira que está. Ele está na carceragem, deputado Balas, da Polícia Federal, onde os agentes da Polícia Federal ficam quando estão lá em Curitiba. Ele tinha que estar num presídio federal. Quem sancionou a lei da 2ª instância? Quem foi? Foi o presidente do PT ou foi o vice-presidente do PT. É difícil, deputado Barros, ouvir que o vice-presidente escolhido pelo Partido dos Trabalhadores deu um golpe, fez malabarismo. Vejam só: o principal ministro do presidente Bolsonaro, o melhor avaliado. Eu tenho certeza de que muitos dos que votaram no PT anteriormente estão avaliando bem, Sargento Neri, o ministro Moro, que o acusam de golpista. Olha só: estão aqui - e nós chamamos - até tem um livro sobre isso “Bandidolatria”, estão aqui louvando um bandido. Meu Deus, meu Deus. É bandido condenado em primeira instância, condenado em segunda instância. E quem aprovou isso, quem sancionou a segunda instância foi o PT. A gente precisa falar isso.

Então, você que nos assiste em casa, preste atenção - e faço questão de fazer propaganda para o PT hoje, nas minhas redes sociais - vou colocar na íntegra o discurso de todos aqui louvando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E eu não coloco no meu sobrenome parlamentar Bolsonaro, porque o Bolsonaro não está preso. Ele está livre. Quem está preso é o Lula. Não homenageamos bandido! E eu respeito o meu sobrenome, eu respeito o meu pai. Respeito o presidente Bolsonaro. E ele sabe do respeito que nós temos por ele, deputado Frederico, e ele sabe disso. E jamais pediria para nós fazermos uma homenagem para ele se um dia ele viesse a ser condenado. Duvido; duvido. E seria uma vergonha para nós ter um ex-presidente presidiário. E não temos que falar: é presidiário. Está preso. Eu sei, o pessoal tem preocupação “olha, PSL, PT e tudo mais...” há, sim, a discussão. Como há discussão dos assuntos do Governo. Ontem mesmo o PT e o PSL esvaziaram aqui a sessão para derrubar para quê? Para impor uma derrota ao governador. Então, nós subimos aqui, o PSL vem à tribuna para criticar PSDB, para criticar PT e a quem mais tenhamos que criticar. É natural. Agora, se alguém aqui que foi eleito e tem medo do microfone, fique onde está, nós respeitamos também. Não tem problema nenhum. Mas novamente, nem vou usar mais esses quatro minutos, mas nós gostaríamos de homenagear os trabalhadores do Brasil, inclusive você trabalhador, 14 milhões de desempregados, 14 milhões de desempregados graças ao desgoverno do PT. Vai essa homenagem para você também que acorda todos os dias para procurar emprego e não consegue. Herói é você, não um bandido, e não um bandido que recebia propina em caixa de uísque. Quem falou foi o petista, o Palocci. Ou o Palocci agora não serve mais? O italiano agora não serve mais. O Palocci é um cachorro? Poxa, olha só. Petista histórico. Então, a nossa homenagem é ao trabalhador, ao pai de família que todo dia sai de casa de manhã, minha mãe, Dona Nera, faxineira, me mandou um WhatzApp hoje às sete horas da manhã “estou no ônibus, indo para a minha faxina”. Herói são as donas Marias, os seus Josés, e não Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso. E Lula livre, só depois que cumprir a pena.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o item 1. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para indicar o deputado José Américo para falar pela bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estamos no item 2 e temos mais cinco minutos para encerrar.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Carlão Pignatari.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pedir uma prorrogação de mais 30 minutos, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - No momento oportuno colocarei em votação.

Para encaminhar. Tem cinco minutos ainda para colocar em votação.

Deputado José Américo, para encaminhar, em nome da liderança do PT, o item 2 do requerimento de método de votação.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Carlão.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Em vez de 30 minutos, uma hora.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, senhoras, deputados, deputadas. Eu quero falar um pouco sobre a emenda aglutinativa, porque eu acho que a Cultura, no estado de São Paulo, vem sofrendo vários reveses ao longo do tempo e perdendo a sua importância.

Nos últimos 40 anos, foi uma das áreas do governo estadual que mais perdeu recurso, Sr. Presidente. Que mais perdeu recurso. Eu tive acesso à Cultura, aprendi a gostar de literatura através de uma oficina promovida perto da minha cidade pela Secretaria Estadual de Cultura, há muito tempo atrás. A Secretaria Estadual da Cultura, nos anos 80, provocou um verdadeiro movimento cultural no estado de São Paulo quando era dirigida, inclusive, pelo jornalista Fernando Morais.

Nós tivemos grandes momentos da Cultura no nosso estado. Mas, nos últimos anos, vem perdendo espaço. E agora nós tivemos um corte muito grande. Primeiro, ameaçou o projeto Guri. Depois, o governador voltou atrás, mas, ainda assim, há várias áreas da Cultura correndo risco: museus, bibliotecas e vários outros equipamentos culturais, que, sem a Secretaria Estadual da Cultura, não vão existir. Os museus vão ser fechados, as bibliotecas vão ser fechadas. Não tem ninguém para manter esses equipamentos. Então, nós precisamos de recursos. É muito importante que o dinheiro desse fundo vá para a Cultura, conforme a emenda aglutinativa, de que sou totalmente a favor.

Quero apenas fazer alguns comentários sobre o debate que nós tivemos aqui. Em primeiro lugar, eu quero dizer o seguinte: eu estou afirmando aqui - não estou achando, estou afirmando - o seguinte. Existe um acordo tácito no estado de São Paulo entre o crime organizado e o estado de São Paulo. Eu não acho, Major Mecca, não acredito que a direção da PM tenha qualquer participação nisso. Não acho.

Mas acho que o braço do governador do estado, principalmente o Geraldo Alckmin, através do secretário de Segurança, agia nesse sentido. Eu encontrei - eu disse para o senhor, inclusive, pessoalmente -, eu encontrei, um dia, um tenente da PM chorando, dizendo para mim: “Eu vou embora porque eu não aguento mais essa palhaçada. Eu não posso invadir esse pancadão aqui, que está vendendo droga a céu aberto”.

Por quê? Porque a Secretaria da Segurança segurava. Não acredito - eu sou uma pessoa que tem muita admiração pela PM, não acredito que a PM tenha qualquer envolvimento nisso. Mas ela tem comando. O comando é o secretário de Segurança e o governador do estado.

Quero dizer assim: existe esse acordo. Esse acordo foi feito pelo governador Geraldo Alckmin. Espero que o João Doria interrompa isso, interrompa do jeito que é para interromper. Pode ser devagar, tal.

O senhor mesmo, ao dizer aqui, o senhor reconheceu. Quer dizer, não pode ter justificativa, dizer que não tem viatura, que falta o efetivo. O desrespeito à lei de maneira aberta desmoraliza as instituições.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado José Américo, vou pedir licença a V. Exa., temos mais um minuto de sessão, preciso colocar a prorrogação em votação para V. Exa. continuar sua fala.

Coloco em votação o pedido do deputado Carlão Pignatari de prorrogação dos nossos trabalhos por uma hora. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Devolvo a palavra ao nobre deputado José Américo.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Então, quero dizer o seguinte: isso desmoraliza a Polícia. Então, a falta de efetivo, a falta de equipamento, as viaturas quebradas, não podem justificar o desrespeito à lei de forma aberta, de forma ostensiva, como acontece nos pancadões, deputada Maria Lúcia Amary.

É impressionante. Eu acho, inclusive, que o comando da PM, se não tem nenhum impedimento, deve juntar as poucas forças que tem. Tem 300 pancadões. Reprime 30. Não deixa acontecer 30. E eu sei como faz: ocupa a área do pancadão antes. Ocupa antes, ocupa à tarde e depois não vai acontecer. Então, eu acho que esse tipo de idiossincrasia explica muita coisa. É bem verdade que o crime está se institucionalizando em São Paulo, e está diminuindo a letalidade. Isso até é positivo. Agora, o Governo do Estado não pode chegar e dizer que a criminalidade baixa em São Paulo é porque ele está investindo, como Geraldo Alckmin fazia. Não, não é isso; é por várias coisas, menos por ele. E lá no Ceará, está acontecendo um problema muito difícil hoje, porque está havendo um enfrentamento entre o Estado e o crime organizado. Então, eu acho que essas coisas precisam ser assinaladas. Não quero envolver ninguém pessoalmente, porque eu acho que não é o caso, e muito menos a cúpula da PM, que eu acho que não tem nada a ver. Agora, o governador e o braço dele, o secretário da Segurança tem, com certeza, porque impedem que a PM faça a repressão que ela deveria fazer.

Segundo lugar, gente, quero falar para o Danilo: olha, o Danilo eu acredito, conheço o Danilo aqui, o Danilo é um fervoroso defensor da Polícia Federal. Eu acredito piamente nele. Agora, quero dizer o seguinte: não vou falar da Polícia Federal em geral, a do Rio de Janeiro está pecando, porque existe tráfico de armas no Rio de Janeiro, foi descoberto o tráfico de armas, e até agora nós não vimos nada. Espero que ele tenha razão de que a PF desbarate a parte da milícia carioca que está envolvida em tráfico de armas. Então, espero que a PF desbarate essa organização. Ele acabou de dizer que está tendo um trabalho, tal, vou aguardar. Vou aguardar, vou aguardar, porque eu acho que é um negócio muito ostensivo. A Justiça, queria dizer para o meu companheiro, para o meu colega aqui de Assembleia, Diniz: prisão não é igual a culpado, não é igual a criminoso. Jesus Cristo esteve preso, Gandhi esteve preso, Tiradentes esteve preso, muitas outras figuras da nossa História. Mandela esteve 30 anos preso. A injustiça se faz em todos os países que têm Justiça. Você tem a Justiça, se tem injustiça. Eu vou dar um exemplo para você: você acha normal, do ponto de vista jurídico, que o Sr. Queiroz, o miliciano Queiroz, dono da empresa de ônibus que atua em Rio das Pedras, junto... como parte da milícia do Rio das Pedras, assessor do Flávio Bolsonaro, se acha normal que ele não seja ouvido pela Justiça? Não é normal; o Queiroz tinha que ter levado preso para ser ouvido. Por que o Queiroz não é ouvido? Por que o Queiroz não explica os sete milhões que ele tinha na conta dele? A imprensa fica insistindo em meia dúzia de reais que ele pegava dos funcionários. Não; eu quero saber dos sete milhões que estavam na conta dele. Eu quero saber o seguinte: por que o Flávio Bolsonaro comprou quatro milhões de imóveis, em três anos, sendo apenas sócio da Kopenhagen, deputado estadual como nós aqui, e sócio da Kopenhagen. É a Kopenhagen mais rentável da história da humanidade. Como que ele chegou a esse dinheiro? O caminho está traçado, gente. Ele tinha vários milicianos trabalhando no gabinete dele. Uma pessoa que trabalha 10 anos no seu gabinete é seu amigo. Ele era ligado aos milicianos. Problema é que se ouvir o Queiroz, o Queiroz já disse que vai fazer delação premiada, vai entregar o Flavinho, e vai entregar o Flávio, vai pegar o pai, porque o pai tem quase cinco milhões de imóveis, sendo deputado federal e não tem a desculpa da Kopenhagen. Jair Bolsonaro não é sócio da Kopenhagen. O seu filho tinha Kopenhagen; ele não tem. Quando pegarem o Flavinho, vão chegar no pai.

Eu vou fazer uma profecia aqui, pedir licença para o meus amigos aqui evangélicos e fazer uma profecia: a história da milícia vai aparecer sabe quando? Quando o poder econômico do Brasil precisar afastar o Bolsonaro. Aí vai aparecer quando eles precisarem colocar o vice-presidente como presidente do País. Aí vai aparecer a história da milícia. Por enquanto está sendo guardada. Como ele está sendo considerado inepto, ele não consegue governar, porque ele é inepto. Ele não vai conseguir uma reforma da Previdência que seja como o poder econômico deseja.

A partir daí, ele vai ser golpeado pelos banqueiros, pelo poder econômico, e vai ser sacado do poder. Para ser sacado do poder, vão pegar a história da milícia. Aí vocês vão ver o que vai acontecer com o Queiroz. O Queiroz vai fazer a delação premiada, vai entregar a família Bolsonaro e ele vai ficar doente e se afastar para o Mourão assumir.

Acho que essa é a profecia que eu gostaria de fazer. Não quero que dê certo, porque isso está rompendo com a institucionalidade. Acho, ao contrário, que o Queiroz tinha que ser ouvido já, para que a gente soubesse a podridão que tem por trás da família Bolsonaro, em particular do seu filho Flávio.

O Flávio é indefensável. Só a proteção da Justiça e do Ministério Público do Rio de Janeiro é que permite que o Flávio Bolsonaro esteja como senador. Dizem lá no Rio que ele vai ser denunciado em breve. Estou esperando para ver, estou pagando para ver. Se ele for denunciado e afastado, tudo bem. Venho aqui e vou fazer um elogio ao Ministério Público carioca, coisa difícil de acontecer, mas vou fazer um elogio a eles, quando colocarem o Flávio onde ele merece. O Flávio tinha que estar preso, porque é um homem da milícia, um defensor da milícia, tem enriquecimento ilícito e vários outros crimes pelos quais ele merece ser punido.

Muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gilmaci Santos.

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Em votação o item 2 do requerimento de método de votação: em votação a emenda aglutinativa. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a emenda aglutinativa.

Item 3 do requerimento de método de votação: em votação as demais emendas englobadamente.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Sr. Presidente, para fazer o encaminhamento pelo PODEMOS.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Tem V. Exa. o tempo regimental de dez minutos para o encaminhamento do item 3 do requerimento, em nome do PODEMOS.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Queria encaminhar. O nosso encaminhamento pelo PODEMOS é justamente para falar... O objetivo nosso é falar sobre o próprio projeto e também sobre a emenda aglutinativa que foi colocada dentro do projeto, para que se possa ser votado hoje e ter melhorado esse projeto.

Concordo com todas as opiniões de todos os deputados que vêm falar exclusivamente do projeto. Gostaria muito de também colocar a posição do PODEMOS. Analisamos o projeto desde o início, fizemos um estudo de todo o trabalho que estava acontecendo dentro do projeto, e algumas discussões, inclusive discussões colocadas no Colégio de Líderes, para que se pudesse melhorar o projeto e ampliá-lo de uma maneira que o deixasse cada vez melhor para que esse recurso fosse usado da melhor maneira possível.

Acredito que cada opinião que foi colocada aqui dentro, cada emenda aglutinativa que foi colocada aqui, foram com muito respeito, foram muito pensadas sobre cada assunto. Aqui foi colocado para a Cultura, para a Agricultura e também para a Segurança Pública.

Acho muito bacana, mas essa discussão poderia ter sido ampliada um pouquinho mais. Acho que a gente poderia ter discutido um pouquinho mais. Sei que esse recurso, que está parado há muito tempo no Governo do Estado, estava nos cofres públicos sem uso e hoje está tomando um direcionamento. Está certo, é correto, acho que isso tem que ser mudado mesmo e usado o dinheiro de maneira muito responsável dentro do estado e  onde realmente precisa. Acho que isso é muito bacana e satisfatório para todos os parlamentares que estão aqui.

Mas o que não pode é deixar de discutir. O PODEMOS, dentro do Colégio de Líderes, colocou a opinião de que tínhamos emendas para ser colocadas e discutidas também. Olha que bacana, olha o que aconteceu: o PODEMOS não teve a oportunidade de colocar a nossa emenda aglutinativa aqui dentro, porque as discussões foram passadas e nossa opinião não foi colocada. É com muito pesar que nós, aqui, do PODEMOS, nos colocamos favoráveis ao projeto. Totalmente.

Mas também queremos colocar aqui a nossa posição de que a discussão deveria ter sido aberta um pouquinho mais para que o PODEMOS pudesse colocar a sua emenda aglutinativa. Temos aqui vários segmentos da parte radialista, da construção civil, temos aqui o defensor dos animais, tem uma causa animal, e eu defendo a área da Saúde. Temos um pensamento em conjunto para fazer um estudo que traria, tenho certeza, com nossa opinião, poderia ter alimentado e ter colocado de uma maneira dentro do projeto que pudesse ter ajudado muito mais.

Não tenho dúvidas de que esse dinheiro, indo para a Cultura, vai ser bem usado. Não tenho dúvida nenhuma de que esse dinheiro, indo para a Segurança Pública, vai ser bem usado. Ainda mais para onde está indo, que é um local que precisa, realmente, de uma reforma. A cavalaria, hoje, para quem conhece o estabelecimento onde estão situados aqueles policiais e o trabalho da cavalaria, sabe que realmente estão precisando. Inclusive, é um patrimônio tombado no estado de São Paulo.

É importante a gente lembrar que a agricultura, esse fundo que tinha, financeiro, era justamente para a agricultura, para favorecer o agricultor diretamente na parte de energia elétrica das instalações elétricas. E hoje temos concessionárias que atendem a todo o estado de São Paulo e esse recurso ficou preso lá. A gente sabe que esse dinheiro tem que ser bem usado.

Então, eu queria colocar aqui a posição do PODEMOS. É importante cada parlamentar que está aqui, que tem o seu mandato, foi eleito para trabalhar para o povo do estado de São Paulo. Para que a gente possa colocar a melhor maneira e trabalhar o dinheiro do estado de São Paulo da melhor maneira que for para que possa ser usado com muita responsabilidade.

É importante saber que cada parlamentar que está aqui tem esse dever e eu sei que está cumprindo. O que me deixou triste foi que o nosso dirigente hoje aqui, que estava... foi fazer uma discussão e soube que o tempo foi passado e não foi colocada a emenda aglutinativa do PODEMOS. O que me deixou descompensado foi saber que nós perdemos a oportunidade de poder melhorar cada vez mais esse projeto.

Eu acho que isso é importante, a gente começar a ter outra visão. Eu acho que o PODEMOS agora passou por uma lição. E, dessa lição, a gente foi um bom aluno. Agora, nas próximas emendas aglutinativas, vamos fazer uma marcação cerrada, trabalhar de maneira mais incisiva para cada projeto que está aqui dentro. Acho que agora ficou melhor para mostrar para a gente que temos que, realmente, olhar todos os projetos que passam pela Casa e olhar com mais afinco, para que possamos ter um objetivo melhor em cada projeto.

Sei que aqui, hoje, neste momento, vai ser votado um projeto que trouxe recursos para o estado de São Paulo e uma distribuição financeira. Gostaria de colocar aqui que temos a causa animal pelo Bruno Ganem e ele me mostrou algumas iniciativas que gostaria de colocar dentro desse projeto. Temos aqui o Aprígio, que é de Taboão e me mostrou como ele mexe com construção civil e está muito preocupado com a flora, com as nascentes aqui da região do estado de São Paulo, também gostaria de colocar a sua experiência junto.

E a gente, nessa discussão, percebeu que, infelizmente, essa colocação não foi possível. Acho que, mais uma vez, mostra que o diálogo é muito importante para todos os deputados daqui, mostra que essa união e a discussão, cada vez mais, vão ficar melhores se ficarmos juntos, discutindo com muita responsabilidade.

Eu quero dizer a todos os deputados aqui que nós viemos no partido PODEMOS para colaborar. Colaborar com o cidadão, com o mais humilde, para aquele cidadão que, lá na ponta, que nem imagina que existe... Cada parlamentar aqui sabe que tem pessoas aqui que são responsáveis por uma unidade de pessoas que estão lá no interior de São Paulo, lá em cada cidadezinha, nem pensando que existe o parlamentar trabalhando no dia a dia, mas nós estamos aqui, cada um de nós, trabalhando pelo mais pobre, pelo mais carente, para o mais necessitado, para aquele que precisa.

Acho que isso é muito importante. E a emenda parlamentar aglutinativa que nem foi colocada aqui, é uma emenda que realmente vai ter direcionamento.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Cauê Macris.

 

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Nós passamos há pouco um projeto em que o Governo do Estado estava se movimentando para diminuir o investimento na Cultura. Foram os deputados que foram brigar e pegaram firme para que pudesse voltar o investimento na Cultura de novo. O governador teve esse olhar, voltou o investimento na Cultura. Aqui eu vejo que tem uma emenda aglutinativa também mostrando mais um direcionamento para a Cultura. É importante isso.

Só que tem que lembrar também que nós temos outros movimentos dentro do estado de São Paulo que também precisam de ajuda. Por exemplo, a Saúde, o Meio Ambiente. Nós temos, hoje, situações que estão passando o povo do estado de São Paulo a uma situação de crise. Nós temos que ter um investimento dentro do faturamento do estado de São Paulo, dentro da arrecadação do Estado, na distribuição financeira que o estado de São Paulo faz com muita responsabilidade.

Eu fico, e falando em nome do PODEMOS, nós perdemos essa oportunidade de colocar o PODEMOS, mas não foi irresponsabilidade nossa não, porque em todo momento a gente brigou para colocar as emendas. Não foi irresponsabilidade de nenhum deputado do PODEMOS. Quero defender cada deputado do PODEMOS que está aqui, porque no Colégio de Líderes nós colocamos a nossa posição, que queríamos contribuir com a emenda aglutinativa. Nós colocamos a nossa posição, que nós estamos aqui para trabalhar para esse povo, povo carente que precisa da nossa ajuda.

É por isso que eu estou aqui, para falar que nós, do PODEMOS, vamos votar no projeto, porque aqui teve discussão com a liderança e colocaram uma emenda aglutinativa que favorece o partido do PODEMOS. Vamos votar a favor, porque aqui tem para a Segurança Pública e eu defendo a Segurança Pública, tem para a Cultura e eu defendo e o partido do PODEMOS defende a Cultura, tem para a Agricultura e nós defendemos a Agricultura. Por isso nós vamos votar “sim”.

Mas fique sabendo, nós estamos aqui, nós somos quatro aqui na Assembleia Legislativa. Temos voz e temos posição para discutir qualquer projeto que aparecer aqui. Tenho certeza de que vamos nos debruçar, os quatro do PODEMOS. A partir deste momento vamos nos debruçar e trabalhar intensamente, cada vez mais, para melhorar os projetos e colocar projetos de lei que vão beneficiar essa população do estado de São Paulo.

Muito obrigado e boa noite a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o Item nº 3 do requerimento de método de votação. Em votação as demais emendas englobadamente. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. ANDRÉ DO PRADO - PR - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria de saudar aqui, entre nós, na galeria, o prefeito de Sumaré, Dalben, que é filho do nosso deputado, da nossa Casa, Dirceu Dalben. Também o Henrique, que é o nosso vice-prefeito da cidade de Sumaré, aqui representando toda aquela população da cidade, de toda aquela região. Sejam bem-vindos. Vocês estão muito bem representados aqui também pelo nosso deputado. (Pausa.)

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Cumprimentando aqui, da mesma maneira que o deputado André do Prado, o prefeito Luiz Dalben, prefeito da minha cidade vizinha, Sumaré. Obrigado pela sua presença, Luiz. Cadê o deputado Dalben? O deputado Dalben aqui embaixo, no plenário, nosso conterrâneo.

Com a palavra a deputada Beth Sahão.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Apenas para declarar o voto favorável da bancada do Partido dos Trabalhadores à emenda nossa ao projeto.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto favorável.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - Havendo acordo entre as lideranças, peço o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Antes, porém, desconvoco a sessão extraordinária por perda de objeto, uma vez que nós já deliberamos o projeto na sessão ordinária.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças, a Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia de hoje. Uma ótima noite a todos.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 19 horas e 49 minutos.

 

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