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3 DE DEZEMBRO DE 2018

65ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO SR. VALDEYR DOS SANTOS AIRES, COM A OUTORGA DO COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidência: JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA

 

RESUMO

 

1 - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - IZABEL DE JESUS PINTO

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA

Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido deste deputado, para a "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Senhor Valdeyr dos Santos Aires". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a apresentação do Coral Interlúdio de São Paulo, regido pela maestrina Eliana Galassi.

 

4 - JUCICLEIDE LEITE FURTADO DE OLIVEIRA

Representante legal do Centro Comunitário Nossa Senhora Aparecida do Jardim Peri, demonstra sua satisfação em estar nesta Casa hoje para homenagear Valdeyr. Lembra a história do homenageado no centro comunitário, onde atuou durante muito tempo como funcionário e também voluntário. Diz ser Valdeyr uma pessoa muito amada, querida e dinâmica. Esclarece que o mesmo é um presidente muito presente. Agradece o trabalho do homenageado em nome de todos do centro comunitário. Informa que ele se casará no próximo dia oito e deseja muitas felicidades. Agradece a presença de todos, ao Valdeyr e ao deputado José Américo.

 

5 - PRESIDENTE JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA

Anuncia apresentação de dança das crianças do Centro Comunitário Nossa Senhora Aparecida.

 

6 - IRMÃ CLEMÊNCIA SUCUPIRA

Irmã missionária da Ordem Consolata, demonstra sua alegria em participar desta homenagem. Cumprimenta as autoridades presentes. Diz estar honrada em prestigiar o Valdeyr. Lembra quando conheceu o homenageado, na Paróquia de São Marcos. Afirma ser o mesmo um jovem ativo, dinâmico, alegre e muito querido na comunidade. Ressalta que Valdeyr é um jovem líder, que faz as coisas acontecerem. Destaca que ele veio do Nordeste e fez sua carreira em São Paulo. Diz esperar que ele seja um modelo para as crianças e adolescentes. Agradece todos os presentes.

 

7 - PRESIDENTE JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA

Anuncia a apresentação da música "Preserve", com o Doutor Juscelino Oliveira.

 

8 - IZABEL DE JESUS PINTO

Mestre de cerimônias, lê a biografia do homenageado.

 

9 - PRESIDENTE JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA

Faz a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao Sr. Valdeyr Dos Santos Aires.

 

10 - VALDEYR DOS SANTOS AIRES

Homenageado, cumprimenta as autoridades e todos os presentes. Saúda os assessores do deputado José Américo, sua família, o Coral Interlúdio e o Cerimonial da Casa. Dedica esta homenagem a uma das irmãs missionárias, que se encontra na Itália. Pede uma salva de palmas para as crianças do Jardim América. Afirma que vale a pena viver a vida com felicidade, apostando nos sonhos e na esperança. Diz ser esta homenagem um reconhecimento do seu trabalho. Ressalta que estamos no mundo para cumprir uma missão e construir o reino de Deus. Esclarece que cada um que aqui está é um dos tijolinhos desta construção. Pede que tenhamos anos prósperos, de luta, resistência e paz, amando o meio ambiente e as pessoas. Fala que tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Solicita que sejamos pessoas de luz.

 

11 - PRESIDENTE JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA

Saúda os presentes nesta homenagem. Afirma que conhece o homenageado há muitos anos. Discorre sobre a liderança de padre Cícero e sua influência na região de Juazeiro. Ressalta que homenagear Valdeyr é também homenagear o Centro Nossa Senhora da Aparecida. Esclarece que o centro atende pessoas jovens, crianças e idosos há 37 anos no Jardim Peri. Considera que estas ações fazem de São Paulo uma cidade diferente. Menciona os valores de solidariedade e generosidade exercidos no centro comunitário. Esclarece a falta de humanidade e de solidariedade levou diversas civilizações a decaírem. Lembra que o cristianismo fala de amor, generosidade e solidariedade, valores praticados pela entidade que Valdeyr preside. Informa que Valdeyr, apesar de jovem, tem bastante tempo de caminhada na Igreja Católica e na comunidade. Diz que o homenageado também canta e toca teclado, abrilhantando sozinho as festas. Afirma que é uma pessoa carismática e um exemplo de jovem. Cita a falta de missionários na igreja e na cidade de São Paulo. Relata o trabalho das irmãs da Consolata junto aos índios, com valores de caridade e solidariedade. Recorda a luta pela preservação dos índios durante a descoberta do Brasil. Informa que o Paraguai foi formado pelos índios, com o padre José de Anchieta. Enaltece as pessoas que doam o seu tempo para a missão social. Considera isto necessário para o Brasil e também para São Paulo. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. José Américo Lula da Silva.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - IZABEL DE JESUS PINTO - Senhoras e senhores, bom dia. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para a sessão solene em homenagem ao Sr. Valdeyr dos Santos Aires, com a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será retransmitida pela TV Assembleia no sábado, dia 8 de dezembro, às 21 horas, pela NET, canal 7; pela TV Vivo, canal 9; e pela TV Digital, canal 61.2.

Convidamos para compor a Mesa o deputado estadual José Américo, proponente desta sessão solene; o homenageado desta manhã, Sr. Valdeyr dos Santos Aires; o Sr. João Aires de Barros, pai do homenageado. (Palmas.)

Na Presidência desta solenidade, o deputado estadual José Américo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Bom dia a todos e a todas. Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras, meus senhores, convidados presentes a esta homenagem, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado Cauê Macris, atendendo solicitação de minha parte, com a finalidade de homenagear o Sr. Valdeyr dos Santos Aires com a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

Convido a todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Gostaria de cumprimentar os que dividem comigo esta Mesa principal, anunciar e agradecer as seguintes presenças: o nosso querido homenageado Valdeyr e o seu pai, Sr. João Aires de Barros, que veio da Paraíba, da cidade de Alagoa Grande, terra do Jackson do Pandeiro.

Em primeiro lugar, quero agradecer ao senhor por ter vindo de tão longe para esta cerimônia. Sei que o Valdeyr vai se casar em breve. De qualquer forma, o senhor veio para esta homenagem, uma semana antes do casamento, o que nos deixa muito felizes. Quero citar os familiares presentes. A mãe do Valdeyr, a Sra. Maria Nilza dos Santos Aires, o irmão do Valdeyr, Sr. Valnir dos Santos Aires, e a noiva dele também estão presentes. (Palmas.)

Cito ainda a presença do Sr. Jesus Vandeberis, assessor e grande amigo do Valdeyr, e da irmã missionária da Consolata, Sra. Clemência Sucupira. (Palmas.) Quero lembrar-lhes de uma pessoa que foi guru e líder espiritual de todos eles, uma das grandes incentivadoras do grande Valdeyr, a irmã Petra, que infelizmente não está conosco, está na Itália. Quero mandar um alento e um grande abraço para ela.

Cito ainda a presença da Sra. Jucicleide Leite Furtado de Oliveira, representante legal do Centro Comunitário Nossa Senhora Aparecida, nossa amiga. (Palmas.) O pessoal da comunidade do Jardim Peri está presente, bem como os representantes dos projetos sociais, como o NCI - Grupo de Idosos São Francisco de Assis, o Grupo Legião de Maria, a Creche Consolata e o Centro de Crianças e Adolescentes Aparecida. (Palmas.)

Agradeço ainda a presença da Sra. Rosângela, gerente, e das crianças do Centro para Crianças e Adolescentes do Jardim Antártida. (Palmas.)

Rosângela, superabraço. Muito obrigado por ter vindo, querida. E a medida socioeducativa também é um dos projetos MSE. Cadê o pessoal do MSE? Estão aí, legal.

O NCI eu acho que já citei, mas vamos fazê-lo novamente. O NCI é o Grupo de Idosos São Francisco de Assis, que está aqui presente em peso. Peço uma salva de palmas. (Palmas.)

Ouviremos agora uma apresentação do Coral Interlúdio, do Grupo Espírita Batuíra, regido pela maestrina Eliana Galassi, com as músicas “Uma benção antiga”, canção tradicional irlandesa e várias outras que são citadas aqui: “Esperando na janela”, de Targino Gondim, “No firmamento”, “Pastoril Alagoano”. Tem “Pastoril Alagoano”? Nossa Senhora, gente. A terra do Graciliano Ramos. Ele era um sujeito muito mal humorado, o Graciliano Ramos, o grande escritor das Alagoas, e ele dizia o seguinte: “Se esse estado não existisse teríamos aqui um belo golfo.” Ele imaginava um golfo ali. Mas era só uma brincadeira que ele fazia, pois ele adorava Alagoas como todos nós. Vamos ouvir agora o Coral do Grupo Espírita Batuíra. Quero saudar a presença do Grupo Espírita Batuíra.  O nosso agradecimento a todos vocês por terem vindo.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

 

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  O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Muito obrigado. Você vai cantar mais uma para nós ou não? (Manifestação no plenário.) Tem, claro, por favor. Mais uma.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Muito obrigado à maestrina e ao seu formidável Coral Interlúdio, do Grupo Espírita Batuíra. E à maestrina Eliana Galassi. Muito obrigado pela sua brilhante apresentação. (Palmas.)

Agora convidamos, para uma saudação, a representante legal do Centro Comunitário Nossa Senhora Aparecida, do Jardim Peri, a Sra. Jucicleide Leite Furtado de Oliveira. Jucicleide, por favor. (Palmas.)

 

A SRA. JUCICLEIDE LEITE FURTADO DE OLIVEIRA - Bom dia a todos e a todas; ao Exmo. Sr. Deputado Estadual José Américo; ao Valdeyr dos Santos Aires; ao Sr. João Aires; à minha amiga Cristina Navarro, assessora do Sr. José Américo e às demais pessoas presentes.

É uma satisfação muito grande estar aqui hoje, com meu amigo Valdeyr, para prestar essa homenagem merecida. O Valdeyr tem uma grande história no Centro Comunitário Nossa Senhora Aparecida e no Jardim Peri. O Valdeyr esteve conosco por muito tempo, como funcionário e como voluntário. Ele fez um brilhante trabalho com os jovens, com os adolescentes e com os idosos. Ele é uma pessoa muito amada, muito querida e muito dinâmica. Tenho vários adjetivos para falar sobre o Valdeyr.

É muito bom falar das pessoas que amamos. O Valdeyr é uma pessoa muito amada por nós, do Centro Comunitário e da comunidade. Hoje estou no Centro Comunitário como representante legal. Levo o nome do meu amigo Valdeyr, que é o presidente. Ele confia que estou conduzindo o nome dele no Centro Comunitário. Porque ele é um presidente presente. Ele é um voluntário e por vários momentos e dias ele está conosco, nos prestigiando e trabalhando. Ele, verdadeiramente, coloca a mão na massa. Ele nos ajuda.

Estou aqui em nome de todos os funcionários, das irmãs missionárias da Consolata, das crianças, dos jovens, dos adolescentes, agradecendo pelo brilhante trabalho que o Valdeyr presta para nós. É sem demagogia. É tudo verdadeiro mesmo. Agradecemos por esta medalha, porque é merecida. O Valdeyr é uma pessoa muito querida, muito dinâmica. Agora nós sabemos que ele vai se casar, no dia oito, quer dizer, a responsabilidade vai aumentar, vai ser um senhor, a partir de sábado. Nós torcemos, Valdeyr, para que você seja muito feliz.

  Muito obrigada. Daqui a pouco teremos uma surpresa, porque as crianças farão uma apresentação. Obrigada a todos. Obrigada ao Valdeyr por, neste momento, estar aqui. Foi um convite seu. Obrigada ao José Américo, pelo reconhecimento.

 

  O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Obrigado, Jucicleide. Peço uma salva de palmas. (Palmas.)

  Dando continuidade a nossa solenidade, quero saudar nossa Cristina Campos Navarro, que é vice-presidente do Centro Comunitário Nossa Senhora da Aparecida. Trabalha junto com a Jucicleide, com o Valdeyr. São pessoas que se mobilizam, que lutam para que aquele centro possa ter a importância que tem, em atender as pessoas que atende. Cris, superbeijo, abraço a você. Parabéns. (Palmas.)

  Assistiremos agora à apresentação de dança das crianças do Centro Comunitário Nossa Senhora da Aparecida, do Jardim Antártica.

 

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- É feita a apresentação da dança.

                                                

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Obrigado, crianças e jovens do CCA Jardim Antártica.

Então, agora, dando continuidade à nossa solenidade, convidamos para fazer uso da palavra a irmã Clemência Sucupira. Ela é missionária da Consolata, que é uma ordem religiosa muito importante, que atua há quase cem anos na zona norte de São Paulo.

 

A SRA. CLEMÊNCIA SUCUPIRA - Então, aqui é a irmã Clemência Sucupira. Tenho a honra de apresentar-me aos senhores que estão na Mesa e aos demais que estão aqui presentes. Muito obrigada. Um bom dia para todos vocês.

Sou das irmãs missionárias da Consolata. Faz dois ou três anos que estou ali no centro comunitário; tenho a honra de vir prestigiar o nosso jovem Valdeyr.

Não sei se você lembra, faz pouco tempo que o conheci lá na Paróquia de São Marcos, voltando da África. Eu estive ali para uma celebração e conheci você. Vi que ele era e é ainda um jovem muito ativo, dinâmico e alegre. Depois de alguns anos - porque fui trabalhar em Dourados, Mato Grosso do Sul, com os índios -, depois de dois anos estive justamente ali na comunidade Jardim Peri, onde estou trabalhando agora. Achei bonito porque ali, sem você estar, vemos na comunidade que você é bem querido ali também pelo grupo de jovens que ali temos. Quando você estava, eles falavam e falam muito da sua integridade e da sua alegria, atividade e criatividade.

Inclusive, eu cobro deles. Eu disse assim: "Mas, então, por que vocês não dão essa continuidade?" Porque vemos que o Valdeyr é um jovem líder. Onde quer que ele esteja, ele faz as coisas acontecerem.

Mas eu sempre o estou motivando. "Mas por que, por que, está faltando o Valdeyr aqui?"

Então, isso realmente nos enaltece, no sentido de que o jovem realmente tem que ser jovem, mostrar a sua dinamicidade. Isso é bonito. Um jovem que veio lá do nordeste e que fez a carreira aqui.

Eu não sei como foi a vida dele por todos esses anos ali. Mas, a sua fama boa, fama bonita, realmente vai longe. Esperamos, principalmente, um apelo para as crianças e para os adolescentes: o Valdeyr é modelo, é exemplo de vida para vocês.

Realmente, se apostamos no futuro, apostamos na vida, tudo pode acontecer de melhor e de bom para nós. Então, muito obrigada. É uma honra prestigiar você aqui em nome das irmãs. Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Muito obrigado, irmã Clemência.

Na sequência, ouviremos agora o Dr. Juscelino Oliveira, com a música “Preserve”.

 

O SR. JUSCELINO OLIVEIRA - No princípio, Deus fez a Terra, criou a natureza e o homem racional. Em vez de paz, construiu a guerra. É necessário pararmos para refletir sobre nosso papel no planeta Terra. A mãe Terra precisa viver e produzir alimentos para mim e para você, para isso é necessário fazermos bem a nossa parte, que é cuidar bem da mãe Terra, que chora e grita através dos vendavais, dos temporais, e fala: parem, pensem, preservem a natureza.

Vamos fazer apenas três ações básicas para ajudar a mãe Terra a continuar respirando, tendo vida e produzindo alimentos para mim e para você. Vamos reduzir, reutilizar e reciclar. Com essas três ações básicas estaremos ajudando o planeta a ser autossustentável, a viver dentro do princípio da sustentabilidade, que tem por base justamente essas três ações básicas: reduzir, reciclar e reutilizar, para termos qualidade de vida.

Então, é necessário levantar a bandeira da sustentabilidade, pensar nos rios. Vejam o que fizeram com nossos Rios Tietê e Pinheiros. Estou aqui, na Casa do Povo, e faço uma saudação ao nobre deputado estadual José Américo e uma reivindicação para que vocês, realmente, levantem a bandeira da sustentabilidade.

Eu, como professor, estou todos os dias nas salas de aula levantando essa bandeira e, como advogado, estou sempre defendendo o direito ambiental, a sustentabilidade e a qualidade de vida para todos nós. Mariana nunca mais. Está na hora de pensarmos na paz, em um meio ambiente de qualidade para todo mundo.

Estou aqui, neste momento, para prestar essa grande homenagem a esse grande amigo, esse grande irmão, Valdeyr Dedé, que é um homem dez, um homem que todos nós guardamos do lado esquerdo do peito.

Neste momento, eu gostaria de pedir uma salva de palmas a esse grande homenageado de hoje. (Palmas.)

Para cantar nossa música “Preserve”, que fala sobre os princípios básicos da sustentabilidade, que são reduzir, reutilizar e reciclar, eu gostaria de convidar o lindo coral Batuíra, que veio prestar essa linda homenagem ao nosso amigo Valdeyr, e também as crianças que acabaram de fazer uma grande homenagem a esse continente tão sofrido que é a África. Uma salva de palmas à criançada. (Palmas.)

Gostaria de pedir a presença de todos aqui para fazermos nossa breve homenagem ao nosso amigo e irmão, Valdeyr Dedé. Parabéns ao nobre deputado pela ideia, continue sempre prestigiando grandes homens como o Valdeyr Dedé, os professores etc.

Todos unidos agora para fazermos uma breve reflexão com essa música sobre o que estamos fazendo com a mãe Terra, que precisa viver e produzir alimentos para mim e para você. Vamos fazer a nossa parte para vivermos com mais qualidade de vida.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. JUSCELINO OLIVEIRA - Muito obrigado, vamos parar, pensar e preservar a natureza, para que possamos ter qualidade de vida no planeta.

Muito obrigado. Um forte abraço a todos.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Muito obrigado, Dr. Juscelino, professor, ambientalista, jornalista. Muito obrigado pela sua homenagem e alerta à preservação da natureza.

Agora, a nossa mestre de cerimônias.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - IZABEL DE JESUS PINTO - Neste momento, vamos dar início à homenagem ao Sr. Valdeyr, com a leitura de um breve histórico.

Valdeyr dos Santos Aires, natural de Alagoa Grande, Paraíba, desde a tenra infância já ajudava seus pais nas feiras livres da Paraíba e, na adolescência, iniciou sua carreira religiosa com formação acadêmica em filosofia e grande atuação em eventos culturais e de comunicação.

Filósofo e professor na rede municipal, nas disciplinas de filosofia, ensino religioso, história e geografia, Dedé, como é também conhecido, manteve seu carisma até os dias de hoje. Em 2013, foi eleito o guardião da árvore, pelo projeto Rede Globo de Televisão.

Por ser uma pessoa de comunicação, também trabalhou como cerimonialista em eventos culturais e religiosos. Já gravou quatro CDs religiosos e três de forró nordestino. Em 2016, foi convidado para coordenar a capela memorial do Centro de Tradições Nordestinas, CTN, em São Paulo.

Um lugar turístico, pelo atrativo de shows e culinária, ele tem se destacado em trazer parcerias com paróquias e grupos religiosos em São Paulo. Deu entrevistas sobre a vida do padre Cícero, frei Damião, e sobre o nordestino, para várias emissoras, como Rede Globo, Canção Nova, Rede Viva, TV Gazeta e Rede Brasil.

No próximo dia 8 de dezembro, receberá o sacramento do matrimônio, que será selado em uma aliança de amor com sua noiva Kethilyn, aqui presente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Quero pedir uma salva de palmas para a Kethilyn. (Palmas.)

 

 A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - IZABEL DE JESUS PINTO - Valdeyr trouxe colaboração ativa para a cultura, música e religiosidade. Através de suas iniciativas carismáticas, aliás, típicas de um bom nordestino, como é, o qual divulga suas raízes, sempre enaltecendo São Paulo.

Palmas para Valdeyr. (Palmas.)

Neste momento, convidamos o deputado João Américo e João Aires de Barros, para fazerem a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Sr. Valdeyr dos Santos Aires.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Deputado Ramalho aqui, entre nós. Grande abraço. Quero pedir uma salva de palmas para ele. (Palmas.) Se quiser chegar até aqui, com o maior prazer. Quero agradecer ao deputado Pedro Kaká, que já esteve aqui, e ao deputado Delegado Olim. Eles vieram trazer o abraço deles para a nossa solenidade. Muito obrigado.

 

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- É entregue o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Sr. Valdeyr dos Santos Aires.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Essa aqui é uma medalha,  todo mundo está vendo, uma medalha muito bonita com o símbolo da Assembleia e o símbolo do estado de São Paulo.

Antes que o Valdeyr fale, só para lembrar, essa história de cabeça grande foi coisa do Luiz Gonzaga, que era muito cabeçudo. Ele inventou essa história de que baiano tinha cabeça grande, e também fazia uma referência ao Águia de Haia, Ruy Barbosa, que era pequeno e cabeçudo. Descendente dele é uma das mulheres mais bonitas da televisão brasileira, que é a Marina Ruy Barbosa, tetraneta dele. Ele inventou essa história, mas não tem nada a ver essa história de cabeça grande.

Valdeyr, meu querido, com a palavra.

 

O SR. VALDEYR DOS SANTOS AIRES - Bom dia, povo de Deus. Para milhões  é uma alegria estar aqui recebendo essa homenagem. Quero saudar o deputado estadual José Américo, amigo e companheiro de luta. Uma salva de palmas para ele. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Obrigado.

 

O SR. VALDEYR DOS SANTOS AIRES - Na pessoa dele, quero saudar também todo o seu gabinete que está aqui presente, na pessoa da Joelma que contatamos a todo momento. Uma salva de palmas para todo o gabinete, Sandrinho, Cris, Dra. Ana, o Gordinho, nosso Demétrio, todos. (Palmas.)

Quero saudar minha família, meu pai Joca, um grande guerreiro, minha mãe Nilza, meu irmão Walmir. (Palmas.) Quero saudar a dona Nilza Favaro, e Jesus, o padrinho do ano, que estão acolhendo meus pais. (Palmas.)

Há muita gente linda: dona Inês e sua amiga são devotas de Frei Damião; a dona Elídia e sua irmã da Legião de Maria; o grupo da terceira idade, esse grupo lindo que estava dançando o tempo todo na solenidade. Uma salva de palmas para todos. (Palmas.) Estou também vendo meu amigo do CCA Aparecida. (Palmas.) Dona Bia, uma grande lutadora, moradora do Jardim Peri, da Rua Condessa Amália Matarazzo, onde começou esse Centro Comunitário Nossa Senhora Aparecida, juntamente com minha representante legal, Maria Jucicleide, e a minha vice, Cristina Navarro, na luta contra o Rodoanel. Uma salva de palmas também. (Palmas.)

Tem representação aqui do MSE, um projeto social medida sócio-educativa, a Gabi. (Palmas.) A Mônica, mãe da Maria Vitória, uma jovem da nossa comunidade que faleceu em janeiro. Receba também, Mônica, sua homenagem para sua filha. (Palmas.) Estou vendo também o coral, esse coral lindo, Interlúdio, com sua luz iluminando este lugar. (Palmas.) Juscelino Oliveira, grande jornalista, cantor e compositor, defendendo a causa ambiental também. (Palmas.) Elilane, que trabalhou até sexta-feira lá no centro comunitário. A Irmã, representando todas as irmãs missionárias da Consolata. E quero dedicar esta homenagem à saudosa irmã Petra, que está lá na Itália. Receba esta salva de palmas. (Palmas.)

Essas crianças lindas que têm toda essa energia, essa paz, essa pureza, essa vitalidade que apresentaram aqui, representando o Jardim Antártica, um projeto bonito que lembro que com a Cristina, a Jucicleide e o Zé Américo fizemos tantas reuniões e conseguimos lá construir um muro de arrimo, um escadão. O pessoal descia na ladeira; na Paraíba se fala embuluando, enrolando na ladeira, escorregando. (Palmas.)

Quero agradecer a todo o pessoal do Cerimonial, tanto carinho da Izabel e suas assistentes, todo aquele pessoal lindo que está ali atrás. (Palmas.) São convidados do José Américo, são meus convidados também.

Quero dizer que vale a pena vivermos a nossa vida com muita felicidade, colocando Deus na frente, apostando nos sonhos, na esperança que temos para carregar. Esta homenagem que o José Américo está me concedendo é um reconhecimento do nosso trabalho. Nós que estamos aqui, estamos no mundo para cumprir uma missão, construir o reino de Deus. Cada um que aqui está é um tijolinho para essa construção, não é Sandrinho? Você é um tijolinho. Jucicleide, você é um tijolinho. Todos nós somos tijolos. Quando praticamos uma boa ação para alguém, subimos um degrau para esse reino. Quando praticamos uma má ação, descemos um degrau. Nós somos luz. Diga para o seu colega que está ao lado: seja luz. Diga para ele, agora. Seja luz. Que bonito.

Que Deus os abençoe. Que tenhamos anos prósperos, de muita luta, de muita resistência, de muita paz, amando nosso meio ambiente, amando as pessoas. Tem uma canção que diz assim:

“Esta é uma canção de amor

Veja onde está o meu coração

Coloque Deus e na palma da mão

O mundo precisa saber a verdade

Passado não volta, futuro não temos e o hoje não acabou

Por isso ame mais, abrace mais

Fale mais, beije mais, porque tudo vale a pena quando a alma não é pequena.”

Zé Américo, vivi momentos difíceis esses dias antes do casamento. Muitas perdas na família. Meus pais até falaram que não ia dar para vir, mas Deus prepara tudo. Eles estão aqui. Eu me sinto muito feliz de ter a minha mãezinha ali. Uma salva de palmas para a minha mãezinha linda. Que Deus a abençoe, minha mãe. Ela que me gerou, no amor. Meu pai, com seu charme, com esse seu bigode charmoso, conquistou o coração da minha mãe. Uma salva de palmas para o meu guerreiro. Um grande guerreiro. Meu irmão também, que veio da Paraíba, quatro dias no ônibus, no pau de arara, mas chegou, com a graça de Deus. Almir, grande guerreiro. (Palmas.)

Minha noiva amada, nós vamos constituir um lar, na benção de Deus, Kethilyn, na benção da Sagrada Família Jesus Maria José. Uma salva de palmas para você. Declaro o nosso amor. (Palmas.)

Agradeço a Deus, à Nossa Senhora Aparecida, que derrame sobre nós suas bênçãos. Que Deus nos ilumine, que nós sejamos realmente pessoas que, quando são olhadas, dizem assim: esse tem luz. Olhar para a Joelma, que parece com a Elba Ramalho, trabalha para o Zé Américo. Dê um close nela. Joelma, ali, perto da noiva. Seja luz, Joelma. Seja luz, Cris. Seja luz, Michelle. Seja luz, Brasil. Seja luz, mundo.

Muito obrigado. Que Deus nos abençoe. (Palmas.)

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Nós que agradecemos, Valdeyr.

Completando a história, ele falava assim, o Luiz Gonzaga: “Baiano burro, eu garanto que nasce morto”. Cabeça grande é sinal de inteligência. Eu agradeço a providência de ter nascido lá.

Queria saudar todos os presentes e agradecer aos nossos convidados, nossos assessores. Saúdo a irmã Clemência, saúdo a Cristina Navarro, saúdo a Jucicleide, saúdo o Valdeyr, saúdo o João e saúdo sua mãe, seu irmão, a Kethilyn, sua futura esposa. Saúdo todos vocês nesta manhã de segunda-feira, que não é um dia muito propício para que a gente venha aos compromissos, mas as pessoas vieram. Acho que isso é o mais importante.

A TV Assembleia está gravando e vai tornar o evento algo público, de conhecimento geral das pessoas, até para que a gente marque esta solenidade, esta congratulação que o estado de São Paulo, através da Assembleia Legislativa, concede a esse paraibano, Valdeyr dos Santos Aires.

Quero dizer o seguinte: eu conheço o Valdeyr há muitos anos, lá no Centro Comunitário Nossa Senhora da Aparecida e também no CTN, onde tem aquela ximbica do padre Cícero. Tem o carro que o padre Cícero usava. Na verdade, a gente chama isso de ximbica, antigamente, carro dos anos 20. Aquele padre era muito arretado. A Igreja Católica deu um chega para lá nele, mas agora o Papa Francisco está trazendo.

Eu, como católico, às vezes, fico meio assim, meio assado, mas tudo bem. O padre Cícero foi muito questionado porque ele foi o líder político da região, que chegou inclusive a participar do chamado Levante de Juazeiro, que teve escaramuças militares e tal, tiroteio. Por isso a igreja tinha certa restrição a ele. Mas o Valdeyr, com esse coração maravilhoso que tem, não tem nenhuma dessa restrição. Fez a foto daquela estátua maravilhosa que tem em Juazeiro, o padre Cícero bem enorme, tão imponente, sobre o Rio São Francisco.

Eu queria dizer o seguinte: homenagear o Valdeyr é também homenagear o Centro Comunitário Nossa Senhora da Aparecida, que foi inspirado pela nossa querida irmã Petra e que vem atendendo pessoas jovens, crianças e idosos há muitos anos no Jardim Peri, com a população carente daquela região. Trinte e sete anos. Acho que são essas entidades que fazem de São Paulo uma cidade diferente. Quando dizem que São Paulo é uma cidade diferente, mais politizada, mais bem informada, é porque tem entidades como o Centro Nossa Senhora da Aparecida, que acolhe as pessoas, conscientiza as pessoas. São entidades de inspiração cristã católica mostrando toda a generosidade que a Igreja Católica desenvolve nos seus trabalhos sociais de generosidade e de abertura para o mundo.

 Acho que hoje estamos em um momento no Brasil em que as pessoas estão querendo discutir muito a sua própria personalidade, seu próprio interesse. Isso é marcado pelo individualismo, que também é um traço que há na sociedade do mundo inteiro - essa coisa do “eu posso fazer o que eu quero”, “eu chego lá sozinho”, etc. Eu acho que o Centro Comunitário, o Valdeyr e a nossa Igreja Católica da região fazem exatamente o contrário: nós conseguimos fazer as coisas quando estamos juntos, quando podemos nos associar com outras pessoas, quando temos espírito de solidariedade, de generosidade. Isso constrói as grandes civilizações, não é?

Um dia eu li um filósofo que dizia o seguinte: de todas as sociedades, por mais evoluídas que fossem, aquelas que faziam sacrifícios humanos andaram para trás e se destruíram. Duas sociedades muito avançadas e que faziam sacrifícios humanos entraram em decadência e desapareceram quase que por si próprias. Uma delas era Cartago, que era a grande adversária de Roma. A religião deles levava a sacrifícios humanos. A outra é o Império Maia e também o Império Asteca, que também faziam sacrifícios humanos e se arrebentaram sozinhos, não é?

Então a falta de humanidade, de solidariedade e de generosidade levou civilizações adiantadíssimas a andarem para trás e decaírem. Aquelas baseadas na generosidade e na solidariedade foram as que cresceram. O Cristianismo está por detrás do desenvolvimento da civilização ocidental. O Cristianismo do Novo Testamento é exatamente o Cristianismo que fala do amor, da generosidade, do espírito de solidariedade entre as pessoas, que é a palavra de Cristo.

Isso foi muito importante, e acho que isso é uma coisa praticada pela entidade que você hoje preside, uma coisa praticada por você como teólogo, como missionário da Igreja Católica, um missionário encarregado da Capela do CTN, do Centro de Tradições Nordestinas, que todos vocês conhecem. É um centro de encontro dos nordestinos de todo o Brasil, de todo o nordeste, e alguns paulistas como eu, de vez em quando, vão lá comer o feijão andu, vão lá naquele lugar que é maravilhoso.

Mas eu queria dizer que o Valdeyr, apesar de muito jovem, já tem bastante tempo na caminhada dele na Igreja Católica, no movimento social e na música. Muitas pessoas conhecem o Valdeyr como líder comunitário, conhecem sua atuação na Igreja, mas não conhecem o Valdeyr como músico. Ele toca teclado muito bem e canta. O repertório dele é muito variado, mas ele canta principalmente música nordestina, da sua Paraíba, do Pernambuco, da Bahia. É uma pessoa que às vezes sozinha consegue abrilhantar uma festa. Fui a algumas quermesses este ano com ele, e ele, com aquele teclado, fazia um agito muito grande, além de ser uma pessoa extremamente carismática. Ele falava, brincava, contava histórias e fazia a festa naquelas quermesses.

Valdeyr, você é um exemplo de jovem, um exemplo de homem, e agora tem mais responsabilidade ainda se casando, constituindo uma família. Espero que de teólogo e missionário você chegue a ser o diácono da Igreja Católica. A Igreja Católica precisa muito de diáconos; precisa muito de missionários, mas precisa muito de diáconos, para que possamos expandir a nossa Igreja, principalmente cidade de São Paulo. Está faltando padre, está faltando missionário, está faltando diácono, e você vai nos ajudar a trabalhar, não é?

A Ordem Consolata é uma ordem que trabalha em São Paulo, na região periférica, mas também tem um trabalho antigo com os índios brasileiros. A irmã esteve lá e trabalha com os índios há muito tempo, fazendo um trabalho de caridade, de solidariedade e de aculturação dos nossos índios, que são extremamente vulneráveis, seguindo aquilo que os jesuítas já fizeram um dia, que foi lutar e procurar preservar minimamente os nossos índios, não é?

Há 500 anos, o José de Anchieta fez uma gramática do guarani, para preservar o idioma indígena e fazer uma comunicação com os índios através de sua própria língua. E hoje nós temos gente que desqualifica os índios.

Só para vermos o avanço que a Companhia de Jesus e a Igreja, na época, tinham em relação aos indígenas. Eles romperam com o rei de Portugal em defesa da comunidade indígena. Tudo bem que na época havia certo tipo de tratamento que hoje talvez não fosse aceito. Mas, de qualquer forma, foi uma coisa fundamental para se preservarem os índios e a comunidade indígena.

E formou-se um país. A comunidade indígena, cuidada pela Companhia de Jesus, fundou o Paraguai, um país formado pelos índios guaranis dos Sete Povos das Missões. Depois, a Igreja não teve mais culpa pelo que aconteceu no Paraguai. Mas esse é o único país bilíngue da América - fala-se espanhol e guarani. E lá ainda se usam fragmentos da gramática do padre José de Anchieta, que, apesar do nome, não era exatamente português - era espanhol, de uma ilha espanhola. Apesar do nome e de falar português muito bem, era espanhol.

Quero deixar aqui meu abraço ao Valdeyr. Quero que isso também signifique nossa amizade, um aprofundamento da nossa amizade, da minha admiração por você. Você é um exemplo de jovem, de homem, de que nós estamos precisando neste momento. Pessoas que doam seu tempo gratuitamente para uma missão social; que vão lá para acolher crianças, jovens e idosos, quando muita gente vai passar o fim de semana na Praia Grande, enquanto outros vão ver as novelas da Globo, cada dia mais malucas... Vai chegar o dia em que vão virar ficção científica, de tão malucas que estão as novelas da Globo.

Enfim, estão lá o Valdeyr, a Jucicleide, a Cristina, a Irmã, cuidando de criança, jovem e idoso. Isso é uma coisa magnífica. O Brasil não viveria sem isso, e a cidade de São Paulo muito menos. A cidade de São Paulo é relativamente jovem, foi fundada pelos padres e, depois, foi meio que abandonada pelos portugueses, só foi retomada no século XIX. Uma cidade relativamente jovem, mas que tem alguns elementos de organização e consciência por conta de trabalhos de entidades como o Centro Comunitário Nossa Senhora da Aparecida.

Quero, então, dizer que a nossa solenidade vai chegando ao fim. Mas quero deixar bem claro que a homenagem é à entidade, mas também a você, como exemplo de jovem. A gente gostaria que todos fossem iguais ou meio parecidos com você; que seguissem um pouco a sua trilha. Muito obrigado; agradeço a todos. Que Deus ilumine a todos nós. (Palmas.) Não fique triste com a história do João Américo; fique tranquila. Tanto faz.

Antes, porém, quero convidar todos vocês para um coquetel que teremos na Sala dos Espelhos. Basta sair pela minha esquerda ou direita e vocês chegarão à Sala dos Espelhos, onde haverá um coquetel de agradecimento pela presença de vocês e em reconhecimento ao nosso grande Valdeyr. Eu queria, mais uma vez, parabenizar sua mãe, seu irmão, o Sr. João e a Kethilyn, que está lá quietinha. Kethilyn, eu sei que não vai ser fácil. Aquele domingão que o pessoal imagina lá na Praia Grande, o cara vai à entidade trabalhar. E ela vai junto. Então, não é simples. Mas garanto a você: é uma vida muito melhor do que as pessoas que vivem no seu mundo fechado, individualista. Garanto que vocês vão ser muito mais felizes e vão criar uma família com muito mais solidariedade entre si, muito mais generosidade. Não tenho dúvida disso. Um super abraço e muito obrigado a todos. (Palmas.) Vamos chamar todo mundo para uma foto aqui na frente. Valdeyr, obrigado e parabéns mais uma vez, meu grande amigo.

Esgotado o objeto da presente sessão, quero agradecer às autoridades que passaram aqui, aos deputados que vieram dar um abraço em nós - Delegado Olim, Pedro Kaká, Ramalho da Construção -, à minha equipe, aos funcionários do Serviço de Som, Taquigrafia, Ata, Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar e da Secretaria Geral de Administração, da Imprensa e TV, das assessorias das Polícias Militar e Civil, bem como a todos que, de alguma forma, contribuíram para o pleno êxito desta solenidade.

Está encerrada a presente sessão.

 

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  - Encerra-se a sessão às 11 horas e 55 minutos.

 

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