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24 DE OUTUBRO DE 2018

135ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: DOUTOR ULYSSES

 

Secretaria: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - DOUTOR ULYSSES

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a visita de alunos da Escola Estadual Governador Paulo Sarasate, acompanhados por seus professores, a convite do deputado Carlos Giannazi.

 

2 - JOÃO CARAMEZ

Faz apelo aos seus pares para que os trabalhos desta Casa sejam retomados após o fim do processo eleitoral. Destaca a quantidade de projetos de lei presentes na Ordem do Dia. Cita propositura concernente ao turismo, que, a seu ver, merece ser objeto de deliberação antes do fim da presente legislatura.

 

3 - WELSON GASPARINI

Lamenta que a campanha eleitoral esteja, em sua opinião, dominada pela agressão entre adversários, em lugar de debates acerca dos problemas enfrentados pela população. Combate a divulgação de suposto vídeo íntimo de João Doria, o qual afirma ser falsificado. Propõe mudanças na legislação eleitoral.

 

4 - CORONEL TELHADA

Parabeniza as cidades de Itapira e Timburi, pelo seu aniversário. Concorda com os pronunciamentos acerca dos trabalhos desta Casa. Classifica como sórdida a atual campanha eleitoral. Tece críticas ao vereador Camilo Cristófaro, responsável pela distribuição de suposto vídeo do candidato João Doria. Cita problemas da Saúde pública.

 

5 - CARLOS GIANNAZI

Expressa preocupação com o momento vivido pelo Brasil. Opõe-se à candidatura de Jair Bolsonaro, a quem acusa de ser uma ameaça à democracia. Reprova proposta de Paulo Guedes, assessor econômico do candidato, de desvincular a destinação de verbas públicas. Tece críticas a João Doria, candidato ao governo estadual.

 

6 - MARCO VINHOLI

Deplora a divulgação de suposto vídeo íntimo do candidato João Doria, que afirma ser uma montagem. Exibe notícia em que o vereador Camilo Cristófaro, do PSB, se responsabiliza pela divulgação do material. Critica a postura, a seu ver oportunista, do candidato Márcio França frente ao ocorrido.

 

7 - ROBERTO MASSAFERA

Presta solidariedade ao candidato João Doria, de quem foi divulgado um suposto vídeo íntimo. Pede que a Polícia investigue o caso a fundo. Declara que o País vem atravessando uma grande crise. Faz considerações sobre a história política brasileira. Apoia eleição de Doria para o governo estadual.

 

8 - RODRIGO MORAES

Agradece pelos votos recebidos, que possibilitaram a sua reeleição. Avalia que a política no Brasil passa por um momento atípico. Deseja sorte aos parlamentares que foram eleitos pela primeira vez. Solidariza-se com o candidato João Doria, a quem considera vítima de notícias falsas.

 

9 - FERNANDO CAPEZ

Opina que a presente campanha eleitoral tem se destacado pelo seu baixo nível. Lamenta a distribuição de suposto vídeo íntimo, o qual acusa de forjado, do candidato João Doria. Dá exemplos de notícias, que rotula como falsas, divulgadas nas redes sociais. Faz críticas ao governador Márcio França.

 

GRANDE EXPEDIENTE

10 - JOÃO CARAMEZ

Faz menção ao programa Jepoe (Jovens no Exercício do Programa de Orientação Estadual), que atende jovens entre 16 e 18 anos em situação de vulnerabilidade social, de iniciativa do governador Márcio França. Considera que o governador Márcio França é um exemplo de homem de família. Critica postura de vereador do PSB que divulgou vídeo com suposto envolvimento de João Doria nas redes sociais. Rebate o discurso do deputado Fernando Capez sobre a divulgação de fake news nestas eleições estaduais. Repudia atitudes de João Doria enquanto prefeito de São Paulo.

 

11 - MÁRCIO CAMARGO

Pelo art. 82, agradece os votos que recebeu nestas últimas eleições e lamenta que não tenha sido reeleito ao cargo de deputado estadual. Garante que não deverá deixar a vida pública. Considera que projeto de lei complementar, de autoria do governador Márcio França, que propõe remodelar o Iamspe, tem caráter eleitoral. Lembra projeto de lei de sua autoria que amplia o atendimento do Iamspe a todos os membros do Centro Paula Souza. Condena a atitude do vereador Camilo Cristófaro, do PSB, que assumiu ter divulgado vídeo com suposta participação de João Doria nas redes sociais.

 

12 - MARCO VINHOLI

Pela ordem, solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

13 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 25/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Doutor Ulysses.

 

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O SR. PRESIDENTE – DOUTOR ULYSSES - PV - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Coronel Telhada para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO – CORONEL TELHADA – PP - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar a visita dos alunos da Escola Estadual Governador Paulo Sarasate, zona leste, São Paulo. Estão acompanhados pelos responsáveis, professora Joceli Domingas de Oliveira e professor Wagner Luiz Barbosa Fernandes. Convidados pelo nobre deputado Carlos Giannazi. Sede bem vindos. Queremos saudá-los com uma salva de palmas. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre deputado João Caramez.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores que nos acompanham pela TV Alesp, caríssimos jovens da escola que nos visita hoje, sejam bem-vindos.

Sr. Presidente, venho a esta tribuna hoje para falar um pouco sobre os trabalhos desta Casa. Tudo bem, estamos em um processo eleitoral e, no próximo domingo, estaremos escolhendo o próximo governador do estado de São Paulo e o próximo presidente da República, mas eu venho aqui no sentido de fazer um apelo. Faço um apelo aos líderes dos nossos partidos e à Mesa Diretora para que, tão logo se encerrem as eleições domingo, na próxima semana nós consigamos retomar os trabalhos desta Casa de uma maneira tranquila, de uma maneira harmônica.

Todo processo eleitoral provoca certa disputa e certa animosidade mesmo entre nós, colegas parlamentares, mas, chegando ao resultado, que terá vencedores e vencidos, eu acho que nós temos que continuar tocando a nossa vida, independentemente do partido, independentemente de quem quer que seja o vitorioso. Aos vitoriosos, os nossos parabéns; aos derrotados, quero lembrá-los de que a derrota e a vitória são irmãs gêmeas, assim como a alegria e a tristeza, uma não vive sem a outra.

Nós temos que realmente retomar o nosso trabalho com bastante eficiência, com bastante energia, afinal de contas, em março começa uma nova legislatura. Nós tivemos 43 deputados reeleitos nesta Casa, e 51 não foram reeleitos. Eu estou entre esses 51 e, como tantos outros colegas, desejo que realmente consigamos cumprir a pauta de projetos de lei para serem discutidos e votados antes do término desta legislatura. Assim, pelo menos teremos como apresentar aos nossos eleitores os resultados do nosso trabalho.

Nós temos uma pauta nesta Casa de 340 itens, entre projetos do governador, projetos de deputados e vetos de deputados. Aqui não estão relacionados os projetos de lei que certificam os municípios de interesse turístico. São mais de 40 cidades que estão aguardando ansiosamente que esses projetos sejam aprovados e, com isso, possam realmente fazer jus àquilo que a lei determina, ou seja, ao repasse de 600 mil reais para que invistam no turismo.

O turismo é a maior fonte geradora de emprego e renda do mundo. Em um país em que temos 14 milhões de desempregados, São Paulo dá um grande exemplo para o Brasil, criando alternativas dentro do próprio estado e gerando emprego e renda. Então, faço um apelo para a Mesa e para os nossos líderes, para que possamos realmente retomar os trabalhos com bastante energia, com bastante harmonia, com bastante companheirismo, e deixemos a disputa de lado.

Até domingo, estaremos disputando essas eleições, buscando, voto a voto, para que tanto o meu candidato quanto os dos demais deputados saiam vitoriosos dessa batalha. Eu queria lembrar, aproveitando que temos aqui o líder do PSDB, deputado Marco Vinholi, o deputado Welson Gasparini e o deputado Coronel Telhada, que o último projeto de lei aprovado nesta Casa foi no dia 4 de julho. Vamos chegar a novembro: quatro meses sem ter produzido nada nesta Casa. Produção zero. A população lá fora nos cobra muito pela nossa produção. O deputado já é mal visto lá fora.

Estamos tão depreciados, tão desmoralizados, que nem manifestação se faz mais na porta da Assembleia. Estamos sentindo falta disso. Isso acontece por conta dessa ineficiência e inoperância desta Casa.

Então, faço apelo ao deputado Marco Vinholi, um dos líderes da bancada do partido no qual, durante 23 anos eu militei, defendi, lutei, briguei, para que, realmente, retomemos os trabalhos na próxima semana, em total harmonia e companheirismo e façamos valer aquilo que realmente temos que fazer aqui: trabalhar em benefício da população de São Paulo. Nosso trabalho só depende de apresentar leis que podem melhorar a qualidade de vida do povo paulista.

Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários desta Casa, venho a esta tribuna para lamentar a maneira como está se realizando a disputa política neste País.

Estamos com problemas sociais gravíssimos. No entanto, o que é que estamos sentindo na campanha eleitoral? Parece que a agressão é a prioridade número um, ao contrário do debate sobre programas futuros do governo. Ao mesmo tempo, o respeito aos concorrentes é de grande importância.

Além disso, essa tal de notícia falsa é terrível. Ainda agora meu candidato acabou de sofrer uma notícia falsa, que agride demais, apresentando o candidato como se estivesse numa farra com prostitutas. No entanto, está provado pela pesquisa feita que não é ele. Na realidade, fizeram uma composição de fotografia e a distribuíram por meio de soluções modernas de comunicação - WhatsApp, dentre outros -, compartilhando isso de maneira irresponsável.

Sabe lá o que é um chefe de família com sua esposa e seus filhos viverem um abuso desses? É preciso que, realmente, nossas autoridades, principalmente o setor da Justiça Eleitoral, tomem providências e não permitam que aconteça isso. Temos problemas graves no Brasil e, no entanto, quais são as propostas que estamos apresentando ao povo em geral de que a partir do ano que vem teremos mudanças políticas e administrativas expressivas?

Já defini desta tribuna o meu voto e o trabalho que faço pelos meus candidatos. Estou apoiando Doria para governador de São Paulo e Bolsonaro para presidente da República.

Faço um apelo a todos aqueles que têm cargos eletivos, como nós mesmos da Assembleia Legislativa, faço um apelo a todos os deputados: vamos reagir, vamos mudar a situação do País. Nós, da Assembleia Legislativa, temos, até março, a possibilidade de demonstrar o nosso idealismo. Não vamos, apenas, ficar vendo os defeitos dos outros políticos, se nós mesmos não estamos tomando as providências que são necessárias para realizar uma melhoria nas condições de vida do nosso povo. Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Drs. Deputados, estamos com um desemprego! São 13 milhões de desempregados. O que estamos fazendo para mudar esta situação?

No setor da Segurança pública, estamos em campeonatos mundiais. Eu já disse, desta tribuna. Disputamos porque somos um dos países mais violentos do mundo. Somos o primeiro lugar. O Brasil está em primeiro lugar em termos de assassinatos. Como pode, uma situação dessas?

Se formos prender todos aqueles que são marginais e estão causando problemas de Segurança, vamos colocar onde? Todos os nossos presídios estão superlotados. Não cabe mais ninguém. É verdade ou é mentira o que estou falando? Todos os nossos presídios estão superlotados. Temos a terceira maior população carcerária do mundo. Celas onde cabem 10 presos, temos uma média de 20 presos. Como pode uma situação dessas?

 Certamente alguns dirão: “E vocês, deputados? O que vocês estão fazendo, em São Paulo, para mudar essa situação?” É o apelo que faço aos 94 deputados desta Casa. Vamos reagir! Já foi dito nesta tribuna, por quem me antecedeu, que há vários meses não discutimos e não votamos um só projeto de lei nesta Casa. Somos 94 deputados. Se cada um apresentar três projetos, teremos mais de 300 projetos para serem discutidos nas comissões e no plenário.

Sabemos que isso nunca será feito. Como na Câmara dos Deputados. Tive a honra de ser deputado federal. São 513 deputados. Não cabe mais uma cadeira no plenário da Câmara dos Deputados. Aqui também. Somos 94 deputados. Não cabe mais uma cadeira, aqui no plenário, para botar mais um deputado.

Defendo essa ideia: vamos criar as regiões administrativas e políticas. Vamos dividir o estado de São Paulo em 10 regiões que elegeriam 4 deputados por cada região. Teríamos quarenta. Hoje temos noventa e quatro. No sistema regional, poderíamos ter todas as regiões bem representadas.

E não teríamos que assistir esse absurdo de candidatos aos parlamentos, estaduais e federais, gastando bilhões de reais para sentarem em uma cadeira no parlamento estadual ou federal. Vamos mudar essa realidade. Mas é preciso que o povo reaja. Veja em quem você votou, quem é o seu homem de confiança na política. E pergunte o que ele tem feito para mudar essa realidade nacional.

Espero que, logo após essa eleição, ganhe quem ganhar, espero que sejam os meus candidatos mas, ganhe quem ganhar, vamos mudar a realidade brasileira. Tenho a certeza de que, aqui nesta Casa, temos um grupo de deputados idealistas que irão, sem dúvida alguma, nos meses que nos restam, mudar a situação desta Casa, discutindo e votando projetos que possam melhorar a vida de todos os que moram no estado de São Paulo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Srs. Deputados, funcionários, assessores, policiais militares presentes, tenente José Antônio, sargento Martins, cabo Armando, jovens alunos presentes - sejam bem-vindos -, quero começar minha fala saudando duas cidades que completam aniversário na data de hoje: a cidade de Itapira e a cidade de Timburi. Parabéns a todos os senhores e senhoras que moram em Itapira e Timburi.

Sr. Presidente, assim como os deputados que me antecederam, quero fazer coro sobre a situação desta Casa. Muito nos preocupa a imobilidade desta Casa. São 94 deputados que, praticamente, neste ano de 2018, tiveram quase nada de produção. A Casa está parada, enrolada, não avança. As comissões não se reúnem. Ainda não conseguimos votar a LDO este ano, que deveria ter sido votada em junho. Não votamos ainda.

A desculpa, agora, é de que estamos aguardando a eleição do dia 28, as eleições presidenciais e estaduais. Vamos ver, depois de domingo, o que acontecerá nesta Casa. Sei que, até o momento, a nossa atuação é... Nossa, não, pois eu cumpro minha obrigação. Eu cumpro minha obrigação.

Neste momento, temos sete deputados neste plenário. Tenho certeza de que há outros na Casa, mas, neste plenário, estamos em sete deputados. Dos sete, somente três foram reeleitos. Então, é um absurdo que os 42 que foram reeleitos, principalmente, não estejam nesta Casa trabalhando. É que a câmera não mostra! Se eu mandar a câmera mostrar as cadeiras vazias, todo mundo vai ficar bravo comigo. Deputado Giannazi, o pessoal fica bravo conosco quando nós mostramos, mas temos que mostrar mesmo. Olha o quanto esta Casa gasta diariamente só de luz, telefone, água e funcionários para ficar parada. É um absurdo isso, gente. Depois vêm falar que vamos fazer economia com dinheiro público? Como? Como, se não trabalhamos? Estou com 65 projetos de lei na fila para serem analisados e votados. São projetos importantes e tenho certeza de que a maioria dos deputados também têm projetos aguardando para serem votados. E nós aqui nesse marasmo, parados.

O deputado Welson Gasparini, que me antecedeu, falou dos problemas que temos no País. Uma campanha que deveria ser disputadíssima tornou-se uma campanha sórdida, uma campanha de agressões, em que não se apresentam programas e soluções. Ao contrário, um só fala mal do outro. Na campanha presidencial, o Haddad fala mais do Bolsonaro do que dos projetos dele. Do outro lado, também se fala mais do PT do que dos projetos deles. Todo mundo sabe que sou Bolsonaro, sempre fui, mas precisamos apresentar propostas. Precisamos parar com essas agressões.

O Brasil precisa avançar. “Ah, mas no ano que vem...”. Não, é agora! Neste momento, tem gente largada em hospital. Vejam a cidade de São Paulo, a maior cidade da América Latina, neste momento: “Sem material, hospitais atrasam cirurgias”. Esse cidadão que apareceu no jornal de ontem está desde o dia 11 aguardando uma cirurgia. Hoje é dia 24. São trezes dias internado aguardando uma cirurgia.

E não é só na rede municipal. A rede estadual, que tem a obrigação de repassar remédios de alto custo, está em falta. As pessoas não têm dinheiro para comprar remédios e a obrigação do estado não está sendo cumprida. E a desculpa é sempre a mesma, o estado culpa o Ministério, que nega: a culpa é sempre do outro. A mesma coisa aqui: a prefeitura diz que a empresa é que está atrasada, que ela está certa. Ou seja, todo mundo passa a bola para o outro, ninguém toma providência e os problemas perduram.

Como se não bastasse isso, vimos ontem o que aconteceu na campanha. Todo mundo viu WhatsApp de sacanagem: um cidadão lá com seis prostitutas se divertindo, com a cara do candidato, e todo mundo sabe que é fake news. Tenho certeza absoluta que não foi o candidato concorrente que fez isso porque não é do feitio dele, mas vimos um vereador de São Paulo, que até então era cupincha do Doria - vivia do lado dele pendurado -, e agora está do lado do Márcio França. Por quê? É porque quer uma boquinha, é o que todos esses políticos fazem: correr atrás de cargo. Ele vivia pendurado no Doria e, como não conseguiu, está agora pendurado no Márcio França. E esse vereador veio a público dizer que foi ele quem espalhou essa fake news. Ele não só cometeu crime eleitoral, como cometeu crime contra a honra do cidadão, que é candidato a governador do estado de São Paulo.

Que campanha é essa? Nós estamos em 2018 e estão distribuindo fake news. Em quem nós vamos votar, em quem vamos confiar? Olha o nível: presidencial, governamental, deputados, senadores, vereadores. Olha onde nós conseguimos chegar.

Quero então dizer da minha manifestação de repúdio a essa campanha nojenta que tem sido feita, e repúdio à ação do vereador Camilo Cristófaro, que cometeu um crime eleitoral ontem, divulgando imagens impróprias contra o candidato a governador do estado de São Paulo.

Quero dizer da minha indignação com a situação desta Casa. Sr. Presidente, deputado Ulysses, que também não foi reeleito, mas eu posso falar em nome de V. Exa., dos deputados João Caramez, Welson Gasparini e Marco Vinholi. São pessoas que estão aqui todo dia trabalhando e eu sou testemunha do trabalho desses quatro deputados que, infelizmente, não foram reeleitos. E, mesmo não reeleitos, estão aqui na Casa. Sabemos que alguns deputados têm obrigações fora da cidade, e não estou aqui, pelo amor de Deus, falando nada, mas a Casa tem obrigação de funcionar. Se no mínimo nós votássemos um projeto por dia, no final do ano teríamos pelo menos 100 a 150 projetos aprovados. Mas nem isso nós fazemos.

Quero então somar a minha voz aos demais deputados, e dizer da minha indignação e da minha vergonha de estar numa Casa que não produz. Hoje é dia 24 de outubro, praticamente final do ano, e como disse o deputado Caramez, o último projeto votado foi no dia 4 de julho. Faz três meses e meio que não votamos nenhum projeto. E olha que nós ganhamos para ficar fazendo isso. É vergonhoso para todos nós isso aqui.

Quero então pedir desculpas a todos que nos assistem pela TV Assembleia, que estão me acompanhando ao vivo pelo Facebook também. Quero pedir desculpas em nome desta Casa, não em meu nome, porque eu, como esses deputados, estamos todo dia trabalhando. É por isso que eu tenho vergonha de subir aqui e falar.

É vergonhoso, precisamos mudar a postura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV -  Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectadores da TV Assembleia, quero primeiramente cumprimentar os alunos da Escola Estadual Governador Paulo Sarasate, escola da zona leste, acompanhados dos professores Joceli e Wagner. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa. É muito importante que as escolas façam esse trabalho de formação para a cidadania, trazendo os alunos não só à Alesp, mas também na Câmara Municipal, indo ao Congresso Nacional, conhecendo como funciona o Parlamento, o Poder Legislativo. Parabéns pela iniciativa, sobretudo aos professores que fizeram todo esse trabalho. Tenho certeza de que são professores que trabalham para que os alunos tenham acesso ao pleno exercício da cidadania.

Eu gostaria, Sr. Presidente, de dizer que estamos extremamente preocupados com este momento histórico que estamos vivendo. Não se trata apenas de uma simples eleição presidencial; não se trata de uma disputa entre dois partidos, entre dois candidatos. Estamos assistindo à disputa de dois projetos para o Brasil. De um lado, a candidatura de um representante da ditadura militar, do autoritarismo, do nazifascismo, do atraso, da homofobia, do machismo, do racismo, do que há de mais podre na política brasileira, de mais atrasado, que seria uma volta às trevas da ditadura militar no Brasil. É a candidatura do Jair Bolsonaro.

Todos sabem o que ele representa para o Brasil. Até os liberais são contra, até a direita. Nem a direita o suporta, porque ele representa a extrema direita - é o neofascismo sendo implantando no Brasil. Vamos ter a supressão das liberdades individuais e sociais, e toda a sociedade será atingida, porque, sem ser eleito, ele já diz coisas absurdas. O filho dele disse que é muito fácil fechar o Supremo Tribunal Federal: basta um soldado e um cabo. Ele disse, no domingo, quando entrou ao vivo na Avenida Paulista, lá da casa dele no Rio de Janeiro, que a oposição a ele ou será presa ou vai para o exílio fora do Brasil. Um absurdo total.

Fora as outras falas do Bolsonaro, que estão todas na internet; não sou eu que estou inventando. Se uma pessoa escrever Jair Bolsonaro, aparecem lá as frases homofóbicas, racistas, contra negros, nordestinos, pobres. Isso é o tempo todo. Foram 27 anos no Congresso Nacional atacando os trabalhadores, do ponto de vista verbal, estimulando a violência contra a sociedade brasileira, contra o povo brasileiro, o povo pobre, o povo negro, os indígenas, os gays, a comunidade LGBT. E contra as mulheres, que ele humilhou e humilha o tempo todo.

Mas, além disso - que já é muito grave, já bastaria para o povo brasileiro rejeitar veementemente Jair Bolsonaro -, ele está a serviço do grande capital nacional e internacional. Ele vai aprofundar a retirada de direitos trabalhistas, previdenciários e sociais do povo brasileiro. Ele está a serviço da lógica do mercado, da lógica dos rentistas, dos especuladores da dívida pública brasileira. Ele vai aprofundar a miséria brasileira. Paulo Guedes, que é seu economista, mentor intelectual e guru, pelo menos por enquanto - porque Jair Bolsonaro não tem nenhum neurônio no cérebro -, já disse que quer acabar com as vinculações constitucionais.

Hoje, pela Constituição Federal, o Brasil tem que investir no mínimo 18% em Educação; estados e municípios, no mínimo 25 por cento. Ele vai acabar com isso; ele disse que não vai ter mais mínimo obrigatório. Se com 25% já não é possível oferecer uma educação minimamente de qualidade, fico imaginando sem vinculação obrigatória. Nós já fomos atacados pela DRU, a desvinculação das receitas da União, do Fernando Henrique Cardoso. Ele criou a DRU, esse mecanismo criminoso que rouba, sequestra dinheiro da Educação, Saúde e Previdência. Essa DRU foi mantida pelos governos Lula e Dilma. Inclusive, no governo Dilma, aumentou para 30 por cento: era de 20% e foi para 30 por cento.

Depois, veio a PEC 55, agora a Emenda 95, do Temer. É uma emenda criminosa que congelou os investimentos nas áreas sociais por 20 anos - na Educação, na Saúde e na Assistência Social e agora, se não bastasse a DRU do Fernando Henrique, mantida pelo Lula e pela Dilma, não bastando ainda a “PEC da Morte”, a PEC 55 do Temer, agora veio algo pior ainda, que é a desvinculação para a Saúde e a Educação. Um absurdo total.

A população do Brasil tem que ter clareza que ela está sendo enganada, muito “fake news” pelo WhatsApp e a população está sendo ludibriada hoje por esse grande factoide, pelo neofascismo que vai aprofundar a miséria social no Brasil. Digo o mesmo com o Doria aqui em São Paulo, que tenta ser o representante, é tão ruim que nem o Bolsonaro quer. O Major Olímpio, que foi deputado aqui, está dizendo que não quer o Doria aqui em São Paulo, que é tão ruim quanto o Bolsonaro, porque além de tudo é traidor, tem a fama de trair. Traiu o Alckmin, enfim, e destruiu a cidade de São Paulo.

O pouco que ficou ele deixou um rastro de destruição, principalmente na área que eu atuo e que eu conheço que é a Educação. Reduziu o módulo de professores da rede municipal, tentou implantar a farinata, a ração humana, na merenda escolar das nossas crianças, o SampaPrev para acabar com a aposentadoria dos professores, reduziu pela metade o passe escolar da nossa juventude. Um desastre total na prefeitura de São Paulo. São Paulo tem que pensar melhor porque Doria jamais e muito menos Bolsonaro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Marco Vinholi.

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, aos nossos visitantes também que já estão saindo do plenário, nossos deputados presentes, querido presidente Doutor Ulysses, nobre deputado João Caramez, amigo e companheiro de Casa, querido deputado Coronel Telhada, nobre professor deputado Welson Gasparini, querido amigo deputado Rodrigo Moraes, querido amigo deputado Roberto Massafera, grande deputado Carlos Giannazi, quero dizer que hoje é um dia triste para a democracia, triste para as pessoas que acompanham nas suas casas a campanha eleitoral.

Hoje, eu perguntei para minha irmã mais cedo: “o que você está achando, Juliana?”. Ela falou: “olha, ninguém aguenta mais”. São seguidos dias em que cada vez mais as pessoas recebem no seu celular, nas suas casas, notícias enganosas tentando ludibriar os adversários, tentando atacar a honra das pessoas. E ontem o nosso candidato João Doria - mais que o candidato, a pessoa do João Doria, a quem eu queria deixar a minha solidariedade, a sua esposa, a sua família - levou uma facada moral.

Se o Bolsonaro levou lá em Brasília uma facada, aqui o João Doria levou uma facada moral. Vocês imaginem só um vídeo montado, uma truncagem, enviada repentinamente para milhares ou até milhões de celulares, vindo de um servidor da Índia aqui no estado de São Paulo a poucos dias da eleição para tentar mudar a cabeça das pessoas na eleição. E eu tenho alertado diariamente aqui. Eu sofri um essa semana, fiz o boletim de ocorrência, trouxe ontem aqui. Hoje, falei no “Estadão” sobre isso e ontem mais esse caso.

Eu queria primeiro dizer do total nojo, repúdio, às pessoas que fizeram isso tentando prejudicar a campanha do João Doria, mas também a pessoa do João Doria, tentando de uma forma ou de outra fazer com que o eleitor decida o seu voto em cima de “fake news”, de um vídeo como esse. Ora, eu acho que o eleitor do estado de São Paulo é inteligente. Eu tenho certeza de que as pessoas do estado de São Paulo assim como eu não suportam isso. Eu queria, primeiro, lamentar profundamente. Eu não estou falando de todos, mas eu queria falar de membros do PSB que espalharam esse vídeo pela internet, na casa das pessoas, de membros do partido do governador Márcio França.

Queria que passasse, primeiro, a imagem desse membro do partido, vereador Camilo. “Vereador do PSB disse que distribuiu vídeo de Doria”. Não sou eu que estou falando, não sou eu que estou acusando. Eu estou dizendo o que ele disse. Está aí, assumindo. O deputado Coronel Telhada já tinha falado, várias pessoas receberam o vídeo pelo vereador, o vereador assumindo que ele distribuiu o vídeo.

Eu queria passar para vocês um áudio desse mesmo vereador, o que ele diz, o motivo da distribuição do vídeo contra João Doria. Que as pessoas do estado de São Paulo possam tirar a sua conclusão.

 

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- É reproduzido o áudio.

 

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Então está explicado, pessoal, do que se trata essa fake news. A voz é do vereador Camilo Cristófaro, de São Paulo. Está explicado o motivo da distribuição disso. As senhoras que estão nas suas casas, as pessoas que estão assistindo, eu não estou acusando ninguém, é a voz dele aqui. É ele falando para todos os jornais do País que um vereador do PSB, do governador Márcio França, distribuiu, sim, para as pessoas deste Estado.

Eu queria mostrar um pouquinho a reação do governador. Por favor. Esse é o SPTV de ontem à noite. É o outro vídeo.

 

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- É exibido vídeo.

 

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Então ele respondeu algo que ninguém acusou. Não sou eu que estou falando, é o Tramontina que está falando. O governador Márcio França respondeu a acusação antes de qualquer acusação, está falando o Tramontina na Globo.

Eu queria passar a entrevista de hoje, da CBN, logo cedo, e do G1. Eu estava no trânsito e ouvi na rádio.

 

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- É exibido vídeo.

 

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O governador, na postura dele, disse “oh, não sou eu no vídeo, não sou eu que tenho que me explicar”. Primeiramente, quero dizer do meu repúdio a esse tipo de coisa. Fica comprovado que foram os membros do PSB que espalharam esse vídeo - que é uma montagem - pelo estado a fora, tentando, através dessa estratégia,  fazer com que o eleitor paulista mude o seu voto, de última hora. 

Portanto, por consequência, o governador Márcio França, governador do nosso Estado, a meu ver teria que ter uma postura sobre o caso devidamente de estadista, e não como a que ele teve. Ele falou, hoje, na CBN “ah, não sou eu que estou no vídeo; tem que ver a outra cara; o outro é que tem que se explicar”. Isso é brincadeira. Para este deputado, parece que o governador está tentando se aproveitar do assunto. Até ouvi o deputado Coronel Telhada dizendo “eu acho que não foi”. Eu não vou entrar no mérito da questão, se foi ou não foi. Mas, está comprovado que membros do partido dele se aproveitaram e espalharam esse vídeo na internet - está comprovado - e a postura de um governador do Estado teria que ser uma postura contrária à fake news e não uma postura tentando aproveitar-se eleitoralmente de um caso desse.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Roberto Massafera, pelo tempo regimental.

 

O SR. ROBERTO MASSAFERA - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Doutor Ulysses, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários desta Casa, eu ocupo esta tribuna, primeiramente, para agradecer os votos que eu recebi na minha região, a região central, Araraquara, São Carlos, Matão, Américo Brasiliense, Santa Lúcia, Rincão, enfim, os votos que me caracterizam como um deputado distrital.

Essa Constituição, que permitiu a existência de 32 partidos políticos e 28 em formação, mostra uma grande farra. Na nossa região, no interior, praticamente, deixamos de ter os representantes na região de Rio Preto, Bauru, enfim, várias cidades diminuíram muito.

Fica um alerta de que há uma necessidade muito grande de se rever esses detalhes que permitiram a formação de 32 partidos e ainda há 28 em formação, que vão atrás de tempo de televisão, fundo partidário; existe uma distorção.

Quero dizer, também, que eu sou solidário ao nosso candidato, quase que eleito, João Doria, nosso governador, que fez uma campanha mostrando plano de trabalho, programa de trabalho e que não merece, numa democracia plena que nós vivemos, esse tipo de ataque sujo, onde forjaram um vídeo, trocaram o rosto dele - isso está demonstrado por perícia - e que tenta destruir a família de uma pessoa que está praticamente eleito a governador do estado de São Paulo.

Esse tipo de coisa é um absurdo. Eu gostaria que a Polícia fizesse uma investigação a fundo, para avaliar quem foram os verdadeiros responsáveis por isso.

Estamos nesta Casa escutando o debate limpo e pleno do Carlos Giannazi. Apesar de eu não concordar com os pontos de vista dele eu os respeito, pois é um direito que ele tem quando vem aqui e defende suas ideias. Da mesma forma, outros que têm ideias diferentes, debatem. Esta Casa é para isso. Estive aqui nos últimos 12 anos. Já fui prefeito de Araraquara por mais quatro. Nunca vi um ambiente assim. Doutor Ulysses, o senhor que é o nosso exegeta, há de se lembrar de 1954, quando Getúlio Vargas, premido pelas circunstâncias, deixou esta vida e partiu para a eternidade, traído pelos seus... Eu estava no grupo e naquele dia não teve aula. Naquela idade, nós não entendíamos.

Depois, tivemos o Juscelino construindo Brasília. Na história do Brasil, foi o maior centro de corrupção a construção de Brasília. Depois, veio a vassoura do Jânio Quadros, em 1960, para moralizar o País. “Varre, varre, Vassourinha”. Eu me lembro do Jânio. Eleito na esperança de nós, brasileiros. Em seguida, um ano depois, ele renuncia querendo fechar o Congresso, não suportando a política do Congresso Nacional, e renunciou querendo fechar.

No fim, foi embora e nos deixou em um regime parlamentarista híbrido. Enfim, pessoas que geraram depois até o golpe de estado de 1964. Aí o governo militar entregou o poder ao Sarney. Depois do Sarney, entregou o poder ao Collor, e tivemos outro grande núcleo de corrupção.

Fernando Henrique, durante oito anos, conseguiu normalizar o nosso País, a economia. O Lula, nos seus oito anos, enquanto o mundo cresceu, e o petróleo foi a 150 dólares, também teve sorte. Quando o petróleo voltou de 150 para 30, 40 dólares, o País desmoronou na mão da Dilma. Veio à tona toda corrupção embutida no sistema, e nós estamos hoje passando pela maior crise da nossa história.

Então, seria uma hora de meditação. Praticamente a decisão de presidente já está feita. Quem será o nosso presidente? Não há dúvida. Então, nós, brasileiros, temos que, aqui em São Paulo, pensar no que é melhor para nós. Eu tenho certeza da força de São Paulo, que é o maior contribuinte de tributos no País.

São Paulo carrega este País nas costas, e nós temos que ter aqui alguém que represente o nosso pensamento, o nosso trabalho, daquele paulista que trabalha pagando imposto. Quarenta por cento dos tributos que nós pagamos vão para Brasília, e nós precisamos de uma pessoa à altura disso, e essa pessoa é digna, é honrada, é honesta. É o João Doria, que vai ganhar a eleição.

Fica aqui um apelo, não só ao povo, como aos adversários. Essa mídia social que aí está confunde. Essa mídia, do jeito que está... O povo mais humilde, o trabalhador, que levanta seis, sete horas da manhã, chega em casa oito, nove horas da noite, não tem nem tempos de se informar corretamente.

Essas mensagens só distorcem uma realidade, e a realidade é outra. São Paulo carrega o País nas costas, e quer o melhor para dirigir, e o melhor, com a ajuda de Deus, vai ser o João Doria.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre deputado Rodrigo Moraes.

 

O SR. RODRIGO MORAES - DEM – SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Assembleia, cidadãos que nos acompanham pelas galerias, quero, primeiramente, nesta oportunidade de ocupar esta tribuna, fazer um agradecimento ao estado de São Paulo, que nos reconduz pela terceira vez a esta Casa, aos 75.845 eleitores que depositaram o seu voto de confiança. Nós vamos ter a possibilidade de continuar trabalhando pelo estado de São Paulo.

Agradeço também os 83.400 votos que o meu pai, deputado José Olímpio, também obteve para a Câmara Federal. Nós vivemos um momento atípico na política. Foi uma eleição muito difícil, mas trabalhamos muito. Quero agradecer a todos os colegas deputados, cumprimentando-os. Sabemos que muitos trabalharam, se empenharam e fizeram o seu papel, levando as emendas parlamentares, mesmo em um momento de crise, levando atenção do governo.

No entanto, muitas das vezes, foram submergidos pelo momento em que nós vivemos, pela forma como a questão política foi tratada no nosso país. Então, sabemos que foi uma eleição dura e difícil. Infelizmente, muitos que trabalharam muito não conseguiram ver o resultado nas urnas. Às vezes, pelas redes sociais, muitos estão chegando à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa. Também desejamos sorte; que, como parlamentares, eles possam concretizar aquilo que falaram nas redes sociais.

Às vezes, é muito fácil você estar com o estilingue para atirar a pedra. O difícil é ser a vidraça e permanecer intacta. Então, que eles possam agora, estando do lado de cá do Parlamento, mostrar realmente que vieram para fazer o melhor para o estado de São Paulo. Eu também estarei aqui para poder continuar dando a nossa contribuição.

Quero também deixar a minha solidariedade ao João Doria e à sua família. Eu, meu pai e minha família já sofremos muito, inclusive nesse período eleitoral, com as fake news. Sabemos o quanto dói um ataque dessa forma e nesse momento, então, quero deixar a minha solidariedade e o nosso apoio. Esperamos realmente que a polícia possa identificar os autores e punir essas pessoas que se utilizam desses meios para tentar prejudicar outras pessoas.

Uma coisa é você ir à rede social com transparência e expor o seu ponto de vista. Outra coisa é se utilizar de meios baixos, de falsidade e de mentira para tentar prejudicar as pessoas. Então, quero deixar a minha solidariedade e o meu apoio. O estado de São Paulo sabe e conhece o trabalho que o João Doria desenvolveu na Prefeitura de São Paulo e poderá desenvolver à frente do Governo do Estado.

Que Deus abençoe a todos aqueles que fazem parte da vida pública e que querem fazer o melhor. Aqueles que têm plantado más sementes, esses vão colher também, porque tudo aquilo que se planta, se colhe. Então, eu desejo boa sorte a todos. Cumprimento, mais uma vez, esta Casa. Agradeço aos nossos eleitores e deixo a nossa solidariedade ao candidato João Doria.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Fernando Capez.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres deputados, queridos colegas, senhores telespectadores, aqueles que nos assistem, assomo à esta tribuna para fazer um lamento. Baixaria! Baixaria! A que nível rasteiro essa campanha para governador do estado de São Paulo nos levou? Mentiras, notícias falsas, montagens para degradar a honra e destruir famílias. Aonde nós vamos chegar?

Um candidato a presidente da República sofre um atentado e quase morre. Agora, estamos tendo um atentado, a meu ver, muito mais destrutivo, porque é um atentado à honra, à dignidade, à vida. Tão ou mais grave do que a morte física é a morte civil, a morte moral, a destruição do seio familiar. Aonde vamos chegar? Para a disputa de poder, para se ter acesso a poder, gerenciar dinheiro e recursos, vale tudo?

Eu fui vítima dessa cretinice de bandoleiros, alguns travestidos de autoridades, me mantive altivo, a verdade acaba aparecendo, mas o que é isso? Há cinco, seis dias de uma eleição importante, em que deveríamos estar focados na melhor proposta. E temos o quê? Desvirtuamento da verdade, mentiras.

Forjaram um diálogo inexistente entre o deputado Marco Vinholi, líder do PSDB, e uma pessoa da equipe de transição do João Doria. Criaram falsamente um grupo - grupo coordenação João Doria - falso, mentiroso. Simularam um diálogo inexistente, inadequado, e retransmitiram aos milhares, para desinformar. Nunca a Justiça Eleitoral teve tanto trabalho.

O eleitor não está recebendo a sua informação correta. Estão mentindo para o eleitor. O deputado Marco Vinholi já registrou um Boletim de Ocorrência pedindo instauração de inquérito. De nada adiantou esse Marco Civil da internet. É um território livre para o crime e a irresponsabilidade. Que vergonha, que vergonha. Simularam um diálogo para desinformar o eleitor.

Além disso, circularam notícias falsas, mentindo para a polícia. Vários membros da Polícia Militar receberam a informação de que a campanha do João Doria havia ingressado com uma ação e obtido uma liminar para evitar o pagamento do bônus de 25 por cento. Mentira.

Por que mentir dessa forma? Já haviam mentido antes, o candidato ao Governo do Estado, Márcio França, disse “eu vou dar 25% de aumento”, depois falou “eu não vou dar 25% de aumento para a polícia”. “Não vou dar 25% de aumento à polícia, só prometo o que eu cumpro, o que eu não cumpro eu não prometo, então não vou dar 25% porque não posso cumprir, mas prometo que será a polícia mais bem remunerada do Brasil”.

Ora, ele não pode dar 25%, se desse o salário chegaria a 3.700 ou 3.800 reais. A polícia mais bem remunerada do Brasil recebe 5.000 reais por mês. Ele teria que dar quase 100% de aumento. Como ele diz que não consegue dar 25% de aumento e consegue fazer a polícia mais bem remunerada? Vale tudo para ganhar a eleição? É o vale-tudo?

Agora passamos de todos os limites. Falsificaram a imagem de um homem público. Colocaram-no em uma cena degradante, uma cena que humilha sua família, para tentar desmerecê-lo e chegar ao poder. Ninguém indaga o sofrimento da esposa? O que a Bia Doria está sofrendo com essa notícia falsa, com essa fraude. Tudo para ganhar eleição. O que os filhos estão sofrendo, o Felipe, a Carol, o Johnny. Tem uma família. O que o irmão está sofrendo. Vale tudo? Cadê os princípios?

Um vereador do Partido Socialista Brasileiro, o mesmo partido do candidato a governador, Márcio França, o socialista, confessa ter feito a distribuição indiscriminada dessa notícia falsa. O que é isso? Sendo verdadeira, já teria sido crime de difamação; sendo falsa, é um crime duplamente grave. Quem faz tudo isso para chegar ao poder, o que não faz de posse do poder? Se vale tudo para chegar ao poder, vale tudo para se manter no poder.

É lamentável esse uso político da máquina administrativa, são lamentáveis essas promessas falsas e mentirosas, é lamentável o déficit orçamentário com que vamos fechar este ano. É quebrar o estado para se eleger? Está errado, governador Márcio França, não é assim que se procede. Cadê a inscrição dos débitos na dívida ativa do estado para a cobrança de devedores inadimplentes? Quais são os critérios que estão levando ao parcelamento das dívidas dos municípios?

Vamos chegar a um déficit de quase 10 milhões de reais. Esses aumentos ao funcionalismo estão na previsão orçamentária? O senhor já explicou, o secretário de Planejamento diz que sabe de onde tirar, mas então que mostre. Seremos os primeiros a aplaudir, mas não minta, não espalhe notícias falsas. Eu não estou lançando falsas acusações; o vereador do seu partido disse que distribuiu as fake news, as notícias falsas.

Vamos refletir: João Doria Júnior é quem não tem caráter? Quando João Doria Júnior fez uma baixeza como essa, se dispondo a destruir a vida de uma pessoa para chegar ao poder? Ele tem enfrentado muita oposição dentro do seu próprio partido, do nosso partido, onde muitos que deveriam estar perfilados ao candidato que apresenta a melhor proposta o estão traindo e chamando de traidor.

Quero aqui profundamente manifestar meu lamento pela maneira como essa campanha está se desenvolvendo. Vamos nos focar em propostas. Você quer um governo estatizante, demagógico, que promete tudo e quebra o estado, ou você quer um governo viável, enxuto, que consiga privatizar, fazer parcerias público-privadas e remunerar melhor o servidor público?

Tenho certeza de que João Doria Júnior pegará aquilo que foi bem feito pelo PSDB nos 24 anos de governo, em que se garantiu equilíbrio fiscal, mas não incorrerá nos mesmos erros e saberá estabelecer um diálogo transparente, direto e construtivo com o funcionalismo público. Ele vai manter as conquistas que foram feitas, mas oxigenando-as com novas ideias.

Por isso, faço aqui uma proposta aos candidatos, principalmente ao candidato do partido cujo integrante espalhou essas notícias horrorosas, falsas e destruidoras da família: vamos nos focar em propostas, vamos discutir propostas. Chega! Não é possível esse vale tudo. Quem faz de tudo para chegar ao poder, faz de tudo quando estiver no poder.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Por permuta com o deputado Davi Zaia, tem a palavra o nobre deputado João Caramez.

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Sr. Presidente, após o pronunciamento do deputado João Caramez, gostaria de indicar o deputado Márcio Camargo para falar pelo Art. 82.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Alesp, público presente nas galerias, alguém pode estranhar minha vinda pela segunda vez a esta tribuna em uma única sessão, principalmente por eu ser um parlamentar que pouco usa a tribuna, mas os ânimos estão se acirrando. Lamentavelmente, aconteceu esse episódio, inclusive, hoje de manhã, em Carapicuíba, quando o governador foi fazer a aula inaugural do GCOE, 600 jovens, de 16 a 18 anos, que vão receber uma bolsa de 500 reais. Durante quatro horas prestarão serviço à comunidade e, por quatro horas, estarão fazendo cursos de qualificação - no total, oito cursos. São jovens de 16 a 18 anos.

O objetivo desse programa é um só: fazer com que as famílias sejam reestruturadas, resgatadas, que tire o jovem do mundo da droga e faça dele um verdadeiro cidadão. Esse é o espírito do nosso governador. Para ser um bom governante, é necessário que o governante preserve os valores e princípios da família.

Pelo que eu observo, o governador Márcio França preserva esses valores e princípios: um bom pai, um bom avô, um bom marido, tem uma esposa que sempre o acompanha, na tristeza e na alegria. O seu filho é deputado e líder da nossa bancada aqui na Assembleia Legislativa. Vejo nele um exemplo de família.

Para você ter um cargo público, se você não tiver a esposa e os filhos do seu lado, você não consegue levar adiante seus projetos na vida pública. O Márcio França conseguiu, nesses 30 anos, tudo aquilo que ele almejava graças à presença constante, ativa e efetiva, da sua esposa e de seus filhos nessa trajetória toda. Observamos que realmente é um homem que faz questão de preservar esses valores e princípios da família.

Pergunto: um homem que tem uma família como essa vai querer destruir a família de qualquer outro cidadão, mesmo sendo seu oponente? Um homem democrático, que não faz a disputa política, uma adversidade, não leva seu adversário como criminoso, como inimigo, porque sabe que tudo aquilo é passageiro: amanhã, todos nós estaremos aqui nos cumprimentando, nos abraçando, comungando das mesmas ideias.

Um homem como esse jamais poderia pensar em fazer algo como isso que aconteceu com João Doria. Aliás, hoje, na sua entrevista coletiva em Carapicuíba, ele fez questão de prestar a sua solidariedade.

Por mais que você seja um bom governante, por mais que você seja um grande líder, você não consegue segurar os ânimos e os ímpetos dos seus liderados, principalmente de alguém que não pensa antes de fazer as coisas. Com todo o respeito que tenho pelo governador - não o conheço pessoalmente, conheço por ter presenciado em eventos -, mas um cara que se coloca da maneira como se colocou, pedindo para todo mundo divulgar, eu acho que ele não tem cérebro. Desculpe, não tem cérebro. Tem o que na cabeça? Com todo o respeito que eu tenho por ele.

Agora, querer transferir a responsabilidade pela atitude de um membro do partido ao nosso grande líder, isso eu não vou aceitar. Porque, já imaginou, se nós tivéssemos que transferir a responsabilidade de alguns políticos que roubaram, que cometeram crimes, aos demais companheiros dos partidos? Não teríamos partido nenhum.

Desculpe-me, meu grande amigo, por quem tenho admiração muito grande e um dos melhores conceitos. Aliás, quando ocorreu aquele fato desastroso contra o nosso colega, fui um dos primeiros a prestar solidariedade a ele.

Em todos os cantos em que caminhava, quando eu era questionado sobre o problema que ocorreu com ele, eu o defendia. E continuo defendendo. Não o defendia por acaso, porque acredito na sua idoneidade, na sua honradez, na sua dignidade, no seu caráter. Jamais o deputado Fernando Capez iria cometer uma atrocidade daquele tamanho. E vou continuar defendendo.

Mas vir a esta tribuna e transferir, categoricamente, a responsabilidade do vereador ao nosso candidato Márcio França, não vou aceitar, Presidente. Não vou aceitar, isso é injusto. Injusto e covarde, ao mesmo tempo, porque a pessoa não está aqui para se defender. Principalmente diante de uma atrocidade, como essa, que ocorreu com o nosso adversário. O governador Márcio França sempre tem dito o seguinte: “Tudo o que acontece de errado, querem transferir para a minha pessoa.

Essa disputa que está ocorrendo, dessa maneira, não foi por culpa do Márcio França. Não foi, muito pelo contrário. Foi por culpa do nosso adversário João Doria, que a todo tempo usou a mentira para poder levar adiante o seu projeto político, o seu projeto de poder. Que não se resume à Prefeitura de São Paulo, como ficou provado. Como não se resume a governador.

Com certeza, se ele for o vencedor, coisa que espero que não seja, tenham certeza de uma coisa: no dia seguinte estará largando o governo de São Paulo para levar adiante o seu projeto presidencial. Porque o que ele quer, mesmo, é ser o presidente da República. Ele não se contenta com pouco, essa é a verdade. A Prefeitura, para ele, era pouco, era pouquíssimo. O Governo do Estado, para ele, é pouco. O que ele quer, é coisa grande. Ele não está acostumado com coisas pequenas. É esse o grande projeto dele.

Venho aqui repudiar veementemente as colocações do meu colega, amigo e irmão Fernando Capez, quando ele afirma que o vereador fez aquilo com a aquiescência do nosso governador Márcio França. Isso não ocorre.

Como eu disse, alguém que preserva a família, que faz questão de ter a família ao seu lado, por pior que seja o seu adversário, jamais vai querer destruir a família do outro. Sabemos que os filhos não têm culpa. Os filhos não têm culpa das coisas que acontecem. Estou há 42 anos na vida pública. A minha grande preocupação, até hoje, foi nesse sentido: não fazer, dos meus filhos, culpados por algumas ações erradas ou equivocadas que eu possa ter cometido. Não tenho o direito de tirar a privacidade deles.

Tenho três filhos: a Luciana, de 37 anos; o André, de 34; e o João Pedro, de 21. A minha preocupação é grande nesse sentido. Eles têm a sua vida. Eles não têm culpa da opção que o pai fez pela vida pública. Se fiz essa opção é porque acredito na política. Acredito que a política é o único meio que temos para atender as demandas das pessoas. Para ajudar as pessoas, foi para isso que a política veio. Tenho uma grande preocupação nesse sentido.

Nesses 42 anos, graças a Deus, depois de ter ocupado o cargo de vice-prefeito e prefeito, cinco mandatos como deputado, e minha esposa ter sido prefeita, nunca precisei colocar um segurança para andar com os meus filhos. E moro em uma cidade conurbada da Região Metropolitana, Itapevi.

Nasci e me criei lá. Continuo morando lá até hoje. Meus filhos nasceram e se criaram lá. Nunca precisei colocar segurança para protegê-los. Sabem por quê? Porque tenho a consciência tranquila. Nunca cometi erro nenhum que pudesse prejudicar ou colocar em risco a vida deles.

Deputado Fernando Capez, V. Exa. é um parlamentar. V. Exa. é um promotor. Um grande promotor, um promotor que admiro, que nós admiramos. Conheço muitos jovens que têm uma grande admiração por Vossa Excelência. Quando V. Exa. vier a esta tribuna, venha vestido de parlamentar e não de promotor público.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Márcio Camargo, pelo Art. 82.

 

O SR. MÁRCIO CAMARGO - PSDB - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, nobres colegas deputados, telespectadores da TV Assembleia, é um prazer estar nesta tribuna mais uma vez. Confesso que faço pouco uso dela, mas, em um momento como este, eu precisava fazê-lo. Quero falar sobre três assuntos rápidos.

Primeiramente, quero agradecer à população que confiou seu voto a mim nas últimas eleições. Foram 39.447 pessoas que saíram de casa e confiaram seu voto ao nosso projeto. Infelizmente, não conseguimos a reeleição, o que não quer dizer que deixaremos a vida pública. Pelo contrário, vamos trabalhar muito pela nossa região oeste, pela nossa querida cidade de Cotia, e ajudar o nosso querido estado de São Paulo.

Durante esses três anos e meio, trabalhamos bastante por nossa região. Porém, com essa avalanche que houve na Assembleia Legislativa, com a maior renovação da Casa até hoje, acabamos ficando fora. Porém, como eu disse, não ficaremos fora da vida pública.

Em segundo lugar, quero falar de um projeto de lei que tramita nesta Casa que amplia os benefícios para os funcionários do Iamspe. Apenas a nove dias das eleições, esse projeto foi enviado a esta Casa. De acordo com o “O Estado de S. Paulo”, “segundo analistas, essa iniciativa de remodelar o Iamspe agora, em pleno período de campanha, pode provocar questionamento na Justiça Eleitoral, dependendo de como a lei for interpretada. Há jurisprudência neste sentido. O simples envio de tal medida já desequilibra a disputa, pois os demais candidatos não podem fazer o mesmo”.

Este deputado tem um projeto semelhante nesta Casa, desde 2016, que altera o Decreto-Lei nº 257, de 29 de maio de 1970, ampliando o atendimento do Iamspe para toda a categoria da Fundação Paula Souza. Seria muito mais fácil se pedissem para colocarmos esse nosso projeto em votação.

Em terceiro lugar, quero repudiar o meu parceiro, amigo e companheiro Camilo Cristófaro, vereador da Capital, do partido socialista, que deu uma declaração injusta ontem, falando das modelos, que uma não foi paga e, por isso, filmou tudo aquilo. Que absurdo!

Essa eleição chegou ao mais baixo nível que poderia chegar. Uma eleição que tinha tudo para ser muito boa, uma campanha eleitoral do estado mais importante do nosso país, chegou a esse nível. E sinto muito por o Camilo ter citado Nossa Senhora da Aparecida em seu vídeo, ao afirmar que uma prostituta tinha filmado aquele vídeo contra o nosso próximo governador, João Doria.

É lastimável que a figura do Camilo Cristófaro tenha feito isso nas vésperas da eleição. Não é a qualquer custo que se ganha uma campanha eleitoral. Acho muito mais fácil perdemos uma eleição e andarmos com a cabeça erguida, com a satisfação do dever cumprido, do que ficarmos jogando injúrias e difamando o nosso próximo governador, mexendo principalmente com a família dele.

Acho que o Camilo foi muito injusto e não precisava ter feito o que fez ontem, confessando ter espalhado os vídeos e afirmando que a prostituta havia filmado aquilo pelo fato de ele não ter pagado o cachê. Isso é o mais absurdo que vejo. Tenho 50 anos de idade e nunca vi isso em uma campanha eleitoral, nem sequer em pequenas cidades do interior, onde jogam ovos uns nos outros. Aqui em São Paulo, desceram ao mais baixo nível.

Nosso colega João Caramez acabou de dizer que o candidato deles não tem culpa. Porém, se é um membro do partido, uma das pessoas que estão dando conselhos no partido, o mínimo que o partido tinha que fazer era dar uma suspensão a esse vereador. Mas o partido se manteve quieto até o presente momento. Então, fica aqui minha indignação com esse vereador da capital. Muito obrigado, Sr. Presidente. Encerro aqui as minhas palavras.

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 55 minutos.

           

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