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02 DE AGOSTO DE 2018

047ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO 86º ANIVERSÁRIO DO MOVIMENTO CONSTITUCIONALISTA DE 1932

 

Presidência: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a composição da Mesa. Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido deste deputado, na direção dos trabalhos, para "Comemoração do 86º aniversário do Movimento Constitucionalista de 1932". Convida os presentes a ouvirem, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

 

2 - RAMALHO DA CONSTRUÇÃO

Deputado estadual, faz cumprimentos. Tece elogios ao trabalho parlamentar desenvolvido pelos deputados Coronel Telhada e Maria Lúcia Amary.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Enumera autoridades que, não podendo comparecer a este evento, enviaram suas justificativas e felicitações.

 

4 - MÁRIO FONSECA VENTURA

Coronel PM, presidente da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC, fala sobre a relevância do Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, em São Paulo. Destaca a divulgação internacional da revolução constitucionalista. Discorre acerca da democratização do voto, no Brasil. Lamenta a situação socioeconômica brasileira. Nega a existência, a seu ver, da ditadura militar no País. Exorta os presentes a atuarem em prol de mudanças na realidade do Brasil.

 

5 - MAJOR OLIMPIO

Deputado federal, evidencia a importância, segundo ele, do movimento constitucionalista de 1932 para a história do Brasil. Frisa a união, nesta solenidade, das forças de segurança paulistas, cuja atuação profissional enaltece. Faz votos de um futuro melhor para o País.

 

6 - PAULO JOÃO CURY

Tenente brigadeiro-do-ar, comandante da Comgap, faz homenagem ao inspetor Davi, por sua contribuição para a sociedade de São Paulo e do Brasil. Deseja que não voltem a ocorrer guerras. Faz cumprimentos e agradecimentos às autoridades presentes.

 

7 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Anuncia a encenação "Revolução de 1932", a declamação da poesia "Nossa Bandeira", de Guilherme de Almeida, e a entrega da Medalha da Constituição, sobre a qual discorre, aos homenageados que nomeia. Agradece a presença de todos. Destaca a relevância, para o estado de São Paulo, das pessoas homenageadas pela Medalha da Constituição. Apresenta seus netos, João Paulo e Laura. Afirma que o trabalho que desenvolve tem como objetivo garantir um bom futuro para as novas gerações brasileiras. Enaltece a revolução paulista de 1932. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Boa noite a todos. Eu queria aqui, em primeiro lugar, cumprimentar agradecer a presença de todos senhores e senhoras.

Vamos iniciar a cerimônia chamando as autoridades para comporem a Mesa.

Queria chamar aqui, para que compusesse a Mesa, junto conosco, a primeira autoridade é o Sr. tenente-brigadeiro do ar Paulo João Cury, comandante do Comgap. Comandante, por gentileza. Uma salva de palmas. (Palmas.)

Também chamar nosso amigo, general de brigada, Paulo Alípio Branco Valença, chefe de Estado Maior do Comando Militar do Sudeste. (Palmas.)

Convido também o Coronel Mario Fonseca Ventura, presidente da Associação de Veteranos de 32, MMDC. (Palmas.)

Nós vamos dar um apertadinha aqui, porque tem bastante gente. Vai ser mais calor humano.

Chamo minha amiga, deputada nesta Casa há vários mandatos, a deputada estadual Maria Lúcia Amary. (Palmas.)

Chamo também meu amigo, também deputado estadual nesta Casa, deputado Ramalho da Construção. (Palmas.)

Convido também o subcomandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo, neste ato representando o Coronel Salles, comandante da Polícia Militar, o coronel PM Fernando Alencar Medeiros. (Palmas.)

Convido também o desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, do Tribunal de Justiça. (Palmas.)

Convido também o meu amigo, comandante da Guarda Civil Metropolitana, Carlos Alexandre Braga. (Palmas.)

Também representando o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, o senhor Manoel de Queiroz Pereira Calças, o coronel Antonio Augusto Neves. (Palmas.)

Obrigado.

Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e  com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Senhoras deputadas, senhores deputados, minhas senhoras, meus senhores, autoridades à Mesa, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, o deputado Cauê Macris, a pedido deste deputado, com a finalidade de comemorar o 86º Aniversário da Revolução Constitucionalista e outorgar a Medalha da Constituição, que é uma medalha oficial da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Portanto, para iniciarmos, eu convido a todos os presentes, para aqueles que possam, em posição de respeito, cantarmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do subtenente Polícia Militar, Brizola.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - A Presidência agradece à Banda da Polícia Militar, abrilhantando nosso evento. Muito obrigado a todos os senhores que estão aqui presentes.

Quero fazer algumas citações que chegaram até mim. Quero citar a presença do Sr. José Velloso Dias Cardoso, presidente-executivo da Abimaq. Quero cumprimentar o comandante Silvio, representando o vice-almirante Guerreiro, comandante do 8º Distrito Naval. Muito obrigado aos senhores e às senhoras da Marinha aqui presentes. Quero cumprimentar o meu amigo, meu ex-comandante da Rota, meu ex-comandante companhia, coronel Arivaldo Sérgio Salgado, representando a Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Seja bem-vindo, Salgado. Muito obrigado. Também quero cumprimentar o Sr. Carlos Alberto Romagnoli, vice-presidente da diretoria executiva da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC; o professor Lucas Rafael, diretor do Instituto Base Reforço de Educação Complementar, Ibrec; o desembargador Sérgio Antonio Ribas, do Tribunal de Justiça de São Paulo; o vice-prefeito de Capão Bonito, Sr. Célio de Melo; o coronel Pettinato, também meu ex-comandante na Academia - seja bem-vindo, coronel -; coronel Perrotta, médico da Polícia Militar, que muito ajudou no momento de doença na nossa família - Perrotta, muito obrigado pela presença. Estou vendo o professor José Carlos ali também, do Instituto Santo Ivo. Seja bem-vindo. Aqueles que ainda não foram citados se quiserem passar o seu nome será um prazer citar o nome de todos.

Eu quero comunicar a todos os presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia no sábado, dia 4 de agosto, às 20 horas, pela Net, canal 7, pela TV digital, canal 61.2 e pela TV Vivo, canal 9.

Primeiramente, antes de fazermos a outorga das condecorações, eu vou abrir a palavra às autoridades à Mesa. Depois nós teremos uma apresentação da Escola Superior de Soldados. Eles vão fazer uma encenação do dia 23 de maio. O nosso amigo também vai declamar uma poesia e nós faremos depois, rapidamente, a entrega das condecorações.

Então, eu queria abrir a palavra à Mesa, às autoridades que quiserem fazer uso. Meu amigo, Ramalho da Construção. Fique à vontade. Por favor, ocupe a tribuna.

 

O SR. RAMALHO DA CONSTRUÇÃO - PSDB - Boa noite a todos e a todas. Quero cumprimentar a deputada, vice-presidente desta Casa, Maria Lúcia Amary, e, em nome dessa deputada, quero cumprimentar todas as mulheres presentes. Cumprimentando o deputado Coronel Telhada, presidente desta sessão, cumprimento toda a Mesa e as demais autoridades aqui presentes. Eu quero apenas parabenizá-los e agradecer - porque eu estou recebendo também uma homenagem -, ao nosso deputado Coronel Telhada.

O Coronel Telhada é muito mais do que um homem da Segurança Pública, é muito mais do que um parlamentar. O Coronel telhada é um chefe de família, é um irmão, é um companheiro de todas as horas. Nas horas difíceis da vida, sempre que se procura o Coronel Telhada, ele está de pé e à ordem.

Não vou me prolongar muito, pois político fala demais, e sindicalista coloca isso ao quadrado. Apenas quero cumprimentar V. Exa. e a grande deputada Maria Lúcia Amary, não só presidente desta Casa mas também uma parlamentar que tem dedicado toda sua vida em defesa do povo, do pessoal mais modesto. Tenho muito orgulho de ser seu amigo e seu companheiro aqui na Assembleia Legislativa. Um grande beijo a todos a vocês, parabéns a todos. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado ao nosso amigo Ramalho da Construção, grande deputado desta Casa, muito atuante, como também a deputada Maria Lúcia Amary, uma pessoa muito querida que tem feito um trabalho muito profícuo nesta Casa.

Quero saudar, entre as autoridades presentes, o Dr. Mário Luiz Sarrubbo, procurador-geral de Justiça. (Palmas.) Obrigado, Dr. Sarrubbo, e obrigado também, Dr. Gakyia. Sejam todos bem-vindos, é um prazer receber a todos.

 Tenho comigo uma lista de algumas pessoas que estariam presentes, mas não puderam comparecer por problemas de última hora, são elas o deputado Cauê Macris, presidente da Assembleia Legislativa; o Sr. Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, secretário da Fazenda; o Prof. Dr. Vahan Agopyan, reitor da Universidade de São Paulo; o coronel Cesar Augusto Moura, chefe de gabinete do Comando Militar do Sudeste; o Dr. Mágino Alves Barbosa Filho, secretário de Segurança Pública; o major Paulo Sérgio da Silva, comandante interino do 26º Batalhão; o desembargador Wilson Fernandes, presidente do TRT da 2ª Região; o meu amigo comandante Hamilton Alves da Rocha; o Dr. Paulo Afonso Bicudo, delegado-geral de Polícia; e o Dr. Paulo Prazak, presidente do Tribunal de Justiça. Todos eles mandaram um abraço e infelizmente não puderam estar conosco nesta noite.

Quero também cumprimentar o desembargador Cogan. Tive que escolher um dos irmãos Cogan para vir, e o mais antigo veio, o meu amigo de muitos anos, desembargador Marco Antônio Pinheiro Machado Cogan. Quero ainda saudar a minha esposa, dona Ivania, em nome de todas as senhoras presentes. Muito obrigado pela presença.

Convido para fazer uso da palavra o presidente do MMDC, coronel Mário Fonseca Ventura.

 

O SR. MÁRIO FONSECA VENTURA - Excelentíssimo deputado estadual Coronel Telhada, eu vejo tantas pessoas aqui que vou me omitir de nomeá-las, senão vou cometer um erro. Tenho aqui vários presidentes de núcleo, pessoas que trabalham diretamente comigo, que vêm até de longe, como de São José do Rio Preto e de vários outros lugares. A todos vocês, que me auxiliam, eu quero em apenas uma palavra transmitir todo sentimento que eu sinto, e a palavra é gratidão. Eu tenho muita gratidão por vocês que me auxiliam.

Na primeira vez que eu vim a esta Casa, nós tínhamos vários problemas na sociedade, e o problema mais grave era o restauro do monumento Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 32. Graças a Deus hoje o monumento está impecável, e 54 países visitaram esse monumento de dezembro de 2014 até 2018. O que eu sinto é que entre nós, paulistas, muitos não conhecem o monumento, que é um símbolo do Brasil.

No monumento, temos todas as raças, japoneses, italianos, espanhóis, alemães, desde os generais até os nossos soldados mais humildes da Paraíba, de Pernambuco e de vários estados. Então, esses mitos de que a Revolução de 32 era separatista, de que São Paulo queria se separar do Brasil, tudo isso são mitos, são lendas urbanas, nada disso é verdade. O nosso monumento deveria ser mais visitado, deveriam ser feitas mais solenidades dentro do próprio Obelisco do Ibirapuera, o que seria ótimo.

Nós estamos com 69 núcleos, e eu quero agradecer a todos os presidentes de núcleo que estão aqui pelo apoio que nos dão, porque sozinho eu não faço nada, eu preciso ter a união de todos vocês. Graças a Deus a sociedade expandiu-se de tal maneira que nós criamos até uma associação no Paraná. E, por incrível que pareça, nós temos contato com pessoas de outros países, o que é muito importante. Por exemplo, nós temos contato com a Alemanha, a Rússia e vários outros países, o que, para mim, é uma satisfação enorme. Eu digo a vocês: se eu morrer hoje, estou realizado, porque conseguimos fazer com que a Sociedade Veteranos de 32 seja conhecida internacionalmente. E eles sabem do nosso trabalho, que muito brasileiro não conhece. Mas o pessoal de fora dá um valor enorme para isso, até a ONU.

Então, quero agradecer a todos. Aos que vão ser condecorados hoje, meus cumprimentos. A Medalha Constituição é uma medalha cujo nome já diz tudo. Se em 1932 nós perdemos nas armas, ganhamos nas ideias, porque em 1933 houve a Constituinte e, em 1934, a Constituição, em que as mulheres passaram a votar. Até então, a mulher não votava. E o voto, que era de cabresto, hoje é um voto secreto, que deveria não ser pelas urnas eletrônicas. Isso é uma aberração. Quando você vota, você tem o direito de saber em quem você vota. Você tem que ter o resultado daquilo em que você votou. Com a urna eletrônica, vocês sabem como podem acontecer as coisas. Tomara que não aconteça nada nessas eleições.

Mas as eleições estão aí. Votem nos melhores candidatos. Vocês sabem quais são os melhores candidatos, têm conhecimento disso. Porque precisamos transformar o que o gramscismo fez no Brasil, precisamos transformar tudo isso. Não temos mais família, vocês sabem disso. Não temos mais educação, saúde. O Brasil está numa situação perversa. E cabe a nós, com o trabalho de formiga de cada um, fazer com que o Brasil melhore. Vocês sabem que no Império, na época de Dom Pedro II, o Brasil chegou a ser a quarta potência do mundo. E na época dos generais... O pessoal fala em ditadura, o que é uma grande mentira, porque havia o voto. Inclusive, o general participava junto com o civil. Não havia ditadura, havia o governo dos generais, graças aos quais conseguimos chegar, em 1972, a ser a oitava potência do mundo.

Hoje, o Brasil, que deveria ser um país de primeiro mundo... Vocês sabem o que está acontecendo; não preciso falar nada. E a Sociedade Veteranos de 32, que existe desde 1954, faz com que os princípios básicos de uma nação tenham o seu valor: primeiro, Deus, o criador supremo; depois, a pátria; depois, a família; e, em quarto lugar, nossa liberdade. Então, temos que preservar esses valores, principalmente a família.

Estamos vendo nossas crianças entrarem numa situação delicada, porque não temos educação e não temos escola; a própria família está divorciada. Ruy Barbosa já dizia: a pátria é a família amplificada. Ora, se você não tem família, você não tem pátria; isso é óbvio. Então, quanto àquele princípio gramscista que, durante 40 e tantos anos, destruiu o Brasil, nós precisamos revertê-lo com as mesmas armas que eles usaram. E quais são as armas? Fazer o nosso trabalho, cada um no seu mister: o advogado, o engenheiro... Tem que trabalhar.

Por exemplo, no dia 17 de agosto, teremos o júri simulado. Vamos saber quem é o culpado pela morte de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. É impossível você ter... Não é nem um processo, porque não há o indiciado; então, ficou um inquérito que foram levando e levando até que o juiz determinou que arquivasse por decurso de prazo. São coisas daquele tempo. Vamos tentar fazer esse júri simulado de uma maneira brilhante, e todos vocês estão convidados a, no dia 17, às nove horas da manhã, comparecerem ao Tribunal de Justiça.

Não quero me delongar; se não, falaria da própria história da Revolução, dos valores que nós tínhamos em 1932 e que não temos agora. Por exemplo, civismo. Esta sessão é cívica. Não temos também uma palavra que tiraram do nosso dicionário, que é a palavra honestidade. Precisamos mudar tudo isso, e eu conto com todos vocês. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, coronel. Quero convidar para que venha conosco à Mesa o deputado federal Major Olímpio, para fazer uso da palavra. Aliás, quando Major Olímpio era deputado estadual nesta Casa, era ele que presidia este evento. Então, é um prazer tê-lo conosco aqui, deputado.

 

  O SR. MAJOR OLÍMPIO - Muito boa noite a todos. Quero cumprimentar meus fraternos irmãos aqui da Assembleia Legislativa, na figura do Coronel Telhada; Maria Lúcia; meu irmão de luta de sindicatos, Ramalho da Construção; a todas as excelentíssimas autoridades aqui presentes, nessa Mesa; aqueles que estão acompanhando este evento, mais do que próprio, para reverenciar e contar a verdadeira história do povo brasileiro, a verdadeira história do Movimento Constitucionalista de 32.

  Quero dizer que hoje, às sete horas da manhã, uma manhã fria, eu estava com o coronel Ventura no antigo Cfap, hoje Escola Superior de Sargentos, onde era promovido um ato em homenagem inclusive, coronel Alencar, ao nosso comandante-geral, coronel Salles, que foi, mais do que justamente homenageado. E estava lá o coronel Ventura, com suas sábias palavras, levando informação a quase mil sargentos nossos, que se formarão no mês seguinte, dizendo que bata no coração de cada homem, hoje, da Polícia Militar, o mesmo sentimento dos nossos heroicos milicianos da Força Pública que, juntamente com milhares de voluntários, lutaram, sim, pelo que nós temos hoje, que é uma Constituição, a liberdade de estarmos aqui reverenciando e contando a verdadeira história, demonstrando naquele momento que São Paulo não fez nenhum movimento separatista. Lutava, sim, para que nós tivéssemos uma Constituição.

  E se tivemos a derrota no campo militar, moralmente, já nos primeiros dias de 33, estava instaurada uma Constituinte, e nós tivemos uma Constituição no Brasil novamente.

  E os dias de hoje se assemelham muito àqueles dias onde, não empunhando armas, hoje irmanados com as nossas Forças Armadas, que aqui se fazem presentes, com todas as forças de segurança do País, com os meus irmãos Guardas Municipais, que já são 40 mil no estado de São Paulo, 120 mil no Brasil, não é, Braga, para nosso orgulho e satisfação.

Coronel Telhada, tenho muito orgulho de ser seu amigo há quase 40 anos, saber do seu esforço, da sua luta para dignificar não só a Polícia Militar, como exemplo de policial e homem público que é, mas principalmente para cultuar a história.

Quando nós fizemos o CAO, juntos, Telhada tinha lançado um livro que contava uma parte da história de um contingente que foi para o Brasil na Segunda Guerra Mundial. Ele nunca perdeu esse lado da pesquisa, da curiosidade e da manifestação em relação à verdadeira história do nosso País.

Se nesses momentos, hoje, mais do que nunca precisamos desse espírito de dizer: eu amo a minha bandeira, eu amo a minha Nação, brigadeiro Cury. Nós queremos e merecemos um Brasil melhor.

Doutor Lincoln Gakiya, que vejo ali, que exemplo de personagem para o povo brasileiro! O trabalho que o senhor faz hoje, e que os governos, se Deus quiser, os governos vão pegar o exemplo, o conhecimento, a expertise do senhor, para ajudar a resolver a maior crise por que passa hoje o povo Brasil, e que não é, muito embora tenhamos quase 14 milhões de desempregados, é a crise da insegurança, é a crise de saber se vamos ter o momento seguinte de vida.

E as pessoas que o conhecem, eu tive a felicidade de ter o senhor na CPI dos Presídios, e o senhor dando uma lição para muitos insensíveis, que não querem saber da realidade do que se passa no sistema prisional brasileiro. Que orgulho de ter o senhor aqui, e dizer a todos vocês: Parabéns por estarem aqui, neste ato, promovido pelo Coronel Telhada. Nós só os encheremos de mais orgulho de sermos brasileiros, de dizer, de peito aberto, que nós queremos um país muito melhor. Nós merecemos um país muito melhor. E se Deus quiser, vamos ter o país dos nossos sonhos.

Um abraço a todos. Que Deus os proteja sempre. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE -  CORONEL TELHADA - PP -  Antes de convidar a mais alta autoridade militar para fazer uso da palavra, eu queria dar ciência a todos da presença do capitão Daibert, representando o coronel Ramos, comandante do Policiamento de Área da Zona Sul.

Também quero citar aqui que não pôde estar presente, mas manda um abraço a todos, o nosso comandante militar do Sudeste, o general de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira. Infelizmente, ele não pôde estar conosco nesta noite.

Cito também a presença do meu amigo coronel José Roberto de Castro, amigo de curso preparatório, membro da executiva do PSL em São Paulo, e do tenente Derrite, membro da executiva do Partido Progressista. Sejam todos bem-vindos.

Neste momento, convido para fazer uso da palavra a mais alta autoridade militar presente, o tenente-brigadeiro do ar Paulo João Cury, comandante do Comgap.

 

O SR. PAULO JOÃO CURY - Boa noite a todos. É uma honra muito grande, é a segunda vez que venho a esta Casa. Sinto-me muito honrado pelo convite; hoje, especialmente, recebendo essa comenda. Cumprimento a Mesa e o Coronel Telhada, meu amigo pessoal. Muito obrigado. É uma oportunidade única para a Força Aérea.

Para quem não sabe, estamos acabando de chegar ao estado de São Paulo no Comando-Geral de Apoio, oficial general de quatro estrelas. Foi uma movimentação que a Força Aérea fez, uma reestruturação, talvez corrigindo os anos em que a parte logística ficou afastada daquele que é considerado a locomotiva do Brasil, o estado de São Paulo.

Primeiramente, peço desculpas, pois estou um pouco afônico. Eu iria declinar de falar, mas o Telhada falou que eu deveria falar. Gastei o último gás que tinha por uma causa justa, ao entoar o Hino Nacional.

Gostaria de fazer uma pequena participação, pegando as palavras do coronel Ventura e de outros bons oradores que por aqui passaram: é a lembrança de 32. Na minha vida, é marcante.

Sou de São José dos Campos, estudei em um colégio público, o Maria Luiza de Guimarães Medeiros. O inspetor de alunos era o Sr. Davi, um grande pintor, painelista. Ele era um veterano de 32. A força que ele tinha com as palavras! E era gago, completamente gago. O que ele educou aqueles meninos de São José dos Campos, do bairro de Santana! Eu sou um deles e posso dar o meu depoimento firme: o que ele falava de civismo, de educação, de respeito, do que é importante na vida, eu diria que é único. É uma pena que, naquela época, não houvesse YouTube e essas coisas todas onde poderia ficar registrado. Hoje, não sei onde ele está, mas fica o meu grande abraço, o meu respeito eterno ao inspetor Davi, um grande pai de família, pai de vários amigos.

O segundo depoimento é pessoal também, é em relação à guerra. É difícil falar de guerra, de revolução, de qualquer delas que seja. Muita gente fala que guerra funciona assim ou funciona assado. Posso dar uma experiência pessoal, pois sou veterano de guerra, se é que posso falar assim: passei um ano na Iugoslávia durante o conflito, como observador militar. Na guerra, todos perdem. Todos perdem. Geralmente, os mais fracos, os mais humildes, os mais pobres. Então, é uma coisa para não se desejar, para não se querer nunca mais e para realmente manter apenas a guerra das ideias ou coisa parecida. Nunca as armas.

Por último, agradeço a presença de vocês nesta noite de puro civismo, por terem deixado o tempo em que poderiam estar descansando para estarem aqui junto conosco, participando desta cerimônia. Agradeço à Assembleia Legislativa de São Paulo, em especial ao Coronel Telhada e aos outros deputados.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado pelas palavras, comandante.

Continuando a sessão, quero convidar, neste momento, o capitão Fernando Antônio de Moura, da nossa Escola Superior de Soldados, para dar início à encenação “Revolução de 1932”. Ao seu comando, capitão.

 

O SR. FERNANDO ANTÔNIO DE MOURA - Senhoras e senhores, boa noite. Com a permissão das autoridades que compõem a Mesa, a Escola Superior de Soldados tem a imensa satisfação em poder participar deste evento, fazendo uma singela homenagem aos heróis de 32 e à sociedade paulista.

Daremos início a uma singela teatralização para marcar este momento.

“Com a Proclamação da República, foi instaurado um novo regime político no Brasil. Entretanto, o voto de cabresto e o coronelismo não agradavam a população, que esperava a democracia.

Em 1930, o movimento denominado Tenentismo coloca Getúlio Vargas no poder. Getúlio não implanta a participação popular, permanecendo clandestinamente no país. Sem eleições, Vargas colocava, no lugar de governadores, interventores federais para administrar os estados.

Em São Paulo, é nomeado como interventor o tenente João Alberto, pernambucano, que passa a distribuir cargos a pessoas desvinculadas do nosso estado. Riquezas culturais, acervos históricos e as finanças passaram a ser gradativamente dilapidados.

Em janeiro de 1932, toda a população, insatisfeita, faz uma enorme manifestação na Praça da Sé, declarando repúdio ao governo ditatorial e exigindo a democracia, as eleições e uma constituição legítima.

No dia 23 de maio de 1932, a população organiza uma manifestação capitaneando estudantes de São Paulo para lutarem contra o governo ditatorial de Getúlio Vargas.

A Praça da República, no centro histórico de São Paulo, é tomada pelos paulistas, que bradavam palavras de ordem contra Getúlio Vargas.

Exibindo a bandeira paulista e faixas com palavras de ordens, homens, mulheres, religiosos, estudantes e pessoas de todas as classes, mostram sua insatisfação exigindo uma Constituição popular. A Praça da República fica repleta de paulistas que, de forma aguerrida, manifestam-se contra a ilegalidade do governo de Getúlio e contra a ditadura. Apoiadores de Vargas passam a efetuar disparos contra a multidão.

Quinze jovens são atingidos, sendo quatro de forma fatal e um seriamente ferido que vem a falecer em agosto daquele ano.

No dia seguinte, 24 de maio, as lideranças civis e militares de São Paulo se reúnem e organizam a sociedade secreta MMDC, iniciais dos quatro nomes dos jovens mártires tombados inicialmente na manifestação.

Inicia-se a manifestação do povo paulista. Voluntários confeccionam fardas, despojam-se de bens materiais para dar suporte ao movimento. Os brasileiros se preparam para o tudo ou nada. Duzentos mil voluntários, dando exemplo de civismo e democracia, são treinados pela Força Pública, o que culmina na Revolução Constitucionalista de 9 de julho de 1932.

Isoladamente, São Paulo luta contra o governo autoritário que contava com a Marinha, Exército e as Forças Públicas de outros Estados. A Rádio Record, emissora fortemente engajada ao movimento, para transmitir os episódios da guerra para o povo bandeirante ao som da “Marcha Paris Belfort”, que se transforma no Hino da Revolução Constitucionalista de 32.

Apesar de a derrota militar São Paulo teve a vitória política, uma vez que Getúlio Vargas cedeu às pressões e convocou uma Assembleia Constituinte, que resultou, dois anos mais tarde, na Constituição de 1934.

Os ideais e valores dos jovens de 32 inspiram os jovens de hoje, com essa grande lição de civismo, coragem, amor à causa pública e ao Brasil. E esses jovens, policiais militares, inspirados e guiados pela bravura dos mártires, Martins, Miraguaia, Dráusio e Camargo unem-se na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo ao efetivo comandado pelo 1º tenente Nelson André Lopes da Silva, simbolizando a permanência dos valores e ideais de 1932, gravado nos corações e mentes dos paulistas e, principalmente, nos soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Eis aí, senhoras e senhores, parte do Exército paulista que começou a ser desenhado no dia 23 de maio de 1932 e efetivado em 9 de julho daquele ano, o qual mudou o rumo da história de São Paulo e do Brasil. Uma salva de palmas aos veteranos de 32, aos heróis paulistas daquela época e às pessoas que lutam, atualmente, para que os ideais paulistas da epopeia de 1932 permaneçam acesos no povo paulista e na juventude brasileira”.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Quero agradecer ao capitão Fernando Antônio de Moura, ao tenente que comanda o pelotão e a todos integrantes do curso da Escola Superior de Formação de Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo por essa apresentação.

Convido agora o Sr. Jantália, que fará a declamação da poesia “Nossa Bandeira”, de Guilherme de Almeida. 

 

O SR. JOSÉ JANTÁLIA - Nossa Bandeira, de Guilherme de Almeida:

“Bandeira da minha terra,

Bandeira das treze listas:

São treze lanças de guerra

Cercando o chão dos paulistas!

 

Prece alternada, responso

Entre a cor branca e a cor preta:

Velas de Martim Afonso,

Sotaina do Padre Anchieta!

 

Bandeira de Bandeirantes,

Branca e rôta de tal sorte,

Que entre os rasgões tremulantes,

Mostrou as sombras da morte.

 

Riscos negros sobre a prata:

São como o rastro sombrio,

Que na água deixara a chata

Das Monções subido o rio.

 

Página branca-pautada

Por Deus numa hora suprema,

Para que, um dia, uma espada

Sobre ela escrevesse um poema:

 

Poema do nosso orgulho

(Eu vibro quando me lembro)

Que vai de nove de julho

A vinte e oito de setembro!

 

Mapa da pátria guerreira

Traçado pela vitória:

Cada lista é uma trincheira;

Cada trincheira é uma glória!

 

Tiras retas, firmes: quando

O inimigo surge à frente,

São barras de aço guardando

Nossa terra e nossa gente.

 

São os dois rápidos brilhos

 Do trem de ferro que passa:

Faixa negra dos seus trilhos

Faixa branca da fumaça.

 

Fuligem das oficinas;

Cal que a cidades empoa;

Fumo negro das usinas

Estirado na garoa!

 

Linhas que avançam; há nelas,

Correndo num mesmo fito,

O impulso das paralelas

Que procuram o infinito.

 

Desfile de operários;

É o cafezal alinhado;

São filas de voluntários;

São sulcos do nosso arado!

 

Bandeira que é o nosso espelho!

Bandeira que é a nossa pista!

Que traz, no topo vermelho,

O Coração do Paulista! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado ao nosso amigo José Jantália pela declamação do poema.

Quero também agradecer aqui a presença dos Lanceiros do Regimento 9 de Julho, que se encontram aqui à frente; também do Sr. Sidney Lobo, que trouxe um grupo de senhoras com trajes de época. As senhoras se levantem, por favor. Elas vieram com traje de época. (Palmas.) No Tribunal da Revolução, no próximo dia 17 de agosto, normalmente o pessoal vai com roupa de época, fardas de época. Muito obrigado pela presença, senhoras. Sejam bem-vindas.

Pois bem, vamos à entrega das condecorações. A medalha que será entregue hoje aqui é a Medalha da Constituição. Essa medalha foi criada no dia 25 de junho de 1962. Portanto é uma medalha que já tem 56 anos de idade. Como eu disse anteriormente, essa sessão solene era presidida pelo meu amigo Major Olímpio, quando deputado nesta Casa, e quando ele foi alçado ao posto de deputado federal, assumimos essa missão aqui, com toda a honra possível.

Chamaria agora, para que se postem à frente, as seguintes autoridades e personalidades para serem condecoradas com a Medalha da Constituição. Peço que deixem as palmas para o final.

Primeira autoridade que chamo é o tenente-brigadeiro do ar, Paulo João Cury, comandante do Comgap; general de brigada Paulo Alípio Branco Valença, chefe de Estado Maior do Comando Militar do Sudeste; desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan; desembargador Marco Antonio Cogan; Dr. Mário Luiz Sarrubbo, subprocurador-geral de Justiça; coronel PM Fernando Alencar Medeiros, subcomandante da Polícia Militar; comandante da Guarda Civil Metropolitana, Carlos Alexandre Braga; Dr. Lincoln Gakiya, membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - Gaeco; deputada estadual Maria Lúcia Amary; deputado estadual Ramalho da Construção; presidente da Câmara Municipal de Pinhalzinho, 2º tenente PM Jesuel Donizete Alpi; coronel PM Luís Henrique Falconi, presidente da Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado de São Paulo; coronel Flammarion Ruiz, da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Convido para me acompanhar na impostação o coronel Ventura, presidente da Sociedade Veteranos de 32, e o deputado federal Major Olímpio, para que nós façamos a impostação das condecorações.

 

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- É feita a entrega das condecorações. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Vou aguardar uns minutos para os fotógrafos tirarem fotos dos senhores, que foram agraciados. (Pausa.)

Solicito que os senhores retornem aos seus lugares, por gentileza.

Vou pedir aos oficiais generais permanecerem, para nos ajudarem na próxima impostação de medalhas. Por gentileza, o Sr. Brigadeiro e o Sr. General.

Convido para virem à frente e receberem as suas condecorações: capitão PM Marcos das Neves Palumbo; capitão PM Augusto Carlos Cassaniga. O Cassaniga, para quem não conhece, é um dos heróis da Polícia Militar, no Andraus e no Joelma. Foi oficial do Comando de Operações Especiais por muitos anos.

Continuando, o capitão do Exército Brasileiro, Leonardo Rodrigues de Souza; o soldado PM Leonardo Taroco, do 9º Batalhão de Polícia Militar do Interior; o Sr. Alberto Jabor; o nosso amigo, Reinaldo Theocaris Papaiordanou; o Dr. Sidney Lobo Pedroso; o Dr. Giovanni Spirandelli da Costa, presidente do nosso núcleo de São José do Rio Preto; o  Sr. João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq.

Palumbo, ponha um pouco à direita. Os senhores apoiem um pouco à direita, por favor.

Continuando, o Sr. Celso Luiz Pinho, escritor; finalmente, “in memoriam”, o  Sr. Oscar Kurtz Camargo. Quem vai receber a condecoração, em nome do  Sr. Oscar Kurtz Camargo, é a filha dele, a Sra. Nicia Barreto Kurtz.

As medalhas.

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- É feita a entrega das condecorações.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado. Solicito que todos retornem aos seus locais de origem para prosseguirmos com a solenidade.

Senhoras e senhores, terminada a outorga das condecorações, quero agradecer a presença de todos, não apenas das autoridades, mas também dos familiares e amigos aqui presentes, todos que abrilhantaram esta solenidade. Tenho certeza de que, para nós, aqui da Assembleia Legislativa, é motivo de muito orgulho recebermos pessoas ilustres como vocês.

Essa medalha não é dada a amigos, mas a quem realmente merece, a quem faz a diferença na história da nossa cidade, do nosso estado, do nosso interior. Aqueles que contribuem, direta e indiretamente, com a preservação e a manutenção da história da nossa Revolução de 1932, nossa revolução constitucionalista.

Aqui foram condecorados militares, autoridades, políticos, escritores, heróis da Polícia Militar, enfim, aqueles que, em seu dia a dia, têm feito o melhor pela preservação da nossa história paulista e pela preservação do nosso querido estado de São Paulo.

Pedi para minha filha trazer meu neto aqui porque isso aqui é para eles. Tudo o que fazemos. (Palmas.)

Pedi para trazer os dois aqui, primeiro, porque são nossa continuação e meu orgulho. O João Paulo é filho da Juliana e do Zé Antonio, a Laura é filha do Rafael e da Débora e o que nós fazemos é por eles, pelos nossos filhos e netos.

É por isso, Olímpio, Maria Lúcia, Ramalho e todos nós que estamos aqui, hoje, nessa batalha política, oficiais e praças, é para isso que lutamos, para dar um futuro a essas crianças, para que elas tenham um Brasil melhor e não passem pelas necessidades pelas quais passamos, para que tenham uma Educação, uma Segurança e uma Saúde melhor.

Por isso minha família sempre me acompanha, minha esposa e meus filhos, e sempre faço questão, quando estou com meus netos, de trazê-los aqui, para mostrar. O João fez um ano dia 20 de julho, agora, dia do aniversário do Santos Dumont, e ela faz no dia do Batalhão Tobias de Aguiar, primeiro de dezembro. Até para nascer nasceram nos dias certos.

Digo, então, a todos vocês, que fazemos isso de coração. Porque amamos nossa história e as pessoas. Quando fazemos bem a eles estamos fazendo bem a toda a nossa sociedade. Há um ditado judeu que fala que a pessoa que salva uma vida salva uma humanidade, a que salva uma alma salva a humanidade. É assim que eu penso. Todos nós aqui, independentemente da classe social, serviço, religião ou ideologia política, devemos assumir o compromisso de trabalhar por um Brasil melhor, um Brasil de futuro para essas crianças.

Um dia, quando não estivermos mais aqui, que eles se lembrem que fizemos nossa parte e que a fizemos bem feita. Parabéns a todos os senhores e senhoras que estiveram conosco esta noite e parabéns a todos os homenageados. Estejamos juntos nesta batalha, porque teremos um Brasil melhor.

Deus abençoe a todos, viva o Brasil, viva a revolução de 32. (Palmas.)

Com a permissão do tenente-brigadeiro Cury, quero encerrar esta solenidade.

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, à Mesa, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, Taquigrafia, Atas, Cerimonial,  Imprensa, à TV Legislativa, às assessorias das Polícias Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 29 minutos.

 

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