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26 DE MARÇO DE 2018

033ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: MARCO VINHOLI e CORONEL CAMILO

 

Secretária: CARLOS GIANNAZI

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - MARCO VINHOLI

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Anuncia a presença de professores e servidores públicos da Prefeitura de São Paulo. Relata que estes servidores estão lutando contra o SampaPrev. Informa que quase 90% do funcionalismo público estão em greve. Discorre sobre o que considera um massacre, no dia 14 de março, na Câmara Municipal de São Paulo. Afirma que esta repressão foi covarde e desnecessária, tendo várias professoras agredidas. Destaca que o Ministério Público Estadual e a Comissão de Direitos Humanos desta Casa já foram acionadas, sendo solicitada uma rigorosa apuração. Pede a responsabilização criminal de todos os envolvidos na ação. Ressalta que esta Casa precisa se posicionar frente ao ocorrido. Menciona a renúncia tanto do prefeito João Doria, como de Geraldo Alckmin no dia seis de abril. Cita a reforma da Previdência como uma das primeiras providências de Alckmin como presidente da República. Faz agradecimento público aos servidores presentes em plenário.

 

3 - CORONEL TELHADA

Ressalta sua alegria em ver a matéria sobre a condenação do ex-presidente Lula na primeira página da UOL. Afirma que com esta condenação o mesmo se torna inelegível. Diz que gostaria de ver Lula preso. Considera vergonhosa a atitude do Supremo Tribunal Federal. Exibe matéria da mãe do policial Mesquita, que foi morto no dia 21 de março, dentro de uma favela. Destaca que este é o País da impunidade, um paraíso para os criminosos. Mostra uma matéria da BBC, na qual um policial foi considerado herói, na França, ao assumir e morrer no lugar de um dos reféns. Compara a quantidade de pessoas mortas na França, desde 2015, em razão de ações terroristas, com a grande quantidade de policiais mortos no Rio de Janeiro, somente em um ano. Lamenta que a imprensa brasileira dê destaque somente para o herói francês, mas não para os policiais brasileiros.

 

4 - CORONEL CAMILO

Parabeniza os policiais militares de São Paulo. Exibe matéria de um grande jornal, com destaque para a queda de 78% nos homicídios do Estado em 18 anos. Destaca o grande trabalho da polícia do Estado. Afirma que o maior fator para esta queda é a ação de polícia. Menciona a falta de reconhecimento pelo Governo, os baixos salários, além de atuar em diversas funções que não são deles. Cita algumas destas funções. Agradece os policiais de São Paulo. Diz ter sido um privilégio comandá-los por três anos.

 

5 - CORONEL CAMILO

Assume a Presidência.

 

6 - MARCO VINHOLI

Cumprimenta o município de Barueri pelo aniversário de 69 anos. Considera fantásticos os números da Segurança Pública exibidos pelo deputado Coronel Camilo. Parabeniza a Fundação Padre Albino pelo aniversário amanhã. Diz ser a mesma responsável pela formação de médicos, enfermeiros e profissionais da Saúde na região de Catanduva. Diz ter assinado emenda de 300 mil reais para a Fundação. Informa que na próxima semana, buscará mais recursos para o Hospital do Câncer da região, juntamente com o secretário de Saúde David Uip. Discorre sobre a situação deixada no Brasil pelo PT. Comenta que a primeira proposta econômica de Geraldo Alckmin para quando for presidente é que o rendimento do FGTS seja sempre acima da inflação, para que não haja perdas ao longo do período. Combate o pronunciamento do deputado Carlos Giannazi a respeito do ocorrido na Câmara Municipal de São Paulo.

 

7 - MARCO VINHOLI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

8 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Anota o pedido. Parabeniza o deputado Marco Vinholi pelo pronunciamento. Diz ter ocorrido uma invasão na Câmara Municipal, na qual os manifestantes quebraram a porta de entrada e a polícia teve que colocar ordem. Afirma que invasão é crime. Parabeniza a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar. Lamenta o ocorrido. Cumprimenta o deputado Marco Vinholi pelo seu trabalho e deseja sucesso. Convida todos os cidadãos para assistirem os programas da TV Alesp, acompanhando o Parlamento e os seus deputados. Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 27/03, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização de sessões solenes, a serem realizadas: hoje, às 20 horas, para a "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao engenheiro Antônio José Rodrigues Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo"; e amanhã, às 10 horas, para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao artista Marcos Frota". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Marco Vinholi.

 

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O SR. PRESIDENTE - MARCO VINHOLI - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Carlos Giannazi para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - MARCO VINHOLI - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e telespectadores da TV Assembleia, que nos assistem na Capital, na Baixada Santista, no interior paulista e na Grande São Paulo. Primeiramente, eu gostaria de anunciar a presença, na Assembleia Legislativa, de professores e servidores públicos da Prefeitura do Município de São Paulo, tanto da Educação quanto da Saúde. Hoje, estamos recebendo as professoras Leila Rodrigues Chaves e Luciana Xavier; a servidora da Educação Arlete Aparecida Fernandes; e o professor Thiago Martins dos Santos.

Esses servidores estão fazendo um grande movimento em São Paulo para defender a Educação e a prestação de serviços públicos. É por isso que estão lutando contra o Sampaprev, a dita reforma da Previdência municipal do prefeito Doria, que na prática é um confisco salarial. Isso ocorre juntamente com a privatização do nosso fundo previdenciário - o Iprem -, que entrega, na prática, o fundo previdenciário dos servidores públicos municipais para os bancos e empresas privadas de previdência. É um dos maiores ataques da história aos servidores da Prefeitura de São Paulo. Nem Maluf, nem Pitta, nem Jânio Quadros - que foram os piores - fizeram isso.

Estamos em greve hoje, uma greve de quase 90% do funcionalismo público, contra esse confisco salarial. Semana passada, no dia 14, houve um grande massacre na Câmara Municipal de São Paulo. As forças repressivas foram acionadas pelo presidente da Câmara, o vereador Milton Leite, e houve uma repressão dura, covarde e desnecessária aos nossos servidores. Professoras foram espancadas. Vários servidores de várias secretarias foram duramente machucados, agredidos, naquele episódio que ficou conhecido como “Massacre dos Servidores”, sobretudo dos servidores da Educação. Várias professoras foram agredidas por que estavam se manifestando contra o Sampaprev e nós já acionamos o Ministério Público Estadual, que já começou a investigar.

Acionamos a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais aqui da Assembleia Legislativa, que também vai ter que tomar algum tipo de providência em relação a esse caso. Nós estamos pedindo uma rigorosa apuração. Foi muito grave o que aconteceu. A situação é tão grave que muitas pessoas nem tiveram coragem de fazer boletim de ocorrência com medo de retaliação, do aumento do assédio.

Eu queria fazer esse registro, que nós estamos tomando todas as providências para que haja apuração e que os culpados dessa covarde agressão - não só de quem agrediu, mas, sobretudo, de quem ordenou as agressões - que haja a responsabilização criminal de todas as pessoas envolvidas. Temos várias professoras aqui que foram agredidas, como a professora Luciana, que foi uma das mais agredidas, inclusive quase precisou fazer uma cirurgia.

Nós temos fotos inclusive da situação da professora Luciana que eu gostaria de mostrar aos deputados:

 

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- São exibidas as imagens.

 

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Uma situação totalmente covarde que aconteceu exatamente no dia 14. Quando eu cheguei lá vi a situação, professoras agredidas, como a professora Leila, com quem eu conversei no dia, que estava gravemente ferida e outros professores que não puderam vir. Tem o professor Thiago, a servidora Arlete, que é da Saúde, mas tem outro professor Tiago que não pôde vir porque está passando muito mal ainda. Ele quebrou o braço e foi duramente também atingido por esse processo de repressão.

Vocês simbolizam, estão aqui representando centenas de pessoas que foram massacradas no dia 14 na Câmara Municipal, tanto dentro como fora. Repito: uma repressão desnecessária, covarde, contra servidoras e servidores que estavam lutando contra o desmonte da Previdência, contra o confisco salarial. Um verdadeiro absurdo que nós assistimos naquele dia.

Agora, a Assembleia Legislativa tem que se posicionar. Tem que sair em defesa dos nossos servidores municipais, até porque o prefeito Doria está renunciando agora no dia 6 de abril. Ele é candidato ao Governo do Estado. Eu fico imaginando - tomara que ele não seja eleito, tudo faremos para que ele não seja eleito governador do Estado - se ele é eleito governador e vem com uma proposta de Sampaprev aqui para o Estado de São Paulo.

É um absurdo, nós não podemos permitir isso. Tomara que ele não seja reeleito, que ele fique sem a prefeitura, sem o Governo do Estado e que ele volte para aquela empresinha dele, aquela Lide, aquela empresa que fica bajulando empresários e fazendo piquenique também para esses empresários.

O Alckmin também vai renunciar no dia 6, vai ser candidato à Presidência da República. Tomara que não entre, também, porque seria um verdadeiro absurdo. Até por que, a primeira coisa que ele vai fazer - ele disse agora - se for eleito, deputado Telhada (Vossa Excelência que tem defendido os servidores e se colocou contra essa reforma da Previdência) ele disse o seguinte: que se for eleito, o primeiro projeto dele vai ser a reforma da Previdência, contra os trabalhadores brasileiros.

Falou porque está sinalizando para o mercado, para o ajuste fiscal que vai penalizar os trabalhadores. Então é isso, eu queria fazer esse registro. A Comissão de Direitos Humanos tem que investigar. O Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública também. Enfim, todas as providências estão sendo tomadas.

Quero parabenizar vocês, fazer um agradecimento público e parabenizar vocês pela coragem e pela aula de cidadania que vocês estão dando, não só para a cidade de São Paulo, mas para todo o Brasil, porque sem investimento nos servidores públicos, não tem prestação de serviços públicos: os servidores que estão na ponta nas escolas, nos hospitais, nas delegacias de polícia, atendendo a população.

Sem servidor público, não tem política pública, social nem humana. Não funcionam. Tem que valorizar o servidor. Atacar a previdência dos servidores, que já são penalizados com um grande arrocho salarial histórico, é um absurdo. E depois, acionar as forças repressivas do Estado para reprimir manifestação. Isso é absurdo, intolerável, vamos reagir na mesma proporção.

Muito obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância do tempo.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO VINHOLI - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada pelo tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, público, telespectadores da TV Assembleia, boa tarde.

Queria dizer, primeiro, da minha alegria de ver a condenação do ex-presidente Lula - hoje publicada na UOL - dizendo que, por três votos a zero, o TRF-4 negou julgamento nessa segunda-feira - hoje - do último recurso de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso ele se torna, portanto, condenável e inelegível. O PT disse que vai manter a candidatura dele. Não sei por que, se é inelegível, no meu entendimento ele nem pode se candidatar.

Eu gostaria de ver esse cidadão preso, porque lugar de bandido é na cadeia. Como aqui no Brasil, ficamos preocupados porque tudo acaba em samba, devido à vergonhosa atitude do STF, ele ainda vai ter que aguardar o julgamento para ver quando ele será recolhido à cadeia.

Mas nós ainda teremos o prazer de ver o chefe da quadrilha preso, Sr. Presidente. Nós, que viemos aqui defender polícia todo dia, defender a Segurança Pública, não podemos aceitar que um bandido condenado em segunda instância por ter afundado o Brasil, fique em liberdade. Fazemos votos de ver o senhor Lula, logo, atrás das grades. Condenado ele já está.

Isso tem a ver com a primeira matéria que quero falar. Júnior, por favor. Tem uma matéria que foi adquirida por uma das minhas assessoras, que é da mãe do policial, do soldado Mesquita, Felipe Santos Mesquita - só o título, Junior - que foi morto dia 21 de março.

 

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- É feita a exibição de jornal.

 

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A matéria diz o seguinte: “Enquanto os políticos defendem os bandidos, o meu filho estava defendendo a pátria.” Esse soldado foi morto se escondendo atrás de uma geladeira, dentro de uma favela. Não bastasse ele ter sido morto nessa situação, o cidadão que foi lá ajudá-lo - era um cidadão muito antigo na favela, muito conhecido - apelidado de Marechal, acabou sendo executado pelo crime organizado.

Os jornais, às vezes, querem dizer que ele foi morto por bala perdida, mas é mentira. Ele foi executado pelo crime organizado por que ele ajudou o soldado Mesquita. O soldado Mesquita, filho de outro policial militar, também Mesquita. É vergonhosa essa atitude. Enquanto isso, bandido na rua, polícia morrendo, pai de família morrendo, e o STF liberando bandido.

O que queremos desse País? O que adianta, falarmos que tem que pôr bandido e melhorar a polícia, se a Justiça não cumpre a sua obrigação, de pôr bandido na cadeia e fazer o bandido cumprir a pena?

Esse é o País da impunidade, é o paraíso para os criminosos.

Outro exemplo disso, que eu trago de fora, é essa matéria da BBC.

 

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- É feita exibição de fotografia.

 

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“Quem é o policial herói morto após assumir lugar de refém em ataque na França.” Esse jovem tenente coronel foi morto há dias. O nome dele é Arnaud Beltrame, de 44 anos.

 

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- É feita exibição de fotografia.

 

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Ele foi morto dias atrás numa ocorrência em que um terrorista mantinha reféns. Ele trocou de lugar com o refém e acabou sendo morto por esse terrorista. Os próprios jornais o intitulam como policial herói.

Se fosse aqui no Brasil, a manchete nem teria sido dada porque a vida de um policial não interessa para uma facção da imprensa; não toda a imprensa, nós temos gente muito boa na imprensa.

Desde 2015, na França, já morreram 161 pessoas com ações terroristas do Estado Islâmico, sendo que dessas 161, três são policiais. Aqui no Brasil, em um ano, desde janeiro de 2017, já morreram 164 policiais. Ou seja, em três anos, o que morreu de gente em ataque do Estado Islâmico na França, aqui no Brasil, morreu em um ano.

A nossa imprensa dá destaque para o cidadão francês morto. Mas, para os nossos policiais, não é dado nenhum destaque. O que ele fez lá, nós já fizemos aqui. Já tivemos ocorrência onde vários se trocaram por reféns. Eu mesmo, em ocorrência, tive uma passagem desse tipo, trocando a nossa vida pela vida do refém, colocando a nossa vida em total risco pela vida do refém. Sabe o que a imprensa faz? Não dá valor nenhum.

Se eu tivesse morrido, como outros policiais morreram, não seria dado valor nenhum. Na realidade, aqui no Brasil, a vida do policial não interessa. A vida do pai de família não interessa. O que interessa é movimento para fazer barulho.

Por exemplo: a respeito dessa vereadora que morreu no Rio de Janeiro, eu soube que até o papa ligou para a família dela. Por que o papa não liga para as famílias dos policiais mortos. Sabe por quê? Porque ele gosta de um movimento esquerdista; porque ele gosta de um barulho desse jeito.

Com os policiais mortos, ninguém se preocupa. A vida do policial, no nosso País, não vale nada. Até quando? - eu pergunto. Em três anos, na França - que vive um estado terrível de terrorismo -, 161 pessoas foram mortas. Dessas 161 pessoas, três eram policiais.

Aqui no Brasil, só no Rio de Janeiro, em um ano, 164 policiais foram mortos. Ninguém está preocupado. A minha vida e a sua, Coronel Camilo, não valem nada. A vida dos nossos homens e mulheres, para esse tipo de pessoa - que só valoriza o crime e defende bandido - não vale nada.

Precisamos mudar urgentemente essa postura, por que, se não, estaremos com o País totalmente dominado pelo crime. Falta pouco.

Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO VINHOLI - PSDB - Cumprimento o nobre deputado Coronel Telhada pelas palavras.

Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, visitantes, funcionários desta Casa, parabenizo os nossos policiais militares de São Paulo.

Hoje, está estampado nos principais jornais - pelo menos eu vi num grande jornal: “Homicídios em São Paulo caem 78% em 18 anos.

 

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- É feita exibição de fotografia.

 

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“Resultado que se vê.” Está nos jornais de hoje.

Mas eu queria explicar para vocês o valor do policial de São Paulo. Todo mundo viu: 18 anos de queda. Saímos de 35 homicídios por 100 mil habitantes (mais ou menos 12 mil pessoas morriam de homicídio doloso em 2001) e, hoje, 7,8 homicídios por 100 mil habitantes - é um grande trabalho da polícia de São Paulo. E não é só em uma cidade, como em Bogotá ou em Nova York, é no estado todo.

A queda de homicídios tem vários fatores: o disque-denúncia, a Lei Seca, o desarmamento. Mas o maior fator, e o mais importante, é a ação da polícia do estado de São Paulo.

Por que esse meu reconhecimento? Primeiro, eu fui comandante geral. Comandei por três anos essa gente tão boa que se propõe a proteger os outros, a salvar vidas, a morrer pela vida e pelo patrimônio dos outros. Mas o que é mais importante, apesar de todos esses números, a polícia não é reconhecida pelo governo, o salário é pequeno e o aumento foi pequeno.

Eu chamo a atenção para outro ponto. Além de fazer esse bom trabalho sem receber adequadamente, ainda tem um monte de funções que a polícia de São Paulo executa que não são delas. Temos presídios em São Paulo em que a guarda das muralhas é feita por policiais militares, nós temos a escolta de presos, com mais de 29 milhões gastos com isso, totalizando 80 mil escoltas em 2017. Ou seja, um serviço que não é de polícia.

Além das escoltas normais, que são feitas no interior do estado, poderíamos ter audiências feitas por teleconferências. Surgiu também, há pouco tempo, a audiência de custódia, que era um instituto bom, mas virou contra o policial. Quem faz o encaminhamento da audiência de custódia? O nosso policial militar.

Recentemente, tivemos também guarda de armamento dos fóruns. Para não roubar os fóruns, colocam as armas nos quartéis da Polícia Militar.

Parabéns a você, policial militar do estado de São Paulo! Parabéns por todo esse grande trabalho. Apesar de todo esse serviço a mais e desse salário, você demonstra esses resultados que estão na tela: 78% de queda nos homicídios. Não tem outra coisa, senão agradecer a você, Polícia Militar de São Paulo.

É um privilégio meu ter comandado a Polícia Militar do Estado de São Paulo, tanta gente boa que faz acontecer e, hoje, está estampado nos jornais esse grande trabalho.

Parabéns, policial militar de São Paulo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Camilo.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Tem a palavra o nobre deputado Marco Vinholi.

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, funcionárias e funcionários desta Casa.

Quero cumprimentar o município de Barueri, que apresentou números fantásticos da nossa Polícia Militar e da nossa Segurança Pública do Estado de São Paulo. Parabéns a toda a polícia do nosso estado.

Quero parabenizar o município de Barueri, que está fazendo 69 anos hoje - um município jovem do estado de São Paulo, mas que tem tido um grande destaque ao longo da vida.

Hoje cedo, eu estive lá junto com o prefeito Rubens Furlan e a comunidade de Barueri, que hoje está em festa por conta desse importante aniversário.

Queria, também, cumprimentar a Fundação Padre Albino, de Catanduva. Amanhã, a Fundação comemora 50 anos de instituição. É uma fundação que faz a Medicina na nossa região, que tem a sua Faculdade de Medicina, tão importante na formação de médicos, enfermeiros e profissionais da Saúde. Ela faz história não só no município de Catanduva, mas em toda a região.

Na próxima semana, iremos comemorar os 150 anos da vinda do padre Albino, o grande benfeitor da cidade. A sua beatificação está sendo avaliada no Vaticano. É uma pessoa que fez história no nosso município e mora nos corações de todos os catanduvenses. Portanto, quero cumprimentar a nossa Fundação Padre Albino. Na semana passada, tive a honra e a alegria de dar o meu presente à Fundação. Assinamos uma emenda de 300 mil reais para o custeio da Saúde no hospital. Na próxima quarta-feira, estaremos com o secretário David Uip, buscando mais recursos para a instalação do Hospital do Câncer de Catanduva. Deixo os meus cumprimentos à Fundação Padre Albino, orgulho da nossa região.

Gostaria de comentar um pouquinho sobre a primeira proposta econômica colocada pelo nosso governador Geraldo Alckmin. É importante contextualizarmos que, nos últimos anos, o Partido dos Trabalhadores - com a nova matriz econômica, um desastre na economia do País, com um intervencionismo exacerbado, ideológico e descompensado - provocou esse grande rombo no nosso País. Agora, estamos conseguindo iniciar uma superação, com um PIB já partindo para números positivos, depois de tanto sofrermos nos últimos anos.

O governo Geraldo Alckmin já apresenta uma proposta importante para aquele que mais precisa dessas reformas, o trabalhador, que paga o seu FGTS e contribui, mas que tem visto, ao longo da sua história e ao longo dos anos, esse recurso se esvair, não rendendo como deveria render. Para se ter uma ideia, se você colocasse um real no FGTS, em 1995, hoje você teria R$ 4,70. Se colocasse esse mesmo um real no CDI, você teria R$ 20,70. Se tivesse colocado na poupança, teria nove reais.

É assim que a renda desse trabalhador vem sendo exaurida. A primeira proposta econômica que o governador Geraldo Alckmin apresenta, com uma equipe profissional, é que esse recurso do FGTS seja sempre acima da inflação, ao menos com um pequeno ganho acima da inflação, para que não haja perda ao longo desse período. A proposta é usar a TLP para que seja fixada a taxa do FGTS. É uma proposta importante, mostrando a que vem e o que propõe para o País. É uma proposta interessante, sobretudo para o trabalhador comum, aquele que tem o seu FGTS sendo exaurido ao longo da sua história. Se isso acontecer no nosso País, ele irá comemorar.

Sr. Presidente, ouvi o deputado Carlos Giannazi colocar a sua narrativa do que vem acontecendo no Sampaprev. É uma narrativa quase fantasiosa, como se a Guarda Municipal tivesse tido o poder de uma polícia que fosse contra os manifestantes e contra o seu direito de manifestar. É uma fábula. Eu exibi o vídeo dias atrás. Os manifestantes - ingênuos, como ele mesmo colocou aqui, muitos deles filiados ao PSOL e a outros partidos, o que não tem problema nenhum - foram lá e quebraram a porta da Câmara dos vereadores.

Eles tiveram a sua manifestação respeitada pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal. Aconteceu sim uma fatalidade, que deve ser julgada e condenada. No entanto, transformar essa narrativa em uma coibição de manifestação é, no mínimo, fantasioso, para não usar outro termo. Entendo o ponto de vista do deputado Carlos Giannazi, pois ele representa essa classe. Porém, temos outro ponto de vista. De cada dez reais que a população paulistana paga de IPTU, nove vão para a previdência municipal. Há um rombo enorme. É evidente que precisamos cuidar disso, e é isso que tem sido feito, de forma corajosa, no município de São Paulo.

Quanto ao estado de São Paulo, isso já foi feito tempos atrás. É por isso que superamos essa crise que assombrou o Brasil. Mas São Paulo se manteve em pé, apesar do turbilhão em que o Partido dos Trabalhadores deixou o País.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Gostaria de parabenizar nosso deputado Marco Vinholi pelas palavras. Vossa Excelência tem total razão e tenho que concordar. Na Câmara Municipal de São Paulo, ocorreu uma invasão. Senhores e senhoras, invasão é crime. Quebraram a porta da Câmara. Depois, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana tiveram que colocar ordem, infelizmente. Não queríamos que nada disso tivesse acontecido.

Primeiramente, quero parabenizar a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e a Polícia Militar, como falou o deputado Marco Vinholi. Em segundo lugar, quero lamentar um fato como esse, porque não é dessa forma que se exerce a democracia. Deputado Marco Vinholi, parabéns também pelo seu trabalho nesta Casa, agora como líder do PSDB. Chegou aqui já fazendo a diferença: foi relator do último Orçamento e agora é líder do PSDB. Muito sucesso.

E fica um convite a você que nos acompanha pela TV Assembleia: assista sempre aos nossos programas, inteire-se dos fatos que estão acontecendo aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo, procure no site. Verifique, no portal da Assembleia, o que está se passando, quais são as comissões, quais são as votações e quais são os documentários previstos na programação da TV Assembleia. Inteire-se do seu Parlamento Estadual. Acompanhe o seu deputado, critique o que estiver errado e faça sugestões quanto ao que estiver certo. Mas não deixe de participar. A participação é importante. É através dela que vamos mudar as coisas - seja na Assembleia, no Brasil ou na sua cidade - para melhor.

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de quinta-feira. Esta Presidência lembra-os, ainda, da sessão solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de realizar a outorga do colar de honra ao mérito legislativo do estado de São Paulo ao engenheiro Antônio José Rodrigues Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; e lembra-os, também, da sessão solene a realizar-se amanhã, às 10 horas, com a finalidade de outorgar o colar de honra ao mérito legislativo do estado ao artista Marcos Frota.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 01 minuto.

 

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