http://www.al.sp.gov.br/web/images/LogoDTT.gif

 

 

25 DE SETEMBRO DE 2017

 

056ª SESSÃO SOLENE EM HomenageM Às Entidades Representativas da Polícia Militar do Estado de São Paulo

 

Presidente: CORONEL CAMILO

 

RESUMO

 

1 - CORONEL CAMILO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - VERA BUCHERONI

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos, em "Homenagem às entidades representativas da Polícia Militar do Estado de São Paulo". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Coloca-se à disposição de todas as entidades representativas da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Tece elogios ao trabalho desenvolvido pelas associações em prol dos policiais militares e seus familiares. Cita que ao longo dos últimos anos houve redução no número de homicídios no Estado, a seu ver, pela atuação da Polícia Militar. Menciona que os policiais de São Paulo têm um dos piores salários do País, motivo pelo qual reivindica reajuste salarial para a categoria. Anuncia a apresentação do Coral da Cruz Azul, sobre cuja importância discorre. Cumprimenta cada um dos integrantes do coral. Presta homenagem, com entrega de placa, a cada uma das entidades representativas da Polícia Militar do Estado de São Paulo presentes na solenidade.

 

4 - ANA ANGELA PALERMO

Presidente da Pauliserv - SP, discorre sobre os problemas enfrentados pela Polícia Militar de São Paulo. Critica o Governo do Estado pela gestão na área de Segurança Pública. Defende reajuste salarial para a categoria.

 

5 - ERNESTO PUGLIA NETO

Coronel PM e secretário executivo da Defenda PM, defende o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Polícia Militar através de reajuste salarial. Destaca a importância da Defenda PM na representação dos policiais militares do Estado.

 

6 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Sugere a união entre as associações representativas da Polícia Militar na luta por reajuste salarial.

 

7 - WILSON MORAIS

Coordenador das Associações dos Policiais Militares do Estado de São Paulo e presidente da Associação de Cabos e Soldados, cumprimenta todos os presentes. Parabeniza o deputado Coronel Camilo pela iniciativa da homenagem. Elogia a receptividade do parlamentar na época em que era comandante da PM. Discorre sobre a importância das entidades representativas da Polícia Militar. Tece comentários acerca dos problemas inerentes ao trabalho policial. Elogia a qualidade do serviço prestado pelos policiais militares do estado de São Paulo, apesar de o salário da categoria ser um dos mais baixos do País. Reivindica reajuste salarial para a classe policial.

 

8 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Alerta para o número de policiais militares feridos em serviço. Destaca a importância do reconhecimento do serviço prestado pelos policiais, os quais considera comprometidos e dedicados.

 

9 - GLAUCO CARVALHO

Coronel da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo, cumprimenta os presentes. Destaca a importância das entidades representativas da PM na defesa da categoria. Considera que a Polícia Militar é desvalorizada pelo governo estadual, dando exemplo da perda de equiparação salarial com a Polícia Civil. Destaca números de apreensão de armas e indivíduos presos em flagrante pela Polícia Militar. Ressalta a importância da união entre as entidades representativas da PM na luta por melhorias salariais.

 

10 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Enfatiza a importância da reivindicação por reajuste salarial para a categoria. Pondera que as medidas adotadas pelo Governo do Estado trouxeram melhorias para a economia.

 

11 - FRANCISCO BATISTA LEOPOLDO JR

Chefe de gabinete do Comando Geral, representando o comandante-geral coronel Nivaldo Cesar Restivo, cumprimenta e elogia as autoridades presentes. Considera fundamental o apoio das entidades representativas, pois, adiciona, o policial militar tem limitações constitucionais na maneira de reivindicar. Elogia o trabalho da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Manifesta expectativa de que o governo estadual valorize a categoria. Parabeniza o deputado Coronel Camilo pela realização da solenidade.

 

12 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Considera ordeiro e dedicado o serviço prestado pelo policial militar do estado de São Paulo. Destaca a importância de cobrar do governo estadual reajuste salarial para a categoria. Elogia o trabalho das associações na assistência ao policial, a seu ver, muitas vezes em substituição do Estado. Coloca-se à disposição de todas as entidades representativas da Polícia Militar. Faz agradecimentos gerais e encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Camilo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Senhoras e senhores, boa noite a todos, eu gostaria de convidar para fazer parte da nossa Mesa o Elcio Inocente, da Associação dos Deficientes Físicos. Pessoal, sejam todos bem-vindos a esta Casa de Leis, é uma solene muito singela para homenagear aqueles que estão defendendo os nossos Polícias Militares, que são todos vocês de nossas associações.

Queria colocar todos na Mesa, mas não cabe, então sintam-se como extensão da nossa Mesa de trabalho. Então, saudando o nosso coronel Leopoldo, representando o coronel Nivaldo, o nosso comandante-geral, e também queria saudar aqui o coronel Júlio da nossa Cruz Azul de São Paulo. O cabo Wilson da Coordenadoria das associações representativas dos policiais militares e presidente da Associação dos Cabos e Soldados.

O coronel Glauco, diretor de Relações Institucionais da AOPM, representando o coronel Chiari, o seu presidente. Eu gostaria de saudar também o nosso amigo Elcio Inocente, e todos aqui na plateia. Eu me permito saudar a todos em nome do nosso coronel Jorge, - que é o nosso mais moderno, de ponta cabeça, é o veterano mais antigo das nossas associações, defende com muita garra os oficiais da Polícia Militar de uma forma geral. Começou lá com os oficiais da reserva, mas agora a todos - e depois faremos mais algumas citações.

Esta é uma sessão solene, neste plenário só acontecem este tipo de sessão por determinação do nosso presidente Cauê Macris, e por solicitação de um dos deputados, e neste caso eu pedi para fazer a sessão solene hoje aqui, os deputados votaram e aprovaram esta sessão em homenagem às nossas entidades.

Eu agradeço ao nosso Cerimonial. Senhores Deputados e Senhoras Deputadas, minhas senhoras e meus senhores, esta é uma sessão solene com a finalidade de homenagear as entidades representativas da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Eu convido a todos os presentes para que, em posição de respeito, possamos cantar o Hino Nacional Brasileiro executado pela Banda da Polícia Militar sob a regência do 1º sargento PM Ferreira.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Muito obrigado, uma salva de palmas ao nosso maestro Ferreira, e a toda a Banda da Polícia Militar de São Paulo, sempre colaborando com nossa Assembleia Legislativa, sejam sempre bem-vindos, levem um grande abraço ao comandante do Corpo Musical, o capitão Nascimento, obrigado. (Palmas.)

Eu gostaria de fazer o uso da palavra, e deixar aqui alguns comentários a respeito deste nosso objetivo. Eu queria já de pronto colocar à disposição de todas as nossas associações o meu gabinete, 2111 desta Casa, para aquilo que pudermos trabalhar pela família Policial Militar, o gabinete está sempre à disposição. Esta sessão é para homenagear a todos vocês. E fica aqui um pedido meu a todos os integrantes das associações, levem este meu reconhecimento a toda a associação de vocês, a todo esse grande trabalho que é feito por pessoas que muitas vezes não temos contato, e como deputado tenho me socorrido de algumas associações que têm nos ajudado a ajudar a família Policial Militar.

Então, muito obrigado por fazerem a diferença na vida da nossa Polícia Militar. Temos muitas carências, e eu faço questão de citar uma delas, a assistência jurídica. Os nossos policiais não têm assistência jurídica do Estado, e eu estou trabalhando em um projeto para a criação de um recurso na Caixa Beneficente da Polícia Militar, para que os nossos policiais no estado todo possam ter quem os defenda. Hoje, se um policial militar vai por dever de ofício cumprindo uma obrigação, atender uma ocorrência de roubo, de caixa eletrônico, qualquer tipo de ocorrência, muitas vezes acaba sendo alvejado, acaba ferido, acaba morrendo. Mas se o policial provoca uma lesão no infrator, tem que responder um processo. Ele atendeu a ocorrência, ele fez isso para defender o cidadão e nada mais justo que ele tenha uma assistência jurídica, coisa que ele não tem.

 Hoje ele precisa pagar do próprio bolso, e paga através das associações, na maioria das vezes, para se defender. Então, estamos tentando fazer esse trabalho aqui. É aí que vai o meu reconhecimento a todas as associações, não só nesses casos, mas em outros, como o apoio psicológico que muitas associações dão à família do policial militar, por algum fato que aconteceu durante a sua vida, e muitas vezes até durante a sua vida em serviço, às vezes ao próprio policial militar.

Ele passou por um momento difícil, e precisou de apoio. E o que acontece? Normalmente o Estado não lhe dá esse apoio; temos um programa de acompanhamento ao policial, mas nem sempre isso atinge de maneira adequada a família do policial militar, e a outra e mais importante das ações das nossas associações: a representatividade. Fui comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, e eu sei da dificuldade que temos em negociar com o Estado de São Paulo, não só aqui, mas no Brasil inteiro isso deve acontecer.

Ou seja, o policial militar é um militar estadual, sendo assim, ele tem uma série de restrições de direitos, e inclusive restrição de direitos constitucionais. O policial militar de São Paulo, por ser militar estadual não pode fazer greve, ele não pode pertencer a partidos políticos, ele não pode se sindicalizar. Então, não tem sindicato que os defenda. Ele não pode participar de manifestações, e a reivindicação é feita normalmente pelas associações.

Então, aí vai o grande valor de todos os senhores e senhoras das nossas associações, fica aqui o reconhecimento e é para isso que estamos fazendo isto hoje. Para reconhecer esse grande trabalho de todos que colaboram com a família Policial Militar, ou seja, aqueles que ajudam o nosso policial.

A Cruz Azul de São Paulo também da mesma forma, dando um apoio seja aqui diretamente, ou seja no interior, em alguns locais diretamente, também prestando o auxílio à saúde da nossa família Policial Militar, que também o Estado não consegue chegar lá.

Estamos brigando aqui no bom sentido, para que o Estado dê essa cobertura como fazem em outras carreiras, com planos de gestão na área da Saúde, que o Estado aporte um recurso para que polícia possa fazer esse trabalho. Quem acaba fazendo isso são as nossas associações, e então fica aqui o meu reconhecimento a todos.

Eu gostaria que fosse muito melhor para o policial que está fazendo a diferença no Brasil inteiro. A situação de São Paulo em termos de Segurança Pública e principalmente nos homicídios a taxa tem sido reduzida sensivelmente durante os anos, saímos de 35 por 100 mil habitantes, ou 37, não me lembro bem, em 1999, para 8,5 agora. Se pegarmos a situação na capital, então é menor ainda o índice de homicídios, perdíamos 12 mil vidas em 1999, hoje ainda se perdem, infelizmente, mas em um número bem menor, por volta de 3.800 por ano. Se Deus quiser isso vai diminuir mais, e isso é fruto do grande trabalho do policial militar.

Por outro lado, estamos com o 22º, 23º pior salário do Brasil em relação às demais Polícias, num estado pujante como São Paulo. Aí mais uma vez entram as nossas associações.

Estão convidadas a irem a partir de hoje - e desde sempre - a fazer um trabalho muito forte. Já conversamos até com o cabo Wilson, que é o coordenador das entidades, gostaríamos de todas as entidades, junto com o nosso comandante-geral, o coronel Nivaldo, reivindicar o merecido reajuste salarial da categoria, já que o trabalho bem feito está aí. A redução dos homicídios também.

Túlio Kahn fez uma projeção, que devido a essa diminuição que tivemos nos homicídios nesses últimos 15 anos, 16 anos, se continuasse da mesma forma, mais de 70 mil vidas teriam sido ceifadas. Ou seja, a polícia de São Paulo, principalmente a Polícia Militar, que é a que faz a prevenção, evitou que 70 mil pessoas perdessem a vida de 1999 para cá, por causa dessa redução dos homicídios.

Então, precisamos sim do reconhecimento. Conto com todos os senhores, meu gabinete está aberto, e vamos trabalhar em conjunto com o Comando Geral, para fazer esse reconhecimento. Qual é o reconhecimento de que precisamos agora? Precisamos das ações, que o Estado pague-as, precisamos que pague benefícios, acesso a prêmio, GAP, RTP, precisamos de alguma ação de outra associação também. Mas o foco hoje tem que ser um só, de todas as associações, reajustes salariais e reajustes salariais no padrão, para não prejudicarmos aqueles que já passaram por aqui, aos veteranos. Se hoje temos uma grande polícia, que está dando esse resultado fantástico, é porque tivemos aqui veteranos que fizeram acontecer no passado, que fizeram um grande trabalho. Deixaram essa grande instituição para o povo de São Paulo, e então é por isso que estamos brigando por reajustes no padrão, porque ele atinge os policiais da ativa, atinge os veteranos, e atinge aos pensionistas também, pois se sacrificaram junto com os seus entes queridos que já foram, para termos essa grande Polícia. Esse é o nosso objetivo hoje aqui.

Muito obrigado pela presença de todos, e antes de passarmos para as falas, queria já apresentar o Coral da nossa Cruz Azul. Ele fará uma apresentação aqui para abrilhantar o nosso evento. Por gentileza, o plenário é de todos vocês. O Coral da Cruz Azul de São Paulo foi criado em meados de 1992, e é formado voluntariamente por mais de 20 colaboradores de diversos setores da entidade.

É uma entidade filantrópica, e sob a regência do maestro Cristiano Leite Rangel, a equipe integra o programa de humanização da Cruz Azul, aliás, eu queria deixar aqui o meu reconhecimento à Cruz Azul pelo tratamento que tem dado aos nossos pacientes, o que reforça o compromisso com a assistência integral a saúde, e leva alegria e o encanto da música aos pacientes, familiares e demais colaboradores, nos andares de internação, no pronto-socorro e nas recepções do complexo hospitalar, assim como abrilhantam os eventos promovidos pela instituição.

O trabalho realizado é de extrema importância para ambas as partes, para os coralistas, pois a atividade se torna lúdica, aliviando o estresse e melhorando a concentração no trabalho. E para os pacientes, por levarem alento e esperança por meio de belas canções. Neste momento ouviremos uma apresentação do coral da Cruz Azul de São Paulo.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns ao nosso coral.

 

* * *

 

- É feita a apresentação do Coral.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE CORONEL CAMILO - PSD - Mais uma salva de palmas ao nosso Coral da Cruz Azul. É sempre bom ouvir uma boa música, encanta a alma. (Palmas.)

Gostaria de citar algumas personalidades que estão abrilhantando a nossa festa, e depois também as demais entidades presentes. Queria saudar aqui o nosso guarda marinha Ferreira, representando o vice-almirante Guerreiro, comandante do 8º Distrito Naval. E também o nosso coronel José Paulo Marcolino Rosa, chefe de gabinete do coronel Telhada; José Paulo, obrigado. Andrea Feliponi Garcia, representando o deputado estadual Itamar Borges, muito obrigado. O Udine Verardi, representando o deputado estadual Antonio Salim Curiati, muito obrigado. Capitão Sandro Luiz Zanardo, representando o coronel Homero de Giorge Cerqueira, comandante do CPA-M3. Paulo Aguiar, presidente do Lions Clube Parque Continental. José Carlos de Barros Lima, diretor do Colégio Santo Ivo.

Maristela Schildt, do Partido PSD Mulher; obrigado Maristela. Engenheiro João Carolino Ramos, representando a Associação dos Amigos da Polícia Militar do Grande ABC, diretor social. Mônica Heine, coordenadora da Divisão B1 do Distrito LC-2, Lions Clube São Paulo-Pompéia, muito obrigado pela presença de todos.

Nós vamos fazer agora a homenagem às nossas associações em duas partes, mas antes citarei a todos. Reinaldo Bressani, nosso poeta, e vice-presidente da API, Associação Paulista de Imprensa; muito obrigado pela presença, Reinaldo. O nosso capelão Benedito de Oliveira, da ABFIP, Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz do Batalhão SUES. Luis Fernando Pereira Carneiro, secretário-geral, neste ato representando a Associação dos Subtenentes e Sargentos; Pereira, muito obrigado pela presença.

A nossa amiga Célia Maria Silva, da União das Pensionistas; obrigado Célia pela parceria de sempre, e por dar continuidade no atendimento às nossas pensionistas que começou lá atrás, com a dona Hortência. Coronel Farmacêutico Ferreira, muito obrigado. A Associação dos Oficiais de Saúde, muito obrigado. Coronel Jorge, presidente da Aomesp, Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo, o nosso decano hoje aqui. A Cleusa Badanai, presidente da Associação de Valorização dos Policiais de São Paulo. Cleusa, muito obrigado.

Marco Roberto Francisco, vice-presidente, representando o nosso coronel Carlos Nogueira, da Adepom, muito obrigado. Carlos Roberto Munhoz Batista, diretor do Conselho Fiscal, e representando a Associação de Veteranos da Força Aérea Brasileira, muito obrigado. O coronel Ernesto Puglia Neto, secretário executivo da nossa Associação Defenda a Polícia Militar. Jason Maurício Santos, secretário- geral, representando a AOPP, Associação dos Oficiais Praças e Pensionistas da Polícia Militar.

Marco Cristiano Valer, representando aqui o nosso defensor-geral da Defensoria Pública do Estado, muito obrigado pela presença. Coronel João Gomes Filho, diretor administrativo e financeiro da Afam, representando o nosso coronel Allegretti, obrigado pela presença. Coronel Alexandre Terra, da Associação dos PMs de Cristo, grande parceiro; muito obrigado Terra, um abraço no Joel e em todo mundo. Jairo Junqueira Silva Filho, presidente da Associação Força Expedicionária Brasileira, muito obrigado. Se alguma associação não foi citada, por favor, passe o nome ao nosso Cerimonial para fazermos aqui a citação e registrarmos a presença de todos. Vamos fazer uma homenagem em duas etapas, e eu peço ao Cerimonial que chame as primeiras associações homenageadas.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Para receber a sua homenagem, convido para se colocar a frente da Mesa principal: o major José Ferreira Marcos, presidente da Associação de Oficiais de Saúde; coronel Joel Gomes Filho, representando a Associação de Fundos de Auxílio Mútuo dos Policiais Militares do Estado de São Paulo.

Luiz Fernando Carneiro, representando o presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Estado de São Paulo. O coronel Jorge Gonçalves, presidente dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo. Senhora Célia Maria da Silva, presidente da União das Pensionistas. Jason Maurício Santos, representando a Associação dos Oficiais Praças e Pensionistas da Polícia Militar do Estado de São Paulo, e a senhora Ana Ângela Palermo, presidente da Associação Paulista dos Servidores do Estado e Município de São Paulo.

O deputado convida a Mesa para auxiliar na entrega das homenagens.

 

* * *

 

- São entregues as placas às referidas entidades.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE CORONEL CAMILO - PSD - Uma salva de palmas a todas essas associações, peço ao Cerimonial que, por favor, chame os demais.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Dando sequência às homenagens, eu convido Carlos Senna de Souza, primeiro-tenente, presidente da Associação de Socorros Mútuos dos Policiais Militares do Estado de São Paulo. O coronel Júlio Antônio Freitas Gonçalves, superintendente do Hospital Cruz Azul de São Paulo.

O senhor Marco Roberto Francisco, que representa o coronel Luiz Carlos Nogueira, presidente da Adepom. Coronel Ernesto Plugia Neto, que representa a Associação Defenda São Paulo, o Sr. Jairo Junqueira Silva Filho, presidente da Associação Força Expedicionária Brasileira.

Convido também o cabo Wilson de Oliveira Morais, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar.

 

* * *

 

- São entregues as placas às referidas entidades.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Encerrando as homenagens, o deputado Coronel Camilo fará a entrega ao terceiro sargento Elcio Inocente, presidente da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo.

 

* * *

 

- É entregue a placa à referida entidade.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Convido para receber a homenagem a Associação para a Valorização Policial do Estado de São Paulo, por favor, senhora.

 

O SR. PRESIDENTE CORONEL CAMILO - PSD - Venha aqui, Cleusa.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Dona Cleusa Badanai.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Senhoras e senhores, chegou um momento muito importante, que é o momento das manifestações dos nossos representantes das associações. E para iniciar essa fala aqui, iniciar bem, eu chamo para fazer o uso da palavra e pedindo a todos - são vários que vão falar - que seja o mais breve possível. Eu chamo a nossa Ana Angela Palermo. Suba, Angela, e pode falar aqui da tribuna. Cada associação vai falar um pouquinho, duas associações e a Mesa.

 

A SRA. ANA ANGELA PALERMO - Boa noite a todos, gostaria de agradecer a esta Casa, ao deputado Camilo, que foi um divisor de águas como comandante nas nossas reuniões e em todos os anos que o senhor foi comandante- geral, nos orientando e alinhando para que nada chegasse ao ponto que está. E agradeço ao nosso coronel Leopoldo, nossos coronéis, ao presidente da ASSPM, nossos colegas ASSPM.

Sabemos a humilhação que é estar diante do secretário de Segurança e do governador. É como se nós tivéssemos pedindo esmolas, e isso nos torna de certa maneira pequenos, mas nos lembramos da grandeza do estado de São Paulo, onde as nossas viaturas estão, os nossos policiais tombados, e todas as nossas viúvas que levam para casa só a bandeira do estado de São Paulo.

Eu estou meio emocionada, porque toda vez que eu saio de uma reunião de ASSPM ou com uma promessa medíocre de um governador que não reconhece a polícia que tem, e nem ao menos cumpre com a data-base, isso me deixa muito triste, porque eu estou numa entidade, mas eu sou cidadã. E como cidadã eu quero uma cidade melhor, eu quero reconhecimento dos meus policiais, das bases e dos nossos comandantes, que de uma certa maneira acabam sobrecarregados com essa pressão. É a mídia em cima, é o vizinho em cima. E em um dia brilhante como este, não tem ninguém aqui, que poderia estar falando “A nossa polícia melhor” e tudo mais.

Então, hoje embora seja um dia de festa, temos que lembrar dos nossos policiais tombados e pedir ao governador que ele cumpra o que ele deve, é só isso. Não é aumento, sabemos da crise, sabemos de tudo, só cumpra o que deve, que é o reajuste.

Eu agradeço a oportunidade, e o senhor que sempre lembrou de nós aqui. E como diz o nosso coral brilhante da Cruz Azul, “dias melhores virão”, e nós estamos juntos para que isso aconteça, pode acreditar. Boa noite e obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns a Ana Angela, pelas palavras. Eu gostaria de chamar para que faça o uso da palavra, o nosso coronel Ernesto Puglia Neto, da Associação Defenda Polícia Militar. É o secretário executivo, um dos mais recentes veteranos da nossa polícia, passou para a reserva em pouquíssimo tempo e já está em uma outra empreitada trabalhando pelos nossos policiais, parabéns, a palavra é sua.

 

O SR. ERNESTO PUGLIA NETO - Obrigado comandante, nosso deputado Coronel Camilo, eterno comandante-geral. Senhores membros da Mesa e demais membros das associações representativas, eu não poderia deixar passar a oportunidade de falar em nome da Defenda, que tem um ano de vida, eu posso dizer claramente que ela mostrou a que veio, que é defender a Polícia Militar e defender os valores institucionais, defender os nossos policiais militares, como bem disse a nossa companheira da ASSPM, da Pauliserv. Nós precisamos ser efetivamente reconhecidos, e esse reconhecimento vem através de muitas formas, principalmente na atual circunstância, por meio de um reajuste salarial decente, mas também vem por outros meios, comandante.

Nós vemos a cada momento, a cada hora, a Polícia Militar do Estado de São Paulo, através dos seus representantes principais serem humilhados, e muitas vezes serem vilipendiados em seus direitos constitucionais, e nós não podemos, como associações representativas de policiais militares, aceitar que algumas medidas sejam tomadas de forma unilateral, por parte de quem quer que seja.

Acredito que como o nosso comandante disse, nós somos a voz da instituição, somos as vozes dos nossos policiais militares, das nossas pensionistas, temos que nos manifestarmos de forma clara, direta, objetiva, e muitas vezes infelizmente de forma contundente, porque nós temos que ser ouvidos; se formos ouvidos, todos os nossos 180 mil representados também serão.

Não podemos deixar que algumas atribuições constitucionais sejam tomadas dos nossos policiais militares, que sejam realizadas através de uma Polícia Municipal que não existe, e está sendo instituída dentro do nosso município de São Paulo, e de outros municípios que já vem nessa esteira também. Seja através da retirada do poder da autoridade judiciária militar do nosso social, da Polícia Militar, que é solapado, é menosprezado, e é diminuído em sua atribuição constitucional por atitudes que não são as mais republicanas.

E não podemos ficar calados aceitando que tudo isso aconteça, a Defenda Polícia Militar e tantas outras associações têm se manifestado, e acho que essas manifestações devem ser cada vez mais altas, para serem ouvidas, mais claras para serem entendidas.

Eu agradeço ao nosso eterno comandante, agradeço ao comando da instituição aqui representada pelo coronel Leopoldo, que nos dá a sustentação e nos dá o norte para o qual nós devemos seguir, e o que afinal nós representamos, policiais militares, portanto, representamos também o comando da instituição. É o comando da instituição que tem que dizer qual é o norte que temos de seguir. Essa é a minha fala, comandante, muito obrigado pela oportunidade, e obrigado por homenagear a Defenda Polícia Militar dentro do seu primeiro ano de existência, muito obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Muito obrigado, coronel Ernesto, obrigado pelas palavras, parabéns também pela Defenda Polícia Militar, pelo seu um ano de aniversário, que faça como as demais associações aqui. Aliás, todos nós precisamos sempre de união, todas as nossas associações devem estar unidas em um único objetivo. E se eu pudesse dar uma sugestão aos senhores e senhoras, o nosso único objetivo hoje é reajuste salarial.

Temos que ter foco, e é dessa forma que estamos e vamos seguir com as orientações do Comando Geral, mas vamos falar com o nosso governador a respeito desses três anos sem reajuste.

Chamo agora para fazer o uso da palavra, o nosso representante da ASSPM, o nosso cabo Wilson para vir à tribuna. Ele já foi deputado por esta Casa, e agora fazendo também um bom trabalho da ASSPM. A palavra está com o senhor.

 

O SR. WILSON MORAIS - Boa noite a todos os senhores e senhoras, primeiro gostaria de agradecer a Deus por estarmos aqui nesta noite maravilhosa, e comemorando as homenagens das entidades da Polícia Militar. Então, cumprimento o coronel Tadeu rapidamente, o coronel Freitas, meu amigo de muitos anos, meu tenente Freitas, trabalhamos juntos no 11.

Coronel Leopoldo, nosso chefe de Gabinete, sempre recebendo a todas às entidades na hora que se precisa falar com o comandante-geral. O meu amigo Elcio, que está em todas as batalhas. Na situação do Elcio, as entidades nacionais o convocam e ele vai para Brasília, para Roraima, tudo quando é lugar o Elcio está lá. Eu te admiro muito, Elcio, pela tua força de vontade.

Então, cumprimento a todas as entidades; o coronel Jorge, que é o nosso decano; cumprimento a todas as outras entidades que fazem parte da ASSPM. Cumprimento a Ana e a dona Célia, as nossas pensionistas, enfim, a todos aqui presentes, e a minha diretoria dos cabos e soldados estão presentes também. Os diretores da executiva, do Conselho Fiscal, mas especialmente o meu sempre comandante-geral, o coronel Camilo, hoje deputado estadual, eu quero te parabenizar por esta iniciativa.

O senhor como comandante-geral nunca se esqueceu das entidades de classe, e talvez tenha sido o único comandante que nos convidou para almoçar lá no QCG. Pelo menos de dois em dois meses tínhamos um almoço com o comandante-geral, e era onde nós poderíamos estar sempre falando nas questões de cada entidade. Eu sempre te admirei, e talvez seja por isso que foi eleito vereador, e hoje deputado estadual representando a nossa gloriosa PM.

Por que? Porque é sempre atento a tudo, com jeitinho do interior, conduzindo as coisas, foi um comandante que recebeu as entidades, nunca esquecemos. Como está sendo hoje o coronel Nivaldo. Ele há pouco assumiu, mas também tem tido um diálogo grande com as entidades. E como tem também o nosso secretário, mas é aquilo que nós falamos, não é o secretário que está com a caneta na mão, é o governador.

Hoje também não poderíamos deixar de falar da questão salarial, deixar isso passar batido. Mas também falar um pouco das entidades, porque aqui estão todas da Polícia Militar, os seus presidentes ou representantes, entidades que vêm colaborando, principalmente com o comando da corporação. Sempre seguimos com as diretrizes do comando, temos ajudado muito o comando e até o próprio governo, muitas ações que as entidades fazem, que seriam obrigação do Governo do Estado, e o governo não as fazem.

Senhores, hoje visitei a APMDFESP, o Elcio, e nós vimos dezenas de pessoas fazendo fisioterapia. Só esse ano, deputado, já mais de 100 feridos em razão de serviço, por serem policiais. Mais de 70 mortos. Na quarta-feira eu estive na Baixada Santista e fui visitar as duas famílias dos dois colegas que foram assassinados, e os três colegas e suas respectivas famílias, que estavam internados no Hospital do Apas, lá na cidade de Santos, até quando vamos assistir a isso?

O estado de São Paulo, que é o maior estado, não está como Rio de Janeiro, que já chegaram aos 104 assassinados e 305 feridos. Aqui é o Elcio, que geralmente tem que socorrer esses feridos, alguns até morrem, outros ficam na cama, outros se recuperam, e somos a melhor polícia do Brasil. Isso todo mundo sabe, somos umas das melhores do mundo, mas somos a 25ª no ranking salarial do País, deputado, isso não pode continuar acontecendo.

Hoje, só o Rio de Janeiro, pasmem, senhores e senhoras, só o Rio de Janeiro e o Espírito Santo ganham menos do que São Paulo, é inadmissível. Nós chegamos a ser o segundo melhor salário do país, Brasília sempre foi o primeiro, porque diz que é o governo federal que paga. Mas, São Paulo sempre foi o segundo, e hoje é o 25º salário do país, não dá mais para aguentar deputado. Eu sei o empenho do senhor, e sei o empenho do Coronel Telhada, dos nossos deputados federais, que estão sempre na tribuna cobrando ao governador, mas as entidades se reúnem, todo mês, já tivemos várias reuniões com o secretário, tivemos em fevereiro com o governador.

Agora em outubro teremos novamente a reunião com o secretário, e vamos pedir para ver se o governador nos recebe novamente, para tentar sensibilizá-lo. Ele sempre diz que somos a melhor polícia do Brasil, de fato é a polícia que mais prende, são dez mil presos em flagrante durante um mês. A cada mês a Polícia Militar tira dez mil marginais de circulação, mas é a segunda polícia que mais morre no país depois do Rio de Janeiro. E é a melhor polícia, meu Deus do céu.

Então, será que já não passou da hora do governador acordar e prestigiar os policiais militares ativos e inativos? Eu acho que já passou da hora, deputado. Esperamos na boa fé do governador, que olhe pelos policiais militares. Estamos com famílias passando necessidade, passando fome, estamos 100% endividados com os bancos. Cem por cento da Polícia Militar deve aos bancos no consignado.

E não conseguimos, deputado, receber a mensalidade dos associados no holerite, porque não tem imagem, nem as associações eles não estão pagando, porque um terço já desconta do salário, e o outro terço paga o aluguel, uma vez que apenas 30% da Polícia Militar, do soldado ao coronel, possui casa própria. Não temos um plano de habitação. Você vê, constroem casas para todo mundo, a Caixa Econômica Federal constrói casas para todo mundo, mas o Governo do Estado não se preocupa com a moradia do policial.

No governo federal tivemos uma parceria, a Associação de Cabos e Soldados, graças a Deus são 6.170 casas entregues com as chaves na mão, é da obrigação do Estado e não da Associação de Cabos e Soldados, com o apoio da Caixa Econômica Federal. Então deputado, eu sei que o senhor tem uma amizade com o governador, o Coronel Telhada é do partido, e precisamos conversar mais sério, no pé do ouvido do governador, tem que ter respeito pela nossa Polícia.

A melhor polícia do Brasil, a polícia que mais prende, mas a polícia que mais morre, ganhando o 25º pior salário do País. Chega! Não aguentamos mais, deputado, não aguentamos o “não”, não vamos aceitar um “não”. A Polícia Militar de São Paulo é uma das polícias mais ordeiras do País, eu fui presidente da Associação Nacional dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Brasil, por oito anos, dois mandatos, conheço todas as polícias do Brasil, e a polícia de São Paulo é mais ordeira, nós nunca fizemos uma greve, aquilo em 88 não foi greve, nunca viram uma greve.

Greve foi o que se teve por aí pelos estados de Minas Gerais, Bahia, que eu participei de todos como presidente da Associação Nacional. Fui lá em defesa dos companheiros, negociar com os governadores, com o secretário de Segurança Pública e o comandante-geral na época. Nunca viram greve aqui, deputado, greve é aquela do Espírito Santo. Aqui nós somos ordeiros, não queremos greve no estado de São Paulo.

Não aceitamos a greve porque ela não vai prejudicar o governador, a greve prejudica a população que já está sofrida, morrendo, está diminuindo sim o número de homicídios, mas poderia estar morrendo menos gente. O policial feliz produz mais, e está na hora, já passou da hora do governo sentar com as entidades ordeiramente, como estamos fazendo, sem ameaçar greves, sem ameaçar nada.

 Está na hora do governo sentar e reconhecer que nós realmente somos a melhor polícia do Brasil, e então temos que ser pelo menos o terceiro melhor salário do País. Muito obrigado e Deus abençoe a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Muito obrigado, parabéns Wilson, sempre combativo. Eu queria complementar senhoras e senhores, algumas citações aqui do Cabo Wilson, não interrompi, mas falou muito bem, no meu comando a média de feridos era de 300 policiais por ano, essa cifra não aparece no noticiário.

Quando muito aparece o policial que morreu, o ferido não aparece, vai entrar na estatística do Elcio Inocente, lá na Associação dos Deficientes Físicos, como ele que foi baleado e está aqui, paraplégico. Muitos como ele, e alguns em situação pior, com tiros na cabeça, praticamente vegetando, e a família arcando com tudo isso. Fizemos até um projeto para o governo autorizar o home care, feito pelo Estado para esses casos de PMs atingidos em serviço, porque a família fica com esse ônus.

Hoje sabemos o quanto é custoso ter um cuidador, ter alguém em casa para cuidar de uma pessoa. Outra coisa também, que o Wilson falou, eu queria fazer um convite aqui, queria convidar aquelas pessoas que defendem o infrator da lei, sob o manto dos direitos humanos, para que fossem cuidar das famílias dos policiais, eles também merecem os direitos humanos. Eu queria convidar ao ouvidor de polícia, que pelo menos fosse ao mausoléu quando um policial nosso fosse enterrado.

Tomara que isso nunca mais aconteça, mas que ele também se manifeste a favor da polícia, não sempre contra. Wilson, você tem razão, nós somos ordeiros e é isso que a população precisa. A população precisa de policiais comprometidos, policiais dedicados, policiais que têm uma missão. São todos aqueles na rua. Então, vocês que estão aqui representando sabem disso, mas eu faço um apelo a você que está nos assistindo pela TV, que está acompanhando esta audiência pública com as associações, ou que está revendo na sua TV: cumprimente o seu policial, dê valor para o seu policial, o policial da sua rua, da sua patrulha, o policial da sua base comunitária, esse homem, esse jovem, essa jovem que entrou na polícia para fazer uma missão diferente, eles são realmente especiais. Eu sempre falei isso como comandante-geral, e repito: “Esses policiais militares de São Paulo são pessoas especiais”. Por isso me dediquei a vida inteira, e enquanto eu tiver possibilidade eu estarei ajudando a todos os policiais militares, porque eles são diferenciados.

Eles precisam sim continuar sempre ordeiros, para que nós aqui deste lado - aí entra a nossa parte, Wilson - possamos brigar com o governo. Nós associações, deputados e o comandante-geral e não mais do que isso, da ativa, só o comandante- geral, a linha de como isso deve ser feito, e nós reivindicando, fazendo as reivindicações junto ao governo.

É dessa forma que vamos conseguir, é dessa forma que eu estou pedindo inclusive para que todos aqui se manifestem, até para levarmos isso ao Governo do Estado. Eu vou pedir que as notas taquigráficas desta sessão sejam encaminhadas, e que todas as falas sejam encaminhadas ao Governo do Estado.

E com a fala agora, o nosso representante dos clubes oficiais, o coronel Glauco Carvalho, que é o diretor de relações institucionais da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A palavra é sua, Glauco.

 

O SR. GLAUCO CARVALHO - Eu gostaria de ser breve em minhas palavras, gostaria de agradecer ao Coronel Camilo pela feliz oportunidade de reunir as entidades associativas, ao nosso amigo Wilson, amigo de 25 anos de luta, lembro-me do Wilson no Congresso Nacional, lá no início dos anos 90, sempre ponderado, mas sempre muito incisivo em suas colocações.

O coronel Freitas, o coronel Leopoldo, representando o Comando; o Wilson, o Elcio e tantos outros que nós vimos aqui e que são amigos de tanto tempo atrás. O Ernesto Terra, o Rubinho, e eu não vou decorrer para não faltar ninguém, mas eu gostaria de em nome dele saudar a todos os demais. Eu gostaria de rapidamente enaltecer a figura do Coronel Camilo, por reunir as entidades associativas da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Essa talvez seja a nossa grande força política. Talvez as pessoas não saibam, mas lá nos anos 50, mais precisamente em 1956, houve uma grande reunião de entidades associativas do Brasil, para defender a permanência das policias militares em um período em que já se falava em desmilitarização, e extinção das Polícias Militares. Posteriormente, essas organizações passaram a promover eventos alternados e temporários, ela se agregou nos anos 80, mais precisamente em 1986, quando a Comissão Afonso Arinos previu a extinção definitiva das Polícias Militares. Por uma ação conjunta de entidades de todas as Polícias Militares do Brasil, entidades associativas de oficiais, entidades associativas de praças, nós conseguimos nos manter inseridos na Constituição Federal, e conseguimos manter não os nossos privilégios - porque não temos privilégios - mas os nossos direitos. Especialmente a questão previdenciária, a questão estatutária, e principalmente a questão ligada a direitos e valores que são imanentes a nossa instituição.

Foi uma luta longa, de aproximadamente três anos, que nos fez sobreviver até os dias de hoje. Lamentavelmente vivemos um período em que a nossa categoria, a nossa instituição é pouco reconhecida pelo Governo do Estado de São Paulo. Com tudo que fazemos, quatro anos atrás perdemos ainda a nossa equiparação com a Polícia Civil do Estado de São Paulo, que merece no nosso respeito, merece o nosso reconhecimento, mas a Polícia Militar, da mesma forma, merece seu respeito e reconhecimento.

Naquela época fizemos um levantamento, e 80% das armas apreendidas no estado de São Paulo são apreendidas pela Polícia Militar. E os outros 20% se dividem entre guardas civis e metropolitanos, a própria Polícia Civil e as Forças Armadas. E 79% dos indivíduos presos em flagrante no estado de São Paulo, são presos pela Polícia Militar de São Paulo, e para a nossa surpresa, o reconhecimento do Governo do Estado de São Paulo, foi para a Polícia Civil.

Esse é um dos fatos mais lastimáveis e tristes na história da Polícia de São Paulo, seja na história da Polícia Civil, ou na história da Polícia Militar. Esse é o momento em que nós precisamos nos unificar em único objetivo, um único desatino, um único e exclusivo alvo que é lutar pela melhoria salarial do nosso soldado, cabo, sargento, o nosso tenente e capitão, major ou coronel, como disse o Coronel Camilo.

Não podemos abandonar o nosso efetivo, os nossos associados, em um dos momentos mais difíceis que passamos talvez nesses últimos 30 anos, em que o nosso poder aquisitivo, o nosso poder de compra talvez esteja em um dos seus menores valores. Nós temos uma força muito grande, que é a força de nos unirmos, dentro dos padrões, o que uma democracia prevê, e que é o nosso voto e a nossa voz.

Essas duas palavras têm que ser muito altivas por parte de todas as entidades, e por parte de todas as associações que representam os nossos policias militares. Portanto, eu saúdo o Coronel Camilo, como saúdo a todos os representantes aqui, e que nós possamos estabelecer uma pauta conjunta, para fazer valer os nossos direitos, as nossas prerrogativas. Nós morremos em função da sociedade, nós nos ferimos em razão dela, e o Elcio talvez seja a testemunha mais viva do que a Polícia Militar faz pela sociedade.

Mas, infelizmente, o governo prefere o bacharelismo, prefere instituições que não prestam o serviço que nós prestamos a sociedade. É o momento de nos unirmos, de nos ajuntarmos, e lutarmos por um objetivo comum. Precisamos valorizar o nosso policial militar, obrigado Coronel Camilo, pela sua ousadia em fazer isso, e que nós possamos juntos lutar por uma qualidade de vida melhor para o policial que sofre na ponta da linha, e que muitas vezes passa agruras, como o Wilson disse há pouco.

Parabéns pela sua iniciativa e que possamos nos unir e lutarmos por uma pauta comum. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns, coronel Glauco pelas palavras, e reafirmo, o que eu tinha dito e que ele repetiu, precisamos de união, estarmos juntos para reivindicar isso junto ao governador do Estado, que é quem tem o poder de fazer. E só para algumas informações a mais aos senhores e às senhoras das associações, nós aprovamos projetos nesta Casa, que beneficiam bastante a área financeira do estado de São Paulo.

Ele já vinha bem, é lógico, temos que reconhecer. O Estado vem conduzindo uma boa gestão, mas é um custo alto para nós. Esse ano se aprovou o parcelamento de IPVA, mais dinheiro para o Estado. Parcelamento do ICMS, mais dinheiro para o Estado. A criação da holding da Sabesp, mais dinheiro para o Estado com a abertura da bolsa da Sabesp em Bolsa de Valores. E no ano passado aprovamos para este ano um orçamento de 206 bilhões de reais. O do ano anterior tinha sido de 207, e no começo do ano o próprio governador, o Geraldo Alckmin, nos anunciou um bilhão e meio de superávit. Ou seja, precisamos fazer um pouquinho de reconhecimento.

Falou-nos recentemente o governador sobre limite prudencial, e eu até parafraseei dizendo que “limite estão os nossos policiais, e que prudência seria dar um bom reajuste neste momento”. Diariamente veteranos, principalmente cabos, soldados e sargentos batem na porta do meu gabinete, até para pedir dinheiro emprestado, porque não estão conseguindo sobreviver.

Então, fica aqui a nossa reivindicação, e faremos uma reivindicação em coro junto ao Governo do Estado para que isso aconteça. E para encerrar as nossas palavras, eu convido agora representando o nosso comandante-geral, coronel Nivaldo Restivo, o chefe de Gabinete do Comando Geral. O coronel Nivaldo já me ligou durante o dia pedindo escusas por ter uma solenidade militar em São José do Rio Preto. Então, aqui está o Leopoldo Francisco Batista Jr., com a palavra para falar às nossas associações.

 

O SR. LEOPOLDO FRANCISCO BATISTA JR.- Boa noite a todos, uma saudação especial ao Coronel Camilo, o nosso eterno comandante, e grande representante da Polícia Militar aqui na Assembleia Legislativa, mas grande representante também da sociedade Paulista. Quem acompanha o seu trabalho aqui sabe que o senhor não defende apenas a Polícia Militar, apenas as nossas instituições. O senhor é um grande defensor da sociedade paulista, parabéns, continue assim, é o que a sociedade espera de todo o político.

Coronel Júlio, saudação especial, dirige tão bem a nossa Cruz Azul, cuida da saúde dos nossos policiais militares, e principalmente da família Policial Militar. O Cabo Wilson, presidente da Associação dos Cabos Soldados, da ASSPM, parabéns pelo trabalho. Coronel Glauco, representando aqui a Associação dos Oficiais, e o sargento Elcio Inocente, da APMDFESP.

Em nome do coronel, o nosso decano aqui, o coronel Jorge eu saúdo a todos, senhores oficiais, praças, presidentes das nossas entidades, nossos familiares, amigos e funcionários aqui da Assembleia Legislativa, que muito e tão bem nos acolhe. A Polícia Militar é uma instituição absolutamente necessária e imprescindível para a sociedade. Nenhuma sociedade, por mais evoluída que esteja, pode prescindir da sua polícia fardada.

Pode mudar de farda, pode mudar o nome, mas a polícia no mundo inteiro é fardada, e baseada na hierarquia e na disciplina. Como bem falou aqui o Cabo Wilson, a qualidade nossa é a ordem, a nossa hierarquia e disciplina, e aqui eu trago então a mensagem ao nosso comandante-geral, o coronel Nivaldo que está em São José do Rio Preto, neste momento está comemorando os 53 anos do 17º Batalhão lá no interior.

O coronel Mauro, o nosso subcomandante, por um motivo de uma intercorrência de saúde na família, não pôde estar aqui. Mas, aqui eu trago esta mensagem de que a Polícia Militar precisa trabalhar unida na defesa dos nossos direitos. Nós, pela nossa condição de policiais militares, temos muito mais obrigações do que direitos. Temos limitações na maneira de reivindicar os nossos direitos e precisamos das nossas entidades, das nossas associações sérias, ordeiras, para reivindicarmos aquilo que nos cabe, não queremos nem mais e nem menos.

 Sabemos das limitações do Estado, o deputado falou aqui em superávit de um bilhão e meio, e disse que no ano anterior esse superávit foi de quatro bilhões. E no ano de 2014 foi de seis bilhões. Então, há uma queda no superávit, mas o estado de São Paulo, talvez seja um dos únicos da nação que está tendo um superávit.

Recentemente foi votado em Brasília o orçamento da União, com 258 bilhões de déficit, então já começa o orçamento do ano que vem devendo 258 bilhões. O Brasil está quebrado, São Paulo não. Então, aqui a minha manifestação também de respeito a um governo sério, e que tem trabalhado talvez com o sacríficio de funcionários, em especial da Polícia Militar, mas o estado de São Paulo não está quebrado como o Brasil está, por administração de irresponsáveis que colocaram o Brasil nesta situação.

Nós temos esperança de dias melhores, e eu tenho certeza de que o governador que tem muita projeção política, no momento certo vai olhar com carinho a nossa Polícia Militar. Porque como bem-dito por todos que me antecederam, o nosso policial militar continua trabalhando, e muito. Se o estado de São Paulo é o mais seguro da Nação, se o estado de São Paulo tem os melhores indicadores de todos os que podemos citar aqui, principalmente no homicídio, a menor taxa de homicídio é a nossa, isso muito se deve ao trabalho dos nossos policiais militares.

E esse trabalho não é baseado apenas em auferir vantagens peculiares, como disse, o nosso salário não é um dos melhores, o nosso policial militar trabalha porque sente orgulho em fazer o melhor. Independente dos seus vencimentos, quem acompanha aqui as nossas homenagens, e aqui eu estou vendo muitos representantes que estão presentes nas comemorações e entregas de Láureas, nas solenidades de valorização, o nosso policial militar sente orgulho em receber uma Láurea. Em receber um elogio, e em receber uma Medalha.

Gostaríamos que as instituições que representam o Brasil tivessem um pouco do comportamento que os nossos policiais militares têm, que é de abnegação, de entrega, de dedicação a sociedade. E certamente a nossa sociedade seria muito melhor. Parabéns pela solenidade de hoje, que valoriza as nossas entidades, que defendem os nossos policiais militares. Essas entidades são fundamentais para que possamos ter os nossos direitos, as nossas garantias preservadas.

Parabéns a todos, parabéns ao Coronel Camilo pela realização deste evento, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Senhoras e senhores, parabéns ao nosso coronel Leopoldo, chefe de gabinete do Comando Geral da instituição pelas palavras. É essa a linha então, pessoal, vamos nos unir, vamos nos manter unidos, pegamos a fala de todos, que finalizou com a fala do coronel Leopoldo, deixando bem clara a situação.

Quem deve fazer aí o bom serviço e continuar prestando serviço ordeiro e com dedicação, com comprometimento, fazendo acontecer, salvando vidas e fazendo a diferença na vida das pessoas, são aqueles nossos policiais que enquanto estamos aqui comemorando, estão em volta mantendo a nossa proteção. Está lá no fundo, a coronel Dulcineia, que não nos deixa mentir, estão todos preocupados conosco em manter a segurança.

A rádio patrulha que está com certeza hoje neste horário, lá em São Miguel Paulista, em Marechal Tito, está lá em Grajaú, no fundo da Zona Sul, está em Capão Redondo está lá perto de Itanhaém, na companhia dos 50 e em todos os lugares do estado, eu tenho certeza que estão fazendo um excelente trabalho pela população de São Paulo.

E é isso que nós precisamos que eles façam para dar fundamento a toda a nossa fala. E coronel Leopoldo, leve ao Comando Geral, que acredito, eu falo em nome de todas as associações, estamos unidos com o Comando Geral da instituição. Eu falo pelos parlamentares aqui ligados a Polícia Militar, eu e o Coronel Telhada, e mais uma série de deputados que são amigos da Polícia Militar, com os quais eu já conversei, estão à disposição para que possamos falar com o governador, que já disse em público que vai dar o reajuste salarial, e nós precisamos que essa hora que o senhor falou seja o mais rápido possível, para que possamos conversar com o nosso governador.

Já temos uma reunião das entidades marcada para receber, a fala é através do secretário Wilson, temos que ser fortes mesmo com o secretário de Segurança, que é interlocutor do governo, e vamos trabalhar nessa linha. Então, fica aqui nesta solenidade, o meu reconhecimento, e eu tenho certeza do Comando Geral da instituição a todos vocês, pelo grande trabalho que fazem, por dar assistência ao nosso policial, muitas vezes e infelizmente, na maioria delas, substituindo o Estado, um dever do Estado, que é cuidar da sua saúde do nosso policial, de cuidar da assistência jurídica do nosso policial, de dar um salário digno para o nosso policial. Porque muitos às vezes precisam de um equipamento, por exemplo, como eu já precisei, e não tive o respaldo do Estado. Quem me socorreu foi a Associação dos Deficientes Físicos.

Então, parabéns a vocês por estarem fazendo esse grande trabalho. Acreditem no trabalho de vocês, acreditem que unidos conseguiremos fazer um bom trabalho pelo nosso policial, aquele que está lá na rua, o patrulheiro, que é a razão de nós estarmos aqui. É aquele policial que está nos defendendo na rua, eu tenho certeza, unidos vamos conseguir esse reconhecimento do estado de São Paulo, e do governador Geraldo Alckmin, do secretário Mágino Alves, e de todos aqueles que têm que decidir o secretariado, e para uma condição melhor de dignidade ao policial, que está realmente fazendo um grande trabalho.

Vocês merecem todo o meu agradecimento, fiz muitas vezes isso, e essas palavras foram semelhantes quando eu era comandante-geral. Muito obrigado a todos vocês das associações, pelo o que fazem pela nossa família Policial Militar. Contem comigo sempre. Lá era “contem com o Comando”, e aqui é “contem com o deputado”. Mas, contem comigo sempre para ajudar, meu gabinete está aberto, venham, visitem o meu gabinete, falem com a minha equipe. Eu quero agradecer desde já a minha equipe na pessoa do coronel Antão, meu subcomandante aqui presente, para que possamos juntos definir da melhor forma, e eu volto a insistir, sempre em consonância com o Comando Geral da instituição.

Desta forma pessoal, agradeço a presença de todos. Gostaria de deixar registrado para que a Taquigrafia encaminhe todos os discursos aqui ao nosso governador do Estado e ao secretário de Segurança Pública.

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, à Mesa, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Imprensa, à TV Legislativa, às assessorias das Polícias Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade. Que Deus proteja a todos, e que Deus nos acompanhe.

Está encerrada a presente sessão. Muito obrigado.

 

* * *

 

- Encerra-se a sessão às 21 horas e 43 minutos.

 

* * *