09 DE JUNHO DE 2014

029ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO “110º ANIVERSÁRIO DA CONVENÇÃO IGREJA BATISTA”

Presidente: CARLOS BEZERRA JR.

RESUMO

1 - CARLOS BEZERRA JR.

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Carlos Bezerra Jr., na direção dos trabalhos, para comemorar o “110º Aniversário da Convenção Batista do Estado de São Paulo”. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

2 - VAZ DE LIMA

Deputado Federal, cumprimenta o presidente da sessão, bem como as demais autoridades presentes. Lembra solenidade de aniversário do centenário da entidade, comemorada há uma década. Cita a pregação, à época, do Pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira, de cunho entusiástico e persuasivo. Destaca a participação da comunidade batista na sociedade. Encoraja a igreja a cumprir seu papel, tanto no evangelismo como no âmbito social. Defende a constante busca pelo fortalecimento da família.

3 - ITAMAR BORGES

Deputado Estadual, tece elogios à atuação parlamentar do deputado Carlos Bezerra Jr., a quem enaltece pela iniciativa em convocar esta sessão solene. Enfatiza o trabalho desempenhado pelo então Presidente desta Casa, deputado Vaz de Lima. Cumprimenta os dirigentes da Convenção Batista do Estado de São Paulo. Atribui seu êxito como prefeito de Santa Fé do Sul às parcerias que fez, a exemplo da implantação do ensino religioso.

4 - PATRÍCIA BEZERRA

Vereadora da Câmara Municipal de São Paulo, saúda as autoridades presentes. Faz considerações sobre o trabalho desenvolvido pelo deputado Carlos Bezerra Jr. Destaca a vocação do parlamentar para a vida pública. Enaltece a missão da Igreja Batista no Estado de São Paulo. Cita o Lar Batista, que abriga crianças. Reconhece a importância e a contribuição da igreja, no que tange ao resgate espiritual e social do homem.

5 - PAULO EDUARDO GOMES VIEIRA

Pastor e Presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo, agradece ao deputado Carlos Bezerra Jr., pela indicação desta solenidade. Cita passagem bíblica. Faz breve pregação sobre texto contido em carta do apóstolo Paulo a Timóteo. Considera que a fé em Jesus capacita os cristãos ao enfrentamento de problemas. Destaca o trabalho da Igreja Batista com dependentes químicos. Enfatiza que a missão primeira dos batistas é o servir ao próximo. Defende uma sociedade mais igualitária, justa e compassiva. Avalia que a "verdade" é suprarreligiosa. Diz que a igreja, na clandestinidade, muitas vezes honra mais o Evangelho do que a que alcança o poder.

6 - PRESIDENTE CARLOS BEZERRA JR.

Anuncia a realização de ato de adoração, com o hino "Grandioso és Tu".

7 - VALDO ROMÃO

Pastor e diretor executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo, cita números referentes à Igreja Batista, que conta com 1249 igrejas e 400 congregações. Considera que esta é a razão de ser da Convenção Batista do Estado de São Paulo. Lembra que em 16 de dezembro de 1904, em Jundiaí, foi criada a convenção. Dá ênfase ao trabalho do casal Bernardo, que, adita, muito contribuiu para o desenvolvimento da igreja. Cita versículo bíblico. Enaltece ao Senhor Jesus pelos frutos que a Igreja Batista tem colhido. Faz agradecimentos ao deputado Carlos Bezerra Jr.

8 - PRESIDENTE CARLOS BEZERRA JR.

Presta homenagem, com a entrega de placas, a algumas das igrejas fundadoras da Cbesp. Anuncia a apresentação do Grupo Som Maior.

9 - IRLANDI PEREIRA DE AZEVEDO

Pastor, faz oração.

10 - PRESIDENTE CARLOS BEZERRA JR.

Faz a entrega de placas em homenagem a organizações da Cbesp. Anuncia a execução do hino "Como agradecer a Jesus?" Entrega placas a instituições Batistas, bem como ao presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo, Pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira, e ao diretor executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo, Pastor Valdo Romão.

11 - VALDO ROMÃO

Pastor, faz leitura bíblica.

12 - PAULO EDUARDO GOMES VIEIRA

Pastor, faz a entrega de selo comemorativo aos 110 anos da Convenção Batista, emitido pelos Correios, ao deputado Carlos Bezerra Jr.

13 - PRESIDENTE CARLOS BEZERRA JR.

Anuncia ato de adoração, com o hino "Deus, somente Deus". Ressalta os cento e dez anos de história da Convenção Batista do Estado de São Paulo. Faz menção às milhares de vidas, alcançadas pelo Evangelho, ao longo deste período. Reconhece o trabalho dos batistas. Afirma que sua vida pública é marcada por valores recebidos, ainda na infância, na Igreja Batista. Cita aspectos da missão da Convenção Batista, de agregação, apoio e amparo. Discorre sobre a importância que os batistas dão à educação e à cultura, o que, a seu ver, é um legado que será deixado para São Paulo. Dá ênfase à postura respeitosa, dos batistas, para com a igreja local, no sentido de delegar autonomia ao pastor. Faz críticas a uma minoria, que se diz representante dos evangélicos. Parabeniza os batistas pelo respeito à individualidade e à reforma protestante. Destaca que uma das marcas presentes nos batistas é a firmeza em relação aos princípios da Palavra de Deus e aos valores éticos. Afirma ser fruto de sementes batistas, lançadas em solo paulistas. Fala do trabalho da instituição na "cracolândia", conhecido entre os batistas como "cristolândia". Anuncia mensagem musical, com a apresentação do Grupo Som Maior.

14 - SALOVI BERNARDO

Pastor, faz oração. Ministra a bênção apostólica.

15 - PRESIDENTE CARLOS BEZERRA JR.

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

* * *

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Bezerra Jr.

* * *

O SR. PRESIDENTE - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Quebrando o protocolo, cumprimentar a todos os irmãos batistas que nos dão alegria de estarem aqui nesta sessão, cumprimentá-los com a graça e a paz do Senhor Jesus.

Quero, então, a partir deste momento, convidar, para que façam parte da Mesa principal desta Sessão Solene com a finalidade de comemorar o 110º Aniversário da Convenção Batista do Estado de São Paulo, o pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira, presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo. (Palmas.)

Também convido, para que componha a Mesa principal desta Sessão Solene, o pastor Valdo Romão, diretor executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo. (Palmas.)

Senhoras deputadas, senhores deputados, minhas senhoras, meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo presidente desta Casa, o deputado Samuel Moreira. Que, aliás, falei com ele logo pela manhã, transmitiu um abraço a cada um dos senhores, ele é um grande parceiro, um grande amigo, grande companheiro que dirige esta Casa, o deputado Samuel Moreira pediu que eu transmitisse o abraço a cada um dos senhores e senhoras que estão aqui nesta sessão.

Mas, o deputado Samuel Moreira, atendendo à solicitação deste deputado, com a finalidade de comemorar o 110º Aniversário da Convenção Batista do Estado de São Paulo.

Convidamos todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 1º sargento Jeferson Bernardo, da 2ª Seção de Banda do Corpo Musical da Polícia Militar de São Paulo.

* * *

- É feita a execução do Hino Nacional Brasileiro.

* * *

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Quero nomear aqui as autoridades presentes nesta solenidade, que compõem a Mesa auxiliar desta Sessão Solene. O deputado federal Vaz de Lima.

O deputado estadual, colega nesta Casa, o deputado Itamar Borges.

A vereadora de São Paulo, a vereadora Patrícia Bezerra, alegria imensa ter a senhora nesta sessão, sou suspeito, gente.

O vereador Luiz Santos, vereador na cidade de Sorocaba.

O pastor Nelson Andrade Pacheco, 3º vice-presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo.

O pastor Marcos Antônio Peres, 2º vice-presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo, aliás, cumprimentando-o, quero cumprimentar também a Primeira Igreja Batista do Brás, que ontem completou aniversário e foi uma alegria imensa acompanhar seu 103º aniversário, a Igreja que é filha da Igreja que é pastoreada pelo pastor Paulo, a 1ª, aqui de São Paulo.

Também cumprimentar Eliete Ferreira, 3ª secretária da Convenção Batista do Estado de São Paulo, presidente da União das Esposas de Pastores.

O amigo querido, grande mestre, professor doutor Lourenço Stelio Rega, diretor da Faculdade Teológica Batista do Estado de São Paulo.

Cumprimentar o pastor Irlandi Pereira de Azevedo, ele que dispensa qualquer outra nominada, ele que é um símbolo dos batistas, da história dos batistas no Estado de São Paulo, que nos dá a alegria da sua presença, uma alegria imensa e uma honra para esta Casa ter a presença aqui do pastor Irlandi Pereira de Azevedo.

E também o pastor Rubens Nazareth dos Santos, presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil.

Comunicamos aos presentes que esta Sessão Solene está sendo transmitida, ao vivo, pela TV Web, e será retransmitida pela TV Assembleia, no sábado, dia 14, a partir das às 21h, e no domingo, dia 15, também a partir das 21h, pela Net, no canal 7, pela TV digital aberta, no canal 61.2, pela TV Vivo digital, canal 185, e analógico, canal 66.

Neste momento abriremos a palavra para as autoridades e parlamentares aqui presentes. Convidamos aqueles que quiserem fazer uso da palavra.

Neste momento abrimos a palavra ao deputado federal Vaz de Lima.

O SR. VAZ DE LIMA - Cumprimentar o presidente desta sessão, o deputado Carlos Alberto Bezerra Jr., cumprimentar o pastor Paulo e o pastor Valdo, as demais autoridades aqui à minha direita, fazendo questão de mencionar o deputado Itamar e a vereadora Patrícia e, para economia de tempo, dar uma breve saudação.

Estava dizendo ao pastor Valdo que parece que foi ontem que fizemos aqui uma Sessão Solene, presidente, pelos 100 anos, e V. Exa. esteve presente também.

Era numa característica diferente desta, fizemos uma coisa noturna, que provavelmente por espaço de agenda precisamos fazer agora de manhã, o que dificulta enormemente o afluxo das pessoas, e talvez também pelo fato de, naquele momento, ser um centenário, tínhamos a Casa extremamente lotada, uma característica diferente.

Lembro-me que o pregador, o orador naquela oportunidade, foi o pastor Vieira. Lembro-me que foi tão entusiasmada a sua fala, eu estava presidindo, como está hoje o deputado Carlos Alberto, e ao final disse: “Olha, por pouco não me persuades a me tornar batista”. Eu que sou presbiteriano, todos sabem.

Então, estou muito feliz em participar deste momento, pela trajetória, pela história, pelo que representam os irmãos batistas no Estado de São Paulo, particularmente a Convenção Batista aqui no Estado de São Paulo.

A presença dos irmãos batistas na sociedade paulista é algo que se ressalta. Presente em todas as regiões, quase 500 municípios do Estado de São Paulo.

Eu vi no último documento que passou pelas minhas mãos que estamos em cerca de 1700, mais ou menos, pontos batistas no Estado de São Paulo, de maneira que a presença da igreja na sociedade paulista precisa ser, realmente, comemorada.

Então quero, na verdade, cumprimentar o deputado Carlos Alberto pela iniciativa, e saudar os irmãos e dizer que a gente precisa continuar firme nessa luta. Há muito a fazer, há muito por fazer, seja na área do evangelismo, a pregação da palavra, seja na área social.

Tenho a compreensão que a Igreja precisa cumprir um papel que se chama holístico na sociedade. É mais do que pregar o Evangelho, que já é uma coisa excepcional. É preciso que a gente cuide também da área social. E vejo que a Igreja tem feito muito nessa área, na área educacional vejo que a Igreja atende essa área, e buscar, acima de tudo, aquilo que para nós é tão caro, que é o fortalecimento da família.

Vi Carlos Alberto brincando com a Pat, sua esposa, e trago o abraço também da Ivani, minha esposa, que é vice-prefeita em São José do Rio Preto, e ocupa lá a função, que não pode deixar lá sempre. Estou vendo aqui o pastor Márcio, aliás, que veio hoje lá de Rio Preto, volta ainda hoje, então, ela tem as atividades lá, também minha companheira.

Vou fazer agora 40 anos de casado, então, minha companheira, que me acompanha e também, da mesma forma como a Pat e o Carlos Alberto têm essa vocação política, lá em casa também é assim, e vamos seguir em frente.

Deus os abençoe rica e poderosamente, e fiquem na graça e na paz do Senhor.

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Agradecemos as palavras do deputado federal Vaz de Lima.

Neste momento tem a palavra o deputado estadual Itamar Borges.

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - Muito bom dia a todas e a todos. Quero cumprimentar o meu colega deputado Bezerra, ele que tem dado um exemplo de homem público nesta Casa, trouxe a experiência que tem de liderança aqui em São Paulo e no Estado, sua vivência religiosa e depois a experiência da Câmara de Vereadores da capital, e tem nos ensinado muito aqui na Assembleia.

Parabéns pelo seu mandato, pelo seu trabalho, pela forma ética como tem se comportado, pela forma como tem levado e defendido bandeiras e exemplos, e cobrado resultados, seja do executivo, seja no envolvimento com a comunidade, seja até em experiências internacionais que você tem feito, Bezerra. Tem sido um orgulho para esta Casa.

Você tem inovado com medidas de levar aquilo que se pratica aqui nesta Casa, neste Estado, para fora do país, e trazendo de lá experiências que possam até ser adaptadas para o nosso dia a dia aqui. Parabéns por tudo que você tem feito e parabéns pela iniciativa desta solenidade, os 110 anos da Convenção Batista de São Paulo.

Você que está sempre presente em todos esses momentos, estivemos juntos no Colégio Batista, em tantos outros momentos, nas convenções também.

Parabéns. Com certeza merece todo o reconhecimento, todo o aplauso, a sua iniciativa e a sua presença tão forte, e este momento especial. Você realmente tem o apoio de todos os deputados desta Casa, liderados pelo nosso presidente, para que pudesse estar promovendo este encontro da manhã de hoje. Parabéns.

Cumprimentar sua esposa, vereadora Patrícia Bezerra, também, que dá sequência no exemplo e no trabalho que o Bezerra tinha lá na Câmara de Vereadores. Acho que isso, por si só, responde o quanto tem sido importante e produtivo o trabalho vosso na Câmara e aqui na Assembleia Legislativa.

Cumprimentar meu grande amigo, eu chamo ele, às vezes brinco, falo chefe, amigo, professor, Vaz de Lima. Vaz de Lima foi presidente desta Casa, todos nós sabemos, deputado por muito tempo nesta Casa, foi viver uma experiência em Brasília, mas já está com saudades da Casa, e ele tem uma história aqui que realmente merece, na gíria do interior, tirar o chapéu por tudo que ele fez nesta Casa.

Citou a referência dos 100 anos da convenção que aqui se comemorou, e tantos outros exemplos. A modernização desta Casa, a agilização dos trabalhos enquanto foi presidente, enquanto foi líder de governo, enquanto foi líder de bancada, e é lá da minha região, e eu aprendi muito quando prefeito lá em Santa Fé do Sul, e tive muito apoio dele. É um parceiro corretíssimo, que faz as parcerias, que apoia as causas do município, da região, da população.

Portanto, Vaz, uma alegria estar aqui contigo mais uma vez, dividindo este momento com a sua figura, com o seu exemplo também de homem público, com quem aprendo muito. Todo dia me espelho muito nos seus exemplos para poder trilhar o meu caminho aqui de deputado nesta Casa.

Mas, de forma bem objetiva, pastor Paulo Eduardo, quero cumprimentá-lo, nosso presidente da Convenção Batista de São Paulo, satisfação rever, satisfação estar aqui na Casa do Povo de São Paulo nessa comemoração que você preside os 110 anos, coincide, preside a convenção e coincidentemente, os 110 anos. Da mesma forma o pastor Valdo Romão, como diretor executivo, essas duas lideranças, e ao cumprimentá-los, me permitam estar abraçando e cumprimentando todos vocês aqui presentes.

Eu falava ali com os vizinhos mais próximos, o Márcio, de Rio Preto, o Eliézer, de Santa Fé do Sul, a cidade que fui prefeito, o Cido, de Ilha Solteira, meu conterrâneo, o Pacheco, que está aqui no Ipiranga, tantos amigos. Eu tenho uma relação muito próxima com a Igreja Batista e eu quero apenas dar um testemunho, apenas um testemunho, ou apenas dar aqui, dizer de um fato que eu sempre coloco.

Se eu tive sucesso nos momentos em que fui prefeito em Santa Fé do Sul, eu devo muito às parcerias que fiz. E das parcerias que fiz, a mais, uma das mais importantes, de alcance na comunidade, foi quando lá implantamos, de forma obrigatória e definitiva, entre aspas, obrigatória não, consultando a todos, mas implantamos para toda a rede pública o ensino religioso na minha cidade. E na época quem coordenou foi o Eliézer, toda a implantação, a construção do material, com todas as demais religiões. E dali nasceu um exemplo para muitas cidades no Estado de São Paulo, e aquilo foi muito salutar.

Além, das ações que a Igreja Batista desenvolve em Santa Fé, e aí eu passei a conhecer que desenvolve em outras cidades, aqui em São Paulo.

Acho que é isso que traduz este momento. A Igreja Batista faz essa missão de levar o Evangelho, cumpre a missão na área social, na área educacional, das mais diversas formas, e a Convenção Batista vem integrar as forças das Igrejas, organizar, para que possa, cada vez mais, contribuir de forma melhor, seja no Colégio Batista, seja em todas as ações que acontecem.

Por isso, e por esse exemplo que vivi em Santa Fé do Sul, e que sou muito grato e que aprendi muito e convivo muito próximo com a Igreja Batista, com a convenção, por esses momentos que vivemos juntos. E o meu mandato sempre está sendo colocado à disposição para que a gente possa ser parceiro naquilo que um deputado puder ser útil, mas por esse exemplo e por tudo que significa a Igreja, acho que resume a razão deste momento de hoje.

Esta é a Casa do Povo do Estado de São Paulo, as Câmaras Municipais são as Casas do Povo dos municípios, a Assembleia é a Casa do Povo paulista, de todo Estado de São Paulo. Nada mais justo que a Casa do Povo de São Paulo, por uma iniciativa do deputado Carlos Bezerra, homenagear as Igrejas batistas, a Igreja Batista mãe, a Convenção Batista pelos 110 anos de história, de contribuição e de crescimento que proporciona a todos nós.

Parabéns, que Deus continue abençoando, iluminando, a convenção, a Igreja, os nossos líderes, e todos os parceiros, para continuar essa missão, seja no social, seja na educação e, claro, no Evangelho e na missão de construir, reconstruir, resgatar e orientar vidas e famílias.

Um bom dia a todos e muito obrigado. (Palmas.)

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Agradecer as palavras do deputado Itamar Borges, grande companheiro nesta Casa, grande deputado, liderança do PMDB, e que falou em nome dos deputados estaduais.

Ele representando os estaduais, o deputado Vaz de Lima os federais e gostaria de chamar, então, a vereadora Patrícia Bezerra, que representasse os vereadores presentes e falasse em nome dos vereadores presentes nesta manhã. Ela que é a única nova vereadora da Câmara Municipal de São Paulo.

A Câmara Municipal de São Paulo tem 55 vereadores. Eu tive três mandatos na Câmara e, historicamente, sempre foram cinco mulheres, e desde o ano de 2012 a Patrícia abrilhanta a Casa sendo a sexta mulher, ineditamente.

As outras foram reeleitas, e a única nova mulher vereadora na Câmara Municipal é a vereadora Patrícia que, aliás, eu não sou nem um pouco suspeito, mas que vem fazendo um grande trabalho, especialmente no tocante à questão da defesa dos direitos da mulher, a humanização do parto, enfim, uma série de bandeiras, agora, fortes, as denúncias constantes no tocante à exploração sexual de crianças e adolescentes envolvendo especialmente esse período da copa do mundo. A vereadora foi relatora de uma CPI importante.

Então, queria apenas externar aqui o reconhecimento ao grande trabalho, à grande representação feminina que a Câmara Municipal de São Paulo ganhou com a presença de vossa excelência.

A SRA. PATRÍCIA BEZERRA - Obrigada, deputado. Gostaria também de saudar o presidente desta sessão, deputado Carlos Bezerra Jr., o pastor Paulo, o pastor Valdo, e gostaria também de saudar as autoridades presentes, fazendo também menção ao deputado Vaz de Lima e ao deputado Itamar, e saudar as demais autoridades, na pessoa do ilustre pastor Irlandi, que, de uma forma muito especial, se tornou sogro da minha melhor amiga, Cíntia Azevedo, o que me dá muita alegria.

Mas, esta homenagem é muito digna, é muito especial, e de alguma forma não me surpreende, porque é assim que você procede, deputado Carlos Bezerra Jr. Tudo que você faz é com excelência, é de forma diligente, e é de forma especial e é de forma vocacionada. Você não faz nada de forma negociada, de forma tratada, de forma que vá te trazer algum benefício. Claro que você é político, você precisa de suas coisas de volta, mas você é uma pessoa que serve a este Estado com uma vocação que me traz muita admiração.

Tanto me traz admiração que eu assumi o seu lugar na fundação que você criou, durante 14 anos eu dirigi uma entidade social que você fundou quando você ainda era estudante de medicina, e de alguma forma eu trilhei os mesmos passos que você, indo para a vida pública, porque você é uma pessoa admirável em tudo que você faz.

Então, a sua diligência, a forma com que você conduz e se conduz na vida pública, é extremamente admirável. E quando você propõe solenidades como esta, você sabe que você está propondo e que você está fazendo para o Estado de São Paulo e a contribuição que os batistas trouxeram, em primeiro lugar para a sua vida, porque ele é fruto, pastor Irlandi, de tudo que ele aprendeu também no Colégio Batista, como aluno do Colégio Batista.

Então, isso, tudo que foi plantado ali, Gézio, no coração dele como aluno, frutificou, e hoje vocês têm um aluno do Colégio Batista como deputado estadual, e gerando os frutos, sendo visíveis na vida de um ex-aluno. Acho que isso é extremamente gratificante a todos vocês.

Mas, esta solenidade não seria possível, e não seria cabível, não fosse o trabalho extremamente eficaz e profícuo da Igreja Batista no Estado de São Paulo, e por que não dizer na cidade de São Paulo. E como sou uma militante social, e como disse, trabalhei 14 anos dirigindo uma entidade social, a gente sabe do valor que tem a contribuição social batista na cidade de São Paulo.

O Lar Batista tem um trabalho excelente, um trabalho de referência no abrigamento de crianças que têm vulnerabilidade, em Estado de vulnerabilidade social, aqui na cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo.

Não tem como deixar de reconhecer a importância, a contribuição desse trabalho para todos nós. A importância de que uma Igreja, consciente do seu papel social, não só de evangelizar, não só de trazer a mensagem da cruz, da salvação, mas também do resgate do homem socialmente falando, do viés social, da mensagem do Evangelho, e fazendo isso de maneira prática, contribuindo. Mais de 1100 crianças em creche.

E não só desenvolvendo um trabalho educacional comum, mas desenvolvendo um trabalho pedagógico, que vai além daquilo que uma creche oferece de costume, fazendo um reforço escolar, fazendo um trabalho com famílias.

Então, não tem como a cidade de São Paulo não reconhecer a incrível contribuição social do trabalho batista na cidade de São Paulo e não vir aqui e falar “muito obrigada, a cidade não seria a mesma sem a parceria de vocês, sem estar ombreada com vocês, e sem a contribuição social que vocês trazem para nós diuturnamente”.

Então, nós estamos aqui hoje para reconhecer e agradecer e trazer o nosso muito obrigada. Obrigada, presidente. (Palmas.)

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Agradeço as palavras da vereadora Patrícia Bezerra, que fala pelos vereadores. Lembrando que também está presente nesta sessão o vereador Luiz Santos, que é vereador em Sorocaba, que nos traz a alegria imensa com sua presença nesta Casa.

Também quero registrar aqui a presença do Dr. Gézio Medrado, diretor do Colégio Batista Brasileiro, uma pessoa, um amigo também especial, que tem tido uma grande contribuição à frente do Colégio Batista Brasileiro.

Também aqui algumas, uma outra menção importante, antes de transferir a palavra àquele que fará a reflexão bíblica nesta manhã, mencionando aqui a presença do pastor Conrado Pfannemüller, representando a Primeira Igreja Batista em São José dos Campos, trazendo aqui para esta sessão, para esta solenidade, o abraço especial do pastor Carlito Paes. Uma alegria imensa tê-lo conosco.

Neste momento, então, para fazer a reflexão bíblica desta Sessão Solene, eu convido a que faça uso da tribuna desta Casa, o pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira, presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo, e que tem a honra de fazer a reflexão bíblica na Assembleia Legislativa no momento da Sessão Solene dos 110 anos de história da convenção neste Estado.

O SR. PAULO EDUARDO GOMES VIEIRA - Muito bom dia a todos. Que a graça e a paz de Cristo Jesus estejam presentes nos corações de todos os presentes.

Importantíssimo este momento, em primeiro lugar, faço também registro nesta minha fala às autoridades aqui presentes, caríssimo deputado Itamar Borges, caríssimo deputado Vaz de Lima, caríssima vereadora Patrícia Bezerra, uma honra e uma alegria para nós tê-los aqui presentes.

Querido amigo Carlos Alberto Bezerra Jr., me perdoe essa forma de fazer referência a você. O protocolo deste momento exige dizer querido amigo e deputado Carlos Alberto Bezerra Jr.

Mas eu tomo como exemplo aquilo que o apóstolo Paulo fez quando ele escreveu a carta aos filipenses, que era a Igreja com a qual ele tinha maior relação afetiva. Ele dispensou a sua titulação apostolar e ele se refere àqueles irmãos, na abertura da sua carta, chamando-os de irmãos. “Eu, irmão em Cristo, como servo do Senhor Jesus...” E nesta única carta, ele abre mão dessa titulação apostolar.

Tomando, então, o apóstolo Paulo como exemplo, eu faço referência a você, Carlos Alberto, como Carlos Alberto, devido à sua amizade com os batistas, comigo pessoalmente, a forma como nós o temos recebido e a forma como nós o vemos, a forma com você nos tem recebido, a forma como você vê os batistas. Isso permite que a gente, de modo não protocolar, mas afetivo e muito sincero, faça essa alusão a você, agradecendo por este momento tão especial que nos é proporcionado aqui nesta Casa.

Deus continue te abençoando muito, Carlos Alberto. Que a sua trajetória na vida pública continue sempre sendo honrosa, como tem sido, e que você continue sendo usado por Deus para que a nossa sociedade paulista, paulistana, brasileira, esteja caminhando progressivamente no sentido de sermos mais justos, mais igualitários, que é, sem dúvida alguma, proposta do Evangelho do Senhor Jesus.

Quero fazer referência àquilo que o apóstolo Paulo diz quando ele escreve a Timóteo, afirmando que a Igreja do Senhor Jesus é coluna da verdade. Entendemos que nós como batistas prezamos, de modo muito cuidadoso e meticuloso, por essa performance, por essa característica, sermos coluna da verdade, ou como Igrejas, colunas da verdade.

Isso, sem dúvida alguma, é máxima nossa. Entendemos que encontramos em Jesus Cristo, afirmamos e reafirmamos isso e jamais poderemos abrir mão dessa espinha dorsal daquilo que nós cremos, Jesus Cristo como filho de Deus, o caminho, a verdade e a vida, núcleo de toda a nossa mensagem, núcleo de todas as nossas ações, tudo mais que vem deve ser meramente desdobramento desse núcleo maior, Cristo Jesus foco maior de nossa fé, de tudo aquilo que professamos e praticamos.

Reafirmamos a Bíblia, palavra de Deus, livro supraeclesiástico, que não pertence à Igreja A, Igreja B, Igreja C, segmento religioso A, segmento religioso B, segmento religioso C, Bíblia, palavra de Deus, livro suprarreligioso, verdade, fonte de inspiração.

Professamos e defendemos a vida que é caracterizada por um caminhar com Deus, ou seja, nós temos absoluta certeza de que quando partirmos deste mundo, nós viveremos de eternidade em eternidade no céu, porque vivemos com o Senhor Jesus.

Com todo respeito, não estamos num fórum eclesiástico, mas eu gostaria de fazer a seguinte sugestão: Você tem a convicção de que você está em Cristo, você passará a sua eternidade no céu, você pode dizer amém? Amém.

Portanto, são algumas coisas que fazem parte daquilo que é, aquilo que de principal nós professamos, como batistas no Brasil, como batistas no mundo.

Mas quero dizer aqui que tenho de reconhecer que, sem dúvida alguma, nós como batistas, há 110 anos presentes aqui em nosso Estado, Estado que já aprendi a amar... Como é bom viver em São Paulo, mesmo com algumas adversidades com o trânsito, como o trânsito de hoje, mas é uma cidade fantástica, que nos oferece tantas coisas. Sou fluminense, diga-se de passagem, porque nasci no Estado do Rio, porém flamenguista, e o tempo não é muito propício para isso, mas registro aqui essa minha inclinação.

Mas, eu já me adaptei bem em São Paulo, e amo esta cidade e aqui vivo muito bem. Mas reconheço que nós, em nosso papel como batistas no Estado de São Paulo, temos deixado um legado muito interessante. Não quero ser triunfalista, mas reconheço.

Por exemplo, deixamos um legado que, de certa forma, nos traz certo orgulho. Por exemplo, a democracia praticada pelos batistas, nossa forma de governo nas Igrejas batistas ela é marcada pela democracia. Nós escolhemos, nós votamos, nós fazemos as nossas decisões de modo participativo.

Agora, o quanto isso é importante para a História do Brasil? Por exemplo, li há pouco tempo de Gibeão Alencar, e ele faz alguns registros. Ele diz que já em 1871, quando surgiu a primeira igreja batista no Brasil, ou seja, 51 anos antes de a mulher adquirir o direito de voto em solo brasileiro, mulher ainda não votava, apenas 51 anos depois, nas igrejas batistas as mulheres votavam. Mulheres já escolhiam o presidente, ou seja, presidente da Igreja Batista quase sempre é pastor.

Ou seja, observem como isso é uma marca significativa, mulheres votavam, negros votavam, analfabetos votavam, mestiços votavam. Portanto, a gente não pode dizer que a democracia brasileira, talvez tenha tido, ou não, inspiração nesse nosso modelo batista, mas o fato é que 50 anos antes nós já tínhamos em nossas igrejas batistas todos, de modo igualitário, participando nas decisões, nas escolas, sobre patrimônio, sobre vida financeira, sobre o que fazer com os recursos levantados, sobre diretoria, liderança.

Então, eu posso dizer aqui dessa contribuição que nós temos dado, Carlos Alberto, que é muito significativa.

Uma outra coisa interessante. Se nós fôssemos medir os índices de analfabetismo no Brasil a partir das Igrejas batistas, e aqui eu amplio um pouquinho o universo, das Igrejas evangélicas, certamente os índices seriam muito mais baixos do que aqueles que têm sido registrados ao longo da história do Brasil. Por quê? Porque dentro das nossas igrejas todos são incentivados a ler a palavra de Deus. E não são poucas as histórias de pessoas analfabetas já adultas que aprenderam a ler lendo as Escrituras Sagradas. Eu, pessoalmente, conheço diversos deles.

Não são poucas as histórias de crianças nossas que já sendo alfabetizadas nas escolas, efetivamente começaram a ler na igreja. E quero dizer aqui que esse é o meu caso.

Me lembro, lá nos meus 4 anos e meio, quase 5 anos de idade, pouquinho tempo atrás, gente, diga-se de passagem, eu ainda estava naquele processo de alfabetização, aprendendo a juntar as letras, formando palavras, aprendendo a juntar as palavras, formando frases, juntar as frases, formando parágrafos, parágrafos juntados formando textos, ali naquele processo ainda, iniciando... Um domingo de manhã, antes de nós irmos para a igreja, meus pais zelavam muito por isso, domingo é dia da gente ir para a igreja, e eu estava lá, um pouquinho antes, na sala, eu já tinha já me aprontado, estava com a minha bíblia na mão, ainda teoricamente não sabia ler, eu abri a bíblia e comecei a ler. Meus pais, lá no quarto, me ouviram lendo e correram para me abraçar, me beijar. Agora nosso filho caçula está lendo. Eu li o primeiro texto da minha história de vida, a bíblia, palavra de Deus.

Ou seja, o que quero dizer com isso? É que essa também tem sido, do ponto de vista social, uma contribuição que nós batistas temos deixado, temos marcada a nossa história, a nossa trajetória.

Eu também citaria aqui a defesa que nós temos feito dos direitos igualitários para todos. Volto mais uma vez à minha história pessoal. Eu fiz parte da Primeira Igreja Batista de Campos, no Estado do Rio, e em tempos em que igrejas protestantes não podiam ter templos com arquitetura caracterizada como igreja cristã ou igreja, já podíamos construir templos, mas não podíamos fazer os nossos templos com arquitetura que caracterizasse um templo religioso. Naquela época quando assim foi autorizado, a primeira igreja batista no Brasil que teve o seu templo com a arquitetura tipicamente religiosa, foi a Primeira Igreja Batista de Campos, igreja da qual fui membro até meus 18 anos de idade, onde fui batizado.

Portanto, está aqui também mais um registro, ou seja, trabalhamos, como batistas, para promover direitos igualitários, não apenas um segmento religioso majoritário tem o seu direito de se fazer presente fisicamente.

Citaria, por último, acabamos de ouvir ali a banda sinfônica da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a grande contribuição que nós batistas e nós evangélicos temos dado culturalmente falando. Raríssimo encontrar no Brasil hoje uma banda sinfônica que não tenha a presença de evangélicos.

Portanto, interessante quanto essa contribuição cultural tem sido significativa, dada por nós batistas, dada por nós evangélicos.

Mas eu disse, não quero ser triunfalista, citar apenas coisas positivas e marcas que nós temos deixado na história. Também é verdade que há equívocos a serem corrigidos. Nós, como batistas, entendemos que a nossa espiritualidade não faz de nós ETs, extraterrestres. Queremos ser ETs, estudantes de teologia. Mas muito integrados na sociedade, muito participativos, exercendo uma espiritualidade que tem uma função integradora. Ou seja, não queremos fazer do nosso perfil evangélico uma espécie de um grande gueto ou mosteiro religioso.

Deixamos a sociedade com as suas situações precárias, com as suas questões adversas, deixamos a sociedade bastante contaminada, como ela é, e o que acontece nos dias atuais é assustador, e vamos viver enclausurados, dentro da nossa vida religiosa, dentro das nossas igrejas, e deixamos o mundo caminhar numa direção terrível de tragédia, de autodestruição. Não estamos aqui para participar, para dar a nossa contribuição. Não somos um povo alheio. Temos ojeriza quando se diz que religião, fé, é ópio do povo.

Muito pelo contrário, a nossa relação com Cristo nos projeta para uma participação efetiva neste mundo para enfrentamento dos problemas e das questões que assolam a nossa sociedade.

Por isso quero dizer a todos os presentes, muitos pastores aqui, quero dizer, meu querido Carlos Alberto, que eu pessoalmente, no meu ministério, não sou nem um pouco afeito àquela frase clássica, que se dizia até um tempo atrás, no início de nossos cultos:

“Querido irmão, ao entrar aqui, deixe os seus problemas lá fora e venha buscar a presença de Deus”.

Muito pelo contrário, traga seus problemas e nós queremos que ao sair daqui você saia preparado para enfrentar as questões que estão aí fora e participe de forma a dar a sua contribuição.

Ou seja, a proposta bíblica, cristã, não é essa, a de fazermos da nossa espiritualidade uma espécie de esoterismo gospel, que aos poucos nos exclui das questões bem concretas e reais que nos rodeiam.

O Senhor Jesus não fez isso.

Ele exerceu seu ministério num tempo em que o sacerdócio de sua época vivia, aí sim, em sua época, enclausurado no templo. O que os sacerdotes faziam não era nada mais do que cuidar da liturgia, era ministério de manutenção. Apenas conservação de tradições, de ritos, de repetições, de ritos e pronto, e não ia além disso.

O Senhor Jesus simplesmente se recusou a se deixar confinar por esse gueto religioso. Todos nós sabemos, o sermão mais famoso do Senhor Jesus não foi o sermão no altar do templo, foi o Sermão da Montanha, fora do templo, junto com o povo.

O primeiro milagre exercido pelo Senhor Jesus, por mais que eu goste de reuniões de adoração e por mais que elas me façam bem, mas não aconteceu numa reunia de oração, numa roda de intercessores, aconteceu numa festa. As pessoas conversando, brincando, batendo papo, se confraternizando, num casamento. Ali foi o primeiro milagre de Jesus.

Ou seja, Jesus fazendo do seu ministério algo nitidamente não eclesiástico, fora do contexto, fora do confinamento religioso.

E essa foi a caminhada de Jesus, a maior parte do tempo, ele indo ao encontro das pessoas. Isso tem de ser a nossa trajetória e por isso, queridos deputados, vereadora, Carlos Alberto, que nós estamos aqui, como batistas, há 110 anos, efetivamente para participar.

Temos abrigado crianças, temos abrigado anciãos. Os projetos sociais das Igrejas batistas têm se multiplicado. Mais recentemente, nos últimos sete anos, tem se tornado notório o projeto chamado “Cristolândia”, com grande repercussão na imprensa brasileira, na grande imprensa.

Pouco tempo atrás recebi em meu gabinete numa jornalista da “Folha de S. Paulo”, e ela me dizia: “Pastor, não sou paulistana, estou aqui já há quase 30 anos, vim do nordeste, mas estou presente, no bom sentido, infiltrada na sociedade paulista, e com isso às vísceras das nossas questões no nosso Estado, e eu posso dizer que conheço a problemática da Cracolândia desde que ela surgiu, há mais de 20 anos”. E ela disse: “quero dizer para você, pastor, com muita sinceridade, que ao longo desses mais de 20 anos de Cracolâdia nunca nenhum projeto surgiu com tanta eficácia, com tanta eficiência, para confrontar esse problema, como o chamado projeto ‘Cristolândia’”.

Louvado seja o Senhor por isso, pois isso é fruto da obra batista no Brasil, isso é fruto da obra batista no Estado de São Paulo. Louvado seja o nome de Deus por isso. Amém, irmãos.

São milhares de vidas retiradas das ruas, de situação de extrema precariedade, de subumanidade, e trazidas para um estado mais digno de vida.

O que nós queremos, para encerrar? O que nós queremos, neste momento, como batistas no Estado de São Paulo? Nós não queremos ser confundidos com aqueles que mercadejam a fé, com aqueles que fazem da Bíblia, da palavra de Deus, e da fé, um “business”. Parece-me que é difícil a gente transmitir para a sociedade outro perfil, uma outra imagem.

Pouco tempo atrás eu estava dando os meus dados para uma secretária, os dados da Igreja, fui passar para ela o endereço eletrônico da minha igreja, 1ª Batista de São Paulo, www.pib.org.br. Ela perguntou: PIB é de produto interno bruto? Eu falei: não, é de Primeira Igreja Batista.

Ou seja, nós não queremos ser vistos como aqueles que mercadejam a fé. Estamos aqui para servir às pessoas, à sociedade, ao Estado, em nome do Senhor Jesus. Podemos todos dizer amém. Queremos que isso fique muito claro.

Nós queremos, sobretudo, que o nosso Estado seja abençoado pelo Evangelho do Senhor Jesus, rejeitando efetivamente o pragmatismo presente em muitos setores evangélicos, ou utilitarismo, que diz o seguinte, se funciona está bom. O que nós queremos dizer é se é certo, está bom. Mais importante não é se funciona, o mais importante é e é certo.

Estamos desejosos ardentemente de demonstrar isso. A fé que somos, no aspecto subjetivo, que nós professamos verbalmente, ela precisa entrar no nosso caráter e se transformar em comportamento e esse comportamento precisa produzir resultados na sociedade, não ser apenas algo de natureza abstrata.

Queremos que, através de nossa presença, a contribuição efetiva seja dada para que nossas cidades, nosso Estado e nosso país sejam cada vez melhores. Desejamos, sim, ver uma sociedade mais igualitária, mais justa, mais compassiva.

Jesus, olhando as multidões, moveu-se de profunda compaixão, compadeceu-se delas. Compadecer significa padecer com. Queremos que isso esteja mais presente em nosso país, em nosso Estado, em nossas cidades.

Como batistas, querido deputado, nós queremos que, sobretudo, o Evangelho do Senhor Jesus, integralmente falando, ele se faça presente.

Sim, que muita gente, muita gente se converta a Cristo Jesus, senhor e salvador. Sim, nossas Igrejas batistas, sim, outras Igrejas, como eu disse, a verdade é suprarreligiosa. Que muitos se rendam a Cristo Jesus. Que esta nação reconheça a senhoria do Senhor Jesus.

Mas que isso não seja entendido como uma espécie de busca pelo poder. Queremos ser maioria evangélica para alcançarmos os patamares políticos para dominarmos a nação. Confesso que na maioria das vezes eu prefiro que não seja assim, pelo menos por enquanto. A história nos mostra que em alguns momentos a Igreja, enquanto esteve na clandestinidade, ela honrou mais o Evangelho. Quando assumiu patamares da institucionalidade, ela desonrou aquilo que é a essência do Evangelho.

Portanto, quando digo quero que a nação se renda ao Senhor Jesus, não necessariamente que a nação se torne evangélica, institucionalmente falando. Mas quero que a nação conheça o Senhor Jesus, pratique a compaixão, o amor ao próximo, à justiça, e tantas outras virtudes que nós vemos no ministério do Senhor da glória.

Muito obrigado, deputado, e a Cristo Jesus, senhor e salvador, sejam tributados honra, glória e louvor n sua plenitude.

Amém. (Palmas.)

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Parabenizo o pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira, presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo por vocalizar, sintetizar e expressar tão bem o espírito batista nesta Casa de Leis. Uma honra ouvi-lo, um prazer, um privilégio ouvi-lo nesta manhã.

Neste momento teremos um hino, dirigido, sob a regência do maestro Cunha Júnior, que é o hino “Grandioso, és Tu”.

* * *

- É entoado o hino “Grandioso és Tu”.

* * *

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Neste momento convido, a que faça uso da palavra, o pastor Valdo Romão, diretor executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo.

O SR. VALDO ROMÃO - Excelentíssimo presidente desta sessão, amigo, deputado Carlos Alberto Bezerra Jr. Quero destacar também, com muita alegria, a presença de ilustres autoridades, deputado, que está aqui presente também representando esta Casa, que precisou se retirar, fez a justificação, Itamar Borges. Quero também destacar sempre a presença do Vaz de Lima, que 10 anos atrás propôs um encontro como este, de solidariedade. A vereadora Patrícia.

Quero dizer, deputado, que o momento se reveste de singularidade, pela importância que temos entendido ter no nosso Estado como igrejas.

A Convenção Batista do Estado de São Paulo não teria razão nenhuma de existir não fossem as igrejas. As suas 1249 igrejas espalhadas pelo nosso Estado. As suas 400 congregações. É a razão de ser da nossa convenção.

Foram sete delas que no dia 16 de dezembro de 1904, na cidade de Jundiaí, decidiram criar essa instituição, chamando-a inicialmente de União Batista Paulistana, dentro de um período da história muito importante do nosso país.

O país estava saindo de um período em que não havia plena liberdade de culto, plena liberdade religiosa, tínhamos acabado de sair do período do império do Brasil. E agora, dentro já do período da República, nós começávamos, então, a respirar ares de liberdade de culto, de liberdade religiosa.

E aquelas igrejas reunidas em sua primeira assembleia constituíram, hoje, a Convenção Batista do Estado de São Paulo. Homens de Deus estiveram contribuindo para isso. Senhor deputado, quero destacar aqui um casal, um casal que está aqui neste plenário, que deu boa parte da sua vida trabalhando na obra cooperativa do nosso Estado. Temos aqui o nosso decano Salovi Bernardo, a nossa irmã Cenyra Pinel Bernardo. (Palmas.)

Fazendo destaque a esse casal, eu penso que nós lembramos de todos os pastores que trabalharam, que deram do seu tempo precioso, que deixaram suas famílias em muitos momentos para fazer com que a obra da Convenção Batista pudesse existir nesta ocasião da forma que existe.

Fazendo referência à irmã Cenyra, também lembro de todas as esposas de pastores deste Estado, que tanto têm ajudado seus esposos como pastores à frente de igrejas.

Mas não poderia deixar de lembrar aquelas igrejas que tiveram a visão, e quero aqui nominá-las, Igreja Batista de São Paulo, assim chamada, hoje a Primeira Igreja Batista de São Paulo, que é pastoreada hoje pelo pastor Paulo Eduardo, nosso presidente. A Igreja Batista de Jundiaí, local onde foi realizada a primeira sessão, a primeira assembleia. A Igreja Batista de Santos, hoje a Primeira Igreja Batista da Cidade de Santos. A Igreja Batista de Campinas, hoje a Primeira Igreja Batista de Campinas. A Igreja Batista de Limeira, hoje a Primeira Igreja Batista de Limeira. A Igreja Batista de Piracicaba, hoje a Primeira Igreja Batista de Piracicaba.

Sem deixar de mencionar também a Igreja Batista de Santa Bárbara D´Oeste, não existindo mais, mas representada pela Igreja Batista Memorial de Santa Bárbara D´Oeste.

Nós temos essas sete igrejas, que trabalharam olhando para este Estado, e hoje a convenção, ajudada pelas suas igrejas, tem desenvolvido a obra missionária alcançando todas as regiões do nosso Estado, alcançando o trabalho social, alcançando o trabalho com a educação, alcançando o trabalho com a educação teológica ministerial do nosso Estado, desenvolvendo o trabalho com a música sacra, desenvolvendo o trabalho nas mais diferentes frentes. Nós damos graças a Deus por essas igrejas.

Nós chegamos a esta data, e nós chegamos a esta data porque o Senhor tem nos sustentado. E nós não poderíamos deixar de terminar a nossa fala sem dizer grandes coisas o Senhor tem feito por nós, e por isso estamos alegres.

Muito obrigado, nobre deputado, por esta iniciativa. Esteja certo de que as igrejas deste Estado honrarão sempre esta sua iniciativa, procurando cumprir com a sua missão, a de mostrar Jesus Cristo à gente paulista que precisa conhecê-lo como o caminho, a verdade, a vida.

Que Deus nos abençoe. (Palmas.)

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Amém.

Neste momento serão entregues placas em homenagem a algumas das igrejas fundadoras da Convenção Batista do Estado de São Paulo que se fazem representar aqui.

Lembro a cada um de vocês que reconhecer a nossa história é apontar exemplos a serem imitados na construção do nosso futuro.

E, neste momento em que a gente faz o reconhecimento à nossa história, a gente o faz, e os quero convidar a que venham aqui, para que recebam a placa aqui em cima, neste plenário, o pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira, representando a Primeira Igreja Batista de São Paulo, o pastor Kielce Vidal Silva, representando a Primeira Igreja Batista de Santos, o pastor Jônatas Enéas Caldeira, representando a Primeira Igreja Batista de Campinas, e o pastor Elinaldo Pita Lourenço da Silva, representando a Igreja Batista Memorial de Santa Bárbara D´Oeste.

Peço que esses irmãos se dirijam aqui em cima, no plenário. (Palmas.)

* * *

- É feita a entrega das placas.

* * *

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Neste momento, então, teremos a mensagem musical com a apresentação do grupo Som Maior.

Enquanto o grupo Som Maior se dirige, queria apenas fazer um registro, até para que não paire dúvida ao Plenário e aos que aqui estão presentes, que ao contrário do que foi dito aqui, nós valorizamos e muito aqueles que estão presentes nesta sessão e que abrilhantam esta sessão dos 110 anos da Convenção Batista no Estado de São Paulo.

Esses que, apesar de todas as intempéries, as dificuldades da grande cidade, da grande metrópole de São Paulo, apesar deste momento em que temos uma greve de metrô, uma série de dificuldades, a proximidade da estreia da seleção, da abertura da copa do mundo, a vocês todos que fizeram um esforço especial para estar aqui nesta manhã, são vocês que dão sentido a esta belíssima cerimônia que registra a história batista, os 110 anos da história da Convenção Batista do Estado de São Paulo.

A vocês meu abraço especial, carinhoso, meu registro de respeito e honra àqueles que compõem a Mesa, pastor Valdo, pastor Paulo e todos os outros presentes a esta sessão. (Palmas.)

* * *

- É feita a apresentação musical do Grupo Som Maior.

* * *

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Solicito que o pastor Marcos Antônio Peres nos dirija em oração neste momento.

O SR. MARCOS ANTÔNIO PERES - Eu gostaria de passar esta oportunidade, se o presidente me permitir, ao pastor Irlandi Pereira de Azevedo, que está aqui, presidente emérito da Primeira Igreja, e também da nossa Convenção Batista Brasileira. Eu gostaria que ele pudesse estar orando, então, neste momento.

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Uma honra imensa para esta Casa.

Pastor Irlandi.

O SR. IRLANDI PEREIRA DE AZEVEDO - Nosso Deus e bendito pai, nós te damos graças por este momento precioso em que nos reunimos, como líderes das Igrejas Batistas do Estado de São Paulo, com líderes políticos deste Estado, nesta Casa de Leis, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, sob a Presidência do deputado Carlos Alberto.

Nós te damos graças, Senhor Deus, porque nós formamos um povo, um povo que tem procurado, ao longo de 115 anos, por isso que os batistas em São Paulo completam 115 anos, e a convenção 110, têm produzido, têm proporcionado a este Estado, em termos de testemunho, de valores morais e espirituais, de formação de novas gerações, de afirmação dos valores da democracia, dos valores cristãos.

Nós te damos graças por este momento em que proclamamos as verdades, as convicções, os princípios de nossa fé.

Nós te damos graças porque, ainda que iniciada a nossa presença em São Paulo, em temos difíceis, de pouca liberdade religiosa, hoje temos plena liberdade religiosa, como neste dia se vê, nesta Casa, a presença dos batistas, como esta Casa tem aberto portas para outros grupos religiosos.

Nós defendemos a liberdade religiosa, liberdade para todas as religiões, para o testemunho, para a afirmação da consciência cristã, e nós queremos, Senhor, celebrando essa liberdade, pedir a tua bênção para os batistas, para o Estado de São Paulo e para o Brasil.

Nós sabemos que estamos a viver momentos difíceis, momentos em que forças poderosas se arregimentam para limitar, ou eliminar a liberdade, que nós possamos manter a nossa postura e amar a nosso senhor Jesus Cristo como centro, como alvo de nossa fé.

E que, Deus, esta Casa sempre valorize as expressões de fé, de valores religiosos do povo paulista.

Nós te damos graças também, como batistas brasileiros, pelo vigor dos batistas de São Paulo, pelo testemunho desta convenção, e pelas marcas, pelos indicadores de prosperidade da causa batista em terras bandeirantes.

Nós oramos assim, agradecidos, agradecidos por este momento, pelos 110 anos de nossa história institucional no nome bendito de Jesus. Amém.

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Amém.

Agradeço ao pastor Irlandi.

Neste momento serão entregues placas de homenagem às organizações da Convenção Batista do Estado de São Paulo, organizações que passo a chamar a partir deste momento para que se façam representar aqui nas respectivas homenagens.

União das Esposas de Pastores, chamo aqui a presidente Eliete Antunes Ferreira; União Feminina Missionária Batista do Estado de São Paulo, presidente Sandra Regina Aires Gomes dos Santos Souza.

Também convido que venha à Mesa diretora dos trabalhos o presidente da Juventude Batista do Estado de São Paulo, Estevam Júnior.

O presidente Valdison Rodrigues Nascimento, presidente da Ordem dos Diáconos Batistas do Estado de São Paulo.

O pastor Rubens Nazareth dos Santos, presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Seção São Paulo.

E por último, o maestro Cunha Júnior, presidente da Associação dos Músicos Batistas do Estado de São Paulo. (Palmas.)

* * *

- É feita a entrega das homenagens.

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O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Neste momento, sob a regência do maestro Cunha Júnior, teremos o hino “Como agradecer a Jesus? ”.

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- É entoado o hino “Como agradecer a Jesus”.

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O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - A Deus, toda glória.

Neste momento serão entregues placas em homenagem às instituições educacionais batistas e à Convenção.

Convido, para que venham à frente, receber suas placas, em homenagem, o Dr. Gézio Duarte Medrado, diretor geral do Colégio Batista Brasileiro.

O professor doutor Lourenço Stelio Rega, diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

O pastor Antonio Lazarinni Neto, diretor da Faculdade Teológica Batista de Campinas; o diretor executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo, pastor Valdo Romão.

E ao presidente da Convenção, representando todos os batistas no Estado de São Paulo, o pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira. (Palmas.)

* * *

- É feita a entrega das homenagens.

* * *

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Neste momento, como ato de gratidão, faz a leitura bíblica, aliás, seremos conduzidos na leitura bíblica, pelo pastor Valdo Romão.

* * *

- É feita a leitura do trecho bíblico.

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O SR. VALDO ROMÃO - Quero aproveitar, neste momento, querido deputado, convidar o nosso presidente, pastor Paulo Eduardo, para fazer a entrega de um selo comemorativo dos 110 anos da Convenção Batista do Estado de São Paulo, emitido pelo Correio do Brasil.

* * *

- É feita a entrega do selo.

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O SR. EDUARDO GOMES VIEIRA - Passo às suas mãos agora, ilustríssimo deputado Carlos Alberto Bezerra Jr., este selo, e aproveito para fazer esse registro.

Dadas circunstâncias, nós temos aqui uma grande multidão, muito obrigado por esta valoriza iniciativa e este momento, por demais, significativo para nós batistas de São Paulo. (Palmas.)

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Obrigado.

Belíssimo selo comemorativo. Meus parabéns.

Já caminhando para o final, gostaria de convidar, mais uma vez, o maestro Cunha Júnior, a que nos conduzisse neste momento final, antes das palavras finais, neste momento final de adoração.

“Deus, somente Deus”, é o hino com o qual ele nos dirige.

* * *

- É entoado o hino “Como agradecer a Jesus”.

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O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Eu estava aqui pensando, ouvindo atentamente a todos que me antecederam, belíssimas palavras, homenagens, reconhecimento, e aqui pensando, são 110 anos de história. É muito tempo para um país jovem como é o Brasil, 110 anos de história, mais de um século de história, de contribuição.

Enfim, quantos heróis, heroínas, anônimos, ao longo desse tempo, quantos, por causa do anúncio da mensagem transformadora do Evangelho, quantos e quantos, milhares de pessoas alcançadas, transformadas, jovens que deixaram as drogas, famílias reconstruídas, histórias recomeçadas.

E a minha esposa falava uma coisa, a gente nem conversou sobre isso, mas é fato, ela se antecipou a um fato. Eu, com esta solenidade, também quero fazer um reconhecimento ao trabalho dos irmãos, especialmente aqui no Estado de São Paulo. Eu me sinto fruto, sou fruto desse trabalho.

Minha vida pública é marcada por valores, por fundamentos que aprendi na minha infância, nos bancos do Colégio Batista Brasileiro.

O respeito à palavra, aos fundamentos morais, os princípios éticos os quais procuro, cotidianamente, desenvolvê-los e sinalizá-los aqui neste Parlamento e na minha vida pública ao longo dos últimos 14 anos.

Eu estava pensando, pastor Paulo, enquanto estava ouvindo anotei algumas coisas, estava pensando que a convenção tem mais de um século a serviço da denominação e dos pastores batistas no Estado. Um trabalho de suporte, trabalho de agregação, de apoio, de amparo, de cuidado, de percepção de novos campos missionários, de envio de missionários.

O trabalho todo de suporte da convenção, suas instituições todas da área social, educacionais, que, aliás, se transformaram em referências nacionais. Os batistas guardam a honrosa marca que os distingue especialmente pelo valor que dão à educação, à cultura, à cultura musical, que são marcas que os irmãos vão legando ao Estado de São Paulo.

Tem uma questão que me chama a atenção. É que a convenção junto às igrejas consegue algo muito difícil, que é coisa do espírito santo, que é manter a unidade de valores, de princípios, de fundamentos de fé, de fundamentos teológicos, preservando e respeitando a autonomia da igreja local. Isso é uma coisa muito especial.

Aliás, o pastor Paulo aqui ressaltou algumas das contribuições batistas à história, e a contribuição à nossa democracia. Sem dúvida nenhuma é uma contribuição reconhecida, assim como é reconhecida essa contribuição num modelo de gestão, num modelo em que se agregam tantos agentes distintos, num conjunto tão heterogêneo, mas unidos por uma única fé, pelos mesmos princípios e pelos mesmos direcionamentos teológicos.

Isso é algo que precisa ser destacado, esse respeito à autonomia da igreja local, ao pastor local, precisa ser destacado.

E isso se mostra, e a gente vai vendo esse respeito à autonomia, à liberdade de consciência, a gente vai vendo porque isso se verifica também na continuidade do trabalho ao longo desses 110 anos. Isso é visível. Há vários presidentes e ex-presidentes aqui presentes, colaboradores, pastores, agentes, irmãos, irmãs, diferentes, de pensamentos diferentes, ênfases diferentes, olhares diferentes, mas que vão fazendo o trabalho da convenção, sem nenhum personalismo, e transferindo o bastão um ao outro, numa clara demonstração de continuidade e de unidade.

Respeito à individualidade, respeito à autonomia. Uma outra coisa que queria destacar aqui também, que vejo como trabalho da convenção e como legado de vocês, em tempos onde dois ou três se pretendem porta-vozes dos evangélicos no país, os batistas dão uma lição de respeito à individualidade e de respeito à história da Reforma Protestante. Porque nos batistas, e entre os batistas quem fala é a coletividade. Quem fala é a coletividade, e isso é uma grande contribuição histórica dos senhores e das senhoras.

Por último, eu queria deixar registrado para os Anais desta Casa a minha constatação de que esses 110 anos de história da convenção, e 115 dos batistas no Brasil, corroboram uma história de firmeza em relação aos princípios da palavra de Deus, de firmeza com relação aos princípios éticos, de responsabilidade social. Estão aí as várias entidades e iniciativas sociais aqui citadas, Lar Batista, enfim, os colégios batistas, faculdades. Isso é marca presente, para ser registrada para a história.

E hoje se faz o reconhecimento oficial do Estado de São Paulo. Hoje, as homenagens que aqui foram feitas, são homenagens, sim, a esses que neste momento dirigem as instituições homenageadas, mas essas homenagens transpassam o tempo, porque se fazem a uma legião de homens e mulheres, abnegados, dedicados, apaixonados por Jesus e pela Igreja que construíram essa história ao longo de 110 anos.

Fica aqui o meu registro, aliás, o registro de que sou fruto também, e que me sinto profundamente honrado por ser fruto também desse trabalho e dessas sementes batistas lançadas em solo paulista. Fica o registro à grande contribuição espiritual, moral e social, aliás, quando se fala da questão social, a gente não pode deixar de mencionar o belíssimo trabalho feito pelos irmãos na “Cristolândia”, uma das regiões mais degradadas de São Paulo.

Mudou seu nome por causa da presença transformadora de missionários, missionárias, homens e mulheres, que movidos por sua fé, atuam para transformar a realidade da morte num espaço gerador de vida aqui em São Paulo.

Portanto, meu carinho, meu respeito, meu reconhecimento, como homem, como cristão, como homem público, como líder político neste Estado, e o faço também em nome desta Casa de Leis.

Meus parabéns e que o nome de Deus continue sendo louvado por causa da vida, da história e da belíssima contribuição de cada um dos irmãos batistas, irmãos e irmãs batistas do Estado de São Paulo. (Palmas.)

Nosso último momento musical, antes da oração final, quero convidar então o Grupo Som Maior, para que nos dirija neste último momento musical, dizer que a homenagem também se estende a homens com a história do pastor Irlandi Pereira de Azevedo, que tanto fez e que segue fazendo pela história batista no Estado de São Paulo.

Mas também não quero aqui deixar de registrar outra importante contribuição, e o fazendo, pedia que ele, logo após o grupo Som Maior, nos dirija em oração e nos traga a bênção apostólica, o pastor Salovi Bernardo, que está entre nós. Gostaria que o pastor Salovi, logo após o grupo Som Maior, nos dirigisse em oração e fizesse a bênção apostólica nesta Casa.

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- É feita a apresentação musical do Grupo Som Maior.

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O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Pastor Salovi.

O SR. SALOVI BERNARDO - Que o amor de Deus, nosso pai, amor que nos envolve continuamente, pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, nosso salvador, e pelas consolações do espírito santo de Deus que nos guia, que as suas bênçãos venham sobre cada crente batista espalhado por este grade Estado de São Paulo, que alcance as igrejas que são formadas por esses crentes em Jesus Cristo, que alcance os pastores que lideram as igrejas, que alcance a Convenção Batista do Estado de São Paulo em todo o seu labor, que alcance também, Senhor Deus, todas as associações que agregam as igrejas regionalmente. Tudo isso, Senhor Deus, para tua honra e para tua glória.

Que abençoe, Senhor Deus, a liderança desse programa, e abençoe esta Casa e o povo paulista e brasileiro.

Oramos agradecidos pela tua misericórdia sobre nós. Amém.

O SR. Presidente - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Os agradecimentos finais a todos aqueles que colaboraram para que esta Sessão acontecesse, um agradecimento especial aos funcionários da Casa, aos funcionários que aqui se fazem presentes, que nos deram todo o suporte, ao Cerimonial, à TV Assembleia. À Taquigrafia, todo o suporte técnico.

Um agradecimento também à minha equipe de mandato, que trabalhou para que esta cerimônia acontecesse, e queria fazer um agradecimento especial na pessoa do pastor Márcio, que muito nos ajudou, um agradecimento ao suporte dado também pela convenção, a informação de todos aqueles, de todos os irmãos que aqui estão, para que pudessem aqui estar a tempo, e aí a gratidão à convenção e especialmente aos funcionários da convenção, na pessoa do pastor Danilo, um agradecimento especial às autoridades aqui presentes, pastores e um agradecimento especial a cada um de vocês que aqui estiveram e que fizeram deste ato um momento especial.

Um abraço carinhoso, gostaria de citá-los todos pelos nomes, mas enfim, alguns amigos que aqui vejo, pastor Libério, amigo querido, do coração, pastor João Martins, que aqui vejo, pastor Juraci, enfim, tantos irmãos, Salovi Filho, tantos irmãos que aqui vejo e nos dão uma alegria enorme de vê-los aqui presentes. Obrigado pela presença.

E faço, então, o registro final. Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades presentes, agradecemos, como aqui fiz, a todos os funcionários, ao Serviço de Atas, ao Cerimonial, à Secretaria Geral Parlamentar, à Imprensa da Casa, à TV da Assembleia Legislativa, às Assessorias Policiais Civil e Militar, bem todos que colaboraram para o êxito desta solenidade.

Está, portanto, encerrada a presente sessão.

Deus nos abençoe.

Está encerrada a sessão.

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 40 minutos.

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