024ª SESSÃO
SOLENE EM “HOMENAGEM
À POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO PELO PROGRAMA EDUCACIONAL DE
RESISTÊNCIA ÀS DROGAS E À VIOLÊNCIA (PROERD)”
Presidente: EDSON FERRARINI
RESUMO
1 - EDSON FERRARINI
Assume a Presidência e abre a sessão.
Nomeia as autoridades presentes. Informa que a Presidência Efetiva convocara a
presente sessão solene, a requerimento do deputado Edson Ferrarini, na direção
dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear a Polícia Militar do Estado
de São Paulo pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência -
Proerd". Convida o público a ouvir de pé, o
"Hino Nacional Brasileiro". Manifesta-se privilegiado por ser autor
da lei que instituiu o "Dia Estadual do Proerd".
Enaltece o trabalho de prevenção de drogas realizado pela corporação.
2 - CARLOS
ALBERTO
ESTRACINE
Assessor Parlamentar, representando o
secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo Fernando Grella Vieira, cumprimenta as autoridades presentes. Comenta
que o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência é bem aceito
pelas famílias. Exalta o engajamento do deputado Edson Ferrarini com a Polícia
Militar. Afirma que o Brasil é o país com o maior número de consumidores de
drogas no mundo. Agradece à Polícia Militar e ao Proerd
por evitar que jovens tenham seu primeiro contato com as drogas.
3 - PRESIDENTE EDSON FERRARINI
Dá conhecimento de mensagens alusivas
à efeméride, encaminhadas por diversas autoridades. Informa que deve enviar, posteriormente,
diploma a todos os policiais militares presentes na
solenidade.
4 - MÁRIO SÉRGIO SOBRINHO
Coordenador de Políticas e Drogas da
Secretaria da Justiça, considera exemplar o trabalho
de prevenção às drogas desenvolvido pelo Proerd.
Comenta que os prejuízos das drogas se estendem também às famílias de pessoas
viciadas. Parabeniza o coronel Glauco Silva de Carvalho e o deputado Edson
Ferrarini pela luta em prol da Polícia Militar e do combate às drogas.
5 - PRESIDENTE EDSON FERRARINI
Informa que a soldada Renata Bonfim o
convidou a participar da próxima formatura do Proerd.
Mostra livro infantil de prevenção das drogas e manual
de combate às drogas em canteiros de obras, ambos de sua autoria. Manifesta-se
contrário à legalização de drogas. Presta homenagem, com entrega de troféus,
aos diversos Policiais Militares. Informa que reivindicara a compra de viatura
com o logo do Proerd, como forma de incentivo ao
programa. Presta homenagem, com entrega de troféus, a outros Policiais
Militares. Elenca diversas conquistas obtidas pela Polícia Militar, com a sua
ajuda, como por exemplo, a aprovação de projeto de promoção de centenas de
policiais militares. Declara que votara favoravelmente ao projeto de lei, de
1997, que extinguiu a concessão de aposentadoria proporcional a parlamentares
que tivessem mais de oito anos de contribuição previdenciária. Recorda de como
seu pai o ensinara a viver com ética e dignidade.
6 - LUODENIR GONZAGA BUENO
Capitão da PM,
agradece, em nome do Proerd, a homenagem
recebida. Enaltece a luta pela prevenção do uso de drogas e da violência pela
Polícia Militar e pelo Proerd. Agradece o apoio da
Polícia Comunitária e de Direitos Humanos, sob o comando de Glauco Silva de
Carvalho.
7 - PRESIDENTE EDSON FERRARINI
Discorre sobre as razões de seu
engajamento na luta contra as drogas. Comenta caso de soldado alcoólatra de seu
batalhão que o fez iniciar seu trabalho com viciados.
Presta homenagem, com entrega de troféu, ao sargento Heraldo Serpa.
8 - HERALDO
SERPA
Sargento, considera
milagrosa a recuperação de seu vício ao álcool. Comenta que é necessária muita
determinação para a reabilitação do alcoolismo. Menciona que graças à ajuda do
deputado Edson Ferrarini, hoje, é feliz com sua família. Cita os prejuízos à saúde
causados pelo uso abusivo de álcool.
9 - PRESIDENTE EDSON FERRARINI
Cita que criara o método de
espelho-terapia no combate ao alcoolismo. Considera heroico
o trabalho desenvolvido pelos policiais do Proerd,
por salvar vidas e resgatar pessoas do vício das drogas. Enaltece a competência
de Glauco Silva de Carvalho, como representante da Polícia Militar.
10 - GLAUCO
SILVA DE
CARVALHO
Coronel da Polícia Militar e diretor
de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos, agradece
os elogios tecidos pelo deputado Edson Ferrarini, que considera ser um defensor
dos interesses da Polícia Militar. Agradece o apoio de Mário Sérgio Sobrinho e
Carlos Alberto Estracine, no que se refere ao combate
às drogas. Informa que o Rotary deve patrocinar a viagem de policiais militares
ao Canadá e Estados Unidos para conhecimento de programas de prevenção das
drogas naqueles países. Enaltece o envolvimento da capitã Regina Salinero com o Proerd. Ressalta a
importância dos policias militares no processo de prevenção ao uso de drogas.
Comenta os números de usuários de drogas no País e a porcentagem de recaídas
após o início do tratamento. Destaca que a Polícia tem apoio popular, e
transmite a imagem de segurança para a sociedade.
11 - PRESIDENTE EDSON FERRARINI
Menciona que, segundo a ONU, apenas
20% das drogas produzidas são apreendidas. Considera que a família é a base da educação de crianças e jovens. Ressalta a
importância da prevenção das drogas através do Proerd.
Presta homenagem, com entrega de troféus, a diversas personalidades.
12 - MÁRIO GHIO JUNIOR
Vice-Presidente da
Abril Educação, agradece o deputado Edson Ferrarini pela homenagem
prestada e pela criação do Dia Estadual do Proerd.
Recorda de seu primeiro contato com a corporação. Elogia a história de
recuperação do sargento Heraldo Serpa. Comenta que, as
seu ver, os projetos do Proerd deveriam ser conteúdo
obrigatório de currículo escolar para crianças e jovens. Ressalta que a Polícia
Militar influencia de forma positiva os valores de crianças e adolescentes.
Destaca a contribuição do trabalho realizado pelo Proerd
para a sociedade.
13 - PRESIDENTE EDSON FERRARINI
Convida o público a ouvir a Canção do
Proerd, executada pela Banda da Polícia Militar do
Estado de São Paulo. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Edson Ferrarini.
* * *
O SR. PRESIDENTE - EDSON FERRARINI - PTB -
Muito bom dia a todos os senhores e
senhoras.
Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
Nós estamos dando início a esta
sessão solene memorável aqui na Assembleia
Legislativa, para homenagear a Polícia Militar do Estado de São Paulo através
do seu Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, o Proerd.
Sem dúvida alguma, esta é uma
das sessões mais importantes da Assembleia
Legislativa. Os senhores merecem do povo de São Paulo a maior consideração
possível. Os senhores estão sendo homenageados, vão
ser homenageados, na maior Assembleia Legislativa dos
Estados brasileiros, a Assembleia Legislativa de São
Paulo.
Queria enumerar as pessoas que
estão ao meu lado: à direita, o Dr. Carlos Alberto Estracine,
que é assessor parlamentar e está representando o Sr. Fernando Grella Vieira, secretário da Segurança Pública. À minha
esquerda nós temos o coordenador de políticas de drogas da Secretaria da
Justiça, o promotor Mário Sérgio Sobrinho. E nós temos também, à minha direita,
um grande amigo da Polícia Militar, um grande companheiro, Mario Ghio Júnior, vice-presidente da Abril
Educação. E nós temos o nosso diretor de Polícia Comunitária e Direitos
Humanos, o nosso brilhante coronel Glauco Silva de Carvalho. Queria que os
senhores aplaudissem essas autoridades, porque são pessoas, cada um tem a sua
parcela. (Palmas.)
Mas nós temos mais pessoas para
enumerarmos, como, a Assembleia Legislativa tem o privilégio
de ter como subchefe do destacamento da Polícia Militar aqui, o tenente coronel
Barreto, um grande companheiro.
Vamos falar, daqui a pouco, de
outras pessoas que fazem parte desta solenidade.
Nós temos ainda, para citar, a nossa capitão Regina Salinero, mentora do Proerd. Quando você fala em Proerd, ela está ligada, seu nome, pela sua dedicação, pelo entusiasmo, pelo carinho com que ela trata esse programa. Vamos aplaudir a capitão Regina. (Palmas.) A capitão Regina é tão dedicada que tem direito até a um fã-clube.
O gerente de políticas comerciais da Liquigás, Alfredo Cezar Raimundo. Vamos aplaudir o meu amigo Alfredo Cezar Raimundo. (Palmas.)
O governador do Rotary, que é um grande parceiro do Proerd, é o Claudio Moyses. Ele é do distrito internacional 4.610, nosso querido amigo Claudio Moyses. Vamos aplaudi-lo. (Palmas.)
O Ney Cardoso, representando o deputado Antonio Salim Curiati, que é um grande amigo da Polícia Militar. É um deputado que todas as vezes que nós precisamos contamos com ele, com a sua amizade.
Senhoras e senhores deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado Samuel Moreira, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de homenagear a Polícia Militar pelo seu programa educacional Proerd.
Eu convido todos os senhores para que nós iniciemos com o Hino Nacional Brasileiro, tocado pela nossa banda.
* * *
- É feita a execução do Hino Nacional Brasileiro.
* * *
O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Queria cumprimentar esse conjunto musical, a nossa banda, uma das
primeiras unidades da Polícia Militar.
Essa banda que tenho a
oportunidade de prestigiar sempre aqui na Assembleia
Legislativa, e hoje o comandante, o regente é o subtenente Juarez Fonseca dos
Reis, do corpo musical. Parabéns aos senhores que fazem esse trabalho, um
trabalho de relações públicas para a Polícia Militar, simplesmente fantástico.
Queria cumprimentar o coronel Azor, do comando da região de São José do Rio Preto, que
também está conosco.
Tive o privilégio, como
deputado estadual, de prestigiá-los instituindo pela Lei 12.901, de 1998, o Dia
Estadual do Proerd.
O que é isso?
Para que ficasse marcado
definitivamente. É uma lei, e os senhores, então, são homenageados. O Proerd vai completar 21 anos de vida fazendo os trabalhos
mais impressionantes e mais necessários.
Lido com pessoas drogadas há
mais de 43 anos, recuperando pessoas, salvando vidas. É um trabalho muito
interessante.
Então, a sociedade de São Paulo
está dizendo aos senhores “muito obrigado”. Droga tem
algumas armadilhas, e várias armadilhas, entre elas o prazer inicial, a droga
registra na memória química o primeiro cigarro de maconha, a primeira cheirada
de cocaína e não apaga nunca mais. O mundo não tem cura. O religioso diria em
Jesus. Tudo bem, eu ia lá na Cracolândia
e dava uma Bíblia para cada um e estava tudo curado. Mas ele não quer Jesus,
não quer Bíblia.
E nós vamos entender que a
melhor maneira é aquilo que os senhores fazem. Os senhores fortalecem a autoestima do jovem que os ouve. Os senhores fazem esse
trabalho, é a sociedade, em meu nome, dizendo aos senhores
“Muito obrigado, parabéns”. Os senhores fazem parte da melhor
corporação, da melhor Polícia Militar, a maior e mais competente do Brasil,
equiparada às melhores do mundo. Eu que visitei muitos países do mundo, nós
fazemos parte.
Então, os senhores são
diferenciados. Além de fazerem parte dessa corporação, além de fazerem
policiamento comunitário, policiamento, os senhores fazem esse algo mais.
Eu vou pedir ao nosso
representante do secretário da Segurança Pública para que ele fizesse algumas
colocações, porque o secretário de Segurança Pública certamente tem um carinho
muito grande pelo Proerd e pela Polícia Militar.
Então, o Dr. Carlos Alberto Estracine vai fazer uma saudação em nome do secretário. Queria que os senhores aplaudissem Carlos Estracine, meu amigo. (Palmas.)
O SR. CARLOS ALBERTO ESTRACINE - Bom dia a todas e a todos. É com muita honra que venho aqui a esta Casa de Lei representando o secretário de Segurança Pública, Dr. Fernando Grella Vieira, que pede desculpas ao deputado Edson Ferrarini por ter assumido compromisso anteriormente e não pôde comparecer. Ele gostaria muito de estar presente e pediu para que eu o representasse neste evento.
Quero, em primeiro lugar, cumprimentar o coronel Edson Ferrarini, deputado; cumprimentar o Mário Sérgio, que é vice-presidente da Abril Educação, desculpe, o Mario Ghio. O Mário Sérgio é promotor de Justiça; e o coronel Glauco, nosso grande amigo, de longa data, que faz um trabalho fantástico na Polícia Militar, e em nome dele cumprimentar todos os policiais militares aqui presentes.
Eu fico muito à vontade para falar do Proerd porque, eu estava conversando com o coronel Glauco, eu participei de várias formaturas do Proerd, e é incrível como as crianças, com as escolas, como as famílias aderem a esse programa, e como as crianças se identificam com o instrutor.
Disse para o coronel Glauco que eu conheci um instrutor do Proerd que era uma coisa fantástica, era uma relação com as crianças e com a família que causava emoção em várias formaturas que eu participei.
Quero cumprimentar, em primeiro lugar, o coronel Edson Ferrarini, deputado estadual, um parceiro da Segurança Pública, uma pessoa que representa, legítimo representante da classe Polícia Militar, que está sempre na Secretaria de Segurança Pública, está sempre conversando com o secretário para a melhoria das condições de trabalho da Polícia Militar, e sempre com projetos importantes nessa área.
E mais uma vez ele presta uma justa homenagem a essa Polícia Militar, que como ele disse, e eu concordo, é, sem dúvida nenhuma, a melhor polícia do Brasil, e uma das melhores do mundo. Digo isso porque eu estou há sete anos na Secretaria de Segurança Pública, e estou acompanhando de perto, sempre acompanhei como advogado, por 28 anos, e hoje acompanho de perto, há sete anos, na Secretaria de Segurança Pública, o trabalho brilhante que a Polícia Militar de São Paulo faz.
E esse programa, o Proerd, é mais um dos programas de excelência da Polícia Militar de São Paulo. São mais de sete milhões de crianças que passaram por esse programa, e a sensação que nos causa, a cada formatura, é que a criança que passa por esse programa dificilmente, essa é a sensação que nos passa, dificilmente entrará para o mundo das drogas.
Seria importante que outras entidades, que a sociedade civil participasse também, que engajasse nessa luta porque, na verdade, eu tenho despachado como secretário, Dr. Fernando Grella, todos os dias, e a grande preocupação da segurança pública é a questão das drogas.
Nós sofremos porque o Estado de São Paulo não produz drogas, mas recebe o efeito delas. Nós não produzimos armas, e recebemos os efeitos disso.
Infelizmente, a droga hoje se instalou de tal forma a ponto de que o Brasil é o país de maior consumo de droga no mundo. Isso é lamentável, isso realmente causa um problema sério em todas as famílias.
E aí aumenta muito mais a responsabilidade de vocês, e o trabalho que vocês fazem é brilhante nessa área.
Trago aqui, portanto, o abraço e o agradecimento do secretário, Dr. Fernando Grella Vieira, a esses policiais que, vocacionados, fazem esse trabalho brilhante no Proerd.
Trago então, portanto, o agradecimento e os parabéns a todos vocês do secretário de Segurança Pública, Dr. Fernando Grella Vieira, e também os parabéns ao coronel, deputado Edson Ferrarini. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Muito obrigado ao Dr. Carlos Alberto Estracine.
Sem dúvida alguma é um companheiro que a gente tem na Secretaria de Segurança,
sempre facilitando, sempre abrindo as portas. E o secretário da Segurança tem
estado muito ao nosso lado.
Queria também enumerar a
presença do capitão PM Hélio Patrício Júnior, representando o presidente do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador José Renato Nalini.
O Dr. Mário Sérgio Sobrinho
está representando a secretária da Justiça, a Dra. Eloisa de Sousa Arruda, com
que eu gravei um programa de televisão sobre cidadania e violência três dias
atrás. E ela me disse: “Se eu estiver em São Paulo, eu estarei aí, tanto é o
apreço, o respeito e o carinho que tenho pelo Proerd”.
Mas ela está, neste momento, em missão oficial, em Santa Catarina.
Esta sessão, pela sua
importância, está sendo transmitida, ao vivo, pela TV Web, e será transmitida
pela TV Assembleia neste sábado. Agora, os senhores
poderão assistir a ela, inteira, no dia 31 de maio, a partir das 21h. No
domingo, 1º de junho, entre 12h e 18h, ela vai ser reapresentada. E também a
partir das 22h pela Net, no canal 7, pela TV aberta, no canal
61.2, pela TV Vivo digital, canal 185, e analógico, canal 66.
Nós temos pessoas que pediram,
que não puderam estar, como o Edson Melo, que representa o deputado Itamar
Borges, um outro amigo que nós temos. E temos pessoas,
o deputado Aldo Demarchi, que também se fez
representar, manda um ofício carinhoso homenageando todos os senhores,
homenageando a Polícia Militar.
A Sra. Lu
Alckmin, que é uma pessoa sempre ao lado do Proerd,
esposa do governador, ela deseja a todos os senhores e ao evento o maior
brilhantismo, carinhosamente ela se comunica com a gente, com os senhores. O
secretário de Educação, Herman Voorwald,
agradece e ele só não pôde estar aqui, mas manda o seu carinho e a sua atenção.
Deputado Bruno Covas também quer nos agradecer e nos cumprimentar.
O Proerd,
esse trabalho incrível que nós fazemos, o primeiro estado que recebeu foi o Rio de Janeiro, depois São
Paulo, o segundo, e foi onde ele foi crescendo. Demorou para
que o Proerd fosse reconhecido como é hoje.
Eu fiz um troféu homenageando o
soldado do Proerd, homenageando o policial, a mulher
do Proerd. Esse troféu, as pessoas que não têm, eu
vou depois passar, mandar a cada um dos senhores um documento oficial da Assembleia Legislativa, do meu gabinete, um documento
oficial, e um diploma, para os senhores juntarem a todos os outros que os
senhores têm, um diploma marcando esta data, o dia de
hoje, esta homenagem aos 21 anos do Proerd, que nós
vamos completar.
Eu vou passar depois um papel
aos senhores, para quem não tem esse troféu, seja a cidade de onde você estiver, você escreve embaixo não tenho o troféu, você vai
receber na sua casa esse troféu, que é uma honraria muito grande, é uma
honraria muito importante. Por isso vou passar esse papel para os senhores.
Também o Sr. Lourival Gomes,
outro grande amigo nosso, o secretário dos Assuntos Penitenciários, ele também
se faz representar. Todos eles dizendo, aqui deste momento.
Tadeu Morais de Sousa,
secretário de Emprego e Relações do Trabalho também se fazendo representar.
Mas nós vamos ouvir um amigo
nosso. Ele é promotor e coordena a parte de drogas na Secretaria da Justiça,
mas ao invés de chamá-lo de promotor e falar, vai falar agora o tenente Mário
Sérgio Sobrinho, ele gostaria muito de ser chamado assim.
Vamos aplaudir o tenente Mário Sérgio Sobrinho, hoje promotor de Justiça. (Palmas.)
O SR. MÁRIO SÉRGIO SOBRINHO - Ilustre coronel Ferrarini, deputado estadual, coronel Glauco, caros companheiros de bancada, vice-presidente da Abril, da Secretaria de Segurança Pública, senhores convidados, e especialmente aos senhores policiais militares que integram as ações e os serviços prestados pelo Proerd neste momento da comemoração de 21 anos de serviços prestados pelo programa de resistência às drogas, que é Proerd.
A razão do trabalho que realizo na Secretaria da Justiça, na coordenação de política de drogas, e pela experiência que a gente consegue reunir, da vida, na Polícia Militar, no Ministério Público, tenho muito apreço a todos aqueles que, de maneira séria, responsável, fazem o trabalho de prevenção à drogadição.
E o Proerd, no Estado de São Paulo, é um exemplo desse tipo de trabalho, é um exemplo dessa ação. Uma ação continuada, uma ação estendida a todo o território do Estado, e o coronel Glauco, hoje na diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, consegue implementar, dentro do estado, ações que são úteis, que são positivas, que são necessárias à população.
Nós sabemos que, em recentes pesquisas, há mais de dois milhões de pessoas que são dependentes químicas no Brasil, e que essas pessoas levam às famílias grande dificuldade de convivência.
Mais de 30 milhões de pessoas, de familiares, são alcançados pelos efeitos da droga, que não atinge somente o indivíduo que consome, atinge a família, atinge a sociedade.
E toda vez que a gente faz um trabalho de prevenção, uma prevenção geral, uma prevenção universal, levando ao jovem, ao adolescente, noções a respeito dos efeitos causados pelo uso da droga, noções de cidadania, noções de educação e saúde, nós ganhamos.
Então, parabéns ao coronel Edson Ferrarini, deputado estadual; parabéns ao coronel Glauco, pelo persistente, ardoroso e intenso trabalho que faz na diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, e especialmente a vocês, policiais militares da Polícia Militar do Estado de São Paulo, organização, instituição da qual eu estive durante 10 anos da minha vida, inclusive sob comando do coronel Ferrarini, e sei do valor e da atenção dele para a questão da drogadição.
Então, parabéns aos senhores, parabéns pelo trabalho realizado, e contem com a coordenação de política de drogas, contem com a Secretaria da Justiça, trago aqui um abraço da Dra. Eloisa de Sousa Arruda, secretária, e continuemos nosso trabalho.
Todas as nossas forças, todas as nossas ações, todo o nosso coração, que sei que vocês fazem isso, é colocado no nosso trabalho. Muito obrigado e parabéns a todos. (Palmas.)
O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Muito obrigado ao Dr. Mário Sérgio.
Queria agradecer à soldado Renata Bonfim, que me convida para, em nome do
comandante do 23º Batalhão, para a próxima entrega, para a próxima formatura de
alunos do Proerd, do 23º BPM, no teatro Paulo Autran.
Se Deus quiser estarei presente.
Eu fiz um trabalho, lá atrás, de
prevenção e este livro é para colorir, como os senhores fazem. Nós estávamos
iniciando.
Este livro é muito moderno, e é
para criança até 10, 11, 12 anos de idade. Este livro é interessantíssimo,
porque tem coisas simples, como os senhores fazem.
Nós falamos aqui, por exemplo,
da história da Branca de Neve, que mostra que se a Branca de Neve tivesse dito
“não” para a bruxa ela não teria comido a maçã envenenada. Isso a criança
extrapola para o álcool, para a droga, para o cigarro, como os senhores fazem com
o Proerd.
E fiz este manual para uma mãe
que me procurou e disse: “Coronel Ferrarini, meu filho odeia o senhor. Jamais
vai votar no senhor. Meu filho fuma maconha. Ele ama o presidente Fernando
Henrique”. Falei: “Tá bom”. Não por nada, mas ele quer a marcha da maconha,
descriminalização e tal.
Então, eu não sei o que falar, e fiz este livro. Daí o deputado Ramalho falou: “Não aguento mais ver – ele é do Sindicato da Construção – não aguento mais ver os meus associados, pedreiros, no canteiro de obras usando crack à noite, se arrebentando. Você me deixa imprimir para eu distribuir?”. “Pois não, deputado Ramalho da Construção”. Ele imprimiu 200 mil, distribuiu.
Este livro vai ficar à disposição de todos os senhores que precisarem, nas suas turmas. Se você precisar de 50, de 100.
Agora, por exemplo, eu acabei de entregar para o soldado Edson, de Santa Bárbara D´Oeste, meu xará, acabei de entregar 500 livros para ele entregar na sua turma do Proerd. Ele vai levar mais 500. Se os senhores precisarem, me peçam, entrem no meu gabinete.
Eu escrevi um livro muito moderno sobre drogas. Aquele que for ao meu gabinete, se tiver oportunidade, poderei ceder aos senhores, com informações mais atualizadas.
Este livro tem até um trecho que fala que nenhum país do mundo legalizou as drogas. Tenho de colocar uma errata dizendo que o único país do mundo que legalizou foi o Uruguai. Estive lá faz três meses, e povo não aceita o que o presidente fez. É um presidente superado, arcaico. Se juntar São Caetano, Santo André, Guarulhos e Campinas, é maior que o Uruguai. São três milhões de habitantes só, desse tamanhinho.
Quando as pessoas falam, mentem, sobre a Marcha da Maconha, que alguns países legalizaram, nenhum país legalizou. A Holanda, quando eles falam isso, é uma mentira. Estive duas vezes na Holanda, em Amsterdã, só estudando maconha. A Holanda, tem um pub, um bar onde o sujeito maior de 21 anos de idade, pode fumar duas gramas lá dentro. Se for pego na rua pode ser preso.
Então, é uma mentira. Só que a Holanda cabe 14 vezes dentro de Minas Gerais. Tem 15 milhões de habitantes.
Então, eles mentem, e escrevi isso, que elogiar a maconha é propaganda enganosa. Os senhores podem ter quantos os senhores quiserem, é só entrar no meu gabinete, mesmo hoje, saindo daqui, pode passar no meu gabinete, eu terei muito orgulho em fornecer aos senhores quanto material deste os senhores precisarem.
Então, queria que a capitão Regina já trouxesse os seus companheiros que vão ser homenageados aqui.
Queria que viesse aqui o capitão Luodenir Gonzaga Bueno, do 35º BPM/I, capitão Adriana Roledo Belluzzo e o capitão Marcelo Oliveira Saoncela, do 44º Batalhão. Eles serão homenageados e vão receber este troféu de homenagem ao Dia do Policial Instrutor do Proerd.
O Glauco entrega um, o Estracine também entrega, e nós vamos entregar a cada um deles.
Queria que já subisse aqui o 1º Sargento PM Edson Roque Lino, do 35º BPM, o cabo PM Paulo Sérgio Oliveira, do 43º BPM, o cabo PM André Luis Candelaria, do 17º Batalhão,
* * *
- É feita a entrega dos troféus.
* * *
O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Essa foto vai para o meu Facebook, e os
senhores estão recebendo um papel com o meu Facebook
e vamos adicionar, se for possível, e assim os senhores participam de todas as
atividades que tenho com relação ao programa de drogas, de prevenção. No site
tem uma palestra que eu faço nos vários lugares e fico
à disposição dos senhores para ir fazer palestra onde os senhores chamarem,
dentro da possibilidade da minha agenda.
O coronel Glauco pode ir
entregando. (Pausa.)
Queria que viesse aqui a cabo Adriana Lopes da Silva Santos, do 2º BPM/M, cabo Hermenegilda Pierrebon Succi, do 16º BPM/I, 3º sargento Iramaia Pita Florêncio da Silva, do Dpcdh, o cabo PM Rodrigo Delarmelino, do 32º BPM/M, soldado PM Reduan Lucas Oliveira Gama, do 5º BPM/M.
O coronel Azor podia ajudar na entrega, por gentileza. O coronel Azor é comandante da região de São José do Rio Preto. Obrigado, Azor, por estar aqui com a gente nesta solenidade.
* * *
- É feita a entrega dos troféus.
* * *
O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Este papel que dei aos senhores, se os senhores tiverem a fineza de
preenchê-lo, eu vou manda. Outro dia fiz uma indicação ao governador, depois de
vários pedidos, para que o Proerd tivesse uma
viatura, para o pessoal do Proerd, com o logo do
nosso leão, e a fotografia, que ficasse à disposição do Proerd.
(Palmas.)
Porque, às vezes, o Proerd se desloca e tem dificuldade. Eu propus ao
governador, para incentivar esse trabalho cada vez mais, que nós tivéssemos a
possibilidade dessa viatura. Foi solicitado.
Quero mandar a cada um dos
senhores essa indicação, essa documentação, tudo que eu tiver sobre o Proerd eu vou mandar. Então, esse papel que os senhores
estão preenchendo, e aquele que não tem esse troféu é só escrever que os
senhores vão recebê-lo, como disse, na sua casa, e orgulhosamente para o senhor
ter na sua estante.
Eu queria que viessem aqui
Fausto José Francisco, 1º sargento do 15º BPM/I e a Daniele de Cássia Lopes,
cabo, do 41º BPM/M.
* * *
- É feita a entrega dos troféus.
* * *
O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - É um prazer ver pessoas promovidas a cabo recentemente, e tive o
privilégio de poder dizer aos oficiais que eu lutei e consegui o posto imediato
para os oficiais.
Nós conseguimos o posto imediato
para os oficiais, porque as praças nunca tinham perdido esse posto imediato. As
praças sempre tiveram, mas os oficiais não tinham posto
imediato, e eu pude, depois de cinco encontros com o governador, pude dar aos
oficiais, nós pudemos dar também a três mil oficiais que estavam na reserva,
que não tinham o posto imediato, todas as praças nunca perderam, é promovido um
posto acima, mais ou menos uns três mil oficiais da reserva, nós pudemos
dar.
E pudemos aprovar recentemente
aqui, com apoio do comandante-geral, por sua luta muito digna, aprovar essas 90
vagas para oficiais, que serão promovidos a major, e 21,6 mil soldados
promovidos a cabo por antiguidade. Além da dignidade, do posto, além de tudo,
além de uma ligeira melhoria salarial, eu pude ajudá-los a ter esse posto
imediato.
Nós, além de ser oficial da
Polícia Militar, servir à Polícia Militar, vou lhes contar
uma coisa. Eu sou deputado há alguns mandatos, e outro dia um cidadão me falou
assim: “Coronel Ferrarini, então você tem direito a aposentadoria de deputado,
você está tranquilo”. Deixa lhes contar uma coisa. No
meu segundo mandato, quando eu era, fora da Assembleia
eu achava uma barbaridade, errado, no segundo mandato o cidadão se aposentava
como deputado. Ele tinha direito a metade do salário.
Eu, como deputado estadual, eu
abri mão da minha aposentadoria no segundo mandato, lá atrás. Com meu voto eu
acabei com a aposentadoria de deputado estadual, com o meu voto, eu já estava
se estendendo para os vereadores de 645 municípios, que com um mandato já
estavam arrumando aposentadoria. Então, eu abri mão da minha aposentadoria. E
com o meu voto eu acabei com a aposentadoria de deputado estadual, isso há mais
de 20 anos.
Então, minha gente, as pessoas
me perguntam por quê se eu jogo dinheiro fora. Não.
Essa dignidade eu aprendi na minha família, com meu pai, que era soldado quando
eu nasci, e aquele pai que me contava a história da revolução de 1932, sentado
na minha casa, aquele pai que me falava, e aprendi na
academia da Polícia Militar, lá no Barro Branco, o que é ética, o que é
dignidade, e é assim que eu os represento aqui na Assembleia.
E nunca me esqueci do meu pai, no dia que fui eleito deputado ele, me contando
as histórias, sentado na sala da minha casa, falou: “Filho, deputado você está,
da Polícia Militar, oficial, você é e será até sua morte. Defenda essa
corporação com dignidade”.
É assim que eu os represento
aqui na Assembleia Legislativa. (Palmas.) Parabéns
aos senhores. Essa é a nossa formação.
O capitão Luodenir vai falar em nome dos militares homenageados. Então, queria que o capital Luodenir ficasse aqui. (Palmas.)
O SR. LUODENIR GONZAGA BUENO - Bom dia a todos. Excelentíssimo deputado estadual, coronel Edson Ferrarini; ilustríssimo senhor coronel de Polícia Militar Glauco, diretor de Polícia Comunitária e Direitos Humanos; Dr. Carlos Alberto, representando a Secretaria de Segurança Pública; promotor Dr. Mário Sérgio Sobrinho, da Secretaria de Justiça; Sr. Mario Ghio Junior, da Abril Educacional, que nos apoiou, e muito tem nos apoiado nos últimos tempos, inclusive para a edição da revista de 20 anos comemorativa do Proerd; ilustríssimo senhor coronel Azor, em nome de quem eu saúdo todos os policiais operacionais do nosso Estado de São Paulo, é com muita honra que venho em nome, se assim posso dizer, em nome dos instrutores, dos mentores do Proerd no Estado, agradecer esta homenagem, e pontuar o momento, que é muito representativo para a gente, não só para nos dar incentivo, para continuarmos nessa luta de prevenção ao uso de drogas e violência, mas também para a gente conseguir ter novas ideias e podermos implementar nosso trabalho.
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, já no Estado de São Paulo desde 1993, uma turma da qual eu tive a satisfação de fazer parte, junto com a capitã Adriana, com o capitão Saoncela, com a capitão Regina, e desde então a gente tem lutado pela prevenção ao uso de drogas e violência.
Não é um trabalho fácil. Todos nós sabemos que as drogas é a segunda matéria que mais valor movimenta no mundo, só perdendo para o petróleo, e não é fácil lutar contra isso. Essa luta tem de ser preventiva.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo faz o trabalho de ostensividade, pela qual ela faz a prevenção ao crime. Mas ela teve de, nos últimos anos, implementar esse seu trabalho e poder fazer também a prevenção pela educação, auxiliando na educação, com esse trabalho do Proerd, e com outros programas de responsabilidade social, todos dentro da Polícia Comunitária, que é uma diretoria da Polícia Militar, da qual o coronel Glauco é diretor, e que tem uma equipe maravilhosa, uma equipe exemplar, que nos apoia e tem nos apoiado, tem formado novos instrutores e tem dado suporte ao nosso trabalho no Estado.
Então, em nome dos instrutores, dos mentores, também queria agradecer à diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, que é uma equipe formidável e que possibilita, não só este momento de homenagem, mas também toda a prevenção que nós fazemos.
Como disse, se desde 1993, fazendo este ano 21 anos, nós estamos trabalhando pela prevenção e pela comunidade paulista, não é um trabalho que a gente possa pensar em parar, é um trabalho que a gente tem de pensar em aumentar, e com o apoio da Assembleia Legislativa com certeza facilita para que a gente possa aumentar esse trabalho, e será um orgulho tê-lo cada vez mais forte para a comunidade paulista.
Muito obrigado e que Deus nos acompanhe. (Palmas.)
O SR. Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Esta sessão está sendo transmitida, ao vivo, pela TV Web, e será retransmitida esta sessão, na íntegra, neste sábado, dia 31 de maio, a partir das 21h, e no domingo, 1º de junho, às 12h.
E quero também agradecer ao José Américo, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que manda um ofício carinhoso justificando a sua não presença.
O comandante do 8º Distrito Naval, o Sr. Márcio Apolinário da Silva, secretário do comandante. O José Roberto de Oliveira, nosso coronel PM secretário de Estado, chefe da Casa Civil. Do Tribunal de Justiça Militar, nós recebemos do Dr. Paulo Adib Casseb um ofício também muito carinhoso. Nós temos também, do deputado Estevam Galvão, outro amigo da Polícia Militar, líder do Democratas, também se solidarizando, mandando a nossa amizade.
Vamos entender uma coisa. Na vida, a troco do que o coronel Edson Ferrarini é um cara conhecido, faz um trabalho de drogas há 43 anos, - eu tenho cinco livros escritos, e digo que aquele que quiser o livro mais moderno que tem sobre drogas, com as melhores, é só sair daqui e ir ao meu gabinete, no primeiro andar -, por que eu faço esse trabalho?
Eu comandava, um dia, um batalhão, o 5º Batalhão, da zona norte. Ao comandar esse batalhão, vi uma mensagem interessante. O sucesso, muitas vezes se apresenta para você sob a forma de problema. Eu comandava o batalhão e tinha um soldado que bebia, bebia um litro de pinga no final de semana. Eu fui informado e não sabia o que fazer. Ele já tinha tido quatro internações no hospital militar. Eu não sabia. Quatro internações na época. Eu era professor de Direito Penal, advogado.
Ea situação se complicava muito porque esse soldado, na época participava do Tático Móvel, hoje Força Tática. Mas esse soldado me chamava a atenção porque, com a viatura, ia lá na Serra da Cantareira. O 5º Batalhão é da zona norte, e nas encruzilhadas das sextas-feiras ele ia com um garrafão na viatura, e enchia esse garrafão com as pingas que ele pegava nas encruzilhadas.
Incrível, literalmente como estou falando para os senhores. Eu sou comandante. Literalmente, ele ia com um funil e um garrafão na viatura e ele enchia com as pingas que ele pegava, e ele bebia.
Eu recebi esse soldado no meu gabinete, tremendo, “delirium tremens”, porque o álcool vai se instalando, vai destruindo a bainha de mielina do neurônio.
Então, eu fui para casa e conversei com a minha mulher: “O que eu vou fazer, será que eu não posso fazer nada por esse filho de Deus que está na minha frente?” Me falaram que ele tinha quatro filhos, me falaram que ele tinha uma esposa, e me falaram: “É um dos excelentes soldados, dos melhores soldados do batalhão, quando não bebe”. Faz flagrante de residência.
Eu tinha de fazer alguma coisa. Eu não conhecia o assunto. Eu saí naquela quarta-feira e fui ao Alcoólicos Anônimos, na Associação Antialcoólica, comprei livros sobre drogas, e esse homem tremendo lá no batalhão.
Eu com a punição em cima da minha mesa, esse homem fardado, com a viatura, lá na zona norte, pegando pinga na encruzilhada, o que vou fazer? Mas vou aprendendo, e fico conversando, e esse homem fica uma semana sem beber.
A coisa vai caminhando, e esse homem, eu orientando, ele fica um mês sem beber. E aquele homem que bebia um litro de pinga no final de semana, literalmente como estou falando, esse homem pega, vou orientando, falando, vejo outros soldados do batalhão com problema, e esse soldado já está há seis meses sem beber. O tempo vai passando, eu vou estudando, vou vendo, esse homem está há um ano sem beber. Vou pegando outros batalhões do CPA, começo a ver, esse homem está há dois anos sem beber.
Esse homem, vou vendo, mas aquele homem que tremia, que bebia, que pegava pinga na encruzilhada, dos despachos de macumba, esse homem está há três anos sem beber.
Eu me animei tanto que fui fazer faculdade de psicologia, de cinco anos. Terminei e esse homem está há oito anos sem beber. Me animou tanto, que vou fazer uma viagem pelo mundo para estudar drogas e escrevi meu primeiro livro, segundo, terceiro. E esse homem, eu pude salvá-lo.
Esse homem tinha quatro filhos,
ele tinha uma esposa, usava a nossa farda. Era uma coisa inédita. O que fazer?
Mas ele está, e esse homem vai caminhando pela vida, ele era soldado, vai
caminhando e depois, um dia, o tempo vai passando e esse homem, hoje, agora,
está aqui presente.
Este troféu eu vou dar para
ele.
Eu queria que viesse aqui o
sargento Heraldo Serpa, que vai receber o troféu de 43 anos sem uma gota de
álcool na boca. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega de troféu.
* * *
O SR. HERALDO SERPA - Bom dia. Em primeiro lugar eu agradeço a Deus por mais um dia de vida, total abstinência ao álcool.
A emoção me pega e eu perco as palavras, porque nem falar direito eu sei, tenho a língua meio pregada, mas não vem ao caso. Vem ao caso que se o coronel Ferrarini, se existe milagre, foi comigo. (Palmas.)
Porque estava difícil. Eu era o mais antigo da viatura, não deixava ninguém nem abrir a boca. “Vocês já sabem para onde vocês vão”. Os caras: “Frango, e o patrulhamento? Vamos fazer lá no meio do mato, lá na serra”.
É muito difícil, porque o alcoolismo, de cada 10 ou 12 pessoas, um vai ter a doença do alcoolismo. É uma doença incurável, de determinação fatal, para a pessoa que não para em tempo.
Eu fui salvo milagrosamente, porque eu ia para a rua, não tinha mais jeito. Depois, na nossa Polícia Militar não tem lugar para bêbado, e nunca teve. Meu pai era oficial da PM, assim como meus irmãos. Estava difícil para o meu lado. E o coronel me pôs de pé e me deu o sopro da vida. (Palmas.)
Hoje, eu sou muito feliz: 13 netos, seis bisnetos. Meu filho, o mais velho, esta semana falou para mim: “Pai, quantos anos?”. A maior festa em casa. A maior festa para mim é não beber, porque se a gente bebe, a pessoa não pode, ele tem a doença do alcoolismo, o que ele tem de fazer? Ele tem de procurar isso aqui, procurar o coronel, os Alcoólicos Anônimos, sair pelo mundo pedindo salvação. Só através da nossa reunião, eu estou com 43 anos de felicidade. Dificuldades, todos temos, mas hoje em dia só tenho a agradecer, de coração, para vocês, que estão prestando atenção àquela pessoa que estava morrendo. Eu renasci, minha gente. Meu pai não chegou a ver, mas lá do céu ele deve estar vendo.
E agradecer, de coração, porque as palavras me fogem. O alcoolismo destrói, o álcool destrói as células do cérebro e não recupera mais. Por isso que a pessoa fica louca, babando por aí.
Muito obrigado por vocês prestarem atenção. (Palmas.)
O SR. Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Você é sargento hoje.
O SR. HERALDO SERPA - Eu sou 1º sargento graças ao coronel Ferrarini. Ele falou: “Você está de pé, vamos encher seu braço de divisas.” (Palmas.)
O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Parabéns. Você vê como é possível ter uma trajetória, nesses 43 anos, ter
passado pelas minhas mãos talvez um Maracanã lotado de pessoas, aonde a droga,
o álcool, você não tem cura, não tem um remédio no mundo inteiro que possa
aplicar. Sem dar nenhuma injeção nele, sem interná-lo nenhum dia, eu criei um
método que se chama espelho-terapia, lá na Avenida Jabaquara, 2669.
É absolutamente grátis, não
pode levar donativo, auxílio. Estou lá pessoalmente. Eu não bebo,
não fumo, nunca usei droga, não tenho nenhum parente com esse problema, mas é a
maneira que encontrei de agradecer a Deus. É o que os senhores fazem também.
Então, o álcool está
conscientizado, ele frequenta lá, porque se ele não frequentar, essa vontade de beber
dele aflora, e se ele esticar o braço e pegar um gole de cerveja ele volta a
beber o litro outra vez, e ele volta ao alcoolismo.
Então, ele aprendeu isso, essa
maravilha toda. É muito bom.
Esse papel que eu dei aos
senhores, se vocês quiserem receber tudo isso escrito,
preencham. Eu lhes agradeço muito.
Coronel
Glauco, vamos falar
alguma coisa.
O importante é que eu me
emociono todas as vezes que eu faço isso, porque o dia que eu perder a emoção,
perdeu a graça. Se Deus me deu o privilégio de ser o psicólogo, especialista em
álcool e drogas, e a maneira que eu tenho para agradecer a Deus é recuperar meu
semelhante, de graça.
Quando os senhores fazem, a
cada escola que os senhores vão, cada aula que os senhores dão, os senhores estão salvando vidas. Fui comandante da Rota, eu vi o crime
de todos os lados, mas os senhores, a cada aula, os senhores estão salvando
vidas, orientando jovens, orientando Heraldos Serpas da vida, para que isso não aconteça.
O coronel Glauco, nós gravamos
outro dia um programa aqui na TV Assembleia,
explicando sobre a violência, os casos de violência, dos “black blocks”. E o coronel
Glauco, com a sua experiência, ao longo do mundo, ao longo dos cursos que ele
fez, o quanto ele nos representa, é um orgulho ter o coronel Glauco diretor da
Polícia Comunitária e Direitos Humanos.
Cada vez que o coronel Glauco
se apresenta, representando a Polícia Militar, nós ficamos orgulhosos, porque
sabemos que é alguém que tem muita competência para isso. Vamos aplaudir o
coronel Glauco. (Palmas.)
O SR. GLAUCO SILVA DE CARVALHO - Gostaria de agradecer as palavras elogiosas do deputado coronel Ferrarini, e dizer um pouco para as senhoras e senhores que são mais jovens e não o conhecem, eu conheço o coronel Ferrarini há quase 30 anos.
Eu o conheci em 1985, em 1986 ele assumiu uma cadeira nesta Casa, e desde então vem sendo um defensor incansável da causa policial militar. E vem sendo uma pessoa que está ao lado da instituição nos seus momentos bons e também nos seus momentos ruins. Esses e essas são os amigos. Esses e essas são as pessoas que nós carregamos para o resto da vida.
É muito fácil ser parceiro nos bons momentos. Difícil é ser parceiro nos momentos difíceis. E o coronel Ferrarini tem sido um defensor incansável dos interesses institucionais da Polícia Militar, da Segurança Pública, na conquista de benefícios e de prerrogativas para a categoria do policial militar, o sofrido policial militar, e tem sido também um parceiro naquelas horas mais difíceis.
Eu gostaria de saudar o Dr. Carlos Alberto Estracine, uma figura querida, um amigo que hoje trabalha na Secretaria de Segurança Pública, e também tem sido um grande parceiro da instituição.
Gostaria de saudar o Dr. Mário Sérgio Sobrinho, promotor, 1º tenente da reserva da Polícia Militar de São Paulo, e hoje o coordenador de políticas sobre drogas da Secretaria da Justiça.
Tenho tido a oportunidade de acompanhar o Dr. Mário Sérgio em inúmeros eventos, não só relativos a drogas, mas também a policiamento comunitário. O Dr. Mário Sérgio é um defensor também das prerrogativas e do respeito à função policial militar, de preservação da ordem pública, e tem sido uma pessoa com quem nós temos estabelecido uma parceria muito grande.
E também gostaria de agradecer à Secretaria da Justiça como um todo. Nós tivemos momentos complicados quando do início da operação Cracolândia há quase dois anos, e a Secretaria da Justiça, o Dr. Mário Sérgio, a secretária, Dra. Eloisa, nunca abandonaram a Polícia Militar nesses momentos complicados, em que havia a perspectiva de que a Polícia Militar estava completamente errada.
Até a “Folha de São Paulo” publicou uma matéria em que 90% do povo paulista era favorável à operação de manutenção da ordem pública na região da Cracolândia.
E nos momentos mais difíceis,
tanto o Dr. Mário Sérgio quanto a Dra. Eloisa, sempre manifestaram seu apoio,
seu apreço pela Polícia Militar de São Paulo.
E agora nós
manifestamos aqui a nossa solidariedade à Dra. Eloisa, gostaria que o Dr. Mário
Sérgio transmitisse a ela, por ocasião da chegada de imigrantes em território
paulista, e algumas pessoas, talvez com um pouco de má-fé, com um pouco de má
índole, atribuíram à Dra. Eloisa palavras e ações que ela nunca praticou. Sempre foi uma pessoa muito respeitosa e
sempre foi uma cumpridora da lei.
E quiseram usar esses fatos
para cunhar nela a imagem de preconceito, ou de preconceituosa. Fato que ela
nunca foi. Pelo contrário, é uma promotora, uma procuradora de Justiça, hoje
secretária de Justiça, que é uma fiel cumpridora da lei, e ela tem uma causa,
um interesse por causas sociais muito grande.
Então, fica aqui a solidariedade
da Polícia Militar, da diretoria de policiamento comunitário e direitos humanos
à Secretaria de Justiça e à Dra. Eloisa.
Gostaria de agradecer a
presença do coronel Azor Lopes da Silva Júnior, nosso
colega, nosso companheiro, que vem de tão longe para prestigiar o nosso evento.
Gostaria aqui de fazer um
agradecimento também ao Dr. Mario Ghio Junior, da editora Abril, e ao Dr. Alfredo Cezar Raimundo, da Liquigás.
São dois grandes parceiros da Polícia Militar, duas pessoas que vestiram a
camisa do Proerd e que têm nos acompanhado muito de
perto nesses últimos anos.
Essas duas empresas, essas duas
instituições têm feito grandes préstimos, não à Polícia Militar de São Paulo,
mas ao povo paulista. E o que é mais importante, nunca
pediram nada em retribuição.
Digo que são ações de
cidadania, ações que mostram o compromisso dessas empresas com a causa pública,
com a necessidade mais profunda das pessoas, sem cobrar nada em troca das
instituições.
Então, fica aqui o nosso
profundo reconhecimento ao papel que os senhores têm desempenhado junto à
Polícia Militar.
Gostaria também de saudar e
agradecer ao Dr. Claudio Moyses, governador do Rotary
46.010. O Dr. Moyses conseguiu incluir, como um
projeto prioritário do Rotary para o ano 2013-2014 o apoio ao Proerd, e ele tem sido um amigo incansável em todos os
momentos.
E gostaria aqui de fazer um
anúncio.
O Rotary vai
patrocinar a ida de alguns policiais militares, oficiais e praças, para o
Canadá e para os Estados Unidos, a fim de que conheçam um pouco de projetos de
prevenção ao uso de drogas e de organização de polícias e departamento de
polícia desses países na sua correlação com a prevenção às drogas.
Então, nós estamos selecionando
policiais que falem inglês, soldados, cabos, sargentos e oficiais, depois podem
procurar aqueles que têm um pouco de fluência à
capitão Regina. Na realidade, quem está em falta com o Dr. Moyses
sou eu, porque ele é que vem, insistentemente, solicitando esses nomes.
Isso mostra o compromisso do
Rotary com os brasileiros que moram no Estado de São Paulo e a preocupação do
Rotary em diminuir, em abrandar um problema tão grave em nossa sociedade que é
o consumo de drogas.
Eu gostaria, por fim, de em nome do 1º sargento Edson Roque Júnior, do 10º M, soldado
Iua Martiniuk, do 16º Batalhão
de Polícia Militar, e da sargento Iramaia,
agradecer a todas as senhoras e senhores, a todos os policiais militares aqui
presentes.
A capitã Regina, eu não sei se
a capitã Regina é o Proerd ou o Proerd
é a capitã Regina.
Mas, em linhas gerais, pelo
envolvimento dela na coordenação, pelo envolvimento dela na organização deste
evento, na organização dos 20 anos de Proerd, o que
mostra o grande vínculo que ela tem com esta causa.
Eu gostaria de ser breve em
minhas palavras, para afirmar a importância das senhoras e senhores no processo
de prevenção ao uso de drogas.
Muitas vezes o policial
militar, no seu trabalho extenuante, é esquecido pela sociedade, da sua razão
mais profunda de ser, que é proteger a sociedade.
E as senhoras e senhores
exercem esse trabalho com uma proficuidade ímpar, digna de elogio, digno de
reconhecimento de toda a sociedade paulista. E vocês têm um papel e uma função
destacada nesse processo. Nós temos hoje no Brasil mais de oito milhões de
pessoa que já provaram drogas em algum momento de suas vidas. Nós temos 2,8
milhões de pessoas que são usuárias de cocaína.
E como foi dito anteriormente,
esses oito milhões acabam gerando consequências para
quase 30 milhões de brasileiros por conta dos percalços, das depressões em
famílias, dos furtos e roubos que acabam gerando para auferir dinheiro e
conseguir as drogas. Ou seja, os prejuízos são de toda ordem. E vocês, as
senhoras e senhores têm um papel destacado nesse processo.
Eu gostaria de deixar aqui duas palavrinhas.
A primeira é o papel que vocês desempenham em prevenir o uso de drogas, em levar uma mensagem para crianças, para adolescentes, para jovens, que muitas vezes não sabem se ingressam ou se não ingressam no mundo das drogas. E o ingresso é quase um caminho sem retorno. Apenas uma em cada 10 pessoas que entram num tratamento ao uso de drogas consegue, se afastar definitivamente do consumo de drogas. Uma em 10 pessoas. Outras nove, num período de até dois anos, vão recair no consumo das drogas.
E as senhoras e senhores têm um papel destacado em orientar crianças, em orientar jovens, em orientar adolescentes, em orientar famílias.
Nós tivemos, recentemente, um evento conjunto entre a Polícia Militar e a Santa Casa de Misericórdia, e deixo aqui o meu agradecimento ao Dr. Aldrighi, chefe do departamento da Santa Casa, um evento junto com a Unifesp, e a Unifesp vem agora adotando um novo modelo de prevenção às drogas que envolve as famílias.
Na Inglaterra, estão chegando à conclusão de que sem um apoio firme e forte das famílias, ou as crianças têm a tendência de ingressar no consumo de drogas, ou elas têm uma dificuldade imensa de parar o uso das drogas.
E é um projeto novo da Unifesp, que vai ter o apoio da Santa Casa, e que nós, de alguma forma, vamos também dar o apoio necessário para que a gente consiga diminuir essa problemática.
Então, o primeiro grande recado é como as senhoras e os senhores são importantes nesse processo de tornarmos o nosso mundo um mundo mais prazeroso sem o uso das drogas.
O segundo recado que eu dou é mostrar como vocês são importantes para legitimar a Polícia Militar. Eu tenho dito que o grande desafio da minha geração, o grande desafio das próximas gerações, é legitimar o papel da Polícia Militar junto à sociedade paulista. Alguns institutos de pesquisa fizeram trabalhos de campo no mês de agosto do ano passado e identificaram que o apoio popular hoje à polícia como um todo era num patamar inferior a 20%.
É evidente que nós vivíamos um momento delicado, que eram as manifestações, mas nós precisamos ter a consciência de que nós precisamos nos legitimar perante a sociedade, perante a população, perante a comunidade paulista. Nós precisamos levar uma imagem de confiança a todas essas pessoas. Nós precisamos levar uma imagem de que nós trazemos a paz para a sociedade paulista. Nós precisamos levar a imagem de que nós somos a instituição encarregada pela segurança no Estado de São Paulo.
E o Proerd tem um papel fundamental nesse processo. Sabe por quê?
A Polícia Militar está terminando um projeto de avaliação qualitativa da sua imagem, e a conclusão dos pesquisadores é de que Proerd é o programa da Polícia Militar mais bem avaliado pela sociedade paulista.
O Proerd conta com quase 90% de aprovação da sociedade paulista. Porque o Proerd leva exatamente essa imagem de proteção, leva essa imagem de que nós nos preocupamos com o cidadão, nós nos preocupamos com as nossas crianças, os nossos jovens, os nossos adolescentes.
Essa é a imagem que as senhoras e os senhores levam.
É a imagem de legitimar a instituição Polícia Militar perante 44 milhões de pessoas.
As senhoras e senhores têm um papel, uma importância, que talvez não tenham a ideia da magnanimidade, da dignidade da função que as senhoras e senhores desempenham. Por vezes entramos na rotina do nosso trabalho, na dinâmica cotidiana dos serviços que prestamos, e perdemos de vista qual é a razão mais profunda da nossa existência enquanto Polícia Militar.
E as senhoras e senhores têm exatamente esse papel, desempenham exatamente essa função, de legitimar a Polícia Militar perante a sociedade, fazer com que a sociedade nos aceite de uma forma mais prazerosa e calorosa.
Vocês são extremamente importantes nesse processo. E como diretor de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, e aqui representando o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Meira, gostaria de deixar patenteado a todos vocês como vocês fazem parte dessa engrenagem, como vocês são importantes para mudar a imagem de uma instituição perante a sociedade.
Parabéns a todos vocês, obrigado e sucesso no papel que vocês desempenham. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Coronel Glauco, por sua competência, pelos cursos que faz, pela maneira, é um dos oficiais mais brilhantes da Polícia Militar, que tem 183 anos de vida, e a Polícia Militar é mais importante que todos nós. É uma instituição fantástica.
Vejam qual é o papel do Proerd: a ONU concluiu que de cada 100 quilos de droga fabricados no mundo, as melhores polícias do mundo, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Japão, só se consegue apreender 20%, 20 quilos. Oitenta quilos, no mundo, chegam aos consumidores.
Então, a tendência é sempre aumentar. A polícia faz o que ela pode, mas não consegue, a solução está através da escola e através da família. Escola é isso que os senhores fazem, é informação, que só o Proerd faz. Isso é escola. E a família é onde se aprende a falar em Deus, na família é onde se aprende a rezar, na família é onde a melhor e única maneira que tem de se educar um filho é pelo exemplo.
Neste momento estou lembrando, no colo do meu pai, na época soldado da Força Pública, Ídelo Ferrarini, com 5, 6, 7 anos de idade, ele me levava aos quartéis, eu pegava na mão dele, eu queria que o mundo visse aquele homem me pegando na mão, aquele homem entrando comigo nos quartéis. Meu ídolo, meu Tarzan.
Então, por tudo isso os senhores fazem a coisa mais importante, a prevenção. O que é a prevenção? É chegar antes que a droga. Os senhores são importantes demais para a sociedade.
Queria chamar aqui, para ser homenageado agora, o Dr. Mário Sérgio Sobrinho, que viesse aqui o Dr. Alfredo Cezar Raimundo, que venha aqui o Dr. Mario Ghio Junior, que venha aqui o Dr. Claudio Moyses, o Dr. Carlos Alberto Estracine. Fiquem aqui, em pé. Vão receber agora uma homenagem, vão receber agora o troféu do Proerd.
Esse troféu, que aqueles que quiserem recebê-lo, é só escrever no papel. E esse papel, se os senhores quiserem receber uma mensagem, quiserem receber tudo que tenho sobre drogas, eu lhes mando também. Mas preencham esse papel, carinhosamente.
Mesmo que os senhores já tenham. E aquele que quiser receber esses livros aqui, mais, 100, 200, 300, vem falar comigo. Aquele que quiser receber o mais moderno livro sobre drogas, venham ao meu gabinete. São as informações atualizadas.
E agora vai ser homenageado o Dr. Mário Sérgio Sobrinho. Quero que o coronel Glauco condecore o Dr. Alfredo Cezar, o Dr. Mario Ghio, Claudio Moyses e Carlos Alberto.
* * *
- É feita a entrega dos troféus.
* * *
O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Nós vamos ouvir, falando em nome dos homenageados, o Dr. Mario Ghio Junior, esse que é um grande parceiro da Polícia
Militar, é o responsável pela parte educacional da Abril.
Antes disso, mandar um abraço
muito especial ao coronel Benedito Roberto Meira, nosso comandante-geral, pela
maneira digna, atuante e competente com que ele dirige o comando geral da
Polícia Militar.
A palavra é sua, Dr. Mario Ghio Junior.
O SR. MARIO GHIO JUNIOR - Bom dia a todos. Segunda tentativa, bom dia. Meus anos de sala de aula me deram um pouco dessa vontade de fazer as pessoas reagirem bem ao nosso bom dia.
Queria, em nome do grupo Abril e da Abril Educação, agradecer enormemente a oportunidade de estar aqui nesta solenidade de homenagem ao Proerd.
Queria felicitar, em nome da nossa companhia, o deputado Edson Ferrarini, pelas diversas iniciativas de apoio ao Proerd, a criação do Dia do Proerd, sobretudo hoje, em ter aberto as portas da Assembleia Legislativa ao Proerd que, em nossa opinião, e aí, em nossa opinião corporativa, não é minha opinião pessoal, é a opinião do grupo Abril, é o projeto mais transformador e mais inspirador que nós vemos no Estado de São Paulo
Queria também agradecer ao coronel Glauco, e através dele estender os nossos cumprimentos a todos os oficiais e praças aqui presentes, pela oportunidade de ser um apoiador do Proerd.
Queria aqui arriscar discordar do coronel Glauco num ponto.
O coronel se sentiu devedor da nossa companhia, mas eu tenho certeza que, em meu nome, em nome do nosso colega da Liquigás, nós é que nos sentimos devedores da Polícia Militar, devedores desse projeto maravilhoso que vocês desenvolvem, e nos sentimos na obrigação de contribuir com tudo aquilo, coronel Glauco, que for possível e for necessário para que esse projeto ganhe uma projeção universal.
A minha história com o Proerd começou, mais ou menos, um ano e meio atrás, quando eu fui convidado, na qualidade de fornecedor de material didático das escolas da Cruz Azul, uma das nossas empresas é o Anglo, e nós fornecemos os materiais didáticos. E temos a honra de servir as escolas da Cruz Azul com esse material didático, que por sinal é simbolizado por um leão, lá chamado Jubão, que tem aqui um irmão chamado Daren. O nosso leão não tem o cabelo vermelho.
Mas, naquele evento da Cruz Azul, eu ouvi uma oficial da Polícia Militar falar sobre um projeto, que para mim era absolutamente desconhecido. Eu não conhecia o Proerd. Eu vi essa oficial falar com tanto carinho, com tanta dedicação e com tanto entusiasmo sobre alguma coisa que aquilo que chamou a atenção e me tocou. Eu tive a sorte, naquele dia, de conhecer a capitã Regina.
E dessa palestra que ela deu, acabou surgindo um contato entre a nossa empresa e a capitã Regina, e o nosso desejo sincero de apoiar um projeto que tem elementos que nós concordamos. Nós concordamos que educar é prevenir, nós concordamos que as crianças são o alvo de toda a nossa dedicação, nós concordamos que nós temos, sim, que evitar as drogas.
Deputado Edson Ferrarini, se alguém apoia a liberação das drogas, talvez seja uma pessoa que jamais tenha tido em sua família um parente alcoólatra, um parente drogado, nunca tenha tido o desespero de ver um filho se entregando às drogas. Só me ocorre que seja esse tipo de pessoa capaz de apoiar algo tão sem sentido como isso.
Depois que conhecemos a capitã Regina, fomos procurar quais eram as aderências em que a Abril Educação podia contribuir com o Proerd, e ano passado foi um ano muito importante, que foram os 20 anos do Proerd, e nós tivemos a oportunidade de envolver várias pessoas da nossa organização para contribuírem com a criação do evento dos 20 anos.
E, ao contrário do que o coronel Glauco falou, que se sente devedor de nós, Glauco, eu me sinto devedor do programa de vocês, porque nós fizemos todo um apoio ao Proerd que era um apoio voluntário. E as pessoas me diziam que acordavam mais felizes todo dia que elas tinham uma atividade para contribuir com o Proerd.
Então, é muito bacana que vocês saibam que a sociedade civil se enxerga como uma apoiadora, como alguém que tem de servir a esse trabalho maravilhoso que vocês fazem, e que tem impacto, já teve impacto, só aqui no Estado de São Paulo, em sete milhões de crianças, que felizmente tiveram uma boa orientação num momento adequado.
Foi muito emocionante ouvir a história do Serpa. Eu acho que o meu colega, o Mário, meu xará, acho que ambos ficamos aqui com os olhos mareados com a história do Serpa, mas talvez, o que mais nos emocione é saber que, talvez, o senhor seja uma exceção, o senhor seja uma pessoa que encontrou alguém que lhe estendeu a mão e lhe ajudou a sair do buraco em que o senhor estava.
Isso não é a história mais comum. O senhor tem 13 bisnetos, a grande maioria dos alcoólatras ou dos drogados sequer vão ver seus filhos crescer, quiçá seus netos e bisnetos. Por isso todo apoio e a nossa gratidão ao que desenvolve o Proerd, ao que desenvolve também o deputado Edson Ferrarini e toda a sua contribuição de conscientização da sociedade sobre o que é a droga e o que ela faz com as pessoas.
Por fim, queria dizer que para mim, falar um pouquinho para vocês é uma honra enorme. Eu tenho um filho de 9 anos, portanto, no ano que vem o meu filho iria para a quinta série, vai para o quinto ano, que é a idade em que vocês, meu filho mais velho, e a gente sabe que filho é igual videogame, até brincava com o coronel Glauco aqui no intervalo, que filho é igual videogame, a próxima fase é sempre mais difícil.
Meu filho vai para 10 anos de idade, quando ele poderá começar a receber as orientações dos senhores, e tenho certeza que as outras fases do meu filho serão tão difíceis, porque ele teve a oportunidade, ou terá a oportunidade, de ser exposto a esse trabalho tão bacana que vocês desenvolvem.
Me ocorre também dizer a vocês, o Dr. Carlos Alberto aqui me deu uma ideia muito, muito, muito interessante na nossa conversa da mesa, um pouquinho antes de iniciar o evento, que é a necessidade que nós temos de transformar o trabalho do Proerd num item curricular. Ele deveria ser um item curricular, tanto da escola pública quanto da escola privada, exatamente na idade que vocês trabalham.
Infelizmente, a realidade da educação brasileira é que a gente não ensina português direito, a gente não ensina matemática direito, a gente não ensina bons valores na escola, mas, no entanto, vai atraindo uma série de componentes curriculares que são completamente desnecessários para os nossos jovens, quando deveríamos ter componentes curriculares que vão quase que traçar o destino dessa criança.
Portanto, a partir dessa ideia, Dr. Carlos Alberto, no âmbito de influências que nós temos no mundo da educação, nós vamos levar a ideia de que o Proerd seja, portanto, um componente curricular, um componente obrigatório, um programa que, portanto, conte também com financiamento de outras entidades do Estado que não só o orçamento hoje destinado ao Proerd.
Por fim, como professor, eu dei acho que 13 mil aulas de química na minha vida, sei que não é a disciplina predileta da maioria dos senhores, mas eu sei como o trabalho de vocês é um trabalho de formiguinha.
Vocês são muito mais do que policiais militares, são muito mais do que instrutores do programa, vocês são professores, vocês têm o dom, assim como todo professor, de influenciar a vida de uma criança, dessa criança ter alguém que ele gostaria de seguir, que ele gostaria de se espelhar.
Então, é bastante motivador saber que vocês, professores do Proerd, estão aí dia a dia, aula a aula, levando esses valores para os nossos filhos.
E queria, realmente, pedir a Deus e à sociedade que retribuam a vocês com o carinho e o reconhecimento pelo trabalho maravilhoso que vocês têm de educar os nossos filhos.
Há muito debate na sociedade em que sociedade nós queremos deixar para os nossos filhos, mas são poucos aqueles que trabalham sobre que filhos nós vamos deixar para a sociedade. Vocês, certamente, contribuem para que nós deixemos filhos muito melhores para a sociedade.
Muito obrigado a vocês. (Palmas.)
O SR. Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Nós vamos ouvir a canção do Proerd. Essa música que os senhores gostam tanto e tanto a divulgam. A nossa banda, será dirigida pelo subtenente Juarez Fonseca dos Reis.
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- É feita a execução da Canção do Proerd.
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O SR.
Presidente - EDSON FERRARINI - PTB - Parabéns aos senhores mais uma vez.
E esta maneira como os senhores
cantam revela todo o entusiasmo que os senhores têm no coração e na alma.
É por isso que ser proerdiano é ser diferente.
Servir ao Proerd
é diferente.
Antes do encerramento desta
sessão, gostaria de agradecer aos funcionários, à minha equipe, aos
funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, ao Cerimonial, à Secretaria-Geral Parlamentar, à Imprensa da Casa, à TV
Legislativa, às Assessorias Policiais Civil e Militar,
bem como a todos que com suas presenças colaboraram para o êxito desta sessão
solene. Esta sessão, que está sendo transmitida, ao vivo, pela TV Web, será
transmitida, na íntegra, no próximo dia 31, no próximo sábado, a partir das
21h.
Aquele que quiser mais
material, o meu gabinete é aqui ao lado, nós vamos
ficar aqui ao lado e tirar algumas fotos.
Os senhores vão para casa, e se
o seu filho lhe perguntar “Pai, mãe, o que você faz?”, vocês poderão,
orgulhosamente encher o peito e dizer: “Meu filho, eu ajudo Deus a melhorar o
mundo. Eu sou do Proerd”.
Parabéns a todos os senhores.
(Palmas.)
Está encerrada a presente
sessão.
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- Encerra-se a sessão às 12horas e 13 minutos.
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