11 DE JUNHO DE 2024
27ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO e CARLOS CEZAR
Secretaria: DANI ALONSO, AGENTE FEDERAL DANILO BALAS, LEONARDO SIQUEIRA, LUCAS BOVE, CAPITÃO TELHADA, PAULO MANSUR e MARIA LÚCIA AMARY
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 16h46min. Coloca em discussão o PL 1510/23.
2 - PAULO FIORILO
Solicita a suspensão da sessão por dez minutos, por acordo de lideranças.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Indefere o pedido.
4 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de presença.
5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum.
6 - PAULO FIORILO
Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.
7 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h57min, reabrindo-a às 17h02min.
8 - TEONILIO BARBA
Para comunicação, faz pronunciamento.
9 - MARINA HELOU
Discute o PL 1510/23.
10 - PROFESSORA BEBEL
Discute o PL 1510/23.
11 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
12 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Discute o PL 1510/23.
13 - CARLOS CEZAR
Assume a Presidência.
14 - PAULO MANSUR
Discute o PL 1510/23.
15 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de presença.
16 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum.
17 - PAULO FIORILO
Para reclamação, faz pronunciamento.
18 - MÁRCIA LIA
Discute o PL 1510/23.
19 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - DONATO
Para comunicação, faz pronunciamento.
21 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - ENIO TATTO
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR
Parabeniza o presidente André do Prado, o sindicato e os Correios pela arrecadação de doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
24 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR
Para comunicação, faz pronunciamento.
26 - LEONARDO SIQUEIRA
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Solicita verificação de presença.
28 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum.
29 - LEONARDO SIQUEIRA
Para comunicação, faz pronunciamento.
30 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR
Para comunicação, faz pronunciamento.
31 - TEONILIO BARBA
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
33 - GIL DINIZ
Discute o PL 1510/23.
34 - ENIO TATTO
Solicita verificação de presença.
35 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR
Indefere o pedido, ante a constatação visual de quórum.
36 - ENIO TATTO
Solicita verificação de presença.
37 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, não iniciada ante a constatação visual de quórum.
38 - GILMACI SANTOS
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
39 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR
Dá resposta à questão de ordem. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão. Encerra a sessão às 19h17min.
* * *
- Abre a sessão o Sr. André
do Prado.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental
de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os
nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão
anterior.
Ordem do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO
PRADO - PL - Discussão e votação do Projeto de lei nº 1510, de 2023, de autoria do Sr.
Governador. Para discutir contrário...
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Nós, na semana passada,
fizemos uma proposta de acordo e eu queria pedir se é possível suspender a
sessão, havendo um acordo de lideranças, por dez minutos, para sabermos se temos
a resposta ou não do acordo, até para facilitar os nossos trabalhos na tarde de
hoje.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Paulo Fiorilo, não temos aqui as lideranças
em plenário. Então acho que não é conveniente a gente suspender. Porém, vou
chamar o orador que está inscrito para discutir contrário e assim que as
lideranças chegarem no plenário a gente pode suspender, havendo acordo de
lideranças.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Então para que a gente possa
iniciar esse debate de alto nível, eu solicito verificação de presença.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim, é regimental. Então faremos uma verificação de
presença. Chamo a deputada Dani Alonso, junto com o deputado Danilo Balas aqui
para fazermos uma verificação de presença.
* * *
- Verificação de presença.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado
quórum regimental, agradeço ao deputado ao deputado Agente Danilo Balas e a
nossa deputada Dani Alonso, e devolvo a palavra, para discutir contra, à
deputada Marina Helou.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem o
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, já que
os líderes estão aqui, eu vejo inclusive o líder do Governo, não é possível a
gente fazer um diálogo de dez minutos para ver se a gente consegue...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Jorge
Wilson, o líder do PT...
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Eu faço um apelo
aqui...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - E demais
líderes, o líder do PT está querendo...
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Dez minutos. Cinco, eu
deixo por cinco.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A sessão está
suspensa por cinco minutos, para conversa entre as lideranças.
* * *
- Suspensa às 16 horas e 57
minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 02
minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para discutir
contra, com a palavra a deputada Marina Helou.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado
Teonilio Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Presidente, para
fazer um anúncio a todos os deputados e deputadas, eu pediria licença para o
senhor e para a deputada Marina Helou. Daria uns dois minutos ou três.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Eu concedo a palavra.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Pode sim, deputado Barba, justamente porque esse pedido é a respeito das
doações que nós fizemos ao Rio Grande do Sul, assunto pertinente, de interesse
de toda a Casa. A deputada Marina Helou cederá dois minutos para V. Exa. fazer
a comunicação.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
Sr. Presidente André do Prado, todos os trabalhadores desta Casa, todas as
assessorias, público que nos assiste pela TV Alesp, que nos acompanha
pelas redes sociais, na verdade, o anúncio é muito rápido, é sobre o ineditismo
que esta Casa fez pela primeira vez, as deputadas e os deputados, uma ação de
solidariedade em função da tragédia do Rio Grande do Sul.
Nós
arrecadamos um pouco mais de 85 toneladas de alimentos, roupas, produtos de
limpeza. Eu fiz uma articulação com o presidente dos Correios e os Correios
transportaram tudo isso ontem. Quero também parabenizar o papel do sindicato, o
Sindalesp, que também, em sua negociação, fez uma arrecadação.
Com
essa arrecadação o Sindalesp transformou em cesta básica 200 mil reais, deu
2.200 cestas básicas, que vão ser entregues aqui, na semana que vem, e também
serão remetidos pelos Correios para o Rio Grande do Sul. Então isso foi uma coisa inédita
nesta Casa.
E o anúncio,
presidente, é que conversando, ontem, eu, o senhor, conversando com o
presidente Fabiano da Silva dos Santos, nós combinamos com ele que nós faríamos
uma moção de aplauso ao presidente dos Correios, aos trabalhadores e às
trabalhadoras dos Correios e, também, aos trabalhadores desta Casa, a todo
mundo que ajudou na arrecadação.
Foi uma
arrecadação importante, foram mais de 85 toneladas de alimentos, então foi uma
ação muito honrosa para esta Casa, que é o segundo maior Parlamento da América
Latina.
Então, Sr.
Presidente, eu vou fazer uma leitura, é um parágrafo só da ementa, que diz o
seguinte:
“Excelentíssimo
Sr. Presidente, os deputados e deputadas que subscrevem esta moção, em nome da
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a Alesp, vem
respeitosamente apresentar uma moção de aplausos ao presidente dos Correios, Dr.
Fabiano Silva dos Santos, e a todos os trabalhadores e as trabalhadoras dos
Correios, pela colaboração no recolhimento, envio das arrecadações de
suprimento para as regiões afetadas pela catástrofe no Rio Grande do Sul”.
Então, a
deputada Marina tinha feito uma arrecadação, nós mandamos recolher lá do local
que ela tinha feito, trouxe para cá, foi tudo junto com os Correios. Então, em
nome da Mesa Diretora, em nome de todos os deputados, a gente quer agradecer
aqui a todos os companheiros, deputados e deputadas que nos ajudaram.
Muito obrigado.
E obrigado,
deputada Marina Helou.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Devolvo a
palavra, então, à nossa deputada Marina Helou, para dar sequência à discussão
contrária.
A SRA. MARINA
HELOU - REDE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde
a todos os colegas, todas as deputadas, deputados, todas as pessoas que
trabalham aqui na Assembleia, nos permitem realizar aqui o nosso papel de
representantes da população, todos que nos acompanham pela TV Alesp e aqui
presencialmente.
Hoje eu subo nesta tribuna
para falar de um projeto muito importante, que a gente vai
aprovar hoje. Uma emenda aglutinativa nesta Assembleia, dando um passo para sua
aprovação na contramão dos interesses da população paulista.
É um projeto que permite isenção de IPVA, ou seja, a gente
abre mão de um recurso do governo para carros que sejam movidos a hidrogênio ou
híbridos, utilizando o etanol, porém não existem carros híbridos com etanol que
não sejam também à gasolina. Então, carros híbridos ou a hidrogênio. E por que
esse projeto é tão ruim e nocivo para a nossa população? Por quatro motivos.
Primeiro: é uma intervenção estatal contra o liberalismo
econômico desse governo, que foi eleito sob essa bandeira, ou seja,
contrariando o interesse de quem o elegeu. O segundo motivo: a gente está
abrindo isenção fiscal para quem já tem dinheiro.
O terceiro motivo: a gente está colocando os municípios numa
situação bastante complicada, porque essa isenção fiscal diminui o poder dos
municípios de realizarem políticas tributárias e impacta no fundo da Educação.
E o quarto motivo, o meu principal motivo, o motivo pelo
qual eu acho que a gente tem que ser realmente contra esse projeto, é o motivo
ambiental, é o motivo que a gente está nesse projeto sendo um retrocesso e
patrocinando o retrocesso do estado de São Paulo. Eu vou explicar rapidamente
esses quatro motivos, começando pelo último.
Por que é um retrocesso ambiental tão grande um projeto dá
isenção para um tema que poderia ser bom. IPVA para carros híbridos, ou seja,
tem mais carros elétricos, a hidrogênio, por que ele é tão ruim? Primeiro
porque ele exclui os carros elétricos.
É um projeto totalmente direcionado a uma única montadora, a
uma única tecnologia que já nasce atrasada por si só, que já nasce atrasada,
porque hoje mesmo montadoras como a Jeep anunciaram uma nova tecnologia, que
permite muito mais carros serem híbridos com carros flex,
a etanol ou à gasolina, com pouquíssima participação elétrica, um grande
marketing, e que são produzidos fora de São Paulo.
Então, cai por terra
esse argumento de que há um projeto que vai trazer emprego para o estado de São
Paulo, permite e incentiva carros que têm “greenwashing”
no seu nome, por se dizerem híbridos, mas híbridos com carro flex.
E 75% das pessoas, que usam carro flex
abastecem com gasolina, ou seja, no final do dia, a gente está dando extensão
fiscal para carros que utilizam gasolina e soltam carbono na atmosfera.
E excluindo carros elétricos, que poderiam, de fato, trazer
um avanço importante para o meio ambiente e para as externalidades, ou seja, a
qualidade do ar, a qualidade das cidades, dos ruídos nas cidades e,
principalmente, a emissão de carbono.
A gente não está com esse projeto dando nenhum avanço na
pauta ambiental, mas a gente está fazendo uma reserva de mercado, que exclui a
possibilidade do avanço que o mundo inteiro está indo, ou seja, falar de carros
elétricos, falar de eletrificação da frota, falar de transição da matriz
energética. E a gente está patrocinando esse retrocesso para atender a
interesses particulares.
Nessa perspectiva, a gente está piorando três temas ao mesmo
tempo. O primeiro é porque ele é completamente antiliberal. A gente teve um
governo que foi eleito sob a pauta liberal, e está patrocinando um projeto que
intervém num setor específico, com recorte específico para alguns players do
mercado.
Cadê a mão invisível do mercado, que vai possibilitar à
gente ter avanços em relação à tecnologia, eficiência e eficácia? Marcos Lisboa
fala muito sobre como não funciona a isenção fiscal para o setor automotivo,
mas principalmente sobre como atividades como essa são retrocessos.
Então, eu pergunto aos meus colegas liberais aqui: qual a
justificativa desse projeto? Perguntei para vários, e nenhum conseguiu me dar
uma boa resposta de por que o governo está patrocinando esse projeto que
reserva mercado.
Nesse sentido, a gente tem um retrocesso em relação aos
municípios, que perdem verbas a partir de uma decisão do estado, inclusive da
Educação, sem nenhum controle. Por fim, dando isenção fiscal para quem já tem
dinheiro.
A gente está dando isenção fiscal para quem compra carros de
mais de 200 mil reais, que serão abastecidos com gasolina, sem nenhuma
justificativa. Tirando dinheiro das pessoas mais pobres, pois a gente poderia
levar dinheiro para eletrificar a frota de transporte coletivo, por exemplo.
Esse projeto é um retrocesso tão grande, porque ele
patrocina o atraso. O mundo inteiro está discutindo sobre eletrificação da
frota; o mundo inteiro está discutindo sobre transição na matriz energética.
E, ao excluir os carros elétricos desse projeto, a gente
reserva mercado para um setor que faz “brainwashing”
e que utiliza gasolina na sua maioria, porque os carros híbridos com etanol são
unicamente flex e são, na sua maioria, abastecidos
com gasolina, emitindo mais carbono na atmosfera e não avançando em temas tão
importantes como a nossa saúde.
Por que a nossa saúde, Bebel? Porque a gente está falando,
também, não apenas de mudanças climáticas, não apenas de mais carbono na
atmosfera; a gente está falando de poluição do ar, que hoje é um dos nossos
principais motivos de impacto na saúde.
Doenças respiratórias, pré-eclâmpsia, doenças gravíssimas,
que poderiam ser evitadas se a gente seguisse numa transição da matriz
energética. E a gente segue aqui com esse projeto, patrocinando, com dinheiro
público, uma intervenção no mercado para o interesse específico de uma
indústria que não traz uma transformação positiva para a sociedade.
Eu sou super a favor dos carros híbridos como um processo de
transição para a eletrificação da frota. Mas isso tem que acontecer de forma
natural, pela sua eficácia de mercado, não por um incentivo do governo para
apenas um setor, com uma intervenção que cria mais dificuldade para que a gente
eletrifique de fato a frota, para que a gente de fato consiga avançar numa
transição da matriz energética.
A gente vai até achar mais difícil de isso acontecer, permitindo
que tenha vários setores que patrocinem esse retrocesso, por uma indústria
específica.
A gente tem alguns argumentos de por que esse projeto faria
sentido. O primeiro deles é lá para o setor da indústria sucroalcooleira, que
precisa, então, de incentivo para etanol. Se é esse o objetivo, por que a gente
não diminui o imposto do etanol na bomba?
Por que a gente, então, não garante um incentivo direto ao
setor, e não faz uma coisa torta como essa? “Ah não, mas a gente precisa trazer
mais empregos para São Paulo”. Não traz mais empregos para São Paulo, porque a
gente permite que carros híbridos sejam construídos e montados em qualquer
lugar do País que tenha essa isenção.
“Ah, essa fábrica específica”. Daí, meus
amigos, a gente não pode, nesta Casa, permitir que a gente esteja legislando a
favor de uma causa específica, de um interesse específico e particular, de uma
única montadora, de uma única indústria, de uma única fábrica. Não faz o menor
sentido.
E nós aqui temos a responsabilidade de não patrocinar o
atraso da sociedade brasileira, do Estado brasileiro, e garantir que a gente
realmente avance: ou discutindo metodologias mais eficientes para a transição
energética ou, no mínimo, incluindo os carros elétricos nessa decisão, nessa
possibilidade de isenção do IPVA, podendo ter, no mínimo, a mesma chance de
competir.
A gente está criando uma distorção no mercado, totalmente
artificial, para privilegiar os amigos do rei. E eu tenho certeza de que
ninguém aqui acredita que essa é a melhor forma de avançar a sociedade. A gente
tem deputados que vêm trabalhando bastante nessa pauta, que já propuseram, já
conseguiram e já conquistaram avanços importantes.
Como o deputado Donato, aqui no município de São Paulo, que
já conseguiu essa isenção específica, para que a gente não tenha essa divisão
entre tipos de carros. Mas para que todo motor de transição energética seja
contemplado, mostrando que é possível fazer isso de uma forma mais inteligente.
A gente tem uma discussão e um pedido importante. No mínimo,
da gente ter, nesta emenda aglutinativa, a possibilidade de, quem
quiser votar pela inclusão dos carros elétricos, possa.
Porque daí a gente vai ter isso de uma forma mais
transparente. Quem acredita que a gente pode trazer mais emprego para o estado
de São Paulo, já tem. A gente mostrou fábricas querendo e instalando, para
construir carros 100% elétricos no nosso Estado.
Esse incentivo seria uma forma de trazer mais empregos para
o nosso Estado. Que quem quiser fazer isso, possa votar a favor. Quem não quiser
estimular apenas uma forma e uma parte do mercado, possa incluir os carros
elétricos nessa discussão, entendendo que esse é o avanço que o mundo inteiro
faz. Vejam, é o avanço. Daqui a três anos, vai ficar claro que todo mundo vai
ter carros elétricos, que é assim que o mundo inteiro vai se organizar.
Vai ficar um pouco ridículo a gente discutir isso aqui hoje.
Mas essa é a realidade. A gente está tendo que discutir um projeto que faz uma
setorização específica, e exclui o futuro do transporte do mundo, do avanço, em
São Paulo.
A gente está deixando São Paulo fora da discussão de como
trazer mais emprego, mais fábricas, mas possibilidades de conectá-las com o
futuro, com uma melhor qualidade de vida e saúde para todas as pessoas. Isso é
muito tosco, é muito inaceitável.
A gente pode fazer mais e melhor. Eu acredito nos meus
colegas desta Assembleia. Acho que a gente pode avançar para, no mínimo, a
gente ter a possibilidade de mostrar essa emenda diferente, na aglutinativa, e
conseguir avançar com o voto coletivo de quem quiser. Quem quer votar pelo futuro,
ou quem votar pelo atraso, pode ter isso com mais transparência.
Eu adoraria poder votar “sim” nesse projeto. Eu adoraria
votar “sim” para um projeto que incentiva a transição energética, que garante
uma descarbonização da economia, que cuide da saúde das pessoas, que cuide da
saúde das pessoas mais impactadas, das mulheres e das crianças, que mais sofrem
com uma qualidade do ar poluída. Eu gostaria de votar “sim” para um projeto que
colocasse São Paulo na vanguarda da discussão do mundo.
A gente está, ao contrário, votando um projeto que atende
apenas interesses específicos. Eu desafio os meus colegas da base do Governo,
eu desafio os meus colegas liberais, a virem me explicar por que esse projeto é
bom.
Eu desafiei vários, e o que eu recebi de resposta não faz
sentido mesmo. “Não consigo, é o projeto do governo, a gente precisa votar a
favor.” Eu reitero o meu desafio, para todos os meus colegas da base do
Governo, de me explicarem onde que esse projeto é bom.
Obrigada, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos, para discutir contra, com a palavra o
deputado Rômulo Fernandes. Ausente. Dando sequência, Leonardo Siqueira.
Ausente. Dando sequência à lista de oradores inscritos, para discutir contrário,
deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Mesa Diretora de
trabalhos, assessores à minha esquerda e minha direita, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, público que está presente, e, enfim, todos que nos assistem através
da Rede Alesp.
Eu vou começar,
acho que pelo último argumento da Marina, mas através de um post que eu recebi,
de um prefeito, que ele é de Cordeirópolis. Ele preside a Associação dos
Municípios de Pequeno Porte do Estado de São Paulo. E que, junto com a
Associação Paulista dos Municípios, eles fizeram um documento. Que diz o quê?
“Bom dia,
prefeitos e prefeitas. O Governo do Estado encaminhou à Alesp um projeto que
isenta os veículos elétricos com 50% de desconto no IPVA desses veículos. Com o
crescimento exponencial da venda desses veículos, que devem dominar o mercado a
médio prazo, haverá uma perda gigantesca desse imposto aos municípios.
Não há
compensação prevista para isso no Orçamento municipal, o que fere frontalmente a
lei de responsabilidade fiscal no que se refere ao ente municipal, e deve ser
objeto de judicialização.
A Amppesp, juntamente com a APM, que é a Associação Paulista
dos Municípios, encaminhou ao Governo do Estado um pedido para negociar uma
compensação dessa perda de arrecadação. Peço aos deputados estaduais que não
votem esse projeto até que tenhamos uma proposta de compensação para os
municípios.”
Primeiro eu
acho que a gente precisa fazer um contato com o Adinam,
porque não são só os... Aliás, o governo não põe na conta, quer dizer, ele não está
isentando, ele sequer põe o elétrico. Ele põe somente os híbridos, aqueles que,
como disse a deputada Marina Helou, têm gasolina e etanol.
É esse híbrido
que a gente tem. E todos, por óbvio, acabam usando, a população usa a gasolina,
não usa o etanol. É algo que depende de uma campanha publicitária, face aí a
toda luta pelo meio ambiente, nós precisamos dessa campanha.
Mas o que ela
disse também vai ao encontro do que eu pensava. Poxa, se é para beneficiar uma
única montadora, uma única fábrica, então há uma reserva de mercado, e essa
reserva de mercado, ela tem que ser questionada por nós. Por que só essa?
Porque não abrir para toda matriz que a gente puder ter aí de garantia, de ter
um melhor ambiente, por que não fazer isso?
Porque
exatamente fica essa coisa de negociata por debaixo do pano. Isso é muito ruim.
Isso é colocar nas nossas mãos, deputado Enio... “Está vendo? A gente quer ir
ao encontro de tudo que é melhor para o Meio Ambiente”.
A bancada de
oposição não quer, mas o que não está dizendo é que também não quer colocar aquilo
que nós estamos colocando. Quer dizer, o complemento que nós queremos colocar
na emenda aglutinativa, que contemplaria todos. Abre o leque de possibilidades.
O que não pode
é centrar em uma única proposta para dizer: “este aqui é bom, mas e os outros,
não são?” Nós estamos em um momento que o mundo debate toda matriz aí para,
enfim, a gente poder ter um meio ambiente mais saudável. Nós não podemos mais
ficar com essa questão de que, enfim, vai ser para dois mil e tal. Não, tem que
ser imediatamente. Por isso uma transição.
Muita gente
fala assim: “ah, está errado falar transição ecológica”. Sim, é uma transição.
Nós estamos fazendo, na verdade, um movimento para melhorar o meio ambiente,
mas o mais triste disso tudo é a perda que nós vamos ter com a receita do IPVA
nesse PL 1510, de 2023, que vai aí na casa de 131,5 milhões que deixarão de ser
repassados os municípios paulistas em 2025, em decorrência da aprovação desse
projeto.
O que a gente
pode também chamar atenção é que, considerando os valores de 2025, são cerca de
39,4 milhões que deixarão de ser aplicados em Educação e 15,8 milhões em Saúde.
Isso numa
conjuntura, deputado Marcolino, em que ainda querem tirar os 5% dos 30% da Educação,
nove bilhões a menos que terão impacto sim nas universidades, no Estado e nos municípios.
Amanhã voltou lá para a pauta. Eu quero dizer que nós vamos obstruir até o
último momento.
Não tem acordo
com cortar 5%, ou seja, dez bilhões da Educação no estado de São Paulo. Eu já
disse isso no meu voto. Eu estou diante aqui de dois nobres deputados que
votaram na Constituinte aqui do estado de São Paulo pelos 30 por cento.
É o nosso
querido Mauro Bragato, assim como o Conte Lopes. Os dois votaram, entendeu? Então
lá na Comissão de Constituição e Justiça nós fizemos esse debate. Agora, veja
bem, ainda perder mais 39 milhões, o que dá para rebaixar mais ainda.
O que vai significar?
Menos 4.500 vagas em creche integral. Você anda pelo município, o que as mães
estão pedindo? Creches em tempo integral, mas a nossa bancada fez um estudo.
Dariam ainda -
ainda que não fosse creche em tempo integral - 4.800 vagas em pré-escola
integral por ano; ou ainda 5.300 vagas em creche de jornada parcial por ano; ou
5.800 vagas em pré-escola de jornada parcial ou por ano.
Nós estamos
falando em perdas de vagas nas escolas e no estrato social que mais precisa. Nós
estamos falando da mulher e da mãe trabalhadora. É dessas que nós estamos
falando.
Então quando
nós aprovamos um projeto que tem um impacto negativo desta forma nas finanças,
no Orçamento do Estado, nós estamos falando também lá na ponta de quem vai
perder.
E quem vai
perder de novo é a classe trabalhadora, são as mulheres trabalhadoras, porque
as mulheres precisam de vagas em creches, em pré-escolas, ensino integral.
Há toda uma
discussão: “Mas não é obrigatório”. Para mim, devem ser obrigatórias creches e
pré-escolas. Eu assim entendo, sempre debater. Por quê? Porque a mulher
trabalhadora hoje não tem como largar, ela não tem como pagar as contas, enfim.
Ela é hoje arrimo
de família e muitas delas são mães solo, sem condições de cuidar dessas
crianças. Então, quando se faz um debate isentando, a gente tem preocupação. Aliás,
essa política de isenção vem há anos e quem paga o pato é o serviço público, é
a Educação.
Então eu acho
que seria - e aí a gente dialoga com a bancada do governo - muito importante
construir essa emenda aglutinativa. É uma emenda que abriria aí espaço e a
gente poderia minimamente avançar mais em termos de termos uma matriz ecológica
para atender tudo o que foi aprovado mundialmente em termos de meio ambiente
saudável.
Eu chamo
atenção também agora para uma questão que é a questão que foi aprovada a toque
de caixa nesta Casa e que está sub judice em todas as esferas. Eu me refiro às
escolas cívico-militares. Elas sofreram ação direta de inconstitucionalidade do
partido Solidariedade, que aguarda também. Nós também entramos.
Também o próprio
Ministério Público do Estado de São Paulo, o Geduc, encaminhou para o
procurador-geral da República pedindo para que fosse arguida a
inconstitucionalidade daquele projeto, porque afronta a Constituição Federal e
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Por quê? Porque se coloca um
profissional que não está previsto em nenhuma dessas legislações.
Isso não é uma
briga com os militares. Eu só acho que cada um tem que estar no seu campo de
trabalho. Nós não estamos pedindo para entrar nos quartéis e nem para fazer o
papel de militares, até porque não conseguiremos.
Nosso papel é
um papel persuasivo, de convencimento, não é um papel coercitivo, que é o papel
da polícia. Então, por que a polícia tem que estar dentro da escola? Para
ensinar tem professores competentes.
Para ensinar
civismo? Os professores dão aula de cidadania quando aguentam o dia a dia nas
escolas, quando enfrentam o que têm que enfrentar. Se há escola pública no estado
de São Paulo é porque os professores e os profissionais da Educação assim
persistem. Senão, não teria mais, viu, deputado Enio?
Para terminar,
dizer que, a toque de caixa também, o Sr. Governador, no dia de hoje, fez
publicar um decreto para fazer o mesmo que o Paraná está fazendo, a PPP,
Parceria Público-Privada, em 33 escolas do estado de São Paulo. Isso, para nós,
é golpe. Não quis botar aqui na Alesp porque iria bater com o que está
acontecendo no Paraná. Se botar aqui, claro, vai virar um fervedouro mesmo.
Mas quero dizer
que nós vamos fazer o bom enfrentamento. O que é o bom enfrentamento? Vamos
enfrentar o governo da forma como tem que ser enfrentado, como enfrentamos
todos os anos, como temos enfrentado. Eu acho e acredito que os estudantes...
Essa coisa de
dizer: “Ah, porque os estudantes, não sei o quê”. Não, os estudantes estão do
nosso lado, tanto que foram tratados da forma como foram aqui, como se fosse um
meio de dizer: “A gente está dando uma lição para ver se os demais não fazem o
mesmo”.
Não adianta,
fizeram o que fizeram com a turma da Sabesp, que veio lutar contra a
privatização da Sabesp aqui, e não adiantou, porque os estudantes também
vieram. E eles não depredaram nada, tão somente abriram uma faixa. Foi isso que
foi feito.
Eu chamo isso
de covardia. Covardia, porque não precisava fazer aquela ação. Não precisava.
Estudante é um ser muito fácil de levar. A gente vai pela persuasão com eles e
fala: “não dá certo, aqui não é seu espaço, vamos sair.”
Eles estavam
saindo. Não precisava tocar gás, nem colocar Tropa de Choque, até porque eram
minoria e Tropa de Choque era maioria. Eu estive lá perto, eu vi. Então,
acredito que esta Casa não pode ser mais palco de tanta violência como tem sido
nesses últimos tempos.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos para discutir contra, com a palavra o
deputado Luiz Claudio Marcolino.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Quando os oradores estão falando na tribuna, o tempo não está
aparecendo no painel. Está com algum problema?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Estamos
ajustando já. Para mim está passando aqui, mas a gente já está ajustando. Teve
um probleminha técnico, mas já estamos retomando, deputado Teonilio Barba. Um
minutinho só, deputado Luiz Claudio Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Tenho todo o
tempo do mundo.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Então, está bom. Dezessete e trinta e cinco, Luiz Claudio Marcolino. Está lá.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Só uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos Vossa Excelência.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Bom, a comunicação - essa
não é negativa, é positiva - que eu coloco, é o seguinte: é que hoje, na
Comissão de Educação e Cultura, nós conseguimos aprovar...
Nós vamos
juntos com a Secretaria da Educação, o Conselho Estadual da Educação, enfim, as
entidades que têm que fazer o acompanhamento e o monitoramento do Plano
Estadual da Educação...
De a Comissão
de Educação se reunir com essas entidades e fazer o acompanhamento do plano
estadual daquilo que foi cumprido e daquilo que não foi cumprido, e entregar
para o Ministério Público, que nos instou - se instados somos, nós temos que
prestar contas - para prestar esse esclarecimento.
Então, achei
bastante relevante a posição dos nossos nobres colegas que estão comigo na
Comissão de Educação, tanto da oposição, que eu faço parte, quanto da base
governista, que junto comigo aprovou o requerimento para chamar essas
entidades. Prestar aqui esse esclarecimento.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada
Professora Bebel. Reestabelecido o tempo, com a palavra o deputado Luiz Claudio
Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
- PT - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Obrigado, Sr. Presidente. Srs. Deputados e Sras. Deputadas, é importante esse
momento da reflexão do projeto apresentado pelo governador de isenção do IPVA
para os carros híbridos aqui para o estado de São Paulo.
Mas, a nossa
bancada do Partido dos Trabalhadores, a bancada do PSOL, a bancada do PCdoB, a
bancada do PV, a do Rede, têm colocado alguns questionamentos em relação ao
projeto ora apresentado.
Nós não somos
contrários à questão da isenção do IPVA para os carros híbridos, mas nós
levantamos aqui que também têm os carros elétricos, têm hoje os carros que já
funcionam no estado de São Paulo por GNV.
Nós solicitamos
ao líder do Governo que fosse feita uma emenda aglutinativa justamente para
fazer um pouco essa adequação. Nós não podemos, também, autorizar aqui, pela
Assembleia, uma isenção de IPVA para os carros híbridos, ou mesmo dos elétricos
e os com GNV, e deixar que esse impacto seja negativo aos munícipios.
Como o projeto
está colocado, ser uma contrapartida para que os munícipios possam ter uma
contrapartida desse recurso que ele vai deixar de receber na sua cidade, ele
tem que ser compensado de alguma outra forma. A nossa bancada propôs justamente
que pudesse haver essa compensação da perda de arrecadação do município em caso
dessa isenção do IPVA.
Outro item que
nós também não abrimos mão e é importante: todo mundo fala que a Educação é
importante, a Saúde é importante, e nós sabemos que na hora que você faz essa
adequação do IPVA - e, pelo projeto ora apresentado pelo governador -, vai
impactar na Educação.
Não tem uma
cidade que os deputados estaduais passam que alguém não fale sobre a Educação.
Seja a própria estrutura do ensino, pela falta de profissionais, seja pela
infraestrutura, pela climatização. Pelo projeto ora apresentado, mexe na
estrutura da Educação também do estado de São Paulo, que o governo ainda quer
retirar mais 5% do orçamento da Educação para o ano de 2025.
Então, essas
premissas que nós apresentamos, nós propusemos ao líder do Governo, aos líderes
aqui da Assembleia, que pudéssemos fazer uma aglutinativa para aperfeiçoar o
projeto e votar esse projeto. É um projeto que foi, inclusive, apresentado pelo
deputado Donato aqui, na Assembleia Legislativa, foi aprovado e o governador,
simplesmente, vetou o projeto.
A gente olha
que, inclusive, com esse projeto de tratar apenas os carros híbridos, o Governo
do Estado, o governo do Tarcísio, está indo na contramão do que o resto do
mundo tem desenvolvido.
Nós fizemos um
levantamento, hoje o mundo tem nove milhões de carros elétricos vendidos no ano
de 2023, desses, 5,1 milhões na China, com 57% da participação; na Europa, que vem
em segundo lugar, dois milhões; e nos Estados Unidos, que vem em terceiro, 1,2
milhões de carros elétricos produzidos no ano passado.
Daqui a pouco
vou falar um pouco do Brasil para demonstrar talvez um pouco do medo que a
Toyota está tendo com esses dados que nós vamos apresentar. A gente olha aqui a
preocupação do resto do mundo e percebe que o mundo inteiro tem trabalhado o
carro elétrico como uma prioridade para a sua frota de carros.
Nós fizemos
aqui o levantamento: na China, a participação aumentou de 20% para 23%; na
Europa, passou hoje de 14,6%, de maneira geral. Na Alemanha, passou hoje, já
tem 18%, e na Noruega, 82% dos carros produzidos são carros elétricos, nobre
deputado Barba, demonstrando aí que o resto do mundo já tem olhado para a
questão ambiental, para a transição energética, para a diminuição do custo das
despesas para a população das suas cidades e das suas regiões.
A gente olha
aqui mais alguns dados, e talvez hoje esse seja um pouco do medo de parcela da
base do governo aqui da Assembleia Legislativa, porque às vezes o pessoal olha
um debate como esse, um projeto importante como esse e tenta trazer ou colocar
um teor ideológico.
Nós não estamos
debatendo ideologia em um projeto como esse, aí eles olham para a China,
deputado Barba, com 57%, acham que a China está dominando o mundo. Quando olham
para o outro pedacinho dos Estados Unidos, com apenas 13%, e começam a achar
que é um debate ideológico.
Então, esse
debate do carro elétrico e dos carros híbridos não trata hoje como matriz
energética, como matriz industrial do nosso País. O governador Tarcísio deveria
aproveitar essa oportunidade justamente para debater qual é o parque industrial
que nós queremos para o estado de São Paulo nos próximos 10, 20 ou 30 anos.
Quando tivemos
aqui o início da indústria automobilística, na década de 50... Até hoje nós não
temos, no caso do Brasil, uma empresa automobilística genuinamente brasileira,
todas as que temos hoje aqui no Brasil são empresas americanas, chinesas ou
europeias. Nós não temos hoje uma indústria de automóveis no Brasil de
indústria genuinamente brasileira.
O mesmo debate acontece
quando fala: “é a Toyota, a BYD”. Os debates que nós já ouvimos na semana
passada, nós estamos falando de empresas estrangeiras, não estamos falando de
empresas brasileiras. Mesmo sendo carros que acabam sendo montados no Brasil,
não são carros produzidos genuinamente no nosso País.
Eu trago agora um
debate sobre a questão da matriz energética. Nobre deputado Paulo Fiorilo, V.
Exa. que estava na Comissão Internacional, junto com o deputado Maurici, trouxe
algumas representações para conversar com o presidente da Assembleia, com o
deputado André do Prado, conversando com a Comissão Internacional na Assembleia.
Todos os países
que estiveram aqui - Alemanha, Itália, Japão -, todos tinham as mesmas
preocupações: uma era a questão da nova matriz energética brasileira, tratando da
questão do hidrogênio verde... É o mundo inteiro olhando para o Brasil em uma
perspectiva de uma nova matriz energética para o Brasil a partir do hidrogênio verde.
Eram duas
preocupações, nobre deputado Enio Tatto: a questão do acordo do Mercosul e esse
debate sobre matriz energética. Então, o mundo olha para o Brasil, o mundo tem
essa preocupação, porque o Brasil pode vir a ser e será o país do futuro em
relação ao hidrogênio verde, como foi em relação ao etanol.
Quando o etanol
surgiu, essa preocupação estava colocada, porque a matriz para os automóveis no
Brasil era gasolina, e o mundo inteiro discutia a tentativa de buscar, a partir
do diesel ou da gasolina, uma outra matriz para os automóveis.
No Brasil, nobre
deputada Thainara, nós conseguimos ter o etanol com uma referência. Se hoje o
agronegócio é forte, se hoje as usinas de cana são fortes no Brasil, no estado
de São Paulo, foi graças ao incentivo do presidente Lula, do governo federal,
que fez um debate com a indústria metalúrgica no Brasil e no estado de São
Paulo principalmente e começou a ter uma nova matriz energética a partir do
etanol.
Isso foi uma decisão de governo. Houve muito
investimento do governo federal, houve muito investimento do BNDES para que
pudéssemos ter no País, no Brasil, no estado de São Paulo, uma nova matriz
energética para a indústria automobilística a partir do etanol. Hoje é uma
realidade, começou a ter os carros híbridos, que eram a gasolina e etanol. No
início era só o etanol, depois passou a ter gasolina e etanol.
Nós estamos em outro momento agora, fazendo o
debate dos carros elétricos combinados com o etanol. Nós não somos contrários a
ter esses carros híbridos sendo produzidos aqui no Brasil ou sendo montados
aqui no Brasil e tendo isenção do IPVA. O que não pode é não ter isenção do
IPVA para os carros elétricos.
Eu vou trazer aqui algumas informações. Pode
passar a próxima. Hoje nós temos esses 9 milhões de carros, né? Neste ano, em
fevereiro, os veículos totalmente elétricos responderam por 64% dos carros
comercializados em todo o mundo, e 36% os híbridos.
Hoje o total é de 532 mil carros elétricos que
tem no mundo e 299 mil híbridos. O carro elétrico não dá para falar que é uma
questão de futuro. Já é uma realidade não só aqui no Brasil, mas em todo o
mundo.
Eu quero trazer essa próxima transparência para a
gente mostrar um pouco como uma alternativa, de fato, aos carros elétricos, como
uma referência para a questão do meio ambiente, uma preocupação urbana.
Nós estamos falando do fim das emissões do CO2,
nós estamos falando do combate às alterações climáticas, nós estamos falando da
redução da poluição sonora. Pode passar para a próxima.
E aqui eu trouxe uma referência já no caso de
Portugal. Lá eles já estão trabalhando, nos últimos anos, com a questão da
redução. Então, em Portugal, já há algumas medidas que foram feitas: dedução do
valor do IVA da aquisição de veículos elétricos para as empresas; isenção do
ISV, imposto sobre veículos; isenção do IUC, imposto único de circulação; e
redução ou isenção dos custos de estacionamento em algumas cidades, sempre com
uma preocupação de melhorar o meio ambiente e a circulação dos transportes nas
zonas urbanas das cidades de Portugal.
Também você tem uma economia na reparação e
manutenção desses carros e também aqui os incentivos fiscais. Pode passar para a
próxima transparência, que mostra também a questão da eficiência e a redução do
custo que acaba tendo para o consumidor final de um carro elétrico.
Eu trouxe aqui alguns elementos. Se a gente pegar
um carro elétrico, para percorrer hoje 100 km, ele gasta cerca de 15 kilowatts. Nós estamos falando de um custo máximo de 3,35
euros, enquanto um gasto com gasolina ou com diesel nós estamos falando em
torno de 8 euros. Quase 9 euros é o custo que teria para utilizar um carro a
diesel. Um carro a gasolina, que é uma comparação aqui com a Europa, porque lá
eles não têm o etanol como nós temos aqui, é outro de etanol que eles têm.
Então é um custo altíssimo quando se compara com
o carro elétrico, que vai gastar apenas 0,223 euros por quilômetro, que dá 1,28
aqui, 3,35 euros, que estaria gastando em torno de 19 reais, enquanto um carro
a gasolina vai gastar em torno de 50 reais para os mesmos 100 km.
Isso é para mostrar que, para o consumidor final,
tem uma economia de recursos financeiros durante a utilização. No final do mês,
é uma poupança que acaba sendo feita uma economia também para o meio ambiente.
Pode passar para a próxima. Pode passar para a próxima.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos Cezar.
* * *
Aqui eu trouxe algumas informações em relação aos
carros híbridos. Já no mercado brasileiro, nós temos hoje o total de 38.676 carros
híbridos acumulados até 2024. E nós temos, de elétricos, 25.703, com um total
entre híbrido e elétricos de 64.389 carros.
Eu queria que passasse para a próxima transparência.
Aqui, nobre deputado Barba, é onde está o grande medo da Toyota, porque quando a gente olha aqui
para os carros híbridos, pegando agora o mês, esse mês de junho de 2024, a
Toyota vendeu 1.944 carros híbridos. Estamos falando de 23% do mercado. A BYD
vendeu 1.559, 18,60. Então, tanto a BYD como a Toyota, as duas estão aí na
liderança dos carros híbridos.
Mas quando você
olha, pode passar a próxima transparência, quando você olha os carros elétricos
na mesma comparação, aí você tem a BYD, a CWM, a Volvo, a JAC, a Renault, a
BMW, a Peugeot, a Mini Ford, a Mercedes-Benz, a Toyota não aparece.
A Toyota é
líder nos carros híbridos, agora, quando pensa em carro elétrico, ela não
aparece. A BYD, que é chinesa, é líder em carro elétrico e é líder em carro
híbrido. Se o medo do governador ou da Toyota é perder mercado, já está
perdendo mercado para a BYD, está perdendo mercado para outras empresas
elétricas que temos hoje aqui no Brasil, e não pode ser esse argumento para não
aceitar a emenda aglutinativa do PT, do PSOL, da Rede, do PCdoB, que é incluir
também os carros elétricos nessa proposta apresentada de isenção do IPVA.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Continua em
discussão, para falar a favor, convido a fazer uso da tribuna o deputado
estadual Paulo Mansur.
Tem V.Exa. o tempo regimental para
discutir a favor do Projeto 1510, de 2023.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar você, presidente, nosso líder do PL, Carlos Cezar,
aqui no nosso Parlamento; o imposto que nós pagamos é para retornar para a
nossa sociedade. O imposto que pagamos é para gerar emprego.
Os impostos que
a gente paga são para a Saúde, é para retribuir para a população. As emendas
parlamentares que temos são para elas serem devolvidas para o povo de uma
maneira planejada, de uma maneira assertiva por nós parlamentares.
E o que a
população quer? A população quer emprego, a população quer incentivo fiscal, a
população quer pagar mais barato o imposto e pagar o seu imposto. Então, quando
você tem uma redução de uma carga tributária, que é o IPVA para o veículo, para
mim é um sonho que eu tenho dentro do estado de São Paulo.
Porque, olha
só, nós temos no Rio Grande do Sul 3% do IPVA; nós temos em Rondônia, 3%; em
Santa Catarina, 2% do IPVA; Sergipe, 2,5%; Tocantins, 2%; mas em São Paulo o
IPVA que nós pagamos no nosso carro é de 4 por cento.
Então, é claro
que se o governador Tarcísio reduzisse o IPVA para os veículos em 2%, como em
Santa Catarina, eu tenho certeza absoluta de que a gente teria uma receita
maior em cima desse imposto, mas não.
A ideia do
governador Tarcísio o que é nesse momento? Incentivar empresas a se instalarem
dentro do nosso estado de São Paulo. E a empresa Toyota vai gerar uma receita
de 11 bilhões de reais para o nosso Estado, gerando uma receita de 11 bilhões de
reais em emprego, em impostos, em renda, melhorando a qualidade de vida de
Sorocaba, onde vai ser instalada, e do nosso interior paulista.
Quando a gente
fala também em carros híbridos, estamos falando do etanol, o etanol que hoje
nós temos usinas de cana-de-açúcar dentro do nosso estado de São Paulo que são
as maiores do Brasil.
Então, temos
fazenda de cana, como, por exemplo, no Rio Grande do Sul as fazendas são, a
maioria, de arroz. E lá no Rio Grande do Sul nós somos os maiores exportadores
de arroz do Brasil.
Então nós temos
o governo Lula, que quis, além de prejudicar o Rio Grande do Sul, tirar
realmente o emprego do trabalhador do agro, porque 85% da colheita do arroz no
Rio Grande do Sul já foi colhida para este ano.
Não precisamos
importar arroz para o Brasil. Mesmo assim o governo Lula quis buscar os seus
aliados, a Venezuela, que nem tem arroz para eles mesmos, e a China, que também
nem tem arroz para eles mesmos, para a gente importar dos seus aliados aquele
arroz que todo mundo sabe como é, que tem agrotóxicos que são proibidos para o
nosso País.
Mas temos aqui
um governador dentro do estado de São Paulo que está indo no caminho certo. Nós
aprovamos aqui, duas semanas atrás, a escola cívico-militar dentro do estado de
São Paulo. Foi um grande avanço dentro do Estado, inclusive tivemos ações da
área da esquerda, de políticos da esquerda, para a gente brecar esse projeto
que foi votado dentro do Parlamento por nós, deputados, que fomos eleitos pelo
povo paulista.
Então quando a
gente coloca um projeto dentro do Parlamento e a gente vota esse projeto para
ele passar, para ele melhorar o estado de São Paulo, nós ainda temos ações de
parlamentares da parte da esquerda para derrubar projetos que passam pelo
Parlamento e são sancionados pelo governador.
Agora a gente
tem a saidinha, o governo Lula foi contra o projeto de lei que passou pelo
Parlamento, e ele acabou não sancionando, tivemos a notícia de 35 mil presos
dentro do estado de São Paulo saindo para as ruas.
Então,
realmente, a gente tem um governo federal que anda na contramão das ideias e dos
princípios dos paulistas. Lá você tem aumento de imposto, aumento do DPVAT, que
é o imposto de seguro obrigatório para veículos, e o governador Tarcísio
buscando soluções para diminuir os impostos dentro do estado de São Paulo.
Essa é uma
ideia positiva, você pegar e planejar para carros que são híbridos começarem a
pagar 1% de IPVA em 2026, 2% em 2027, 3% em 2028 e, a partir de 2029, voltar a quatro
por cento. Aí eu pergunto, esses carros que são elétricos, por que não estão
com baixa de impostos no Brasil?
Eles estão
colocando 11 bilhões de reais em indústrias no estado de São Paulo, a gente
está aqui aberto para conversar. Estamos abertos para negociar com as empresas
e indústrias que querem investir dentro do nosso estado de São Paulo.
A Toyota
sinalizou 11 bilhões para o nosso Estado e o Tarcísio está sinalizando dentro
do Parlamento que a gente vai fazer de tudo para ajudar a diminuir impostos,
para isso gerar uma renda maior tanto para a indústria automobilística desse
setor quanto geração de emprego. Então essa é a conta, quem vai investir no
nosso estado de São Paulo.
Eu tenho
certeza de que muitas outras pessoas de outros estados vão querer emplacar
veículo aqui, que nem quando você tem um carro e quer emplacar veículo em outro
estado para pagar mais barato o imposto, vai ter gente querendo emplacar o seu
carro aqui, vai ter gente querendo comprar o seu carro híbrido dentro do estado
de São Paulo.
Então essa é a
locomotiva da geração de emprego. O estado de São Paulo sai na frente,
conseguindo trazer uma empresa do tamanho da Toyota para investir 11 bilhões de
reais. E fica aberto esse leque para outras indústrias da área híbrida. Então,
se temos outras indústrias automobilísticas querendo investir aqui dentro do estado
de São Paulo, fica aberta essa margem para elas também investirem.
Então tem o meu
apoio, governador Tarcísio, que você consiga cada vez mais reduzir impostos.
E eu falo aqui,
o meu sonho para o estado de São Paulo é a gente ter o IPVA de todos os carros,
como Santa Catarina, a 2%, e a gente consiga chegar lá. Esse é um primeiro
passo da gente reduzir imposto e mostrar para o nosso estado de São Paulo que é
possível.
É possível a
gente comprar carro aqui dentro do estado de São Paulo pagando 1% de IPVA, que
vai ser isso que vai acontecer agora no próximo ano para carros híbridos. Vamos
pagar 1% do IPVA.
É uma
maravilha, eu tenho certeza de que os paulistas agradecem isso e eu também,
como deputado estadual, vocês podem ter certeza de que têm a minha luta aqui
dentro do Parlamento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, deputado
Paulo Fiorilo, mas antes de V. Exa. dar pela ordem, quero convidar para fazer o
uso da tribuna a deputada Márcia Lia, para discutir contra.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente, como nós vamos continuar esse debate, como a gente vai continuar
esse debate, eu gostaria de pedir uma verificação de presença.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É regimental,
quero convidar, subo aqui para fazer essa verificação de presença, o deputado
Léo Siqueira e o deputado Lucas Bove, para fazer a verificação de presença.
* * *
- Verificação de presença.
* * *
O SR.
PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Constatado quórum, quero agradecer ao deputado Lucas Bove
e ao deputado Leo Siqueira pela chamada de verificação de presença.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma reclamação.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS
CEZAR - PL -
Tem V. Exa. a reclamação.
O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Sr.
Presidente, o senhor conduz uma sessão que tem normas e Regimento. Então, duas
questões que eu quero deixar à Mesa, para observar. Primeiro, deputado sem
gravata. Isso, a não ser que o senhor tenha abolido essa norma, tudo bem. Então
todos tiram. Eu acho que é preciso observar isso com atenção. Até porque, o
senhor considerou ele para o quórum.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS
CEZAR - PL -
Não, não foi considerado.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Eu entendo que o deputado
estava no plenário, sem gravata, e o senhor não observou.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS
CEZAR - PL -
Não, não...
O SR. PAULO FIORILO - PT - Eu posso terminar a minha
reclamação?
O SR. PRESIDENTE - CARLOS
CEZAR - PL -
Vossa Excelência está...
O SR. PAULO FIORILO - PT - “Não, não, não, não”. Eu
posso terminar a minha reclamação?
O SR. PRESIDENTE - CARLOS
CEZAR - PL
- A Presidência não tem aparte. Estou informando a Vossa Excelência...
O SR. PAULO FIORILO - PT - O senhor informa ao fim da
minha reclamação.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS
CEZAR - PL -
Estou informando a V. Exa. que ele não foi computado.
O SR. PAULO FIORILO - PT - O meu tempo vai se
esvaindo, o senhor vai usando o meu tempo. É difícil.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS
CEZAR - PL -
Para concluir a sua reclamação.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Segunda reclamação. Acho
que a Presidência precisa também orientar quem faz chamada. Quem faz chamada
não é locutor de futebol, não é comentarista. O cara que faz chamada, faz
chamada. Se ele quer obstruir, se ele quer prorrogar, se ele quer postergar,
não tem problema.
Mas
comentar não, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS
CEZAR - PL -
Está registrada a reclamação de Vossa Excelência. Tem a palavra a deputada
Márcia Lia, para discutir contra.
A SRA. MÁRCIA LIA - PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Eu quero iniciar a
minha fala contestando a fala do deputado Paulo Mansur, que cometeu fake news
aqui. Olha aqui:
“É mentira que o arroz importado terá agrotóxicos
proibidos no Brasil.” - Ministério da Agricultura e Pecuária.
“É mentira que o arroz importado tem agrotóxicos
proibidos no Brasil.” - Agência Gov. Essa informação é mentirosa.
“UOL Notícias”: “Ministério desmente boato de que
arroz a ser importado tenha agrotóxico proibido no Brasil”.
O senhor precisa se informar melhor, deputado. Porque
fazer fake news aqui é crime. O senhor sabia? É crime contar mentira para as
pessoas. A
gente não pode fazer fake news em uma tribuna da Assembleia Legislativa de São
Paulo.
Eu não estou
dando a palavra para o senhor. Não vou dar a palavra. Não vou dar, simplesmente
eu não vou dar. O senhor usou o seu tempo, eu não o interrompi, agora o senhor
também não vai me interromper. O senhor, por favor, se retrate dessas mentiras
que o senhor soltou aqui nesta sessão.
Dito isso, eu
vou começar a minha explanação contrária ao Projeto de lei nº 1510, de 2023,
que é um projeto de lei que pretende dar um tratamento tributário diferenciado
sobre o IPVA para ônibus ou caminhões movidos exclusivamente a hidrogênio ou
gás natural, inclusive biometano, no período de 01.01.2024 a 31.12.2028.
E, também, para
veículos automotores a que se refere o Inciso III do Art. 9ª da Lei nº 13.296
de 2008, movidos exclusivamente a hidrogênio ou híbridos com motor elétrico e
com motor a combustão, que utilize, alternativa ou exclusivamente, etanol, de
valor não superior a 250 mil reais, no período de 01.01.2024 a 31.12.2025.
Algumas
questões precisam ser consideradas quando a gente analisa um projeto dessa
natureza, que se propõe a ser um projeto que vai isentar a tributação do
Imposto de Propriedade de Veículos Automotores, o famoso IPVA. O que nós
precisamos considerar? Nós precisamos considerar várias questões... Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Nós temos um orador na tribuna.
Gostaria de pedir aos deputados que respeitassem. Tem V. Exa. a palavra, deputada. Esta
Presidência está atenta às palavras de Vossa Excelência.
A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Então nós temos que considerar, Sr. Presidente, que quando o governo do estado
de São Paulo se coloca para fazer impacto de renúncia do Imposto de Propriedade
de Veículos Automotores ele abre mão de nada mais nada menos do que, em 2025, 263
milhões de reais.
Seria possível
nós utilizarmos esse recurso para... Nós poderíamos abrir 4.500 vagas em creche
integral. Nós poderíamos usar esse recurso que o governo está abrindo mão para
nós colocarmos 4.500 vagas em creches.
Portanto, nós
poderíamos ter muito mais crianças incluídas na Educação Infantil. Quatro mil e
800 vagas em Pré-Escola integral por ano. Nós poderíamos também abrir novas
vagas em Pré-Escola integral. Nós poderíamos custear 5.300 vagas em creche de
jornada parcial por ano, 5.800 vagas em Pré-Escola de jornada parcial por ano.
Todas essas vagas
nós poderíamos custear com o recurso do tributo que vai se esvair por aí, e a
gente quer considerar com o governo de São Paulo que também... Quando a gente fala
que o governo vai abrir mão de 263 milhões de reais, a gente diz que os
municípios do estado de São Paulo vão receber 131,5 milhões de
reais a menos de um imposto que é fundamental para os municípios.
O município
fica esperando o recurso do repasse do IPVA, para que ele possa resolver
questões que muitas vezes vêm do exercício anterior. Abrir mão de muito
dinheiro por conta de uma isenção que nós entendemos que seja neste momento em
que o Governo do Estado diz que vai reduzir o tamanho da máquina, que vai
reduzir a quantidade de servidores, que vai encerrar atividades de empresas
estatais, de autarquias, vai reduzir o tamanho da máquina. Na questão da
prestação dos serviços para os contribuintes paulistas, a gente tem os
municípios ficando sem 132 milhões de reais.
Outra questão
que eu quero considerar, Sr. Presidente, também, que é muito importante, é que
nós poderíamos colocar aproximadamente 39,5 milhões a mais na Educação do
estado de São Paulo. Trinta e nove milhões e meio a mais, quase 40 milhões nós
vamos tirar da Educação por conta dessa isenção.
Isso sem falar
que para compensar isenção de tributo o governo deveria atender as disposições
da Lei de Responsabilidade Fiscal e não está apresentando de onde é que ele vai
tirar os recursos do Orçamento dele para poder fazer essa isenção do imposto
IPVA. Outra questão que nós precisamos considerar aqui é o fato de que os
veículos elétricos... E aí o estado de São Paulo está na contramão da história
do mundo.
Quando os
países mais desenvolvidos do mundo como a Noruega, a Islândia, a Suécia, a
China e outros países, os Estados Unidos também, a União Europeia, a Holanda,
que são países que dão incentivos para que os países possam ter o carro
elétrico, 100% elétrico, aqui, no estado de São Paulo, a gente faz uma lei para
isentar as pessoas do IPVA e desconsidera a necessidade dos carros elétricos,
que emitem muito menos gases tóxicos, gases de efeito estufa, para
privilegiarmos empresas que sabe-se lá quais são os privilégios que estão sendo
dialogados com o Governo do Estado de São Paulo.
No mundo todo,
os países mais desenvolvidos passam num ritmo muito intenso a produzir carros
elétricos, a consumir carros elétricos, a dar estacionamentos grátis para as
pessoas que se utilizam de carros elétricos. E a gente vê que no Brasil e
principalmente no estado de São Paulo a gente tem uma situação de descaso com
aquilo que caminha a passos largos no mundo todo.
Quando a gente
fala que a Noruega, quando a gente fala que a Islândia, quando a gente fala que
a China, quando a gente fala que a Holanda, quando a gente fala que os Estados
Unidos, que a União Europeia, quando a gente fala que os países mais
desenvolvidos do mundo consideram fundamental para que a gente possa conservar
o nosso meio ambiente que a gente tenha os carros elétricos sendo priorizados, nesse
projeto de lei, nesse Projeto nº 1510, de 2023, ele simplesmente subtrai
qualquer possibilidade de a gente favorecer de alguma forma os carros elétricos.
O Brasil na contramão
da história do mundo. Enquanto o mundo estatiza novamente a água, o estado de
São Paulo privatiza. Enquanto a gente quer dar uma educação de qualidade para
os nossos jovens, para as nossas crianças, o estado de São Paulo...
E, aliás, é bom
lembrar que o Ministério Público já disse que o projeto de lei que V. Exas.
votaram aqui há alguns dias atrás é um projeto de lei absolutamente
inconstitucional, o projeto de lei das escolas cívico-militares.
Se Deus quiser,
a justiça vai ser feita e nós vamos ver esse projeto de lei sendo considerado
inconstitucional. A boquinha daqueles que pretendiam se fazer passar por
professores, a boquinha provavelmente não será considerada pelo Judiciário
brasileiro.
Eu fico muito
feliz com isso, sabe, Sr. Presidente? Porque eu acho que a gente tem que dar
aos professores a possibilidade de educarem as crianças, de educarem os nossos
jovens, e não aos militares aposentados, com todo o respeito que a gente possa
ter - e nós temos - aos militares aposentados.
Então, quero
considerar com V. Exa. aqui... (Fala fora do microfone.)
O que está acontecendo, presidente?
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Nós temos orador na tribuna.
Gostaria de pedir silêncio ao Plenário. Tem V. Exa. garantida a palavra.
A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Por gentileza, Sr. Presidente.
Por gentileza. Eu gostaria de... Eu fiquei silenciosa no período em que todos
os meus colegas fizeram as suas falas. Agora eu gostaria também que as pessoas
pudessem ouvir a minha argumentação.
A minha
argumentação tem muita substância. Quando eu digo que o estado de São Paulo
está renunciando a receitas, eu digo que o estado de São Paulo não pode abrir
mão de receitas da forma como estamos vendo nesse Projeto de lei nº 1.510, de
2023.
Aliás, diga-se
de passagem, o nosso companheiro Donato apresentou um projeto de lei no ano
passado, para que a gente pudesse, sim, conversar sobre a possibilidade de
melhorar as condições de quem produz e de quem compra carros elétricos. Porém,
o governador simplesmente vetou o projeto de lei que foi apresentado pelo
Donato.
Agora, a gente
vê um projeto de lei muito mais abrangente, abrindo mão de recursos, abrindo
mão de tributos, sem apresentar para nós aqui, os deputados, o que é um grande
falha do Governo, sem apresentar para os deputados de onde é que ele vai tirar
os recursos para compensar essa abertura que está dando de isenção do IPVA para
quem tem veículos automotores a hidrogênio ou híbridos com motor elétrico, com
motor a combustão que utilize, alternativa ou exclusivamente, etanol. Então, há
uma tendência muito clara, expressa - expressa, nitidamente -, de que eles
querem privilegiar quem produz etanol; portanto, os grandes usineiros deste estado
de São Paulo.
Eu quero dizer
que a gente precisa conversar um pouco mais sobre essa questão dessas isenções
que vão fazer com que a Educação receba menos 40 milhões e vão fazer com que os
municípios do estado de São Paulo também percam aproximadamente 132 milhões de
reais do IPVA, que, como eu já disse no início da minha fala, Sr. Presidente, é
um tributo que, quando repassado 50% dele para os municípios, ajuda muito. Os
municípios precisam dessa quantidade de recursos que são oriundos do Imposto de
Propriedade de Veículos Automotores.
E aí dizer para
o companheiro Paulo que, quando ele for se manifestar sobre algum fato, ele
pesquise primeiro para depois falar e não falar mentira aqui na tribuna.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Uma breve
comunicação, presidente?
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Vossa Excelência,
deputado Paulo Mansur, tem o tempo regimental para uma comunicação.
O
SR. PAULO MANSUR - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Olha, nobre deputada, quem faz fake news aqui é o PT. O PT é
o rei das fake news. A PEC das Praias, que eles acabavam falando que iria
privatizar todas as praias do Brasil, colocando fake news na população...
Então, quem faz
fake news realmente é o PT. E tem um detalhe, ganhou uma empresa de bairro,
está nas imagens, está saindo em tudo quanto é jornal, na CNN, na Globo, em que
uma empresa ganhou um lote de leilão para trazer um arroz que não é o arroz
brasileiro, porque 85% hoje do arroz brasileiro é do Rio Grande do Sul.
E a gente está
com os nossos irmãos brasileiros lá passando dificuldade, e eles já recolheram
a colheita. E esses outros 15% de arroz, que dariam 100% de arroz em território
nacional para sustentar 2023 em arroz para os brasileiros, tem em outros
estados do Brasil. Para que importar arroz nessa situação, tirando recurso do
agronegócio do Rio Grande do Sul?
Então, quem,
sim, é o rei do fake news é o PT, que faz as coisas sem explicar, que esteve no
mensalão, no petrolão, esse é o PT.
O
SR. DONATO - PT - Uma comunicação, presidente.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Quero pedir a
suspensão dos trabalhos...
O
SR. DONATO - PT - Só dois minutos. O senhor pode me
conceder?
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem V.Exa., deputado
Donato, dois minutos para comunicação.
O
SR. DONATO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - É que tem o bolsominion papagaio, que quando não tem argumento
fala: “E o PT, e o Lula?” É o bolsominion papagaio, que não respondeu o que a
deputada Márcia Lia colocou aqui das mentiras que ele divulgou sobre a questão
do arroz.
Ele está
defendendo os especuladores que querem aumentar o preço do arroz a partir da
tragédia do Rio Grande do Sul, prejudicando o nosso povo. Isso o PT não vai
deixar, o governo Lula não vai deixar, e o senhor vai ter que colocar a viola
no saco.
O preço do
arroz vai ser um preço acessível, não vai ser fruto da especulação, porque já
tinha sido colhida a safra, é verdade, mas queriam utilizar a tragédia do Rio
Grande do Sul para aumentar o preço do arroz. Isso não vai acontecer.
Então, para
deixar claro aqui, deputado bolsominion papagaio, quando não tem argumento, vem
com a velha história: “E o PT, e o Lula?” O Lula está fazendo o que tem que
fazer, arroz barato para a maioria do povo.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem pela ordem
o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Uma breve comunicação, presidente, sem querer aqui romper
acordos, eu sei que os ânimos estão exaltados.
Não entendi o
deputado Donato se exaltando, gritando nos microfones, babando aqui na gravata.
É difícil, presidente. Bolsominion papagaio, a gente vai falar o quê? Petralha,
a gente vai usar quais adjetivos aqui?
A verdade,
presidente, desse projeto é que a bancada da China está empenhada em querer
aprovar, obviamente sem votos, as suas vontades. Eles não têm votos. A base do
governo está vindo aqui dando quórum, manifestando-se favoravelmente a esse
projeto que isenta certos modelos de veículos de IPVA, mas a bancada da China
não pensa em São Paulo, ela pensa em seus acordos internacionais.
Ela pensa,
falaram aqui que não estão pensando em ideologia, é ideologia pura, presidente.
Algumas empresas de veículos elétricos acabaram de investir milhões de reais na
Bahia. Por que não investiram aqui em São Paulo?
Essa bancada do
Partido dos Trabalhadores está contra, nesse momento aqui, trabalhando contra
esse projeto, presidente, mas não falam aqui do leilão que acabou de cair,
empresa de queijo ganhando leilão de arroz, arroz produzido com defensivo
agrícola que não é permitido aqui no Brasil.
Por exemplo, a
bancada da China, que deveria estar criticando Haddad, pior prefeito da cidade
de São Paulo, por taxar blusinha, então eles querem, presidente, mais impostos,
quanto mais impostos, quanto mais estado melhor.
Nós defendemos
justamente o contrário. Então, presidente, não vai ter picanha, não vai ter
cerveja e agora não vai ter arroz e não vai ter lobista chinês impondo a sua
vontade nesse plenário, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem pela ordem
o deputado Enio Tatto.
O SR. ENIO TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu queria mudar um pouco o assunto e parabenizar a Assembleia Legislativa, a Mesa Diretora, o nosso presidente André do Prado, os 94 deputados e, de forma muito especial, toda a assessoria, os servidores efetivos e os comissionados, pela campanha que fizeram de arrecadar mais de 80 toneladas de produtos para enviar para o nosso querido povo do Rio Grande do Sul... (Vozes fora do microfone.)
Oitenta e cinco toneladas, tudo isso sendo enviado agora através dos Correios - parabenizar, agradecer aos Correios - para o povo do Rio Grande do Sul. Isso é um gesto importantíssimo. Por quê? Porque isso se estendeu a todo o Brasil e até fora do Brasil. A importância da necessidade que o povo do Rio Grande do Sul - eu nasci lá - está precisando.
E quanto à polêmica que está se colocando aqui, o governo federal está oferecendo e já entregando para as pessoas cadastradas R$ 5.100,00; abriu uma linha de crédito para construir casas para as pessoas que as perderam; abriu linha de crédito para comprar móveis, geladeira, fogão para todas as pessoas atingidas, usando o BNDES, todos os órgãos do governo federal, para ajudar o povo do Rio Grande do Sul.
Então a população do Rio Grande do Sul sabe muito bem o papel que cada um está fazendo. O governo federal está fazendo a sua parte.
Sem contar que o presidente Lula já esteve quatro vezes no Rio Grande do Sul visitando, conhecendo os problemas e anunciando medidas. Então esse realmente é um estadista.
Além da quantidade inúmera de ministros que estão visitando e ajudando o povo do Rio Grande do Sul nessa tragédia, diferente de outros governos que estavam passeando, estavam de férias, estavam curtindo jet ski no momento de tragédia em outros lugares do Brasil.
Era isso, Sr. Presidente.
Parabéns, mais uma vez, à Assembleia Legislativa por esse gesto.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Quero
aproveitar - só um minuto, deputado Lucas Bove - para parabenizar também o
deputado André do Prado, o sindicato que participou, os Correios, toda esta Casa
pela mobilização que foi feita para arrecadar essas 85 toneladas que mostram um
gesto muito nobre e que, com certeza, vai alcançar milhares de famílias que
serão contempladas com essa atitude promovida através da Assembleia Legislativa
de São Paulo.
Tem a palavra V. Exa., deputado Lucas
Bove, pelo tempo regimental.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr. Presidente,
só para também fazer uma breve comunicação. Quantas toneladas foram?
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Oitenta e
cinco toneladas.
O
SR. LUCAS BOVE - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Oitenta e cinco. Parabéns,
realmente, a todos os assessores, servidores, polícias Militar e Civil, que
garantem a segurança desta Casa, apesar de serem insultadas por alguns pares
que insistem em faltar com a verdade, dizer que tem estudante... Estudante tem
que estar na escola, não aqui quebrando vidro, mas tudo bem, a gente sabe o que
aconteceu aqui.
Dizer que,
também, no mesmo sentido, como foi uma coisa suprapartidária, queria pedir,
inclusive, uma salva de palmas para quem puder, o presidente Bolsonaro
arrecadou mais de 30 vezes isso durante a semana que passou aqui no Interior de
São Paulo.
Então uma salva
de palmas para todo o povo do Interior de São Paulo, para todo o povo paulista,
que aderiu ao chamado. A oposição pode aplaudir também, afinal, nós estamos
ajudando os nossos irmãos do Sul, é algo suprapartidário.
Nós arrecadamos
mais de 30 carretas, Ribeirão Preto, Campinas, onde o Paulo Mansur organizou,
lá em Guarulhos, o Xerife comandou uma festa bonita, Rio Claro, São Bernardo do
Campo, Jundiaí, enfim, foram seis cidades, ao longo de seis dias, das 9 às 19,
o presidente em pé, tirando foto com todo mundo, sem parar, e arrecadando para
ajudar os nossos irmãos do Sul, já que o governo...
Aliás, eu
queria até propor um desafio aqui, por que o Lula não faz a mesma coisa? E não
precisa ser em São Paulo, pode ser no interior da Bahia. Fica uma semana
convocando as pessoas e pedindo para arrecadar alimento no interior da Bahia ou
do estado que ele acha que tem mais popularidade.
Vamos ver se
ele chega aos pés do presidente Bolsonaro, porque além de não ajudar, ele
atrapalha o povo do Rio Grande do Sul com essa baboseira de comprar arroz
importado agora, sendo que nós temos uma produção aqui suficiente para
alimentar todo o mercado interno, com defensivo agrícola que é proibido no
Brasil.
Então a turma
que fala tanto em defender o meio ambiente e tudo, a saúde das pessoas, não se
atenta a isso e vem aqui chamar o colega de mentiroso, de fake news.
É um descalabro
o que tem acontecido, porque o nosso agronegócio tem sido atacado diuturnamente
por esse governo de esquerda que só pensa no próprio umbigo e em como pode
ganhar dinheiro sempre que o povo brasileiro precisa do seu apoio, como aqui no
caso do estado de São Paulo, que ao invés de pensar em reduzir imposto para a
população, que é do que se trata o projeto.
Estão pensando
no lobby com seus amigos chineses.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor, líder do Governo.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, chegamos
aqui em um acordo entre os líderes aqui presentes em plenário de darmos por
discutido mais duas horas, ficando uma hora para discutir na próxima semana.
O
SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
deputado Léo Siqueira.
O
SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - PARA COMUNICAÇÃO - Só para informar que não falaram
com o Partido Novo, que também é um partido, que também deveria ser consultado
pela liderança. Então, não há acordo aqui hoje.
O
SR. MAURICI - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Antes de dar
pela ordem ao deputado Maurici, eu quero convidar para fazer uso da tribuna,
para discutir a favor do deputado Gil Diniz, já que não há acordo. Tem a
palavra pela ordem o deputado Maurici.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem pela
ordem.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Quero
solicitar uma verificação de presença.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Convido para
fazer a verificação de chamada o deputado Capitão Telhada e o deputado Paulo
Mansur, para fazer a verificação de presença.
* * *
- Verificação de presença.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL
- Constatado quórum, quero agradecer ao deputado Capitão Telhada pela
verificação de presença e ao deputado Paulo Mansur. Consulto aos senhores
líderes se há algum acordo.
O
SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Só
para reforçar o comunicado. Eu sei que o Partido Novo tem apenas um parlamentar
aqui.
Nós não somos um partido grande. Mas
aqui tem 90 mil pessoas que confiaram em mim esse mandato. Eu sempre vou honrar
os meus eleitores. Então, toda vez que fizerem um acordo entre líderes de
partidos, e não chamarem o Partido Novo para poder conversar sobre esse acordo,
não existe acordo.
Qualquer deputado faria a mesma coisa.
Eu duvido que, se o PT não fosse chamado para um acordo, e o líder falasse que
tivesse tido acordo, eu duvido que eles aceitariam.
Então eu estou fazendo a mesma coisa
que todo mundo faria. Eu vou sempre honrar todos os meus eleitores, os mais de
90 mil.
Obrigado, presidente.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS -
PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente.
Apenas para explicar, para o nosso líder Leo Siqueira, que foi falado que o
acordo entre líderes em plenário. Naquele momento, o líder Leo, do NOVO, não
estava em plenário. Estando em plenário, é o acordo, é o acordo entre os
líderes em plenário, no momento da sessão.
Então eu peço perdão se houve algum
equívoco, algum mal-entendido, ao líder do NOVO. Todos os deputados,
independentemente da bancada, com um deputado, com 10 ou com 20, precisa e deve
ter o mesmo respeito, e seguir o que o Regimento e esta casa exige de cada
parlamentar. Então, mais uma vez, na qualidade de líder do Governo, eu peço
desculpas ao líder do NOVO, ao deputado Leo Siqueira.
Mas, naquele momento, ele não se
encontrava em plenário.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação. Sr.
Presidente, eu também quero... Primeiro, deputado Leo, quero me solidarizar a
você. Está correto. Acordo tem que ser feito com todos os líderes. Já fui líder
nesta Casa,
da Oposição aqui, por dois mandatos, e eu não fazia acordo enquanto não estavam
todos os líderes presentes. Essa é a primeira coisa.
A segunda coisa, presidente, também é dizer e
agradecer a todos os deputados que ajudaram na arrecadação da alimentação
coordenada pela Mesa. Nós fizemos aqui hoje uma carta de aplauso aos Correios,
aos trabalhadores dos Correios, ao presidente dos Correios, aos trabalhadores
desta Casa, que aqui arrecadaram toda essa alimentação.
Nós vamos fazer com eles aqui uma confraternização.
Estamos definindo um dia, porque eles trabalharam para caramba para despachar
todas as 85 toneladas. Ainda vão chegar mais 2.200 cestas básicas doadas pelo
Sindalesp, que também irão para lá.
E também quero parabenizar o Sindicato dos Metalúrgicos
do ABC, porque nós arrecadamos 80 toneladas de alimentos também para mandar
para os nossos irmãos lá no Rio Grande do Sul.
Então, eu acho que isso mostrou... É a primeira
vez, deputado Lucas Bove, que esta Casa faz uma ação de solidariedade para
poder, em um momento de tragédia... Tiveram tantas tragédias, não é?
Brumadinho, Mariana, São Sebastião, e nós nunca fizemos. Então, foi uma coisa
aprovada no Colégio de Líderes.
Parabéns a todos os líderes, a todos os deputados
e deputadas.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Pela
ordem, Sr. Presidente. Para uma
comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR
- PL - Pela ordem, deputado Lucas Bove.
O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só
reforçar as palavras do Barba. Parabéns mesmo. A gente está tentando recuperar
um pouco do prejuízo que os desastres naturais e o governo federal vêm causando
ao Rio Grande do Sul, e me solidarizar com o deputado Léo aqui, dizer que tem o
meu total apoio, vai ter sempre que tomar esse tipo de atitude corajosa, e aqui
eu não estou fazendo nenhuma crítica ao líder do Governo, não, porque o líder
do Governo é sempre bastante educado, bastante solícito e tenta, na minha
opinião, sempre atender a todos.
Mas acho que tem que ficar claro, para
principalmente o núcleo duro desse Governo, seja aqui no Poder Legislativo ou
no Poder Executivo, que o diálogo não pode ser só no slogan.
O diálogo precisa haver na realidade. Se um
deputado pede uma resposta acerca de um recurso ou de uma destinação de algum
tipo de benfeitoria para uma região, ele precisa de uma resposta. Se um
deputado pede um apoio em relação a um projeto, ele precisa de uma resposta.
Se nós aqui, por exemplo, esse projeto do IPVA, que
é bom... No final das contas, é um projeto que visa reduzir imposto. Se nós
queremos melhorar o projeto aqui e dizer que nós queremos que esse benefício
seja para veículos fabricados no estado de São Paulo, nós queremos uma resposta
do governo.
Porque Minas tem essa lei, por exemplo. Carro
fabricado em Minas Gerais tem benefício fiscal, e nós aqui em São Paulo,
deputados aqui que defendem a geração de emprego no estado de São Paulo estão
brigando por isso, e não têm uma resposta efetiva, a não ser dizerem que é
inconstitucional, sendo que Minas também pratica.
Como muito bem disse um colega meu, aqui é uma
Casa de Leis. A discussão sobre a constitucionalidade ou não pode ser
discutida em outras esferas. Mas, se Minas tem um projeto que defende empregos no
seu estado, por que São Paulo não pode ter? Então, deputado Léo, esse é um
recado importante. Doloroso, mas importante.
O
governo precisa dialogar, e esta Casa eu espero que siga o exemplo do Léo e não
se dobre mais a tudo que é colocado aqui sobre a mesa, tudo o que é entuchado aqui, muitas vezes goela abaixo de alguns
parlamentares.
Parabéns
pela coragem, deputado Leonardo Siqueira.
Tem
nosso total apoio.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR
- PL - Continua em discussão. Para
fazer uso da tribuna, convido o deputado Gil Diniz, uma vez que não há acordo.
Não há acordo das lideranças.
Deputado Gil Diniz, para
discutir a favor. Tem V. Exa. o prazo de 15 minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado presidente,
meu líder, Carlos Cezar. Cumprimento todos os deputados presentes aqui na sessão
extraordinária.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Sr. Presidente,
antes de o nobre deputado...
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR
- PL - Nós temos um orador na tribuna, deputado Enio.
Você está pedindo “pela ordem” ou “questão de ordem”? “Pela ordem”, só se o
senhor orador der um aparte.
O
SR. ENIO TATTO - PT - É só para pedir uma
verificação de presença, mais uma vez.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Questão
de ordem, Sr. Presidente. No meio do encaminhamento. Acabamos de fazer a verificação de
presença.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR
- PL - Há quórum. A
palavra está garantida, deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Só pedir para
restituir meu tempo aqui da tribuna. Cumprimentar nossos assessores, policiais
militares e civis, público aqui na galeria, minha amiga Soldá
que está aqui junto com seu marido. Obrigado, a nossa pré-candidata à vereança
em Osasco.
Sr. Presidente, a bancada da China, a
tropa da China sai do plenário neste momento. O lobby chinês aqui não é de hoje.
Quem acompanha,
deputado Altair, as questões de relação internacional. sabe bem disso.
O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. GIL DINIZ - PL - Mais uma vez aqui o...
O SR. ENIO TATTO - PT - Questão de ordem.
O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, pare o meu tempo aqui,
está rolando meu tempo.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Está garantido o tempo de V. Exa.,
deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, presidente.
O SR. ENIO TATTO - PT - Eu insisto em pedir uma
verificação de presença, que neste momento não tem 24 deputados no plenário.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Realmente neste momento não tem.
Gostaria de convidar a deputada Dani Alonso e a deputada Maria Lúcia Amary para
fazerem a verificação de presença.
Constatado o
quórum, devolvo a palavra. Quero agradecer antes a deputada Maria Lúcia Amary e
a deputada Dani Alonso pela assistência na verificação de presença.
Tem V. Exa. a
palavra, deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, presidente. Como dizia
aqui, presidente, projeto importante para o estado de São Paulo. Obviamente, deputado
Lucas Bove, pode ter melhorias e nós estamos discutindo aqui neste plenário. Nós
estamos, por exemplo, falando sobre a questão dos automóveis produzidos no estado
de São Paulo terem essa isenção de IPVA.
O que a tropa
chinesa aqui na Assembleia defende é que as montadoras, por exemplo, ali em
Camaçari, na Bahia, lembrando que o governador é do Partido dos Trabalhadores...
A empresa colocou, Guto, milhões de reais, investiu milhões de reais na Bahia e
quer ter isenção de imposto aqui no estado de São Paulo. Não vou dar o tempo.
O SR. DONATO - PT - O senhor não pode me conceder um aparte para lhe dar uma
informação?
O SR. GIL DINIZ - PL - Não vou lhe dar aparte.
O SR. DONATO - PT - Só para lhe dar uma informação.
O SR. GIL DINIZ - PL - No final.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputado Donato, tem orador na
tribuna (Inaudível.) aparte.
O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, está rolando meu tempo
aqui. Está rolando meu tempo aqui.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É justo, deputado Gil Diniz. Tem
Vossa Excelência.
O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, por favor, retome meu
tempo aqui, por gentileza. O deputado Donato já teve o seu tempo aqui na
tribuna. Muitas desinformações, inclusive o deputado Donato coloca aqui.
Mas subo a esta
tribuna para defender esse projeto porque nós sempre, por coerência, deputado
Barros Munhoz, pregamos um Estado menor, pregamos não só a isenção, redução de
impostos e isenção de impostos e taxas.
E esse projeto
- eu julgo que não é o ideal, mas é importante que seja aprovado - dá essa
isenção de IPVA aos carros híbridos. Continuo defendendo aqui, acho que a
deputada Marina Helou colocou desta tribuna, que se o governo quer generalizar,
ajudar, deputado Major Mecca, a população, poderia tirar os impostos estaduais
do etanol. Eu concordo e é o que eu defendo.
Agora, eu não
vi aqui a crítica a Luiz Inácio, o descondenado, por colocar, deputado Léo, uma
medida provisória mudando aí todos os nossos impostos. Inclusive aumentando
impostos aqui que vão aumentar o etanol, o combustível, gás de cozinha
aumentando.
Deputado Guto,
leilão do arroz acabou de cair. Olhe a ideia genial do Partido dos Trabalhadores
após taxar as blusinhas de até 50 dólares. Olhe que ideia genial! É imposto,
mais imposto e mais imposto. Comprar bilhões de reais de arroz de uma produção,
deputado Major Mecca, altamente duvidosa e esse arroz vai ser subsidiado pelos
impostos dos brasileiros e vai ser vendido nos mercados com um selo com a
propaganda do governo federal.
Olhe que ideia
genial desse governo! Aí, deputado Conte Lopes, quem vence a licitação? Aí nós
precisamos reconhecer o mérito da tropa chinesa. São especialistas em
licitações. Especialistas! Vence uma empresa que compra queijo, deputado
Bragato. É um escândalo, um escândalo nacional.
O deputado
federal Zucco, que esteve conosco, deputado Lucas
Bove, nessa maratona do presidente Bolsonaro - ele sim arrecadando mantimentos
para o Rio Grande do Sul -, propôs a CPI do Arroz.
E olha que
interessante: a tropa da China não sobe a esta tribuna... Estão acostumados a
falar de agrotóxico, que agrotóxico, que esse governo quer agrotóxico, que nós,
deputado Lucas, chamamos de defensivo agrícola, obviamente. Não estão
questionando a produção desse arroz.
Os defensivos
agrícolas, ou os agrotóxicos, agrotóxicos que são componentes para produzir
esse arroz que está vindo de fora. Não estão questionando. É verdade, deputada
Márcia Lia. Não estão questionando as condições de trabalho de quem produz esse
arroz lá fora.
É tudo uma
maravilha, é tudo uma maravilha. Milhões de reais da companheirada, ó... Arroz
para licitação, para loja de queijo ganhar. O deputado Mansur colocou aqui. Não
conferi, vou conferir: parece que um hortifrúti venceu. Não duvido nada. O que
esperar de Luiz Inácio?
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, uma questão de ordem.
Por favor, deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - PL - Pare o meu tempo, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Está garantido o tempo de Vossa
Excelência. Nove minutos e 55 segundos. A questão de ordem.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE ORDEM - É uma
dúvida que tenho aqui, Sr. Presidente, que gostaria que fosse esclarecida por V.
Exa. e pelo Rodrigo.
Uma vez, esta
sessão...Alguém, um deputado pediu verificação de presença. Não havendo quórum
nas duas chamadas, a sessão cai. A minha questão de ordem, presidente, é se
todos os deputados, tanto em plenário quanto aqueles que não estão, nesse caso,
ficariam com falta nesse dia, nessa sessão.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Fica presente apenas quem
respondeu a presença. Quem respondeu a presença, na segunda chamada, fica com
presença. Os outros todos ficam com falta.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tá. Então quer dizer que aqueles
que não responderem permanecem com falta. Aqueles que estiverem em plenário e
responderem, ok, não ficam com falta nesse dia, nessa sessão, então. Não
respondendo, é falta para todos que não responderam.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Exatamente.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, presidente.
O SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, presidente.
Então,
retornando aqui. O nosso decano, deputado Barros Munhoz, junto com o deputado
Bragato, o deputado Barros Munhoz disse aqui outro dia que o PT é especialista
em “blablabá”.
E é verdade.
Eles são contra tudo. Contra tudo, absolutamente tudo. “É bom para a população?
Não vamos aprovar. Ou vamos fazer a maior resistência possível para que o
projeto não seja aprovado.”
O governador de
São Paulo, Tarcísio de Freitas, traz essa possibilidade de isenção, não só para
carros híbridos a 250 mil reais. Para caminhões também. O PT é contrário, está
subindo à tribuna, deputado Paulo Mansur, para criticar o governador por uma
medida positiva.
É o que
esperamos de quem defende o DPVAT, a volta do DPVAT. O presidente Bolsonaro
acabou com o DPVAT e agora temos o “PTVAT”, mais um imposto do Partido dos
Trabalhadores. Você, cidadão, vai ter que trabalhar muito mais. Você que fez o
“L” vai ter que trabalhar muito mais para sustentar esses marajás.
Veja, deputado
Gilmaci, os Correios, empresa em que eu, com muito orgulho, trabalhei. Fui
carteiro lá, na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Quase cinco anos
nessa empresa, uma empresa gigante, uma empresa que orgulhava o Brasil. No
governo Bolsonaro, superávit.
Recordes e
recordes de superávit. O PT acabou de entrar no governo federal e já tem
déficit, mais de 800 milhões de déficit. Pois é, se
colocar o PT para governar o Saara, vai sumir a areia dali,
presidente. É impressionante.
Então, senhores, nós
precisamos deixar bem claro aqui quem defende quem, quem que realmente defende o
trabalhador. Olha, com menos impostos, a gente vai ter mais investimento; mais
investimento vai gerar mais produtividade; mais produtividade, mais empregos;
mais empregos, mais renda.
Mas a galera aqui é do
quanto pior melhor, e, no Congresso Nacional, Fernando Haddad, o poste de Luiz
Inácio, o pior prefeito que a cidade de São Paulo já viu... Não tem Celso
Pitta. Até a Martaxa, né?
O PT é especialista em
taxa. A Marta, vice do Guilherme Boulos, quando foi prefeita aqui em São Paulo,
tentou inventar a taxa do lixo, mas é taxa atrás de taxa. Imaginem, senhores,
imaginem se o invasor de propriedade privada vence uma eleição municipal aqui
em São Paulo.
A gente sabe que ele
invade tudo, né? Inclusive invadiu agora o PT, que historicamente sempre teve
candidatos a prefeito na cidade de São Paulo e desta vez abriu mão e aceitou
Guilherme Boulos como seu candidato a prefeito.
Imaginem, senhores, o
caos que nós teremos aqui na cidade de São Paulo. São especialistas em arrancar
o coro do brasileiro. São especialistas em aumentar taxas, tributos. E quando
vem, deputado Vitão, um projeto como esse...
Como eu disse, não é o
ideal, poderia ser mais ousado. Defendo, sim, a redução, deputado Guto Zacarias, a redução ou a isenção
de impostos estaduais no etanol, na gasolina, por que não?
O pobre, Major Mecca, que
tem o seu carrinho lá... Imagina a população lá em São Mateus, lá na Cidade
Tiradentes, em São Miguel Paulista, V. Exa., que foi comandante do 4º
Baep. Quem tem um carro elétrico lá no Fundão da zona
leste? Quem vai conseguir comprar esse carro neste momento?
A tropa da China sabe
quem, e eles estão aqui, obviamente, defendendo os seus interesses. Não tem
problema nenhum, mas a gente precisa deixar claro. A gente precisa ser correto com
aquilo que a gente acredita e mostrar para o nosso eleitor aquilo que a gente
defende.
Então, você, seu João,
dona Maria, que fez o “L” na eleição, o PT está neste momento aqui obstruindo
um projeto que vai isentar, se você tem um carro híbrido, de IPVA. Não querem
deixar aprovar neste momento a isenção de IPVA.
Querem DPVAT, querem tributação
de blusinha na Shein. É lógico, esses marajás podem viajar para o exterior e
ter a isenção de mil dólares no que compram lá fora, para que vão deixar pobre
comprar mercadoria barata? Para quê? Por que, se podem taxar o quanto for?
Vejam vocês: os projetos,
presidente, que o governador, em sua campanha, disse que mandaria para este Parlamento,
e que nós, ombreando lado a lado com ele, comunicamos ao nosso eleitor que
apoiaríamos e aprovaríamos, o PT obstrui tudo. Vejam como foi a privatização da
Sabesp. Veja como foi agora a discussão das escolas cívico-militares,
presidente. Violência. São violentos, incentivam a violência.
Eles acharam, deputado
Lucas Bove, que ia acontecer o que aconteceu neste plenário da CPI da Merenda,
que iam invadir este plenário e ia ficar tudo bem, mas saíram na borrachada, mas saíram na unha, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputado Gil Diniz, tem três
minutos V. Exa. ainda, e a sessão vai se encerrar às 19 horas e 17 minutos.
Então, antes de encerrar o tempo desta sessão, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária a realizar-se hoje 10 minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
- NR - A Ordem do Dia para a 28ª Sessão Extraordinária
foi publicada no D.O. de 12 de junho de 2024.
* * *
Vossa Excelência
ainda tem três minutos do seu tempo. Apenas essa convocação, deputado Gil
Diniz.
O SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, presidente.
Então, para
encerrar aqui, eu peço, não é encaminhamento ainda, é tempo de discussão,
presidente. Mas peço, obviamente, à bancada do Partido Liberal, para que vote
favoravelmente a esse projeto.
Podemos
melhorá-lo. Peço que a bancada, a base do governador, não só vote
favoravelmente, mas que esteja presente aqui nas discussões, para que a gente
não perca o tempo de verificação, como tem acontecido.
Nós sempre
procuramos aqui estarmos presentes, dar o quórum, votar favoravelmente, ainda
que as notícias do Palácio sejam diferentes, as notícias que chegam ao Palácio
sejam diferentes.
Votamos
favoravelmente, defendemos os projetos, estamos aqui, obviamente, fazendo a
discussão com a bancada do Partido dos Trabalhadores, que sempre que há um
benefício para a população se coloca contrária e, obviamente, presidente,
reforçar aqui: você que fez o “L” agora em 2022, ou está pensando em fazer o “L”
agora...
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputado Gil
Diniz, esgotado o tempo da presente sessão, ficam garantidos a V.Exa. dois
minutos ainda na próxima discussão desse projeto.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, presidente. Não
terão picanha, arroz e cerveja, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Está encerrada
a presente sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão às 19 horas e 17
minutos.
* * *