13 DE DEZEMBRO DE 2023
63ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: CARLOS CEZAR e ANDRÉ DO
PRADO
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - CARLOS CEZAR
Assume a Presidência e abre a sessão. Coloca em discussão o
PLC 143/23.
2 - PROFESSORA BEBEL
Discute o PLC 143/23.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência.
4 - GIL DINIZ
Declara voto favorável à PEC 03/23.
5 - CARLOS GIANNAZI
Discute o PLC 143/23.
6 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Para comunicação, faz pronunciamento.
7 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o
PL 143/23, salvo subemenda e emendas. Coloca em votação e declara aprovada a
subemenda "A", apresentada pelo congresso de comissões, restando
prejudicadas as emendas 1, 2, 7, 12 e 21.
9 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Declara voto favorável às emendas do PSOL.
10 - PAULO FIORILO
Declara voto favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV.
11 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação, englobadamente, e declara rejeitadas as
demais emendas com parecer contrário. Encerra a discussão e coloca em votação o
PLC 147/23, salvo emendas.
12 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Encaminha o PLC 147/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
13 - MÁRCIA LIA
Encaminha o PLC 147/23, em nome da Minoria.
14 - BETH SAHÃO
Encaminha o PLC 147/23, em nome da Minoria.
15 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
16 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o
PLC 147/23, salvo emendas. Coloca em votação, englobadamente, e declara
rejeitadas as demais emendas com parecer contrário.
17 - PAULO FIORILO
Declara voto favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV.
18 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o
PL 1559/23, salvo emendas. Coloca em votação, englobadamente, e declara
rejeitadas as demais emendas com parecer contrário.
19 - PAULO FIORILO
Declara voto favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV.
20 - ANDRÉ DO PRADO
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o
PL 1685/23.
21 - EDIANE MARIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição,
Justiça e Redação, a ser realizada hoje, cinco minutos após o término desta
sessão.
23 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Cezar.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
CARLOS CEZAR - PL - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem
do Dia.
*
* *
-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
CARLOS CEZAR - PL - Discussão e votação
do Projeto de lei Complementar nº 143, de 2023, de autoria do Sr. Governador do
Estado.
Em
discussão. Para discutir a favor, está inscrita aqui a Professora Bebel.
A SRA.
PROFESSORA BEBEL - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Cumprimento a Mesa de
trabalhos, assim como também cumprimento os assessores à minha direita, à minha
esquerda, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, todos os que nos
acompanham através da Rede Alesp.
Dirijo-me aos
professores que ainda estão aqui firmemente na luta para que tenhamos algumas
conquistas. (Manifestação nas galerias.) E eu vou começar a tratar do tema que
ora me é dirigido, que é a alteração da Lei nº 1.374, que é aquela lei do
subsídio e que regulamentou, na verdade, vários pontos da nossa atividade de
trabalho e, dentre elas, a questão das atividades pedagógicas diversificadas.
Eu quero saudar
o líder da Casa, eu quero saudar o Sr. Presidente, como também saúdo o
secretário executivo, saúdo também o secretário da Educação, que atendeu a um
pedido nosso de incorporar as emendas que tratavam do local em que nós
deveríamos fazer as nossas atividades.
Então, ao invés
de deixar em aberto, como estava no texto original... Por isso eu estou aqui
defendendo, não estou defendendo porque o texto... Eu estou defendendo o texto
original, estou defendendo o texto ora alterado pelas nossas emendas. E foi
acatado que será em local de livre escolha, com aquelas condicionantes
(Inaudível.) que nós conversamos com eles. Não há que ter...
É claro que o
professor, quando ele faz o trabalho dele, onde ele escolhe para fazer, não vai
fazer outra atividade remunerada; ele já está fazendo porque ele precisa
corrigir a prova. Ele precisa, enfim...
Ele não precisa
ser vigiado para isso. Então, há essa condicionante, e com uma condicionante
que é natural na nossa categoria de ser convocado para alguma atividade na
escola. Isso acontece.
Mas o texto
segue lá - como nós queríamos - para que fosse em local de livre escolha. Isso
não é pouca coisa. Você sabe, quem é professor aqui sabe. E eu me dirijo também
aos Srs. Deputados e Sras. Deputadas, que tenho certeza que vão corroborar, vão
votar conosco, para dizer que foi, sim, uma grande vitória.
E tenho que
dizer que teve aí, sim, o empenho do líder do Governo, como o presidente da
Casa, assim como os dois secretários, o executivo e o Renato Feder, que no
período da manhã fechou.
Os outros
pontos sobre as APDs são importantes também. Aquele da falta-dia: o professor faltava
duas horas/aula e levava desconto o dia todo. Então, isso, por certo, nós
achamos que era uma injustiça muito grande.
Então, está se
corrigindo nesse projeto, como também se está corrigindo a extensão do tempo
para fazer a escolha, se quer ir para a carreira nova ou para outra. Você
lembra que eram dois anos, prorrogou para mais dois anos.
Isso denota
alguma coisa. Denota que a nossa luta também tem que ser para alterar a
carreira, para ver como é que a gente torna a carreira mais atrativa, porque a
lei de subsídio não deu conta. E a bancada do Partido dos Trabalhadores deixava
isso claro aqui. Então, eu considero que esta tarde foi bastante produtiva.
Mas eu não
posso deixar de falar de um outro assunto, que também foi objeto de debate no
dia de ontem, à noite, como hoje de manhã, como saiu o comunicado - que vocês
todos devem estar acompanhando - com relação aos professores categoria “O” dos
anos 18, 19 e 20.
Precisaria sair
um comunicado explicando para os professores, deputado Barba, que eles fariam a
escolha na primeira, na primeira... Aliás, atribuição, na primeira etapa. E
eles poderão fazer isso.
Não é do sonho.
Do sonho nosso é fazer o que fizemos no ano passado: ter um PLC da Casa, um PLC
que desse conta de prorrogar por mais um ano.
Não
conseguimos, conseguimos pela negociação. Toda a negociação é válida. Você é
sindicalista, deputado Barba, e quem não é sabe disso. Quando a gente pode
minimizar perdas, a gente minimiza. Eu acho que com isso a gente conseguiu
minimizar, não foi pouca coisa.
Saiu hoje,
inclusive, que quem... Todos os classificados e todos vão passar pelo processo
de atribuição na fase inicial, que era o temor desses professores que são
desses anos. Muitos vão falar: “Mas eu não fiz concurso, deputada Bebel, como
que eu faço?”.
Vai para o
banco de talentos e vai ter como pegar aulas também. Então, eu acho que não foi
do jeito que eu gostaria, mas também conseguimos mediar, e mediar muito bem
essa questão.
Eu quero dizer
que a gente vai ter que ter um trabalho e conversar com os Srs. Deputados e
Sras. Deputadas para que a gente não fique pontualmente... Acho que tem muita
coisa que a gente precisa ver, em termos de valorizar os profissionais da
Educação, mas não só, também todo o funcionalismo público.
Nós precisamos
de um plano de valorização. Nós precisamos que, de fato, a gente tenha
condições de ter todas as condições de trabalho, mas, sobretudo nós podermos
chegar na qualidade do ensino não como um esforço pessoal nosso, mas como uma
política de Estado.
O que é
política de Estado? É uma política que tem continuidade, que o professor ou a
professora sabe todo ano onde ela vai ficar, de que forma ela vai ficar e não
nessa incerteza, nessa insegurança que fica cada ano que passa.
Eu digo para
vocês o seguinte, nós estamos no final do ano e todo final do ano é esse
sofrimento: “Para onde vai? O que vai? Vou ficar desempregado ou não vou?”,
isso precisa acabar.
Acho que a
gente precisa debruçar, sentar. Eu acho que nós somos bons interlocutores e a
gente tem que fazer essa interlocução para que a Secretaria da Educação e a
administração pública tenham essa sensibilidade de entender que o nosso trabalho
não é qualquer um, não é a parte de uma engrenagem. Ele é tudo, porque tudo é o
professor, tudo recai na escola.
Agora você fala
assim: “Mas vocês não são heróis”. Eu acho que não, mas eu acho que a gente é
uma grande referência para os estudantes, nós somos uma grande referência para
a sociedade, nós somos uma grande referência para os pais. É só pegar a
pesquisa, que não é uma pesquisa nossa, é uma pesquisa da Fundação Lemann.
Eu falo porque
é bom você falar que não é sua. Essa pesquisa está dizendo que 91% dos alunos,
da sociedade, veem na pessoa do professor, tem confiança nos professores, nos
profissionais da Educação. Então os dados falam por si.
É muito
importante que, de fato, a nossa profissão seja valorizada. Quando a gente
fala... Fez essa luta, tem muita gente que acha que é pouco, mas tinha
professor que falava para a gente: “Eu não tenho condições de corrigir uma
prova na escola. Eu não tenho condições de ler um livro na escola”, porque não
tem mesmo. A escola não é o local, não tem como.
Tem barulho e é
natural que tenha, lá tem estudantes, tem professores. Os alunos vão falar e a
gente quer que os alunos falem, porque como que faz? Vai por esparadrapo na
boca do aluno? Não vai. A gente até estimula - deputada Valeria, a senhora que
é professora sabe disso - a fala e a expressão. Aí eu quero ler um livro e me
incomodo, porque eu não vou conseguir.
Por isso que
tirar e deixar o local de livre escolha é a hora que o professor tiver o tempo
dele, ele vai ler.
Ele vai ler,
ele vai preparar prova, porque não é fácil preparar uma prova, corrigir prova.
Tem gente que pensa que corrigir é pôr um “cezinho”. Não é, tem metodologia.
Tem provas que
a gente, se ela for dissertativa, a gente quer focar numa coisa, e a gente sabe
que para corrigir uma prova dissertativa, minimamente, a gente precisa que
termine em um dia só, porque como a avaliação é objetiva e subjetiva, eu mudo o
humor em um dia. No outro dia, eu mudo também a forma como eu vou avaliar.
Então, por tudo
isso eu acredito que valeu a pena fazer a luta. Nós estamos desde o início
deste ano pedindo para que acertassem essas Atividades Pedagógicas
Diversificadas no local de livre escolha.
O texto veio
para cá sem isso, dando poderes só para o secretário. Eu não tenho briga com o
secretário, mas ele entendeu, ele se sensibilizou, que o professor devesse
escolher o local, que a gente pudesse fazer a nossa escolha.
Então o texto
vai sair que o local será de livre escolha. Com qual condicionante? A
condicionante de não ter um outro emprego, e a outra condicionante é ser,
repito, convocado quando tem que ser convocado, a gente sabe disso. Então, eu
agradeço a todos e todas que estiveram comigo no congresso de comissões.
Foi uma grata
satisfação, assim como também espero que, na prática, o comunicado do governo
expresse exatamente o que está dito lá, para que a gente consiga garantir que
os professores, as professoras tenham segurança, mas tenham valorização do
trabalho e que a gente caminha na perspectiva de ter uma forma de contratação.
Tem um concurso
público? Classificou? Vamos ampliando os cargos. Porque um concurso público
para 15 mil, em uma rede que tem 100 temporários é muito pouco, mas o
secretário pode a cada ano ir prorrogando e ampliando as vagas potenciais.
Ele pode ir
fazendo isso, e a gente espera trabalhar na perspectiva de sair dos 15 mil,
oxalá chegar nos 50 mil, nos 60, nos 70, e chegar em um quadro de normalidade
na rede, em que a gente não tenha tantos professores contratados de forma
injusta.
É importante
que eu também tenho um PLC aqui para garantir a contratação do professor
categoria “O”, mas eu também tenho uma comissão, também luto para que o Iamspe
incorpore os professores, para que eles possam usar o Iamspe, para que a gente
possa, na verdade, garantir dignidade, porque professor não tem dinheiro para
pagar plano de saúde, e o plano de saúde mais barato é o Iamspe.
O Iamspe é um
hospital espetacular. Ele atende alta complexidade, mas falta dinheiro. Então
precisamos lutar para que o governo coloque a cota parte lá, e sem mexer nas
verbas da Educação, obviamente. Porque as verbas da Educação, essas têm que ser
aplicadas na Educação.
Até porque o
Salário Educação, conforme o STF ditou, deputado Marcolino, o senhor que é dos
números, sabe perfeitamente que o estado de São Paulo vai perder dois bilhões,
por conta da leitura que faz o STF da legislação que trata do Salário Educação.
Então, se vai
tirar dez bilhões da Educação, e São Paulo vai perder dois bilhões? Então quem
é que vai pagar essa conta? Como é que vai dizer que está sobrando dinheiro na
Educação? Não está. Entenderam?
Então, é
importante saber. Eu tenho já a lista de todos os municípios que vão perder vão
perder muito com essa interpretação do STF. Agradeço, Sr. Presidente, muito
obrigada. Agradeço também V. Exa., por ter intermediado essa importante
negociação no dia de hoje.
Muito obrigada.
E, a vocês, um
forte abraço.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. André do Prado
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos para a discussão, para discutir a
favor, tem a palavra o deputado Carlos Giannazi.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. Para
uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É
regimental. Tem dois minutos V. Exa., deputado Gil.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, para deixar
registrado o meu voto “sim” aqui na PEC n.º 03, de 2023, votação em segundo
turno, não consegui deixar o meu voto registrado aqui no momento da votação.
Mandarei por escrito, mas consignado
votei “sim” no primeiro turno, queria votar “sim”, mas não consegui chegar a
tempo, pelo trânsito insuportável aqui na Av. Brasil. Mas deixo registrado esse
meu voto “sim”, e mandarei por escrito aqui para deixar registrado.
Obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está
registrado o pedido de Vossa Excelência. Faremos o encaminhamento. Tem a
palavra o nobre deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta
Casa, venho à tribuna para discutir o projeto PLC, Projeto de lei Complementar
n.º 143, que trata, na verdade, de vários temas, das APDs, trata da questão da
falta-aula, da questão da prorrogação do prazo para que os professores possam
ingressar na nova, digo, a farsa da nova carreira do magistério, refiro-me aqui
à Lei n.º 1.374, que é uma verdadeira farsa, até porque a proposta é tão ruim
que ninguém ingressou, acho que 1% dos professores efetivos ingressaram nessa
carreira, de tão ruim que ela é.
Então por isso
que o governo está prorrogando. E outros temas, como a avaliação de diretores.
O que eu quero dizer é que esse projeto é apresentado agora no final do ano,
depois de uma ampla mobilização e pressão do magistério estadual e que esse
projeto, Sr. Presidente, Srs. Deputados, ele vem no contexto de muitos ataques
à rede estadual.
Nós nunca,
talvez, tivéssemos vivido um momento como este, de tantos ataques à carreira do
magistério, aos servidores do quadro de apoio escolar, aos gestores,
supervisores e diretores de escola da rede pública de ensino. Nós tivemos
recentemente o episódio da tentativa do governo em retirar os livros didáticos
da rede estadual, livro físico.
Nós temos hoje
a famosa máfia dos aplicativos, das plataformas, que estão tomando conta,
praticamente, das nossas escolas; aliás, de plataformas milionárias, que
custam, cada uma delas, 50, 70 milhões de reais, que nós já denunciamos e
pedimos investigação do Ministério Público e também do próprio Tribunal de
Contas, da portaria - aquela portaria “vigiar e punir”, que obriga diretores a
entrar e vigiar os professores em sala de aula.
São vários os
ataques. O estabelecimento do critério de assiduidade, presença na escola, para
o processo de atribuição de aulas, que não reconhece, por exemplo, a
licença-prêmio, a licença-saúde, do magistério estadual.
É uma crise
talvez sem precedentes na rede estadual de ensino. E essa questão das APDs. O
projeto apresentado inicialmente dizia que quem iria escolher o local para a
realização das APDs seria o próprio secretário da Educação, ficaria a critério
do secretário ou da Secretaria. Após a nossa mobilização, as várias negociações
feitas, a pressão da categoria, o governo deu uma pequena recuada.
Ele retira esse
poder do secretário da Educação, ou da Seduc, inclusive as nossas emendas foram
aprovadas, foram incorporadas parcialmente. A minha, número 1, e a número 7, da
deputada Bebel, foram incorporadas, garantindo, no primeiro momento, na cabeça
do artigo, que as APDs serão feitas em local de livre escolha do professor.
Porém, existe
ali um outro dispositivo em seguida, um parágrafo, dizendo que, havendo
necessidade, a direção da escola ou a unidade escolar pode convocar o professor
para que ele realize essas APDs dentro das escolas.
Ou seja, a
proposta do governo foi de retirar o poder do secretário da Educação. Não vai
ser ele mais que vai decidir, mas nós vamos ficar ainda reféns dos humores, das
vontades de cada direção escolar, que pode convocar o professor para fazer a
APD lá na escola. É isso o que está dado no relatório aprovado agora no
congresso de comissões.
O que eu quero
dizer é que nós podemos ainda reverter essa situação aqui na votação, na
aprovação das emendas apresentadas. O que nós queremos é que os professores
sejam os protagonistas, que eles tenham a independência e a autonomia para
decidir onde o professor vai fazer a sua Atividade Pedagógica Diversificada.
Por isso que a
nossa proposta é que ela seja feita em local de livre escolha e ponto final.
Não é o secretário que vai decidir, nem a direção da escola. É o professor que
tem que decidir, então as nossas emendas caminham nessa direção. Mas o
relatório aprovado é diferente, coloca o diretor.
Quero destacar
ainda que eu apresentei aqui a Emenda nº 5. Essa é a um, que foi parcialmente
incorporada, mas a cinco também. Como se trata de um PLC, de um Projeto de lei
Complementar, eu apresentei uma emenda para prorrogar os contratos dos
professores categoria “O” de 2018, 2019 e 2020, que vão ter os seus contratos
encerrados agora, até o dia 31 de dezembro, e eles entram no processo de
quarentena, que é a quarentena imposta pela famigerada Lei nº 1.093, de 2009,
aprovada aqui na Assembleia Legislativa com o nosso voto contrário, logicamente.
A herança
maldita dos tucanos, do ex-governador Serra. Esse projeto foi aprovado, o
professor é contratado por três anos e depois ele entra em quarentena. É um
absurdo total essa lei, que tem que ser alterada imediatamente, porque senão,
anualmente, nós vamos ficar também reféns desse processo, dessas prorrogações,
das quarentenas ou duzentenas.
Ela tem que ser
alterada imediatamente e eu já apresentei um projeto de lei que, inclusive, já
foi aprovado em todas as comissões permanentes da Assembleia Legislativa e ele
já está em regime de urgência, que é o PLC nº 24, de 2015, que acaba com as
interrupções dos contratos e garante ainda que os professores possam utilizar o
Iamspe.
Por isso que, a
todo momento, eu faço apelos aqui para que a Assembleia aprove esse projeto e
livre os professores categoria “O” dessa dependência, desse terrorismo
psicológico, emocional e financeiro também. De sobrevivência, inclusive, que é
o que acontece anualmente no final do ano, com a luta pela prorrogação dos
contratos. Então o nosso PLC nº 24 resolve essa situação.
Então a emenda
que eu apresentei, só para concluir, a nº 5, prorroga os contratos de 2018,
2019 e 2020, para que nós não tenhamos uma demissão em massa dos professores da
rede estadual, aproximadamente 40 mil professores dos 100 mil professores
categoria “O”. Dos 100 mil professores precarizados do estado de São Paulo,
aproximadamente 40 mil terão, pela Lei nº 1.093, os seus contratos encerrados.
Os outros, dos
anos seguintes, ainda não, porque eles estão vigentes, não tem como encerrar os
contratos. Mas esses sim, esses correm esse risco, porque é o que determina,
infelizmente, essa lei. Mas a emenda que eu apresentei ao PLC nº 143 resolve
essa situação, pelo menos para este momento, porque nós vamos ter a maior
demissão em massa.
Essa é a
verdade, vai ter o rompimento dos contratos. O comunicado da secretaria fala
que vai garantir atribuição, mas o contrato desses professores será rompido.
Isso é muito preocupante. Nós teremos 40 mil professores, deputada Paula,
demitidos da rede estadual. Eles só vão poder voltar após a quarentena.
Então isso é
muito preocupante. Esses professores ficarão sem salários e não voltarão,
provavelmente, para as mesmas escolas porque o próprio comunicado fala que vai
respeitar a classificação do concurso. Só que esse concurso público também teve
várias irregularidades.
Nós tivemos a exclusão em massa de
milhares de professoras e professores na videoaula, professores com experiência
de 15, 20, 30 anos na Rede Estadual, professores com mestrado na USP, na
Unicamp, com doutorado, que têm experiência em sala de aula foram reprovados na
videoaula.
E professor não é youtuber, professor dá
aula presencialmente, está na LDB. A Educação Básica é presencial, sobretudo o
Ensino Fundamental. Não tem sentido o professor fazer um vídeo para ser
aprovado num concurso público.
Então, milhares de professoras e
professores foram excluídos. Então esses já ficam fora também, eles são
duplamente penalizados, terão o rompimento do contrato e não foram aprovados no
concurso por uma exigência extremamente desnecessária e nefasta, inclusive eu
já pedi a convocação do presidente da Vunesp para explicar esse critério.
Enfim, então é importante que a gente
tenha uma solução para esses professores categoria “O” que vão ter, sim, o
rompimento dos seus contratos e ficarão desempregados. E muitos serão
prejudicados.
Tem outras questões aqui importantes
também que eu apresentei várias emendas, e vários deputados apresentaram
também, que infelizmente não foram incorporadas no parecer aprovado agora no
congresso de comissões.
Eu quero destacar aqui uma muito
importante, que é a dos secretários de escola. Esse cargo que está em processo
de extinção não foi contemplado. O secretário Renato Feder, dono da Multilaser,
agora mudou o nome, a empresa dele é Multi, se comprometeu publicamente a
resolver a situação do reenquadramento dos secretários de escola, e se
comprometeu também com os agentes de organização escolar, com servidores do
QAE, do QSE, mas não veio nenhum artigo nesse projeto, não tem nada, ele não
apresentou um projeto específico para o QAE, para o QSE, para os secretários e
nem incorporou nenhuma das reivindicações que nós levamos a ele, recentemente.
Eu tive audiência com o secretário e levei
essa reivindicação e não aparece aqui. A própria categoria já levou e ele não
foi contemplado, elas, as reivindicações, sobretudo com o que ele se
comprometeu publicamente era pelo reenquadramento dos secretários de escola,
que estão em processo de extinção e não têm direito a nada, à progressão, à
evolução funcional.
É uma carreira estagnada e esses
secretários são importantes, eles trabalham como os outros GOE’s e os outros.
Então isso não apareceu, apresentei emenda também que não foi incorporada.
A avaliação dos diretores, um absurdo
avaliar diretor de escola, uma avaliação totalmente suspeita porque essas
avaliações servem como sistema de punição. E a avaliação do diretor aqui no
projeto diz o seguinte: “Se ele for mal avaliado pela diretoria de ensino ele
será transferido para uma escola de menor complexidade”. Olha só o absurdo,
fico imaginando uma escola recebendo um diretor que foi mal avaliado.
Então tem várias incoerências o projeto,
nós aqui apresentamos emendas corrigindo todas elas, mas infelizmente elas não
foram incorporadas ao parecer.
Mas agora a gente vai ter a oportunidade,
nesse momento final e derradeiro da votação, de aprová-las na votação agora que
nós vamos realizar daqui a pouco. Nós podemos ainda reverter a questão dos
professores categoria “O”, nós podemos melhorar ainda mais a questão das APDs.
Eu acho que nós destacamos aqui a vitória da falta/aula, que voltou, nós
tínhamos falta/dia que era um verdadeiro absurdo, é uma vitória importante.
Mas nós vamos continuar lutando pelos
professores categoria “O”, pelas APDs em local de livre escolha sem que o diretor
possa convocar o professor para fazer na escola, ou o secretário da Educação.
Vamos continuar a nossa luta.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem, presidente. Gostaria de
fazer uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa
Excelência.
A SRA. PAULA DA
BANCADA FEMINISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada.
Bom, eu queria dizer, fazer coro com a deputada Bebel, com o deputado Carlos
Giannazi, que vieram aqui falar sobre esse projeto, um projeto importante.
Na
verdade, o projeto de lei originalmente colocava que as APDs se realizariam em
local de escolha da Secretaria de Educação. Isso seria uma grande
arbitrariedade. Então, é muito importante que tenha sido incluído no projeto
conteúdo de emendas que foram feitas pelo meu mandato, pelo mandato do Carlos
Giannazi, da Professora Bebel, que garante que as APDs sejam realizadas em
locais de livre escolha dos docentes.
Nós
sabemos, e por isso votaremos a favor, que esse projeto é uma grande
reivindicação da categoria dos professores, das professoras. Só que ele vai ser
aprovado com algumas limitações ainda, como a questão dos critérios de
atribuição de aula, o aumento de desconto de ausência, a avaliação realizada
por diretores e supervisores de escola, entre outras.
Eu
queria dizer, e pedi essa comunicação por isso, que, infelizmente, uma emenda
muito importante feita pelo meu mandato não foi incorporada no parecer. Nós
propusemos que a limitação de seis ausências justificadas não fossem
consideradas para as professoras gestantes.
Isso
porque a realização do pré-natal de forma completa, de acordo com as
recomendações do Ministério da Saúde e também da OMS, é de que devem ser
feitas, no mínimo, seis consultas médicas pré-natal durante a gestação, além de
diversos exames obrigatórios.
Então
eu vim aqui, na verdade, dizer que a gente vai lutar pela aprovação dessa
emenda, mas, mais do que isso, seguir lutando pela alteração da Lei 1.374, de
2022, com garantia do direito ao pleno pré-natal pelas professoras.
Obrigada,
presidente.
O SR. PAULO MANSUR - PL - Pela ordem, presidente. Para uma breve
comunicação.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois minutos, Vossa Excelência.
O SR. PAULO MANSUR -
PL - PARA COMUNICAÇÃO - Faltam 18 dias para
acabar o ano e é importante a gente deixar registrado que o governador Tarcísio
fez diversas promessas na sua campanha e as cumpriu.
Promessa
da desestatização do saneamento básico, privatização da Sabesp, gerando R$ 65
bilhões para o caixa do governo. Promessa cumprida.
Prometeu,
também, aumentar os salários dos policiais, investir na escola cívico-militar.
Promessa cumprida. Prometeu, também, reduzir o ICMS para indústrias, gerando
emprego no estado de São Paulo, para indústrias investirem, como Toyota, que
aconteceu em Sorocaba. Promessa cumprida. Prometeu, também, o Rodoanel Norte,
gerando 15 mil empregos com investimento de PPPs. Promessa cumprida.
Então,
o nosso governador Tarcísio tem cumprido promessas e nós, aqui, como
parlamentares, temos votado a favor, ajudando-o a deixar o estado mais potente,
gerando emprego na área privada, diminuindo cargos que estão, como o que a
gente votou ontem, cargos que estão gerando mais impostos dentro do nosso
estado.
Ou
seja, o governador Tarcísio tem cumprido as suas promessas e a gente, aqui,
dentro do parlamento, ajudando o nosso governador.
Só
deixar esse recado e parabenizar a todos os deputados aqui da base e a Vossa
Excelência.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo mais oradores inscritos
para discussão, está em votação o projeto, salvo subemenda e emendas. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Em votação a
subemenda apresentada pelo congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que foram favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.
Prejudicadas as Emendas 1, 2, 7, 12 e 21.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Declarar voto
favorável às emendas da bancada do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Está registrada.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Declarar
voto favorável às emendas do PT, PCdoB, da Federação.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de Vossa
Excelência.
Em votação,
agora, as demais emendas, englobadamente, com parecer contrário. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que foram contrários permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Rejeitadas.
Item 2.
Discussão e votação do Projeto de lei Complementar nº 147, de 2023, de autoria
do Sr. Governador. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada
a discussão.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Está encerrada a
discussão?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está encerrada
a discussão.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Queria encaminhar o
deputado Luiz Claudio...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
projeto, salvo emendas.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar o
deputado Luiz Claudio para fazer o encaminhamento.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Encaminha o deputado Luiz Claudio Marcolino, pela
bancada PT/PCdoB/PV.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. e Sras. Deputadas, funcionários e
funcionárias da Assembleia Legislativa, o Projeto de lei Complementar no
147, de 2023, ora apresentado, altera a Lei no 8.975, de 25 de
novembro de 1994, que dispõe sobre a concessão de prêmio de incentivo aos
servidores em exercício na Secretaria da Saúde.
Esse projeto,
Sr. Presidente, a gente vem acompanhando e discutindo a alteração do prêmio de
incentivo com os servidores da Saúde, a partir do SindSaúde, já faz alguns
anos.
Eles sempre
cobraram que era necessário ter uma alteração no valor do prêmio de incentivo,
visto que sempre foi defendido que deveria haver uma estruturação do plano de
carreira, concurso público para os servidores da Saúde e uma adequação na sua
estrutura.
Este ano, assim
que o SindSaúde entrou no processo de negociação, foi discutido e conversado
diversas vezes com o secretário da Saúde sobre a necessidade de encaminhar para
a Assembleia Legislativa um projeto de lei que pudesse atender às demandas
colocadas pelos servidores, seja em relação à carreira, seja em relação ao
prêmio de incentivo, ao piso da enfermagem. Mas também à alteração no prêmio de
incentivo.
Um ou outro
item que tinha sido debatido também com os servidores da Saúde, por várias
vezes nós apresentamos aqui... Nas propostas apresentadas, tinha a questão
também do vale-refeição.
A questão do
prêmio de incentivo: agora no mês de novembro, no último dia 20 de novembro,
foi pago e adequado o prêmio de incentivo para uma parte dos servidores da
Saúde, o pessoal vinculado ao SindSaúde, mas não tinha sido garantido o pagamento
para os trabalhadores da Saúde vinculados às autarquias no estado de São Paulo.
Então, esse
projeto de lei vem para corrigir, para fazer a adequação ao prêmio de
incentivo, principalmente aos trabalhadores da autarquia da Saúde no estado de
São Paulo. Então, é um projeto de lei que vem para fazer a adequação e a
correção ao prêmio de incentivo aos servidores da Saúde que já receberam no
último dia 20 de novembro.
Mas é
importante, Sr. Presidente, deixar frisado aqui para os demais deputados que
esse prêmio de incentivo é um valor que é pago aos servidores da Saúde no
estado de São Paulo, aos servidores da Saúde, aos servidores das autarquias, e
deveria ser pago também aos municipalizados do estado de São Paulo, em virtude
do recurso que veio, nobre deputada Bebel, do governo federal.
É um dinheiro
que já vem do governo federal, ele já vem para esse fim, justamente, de
garantir uma complementação como prêmio de incentivo aos servidores da Saúde.
Então, não é um
dinheiro, não é um recurso do governo estadual. É um recurso que vem do governo
federal para fazer a adequação do recurso no estado, seja nos servidores da
Saúde, autarquias e municipalizados.
Então, eu
queria trazer aqui essa referência, acho que é importante. Boa parte dos
servidores da Saúde já teve pagamento do prêmio de incentivo no dia 20, fruto
das negociações com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. E faltava
esse projeto de lei chegar aqui na Assembleia Legislativa para fazer a
adequação.
Então, eu
queria parabenizar o SindSaúde, parabenizar o secretário de Saúde Eleuses, que
se comprometeu junto ao sindicato do SindSaúde, e de fato o projeto foi
encaminhado à Assembleia.
E agora estamos
aguardando também, para os servidores da Saúde, a adequação em relação ao
vale-refeição, que foi o compromisso também firmado pelos deputados da base do
Governo no final do primeiro semestre - que teria um projeto a ser apresentado
até setembro de 2023. O projeto ainda não foi encaminhado. Que era para
corrigir o vale-refeição dos servidores da Saúde.
Mas esse
projeto vem num bom momento; era um compromisso feito pelo secretário. O
projeto foi apresentado, e hoje com certeza será aprovado por todos os
deputados desta Casa.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
projeto, salvo emendas...
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, pela
ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada...
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente, na condição de vice-líder da minoria quero indicar a deputada
Márcia Lia, que dividirá o tempo com a deputada Beth Sahão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra, então, para encaminhar pela
minoria, a deputada Márcia Lia.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Muito
boa tarde a todos e a todas, eu vou ser bastante breve, mas é imprescindível
que a gente fale a respeito desse projeto de lei que corrige uma injustiça que
vinha sendo cometida pelo estado de São Paulo em relação aos profissionais da
Saúde.
Nós estamos
vivendo um processo em que a Saúde tem sido entregue para as organizações
sociais, para as OSS, e muitas das vezes em que isso acontece, os servidores
são transferidos para essas OSS e perdem... Sr. Presidente, o senhor pode
garantir o silêncio...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, peço às Sras. e aos
Srs. Deputados que mantenham o silêncio em respeito à nossa oradora na tribuna.
A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, Srs. Deputados. Deputado
Carlos Cezar, deputado Gil Diniz, Paulo Mansur, Jorge Wilson, nossa oradora
está pedindo silêncio da tribuna para poder...
A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Como eu estava dizendo, muitas
vezes esses servidores da Saúde são transferidos para as organizações sociais e
perdem o direito à contagem do tempo de serviço, perdem o direito ao prêmio
incentivo, perdem o direito ao prêmio produtividade médica, perdem o direito a
outras rubricas que são inseridas aí no tempo em que esse profissional da Saúde
acaba prestando os seus serviços para a Saúde do estado de São Paulo.
Nós estamos com
esse projeto de lei, o PLC nº 147, de 2023, e nós estamos corrigindo essa
injustiça que tem sido cometida ao longo de muitos anos aqui no estado de São
Paulo.
Quero
parabenizar o secretário do estado de Saúde, com certeza o doutor Eleuses
compreendeu essa demanda fundamental para que nós tenhamos aí, quanto à
transferência desses profissionais, que eles tenham os seus direitos
permanecendo nos seus salários e também a contagem do tempo de serviço.
Eu quero
parabenizar então os servidores que estão nessa luta, como disse o deputado
Marcolino, há muito tempo, e dizer para os meus companheiros do Hospital Nestor
Goulart Reis, de Américo Brasiliense, que a gente continua a luta, tentando
evitar que a OS assuma esse hospital.
De qualquer
forma, se, e na eventualidade de isso acontecer, pelo menos essa lei vai
salvaguardar um pouco desse problema que vocês vão enfrentar. De qualquer
forma, eu estou dividindo o meu tempo com a deputada Beth Sahão, então eu quero
chamar a deputada para terminar aí o tempo que nos cabe.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então,
para compartilhar o tempo de encaminhamento, com a palavra, a deputada Beth
Sahão.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, deputada Márcia Lia. Sr. Presidente, eu também
não poderia deixar de me manifestar diante desse projeto, já que a gente sabe
que, infelizmente, a Saúde, hoje, uma boa parte dela no estado, é tomada pelas
organizações sociais.
Nós, inclusive,
temos aqui, deputado Alex Madureira e eu, se não me engano, um conselho do qual
nós fazemos parte, para acompanhar o trabalho das Organizações Sociais de
Saúde.
A gente sabe
que essas Organizações Sociais de Saúde, quando chegam ao município, quando ganham
uma licitação, apropriam-se de todo o sistema de Saúde da cidade e desvalorizam
os servidores que são concursados, servidores públicos. Não só aqueles
servidores do estado que já prestavam o serviço para as prefeituras, mas também
das autarquias na cidade onde existem essas autarquias.
Então, um
projeto como esse repara, na verdade, uma grande injustiça em relação aos
servidores concursados, servidores públicos da Saúde dos municípios, que foi
esvaziada.
Há muito tempo
a Secretaria Estadual de Saúde transfere as suas responsabilidades para poder
executar um serviço de Saúde de qualidade no estado para organizações sociais,
e essas organizações sociais de Saúde, a gente sabe disso, nós já fizemos aqui
CPIs nesse sentido...
Infelizmente o
controle, deputado Marcolino, sobre essas organizações, V. Exa. sabe que é
muito deficiente. Na verdade, elas fazem aquilo que elas querem e apresentam,
muitas vezes, resultados pífios, deixando a população, que precisa tanto do
atendimento à saúde, muitas vezes sem estender e com um alcance muito pequeno
nesse atendimento.
O Datafolha, a
“Folha de S. Paulo” trouxe, neste último final de semana, uma pesquisa que
aponta que o principal problema do País, segundo a opinião pública, é
exatamente o atendimento à saúde, e o Governo do Estado há muitos anos já não
consegue atender essa demanda tão importante. Na verdade, é a principal demanda
da população do nosso país e da população paulista.
Portanto, em um
projeto como este, eu faço coro com a deputada Márcia Lia. Foi uma iniciativa até que bastante
interessante do secretário Eleuses Paiva, o qual a gente já recebeu aqui na
Comissão de Saúde por duas ocasiões, para que ele viesse prestar contas das
suas atividades, mas é muito pouco ainda diante daquilo que a Secretaria Estadual
da Saúde precisa.
Na verdade, a
Saúde no estado é que deveria ser dividida de uma forma tripartite, ou seja,
Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e governos municipais.
Acaba o Governo
do Estado tirando boa parte da sua responsabilidade nos repasses de recursos
para a Saúde, porque é muito fácil você ir a uma cidade, construir um hospital,
construir um ambulatório médico de especialidade, um AME, mas depois o problema
da Saúde está exatamente na manutenção.
A manutenção é
cara, e o governo estadual tem contribuído muito pouco nesse sentido. As
despesas da Saúde acabam ficando sob responsabilidade do Ministério da Saúde e
também das secretarias municipais de Saúde.
Portanto essa
iniciativa por parte da Secretaria Estadual é bem-vinda. Ela repara um atraso,
já com muito atraso, mas nunca é tarde para que de fato os servidores da Saúde
possam ser recompensados pelo seu esforço, pelo seu trabalho, pela sua
dedicação e, sobretudo, pela sua experiência.
E é tão
verdadeira essa experiência que as organizações sociais, quando entram para
prestar serviço em uma prefeitura, utilizam os servidores que já estão ali para
poder prestar serviço para elas, o que, na minha opinião, é absolutamente
inaceitável.
De qualquer
modo, o funcionamento tem sido assim, então isso é o mínimo que a gente espera
do governo. Portanto o nosso partido, toda a nossa bancada do Partido dos
Trabalhadores, votará favoravelmente a esse projeto, Sr. Presidente.
Muito obrigada.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Uma pequenina comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Tem dois minutos Vossa Excelência.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada.
Eu quero fazer coro com as duas falas que me antecederam - as três,
aliás -, sobre esse prêmio para os trabalhadores da Saúde e dizer o seguinte:
nós votamos favoravelmente porque a gente não rasga dinheiro e a gente sabe da
pauperização do funcionalismo público.
Mas há que se
pensar em uma política de valorização que incorpore prêmios, bônus,
gratificações como ter um salário base mais, como eu diria, mais atrativo, até
para ter mais profissionais cada vez mais qualificados, seja na Saúde, na Educação,
em todo o ramo do funcionalismo público. Não dá para a gente contar com o
dinheiro em um mês, mas não saber se no ano que vem vai ser de um jeito ou de
outro.
Então essa luta
é incansável. A gente sempre trabalha com a seguinte palavra de ordem, pela
incorporação dos bônus, gratificações, porque é incorporando que nós podemos
ter um salário-base que venha dar um poder de compra.
O poder de
compra nosso, deputado Marcolino, é um poder de compra que está difícil. Se
você pega o do professor, em 2010, era 59% acima do piso, hoje é abaixo. A
mesma coisa os profissionais da Saúde. Então, pensar, esta Casa pensar em um
plano de valorização dos servidores públicos.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
projeto, salvo emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem
favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
Em votação as emendas englobadamente,
com o parecer contrário. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem
contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Registro voto
favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o pedido de Vossa Excelência.
Item 3 - Discussão e votação do Projeto
de lei nº 1.559/2023, de autoria do Sr. Governador. Em discussão. Não havendo
oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto, salvo
emendas.
As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados
que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado. Em
votação as emendas com o parecer contrário. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Rejeitadas.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Registro voto
favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - As emendas da bancada PT/PCdoB/PV, está registrado o
pedido de Vossa Excelência.
Item 4 - Discussão e votação do Projeto
de lei nº 1.685/2023, de autoria da Mesa. Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão.
Em votação o projeto com parecer
favorável. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Desculpe, Ediane.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Ediane Maria.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL
- PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Gostaria de fazer uma fala
aqui. Inclusive, já está acabando, já está acabando. Vamos entrar de férias,
mas é importante.
Eu fiquei
pensando, na última sexta-feira, como que um deputado se presta ao serviço de
subir aqui no plenário para fazer uma fala horrorosa. Inclusive, usando uma
moção de repúdio que eu fiz e, reafirmo que fiz, até porque não sou eu,
deputado Lucas Bove, não sou eu: somos nós.
Nós,
brasileiros, paulistanos que repudiamos toda e qualquer moção feita para
colocar o ex-presidente, o qual vocês insistem tanto em chamar de presidente,
mas é ex-presidente - inclusive, na história, o único que não foi reeleito.
Então, importante colocar isso.
Não colocando o
seu olhar de apoiador, admirador, mas colocando a divergência política que é
necessária colocar nesta Casa. Então, não aceitarei, não tolerarei que o senhor
suba neste plenário para falar que toda e qualquer moção de repúdio que eu
indicar via mandato, que é um instrumento de trabalho desta Casa, que o senhor,
junto com outros deputados, irá enterrar de cabeça para baixo. É lastimável,
vergonhoso, até porque essas falas já mataram muita gente.
Então, eu quero
muito que o senhor se retrate, que o senhor entenda que eu continuarei, sim,
fazendo as minhas moções. Eu não falo por mim, falo pelas pessoas que me
elegeram, que me colocaram nesta Casa.
Eu não vou
aceitar ser colocada, como se as minhas moções de repúdio ao ex-presidente, que
queria, lá em São Bernardo do Campo, receber um... Como que fala mesmo? Acho
que o senhor pode falar até melhor. Como cidadão honorário são-bernardense. Ou
seja, ele nem sequer de lá é. É lastimável, vergonho que alguém faça uma moção
dessa.
Bom, está
colocado aqui o meu repúdio. Continuo falando que continuarei, sim, mandando as
minhas moções de repúdio assim que for necessário. Toda vez que vier alguma
moção de aplauso ou qualquer outra coisa direcionada para o Bolsonaro, vou,
sim, colocar moção de repúdio. Que o senhor já fique sabendo disso.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Lucas Bove.
Antes, porém, só fazer uma convocação
às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III,
alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco
uma reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação a
realizar-se hoje, cinco minutos após o encerramento da presente sessão, no
Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de oferecer a redação final ao
Projeto de lei Complementar nº 143, de 2023, de autoria do Sr. Governador.
Com a palavra, o deputado Lucas Bove
para uma comunicação.
O
SR. LUCAS BOVE - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Sou obrigado a vir a este microfone restabelecer a verdade
novamente. Só para primeiro, deixar claro que é habitual que se chame
ex-presidentes de “presidentes”, assim como chamamos o senador Suplicy de
“senador”. Quem inventa palavras é a esquerda. A gente não inventa palavra, a
gente não inventa expressão. Quem tem mania de mudar a língua portuguesa são
vocês.
Então, o
presidente Bolsonaro foi homenageado em São Bernardo do Campo, como é da função
do vereador Paulo Chuchu, que fez uma bela homenagem ao presidente Bolsonaro e
ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, que presta um excelente papel à
sociedade e ao povo paulista e é um dos deputados mais votados do país. Então,
a primeira colocação é essa.
E eu fico feliz
que a senhora assista aos meus discursos, ainda que com duas semanas de atraso,
porque essa fala tem duas semanas já. Mas tudo bem, vamos parar de votar aqui o
aumento de salário de professores, o orçamento do ano que vem, para discutir
algo de duas semanas atrás. Se a senhora quer fazer isso, não tem problema
nenhum.
Eu disse aqui
na tribuna que nós vamos reprovar essa moção, porque, caso a senhora não
conheça o procedimento aqui, ela passa nas comissões, e nós temos maioria na
comissão.
Por isso, eu
disse e reafirmo que a sua moção será reprovada, porque temos maioria. Apesar
do barulho da minoria, a maioria vence. Então, a sua moção será enterrada de
cabeça para baixo, sim, porque nós não aceitaremos uma moção de repúdio a um
vereador que fez uma homenagem que lhe compete, que faz parte do seu mandato.
Eu em momento algum disse que a senhora não
tinha o direito de fazer a moção de repúdio. A senhora tem todo o direito, pois
é regimental, assim como nós temos o direito de reprová-la, porque é
regimental, assim como eu tenho o direito de subir à tribuna e dizer que sou
contrário à sua moção de repúdio e que trabalharei contra ela. Isso faz parte
do jogo democrático. Se a senhora ficou brava porque estou exercendo a
democracia aqui dentro, o meu direito, eu sinto muito.
Sempre tratei a
senhora com respeito, não é nada pessoal, ao contrário de vocês, que têm coisas
pessoais em relação ao presidente Bolsonaro. Mas reafirmo aqui, respeitosamente
e com todas as letras: a sua moção será reprovada nesta Casa, pois somos a
maioria, com todo o respeito, Sra. Deputada.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Esgotado o
tempo da presente sessão, está encerrada a sessão.
*
* *
- Encerra-se a
sessão às 18 horas e 32 minutos.
*
* *