21 DE JUNHO DE 2023

64ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: RODRIGO MORAES, MAJOR MECCA, VITÃO DO CACHORRÃO e PAULO FIORILO

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - RODRIGO MORAES

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após o término desta sessão.

        

2 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - PRESIDENTE RODRIGO MORAES

Cumprimenta a primeira-dama de Araçariguama, Mirelle Trevisan, bem como outras autoridades do mesmo município e também de Iperó, presentes no plenário.

        

6 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

7 - PRESIDENTE RODRIGO MORAES

Parabeniza o deputado Eduardo Suplicy, pelo seu aniversário, na data de hoje.

        

8 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

9 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

        

11 - VITÃO DO CACHORRÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Comenta o pronunciamento do deputado Gil Diniz.

        

14 - GUILHERME CORTEZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - VITÃO DO CACHORRÃO

Assume a Presidência.

        

GRANDE EXPEDIENTE

16 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - PRESIDENTE VITÃO DO CACHORRÃO

Reitera cumprimentos a autoridades de São Roque, Araçariguama e Iperó, presentes no plenário.

        

18 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

19 - CAIO FRANÇA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

20 - RAFAEL SARAIVA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

21 - PAULO FIORILO

Assume a Presidência. Informa a presença do vereador Valtinho, de Iperó, no plenário.

        

22 - VITÃO DO CACHORRÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

23 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

24 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

25 - PRESIDENTE PAULO FIORILO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 22/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 30 minutos. Levanta a sessão.

        

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Rodrigo Moraes.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente.

Gostaria aqui de, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convocar V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou dez minutos após o término da presente sessão, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no § 3º do Art. 100 do Regimento Interno, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 18ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 22/06/2023.

 

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O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Vamos agora para a lista de oradores inscritos do Pequeno Expediente: primeiro orador, deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. Ausente. Deputado Itamar Borges. Ausente. Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.)

Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Reis. Concedida a palavra a V. Exa. pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Já fico aqui de prontidão.

Quero cumprimentar o deputado Rodrigo Moraes, que conduz os trabalhos na data de hoje; os funcionários desta Casa, os integrantes da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica; cumprimentar todos aqueles e aquelas que nos acompanham em suas residências ou nos seus afazeres pela Rede Alesp.

Sr. Presidente, é para eu pedir depois a suspensão dos trabalhos? Já peço, não é, porque hoje o quórum está baixo. Eu posso falar, deputado tem imunidade.

Eu quero repercutir aqui o que aconteceu ontem, no Conselho de Ética. No dia 30 do mês de maio, eu fiz uma exposição aqui, Sr. Presidente Rodrigo Moraes, eu fiz uma exposição sobre uma matéria que saiu no “Intercept”.

Hoje eu não vou reproduzi-la novamente, mas em uma outra reunião, com certeza. Era uma matéria que falava dos fardados consagrados.

O que são esses fardados consagrados? São aqueles policiais militares que são conduzidos à sede da Igreja Universal. Lá é feita uma revista. Eu, na minha época, a gente fazia revista no quartel, a gente ficava em forma, no sol quente, e o oficial passava em revista a tropa. Olhava o corte de cabelo, se estava barbeado, se a farda estava passada, se a bota estava engraxada, então era assim que funcionava.

Agora fizeram uma parceria e eles vão para os templos, para o templo religioso. E eu passei essa matéria aqui porque eu achei que dentro do Estado laico não pode ter essa parceria com a igreja, usar os próprios da igreja para poder fazer esse tipo de trabalho.

Isso não cabe ao Estado, principalmente à polícia fardada, com arma, porque tudo aquilo é pago com os nossos impostos. Existe até, Sr. Presidente, o tal do peculato uso. Se eu usar indevidamente aquilo que é do Estado, eu posso inclusive ser processado por peculato uso.

Deputado integrante da igreja não gostou, veio aqui e me chamou de mentiroso. “Não, você é mentiroso”. Obviamente, aqui é uma Casa de Leis, a gente tem que ter uma boa convivência. O único instrumento que eu tenho é fazer uma representação no Conselho de Ética e assim eu o fiz.

Ontem foi o julgamento. Por sete a um, não se admitiu essa representação. Votaram contra, ou pela não admissão, o deputado Barros Munhoz, o deputado Carlos Cezar, a deputada Marta Costa, o deputado Eduardo Nóbrega, o deputado Olim, o deputado Rui Alves e a deputada Solange Freitas. Somente a deputada Ediane Maria votou pela admissão dessa representação.

Isso cria um precedente. Quando se chama um parlamentar por conta de uma matéria e por conta do direito que ele tem de fiscalizar, de fazer o papel fiscalizador do Estado, porque a polícia é do Estado, é papel do deputado fiscalizar se a polícia está sendo bem empregada, se ela está sendo empregada na forma legal, na forma da lei, por isso que eu falei.

Mas isso não quer dizer que eu seja mentiroso. “A matéria é mentirosa”. Então tem que representar, tem que processar o jornalista. Por isso que eu não admiti, não aceitei de forma alguma.

Inclusive, o deputado Paulo Fiorilo pediu para que se tirasse das notas taquigráficas. É interessante que ele pede para tirar das notas taquigráficas. A Taquigrafia tirou, mas a Taquigrafia manteve o pedido dele. No pedido dele, diz “peço para que tirem das notas taquigráficas o título de mentiroso que foi...”

Eu até estou com um texto aqui, para não fazer injustiça. Não posso fazer injustiça. Então o deputado diz o seguinte: “Possivelmente, no calor do pronunciamento, o deputado... Reis de mentiroso. Eu sugiro ao Sr. Presidente, se concordar, que retire das notas taquigráficas.”

Bom, realmente foi retirada a fala do deputado, mas o pedido continua. Ou seja, isso continua no Diário Oficial e continua no programa da Rede Alesp. Qualquer um que acessar pela Rede Alesp o dia vai ver o deputado pronunciando dessa forma.

Então, quando se cria um precedente, quer dizer o seguinte, que possivelmente poderemos chamar a todos os deputados de mentirosos que não há problema, desde que seja feito na tribuna não há problema, porque se criou um precedente. Em que pese o deputado tenha dito que não, que pela lei, inclusive uma lei que foi sancionada pela Dilma, 13.019, a igreja pode sim receber os policiais.

Mas essa lei, ela disciplina o regime jurídico da administração para fazer parcerias. E ela diz, lá no Art. 42, e eu quero depois repercutir essa lei aqui, a hora que estiver no Grande Expediente, que tiver um tempo maior, que tem que haver uma formalização. Não é só emprestar a igreja.

A lei proíbe que a Polícia, que o Estado, use a igreja. A Constituição é taxativa. É vedado, é proibido. Então, se está usando, porque a lei diz que pode haver a parceria, essa parceria tem regras, e ela tem que ser formalizada. Se não há essa formalização, ela continua proibida.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Continuando a lista de oradores inscritos, convido a deputada Leci Brandão. Ausente. Deputado Carlos Giannazi. Ausente. Deputado Major Mecca. Deputado Major Mecca tem a palavra pelo tempo regimental, por cinco minutos.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, os nossos irmãos policiais militares e civis que estão neste plenário nos acompanhando, a todos que nos acompanham pela TV Alesp e pelas redes sociais.

Hoje pela manhã, nós acompanhamos os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Epidemia de Crack. Deputado Gil Diniz, o senhor acompanhou. Os senhores acompanharam a segunda audiência pública que nós promovemos, na semana passada, ouvindo moradores e comerciantes da área central, que sofrem com o problema da Cracolândia.

E para que existe uma CPI, uma comissão parlamentar de inquérito? Uma CPI é uma ferramenta para se investigar e identificar autores responsáveis por esse resultado.

Quais foram os governadores, quais foram os prefeitos, responsáveis, hoje e durante anos, que nós acompanhamos a formação de uma aglomeração que é chamada de “Fluxo”, de dependentes químicos?

Instalados no Centro de São Paulo, onde atuam traficantes de drogas. Onde acontece o crime de formação de quadrilha, o crime de corrupção de menores. Está lá agora, instalado, no Centro da cidade de São Paulo.

Quem são os responsáveis? Quais foram as autoridades que, através de ação ou de omissão, permitiram que aquilo se instalasse no Centro da cidade de São Paulo?

Hoje a CPI recebeu o vice-governador, Felicio Ramuth, a quem eu agradeci. Porque o vice-governador realmente se empenhou. Não foi somente um compromisso de campanha.

Ele e a equipe dele está empenhada na busca da solução desses problemas. Eu digo “desses problemas” porque nós informamos o vice-governador. E hoje ele deu uma resposta, quando ele fez uso da palavra nessa CPI, em relação a muitos moradores.

Uma dessas famílias é uma família que tem um filho autista, que tem dificuldade de se deslocar, de sair do prédio, tanto para ir à escola quanto para ir às consultas. Porque o veículo que vai à residência dele para fazer esse transporte não consegue entrar na rua, porque é justamente a rua onde está instalado o fluxo, com milhares de dependentes químicos, traficantes, criminosos, que se abrigam ali, com armas de fogo, até fuzil. Isso testemunhado por essas famílias.

E o crime está lá, acontecendo continuamente. Nós precisamos, esta Casa tem a responsabilidade de identificar e apresentar um relatório ao Ministério Público, para que haja denúncia criminal de quem agiu ou se omitiu para que esse fato assolasse e assole, hoje, os cidadãos de bem da cidade de São Paulo e do estado de São Paulo.

Hoje nós temos uma preocupação em relação a como é tratada essa pauta, porque, Sr. Presidente, nós temos a informação, deputado Reis, de que prefeituras pegam veículos, colocam dependentes químicos, tiram de uma cidade, desembarcam em outra cidade; tiram de cidades do interior, do litoral, e trazem para o centro de São Paulo.

Dependentes químicos são tirados do centro de São Paulo, levados para outros bairros distantes, para outras cidades vizinhas; e isso não é a maneira de se resolver o problema.

Quando nós cobramos o Ministério Público e o Poder Judiciário, envolvidos nessa demanda, é porque, quando o policial se depara com uma cena dessa, com uma prática de crime, o estado tem que direcionar todas as partes envolvidas: o viciado tem que ir para um tratamento químico, tratamento numa clínica adequada, e lá ele tem que permanecer; o criminoso tem que ir para a cadeia.

Só que não adianta ser solto na audiência de custódia e voltar ao centro para continuar traficando, roubando e praticando outros delitos. Ou seja, todas as partes têm que ter o devido encaminhamento, para que os moradores, os trabalhadores tenham liberdade. Porque hoje eles têm o cerceamento da sua liberdade.

Nós acompanharemos os trabalhos dessa Comissão Parlamentar de Inquérito, para que realmente seja uma ferramenta de responsabilização, e não única e exclusivamente um palanque político onde o resultado é definitivamente zero, como sempre ocorreu em todas as CPIs que aconteceram nesta Casa. Ninguém foi responsabilizado por nada, ninguém respondeu por nada; e o povo é quem paga a conta.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Continuando aqui os inscritos no Pequeno Expediente, deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)

Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.)

Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Fabiana Barroso. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.)

Continuando pela Lista Suplementar, deputado Luiz Claudio Marcolino. Ausente. Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Com a palavra o deputado Carlos Giannazi por cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, quero aqui fazer um pronunciamento, Sr. Presidente, endereçado ao prefeito do município de Jundiaí, o prefeito Luiz Fernando, que inclusive foi deputado estadual aqui na Assembleia Legislativa.

Quero fazer um apelo a ele para que reconheça o direito à aposentadoria especial das diretoras e diretores da rede municipal, que é uma garantia, Sr. Presidente. Já houve inclusive um debate e uma Adin do Supremo Tribunal Federal, e para nós não há dúvida alguma de que quem assume o cargo de diretor ou diretora de escola faz parte da carreira do Magistério. Isso é muito claro, não há dúvidas em relação a isso.

A pessoa que acessa esse cargo, normalmente pelo concurso público, veio do Magistério, faz parte da carreira do Magistério, e não de um cargo administrativo. Tanto é que uma das exigências para que um professor possa assumir o cargo de diretor na rede pública de ensino é que ele tenha tempo de docência, tempo na sala de aula. É muito simples assim.

Então, logo, esse diretor, essa diretora faz parte da carreira do Magistério, como o coordenador pedagógico também faz parte da carreira do Magistério, o supervisor de ensino faz parte da carreira do Magistério.

Isso é o que determina a legislação. Os gestores, os diretores e as diretoras, estão em luta em Jundiaí. Tive uma reunião recente com um grupo muito grande, inclusive, de diretores e diretoras, um grupo bem mobilizado, fazendo essa reivindicação.

Existe, me parece, um óbice, um artigo em uma legislação que é totalmente inconstitucional, que vai contra esse princípio, essa lógica que eu apresentei agora, mas ele pode ser alterado.

O prefeito de Jundiaí pode alterar essa legislação e colocá-la em consonância com o que determina a legislação maior, reconhecendo que esses servidores são parte, são integrantes da carreira do Magistério.

Cito o exemplo aqui da cidade de São Paulo. O município de São Paulo reconhece, tem esse entendimento. A cidade de São Paulo, que tem a maior rede municipal do Brasil, talvez da América Latina, reconhece.

Após a decisão do Supremo, a Prefeitura de São Paulo reconheceu e reconhece esse direito à aposentadoria especial dos diretores e das diretoras. Então fica aqui o nosso apelo ao prefeito de Jundiaí, aos vereadores de Jundiaí, para que façam gestões no sentido de reconhecer esse direito.

Aproveito também para fazer um apelo à Prefeitura no sentido de que faça o enquadramento das ADIs, das auxiliares de Educação Infantil, na carreira do Magistério, porque elas têm a função docente.

Elas exercem essa função docente, elas são aprovadas em concurso público e elas têm formação na área. Todos os requisitos estão dados, todas as condições objetivas para que elas sejam enquadradas na carreira do Magistério, porque elas são responsáveis pela primeiríssima infância.

Quando se fala em primeiríssima infância - e muitos falam disso, prefeitos, vereadores, governadores -, tem que investir em quem cuida da primeiríssima infância, e quem cuida e quem fica o dia todo com a criança é a educadora de Educação infantil, e ela exerce também a função docente. Logo ela é professora, ela tem que ter direito ao Piso Nacional salarial, tem que ter direito à evolução na carreira, tem que ter direito à aposentadoria especial.

Então, fica aqui também esse apelo, e manifesto meu total apoio à luta das diretoras e diretores, como também das ADIs de Jundiaí. Nós tivemos essa reunião que eu citei, juntamente com a deputada federal Luciene Cavalcante, que é também professora, supervisora de ensino aqui da Capital, que tem esse mesmo entendimento, e está nessa luta junto com as educadoras e as gestoras, diretoras e diretores de escolas de Jundiaí.

Então, fica aqui o nosso apelo ao prefeito, para que ele faça essas duas coisas, reconsidere a aposentadoria, reconheça a aposentadoria especial, como São Paulo já fez, a Capital fez isso, dos diretores e diretoras, e faça o enquadramento já imediato também, encaminhando o projeto de lei logicamente para a Câmara Municipal de Jundiaí, enquadrando todas as ADIs, educadoras de Educação infantil, na carreira do Magistério.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Antes de dar sequência aos oradores inscritos, quero chamar atenção aqui dos nobres deputados, que em companhia do nosso deputado, querido Vitão do Cachorrão, estamos recebendo aqui a primeira dama de Araçariguama, a Mirelle Trevisan.

Queria até que você estendesse, Mirelle, um abraço ao nosso querido prefeito Rodrigo, e também os vereadores aqui, o Celso do Trem, o Elton da Van, que são lá de Araçariguama, e também aqui os vereadores de Iperó, o Nino Dan e o Valtinho. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Dando continuidade ao Pequeno Expediente, aos oradores inscritos, com a palavra o nobre deputado Eduardo Suplicy pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Uma breve comunicação antes do orador usar a palavra na tribuna.

 

O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Pela ordem, deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só para lembrar o plenário aqui que hoje o deputado, nosso sempre senador Eduardo Suplicy, completa 82 anos de vida.

 

O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Parabéns.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - É um atleta aqui neste Parlamento. (Palmas.) Nós falávamos aqui, agora há pouco, que, muito embora em nosso modo de ver o mundo estejamos em lados opostos, sempre tendo o devido respeito aqui pela trajetória, pela história do deputado Eduardo Suplicy.

Então, venho aqui a este microfone homenageá-lo, desejar muito mais anos de vida, e que Deus nos dê a graça de chegar aí aos 82 anos com essa saúde, com essa longevidade, com essa alegria que ele sempre tem aqui no Plenário, presidente.

Só essas palavras aqui.

Mais uma vez, parabéns, felicidades ao deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Com certeza. Parabenizar também o nobre deputado Eduardo Suplicy. Que possamos - né, Gil? - ter forças para chegar também aos 82 anos. Eu estou com 38 ainda, a caminhada é longa. Parabéns ao senhor, e muita saúde. Nosso sempre senador e deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Deputado Giannazi com a palavra.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Quero aqui saudar o aniversário, mais um aniversário do deputado Suplicy, que, na verdade, já foi vereador, deputado. Começou a carreira dele aqui na Assembleia Legislativa, como deputado estadual ainda, na época da ditadura militar.

Foi senador da República, foi deputado federal, foi vereador, foi presidente da Câmara Municipal. Me lembro, na gestão da Erundina, que estava agora no telefone falando com Vossa Excelência.

Dizer que o deputado Suplicy é muito mais que um deputado. Ele é uma instituição, ele é uma entidade, ele está acima de tudo isso. Ele é uma reserva ética da política brasileira.

Parabéns, deputado Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muitíssimo obrigado, deputado Gil, deputado Giannazi, Sr. Presidente, muitíssimo obrigado por suas palavras, e hoje quero aqui lhes falar a respeito, ainda mais por ocasião desse meu aniversário, de como a renda básica universal está ao nosso alcance.

Um montante destinado a subsídios fiscais que somaram 581 bilhões de reais em 2022 pode ser direcionado para o programa. Eu encaminhei um artigo para o “Brasil de Fato”, publicado ontem e que contém o seguinte conteúdo:

Recentemente, um grupo considerável de personalidades, incluindo empresários, líderes políticos e cientistas sociais, sob a coordenação de Geyze Diniz, esposa de Abílio Diniz, lançou em São Paulo o 'Pacto contra a Fome', com a meta de zerar o número de brasileiros passando fome. O encontro reuniu o ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.”

“As vantagens da Renda Básica de Cidadania serão perceptíveis: a redução da burocracia; a eliminação de qualquer sentimento de vergonha ou estigma e a elevação do grau de liberdade e dignidade.

Toda a sociedade ganhará com o benefício econômico a partir da ampliação do mercado de consumo, aquecimento da economia com efeito multiplicador sobre o PIB, maior arrecadação de impostos, geração de oportunidades de trabalho e desenvolvimento para valer para o povo.

Segundo a pesquisa ‘Nós e a Desigualdade’, realizada pela Oxfam, em parceria com o Datafolha em 2022, 96% dos brasileiros entendem que o país deve garantir os recursos necessários para as transferências de renda.

Há forte apoio, na casa de 56%, ao aumento da tributação em geral para se financiar políticas sociais. A pesquisa registra, também, um apoio massivo de 85% no aumento de impostos aos mais ricos desde que aplicados nas áreas sociais.

Relevante informação foi dada pelo governo federal: os subsídios fiscais, em 2022, último ano do governo Bolsonaro, somaram 581,5 bilhões de reais, correspondendo a 5,86% do PIB, o maior patamar desde 2016.

Isto aconteceu embora, em seu discurso de posse, o ministro da Economia Paulo Guedes, tivesse feito severas críticas aos ‘piratas privados e burocratas corruptos’ que colaboravam para a criação dos incentivos.

Em 2023, segundo projeção da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), o governo federal abrirá mão de arrecadar R$ 641 bilhões em impostos.

São dados importantes para pensar na viabilidade de avançamos no Brasil em direção à universalização e incondicionalidade da Renda Básica de Cidadania, como prevê a Lei 10.835/04.”

“Um total de R$ 816 bilhões. Se dividirmos esta soma pelos 208 milhões de brasileiros e brasileiras, teremos R$ 3.923,07 per capita. Numa família de quatro pessoas, seria um total de R$ 15.692,00 por ano ou R$ 1.307,69 por mês, um valor próximo ao salário mínimo vigente, de mil e 320 reais.”

Interessante observar que hoje a maior parte dos incentivos fiscais é destinada a pessoas de maior renda, enquanto as transferências sociais são para os mais pobres. Assim, os incentivos fiscais e creditícios podem ser considerados transferências de renda para quem detém maior riqueza, enquanto o Benefício de Prestação Continuada, o Seguro-Desemprego, o Salário-Família e o Bolsa Família atendem aos vulneráveis. 

Lembro que, em 2016, em visita à Organização Mundial do Comércio em Genebra, perguntada se havia cometido algum erro em seu governo, a presidenta Dilma Rousseff respondeu que sim: pensando que os empresários utilizariam os subsídios para realizarem mais investimentos e criarem empregos, eles acabaram absorvendo-os na forma de lucros.

É da maior importância que, neste momento em que o Congresso Nacional examina os caminhos de uma reforma tributária, possamos considerar, efetivamente, o caminho da concretização do disposto no § 1º, do Art. 1º, da nova Lei Federal nº 14.061, do novo Programa Bolsa Família, sancionada pelo presidente Lula, em 19 de junho de 2023.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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“O Programa Bolsa Família constitui etapa do processo gradual e progressivo de implementação da universalização da renda básica de cidadania, na forma estabelecida no parágrafo único do Art. 6º da Constituição e no caput e no § 1º, do Art. 1º, da Lei nº 10.835, de 08 de janeiro de 2004.” Vale ressaltar que essa previsão está no texto original da Medida Provisória nº 1.164, de 2023, o que significa que já se encontra em aplicação tal determinação.

Vale, por fim, citar Celso Furtado em sua mensagem ao presidente Lula, no dia da sanção da Lei nº 10.835: “O Brasil, um dos últimos países a abolir o trabalho escravo, será referido como o primeiro que institui um sistema de solidariedade tão abrangente e, ademais, aprovado pelos representantes de seu povo.” Assinalo que a Lei da Renda Básica de Cidadania foi aprovada por todos os partidos no Congresso Nacional em 2002 e 2003.

Concluo, Sr. Presidente, convidando todos os amigos, as amigas e, sobretudo, aqueles que querem tanto que a Renda Básica de Cidadania seja logo instituída no Brasil, para uma comemoração dos meus 82 anos, que acontecerá lá na praça Dom José Gaspar, na Cachaçaria do Rancho, a partir do meio-dia e pouco, até o final da tarde, para depois irmos ao Al Janiah, um restaurante palestino tão significativo no Bixiga, para assistir ao filme “ Quatro dias com Eduardo”.

Em seguida, um show do meu filho João, lá na Avenida Rui Barbosa.

Um abraço, muito obrigado a todos, inclusive pelos cumprimentos e aplausos que todos aqui dedicaram a mim.

Felicidades.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Eduardo Suplicy, nossas felicitações pelo seu aniversário.

Dando sequência à relação de oradores inscritos nesse Pequeno Expediente, na Lista Suplementar, chamo o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão, tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente; boa tarde a todos da TV Alesp, a todos os deputados e deputadas, ao meu amigo Gil Diniz ali, carteiro, gente humilde... É um prazer trabalhar com você, viu, Gil Diniz?

Quero agradecer a Deus por mais um dia de vida e cumprimentar toda estrutura da Casa, pessoal da câmera, fotógrafo, e todas as vezes eu cumprimento aqui também - e não esqueço - o pessoal da limpeza, Gil Diniz, o pessoal que limpa o banheiro, que limpa os gabinetes, que sejam todos cumprimentados. Vamos bater palmas para o pessoal da limpeza, hoje, na Casa, por favor. (Palmas.)

Quero também, antes da minha fala, eu sei que é pouco tempo, a minha alegria de receber aqui Araçariguama e também o município de Iperó, com muitas demandas. A importância de eles virem à nossa sala, ao nosso gabinete!

Eu fui até Araçariguama, até Iperó, mas não posso deixar de cumprimentar, no dia de seu aniversário, com mais de 80 anos de idade, com muita saúde que Deus deu, o aniversário do Suplicy.

Que Deus continue abençoando a vida do Suplicy. É um prazer trabalhar com V. Exa., Suplicy. Muito obrigado por fazer parte da Alesp e ter a história marcada aqui em São Paulo, em todo o Estado. Para nós é uma honra.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Muito obrigado e a minha saudação também aos amigos de Iperó e a todos os seus amigos aqui presentes.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - É isso aí. O Suplicy também merece palmas. (Palmas.)

Sr. Presidente, com muita alegria, quero aqui cumprimentar e ser breve, porque o tempo é curto, mas não posso deixar de agradecer ao prefeito de Araçariguama, o Rodrigo, que me recebeu de braços abertos junto com a primeira-dama, do Fundo Social. Eu fui àquela cidade, fiquei apaixonado e eles vieram aqui. É por isso que atendo com muito amor e gosto de ir à rua, não gosto de ficar no ar condicionado, desde o tempo em que era vereador.

O Celso do Trem tem um projeto para colocar uma estação em Araçariguama, um ofício, que vai ter a ligação... Creio que a gente vai aprovar esse projeto do governador, de Sorocaba a São Paulo, e Araçariguama está no meio, está entre esse projeto. É um sonho dele, antes de ele ser vereador. Deus coloca a gente lá para fazer grandes coisas.

O vereador Valtinho também, de Iperó, e também o Helton da Van, com muitos pedidos para a Saúde, para patrolamento na área rural, o programa de governo “Melhor Via”, para melhorar as estradas rurais. Muita gente sofrendo, às vezes não consegue ir à escola, não consegue pegar uma ambulância e ir a uma consulta.

Então, Araçariguama precisa muito de fresa, de brita, e vou até Brasília para buscar recursos para Araçariguama, a pedido dos vereadores. Já tenho muitas indicações.

Também a vereadora Lili Marques. Ela não pôde vir por conta de um compromisso, mas ela fez um ofício que está nas minhas mãos. Quero agradecer a vereadora Lili Marques, solicitando um veículo para ronda escolar. Ontem tinham desaparecido duas adolescentes de Araçariguama e a Lili ficou junto lá, militando, até achar as adolescentes.

Então, a importância da Câmara de Araçariguama, com muitos pedidos, da primeira-dama, do Fundo Social, que também já pediu. Vou fazer um pedido para o estado, de cobertores, porque eles pensam no próximo. Então, em Araçariguama, a importância de todos os vereadores! Repito de novo: a Lili Marques, o Celso do Trem e também o Helton da Van, junto com a primeira-dama.

E também não posso deixar de falar do Nino Dan, que é de Iperó. Quero que o Nino levante aí, por favor. Junto com o vereador Nino Dan, trabalhando sempre pelo povo, o Nino do Povo, e também o vereador Valtinho, de Iperó, que está aqui e trouxe uma demanda muito importante, que é na minha região.

Ele está aqui, ele fez até aqui, para a gente mandar para o DER, para a Artesp, uma rotatória ali, que tem na entrada, na saída, quando você chega ali na entrada do Parque São Bento, da Cruz de Ferro, o que acontece? Tem um bairro, um conjunto habitacional, presidente, em Sorocaba, que é o Carandá e Altos de Ipanema. Moram 40 mil pessoas. Tem mais de cinco mil apartamentos.

O pessoal que sai da cidade de Iperó, que é do Valtinho, para essa estrada vicinal, trava ali, ficam quilômetros de fila, que passa a ponte do Rio Sorocaba. Então, a gente precisa, estamos tentando uma reunião na Artesp, no DER, mas ficam adiando essa reunião. Foi para o dia 11, foi duas vezes adiada essa reunião.

Inclusive, tem outras também, do Genebra, de Sorocaba. É legal que está duplicando, o governo está fazendo esse trabalho. Quero dar os parabéns para o governador, mas não podemos só olhar no Google e fechar a entrada dos bairros.

Então, a gente está pedindo um retorno no quilômetro 83,5, através do vereador Simoa, de Sorocaba, e essa demanda também de Iperó. A gente tem que ver com atenção e atender. Ali na rotatória, trava. Juntam-se as cidades de Iperó, Sorocaba, os moradores que vão para Porto Feliz, para os conjuntos habitacionais, muitos condomínios.

Então precisa de redutor de velocidade e sinalização. E para encerrar, eu quero agradecer aqui, eu só vou falar aqui a quilometragem. Só um tempinho aqui, presidente. Eu peço a compreensão do Celso do Trem. O Excelentíssimo faz esse pedido e Araçariguama fica assim no quilômetro 50 da Castelo aqui. Fica a 30 minutos do centro de São Paulo e a 40 aqui de Sorocaba, entre São Paulo e Sorocaba.

Então solicita urgente uma estação ferroviária. Quero agradecer à primeira-dama, quero agradecer novamente aos vereadores, ao Elton da Van, e pode contar com o deputado Vitão do Cachorrão e com os colegas deputados aqui também.

Que Deus abençoe a todos.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Obrigado, deputado Vitão do Cachorrão. O senhor tem nosso apoio nessa demanda, bem como a população de Araçariguama, de Iperó, aqui representados. Sejam sempre muito bem-vindos a nossa Casa.

Dando sequência à lista de oradores inscritos, deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, V. Exa. tem cinco minutos regimentais para uso da tribuna.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, nobre deputado Major Mecca. Cumprimento os deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, cumprimento os nossos assessores, nossos policiais militares e civis, público que nos assiste pela Rede Alesp.

Mais uma vez, presidente, cumprimentar, saudar aqui o nobre deputado Eduardo Suplicy pelo seu aniversário. Felicidades, Deus lhe abençoe e proteja hoje e sempre, deputado Eduardo Suplicy.

Cumprimentar aqui os amigos do nosso Vitão do Cachorrão, o pessoal de Iperó, de Araçariguama. Conte conosco também, Vitão. Essa demanda também é nossa. Você falou aqui do pessoal da limpeza, a minha mãe sempre foi diarista, faxineira também. Honro cada calo na mão da minha mãe, porque foi com muito trabalho ali, limpando muito banheiro, limpando muita privada, que ela nos sustentou, a mim e meu irmão.

Fui carteiro também, tenho muito orgulho. É meu apelido. A minha profissão é o meu apelido; o Carteiro Reaça acabou ficando marcado aí. Então tenho muito orgulho dessa história e dessa trajetória como V. Exa. também tem e muito nos honra aqui com a sua presença e com este mandato aqui, trabalhar ao seu lado no Parlamento paulista.

Presidente, subo aqui a esta tribuna para prestar minha solidariedade, a minha condolência à família de Karoline Verri Alves, 17 anos, e de Luan Augusto da Silva, 16 anos, estudantes em Cambé, interior do Paraná, que foram brutalmente assassinados, presidente, em sala de aula.

Esse casal de adolescentes, Karoline e Luan, repito, 17 e 16 anos, eram jovens com um futuro promissor pela frente. Karoline e Luan eram muito ativos ali na igreja onde professavam a sua fé; são católicos assim como eu. Eles serviam, deputado Major Mecca, a Igreja Católica; a Karoline já foi coroinha. Essas imagens aqui que eu passo no plenário foi do último dia de Corpus Christi, recente.

Ela, sua família, seus pais, seu irmão, o namorado também, o Luan, uma das vítimas, na igreja. Eles participavam do grupo de jovens na igreja. Há relatos que no último domingo, véspera desse atentado brutal contra a vida de Karoline e de Luan, ela estava presente na Santa Missa, se confessou, comungou, e o Luan sempre lhe acompanhando.

E eu trago, presidente, a minha solidariedade, a minha condolência, aos familiares e amigos desse casal de jovens, deputado Eduardo Suplicy, porque são jovens que são exemplo para outros jovens, jovens que tinham um ideal, que carregavam consigo virtudes, sonhos, sonhos de uma vida melhor, de constituir uma família, de sempre louvar e adorar a Deus, em todas as circunstâncias. E quando eu penso nesse ataque brutal, só me vem à mente talvez um martírio. Nós não sabemos a motivação desse crime.

Mas esse casal brutalmente assassinado ali em sala de aula, dois tiros praticamente, tenho certeza, é minha convicção que um, ao ver o outro ali atingido, correu para lhe prestar socorro. Talvez tenha corrido para proteger e defender o outro e foi alvejado também. Não se furtou ali, não tentou apenas proteger a sua vida.

A palavra nos ensina que prova de amor maior não há do que dar a vida pelo seu próximo. Estes dois jovens aqui são motivo dessa tristeza, nesse dia de tristeza. Luan estava internado, faleceu na madrugada de ontem.

O sangue desses jovens são sementes para outros jovens, porque dentro do coração desses jovens eles carregavam Cristo, eles carregavam, como eu disse, virtudes aqui tão necessárias nesse momento histórico que nós vivemos.

Meninos que tinham em sua família a base para construir essa sociedade que almejamos, que queremos. Vidas ceifadas, mas que ficam de exemplo para nós, que, no meio da atribulação, há uma vida eterna.

É isso que eu acredito, presidente. É isso que eles acreditavam. Foi nessa promessa que eles acreditaram. Hoje peço a Deus nas minhas orações que os receba na vida eterna.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Nosso apoio ao deputado Gil Diniz. Pedimos a Deus que acolha esses nossos irmãos, que conforte o coração dos familiares, dos amigos.

Eu sou membro de uma frente parlamentar presidida pelo deputado Capitão Telhada, onde tratamos do tema segurança escolar. O nosso propósito é contribuir com políticas públicas que protejam os professores e alunos em sala de aula.

Dando sequência na relação de oradores inscritos, deputado Guilherme Cortez. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, boa tarde a todos e a todas. Deputado Suplicy, que hoje completa 82 anos, e que eu quero começar esta fala parabenizando o Suplicy. Conviver com V. Exa. aqui na Assembleia tem sido uma das experiências mais gratificantes para mim, como um jovem deputado que sempre acompanhou a sua trajetória como um exemplo de honestidade e de combatividade.

Então, desejo que esses sejam os primeiros 82 anos, porque você ainda tem que lutar muito ao nosso lado aqui na Assembleia. Fico muito feliz, quero te dar, desejar todo o carinho e muita felicidade nessa data tão especial, Suplicy.

Quero dizer que a gente está realizando ao longo desta semana aqui na Assembleia um seminário muito importante. Dez anos atrás, o mês de junho de 2013, foi um mês emblemático para a história do Brasil e foi um mês emblemático para a minha formação política pessoal.

Dez anos atrás eu tinha apenas 15 anos, estava no primeiro ano do ensino médio, gostava muito de política, mas junho de 2013 foi um marco na minha trajetória, na minha conscientização política, porque foi a primeira vez, presidente, que eu participei de uma manifestação de rua, que eu vi uma avenida como a Avenida Paulista lotada de pessoas.

E foi a primeira vez que eu aprendi uma lição, que me acompanhou durante a vida inteira: Quando as pessoas se mobilizam, elas se colocam em movimento, elas ocupam as ruas, elas conseguem mudar a nossa realidade.

Em junho de 2013, as manifestações, as jornadas, que sempre aconteciam para questionar os aumentos da tarifa do transporte público, tomaram uma proporção gigantesca e entraram para a história como uma das maiores ondas de mobilização popular da história do Brasil, que passaram para a história com o nome de Jornadas de Junho de 2013.

Junho foi gigante, foi contraditório, foi disputado até o final pela mídia, pela direita, por vários setores que não tinham nada a ver com as pautas que moveram junho - a luta pelo passe livre, a luta pelo direito à cidade, a luta por serviços públicos de qualidade. O questionamento a essa nova República, que foi fundada sem passar a limpo as dívidas da ditadura militar.

Junho tem muito a ser discutido, tem muito a ser interpretado. Mas, dez anos depois, eu acho muito importante a gente olhar para aquelas milhões de pessoas que foram para a rua em junho de 2013 para lutar contra o aumento da passagem, para lutar por tarifa zero.

Para lutar contra uma vida cada vez mais precária de toda uma nova geração de ativistas, que se chocava com a expectativa do que diziam para a gente - que seria a nossa vida, a nossa condição de acessar o mercado de trabalho, acessar a universidade - com a realidade que a gente enfrentava de absoluta ausência de serviços públicos de qualidade acessíveis para toda a população.

Acho que junho tem muito a ser interpretado e tem muito a ser discutido, inclusive, as suas próprias limitações, mas deixou um legado muito importante. O principal legado de junho de 2013, na minha opinião, foi ter despertado toda uma nova geração de ativistas da qual eu, humildemente, me incluo.

E por ter dado uma lição para toda essa nova geração de que a mobilização popular consegue conquistar vitórias, consegue mudar a nossa vida, por isso ao longo dessa semana a gente está realizando aqui na Assembleia um seminário, junto com o mandato da Bancada Feminista do PSOL, para interpretar essa década após junho de 2013, o seu legado, as suas contradições e a sua contribuição.

Então quero fazer o convite para todo mundo que puder, até quinta-feira a gente vai realizar esse seminário aqui na Assembleia, que tem muito a nos ensinar sobre os dias de hoje, sobre o que veio depois de junho, mas também nos preparar para os desafios que a gente vai enfrentar no futuro.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Vitão do Cachorrão.

 

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Nesse tempo que me falta, presidente, eu quero falar de dois temas brevemente. Primeiro, eu não sou membro da Comissão de Educação da Assembleia. Eu não sou membro titular dessa comissão, mas como é direito de qualquer deputado, ontem eu tive muito interesse em participar da prestação de contas do secretário de Educação, Renato Feder, porque Educação é um tema central no estado de São Paulo.

Boa parte do que a gente discutiu ao longo desse último mês foi em relação à situação das nossas escolas, principalmente a onda de insegurança que se instalou contra a educação básica, a educação pública, e por isso achei muito proveitoso que o secretário de Educação viesse à Assembleia Legislativa para prestar contas da sua gestão e para também ouvir os deputados, ouvir a população que estava presente.

Qual não foi a minha surpresa, presidente? Quando o secretário de Educação Renato Feder ficou apenas para ouvir quatro deputados durante a sua prestação de contas. Não ouviu nem todos os membros que eram da comissão, quem dirá os deputados que lá não estavam e quem dirá os movimentos sociais, o movimento sindical, as entidades estudantis, as entidades dos professores que vieram.

Então, que prestação de contas é essa, que o secretário veio fazer senão disposto a ouvir os parlamentares, a ser questionado? E a gente tinha perguntas muito importantes para fazer sobre a situação da insegurança nas escolas; sobre essa proposta do governador Tarcísio de reduzir o investimento da Educação do piso para abaixo do piso, cortar 5% do investimento; sobre o aumento do investimento do repasse para as universidades estaduais paulistas. Perguntas que a gente não pôde fazer porque o secretário se furtou de ouvir todos os deputados.

E, por último, presidente Vitão, amanhã a gente vai acompanhar com muita expectativa um julgamento no TSE, do Tribunal Superior Eleitoral, que vai julgar a ilegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e da sua chapa que disputou as eleições no ano passado.

Uma ação proposta pelo PDT e uma ação muito importante porque não faltam indícios de que a chapa presidencial do Bolsonaro do ano passado cometeu várias inflições.

Dentre outras, utilizar a TV Brasil para transmitir uma reunião que ele fez com autoridades internacionais, onde ele colocou em xeque a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, da Justiça brasileira e o que elegeu e colocou todos nós aqui.

Então, espero com muita ansiedade por esse julgamento, e que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral tomem a decisão correta, porque a gente não pode admitir que qualquer pessoa, que qualquer político, muito menos um presidente da República infrinja a lei eleitoral, coloque em questionamento a nossa democracia e coloque questionamento à Justiça Eleitoral, que é tão importante no nosso país.

Então, vamos aguardar o resultado do julgamento e esperar que o crime, que a responsabilidade seja devidamente punida nos termos da lei.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Guilherme Cortez.

Está encerrado o Pequeno Expediente.

Vamos começar aqui o Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE  EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Por permuta do deputado Marcolino, nosso aniversariante deputado Eduardo Suplicy, que tem o tempo regimental no Grande Expediente de dez minutos para uso da palavra.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, eu gostaria de aqui fazer uma reflexão sobre o encontro que aconteceu ontem entre o Papa Francisco e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Eu estou rezando para que esse encontro venha gerar iniciativas muito positivas para que a Rússia e a Ucrânia venham a terminar essa terrível guerra que a cada dia nos entristece.

Tantas pessoas mortas, tantas crianças, pessoas idosas, tantas casas, edifícios, fábricas, usinas, escolas, estradas, hospitais destruídos, tantos gastos em armas que poderiam ser utilizados para a erradicação da pobreza em tantos lugares.

Eu espero que o Papa Francisco e o presidente Lula possam iluminar e abençoar os russos e ucranianos para que possam viver em paz. Não é mais possível admitir a continuidade dessa destruição que acontece entre dois países vizinhos e que já tiveram boas relações ao longo da História.

Então, é muito importante que isso possa ser objeto de uma reflexão de todas as pessoas e possam convencer o presidente, tanto da Rússia quanto da Ucrânia, sobre a importância desse encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo a sua primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que abraçaram ontem o Papa Francisco no Vaticano.

Avalio que mais e mais nós precisamos ter a esperança de construir uma nação em paz para que haja paz dentro de cada país, e dentre os países precisamos, sim, atender o apelo do Papa Francisco para que em cada nação sejam instituídos aqueles instrumentos de política econômica que possam elevar o grau de justiça na sociedade.

Por exemplo, quando nos países que praticavam a escravidão se proibiu a escravidão, nós certamente elevamos o grau de justiça. No Brasil, entretanto, após mais de três séculos de escravidão, quando terminou, não tomamos todas as medidas necessárias para corrigir as consequências de tanto tempo de escravidão. Isso ainda precisa ser realizado.

Precisamos também proporcionar a melhor qualidade de educação para todos os meninos e meninas, para todos os jovens, para os adultos, inclusive aqueles adultos que não tiveram boas oportunidades quando eram crianças. Deveremos também proporcionar um melhor atendimento de saúde para todas as pessoas na cidade, no campo e em todos os bairros das cidades.

É importante que isso seja efetivado, inclusive no Brasil, pelo Sistema Único de Saúde. Também deveremos estar aperfeiçoando o oferecimento de microcrédito, à luz dos ensinamentos de Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz, que foi laureado com o prêmio Nobel da Paz, que criou o Grameen Bank, o banco vilarejo ali, em Bangladesh, e que inclusive esteve no Brasil.

Eu estive ouvindo suas palestras quando ele falou no BNDES em outras reuniões, estimulando que mais e mais tivéssemos aqui, tanto nos bancos oficiais, como Banco do Nordeste do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, mas também nos bancos privados, como Itaú, Bradesco e outros, a expansão do microcrédito, o crédito para aquelas pessoas que, não tendo patrimônio, mas tendo capacidade de poderem adquirir instrumentos de trabalho que possam fazer com que elas realizem um trabalho que lhes deem uma vida digna.

E ainda possam pagar em 12 ou 24 meses aquele empréstimo que lhes proporcionou a possibilidade de adquirir um instrumento, pode ser uma carroça, um cavalo, um carro de pipocas, pode ser um aparelho de cozinha para se formar uma lanchonete ou um restaurante em forma cooperativa, enfim, tantos outros.

Em especial, também é importante que venhamos a estimular as formas cooperativas de produção de economia solidária à luz dos ensinamentos do nosso querido professor Paul Singer, mais e mais aquelas experiências de economia solidária, como as que estão sendo realizadas em Palmas, graças à iniciativa de João Joaquim de Melo, ou também em Maricá, graças à iniciativa dos prefeitos Washington Quaquá, eleito em 2008 e 2012, e depois do seu sucessor, que tem levado adiante a proposta, o Fabiano Horta, que tem levado adiante a proposta de se instituir uma renda básica.

Também temos outro instrumento de política econômica, que agora, inclusive, tem sido recomendado pelo Papa Francisco, em seu livro “Vamos sonhar juntos”. Está justamente a renda básica universal.

Mais e mais, diz o Papa Francisco, precisamos levar em consideração as vantagens da renda básica universal, que possibilita a cada trabalhador não estar se sujeitando a condições de trabalho que venham a lembrar condições de escravidão.

Quando houver a renda básica para valer, a universal, estaremos proporcionando às pessoas, aos trabalhadores, que possam não se sujeitarem a condições de trabalho que fazem lembrar à proximidade das condições de escravidão.

Na medida em que tivermos condições de dignidade e liberdade para todos os habitantes de cada país, nós estaremos justamente proporcionando condições para que haja efetiva paz dentro de cada país e dentre os países. Então, Sr. Presidente, avalio que essa é uma mensagem muito importante.

Eu quero reiterar o meu convite para, no próximo sábado, aquelas pessoas que desejarem me cumprimentar e poderão estar lá na Cachaçaria do Rancho, na praça Dom José Gaspar, atrás da Biblioteca Municipal, onde estarei recebendo o abraço de todas as pessoas que queiram fazê-lo.

Um pouco mais tarde, lá no Al Janiah, na rua Rui Barbosa, estarei no restaurante palestino para a exibição do filme “Quatro dias com Eduardo” e um show de meu filho João Suplicy e sua banda.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Nós que agradecemos, deputado Eduardo Suplicy. Eu quero agradecer a presença da população e a todos que nos assistem na TV.

O mestre Kalunga está aqui no plenário, eterno vereador de São Roque, sinta-se cumprimentado também. Novamente, a cidade de Araçariguama, quero cumprimentar todos aqui, em nome da primeira-dama Mirelle Trevisan, e também a cidade de Iperó, o Valtinho e o vereador Lila Dom.

Seguindo os oradores inscritos no Grande Expediente, deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.)

Deputado Reis. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Emídio de Souza. (Pausa.) Deputado defensor do funcionário público, Carlos Giannazi, tem o tempo regimental no Grande Expediente de dez minutos pelo uso da palavra.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Vitão do Cachorrão, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente na Assembleia Legislativa, telespectador da TV Assembleia... Presidente, ontem nós realizamos uma importante audiência pública aqui na Assembleia Legislativa, no plenário Dom Pedro I, com servidores e servidoras do munícipio de São José dos Campos.

Foi uma importante audiência contra o confisco das aposentadorias e pensões, que, infelizmente, também foi aprovado pela Câmara Municipal, através de um projeto de lei encaminhado pelo prefeito, confiscando, roubando, assaltando a aposentadoria e as pensões de centenas de servidores e servidoras que já contribuíram com o instituto previdenciário.

Ou seja, a prefeitura de São José dos Campos está colocando em curso a perversa orientação, Sr. Presidente, que foi dada, aqui no estado de São Paulo, pelo governador Doria, ex-governador, ainda bem, e Rodrigo Garcia. Que confiscou, durante dois anos, também, as aposentadorias e pensões de 600 mil servidores e pensionistas.

Mas, através de uma ampla mobilização, nós conseguimos derrubar esse confisco, no final do ano passado. No entanto, a Prefeitura de São José dos Campos insiste nesse ataque à dignidade, aos direitos dos servidores aposentados e pensionistas da cidade.

Eles estiveram aqui ontem. Fizeram vários depoimentos, junto com o sindicato, um sindicato combativo, que organiza a luta na cidade, o Sindserv. Tem até fotos aqui, eu gostaria de mostrar, dessa audiência importante, de mobilização pela revogação dos descontos de 14% das aposentadorias.

Lembrando que, infelizmente, aquela reforma previdenciária, feita em 2019, pelo Bolsonaro, autorizou, não impôs, mas autorizou esses confiscos, por todo o Brasil; para estados e municípios. Mas não obriga. Logicamente que os prefeitos se aproveitam disso, e os governadores também.

Por isso que a nossa luta também é em Brasília, pela aprovação de uma PEC, que está sendo trabalhada. Uma proposta de emenda constitucional, de uma PEC que está sendo preparada e articulada pela deputada federal Luciene Cavalcante, daqui de São Paulo.

É professora e supervisora de ensino, que está preparando uma PEC. Está colhendo assinaturas para revogar o Art. 149 da Emenda da Previdência, aquela famigerada Emenda nº 103, do Bolsonaro, que autoriza esse tipo, que deu carta branca para matar. É isso: Bolsonaro deu carta branca para assaltar os aposentados e pensionistas.

E aí, logicamente que muitos prefeitos, como São Paulo, a Prefeitura de São Paulo também confisca as aposentadorias e pensões. O Ricardo Nunes, prefeito da cidade de São Paulo, o Suplicy estava lá, aprovou o Sampaprev, que confisca 14% dos aposentados e pensionistas da cidade de São Paulo. Cem mil servidores municipais também estão sendo assaltados e roubados aqui na capital.

Essa audiência de ontem foi muito importante, porque nós ouvimos relatos de pessoas, aposentadas há um bom tempo, que foram surpreendidas agora com esse desconto de 14 por cento. Esse desconto faz falta na compra do remédio, para pagar a consulta médica, na alimentação.

São servidores que se aposentaram, mas sustentam as suas famílias. Nós ouvimos casos de pessoas que têm até bisneto que é sustentado com o dinheiro da aposentadoria, porque as famílias não têm renda. Nós ainda temos um desemprego alto no Brasil, principalmente no interior.

Então as pessoas não conseguem sobreviver, não conseguem emprego, têm dificuldade de ter a cesta básica. Então o dinheiro da aposentadoria, muitas vezes, é o dinheiro que garante a sobrevivência de muitas famílias de servidores. É isso que vem acontecendo.

E os servidores foram surpreendidos pela aprovação dessa famigerada reforma previdenciária, pela Câmara Municipal, a pedido, logicamente, do prefeito da cidade. Eles estão em luta pela revogação, pelo fim do confisco. Já existe um projeto de lei, em tramitação na Câmara Municipal de São José dos Campos, que tem todo o nosso apoio.

Faço um apelo à Câmara Municipal, para que aprove esse projeto de lei, colocando fim à revogação. Os vereadores que votaram nesse projeto devem se arrepender, porque está chegando, inclusive, a eleição.

Quero ver como que esses vereadores que aprovaram vão pedir votos para os servidores, para as professoras, para os servidores da Saúde, da Segurança, da Assistência Social.

Então é o momento desses vereadores, que votaram a favor da reforma, do confisco, agora assumirem uma posição contrária a esse voto, votando no projeto que revoga o confisco.

É uma chance importante para os vereadores da cidade de São José dos Campos. Revoguem imediatamente esse confisco. E V. Exas., vereadores, já têm o instrumento na mão, que é o PL, o projeto de lei assinado por alguns vereadores, que resolve essa situação.

Então, Sr. Presidente, faço aqui esse apelo à Câmara Municipal, ao prefeito, para que revejam essa situação, porque esse confisco está prejudicando centenas e centenas de pessoas que já se aposentaram, já deram a sua contribuição com o Instituto Previdenciário.

Inclusive, nós ouvimos também denúncias de que a prefeitura deve milhões de reais ao instituto; na verdade, é a prefeitura que deve aos aposentados e pensionistas, que tem uma dívida monstruosa, milionária com o Instituto Previdenciário. Deveria pagar essa dívida, Sr. Presidente, e não confiscar aposentadorias.

Então, fica aqui: nós vamos continuar na luta, junto com esses servidores e essas servidoras, aposentados, aposentadas, pensionistas também. E fazendo esse apelo para que haja o fim, a revogação imediata do confisco das aposentadorias e pensões na cidade de São José dos Campos.

E parabéns: vocês fizeram e estão fazendo uma grande mobilização junto com o Sindicato dos Servidores Públicos, o Sindserv, que esteve presente aqui, apoiando e fazendo a mobilização.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Giannazi. Seguindo a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, Beth Sahão. (Pausa.) Professora Bebel. (Pausa.) Carlos Cezar. (Pausa.) Conte Lopes. (Pausa.)

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Pela ordem.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - É possível uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Sim, para comunicação, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente. Ontem eu participei da reunião da Comissão de Saúde, que teve a presença e participação do secretário estadual, Dr. Eleuses Paiva, junto com todo o seu grupo técnico.

E eu quero reforçar o que eu falei lá, trazer a esta tribuna também, a respeito da regulamentação da lei que garante o fornecimento dos medicamentos à base da cannabis pelo SUS aqui em São Paulo, lei essa que foi sancionada pelo governador no dia 1º de fevereiro.

E a própria lei fazia previsão de que em 90 dias teríamos a regulamentação dessa lei, para que as pessoas pudessem começar a ter acesso pelo SUS, para facilitar, desburocratizar, democratizar esses medicamentos, que são tão importantes para tantas patologias.

Depois de muitas reuniões do grupo de trabalho - eu faço parte, representando a Assembleia Legislativa -, já tem consenso em pelo menos três patologias, que são: síndrome de Dravet, síndrome de Lennox-Gastaut e esclerose tuberosa. Está entrando também, na sequência, dor crônica refratária.

Agora, mais do que tudo isso, o que me preocupa é a falta de cumprimento do prazo que foi estabelecido em lei para que essa regulamentação possa mostrar às pessoas como é que se dará esse fornecimento.

Então, eu quero chamar a atenção aqui mais uma vez, usando agora do atributo do plenário, para que a secretaria possa, o quanto antes, cumprir um compromisso, que foi a publicação da regulamentação.

O secretário esteve aqui e parece que agora está na Procuradoria Jurídica da Secretaria Estadual de Saúde. Veja, com muito respeito, mas eu penso que a gente já tem um formato estabelecido de decretos, regulamentos, que são diariamente publicados pelo governo, que agilizam tudo isso. E mais do que isso: o prazo era 90 dias após a sanção. A sanção se deu em 1º de fevereiro; os 90 dias já ficaram para trás em maio.

Então, eu quero mais uma vez pedir que a Secretaria de Estado possa cumprir com o que o governador quer apresentar, porque se ele sancionou a lei é porque ele quer ver a cannabis medicinal no SUS aqui em São Paulo.

Então, eu uso este instrumento aqui para mais uma vez pedir que a secretaria possa publicar, o quanto antes, a regulamentação, que está sendo amplamente debatida e será permanente. Não vai ser a primeira regulamentação, e pronto. Ela não vai se findar com essas primeiras patologias. Eu chamo a atenção para isso aqui, presidente.

Muito obrigado pela gentileza.

 

O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Caio França. Seguindo a ordem, deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. Tem o tempo regimental de dez minutos, Rafael Saraiva.

 

O SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Gostaria de pedir para que a Comunicação soltasse um vídeo, por favor.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Presidente, nesse vídeo de um minuto a gente vê, no começo, um crime de maus tratos praticado contra dois animais, onde o tutor, o criminoso foi preso em flagrante, e passados dez dias do caso, a Justiça de São Paulo o mantém preso, e vai responder o processo preso. Isso é o que a gente luta, por conscientização.

É um avanço para a causa animal. A gente pode falar que há dois, três anos atrás os animais não tinham esse reconhecimento, as pessoas não tinham essa conscientização de que os animais poderiam ser vítimas de um crime, e, sim, maus tratos é crime. E a continuidade do vídeo mostra provas de laço, prova de três tambores e provas de rodeio, que, para alguns colegas meus desta Casa, são considerados esporte.

Por que que eu trouxe isso para a tribuna hoje? É que eu tenho um papel, um documento desta Casa que foi passado no Colégio de Líderes, que tem os projetos prioritários de alguns colegas da Casa, e o meu projeto, que é o Projeto 423, de 2023, que proíbe que dinheiro público do contribuinte seja destinado para rodeios... Porque eu não quero que o dinheiro público vá para quem comete crime.

A gente viu nesse vídeo que rodeio tem sim a prática de crime, porque os touros são animais de grande porte. Um animal de 800 quilos a uma tonelada, ele não vai saltar por quase um metro de livre e espontânea vontade.

Ele vai saltar porque ele vai ter eletroestímulos para isso. Então, uma bancada inteira de um partido, PL, resolveu obstruir o meu projeto, sob argumento que o presidente Bolsonaro gosta de rodeio.

É muito engraçado. Eu achei engraçado o argumento deles. E não sei nem o que falar. Eu achei muito engraçado. O argumento do Partido Liberal foi que quando o presidente Bolsonaro vem a São Paulo, ele vai a rodeios. Então, não tem por que eles apoiarem o meu projeto.

No final desse vídeo, eu coloquei imagens de assalto. Assalto, tráfico de drogas e furto. Não existe pequeno crime ou grande crime. Homicídio, estupro ou maus tratos são crimes.

Tudo que está no Código Penal, tráfico de drogas, furto, dano ao patrimônio público é crime, e eu não quero o dinheiro do contribuinte paulista fomentando crime contra os animais. É simples, presidente.

Outra argumentação dos meus pares aqui da Casa é que são bois atletas e que são mais bem alimentados do que eu. Achei interessante. E que eles só trabalham oito segundos por semana ou até mesmo oito segundos por mês.

Interessante essa argumentação, só que não são oito segundos de maus-tratos, é uma vida inteira de danos psicológicos, de danos físicos e de preparação única e exclusivamente para saciar a vontade do seu proprietário, do seu dono, que é levantar um troféu no final de uma prova.

Eu não iniciei aqui, nesta Casa Legislativa, uma discussão para acabar com os rodeios. Eu acho que isso é uma discussão final, mas se a gente começar a parar de usar dinheiro público para fomentar a prática de um crime, já é um primeiro passo.

Então, presidente, é nítido, pelas imagens é nítido, só que a gente tem laudos de profissionais e não de um deputado da causa animal ou de deputados que gostam de defender o anseio do ex-presidente.

Eu nunca entrei em uma polarização política de direita-esquerda, para mim não importa entre Lula e Bolsonaro, PT, PL, PSDB, para mim isso não importa, eu trabalho por aqueles que não têm voz ou por aqueles que não têm oportunidade de fala, seja pelos animais, seja pelo autismo, eu trabalho por causas sociais.

E eu não vou aceitar uma polarização política ou uma idolatria por uma pessoa ou por uma figura colocar a perder um projeto que poupa vidas, porque um animal que é preparado para sofrer vai ser aposentado, porque isso traz problemas para a coluna do animal, depois de tantos anos ele vira um ser inútil para aquele dono e ele é levado para a eutanásia.

Isso é um absurdo, então se a gente conseguir colocar esse projeto para andar na maior Casa Legislativa, já que o Tribunal de Justiça do estado de São Paulo conseguiu entender e os juízes do estado de São Paulo estão deixando criminosos que praticam crimes contra os animais presos, respondendo processos presos, eu não posso aceitar que o governador do estado de São Paulo fomente crimes contra os animais com dinheiro meu, seu, dos meus pares, dos cidadãos paulistas em rodeios, em provas de laço, em provas de três tambores.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Paulo Fiorilo.

 

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Isso é inaceitável. Por causa de uma idolatria ou por causa de uma bandeira? Eu não sei explicar, mas eu peço o apoio de todos os meus pares para que o Projeto 423, de 2023, que proíbe o uso de recursos públicos do estado de São Paulo para promover eventos de rodeio, provas de laço e provas de três tambores.

Obrigado, presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO FIORILO - PT - Obrigado, deputado Rafael Saraiva. Com a palavra a deputada Andréa Werner. (Pausa.) Com a palavra o deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Enio Tatto. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Dr. Elton. (Pausa.) Com a palavra a deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Com a palavra o deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão.

Mas eu queria aproveitar aqui antes para anunciar o vereador de Iperó, vereador Valtinho, como me disse aqui o deputado Vitão do Cachorrão.

Então o senhor tem o tempo regimental do Grande Expediente, deputado Vitão do Cachorrão.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Quero aqui agradecer também, cumprimentar o vereador Valtinho, a importância dos vereadores, líderes comunitários, secretários quando eles vêm aqui no nosso gabinete. Valtinho, quero mandar um abraço para o Leo Folim, prefeito de Iperó, que tem mais de 90% de aprovação.

E o Valtinho foi o segundo vereador mais votado lá, mora num distrito de Jorge Oetterer, trabalha muito lá, já foi reeleito e continua trabalhando aqui, Caio França, vindo buscar recursos para a Saúde de Iperó, fazer pedido de Patrol para a área rural.

Às vezes a gente... É lógico que damos importância, mas uma Patrol que tenha a mais na cidade, que faça o patrolamento, e que o estado dê condições de mandar brita, fresa, isso salva vidas, porque a ambulância vai conseguir chegar lá na área rural.

Quero também aqui falar... Acho que muitos colegas têm as reclamações, mas quero também agradecer: hoje, depois de tantas reclamações em alguns municípios, como Sorocaba, do Iamspe... O funcionário público, o servidor que desconta da sua folha, às vezes está sem atendimento.

Eu achei muito importante e fiquei muito feliz com essa visita hoje ao Iamspe. Fui falar com a coordenadora do Iamspe, a Maria das Graças, e gostei muito de seu trabalho. Ela já tinha assumido o Iamspe em 2008, voltado em 2016, depois saiu por um período e o governador a trouxe de volta.

Eu levei algumas demandas de Sorocaba, dos servidores, algumas reclamações. Sorocaba é uma cidade de 850 mil habitantes. Descontando da folha salarial, o servidor reclamou... No começo, quero pedir desculpas aqui, falei que não estava atendendo nenhum hospital, o Iamspe. Pois está. O Hospital Modelo, em Sorocaba, está atendendo.

Porém, como sou nascido em Sorocaba, vendedor de cachorro-quente, de hot dog, até hoje, há 28 anos, e atendo o povo no escritório do bairro, no escritório do centro... Eu não gosto de ficar no gabinete, no ar condicionado.

Eu vou para a rua atender na Feira da Barganha, que reúne 30 mil pessoas, 20 mil pessoas no final de semana, para atender a população, eu tive algumas reclamações de professores, de funcionários públicos que usam o Iamspe.

Na ocasião, eu tinha falado que nenhum hospital estava atendendo. Não, a Maria das Graças, uma pessoa em que senti muita capacidade, que o governador Tarcísio chamou de volta para a secretaria, superintendente do Iamspe, ela me explicou.

Só que eu falei para ela que cortou o convênio. Antes, a Santa Casa atendia, porque é gigante a cidade, com quase 900 mil habitantes. Não está atendendo mais. O BOS, que é referência de cirurgia de catarata, de cirurgia nos olhos, também não está atendendo. Ela falou da importância de o deputado levar as demandas.

Se ela está pagando, por exemplo, para o Hospital Modelo, por que está demorando o atendimento? Por que está demorando para ter uma consulta com um ginecologista, com um pediatra? Não pode demorar, às vezes, mais do que o SUS. Eu falei isso para ela e ela falou, já mandou o coordenador, a equipe, para saber, para fazer uma fiscalização.

Alguns municípios também. Estive com um vereador de Guaratinguetá, um grande amigo meu, e ele levou a demanda de Guaratinguetá, solicitando que voltem a atender no Frei Galvão, hospital que tinha cortado também o convênio do Iamspe.

Então, Guaratinguetá e toda região, o vereador Marcelo da Santa Casa... Ele administrou a Santa Casa por 32 anos e ele luta pela Saúde. Ele atende pessoas que precisam, muitas vezes, de um tratamento, de diagnóstico precoce, de tratamento precoce de um câncer, que precisam de exames, mulheres que precisam ser atendidas, fazer um pré-natal por ginecologista.

Agora, desconta do professor, desconta do funcionário público, de quem trabalha nas prefeituras, e não tem atendimento? Então, também gostei muito que a Maria das Graças já abriu a conversa e o Hospital Frei Galvão fez um ofício de que está disposto a voltar a atender. Então, foram algumas demandas.

Hoje, eu falei antes, na minha fala, que tive algumas reuniões canceladas pelo DER e pela Artesp, Caio França. Vossa Excelência tem trabalhado muito, como o deputado Suplicy e outros deputados. Você vê que algumas rodovias... Quero agradecer que está tendo a duplicação, mas quero aqui pedir desculpas, com a minha humildade, que o DER sempre está me atendendo, porém, na Artesp, estou tendo dificuldades.

Teve um protesto no quilômetro 83,5, ali em Sorocaba, bem em frente ao bairro Genebra, que, com outros bairros, atende a mais de 20 mil pessoas, e eu, deputado Vitão, fui até lá no protesto.

Um protesto pacífico, porém, eles tinham fechado a pista, depois fecharam só meia pista porque estavam fazendo, na verdade, a duplicação, fechando a entrada e saída do bairro. As pessoas que não têm carro ou que trabalham até mesmo de ônibus, seis quilômetros depois desse quilômetro 83,5.

Junto com o vereador Simoa, que pediu para mim, de Sorocaba, a importância de a gente atender os vereadores. Imagine você ter que andar seis quilômetros e meio para você entrar no teu bairro ou para você trabalhar.

Treze quilômetros a mais todos os dias. Muita gente não tem carro, então tem que ser feita ali uma rotatória, tem que ser feita uma entrada digna ali na entrada do bairro Genebra.

E eu estou tentando essa reunião com a Artesp. Sabe quando marcaram? Julho, Caio. Dia 11 de julho. Só que eu falei e como parceiro, como amigo, a gente quer ajudar aqui, a gente é base do governo. Também falei: “Vai expor o governador”, porque já teve protesto, só que foi pacífico. Eles liberaram meia pista, a Polícia Militar acompanhou, a Guarda Municipal da cidade.

Agora, fica adiando, adiando a reunião e não faz esse retorno, não dá um ok. O que não pode, deputado Caio, é você pegar o mapa pelo Google e falar: “Vamos duplicar aqui” e não ver nem a entrada dos bairros. Isso acontece muito no interior e em outras cidades. Vai fechando a entrada do bairro ou joga o retorno para depois de cinco, seis quilômetros.

Tem que ouvir a população, tem que ir até o lugar. Eu estou querendo ajudar, só que, infelizmente, já pedi, implorei e repito aqui, o DER tem nos atendido. Eu tenho algumas demandas do DER, que é colocar “guardrail”, porque em muitos lugares perigosos, onde tem ponto de ônibus, as pessoas não podem correr o risco de acidente, mas na Artesp eu estou tendo dificuldade sim.

Inclusive o secretário estava aqui, mas eu estava atendendo no gabinete e não consegui falar com ele. Eu quero que ele ouça o deputado Vitão do Cachorrão porque eu não vou pedir nada para mim. Eu estou pedindo para a população e depois que tem protesto, vão expor o governador, vão queimar pneus, pode acontecer acidente, pode acontecer violência.

Porque mais de 20 mil pessoas ficarem sem uma entrada e sem um retorno no bairro, isso não é... E acredito que nem o governador que está fazendo um excelente trabalho quer que permita que isso aconteça. Algumas outras demandas também. Muitas demandas elevadas no nosso gabinete, algumas cidades.

Eu quero agradecer aqui ao secretário de Saúde que atendeu o nosso pedido. Eu fiz um ofício direto para a Secretaria de Saúde pedindo em nome do vereador de Piedade um aparelho de mamografia, que não tem na Santa Casa. E já foram visitar a Santa Casa e falaram que vão entregar o aparelho.

Basta o prefeito enviar o ofício porque já vai chegar na cidade também de Pilar do Sul. A gente graças a Deus atendendo ali muitos vereadores da região. O Clayton, como o vereador Valtinho que está aqui, os vereadores que vêm visitar a gente, Giannazi, no nosso gabinete. Onde se viu na cidade, por precaução, para ter um exame, um diagnóstico, não ter um aparelho de mamografia?

E eu fiz uma indicação para o Governo do Estado e foram visitar a Santa Casa de Pilar do Sul, graças ao vereador Clayton Machado, e vão colocar o aparelho de mamografia lá. Então a gente cobra, a gente pede, só que a gente agradece também. Então eu agradeço aqui ao governador e agradeço ao secretário de Saúde também.

E peço que a Artesp atenda urgente - Giannazi, eu estava falando aqui - o nosso pedido, porque tem algumas...Olhe lá, pedido feito, pedido atendido, para Pilar do Sul. Aparelho de mamografia para a Santa Casa de Pilar do Sul. Tem outra cidade também, tem outro ofício aí que a gente fez uma indicação e a saúde implora.

Às vezes a cidade não tem 200 mil reais acho que para atendimentos, 250 mil reais para a Santa Casa de Andradina. Eu vou só encerrar aqui. Às vezes falta uma ambulância e uma ambulância com UTI e com esse dinheiro muitas vidas vão ser salvas. É esse o papel do deputado, do vereador. Eu tenho orgulho de estar aqui e vou continuar atendendo o povo.

Muito obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO FIORILO - PT - Obrigado, deputado Vitão do Cachorrão.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Antes de levantar a sessão, porque tem acordo já entre as lideranças, eu queria fazer uma rápida comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO FIORILO - PT - Tem a palavra.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, deputado Paulo Fiorilo, olha, nós realizamos recentemente uma importante audiência pública aqui na Assembleia Legislativa com os alunos e com os professores da Faculdade da Santa Casa, lá tem a Faculdade de Medicina, tem a Faculdade de Enfermagem, com sérias denúncias contra o atual representante da Fundação, que foi inclusive, Sr. Presidente, deputado estadual no passado aqui, Tonico Ramos.

Não há gestão democrática; há um clima agora, instituído dentro da faculdade, de medo, de terror, ameaças de demissão de professores e, sobretudo, de diretoras e diretores desses cursos.

Essa audiência foi muito importante. Inclusive teve repercussão na imprensa. Nós, a partir dessa audiência, acionamos, estamos acionando, na verdade, o Ministério Público do Estado, o Ministério Público Federal, o MEC, o Ministério da Educação, para que haja fiscalização.

E também nós aprovamos aqui na Assembleia Legislativa, na Comissão de Educação, a convocação desse ex-deputado Tonico Ramos, para que ele venha depor e explicar, porque essa faculdade é muito importante, sobretudo na área da Saúde.

Ela é controlada por uma fundação, a mantenedora, que não respeita a gestão democrática, que não ouve os alunos, não ouve os professores. Então tem várias irregularidades que foram denunciadas. No entanto, a situação permanece a mesma.

Nós ouvimos agora dos alunos que estão na organização desse movimento que haverá a demissão da diretoria de medicina.

Então, eu faço aqui um alerta, e faço também ao mesmo tempo um pedido à Comissão de Saúde, Sr. Presidente, para que haja imediatamente a marcação de uma data para que a Fundação venha aqui, o próprio ex-deputado Tonico Ramos, depor e explicar toda essa situação e todas essas denúncias que estão sendo colocadas e que vêm prejudicando o curso da Faculdade da Santa Casa aqui de São Paulo.

Era isso.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, solicito o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO FIORILO - PT - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 48 minutos.

 

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