046ª SESSÃO SOLENE
Presidente: CARLOS BEZERRA
JR.
RESUMO
001 - CARLOS
BEZERRA JR.
Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa
que o Senhor Presidente Barros Munhoz convocou a presente sessão solene, a
requerimento do Deputado Carlos Bezerra Jr, na direção dos trabalhos, com a
finalidade de "Comemorar o Centenário da Convenção das Igrejas Batistas
Independentes". Convida o público para, de pé, ouvir o "Hino Nacional
Brasileiro", executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São
Paulo.
002 - ISAAC OLIVEIRA
Pastor e Mestre de Cerimônias, saúda os presentes. Realiza histórico das
igrejas batistas independentes. Faz oração.
003 - MOISÉS LOPES
Vice Presidente da Ordem de Pastores Batistas Independentes, cumprimenta
os presentes. Agradece ao Deputado Carlos Bezerra Jr. pela solicitação da
homenagem. Lembra as dificuldades que os primeiros missionários batistas
enfrentaram no País. Destaca a importância da esperança e da fé na vida do povo
brasileiro.
004 - ISAAC OLIVEIRA
005 - JOSÉ FRANCISCO TABORDA
Pastor da Igreja Batista Filadélfia de São Caetano do Sul, agradece e
saúda os presentes. Relata sua trajetória enquanto pastor batista. Lê e explica
trecho bíblico.
006 - EDEVAL
CAMPOS
Pastor da Igreja Batista Filadélfia de Patriarca, apresenta video
institucional. Lê salmos religiosos. Fala sobre a história da Convenção das
Igrejas Batistas Independentes. Destaca o trabalho social realizado pelas
instituições religiosas.
007 - ISAAC OLIVEIRA
Pastor e Mestre de Cerimônias, anuncia apresentação musical do Pastor,
Músico e Capelão Odair Bento do Nascimento, com a canção da Convenção Nacional.
008 - ISAAC GOMES DE OLIVEIRA
Pastor da Igreja Batista Filadélfia da Freguesia do Ó, agradece aos
presentes. Lembra sua aproximação da vida religiosa. Enaltece a Convenção das
Igrejas Batistas Independentes no Brasil.
009 - Presidente CARLOS BEZERRA JR.
Destaca a contribuição da religião protestante na história de São Paulo e
do Brasil. Cumprimenta os pastores presentes. Define como atribuições do Poder
Legislativo a elaboração de leis, a fiscalização do Executivo e a prestação de
homenagens. Defende a reafirmação dos valores e do compromisso ético dos
integrantes das igrejas batistas. Enaltece a todos os missionários que
construíram a história da comunidade religiosa. Lembra que esta sessão solene
deverá ser transmitida pela TV Assembleia em data oportuna.Faz agradecimentos
gerais. Encerra a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência
e abre a sessão o Sr. Carlos Bezerra Jr.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Muito
bom dia a todos. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos neste
dia. Nos termos regimentais, esta presidência dispensa a leitura da ata da
sessão anterior.
Quero aqui convidar
alguns pastores, algumas autoridades presentes, para que façam parte desta Mesa.
Convido aqui a compor esta Mesa o pastor Edeval
Campos (Edinho), da Igreja Batista Filadélfia da Cidade Patriarca, aqui em São
Paulo; também convido o pastor Isaac Gomes de Oliveira, da Igreja Batista
Filadélfia da Freguesia do Ó; convido também o pastor Moisés Lopes, da Igreja
Jardim Mauá; e finalmente, o pastor José Francisco Taborda,
da Igreja Batista Filadélfia de São Caetano do Sul; quero registrar a presença
da Dra. Patrícia Bezerra, representando neste ato o Ministério da Comunidade da
Graça aqui em São Paulo, a quem temos a alegria de termos conosco presente
nesta manhã.
Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, minhas Senhoras, meus Senhores, essa Sessão Solene foi convocada
pelo presidente desta Casa, Deputado Barros Munhoz, atendendo solicitação deste
Deputado, com a finalidade de comemorar o centenário da convenção das Igrejas Batistas
Independentes. Neste momento, convido a todos os presentes para, de pé,
ouvirmos o hino nacional brasileiro.
* * *
- É executado o Hino
Nacional Brasileiro.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Neste
momento em que o pastor Isaac assume a função de Mestre de Cerimônias, nesta
Sessão Solene, eu convido o pastor José Moises, da Igreja de Cidade Patriarca, para
que ocupe o lugar do pastor Isaac, compondo esta Mesa.
Aproveito para fazer
uma saudação especial a um grande amigo, pastor Odair, que se encontra aqui, um
amigo querido, um irmão, a quem eu tenho o prazer de desfrutar de sua amizade
há muitos anos. Seja muito bem-vindo, e cumprimento todos os pastores que se
encontram neste momento aqui no Plenário da Casa.
O SR.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - ISAAC OLIVEIRA - Quero saudar todos os colegas. Bem-vindos a
esta Sessão Solene em homenagem à convenção das Igrejas Batistas Independentes.
Quero agradecer a todos os colegas de ministério, suas esposas, amigos, irmãos,
também agradecer ao pastor Edinho, vice-Presidente
da Convenção Batista Nacional, também representando o pastor José Moises,
segundo tesoureiro da mesma.
Quero ressaltar também a presença de nossos alunos seminaristas, do
Seminário Batista Independente de São Paulo, alguns alunos estão aqui, entre
outras as extensões. Saudar também a missionária Solveig,
esposa do pastor Taborda, nossa Missionária também, e
dizer que é motivo de grande alegria recebê-los aqui, atendendo ao convite
quero agradecer ao nobre Deputado Carlos Bezerra Jr., por ter sensibilizado
pela homenagem e aberto este espaço.
Agradecer a Deus, em primeiro lugar, por pertencemos a uma convenção que
tem sido uma referência e destaque em nosso país, pela honestidade, hombridade,
parceria. Agradecer a Deus, há 100 anos, pessoas eram mobilizadas saindo da Suécia,
vindo para o Brasil, para iniciar aqui o que hoje chamamos de Convenção das
Igrejas Batistas Independentes.
Quero convidar a todos, em reverência ao Senhor nosso Deus, para que
possamos ficar em pé e juntos termos uma palavra de oração: Senhor nosso Deus,
e nosso Pai, nós O reverenciamos e nós O adoramos na beleza da Tua Santidade.
Aceite, Senhor, o nosso agradecimento por esta manhã neste lugar na Assembléia
Legislativa do Estado de São Paulo. Agradecemos ao senhor pelas pessoas que
viabilizaram a nossa viagem para esta convenção, que eu tenho certeza, nasceram
em Seu coração, e a prova disso é que o Senhor tem estado presente nas mais
diversas atividades, igrejas e campos missionários pelo Brasil e pelo mundo
afora. Aceite, Senhor, o nosso agradecimento. Aceite, Senhor, as nossas vidas
em teu altar nesta manhã, pois estamos aqui e o foco principal é louvar-te e
engrandecer-te, e após isto, sim, homenagearmos, fazer este ato solene ao
centenário da CIBI. Seja glorificado e exaltado Teu nome para todo sempre, que
a Tua benção esteja sobre todos nós, no Nome Santo de Jesus que nós oramos.
Amém. Podem tomar acento.
Queremos agradecer e ao mesmo tempo justificar a ausência do Vereador
José Police Neto, ele coloca aqui a justificativa; José Anibal
Peres de Pontes, Secretário de Energia; também Lu
Alckmin coloca a justificativa; e Edson Simões; fazer menção também de Luiz
Peixoto Frisene, representando o Deputado Estadual
Pedro Bigardi; Ministro de louvor Wanderson
Leão, da Igreja Batista Independente de Vila Carrão; Andreia
Garcia, representando o Deputado Estadual Itamar Borges; pastor e músico capelão,
Odair Bento do Nascimento.
Neste momento queremos ouvir uma palavra pelo então vice-presidente da Ordem
dos Pastores Batistas Independentes e presidente da secção São Paulo, pastor
Moisés Lopes, uma palavra a respeito da Convenção das Igrejas Batistas
Independentes e o centenário.
O SR. MOISÉS LOPES - Eu quero saudar a todos com a Paz do nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. É uma alegria podermos estar aqui nesta data tão
importante para a nossa denominação, e louvo a Deus porque podemos estar todos
juntos aqui.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, autoridades civis, autoridades
políticas e eclesiais, temos a honra de poder estar convosco, pastores,
pastoras, colegas de ministério, é uma honra ter a palavra a esta tribuna neste
momento de alegria para a nossa Casa. Nós louvamos a Deus, a vida de cada um
que tem dado um pouco do seu trabalho durante estes 100 anos. Nós não poderíamos
deixar de agradecer ao nobre Deputado Carlos Bezerra Jr., que solicitou esta
Sessão Solene com a finalidade de comemorar o centenário da Convenção das
Igrejas Batistas Independentes.
Como presidente da UNGIESP e vice-presidente da UMBI
nacional, União dos Ministros Batistas Independentes, sinto-me feliz em
poder fazer parte desta tão estimada denominação, que começou na distante
cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul, no povoado de
Guarani das Missões, há 100 anos, com o intuito de melhorar um povo carente da
palavra de Deus. Não foram poucas as dificuldades que os primeiros missionários
vindos da Suécia passaram, muitos morreram pela obra de Deus aqui no Brasil. No
período pós-missionários, vários pastores trocaram também seus sonhos
particulares pela missão de construir igrejas nos mais
longínquos rincões, em todo o nosso território nacional, levando o povo
a fazer a vontade de Deus. Nós sabemos das dificuldades que o nosso povo tem
passado neste último século. Mas se tem algo de especial no brasileiro é a
esperança de um futuro melhor. E este tem sido o papel da nossa denominação,
dar esperança àqueles que não têm, levar aos carentes
e esquecidos da sociedade uma palavra de fé, e segurança em Cristo Jesus.
Mostrar ao povo que é possível ter uma vida digna sem ser rico ou abastado. Que
todos nós somos iguais diante do nosso Deus.
Louvo a Deus por este privilégio que tem nos dado de sermos participantes
ativos neste centenário, de podermos escrever na história da CIBI, Convenção
das Igrejas Batistas Independentes, mais uma página de glória, representando
todos os pastores, pastoras, missionários, missionárias, líderes, e servos de
Deus, que fizeram ou fazem parte desta tão linda história da CIBI. Só tenho a
agradecer a Deus, aos colegas, aos irmãos, a esta Casa, que tão honrosamente
nos recebe. Começamos, então, um novo centenário, olhando para trás agradecidos
a todos os nossos antecessores, que não deixaram a obra de Deus perecer no meio
do caminho, firmando os passos no presente, na fé que temos em Jesus Cristo,
pois sem Ele nada poderíamos fazer. E com os olhos fixos no futuro, pois
sabemos que as promessas de nosso Deus não irão falhar. A
Deus toda honra e glória para sempre por este centenário da nossa CIBI.
Amém.
O SR.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - ISAAC OLIVEIRA - Obrigado ao Pastor Moisés Lopes; também quero agradecer a presença do
nosso irmão Eder, jornalista da Editora Batista Independente, que se faz
presente entre nós e está registrando todos os fatos; não posso deixar de
agradecer também ao nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. e toda sua equipe. Se eu
deixar alguém de fora, não é a intenção, então, meu muito obrigado. Posso falar
o nome de uma pessoa com quem nós estamos em contato sempre, Dr. Paulo Rocha,
que tem sido um amigão e tem representado muito bem esta Casa, bem como o
gabinete do Deputado Carlos Bezerra, onde quer que vá.
Queremos, então, convidar e pedir a todos que estejam juntos com o nosso
irmão Wanderson, neste momento de louvor e adoração
ao nosso Deus. Serão ministradas duas canções e o plenário tem total liberdade
de participar e louvar ao Senhor com estas duas canções. Wanderson
Leão também é pastor de nossa Igreja Batista Independente em Vila Carrão.
* * *
- É feita a
apresentação musical.
* * *
O SR.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - ISAAC OLIVEIRA - Dando sequência à atividade, neste momento de
louvor, nós queremos também enfatizar a presença e a apresentação da banda da
Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nosso muito obrigado em nome da
Convenção das Igrejas Batistas Independentes do Estado de São Paulo e também
nível nacional. Quero aproveitar o momento para saudar os irmãos em nome do
pastor José Altair Pereira, presidente da Convenção Estadual, que justificou a
sua ausência nesta manhã.
Neste momento ouviremos, então, o pastor José Francisco Taborda, pastor da 1ª Igreja Batista Filadélfia em São
Caetano do Sul, que falará sobre a vivência e a experiência dele junto à CIBI,
Convenção das Igrejas Batistas Independentes, e tem uma experiência através de
suas viagens pelo Brasil e Suécia. Pastor Taborda,
por favor.
O SR. JOSÉ FRANCISCO
TABORDA - Primeiramente, quero
dirigir-me ao Deputado Carlos Bezerra Jr., que está dirigindo os trabalhos
desta manhã, juntamente com o nosso querido pastor e diretor do Seminário
Batista Independente de São Paulo. Dirigir-me ao nosso vice-presidente da
Convenção Nacional, o pastor Edinho, que é bem conhecido entre nós; e nós
queremos também saudar nesta ocasião o presidente da UNBIESP, pastor Moisés, e
vice-presidente da nossa UMBI nacional.
Senhores, Senhoras e irmãos em geral, nossa saudações. Eu estou aqui
neste momento me sentindo o vovô da turma, porque eu completei 73 anos, com a
graça de Deus. Vejo aqui colegas e quero declarar um relatório mais
substancioso com a presença de dezenas de colegas que poderiam estar conosco
aqui, muitos estão impedidos, mesmo aqueles que estão ligados à Casa, mas eu quero também me apresentar aqui como um
membro, um pastor da nossa querida Convenção Batista Independente aqui no
Brasil.
Eu não tenho um discurso tão ordenado e coordenado como o nosso
representante estadual, mas eu fui convidado para estar aqui nos momentos,
puxando o meu humilde bilhete; a minha história está gravada no coração e na
mente.
Amados, quem vos fala é o pastor José Francisco Taborda,
pastor da Igreja Filadélfia, como já foi falado, em São Caetano do Sul. Quero
falar, em breves minutos, da minha trajetória de conhecimento também da nossa
Convenção Nacional, Estadual, enfim... Faltaria-nos tempo para relatarmos tudo
o que temos na nossa mente e na nossa história. Eu nasci em 02 de novembro de
1940, e em 1948 eu fui convertido ao Senhor Jesus no Rio Grande do Sul; fui batizado
em 24 de dezembro de 1954; fui secretário da primeira secretaria regional no
Rio Grande do Sul; pastor em Cachoeirinha, que foi meu primeiro campo de
trabalho, no Rio Grande do Sul, São Gabriel, no Rio Grande do Sul, e depois fui
para Jundiaí, e ali fiquei nove anos. Em Goiânia fiquei sete anos e meio, e
depois voltei para Rio Grande a convite de uma grande igreja, que no seu campo
comporta mais de dois mil e quinhentos membros. Fui presidente da União dos
Ministros Batistas Independentes Nacionais, e também presidente da CIBIESP,
Convenção das Igrejas Batistas do Estado de São Paulo, fui
também tesoureiro nacional no sul e toda aquela região. E, completados estes 54
anos de ministério, sinto-me orgulhoso nesta manhã, neste dia, por participar
desta homenagem de 100 anos da nossa Convenção.
Nós temos a experiência, a vivência, de andar por este Brasil, de servir
igrejas, sempre levando o nome da nossa Convenção bem alto. Também sou
representante setorial do ABCD, e, atualmente, segundo vice-presidente da UMBI
nacional dos pastores, União dos Ministros Batistas Independentes.
Quero dizer aos Srs. que a minha experiência como menino ainda, me converti com oito anos. Minha trajetória tem sido em alguns
Estados, começando no Rio Grande do Sul, vi dentro da nossa história, fui
testemunha ocular, do avanço da nossa Convenção no Brasil. Presenciei,
ainda como menino, a organização da nossa Convenção em Ijuí.
Meus companheiros, como Lívia Falcão e outros, que hoje são da minha idade,
presenciaram isso, sem saber o que era votação, o que era concordar e
discordar, eu estava ali no meio deles, porque meu tio havia pertencido à
denominação e frequentava as reuniões nacionais. A
UMBI nacional, lá eu estava, na organização desta ordem nos nossos ministros.
E, prosseguindo, crescendo, indo para a escola. Fui para a escola com doze anos
de idade, por perder a minha mãe aos seis anos, e frequentei,
passeis dificuldades, apesar do meu pai ser uma pessoa abastada, fazendeiro,
mas o meu jovem e infantil coração tinha de enfrentar
uma nova realidade da vida.
Convertido ao Evangelho, comecei a ver a
grandeza de Deus, o conhecimento da Palavra de Deus, fui estudar o nosso antigo
e primeiro Instituto Bíblico, que se tornou Seminário no último ano. Trago no
bojo da minha vida, no meu alforje, muitas experiências bem simples. Porém, que
marcaram a nossa vida e nos capacitou para levarmos o Evangelho a todas as classes
que passaram por mim. Sou acompanhado de minha digníssima esposa, também
missionária, Solveig Taborda,
sueca, e nós marcamos o centenário, mais do que qualquer outra pessoa, porque
no ano do nosso centenário, nós nos casamos, tanto ela como eu, segundo
casamento, nos encontramos. Carrego aqui a bandeirinha da Suécia e do Brasil. E
naquele ano de comemoração, também estava comemorando para sempre, até quando
Jesus voltar, o nosso casamento, consolidando esta amizade e este compromisso
missionário.
Findando as minhas palavras, quero lhes dizer que, por todas estas
igrejas as quais passei deixei meu nome, deixei meu
trabalho, conheci missionários, muitos missionários. Fui batizado pelo saudoso
missionário Roberto, que já está na glória. Quantos missionários, que nas
grandes jornadas, como no Amazonas, para o norte do país, Bahia, e outros
lugares mais, e outros países que tive a oportunidade de visitar, evangelizar e
pregar a palavra de Deus; na Suécia, Japão, Inglaterra, Estados Unidos, França,
consagramos o nosso primeiro obreiro naquela época, e com obras sociais,
igrejas, nós tivemos por este Brasil, e fora dele, estivemos levando a santa e
bendita Palavra de Deus, que transforma as pessoas.
Imaginemos, meus queridos, que 100 anos são passados, o que fazer com eles? Só se
recordar do que fizemos e lamentar o que não nos foi possível fazer. João Woman, fundador de nossa missão, que vamos ouvir fatalmente
pelo nosso presidente da Convenção Nacional, pastor Edinho. Quero vos dizer que
a minha satisfação, de relatar além da história escrita, a história de um homem
chamado João Woman, sueco, de cultura sueca,
americana, inglesa, ferveu em seu coração uma mensagem de Deus, para a América,
para os continentes. E, aquele homem enviou missionários,
atendendo o apelo daqui e dali, nós podíamos passar pelas mãos de muitos
missionários, e muitos deles morreram aqui e estão enterrados em solo
brasileiro, e honramos ao Senhor Jesus, dizendo a ele, de cabeça baixa, “Senhor,
desculpe-nos porque não fizemos mais, não fomos mais avante”, quem sabe por
recursos ou algum motivo que nós desconhecemos, porém o que foi feito, foi
feito, não se pode concertar, nem o que foi bem feito e nem o que foi mal
feito, ter glória demais.
Queridos, melhor fazer um pouco de preciosidade do que muito sem valor. A
palavra de João Woman certamente ardeu no seu coração
o trecho que vou ler neste final da minha fala: “Os onze discípulos foram para
a Galiléia, no monte que Jesus os indicara, quando o
viram, o adoraram, mas alguns duvidaram. Então, Jesus aproximou-se deles e
disse: ‘Foi me dada toda a autoridade nos Céus e na Terra, portanto vão e façam
discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei, e eu
estarei sempre com vocês até o fim dos tempos’”. Estas palavras eram as
palavras da boca do próprio mestre Senhor Jesus, enviando os seus discípulos àquela
grande convenção. Homens de diferentes temperamentos, homens de diferentes aquisições
financeiras, homens de culturas diferentes, de diferentes famílias; mas uma
coisa era homogênea, o sentimento de obedecer à ordem daquele que estava junto
na criação de todo universo. E, como arquiteto e construtor, Ele colocou aqui
todos nós como homens, para trabalhar em um só fim: a salvação dos homens.
Quem sabe neste momento que ele estava anunciando,
ele esperaria, quem sabe, um sentimento nosso, e podemos expressá-lo neste
momento em partes, aquilo que Samuel, bem antes de Jesus, falou nas suas guerras,
nos seus movimentos, nas suas defesas, no seu sacerdócio, no seu período
profético, porque é um homem, na Bíblia, um dos que trazem a tríplice do
simbolismo do nome de Jesus, da missão de Jesus neste mundo, porque ele era
profeta, sacerdote e rei. Trazia em sua missão essa tríplice capacidade. Em uma das suas tarefas,
com os inimigos fariseus, inimigos da obra, inimigos sempre tempo do bem em
todo tempo e em todo lugar. Depois de ele ter falado e enxotado os seus
inimigos, então Samuel pegou uma pedra e a ergueu e deu-lhe o nome de Ebenézer e disse: “Até aqui o Senhor nos ajudou”. Assim os
filisteus foram dominados e não voltaram a invadir o território de Israel. Sim,
a fidelidade do Senhor tem sido grande para conosco.
Hoje nós estamos aqui cheios de alegria, com prazer de falar o que passou
bendito seja Deus, que não temos que nos envergonhar do nosso passado,
desejando, sim, que o nosso futuro, ainda na minha idade eu penso em futuro,
até que eu esteja de pé e minha mente fértil, eu quero reproduzir a vontade de
Deus, e reproduzir a minha história como aquele andante aqui no Brasil e fora
dele, representando a nossa Convenção, com muito orgulho, apesar de pequena,
mas com muita honra eu o faço. Quero,
Srs., receber o meu testemunho e palavra nesta hora, em nome de Jesus. Obrigado
pela atenção.
O SR.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - ISAAC OLIVEIRA - Muito obrigado, pastor Taborda. Nós ficamos
muito felizes quando ouvimos falar sobre desbravadores, sobre pessoas que deram
parte de seu tempo, de suas vidas, para que hoje nós estivéssemos comemorando o
nosso centenário. Com a palavra o Sr. Edeval Campos,
conhecido por nós como pastor Edinho, da nossa Igreja Batista Filadélfia na
Cidade Patriarca.
O
SR EDEVAL CAMPOS - Nobre Deputado
Carlos Bezerra, companheiro de muitas caminhadas e conspirações a favor do
reino, também a todos os pastores, colegas, amigos, a todos que nos prestigiam
neste momento, nos sentimos muito honrados, e quero, antes de qualquer coisa,
me fazer representar pelo pastor Eliezer Souza, presidente de nossa Convenção
que não pode estar, mora em Cascavel e já tinha um compromisso assumido
anteriormente; ele não pode
estar aqui neste momento tão importante para nós, celebrando o centenário aqui no
Estado de São Paulo, celebrando o centenário de nossa denominação no Brasil. E,
antes de dirigir algumas palavras, assistiremos a um vídeo relatando um pouco
de nossa história.
* * *
- É apresentado o
vídeo.
* * *
O SR EDEVAL CAMPOS - O salmo 126 diz: “Quando o Senhor trouxe cativo de
volta de Sião, foi como um sonho. Então, a nossa boca encheu-se de riso e a
nossa língua de cantos de alegria. Até nas outras nações se dizia: o Senhor fez
coisas grandiosas por esse povo. Sim, coisas grandiosas fez
Deus por nós, por isso estamos alegres. Senhor, restaura-nos assim como enches
o leito do ribeiro do deserto, aqueles que semeiam com lágrima, com cantos de
alegria colherão. Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com
cantos de alegria.”.
Eu creio que este texto pode representar muito bem a história da nossa
denominação. Vocês puderam ver a dificuldade que foi o início do trabalho. E
hoje, com toda tecnologia, com todas as condições de estrutura que temos, a abertura de novos trabalhos não é fácil, imaginemos
há 100 anos?
Sem condições, após uma tentativa frustrada, porque o primeiro
missionário sueco que tentara alguns anos antes falecera, ao chegar ao Rio de
Janeiro tinha pegado febre amarela, e não conseguiu chegar ao Rio Grande do
Sul, aonde havia um grande número de imigrantes suecos. Então, em 1912, a
semente foi lançada, talvez muitas vezes chorando. Mas aqueles que semeiam com
lágrimas certamente colherão com alegria. E isso representa muito bem a
história da nossa denominação. Em 1912, vindo da Suécia, chegou à colônia
Guarani, na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, o missionário Erick
Jansson, atendendo o apelo feito por imigrantes
suecos; assentados naquela região, eles sentiram a necessidade de assistência
espiritual, em um país completamente diferente de sua cultura, com um número
extremamente pequeno de evangelhos. O referido missionário veio com o apoio da
sociedade de Örebro, na Suécia, e durante vários
anos, auxiliado por outros colegas, que posteriormente chegaram também da
Suécia, desenvolveu intenso trabalho de evangelização.
Paralelamente foi desenvolvida significativa atividade na área da
educação, como na assistência social, prestando socorro às famílias
necessitadas, especialmente nas áreas de saúde e educação. Temos no nosso DNA o
trabalho social. Apenas seis meses após o trabalho evangelístico, o missionário
Erik Jansson fundou uma
escola e começou um processo de alfabetização, não apenas dos imigrantes
suecos, mas também dos imigrantes poloneses, italianos, alemães e dos
brasileiros, e isso se reforça nos dias de hoje. Quando grande parte de nossas
igrejas, senão quase a totalidade, tem seus trabalhos desenvolvidos na área
social, tanto de maneira formal, com organizações, com instituições
estabelecidas, como também na sua igreja, isto está no DNA dessa denominação.
As atividades missionárias expandiram-se no Estado gaúcho com
organizações de igrejas e congregações; que se espalharam também entre os
descendentes de outras etnias, como alemães e russos. Hoje, ainda, temos em
nossa denominação a Convenção das Igrejas Batistas Independentes de língua
alemã, que tem mais de quarenta igrejas que tem a sua origem e o seu culto
ainda em alemão.
Em 1952 foi organizada a Convenção das Igrejas Batistas Independentes,
sobre a liderança do pastor Pedro Falcão, primeiro presidente de nossa
denominação. Desde então, a nossa atividade missionária tem se desenvolvido no
Brasil e até no exterior, incluindo o Paraguai, Peru, onde foram os primeiros
missionários, e também outros países da America Latina. E também desenvolveu o
trabalho em Portugal, Espanha, Japão, Tunísia, Índia, Israel, Moçambique, Guiné
Bissau, Suíça, e temos missionários se preparando também para Nova Guiné.
Na área da assistência social, a CIBI, através da CEPA, Federação das
Entidades e Projetos Assistenciais, vem desenvolvendo 30 projetos abrangendo
todos os Estados da Federação, com atendimento direto a mais de seis mil
pessoas, incluindo escolas, núcleos sócio-educativos, creches e assistência a
idosos. Em nosso Estado, hoje, temos vários projetos, inclusive aqui no Estado
de São Paulo, com a Associação Beneficente Filadélfia aqui na Cidade Patriarca.
No mês de janeiro de 2012, foi realizada a primeira e principal
festividade em comemoração ao centenário do início do trabalho Batista
Independente, com grande celebração na cidade de Santa Rosa, muito próxima à
Colônia Guarani, onde se estabeleceu o primeiro trabalho Batista Independente.
O evento teve a participação de mais de duas mil pessoas do Brasil, Suécia, Noruega,
Paraguaia e de outros países.
A CIBI conta atualmente com mais de 900 igrejas autônomas, e congregações
espalhadas em 25 Estados e no Distrito Federal, totalizando aproximadamente 70
mil membros. Para apoiar o desenvolvimento missionário nas 18 regiões
eclesiásticas, a CIBI coopera no sistema de parceria, tendo convenções
regionais. Inclusive na cidade de Guarani das Missões, onde foi o primeiro
trabalho, a CIBI estabeleceu uma igreja forte na cidade.
Com isso, estamos celebrando os 100 anos. Sentimo-nos como o aposto
Paulo, no livro de Atos dos Apóstolos; no capítulo 28 de Atos, é o capítulo
inacabado. Nós sentimos que temos muito que celebrar. Alegramos-nos com este
momento, agradecemos a esta Casa por nos acolher e celebrar junto conosco. Mas
esta é uma história inacabada, e nós cremos que muito ainda precisa ser feito
até a volta do nosso Senhor Jesus Cristo. Se ele nos permitir, convidamos a
todos para a celebração do segundo centenário das Igrejas Batistas
Independentes. Muito obrigado a todos.
O SR.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - ISAAC OLIVEIRA - Muito obrigado, pastor Edival, pastor Edinho,
com muito carinho. Nós queremos agora passar a palavra, já cumprimentando, ao
pastor Odair Bento do Nascimento, pastor de nossa Igreja Batista Filadélfia em
Cidade Tiradentes, São Paulo. Que, juntamente com o Vande,
louvarão ao Senhor com cântico congregacional “As
novas do Evangelho”. Como diz o pastor José Lima, o hino que ficou selado como
uma homenagem à nossa denominação, a nossa querida Convenção das Igrejas
Independentes no Brasil. Pastor Odair, pastor Vande.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Neste momento eu convido o pastor Isaac Gomes de
Oliveira, da Igreja Batista Filadélfia da Freguesia do Ó, para que faça uso da
palavra na tribuna desta Casa, como último representante da convenção a fazer o
uso desta nesta manhã.
O SR. ISAAC GOMES DE
OLIVEIRA - Obrigado,
nobre Deputado Carlos Bezerra Jr., também quero ressaltar o nosso agradecimento
da Freguesia do Ó, também cidade Patriarca, São Caetano do Sul, Artur Alvim,
Francisco Morato, Franco da Rocha, Jardim Mauá,
Parque Savoy, Parque Santo Antônio, Jardim Geriva e Nova Esperança. Mais alguma igreja que eu não
citei? Perdão, pastor Odair, nossa igreja em Cidade Tiradentes.
Na realidade, quero deixar registrado nos anais da história, que eu
estive em Santa Rosa juntamente com alguns irmãos que estão presentes aqui, nas
comemorações do centenário da CIBI. E eu pude ser ali abençoado, e viver
experiências jamais vividas. Eu não tenho muito tempo de convenção, apenas 22
anos, sou uma criança perto de muitos que aqui estão, mas eu me sinto parte da
história e tenho aos poucos dado a minha participação, a minha contribuição;
para que a CIBI e suas regionais continuem crescendo em harmonia e segurança.
Porque, em Santa Rosa, compartilhei com o colega, pastor Moises, o quanto seria
precioso a participação de todos os nossos pastores, pastoras e membros. Foi
uma linda festa, um lugar muito longe, fui de ônibus e demorei 22 horas para
chegar naquele lugar, mas não me arrependo, faria de novo. Conheci muita gente,
ouvi muita coisa, conheci muito mais da CIBI, fizemos amizades com o pessoal do
norte, sul, sudeste, e por aí vai.
Então, este evento é para que você que está aqui hoje, que não esteve em
Santa Rosa, possa se sentir parte integrante daquele evento que foi muito bom. Pude
ali compartilhar na hospedagem com o irmão Martins, e ali nós quase choramos de
saber que muitos poderiam estar ali conosco, mas não estiveram por N motivos,
mas sintam-se, então, nessa manhã, parte integrante daquele evento do
centenário da CIBI.
Pastor Edeval, pastor Edinho, nos disse que se
Deus nos permitir estaremos no duo centenário, mas com certeza lá não estarei,
orando para que meus filhos e a minha próxima geração esteja lá, no segundo
centenário da CIBI. Enquanto isso, vamos marchando, vamos
caminhando com as boas novas do Evangelho. Também, para manter viva a chama
para gerações futuras, afim de que os próximos após nós venham investir na CIBI
e também em suas regionais.
Quero agradecer a minha esposa, Meire, minha família e meus filhos, que
me apoiaram neste ideal, e eu disse: nós temos representantes no Estado de São
Paulo e eu não quero passar por cima deles, mas eu gostaria de deixar a minha
contribuição. Viu, pastor Edinho, pastor José Moises, que fazem parte da
diretoria, eu só quis com isso deixar registrado no Estado de São Paulo,
através desta Casa, Assembléia Legislativa, um pouco da história do centenário
da CIBI. Agradeço, mais uma vez, ao nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. e sua
equipe. Agradeço a Deus por este momento, pela vida de vocês, pela Mesa
composta, e quero aqui agradecer em nome de Jesus por todo apoio que vocês nos
deram nesta manhã.
CIBI, Convenção das Igrejas Batistas Independentes no Brasil, crescendo
em harmonia e aliança. Que toda honra e toda glória seja dada ao nosso Deus. Ao
Senhor Jesus, autor e consumador da nossa fé, a Ele honras, glória, para todo
sempre, amém. Encerro aqui a minha participação e quero passar a palavra, então,
ao Deputado Carlos Bezerra, que fará o procedimento de encerramento. Muito
obrigado, bom dia a todos.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Uma
brevíssima palavra. Acredito que aquilo que vimos e ouvimos expressa bem a
história, a representatividade e a grande contribuição dos Batistas Independentes,
não apenas a história do Evangelho no Brasil, mas a construção da história da
nossa pátria brasileira. Às vezes, sinto que nos esquecemos de valorizar
especialmente a contribuição protestante na construção da história do Brasil. A
história de São Paulo é um exemplo disso. A história de São Paulo é contada a
partir de mosteiros. Eu não tenho absolutamente nada contra isso, essa é uma
forma de se ver a história. A outra forma de se ver a história, vendo-a a
partir da construção de marcos que foram feitos por homens e mulheres, como os
citados aqui. Que deixaram os seus países de origem, que deixaram as suas
famílias, que se ofereceram para tal, o melhor do seu vigor,
dos seus anos, para construírem um país diferente, mais justo, mais solidário,
mais humano; a partir de suas convicções de fé, da pregação do Evangelho, de um
Evangelho que resgata o homem e que transforma a sua circunstância, como é o
Evangelho pregado aos irmãos Batista Independentes há um século neste país.
Eu quero cumprimentar
aqui na fala, mais uma vez, o pastor José Moises, o pastor José Francisco Taborda, o pastor Isaac Gomes de Oliveira, amigo querido e
de muitos anos, companheiro de caminhada, companheiro de santas conspirações
nesta cidade. Como ele bem disse, o pastor, todo mundo
se enrola ao falar o nome dele, o pastor Edinho. Pastor Edeval?
Teve gente que até olhou de lado, quem é o pastor Edeval?
Como assim? (risos). Pastor Edinho, querido, amigo do coração, deixa um abraço
especial a um amigo irmão querido também, o Claudio Torelli,
que nos da à alegria de estar aqui nesta sessão nesta manhã. O pastor Odair, o
pastor Wande, talentosíssimo, encheu este lugar com a
boa presença de Deus, com a boa atmosfera provocada pelos louvores, pela
adoração. Nossa rua lá, Patrícia. Está na mesma rua, é uma alegria queridos ter
todos aqui.
Uma brevíssima palavra
na verdade, estava aqui vendo e ouvindo a todos, vi o vídeo que nos foi
apresentado e eu pensei aqui algumas coisas. Primeiro, a alegria e satisfação
de ter os irmãos aqui. Momentos como esse são momentos de alento. São momentos
que dão a este lugar uma atmosfera espiritual diferente. A presença dos irmãos,
aquilo que os irmãos crêem, representam e pregam, nos
trás uma alegria imensa, porque fazem deste lugar um lugar diferente, um lugar
mais especial por causa da presença de Deus, por causa das mensagens e valores
que os irmãos anunciam. Eu, pensando aqui com meus botões, pensava o seguinte,
um parlamentar, tive três mandatos como vereador aqui na capital, e estou no
meu primeiro mandato aqui na Assembléia, tenho a grata satisfação e a honra de
liderar a bancada do Governador Geraldo Alckmin, do partido do Governador, o
PSDB.
No meu primeiro ano de
mandato eu pensei: nós temos basicamente três funções: apresentarmos leis,
finalizarmos as ações do Governo, do executivo, suas secretarias; e também de
homenagear. E eu vou dizer para vocês, sem medo de errar, homenagear é a função
mais complexa, porque legislar é objetivo, fiscalizar é objetivo e concreto,
mas homenagear é uma atribuição diferente. Porque quando homenageamos, nós
apontamos caminhos, mostramos exemplos, e sinto-me muito feliz porque aqui
nesta manhã nós temos uma satisfação imensa de registrar nos anais desta Casa,
de registrar àqueles que vão nos acompanhar pelo Diário Oficial, pela imprensa,
pelo sistema de televisão, pelos canais que cobrem a Assembléia, apontarmos um
caminho.
Um exemplo: fazermos o
reconhecimento de uma caminhada, de uma história centenária, que é a história
dos Batistas Independentes neste país, e que é uma história que
aponta valores, como a ética, o respeito pelas pessoas, o compromisso com uma
espiritualidade, e uma espiritualidade que transforma o homem, que resgata o
homem, que transforma o homem espiritualmente, mas que não se esquece de
suas necessidades sociais.
A FEPAS está aí com
mais de trinta projetos, com mais de seis mil pessoas assistidas, vai
demonstrando claramente estes compromissos. Então, a importância de se fazer
algo como essa sessão tem um valor inestimável. Um dos papéis que sempre apontei
e uma das coisas que sempre fiz questão de ressaltar e frisar nos mandatos que
tive, especialmente nas homenagens, é de valorizar e de resgatar valores, a
história e a atribuição protestante para essa Cidade, para esse Estado, para
este país.
Portanto, quero deixar isso
claro, o meu respeito, o meu carinho, e reconhecimento por aquilo que os irmãos
representam. Porque na verdade, hoje, os irmãos representam uma Convenção, mas
um tanto de homens e mulheres deram suas vidas para que nós estivéssemos aqui nesta
manhã. E esta sessão se propõe a reconhecer a grande contribuição de todos
estes que ao longo destes 100 anos trabalharam pela evangelização do Brasil. Em
um tempo de tanta confusão, de questionamentos éticos, para dentro também do
ambiente evangélico; em um tempo de tantas distorções da mensagem, de
barateamento; num tempo em que, lamentavelmente, a teologia da prosperidade avança, suas distorções e seus efeitos colaterais para
dentro do nosso país. Reafirmar a memória dos nossos pais da Fé, batistas
independentes no solo brasileiro, é muito importante; reafirmar a sua história,
reafirmar os valores pregados, reafirmar o compromisso ético; e reafirmar o
compromisso com o evangelho autêntico, simples, verdadeiro, nos trás uma enorme
honra.
Eu finalizo a minha
palavra dizendo aos irmãos que hoje é um dia especial, como bem citado no texto
bíblico pelo pastor Edinho, hoje é um dia que o nosso coração e a nossa boca se
enchem de riso, por tudo aquilo que o Senhor tem feito por vocês, entre vocês e
através de vocês nesta cidade, neste Estado, neste país. Eu confesso que me
sinto, entre aspas, santamente orgulhoso por ver aquilo que Deus tem feito. Eu
reafirmo que hoje nós reconhecemos tudo isso. E eu vou dizer,
pastor Edinho, que quero estar lá no próximo centenário. Não sei vocês, mas eu
quero (risos). Eu peço a Deus, me faz chegar fácil nos 120, 130, e no próximo
centenário eu quero estar lá.
Eu vou encerrar essa
solenidade fazendo uma homenagem, deixando nas minhas palavras um registro ao
missionário Jansson, mas não apenas a ele, e nem
apenas aos irmãos que estão aqui, mas, respeitosamente, a todos os missionários e missionárias anônimos. Que construíram a
eles, e as suas famílias, esta história maravilhosa de que nós podemos nos
orgulhar aqui nesta manhã. A eles o nosso reconhecimento, e ao Senhor toda
glória. Brilha a luz de vocês diante dos homens, para que eles, vendo como vocês
vivem, lembram o mestre Jesus? Vendo a história de vocês, vendo as obras de vocês,
olhem para vocês e glorifiquem o Pai de vocês que está no céu, Deus nos
abençoe, nos fortaleça e nos guarde, e que nós honremos a memória dos homens e
mulheres de Deus, que os homens e mulheres de Deus construíram ao longo dos 100
anos das Igrejas Batistas Independentes. Assim seja.
Esgotado o objeto desta
sessão, esta presidência agradece as autoridades e agradece aos presentes, aos
funcionários da Casa, à TV Assembléia. Quero relembrar a vocês que esta sessão
solene será transmitida pela TV Assembléia, no próximo sábado, dia 18, às 23 horas,
pelos canais NET, canal 13, canal 66 da TVA, e na TV digital aberta canal 61.2.
Quero fazer um agradecimento aos funcionários, à equipe de mandato, e a todos
os envolvidos para que este evento acontecesse. Agradecer especialmente a
presença da minha esposa, da minha metade melhor, mais inteligente, mais
bonita, que está aqui nesta manhã, a Patrícia, em meio à correria da agenda, da
loucura do trabalho que ela vem fazendo nos últimos dias de serviço à nossa
cidade. Ela também encontrou um tempo para nos prestigiar, e eu fico muito
feliz pela presença dela, que abrilhanta ainda mais este evento. Deus abençoe.
Está encerrada a
presente sessão.
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- Encerra-se a sessão
às 12 horas e nove minutos.
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