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01 DE MARÇO DE 2012

015ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO e LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

 

Secretário: ORLANDO BOLÇONE

 

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - MARCO AURÉLIO

Lê e comenta crítica publicada na "Folha de S. Paulo" de hoje, do jornalista Rogério Gentile, sobre o ensino público estadual. Mostra foto de recente evento realizado na Cidade de Jacareí, para a entrega de 250 casas do "Programa Minha Casa, Minha Vida". Cita frase de moradora de 11 anos, Nayara, contemplada com uma das unidades entregues. Lamenta a desapropriação ocorrida no Bairro do Pinheirinho, que teria desalojado inúmeras crianças.

 

003 - Presidente JOOJI HATO

Convoca as seguintes sessões solenes: a pedido da Deputada Telma de Souza, a realizar-se no dia 26/3, às 20 horas, com a finalidade de homenagear o Rotary Club de Santos, pelos 85 anos de sua fundação; e, a pedido do Deputado Fernando Capez, para o dia 23/3, às 20 horas, para prestar homenagem à Anhanguera Educacional.

 

004 - LUIZ CARLOS GONDIM

Parabeniza o Governo do Estado pela instalação de uma unidade do AME em Mogi das Cruzes. Enumera as especialidades que estarão disponíveis no local. Critica os baixos salários pagos à classe médica. Propõe um plano de carreira à categoria. Cita indícios de irregularidades no Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaias, que está sendo alvo de investigações. Explica que hospitais que atendem planos de saúde estão transferindo para o SUS pacientes com câncer que precisam de medicamentos via oral. Fala sobre visita realizada à entidade, com o Deputado Marcos Martins.

 

005 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Discorre acerca do Orçamento do Estado, com ênfase na defesa de sua descentralização e transparência. Destaca a participação popular, que apresentou propostas à peça orçamentária, por meio de audiências públicas realizadas pelo Executivo e pelo Legislativo. Cobra, de Secretários de Estado, em que situação se encontram os investimentos discutidos e aprovados no ano passado, no sentido de se acompanhar futuras obras.

 

006 - OLÍMPIO GOMES

Manifesta preocupação e pede o apoio dos Parlamentares para o cumprimento da Lei 11.051, que versa sobre salários e carreiras dos operacionais da Polícia Civil. Diz que o Governo do Estado não tem atendido às exigências da categoria. Pede pela constituição de uma comissão de representantes legislativos. Repudia o valor do vale-alimentação dos servidores públicos, congelado em 4 reais, há 12 anos.

 

007 - MARCOS MARTINS

Declara apoio ao discurso do Deputado Luis Carlos Gondim. Repudia a retirada de portas de segurança de agências bancárias. Acrescenta que a porta eletrônica inibe a ação de assaltantes. Defende a derrubada de veto de projeto, de sua autoria, que obriga a instalação desses mecanismos, o que, a seu ver, ofereceria mais proteção aos funcionários e clientes de bancos.

 

008 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Assume a Presidência.

 

009 - JOOJI HATO

Solidariza-se com o discurso do Deputado Marcos Martins. Discorre sobre a violência. Informa que 62% dos assaltos envolvendo garupas de moto, ocorrem em saídas de bancos. Lamenta a falta de apoio da Febraban à sua proposta de moto sem garupa. Relata recente assalto a cidadão paulistano. Comenta evento ocorrido ontem, contra o uso do crack, com destaque para a participação do Prefeito de Palmares Paulista. Fala dos efeitos destrutivos da droga e de levantamento sobre sua evolução no Estado.

 

010 - ORLANDO BOLÇONE

Cita dados de pesquisa científica, realizada em municípios do Estado de São Paulo. Fala sobre lançamento, ontem, no Palácio dos Bandeirantes, de novo conceito de política pública de desenvolvimento social. Explica que o modelo busca unir a ciência e as ações sociais. Discorre sobre anúncio feito pelo Secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, com aspectos considerados relevantes. Destaca, entre eles, a criação da escola de desenvolvimento social. Comenta dados do Índice de Desenvolvimento Humano de regiões do Estado. Defende melhorias em ações sociais, como o combate ao crack e à miséria.

 

011 - JOOJI HATO

Assume a Presidência. Cumprimenta o Deputado Orlando Bolçone pela atuação no combate às drogas.

 

012 - CARLOS GIANNAZI

Rebate declarações do juiz estadual Rodrigo Capez, divulgadas em artigo, sobre a desocupação no Bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos. Faz críticas às argumentações apresentadas pela autoridade. Fala de sua intervenção junto ao Tribunal de Justiça sobre o caso Pinheirinho. Defende direito de resposta formal.

 

013 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, retoma seu pronunciamento acerca da reintegração de posse ocorrida no bairro do Pinheirinho. Comemora a desistência, por parte da prefeitura de São Paulo, em desapropriar terreno no Itaim, conhecido como "quarteirão da cultura". Questiona a gestão de Gilberto Kassab no que tange à administração de terrenos públicos.

 

014 - MARCOS MARTINS

Pelo art. 82, critica a qualidade dos serviços prestados pela Sabesp no Estado de São Paulo. Fala sobre a recuperação de lago, localizado na cidade de Osasco. Afirma que, por falta de obras de responsabilidade da Sabesp, tal recuperação não vem sendo possível. Lamenta o número de atrasos e acidentes ocorridos na Fepasa e no Metrô.

 

015 - MARCO AURÉLIO

Pelo art. 82, combate os argumentos apresentados pelo magistrado Rodrigo Capez em artigo, publicado no jornal "Folha de S. Paulo", sobre a reintegração de posse ocorrida no bairro do Pinheirinho. Apresenta foto do momento em que ocorria a desapropriação do local. Comenta denúncia de abuso cometido por policiais da Rota contra duas garotas nas imediações do Pinheirinho.

 

016 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

017 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 02/03, à hora regimental, sem ordem do dia. Lembra-os da sessão solene, a realizar-se hoje, às 19 horas, pela "Abertura da Comissão Estadual da Verdade". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Orlando Bolçone para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - ORLANDO BOLÇONE - PSB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Aurélio.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Assembleia, ontem, no debate sobre a questão do Pinheirinho, o Deputado Welson Gasparini fez uma colocação a respeito dos professores.

Por coincidência, hoje a "Folha de S.Paulo" traz um artigo do Rogério Galindo. Trata-se de um artigo do jornal "Folha de S.Paulo", nada tendo a ver com o PT ou com alguma organização de esquerda. É uma opinião da mídia, de um articulista, que diz o seguinte: “São Paulo - O ensino público em São Paulo, no que depender da engenhosidade do Governador Geraldo Alckmin, não corre o menor risco de melhorar nos próximos anos. Pela terceira vez seguida, diante da dificuldade em preencher as vagas abertas no corpo docente das escolas, o governo paulista autorizou a contratação de professores reprovados em um teste de seleção aplicado pelo próprio Estado.

Ou seja, o contribuinte paulista vai continuar a pagar alguém para ensinar aquilo que não sabe para os seus filhos. Será que era esse o tipo de solução que o tucano se propunha a oferecer quando, na eleição de 2010, dizia que "governar é enfrentar problemas e concretizar sonhos"?

A falta de professor não é um tema novo. Em 2007, o Conselho Nacional de Educação divulgou um relatório no qual tratava do assunto e dizia temer um verdadeiro "apagão" no futuro. Mas será que simplesmente reduzir as exigências e contratar qualquer um, como faz o governo, é a melhor maneira de encarar a situação? Alckmin costuma dizer que o Estado é o motor do país. Pois, em vez de desistir da qualidade e se conformar com a debilidade do ensino público oferecido aqui, deveria criar algum tipo de estímulo para tentar atrair os melhores formandos para a rede estadual. E utilizar a USP, a Unicamp e a Unesp para reciclar e recapacitar esses professores que há anos vão mal nos testes de seleção.” Há anos vão sendo maltratados pelo Governo tucano do PSDB. Foi falado ontem, e o próprio jornal hoje traz um artigo neste sentido.

Sr. Presidente, quero falar de uma matéria a respeito da Cidade de Jacareí. Quero apresentar uma foto de um evento que aconteceu na cidade: 240 unidades do projeto Minha Casa Minha Vida entregues no começo de fevereiro na cidade de Jacareí. Essa menina, que está ao lado da mãe, toda sorridente, chamada Nayara Rosendo, ao entrar na sua nova moradia no Residencial das Acácias, não conseguiu conter as lágrimas no momento em que ela e a mãe receberam as chaves do apartamento. A mãe diz “Não pensei que um dia eu teria uma casa. É uma maravilha.” A emoção de Nayara e de Francisca retratam o sentimento das famílias beneficiadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida. Atentem-se à frase de Nayara, 11 anos, “Nunca mais quero ser despejada e não ter onde morar.”

Mostro esse episódio para explanar que o Poder Público pode fazer cenas positivas como de Nayara, 11 anos, sorridente por ter conquistado sua moradia, ou produzir cenas tristes como o episódio do Pinheirinho na cidade de São José dos Campos, em que vimos crianças desesperadas no colo de suas mães, presenciando suas casas serem destruídas. Depende da opção política de quem está no comando do Estado e no comando do município, do que pensam e acreditam acerca dos valores e, sobretudo daquilo que foi dito no período eleitoral em que os políticos prometem inúmeros benefícios, principalmente aos menos favorecidos, com discursos tão elaborados que dificultam a identificação dos corruptos, mas na prática tudo fica mais claro.

Quero chamar a atenção para a política do PSDB. Todos puderam ver na matéria realizada pelo jornal “Folha de S.Paulo” como os professores são tratados.

Ontem eu falei nesta Casa, mais uma vez, sobre a questão do Pinheirinho. Isso é a política do PSDB, que consiste em beneficiar uma pequena parcela da sociedade, fazer política neoliberalista de exclusão e aniquilamento dos pobres e fazer justiça para Naji Nahas e para os ricos. O ideal dessa política é manter o Poder Judiciário alinhado com os interesses dos maiores proprietários do Estado de São Paulo. É antagônico vermos os menos favorecidos sendo arrancados de suas casas sob chamas e desespero, sem perspectiva de moradia e no município vizinho, 20 dias após o ocorrido, vermos a Prefeitura de Jacareí entregando 240 casas do Programa Minha Casa Minha Vida, propiciando dignidade, esperança e provocando a satisfação que pudemos ver impressa na frase dessa criança de 11 anos. Como já disse, é opção do Governo e quem decide esse governo é a população.

Espero que neste ano de 2012, a população possa ver, sob uma visão apurada, as pessoas através do que pensam, através dos seus projetos, programas e benfeitorias que realizaram. Diante disso, poderemos colocar no Poder Público, pessoas interessadas na população, na humanidade e na Justiça, sob pena de um descrédito irreparável da classe política e no descrédito das pessoas em relação à verdadeira essência da política, que é fazer o bem.

O que eu trago da cidade de Jacareí é uma prova de que a política foi feita para fazer o bem e a devida gestão de recursos visando à melhoria social do povo brasileiro. Espero que tenhamos um futuro auspicioso.

Hoje, será instalada nesta Casa a Comissão da Verdade, que consiste em fazer pesquisas sobre os atos pretéritos dos políticos. Podem ter certeza que futuramente essa pesquisa justificará todos os atos cometidos em 2012, pois é inadmissível que muitas pessoas se beneficiem dessa política nefasta do Estado de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência atendendo a solicitação da nobre Deputada Telma de Souza da cidade de Santos, convoca Vossas Excelências nos termos do Art. 18, inciso I, letra r, da XXIV Consolidação do Regimento Interno, para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 26 de março de 2012, às 20 horas, com a finalidade de homenagear o Rotary Clube de Santos, pelos 85 anos de fundação.

Nos mesmos termos, esta Presidência, atendendo a solicitação do nobre Deputado Fernando Capez, convoca Vossas Excelências para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 23 de março de 2012, às 20 horas, com a finalidade de homenagear a Anhanguera Educacional, uma história a serviço da construção do conhecimento.

Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Telma de Souza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e telespectadores da TV Alesp, tomamos conhecimento que o AME - Ambulatório Médico de Especialidades - de Mogi das Cruzes, seria inaugurado na próxima segunda-feira, mas pela ausência do Governador do Estado ao evento, por força maior, a inauguração juntamente com o início dos trabalhos foram transferidos para outra data. Há muito que eu comento sobre a nossa conquista acerca do AME, que é um aparelho do Estado de São Paulo. Tristemente vemos a Prefeitura se apoderando dessa iniciativa que nós temos desde 2007, em que conseguimos a conquista de dois AMEs: um para Mogi das Cruzes e o outro para o Alto do Tietê.

Quanto ao seu funcionamento, teremos poucas especialidades. Entretanto, já é um grande passo, são elas: cardiologia, endocrinologia e dermatologia. Os diagnósticos a serem dados, principalmente os relacionados às cirurgias gástricas, precisariam ir para um AME cirúrgico ou para um aparelho cirúrgico. Denominamos aparelhos, um hospital que atenda os casos de cirurgia da região.

O que temos visto e aprovamos terça-feira passada na Comissão de Saúde? Em uma visita ao Hospital de Ferraz, que é referência em cirurgias ginecológicas e bariátricas na nossa região, pudemos constatar que as cirurgias não estão sendo realizadas como previsto. Os pacientes vão ao hospital para marcar cirurgias como, por exemplo, histerectomia e mastectomia, mas retornam a Mogi da Cruzes sem sucesso. Igualmente acontece com Santa Isabel, Arujá e Suzano. Faltam médicos. Eles não querem trabalhar para o Estado porque o que se paga é muito pouco, é abaixo da média salarial para esses profissionais. Os médicos estão recebendo em torno de R$ 1.600,00 a R$ 2.500,00 por quatro horas de trabalho ou para plantões de 12 horas, no Estado de São Paulo. Enquanto que os hospitais particulares já pagam para um plantão de 12 horas, em torno de R$ 850,00 a R$ 1.000,00. Então, se você somar quatro plantões, você vai ganhar R$ 4.000,00 e não R$ 2.500,00. O que precisamos fazer é rever todo esse quadro e oferecer plano de carreira e de salários para os médicos que trabalham no Estado. Não podemos continuar assim. Precisamos rever urgentemente essa situação.

Hoje, venho a esta tribuna agradecer ao Governo do Estado por tornar possível o funcionamento desse ambulatório médico de especialidades na região de Mogi. O Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaias atravessa uma fase difícil porque está sendo alvo de uma investigação, segundo consta a informação, por suspeita de fraude. Fizemos uma visita ao hospital com o nobre Deputado Marcos Martins e vimos toda a aparelhagem, o que está sendo construído e como foi construído. Sabemos que a maioria dos hospitais atende planos de saúde e, quando precisa de um medicamento - via oral - para câncer, envia os pacientes para o SUS - com a devida autorização do SUS.

Baseado nisso, estamos preocupados em fazer uma CPI até para comprovarmos essa fraude. Penso que todos os deputados aqui precisam também participar, pois temos de representar e fiscalizar o Governo, inclusive quem recebe do Governo - todas as Organizações Sociais e todos os hospitais que têm convênio com o Governo. Não queremos fechar um hospital, sem que se tenha esta CPI funcionando na Casa, e prejudicarmos as 1300 pacientes que realizam tratamento naquela unidade de tratamento oncológico. Vamos trabalhar em cima disso juntamente com o Presidente da Comissão da Saúde para defender, inclusive, o dinheiro do Governo do Estado. Este é o nosso interesse. Se o hospital tiver de ser fechado, que dê condições para que os pacientes tenham quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e cirurgia oncológica. Seriam pelo menos 26 ônibus que teriam de fazer a viagem de ida e volta, todo dia, a São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Cauê Macris. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Samuel Moreira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, volto a falar sobre o Orçamento do Estado representando o Partido dos Trabalhadores como vice-Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento.

No ano passado discutimos a necessidade da descentralização do Orçamento para acompanharmos as audiências públicas do Legislativo - da Comissão de Finanças e Orçamento e levantar as demandas da população, dos vereadores, prefeitos e da sociedade civil organizada para que tenhamos uma peça orçamentária mais próxima da realidade da população. Foi um trabalho bem feito pela Comissão de Finanças e Orçamento, com quase 30 audiências públicas em todo o Estado. Ficou firmado um compromisso no final do ano passado, com os Secretários Semeghini e Sidney Beraldo, para fazer um levantamento entre as audiências públicas feitas pelo Executivo e pela Comissão de Finanças e Orçamento. E que, a partir do levantamento das duas audiências públicas do Executivo e do Legislativo, fosse visto quais obras seriam essenciais e necessárias para serem aplicadas no Estado de São Paulo. Tudo isso para que a população pudesse acompanhar não só a partir a indicação, mas também a execução da obra. No final do ano, acabou não concluindo o acordo firmado entre a Comissão de Finanças e Orçamento e o Executivo do Estado, liderado pelo Governador Geraldo Alckmin. Estamos já cobrando há mais de um mês a retomada do diálogo com os Secretários Semeghini e Beraldo, justamente para fazer valer o Orçamento do Estado.

Estamos vendo novamente o Governador circular pelo Estado e prometendo a realização de várias obras, mas não podemos acompanhar as obras que serão realizadas em cada uma das regiões. É fundamental cobrarmos isso com os dois secretários o mais rápido possível para acompanharmos a aplicação real do que foi discutido no ano passado e que foi aprovado no Orçamento. Vamos iniciar já as audiências públicas para o Orçamento de 2013 e vamos novamente às regiões administrativas, conversar com os vereadores, com a sociedade civil organizada, com os prefeitos.

Não abrimos mão do orçamento descentralizado para que a população possa acompanhar, e o recurso voltar a toda região do Estado. Fizemos um levantamento e verificamos que 70% do Orçamento - investimentos do PPA - são para as Regiões Metropolitanas de São Paulo, de Campinas, de Santos e para o aglomerado de Jundiaí. Mas temos quase 600 municípios no Estado de São Paulo. Muitas regiões do Estado serão esquecidas, com muitos municípios sem receber investimento em 2012, em 2013 e 2014, se não houver um orçamento descentralizado.

Por isso, a bancada do Partido dos Trabalhadores continua debatendo neste ano a necessidade do orçamento descentralizado. Queremos um orçamento transparente, participativo que possa ser aplicado com o acompanhamento da população. E compromisso feito tem de ser cumprido. Se os Secretários Semeghini e Beraldo tinham compromisso com a Comissão de Finanças e Orçamento, eles têm de cumprir. Já aprovamos requerimento para que haja nova reunião e que seja feito o acompanhamento. Registramos, então, no dia de hoje, que foi assumido compromisso antes da votação do Orçamento. Mas o compromisso não foi cumprido. Outra solicitação foi feita novamente e faço agora solicitação ao nobre Presidente em exercício, Deputado Jooji Hato: que seja reiterada a necessidade de uma reunião da Comissão de Finanças e Orçamento com os Secretários Semeghini e Beraldo, para fazer o ajuste do que foi apresentado pelo Executivo e pelo Legislativo. E acompanharmos, assim, a aplicação do Orçamento de 2012. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roque Barbiere. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, em primeiro lugar quero manifestar a minha preocupação e pedir o apoio dos parlamentares para que se cumpra o que nós votamos nesta Casa, que é a Lei 11.051, de 25 de outubro, que versava sobre salários e carreiras dos operacionais da Polícia Civil. Naquele momento, para que fosse feita a votação - e faço questão de deixar claro, os deputados do PSOL, do PCdoB, Deputado Carlos Giannazi e eu -, nos posicionamos frontalmente contrários ao projeto do Governo por não atender minimamente à dignidade dos policiais.

Deputado Luiz Claudio Marcolino, que tem uma história de luta na defesa de trabalhadores bancários, foi incluído no texto do Governo uma emenda para sinalização da negociação do Governo com os Policiais Civis para que a vantagem se transforme em vantagem pecuniária o nível universitário dos Policiais Civis. Porque votamos uma lei dizendo que tem nível universitário, mas é um título honorífico. Não se transformou em nenhuma vantagem real e concreta.

Fizemos um artigo, e foi aprovado através de uma emenda apresentada, que diz: “Fica constituído o grupo de trabalho integrado por representantes do Poder Executivo e Legislativo com a finalidade de avaliar as possibilidades de valorização das carreias de Investigador de Polícia e Escrivão de Polícia, considerando a Lei Complementar 1067, de 1º de dezembro de 2008, no prazo de 180 dias.” Este prazo irá expirar no dia 25 de abril.

As Associações Sindicais têm nos questionado porque até o momento não houve qualquer mobilização. Eu respondi: Isto é tão vago porque naquele momento, repito os deputados do PT, do PCdoB, do PSOL, Carlos Giannazi... Eu disse: “Olha, isso aqui é colóquio flácido para acalentar bovino, traduzindo, “conversa mole para boi dormir”.

Agora nós temos realmente que constituir essa comissão e tem que se estabelecer isso. Naquele momento, Deputado Marcolino, que é da Comissão de Finanças e Orçamento, se houvesse um mínimo de vontade governamental em cumprimento disso, poderia ter se estabelecido as próprias Receitas do Orçamento votado em dezembro, já que isso é de outubro, prevendo esses pagamentos.

Eu venho a esta tribuna manifestar minha preocupação e quero dizer a todos os Policiais Civis que nos assistem, que até o momento não houve constituição de comissão, não houve sinalização a nenhum parlamentar desta Casa que vá compor esta comissão, e observem que a comissão é de representantes do Executivo e do Legislativo. Não tem números das comissões, de parlamentares ou de membros. Nada disso. Naquele momento, foi apenas para calar a boca aos policiais. Nós nos posicionamos contrários e dissemos: “Olha o que vai acontecer.” E agora vamos ver o que vai acontecer de fato.

Eu peço o apoio de todas as bancadas. Isso aqui desmerece o Legislativo. Tem-se que constituir essa comissão, sim. Porque a Assembleia Legislativa votou dizendo que teria uma comissão de representantes legislativos.

E para concluir, quero manifestar minha preocupação, V. Exa. que é da Mesa e que todas às vezes que trago algum problema aqui, V.Exa. de imediato dá solução. Eu tenho falado muito sobre o valor do Vale Alimentação dos Policiais Militares, dos Agentes Penitenciários, dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, ser de quatro reais já há 12 anos. Inclusive esse valor ficou apelidado de “vale-coxinha”, mas se qualquer um desses servidores for comprar uma coxinha na cantina da Assembleia Legislativa, não é possível porque nesta cantina a coxinha é vendida a cinco reais. Um preço absurdo. Os funcionários da Casa, as pessoas que interagem e os Servidores Públicos que recebem o vale coxinha, não têm condição de comprar a coxinha na cantina da Assembleia.

Então eu encareço a V. Exa. que proceda através da Mesa, as devidas gestões para que haja um equilíbrio financeiro entre a possibilidade real dos nossos servidores e das pessoas que circulam pela Assembleia, até para que não fique tão defasado dentro da Assembleia, o apelido de vale coxinha. Porque se vier aqui na Assembleia, um soldado, um investigador, um agente penitenciário ou um professor, não irá conseguir comprar a coxinha, porque ela custa cinco reais.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência levará ao conhecimento do Presidente efetivo desta Casa, o Deputado e Presidente Barros Munhoz, essa reivindicação de Vossa Excelência. Obviamente nosso Presidente é um grande democrata e junto com outros deputados, quem sabe, encontrará uma solução para isso. Um vale coxinha que não consegue comprar uma coxinha!

Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins pelo tempo regimental.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luiz Claudio Marcolino.

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Quero cumprimentar os Srs. Deputados, as Sras. Deputadas e os telespectadores da TV Assembleia, e aqueles que nos acompanham pelos serviços de alto-falantes e galerias. Gostaria de fazer um pedido aos deputados e lembrá-los da necessidade por mais segurança.

Na maioria das vezes falamos aqui sobre a Saúde Pública, aliás, quero registrar aqui para o Deputado Gondim, que tem feito um apelo com relação ao Hospital de Mogi das Cruzes, manifestando seu interesse em apresentar uma CPI. Solicitei que ele dê início à coleta de assinaturas que nós o apoiaremos juntamente com a nossa Bancada. Embora no momento ele não se encontre aqui, mas deve estar nos ouvindo na sala. Peço-lhe que providencie a coleta de assinaturas o mais breve possível.

Outra questão é com relação à segurança, porque temos um problema sério. Em 2007 fomos procurados pelo Sindicato dos Bancários e pela Federação dos Vigilantes, para discutirmos a questão das portas de segurança de bancos. Apresentamos um projeto que mantinha as portas de segurança, uma vez que as novas agências já estavam sendo construídas sem implantar essa proteção. Esse projeto foi aprovado, mas foi vetado pelo ex-Governador José Serra.

Agora estamos diante de um dilema, porque os bancos passaram a retirar as portas de segurança, expondo a vida dos clientes, dos funcionários e dos vigilantes a riscos. Não é possível assistirmos a isso.

Hoje obtive a informação de que o Branco do Brasil também se manifesta em favor da retirada das portas de segurança. Essas portas precisam ter mecanismo de segurança e pessoas acompanhando para não gerar problemas com os clientes, mas é um inibidor necessário. Com a quantidade enorme de explosões que tem ocorrido em caixas eletrônicos de bancos, imaginem se as agências bancárias estivessem com as portas escancaradas sem nenhum tipo de restrição que dificulte a ação dos bandidos! Seria quase que um apelo ao roubo.

Então estou pedindo para derrubarmos o veto do Governador e colocar em prática esse projeto. A Federação dos Bancos diz que nos municípios e estados onde houver essa lei, eles irão respeitar. Aqui nós temos uma lei aprovada e precisamos fazer com que ela entre em vigor. Mas é preciso derrubar o veto a esse projeto de nossa autoria, para que se volte a ter o mínimo de proteção aos clientes de bancos e aos seus funcionários, que vivem expostos a toda sorte de riscos e ameaças, mortes, pessoas que ficam paraplégicas.

Estou pedindo o apoio dos deputados - e já falei com o nosso líder, Deputado Enio Tatto - para discutir, no Colégio de Líderes, a necessidade de se colocar em votação e derrubar esse veto para a segurança daqueles que utilizam o serviço de banco.

Não é possível que os banqueiros, que ganham muito dinheiro, não tenham a mínima preocupação, a responsabilidade social, a nível de segurança, para com a população que dá lucro aos bancos.

Peço aos Srs. Deputados e as Sras. Deputadas, que puderem colaborar conosco, derrubar esse veto para manter o mínimo de segurança à população que utiliza o serviço bancário. Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomaz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, o nobre Deputado Marcos Martins tem o meu total apoio. Se colocarem esse veto para votar, no plenário, votarei a favor da sua derrubada porque esta Casa aprovou esse projeto que vai salvar vidas, dificultar a ação dos marginais.

É muito importante que os bancos dificultem a ação dos marginais. Os bancos têm a responsabilidade de oferecer o máximo de segurança aos clientes que vão aos bancos buscar seus recursos.

Vou mais além, acho que temos que colocar detector de metais em todos os locais públicos, inclusive nas escolas porque têm professores sendo assassinados, os alunos sendo esfaqueados, baleados pelos colegas. Então, esses crimes podem ser evitados com o detector de metais, sim.

Por que detector de metais nos aeroportos? É por causa de sequestradores? Tem que colocar o detector de metais onde puder como, por exemplo, ao lado de câmeras para dificultar a ação dos marginais que estão aí dificultando a vida das pessoas que querem viver.

Quero dizer, ainda, que fui pedir à Febraban o apoio ao meu projeto da moto sem garupa, porque 62% dos assaltos acontecem na saída dos bancos. O Sr. Aldo Galiano Jr., do Deic, tem esse dado oficial e que, infelizmente, o delegado geral desconhecia. O nosso Delegado Geral Marco Antonio Desgualdo desconhecia isso e ele foi assaltado na Av. Jabaquara, aqui no coração de São Paulo, à luz do dia. Com ele estava a sua esposa e a filha. A sua sorte é que não foi um assaltante profissional de garupa de moto que poderia ter assassinado esse delegado geral, que era o chefe da Polícia na ocasião. Se o chefe da Polícia é assaltado, imagine nós.

Infelizmente, a Febraban não nos deu apoio. A Febraban está mais preocupada em ganhar dinheiro e não quer ajudar em nada. Um cliente sai do banco e é assaltado na esquina, mas está tudo bem. É esse o pensamento, infelizmente, dos maus banqueiros, maus empresários que só visam o lucro.

Ontem, tivemos uma reunião da Frente Parlamentar Anti-Crack, aqui na Assembleia Legislativa. Estavam presentes o Presidente Deputado Donisete Braga, o Deputado Itamar Borges e outros deputados. Também recebemos uma visita de prefeito João Camilo de uma cidade pequena, com 13 mil habitantes, chamada Palmares Paulista que fica junto a Catanduva, ao Rio Preto.

O prefeito de Palmares Paulista, município pequeno, que fica próximo ao Rio Preto, veio nos dizer da sua preocupação com o avanço do consumo de drogas na cidade e com a formação de pontos onde se consome o crack. É uma minicracolândia numa cidade pequena e, segundo ele, que conta apenas com dois policiais que não moram nessa cidade. Se um deles fica doente ou tira férias, não fica nenhum policial na cidade. Esses dois policiais não moram nessa cidade.

Essa cidade depende da internação desses consumidores de drogas. O prefeito não tem recursos. Então, fica muito difícil o tratamento de drogados. Está acontecendo uma proliferação absurda na cidade. Ele nos conta sobre as drogas, principalmente sobre o crack.

Acho que o oxi ainda não chegou lá, mas o crack lá está. Fico pensando: “Como pode? Como é difícil a situação do Prefeito João Camilo e de tantos outros prefeitos do nosso País”. Essa droga está avançando até onde estão os cortadores de cana, em Olímpia, ou no Nordeste, Alagoas. Vemos essa droga consumindo, arrebentando as famílias, os adolescentes, deixando os pais chorando. Imagine quem tem filho drogado ou alguém da família drogado.

Deputado Luiz Claudio Marcolino, se aqui em São Paulo, que tem muitos recursos, temos dificuldade imensa de combater as drogas com grande quantidade de médicos, paramédicos, hospitais, ficamos pensando como é triste morar numa cidade como Palmares Paulista. Mas, talvez, Deus escolheu a cidade de Palmares Paulista para morar porque com dois policiais estão sobrevivendo. Então, acho que Deus mora lá.

Quero dizer que, na próxima semana, a Frente Parlamentar vai iniciar um novo levantamento sobre a situação das drogas, do crack, aqui no Estado de São Paulo, para comparar o ano de 2010 e 2011, como o Deputado Olímpio Gomes e outros deputados participaram. Esse levantamento vai dar informação de qual a situação, se evolui mais ainda. Acredito que evoluiu.

Quero terminar a minha fala dizendo que vamos fazer uma visita, se Deus quiser, como fizemos na Cracolândia, para ver os equipamentos que a Vice-Prefeita Alda Marco Antonio disse que têm. Vamos checar esses equipamentos para divulgar. Eu não conhecia esses equipamentos da prefeitura de São Paulo. A população também não está sabendo se nós, da Frente Parlamentar, não conhecíamos. Temos que conhecer todos para divulgar. Essa luta não é minha, não é da Assembleia Legislativa, mas de todos nós. Por isso temos que lutar muito para combater as drogas. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor.

Esgotada a lista de oradores inscritos, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Na Presidência.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ary Fossen. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone.

 

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o Deputado Jooji Hato, que me antecedeu na tribuna, lembrou da importância da pesquisa científica para se conhecer melhor um problema. Foi o que a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack fez com a pesquisa que atingiu mais de 80% dos municípios do Estado de São Paulo e agora devemos fazer uma avaliação da eficácia das políticas, da importância que tem essa pesquisa científica para depois estabelecer políticas de segurança, políticas de Saúde, enfim, políticas públicas de ordem geral.

Ontem, no Palácio dos Bandeirantes, foi lançado um novo conceito, no meu modo de entender, de política pública de desenvolvimento social, colocando a ciência como apoio nas diversas ações sociais. O Deputado Marco Aurélio, que foi prefeito, lembra bem da importância das ações no setor público em chegar na ponta da linha.

O Secretário de Desenvolvimento Social Rodrigo Garcia e o Governador Geraldo Alckmin anunciaram alguns aspectos que acredito serem relevantes. Um deles, a criação da Escola de Desenvolvimento Social para formar especialistas, para atualizar os conhecimentos, para aplicar conceitos científicos nessa linha da ação social. E o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, é uma grande referência para se buscar as pessoas - inclusive a pesquisa chama-se pesquisa busca ativa - que estão em situação de miséria no Estado de São Paulo.

Vejam, o estado mais rico do Brasil tem 300 mil famílias nessa situação, de um total de um milhão de pessoas. O IDH mede valores como Saúde, Educação e renda. Deputado Jooji citou o Prefeito João Camilo, que está numa cidade onde a renda está concentrada no setor da cana-de-açúcar e cuja população necessita de serviços sociais, em especial no combate ao crack. Acho que se trata de uma inovação na gestão social. A escola vai formar profissionais, mas também vai poder atualizar esses profissionais. As nossas prefeituras têm carência de profissionais com capacidade de gestão, de profissionais que saibam gerenciar essas novas demandas e o crack é um dos grandes desafios que surgiram.

Profissionais bem formados, profissionais atualizados é o que se espera da Escola de Desenvolvimento Social, que vai fazer um convênio com a Fundap o que certamente vai possibilitar eficácia tanto no destino dos recursos, quanto na ação pública no sentido de reduzir a miséria e melhorar a condição social do Estado de São Paulo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência deseja parabenizar V. Exa. pelo pronunciamento, nobre Deputado Orlando Bolçone, pelo trabalho e pela visita ao Ministro da Saúde Alexandre Padilha juntamente com os Deputados Donisete Braga, Olímpio Gomes e este parlamentar dentre outros. Parabéns pelo trabalho antidrogas.

Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, ontem fiz rapidamente, através de um comunicado, algumas considerações críticas em relação ao artigo publicado na "Folha de S.Paulo" de ontem, na coluna Tendências/Debates, escrito pelo Juiz Rodrigo Capez, do TJ de São Paulo, com o título “Pinheirinho: ideologias e fatos”.

Eu me posicionei criticamente em relação a este artigo primeiramente porque participei antes, durante e após o processo de desocupação do Pinheirinho, que considero o maior massacre do Século XXI, massacre social contra trabalhadores, contra seis mil pessoas que do ponto de vista social, do ponto de vista psicológico e do ponto de vista físico foram massacradas. Nós participamos inclusive de negociações no Tribunal de Justiça, audiência que é citada no artigo do Juiz Rodrigo Capez. Uma semana antes do massacre do Pinheirinho tivemos uma audiência com o Presidente do TJ o Desembargador Ivan Sartori. Estive lá com o Deputado Adriano Diogo, com o Senador Eduardo Suplicy e com o Deputado Federal Ivan Valente. Fizemos ali várias gestões e apelos para que não houvesse a desapropriação e fomos orientados pelo próprio presidente do Tribunal de Justiça a buscar uma negociação com o juiz da massa falida Luiz Beethoven. Em pouco tempo conseguimos marcar, aliás, no mesmo dia, duas horas após a reunião com o presidente do TJ, uma reunião e fizemos um acordo, por orientação, repito, do próprio desembargador presidente do TJ. E no artigo o Juiz Rodrigo Capez tenta desqualificar nossas tentativas dizendo que não apresentamos nada de concreto. Como não! Apresentamos, sim, tanto é que fomos orientados pelo presidente do TJ a buscar a negociação e fizemos a negociação.

O juiz assinou um pedido para que a juíza suspendesse o processo da massa falida. Isso aconteceu. Foi a proposta que levamos ao juiz da massa falida. Além disso, há outras contradições nesse artigo, por exemplo, tentando criminalizar os partidos envolvidos - PSTU, PSOL e PT. Um absurdo o que o juiz coloca neste artigo. Mais absurdo ainda é que o artigo parece ter sido escrito por um defensor da massa falida de Naji Nahas quando diz que o terreno vale 500 milhões de reais e ninguém apresentou proposta para comprar, o dinheiro não apareceu. Um absurdo um juiz se prestar a escrever um artigo como este, dando a impressão de que ele representava a massa falida de Naji Nahas.

Portanto, queremos criticar publicamente este artigo e já pedimos um espaço na "Folha de S.Paulo" para rebatê-lo. Ele tem muitas contradições. Ele tenta desviar o foco das verdadeiras causas dessa crise de moradia no nosso Estado, sobretudo naquela região de São José dos Campos. Ele diz que tinha lá uma Cracolândia. O nobre Deputado Marco Aurélio esteve presente, atua nessa área. Tentou desqualificar o movimento organizado, justo, democrático. Ele tenta desviar o foco dizendo “lá tinha tráfico de drogas, tinha uma Cracolândia, tinha gente vendendo terrenos cobrando taxas... Ou seja, desvia o foco principal de toda a discussão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, está encerrado o tempo destinado ao Pequeno Expediente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ARTIGO 82 - Nesse caso do Pinheiro é um absurdo o que aconteceu lá. Em nossa opinião foi absurdo o comportamento da Justiça, um comportamento pró Naji Nahas para especulação imobiliária. Uma liminar tem que ser cumprida, sim, mas antes o Tribunal de Justiça deveria ter oferecido condições para que a população fosse bem acomodada, em casas populares, e isso não aconteceu. A população do Pinheirinho está lá amontoada, em abrigos subumanos e sem a mínima infraestrutura. Entendemos que o Tribunal de Justiça cometeu um grave erro.

Outro assunto importante em relação à cidade de São Paulo é que recentemente tivemos uma grande vitória do movimento social organizado. O nosso mandato atuou muito nesse movimento e conseguimos pelo menos a desistência provisória da prefeitura de desapropriar um terreno de 20 mil que fica no bairro do Itaim, terreno conhecido como Quarteirão da Cultura. Ali há escola pública estadual e municipal, creche, posto de saúde, biblioteca pública, teatro da prefeitura e uma Apae. Enfim, é uma área com vários equipamentos na área social, da educação, da saúde, da cultura e está sendo ameaçada.

O Prefeito Gilberto Kassab aprovou na Câmara projeto autorizando a venda do terreno, a destruição de todo o equipamento social, por isso criamos um grande movimento com os moradores da região, com professores, com alunos, com usuários dos serviços de Saúde, fomos ao Conselho do Patrimônio Estadual e conseguimos provisoriamente fazer com que o prefeito desistisse da venda. Até porque ele não terá mais tempo hábil. Seu governo está terminado e não teria sequer condições de fazer a licitação para entregar esse terreno e esses equipamentos para as empreiteiras, para a especulação imobiliária da cidade.

Foi uma vitória do movimento social organizado, do Ministério Público. Realizamos aqui, no ano passado, uma grande audiência pública com duas promotorias presentes, assim como uma ilustre moradora do bairro que é a atriz Eva Wilma, que participa do movimento e deu depoimento importante em defesa dessa área.

O prefeito desistiu por enquanto, mas sabemos todos que ele representa as empreiteiras, representa os interesses da especulação imobiliária, do mercado imobiliário. Não é à toa que ele já foi corretor de imóveis, daí a especialidade, a ligação dele com o Secovi. Ele foi financiado pelo Secovi por meio de uma organização fantasma. Não só ele, mas também muitos vereadores receberam muito dinheiro desse setor. E ele está loteando a cidade, está tentando entregar vários terrenos públicos para as empreiteiras, mas nesse caso específico ele sofreu grande derrota porque a população não aceita mais isso.

A cidade de São Paulo não aguenta mais tanta especulação imobiliária. A cidade já entrou em colapso, o trânsito está caótico, há poluição do ar, há violência e o Prefeito Gilberto Kassab continua potencializando essa especulação e desrespeitando o Plano Diretor da cidade. Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - PELO ARTIGO 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, aqueles que nos acompanham pela TV Assembleia e pelo serviço de altofalante, gostaria de falar sobre os precários serviços prestados pela Sabesp. A Sabesp precisa melhorar os serviços que presta a população deste estado. Na cidade de Osasco, mais precisamente em Três Montanhas, cidade que completou 50 anos, com esforço do prefeito e dos moradores foi feita a recuperação de um lago importante. Lá morava o cartunista Glauco Villas Boas que infelizmente foi assassinado. Uma parte desse lago ainda recebe esgoto de diversas moradias do Três Montanhas por falta de obras da Sabesp. A Sabesp precisa canalizar o esgoto para completar a recuperação desse lago remanescente da Mata Atlântica e próximo da capital.

Vemos tanta propaganda da Sabesp, mas quando a população se dispõe a agir para a preservação de uma nascente de água não tem o apoio da Sabesp. A Sabesp tem uma dívida de cumprimento de contrato, uma dívida com os moradores da região que é também problema de saúde pública, ou seja, fazer a coleta e o tratamento do esgoto. Na maioria das vezes a Sabesp não faz o tratamento, mas apenas o afastamento, e é uma poluidora. Ela joga nos córregos. Por isso que os Rios Tietê e Pinheiros continuam poluídos. Isso precisa mudar.

Fica então o registro: a Sabesp precisa solucionar o problema do Três Montanhas. A população está disposta a preservar o lago e a Sabesp, empresa do governo, precisa dar a sua contribuição.

Outro assunto é que temos cobrado também com relação ao transporte. Encaminhei requerimento à Comissão de Transportes para que sejam convidados o presidente da Fepasa e o secretário de Transportes para prestarem esclarecimentos sobre os vários acidentes que veem ocorrendo, como atrasos, etc., inclusive com mortes. Em dois meses foram cinco atrasos.

Há problemas também com o Metrô. “A Linha 4 do Metrô tem cinco panes em cindo meses. A Linha 4 Amarela Butantã-Luz ficou completamente paralisada ontem por 40 minutos, entre 8h20 e 9 horas. O Consórcio Via 4, responsável pela operação do ramal, informou que a interrupção no sistema ocorreu por causa de falha na alimentação elétrica de um trem perto da Estação Faria Lima, na zona oeste da capital. A empresa também culpou os usuários pela longa duração da suspensão dos serviços. Essa foi a quinta pane na linha em quase cinco meses.” Tem mais: “Linha 4 culpa passageiros por pane.”

Então, está chegando o momento que precisa ter alguma providência. Tem tanta propaganda que fala tanto do Metrô e de trem, houve uma época que parecia que já tinha chegado aqui o trem bala do Japão de tanta propaganda na televisão. Está aí a população sofrendo com atrasos. Se for problema de energia elétrica, a Eletropaulo precisa ser cobrada. Temos cobrado o serviço da Eletropaulo que deixa a desejar com as panes e apagões. Numa das sessões tivemos seis ou sete interrupções aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Uma reunião da Comissão de Saúde, quando o secretário da Saúde veio aqui para prestar informações sobre as ações daquela secretaria - a lei obriga que ele faça isso - teve que ser suspensa por falta de energia elétrica.

A Sabesp e a Eletropaulo precisam melhorar seus serviços. Esperamos que isso ocorra não só na capital, mas em todos os municípios do estado. Por falar em Sabesp, há muitos vazamentos de água, rede ultrapassada com vida útil vencida, um desperdício de água muito grande embora se faça muita propaganda para que os consumidores economizem. Mas a Sabesp também precisa assumir seu papel, assim como todos os órgãos governamentais estaduais.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, quero também fazer referência ao artigo publicado ontem pelo juiz Rodrigo Capez, no jornal "Folha de S.Paulo". Não sou jurista, não sou formado em Direito. Mas num primeiro momento, vemos algumas questões interessantes nesse artigo.

Primeiro, ele fala que foi procurado pelo PSOL, PSTU e PT. É gozado, é interessante ele não citar que foi procurado pelo PSDB. O PSDB que é governo municipal e estadual não se interessou pelo caso, não quis mover uma palha, não quis conversar absolutamente nada para evitar a tragédia anunciada que aconteceu no dia 22. é estranho. Mas quem disse que não procurou, não estou sendo eu, está sendo o próprio juiz do tribunal que disse que o PSDB não procurou nada para tentar uma solução.

A outra questão é que se fala muito em proteger a propriedade privada. Agora, quando se fala propriedade privada as pessoas pensam em terrenos, em casas? Uma geladeira, um fogão que a pessoa com seu salário não é propriedade privada? Por que estou falando isso? Porque depois de tiradas as famílias, as máquinas foram lá e detonaram, acabaram liquidaram com os bens daquelas famílias, ou seja, propriedade privada. Quero saber: qual propriedade privada deve ser preservada pela justiça? Só do rico, do pobre não? É isso? É isso que quero entender. Porque a propriedade privada do pobre foi enterrada naquele terreno, foi massacrada, o trator passou por cima de geladeiras, máquinas, televisões, fogões. Agora, a propriedade privada do Naji Nahas, essa foi protegida. É essa propriedade privada que vocês estão protegendo, que o governo do PSDB está protegendo. É isso que a Justiça está querendo dizer?

Outra coisa é quando se fala que houve a revogação de um termo pelo juiz Beethoven no dia 21 de janeiro. É verdade. O juiz Beethoven revogou a manifestação que ele tinha dado para conceder 15 dias. Só que essa manifestação foi publicada no dia 26, portanto quatro dias após a desocupação. E sabemos que os atos só têm validade após serem publicados.

Outra questão que também tem que ser esclarecida é que durante o dia teve também liminares da Justiça federal impedindo que houvesse a desocupação do Pinheirinho. Alguém pode falar assim: Mas espera aí, aí não é competência da Justiça federal, é competência da Justiça estadual. Quando você tem conflito quem resolve é o Superior Tribunal de Justiça. E foi o Superior Tribunal de Justiça que julgou e disse que é competência do estado. Mas sabem que horas? Na noite do dia 22. Sabem o que aconteceu? Durante o dia, toda aquela desocupação que aconteceu naqueles moldes violentos e truculentos, não havia autorização judicial porque havia um conflito que não tinha sido julgado ainda pelo Superior Tribunal de Justiça. Quando foi julgado, já tinha sido executado.

Aqui foi falado que as famílias foram para os abrigos. Quisera dizer eu que as famílias foram para os abrigos. Não foram, elas foram para campos de concentração. Fui lá, conheço lá. Ali é campo de concentração. Um policial disse que a ordem era para que aquelas famílias fossem submetidas ao estresse máximo.

Vou mostrar duas fotos.

 

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- São exibidas as fotos.

 

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Essa é a foto do Pinheirinho, dia 22 de janeiro de 2012, as mães pegando as crianças. reparem a criança do lado esquerdo, nem calçado conseguiu pegar, descalça, e que nunca mais pegou; e a criança apontando para a mãe a casa pegando fogo, e a mãe se protegendo da fumaça tentando salvar as duas crianças. Dia 22 de janeiro de 2012. na cidade de São José dos Campos.

Outra foto: vinte dias depois, dia 15 de fevereiro em Jacareí, uma criança alegre e feliz depois por ter recebido Minha Casa Minha Vida. Isso podia acontecer na cidade de São José dos Campos.

Na audiência pública de Brasília foi questionado se o governo federal nada fez no Pinheirinho. O governo federal respondeu o seguinte: que desde 2004 o governo federal vem esperando a prefeitura de São José dos Campos tornar aquela área de interesse social para que a prefeitura se manifeste à união pedindo recursos financeiros para a desapropriação para a União poder repassar. Desde 2004, nunca houve esse decreto.

Vamos repetir a exibição das fotos para que fique muito claro.

 

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- São exibidas as fotos.

 

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Quinze de fevereiro de 2012, em Jacareí, programa Minha Casa Minha Vida, programa disponível a todos do Brasil.

Vinte e dois de janeiro de 2012: Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos.

É opção de governo. É opção da ação que cada um faz quando governa seu estado, quando governa sua cidade.

Portanto, não vou me esquecer disso que aconteceu. Não vou. Já temos uma corte internacional que aponta que o governador poderia ser preso pelo que fez. Eu vou pesquisar até os últimos momentos porque o que aconteceu, pode demorar cinco, dez, quinze, vinte anos, vai ser apurada a responsabilidade. Falei cinco, dez, quinze, vinte anos, Sr. Presidente, diferente do que falou a Rota, na noite do dia 22, para aquelas duas meninas. Sabe o que a Rota falou depois de ter abusado das meninas? Falou: “vocês fiquem quietas porque pode demorar cinco, dez, quinze, vinte anos, a gente volta e mata vocês, porque Deus cria, a mãe cuida e a Rota mata”. Foi o que elas ouviram na noite do dia 22, no bairro ao redor do Pinheirinho. Portanto, é necessário que as pessoas que pensam de maneira diferente também digam o seguinte: “Pode demorar cinco, dez, quinze, vinte anos, mas que a gente vai lutar para ter justiça nesse país, a gente vai lutar”. Da mesma forma que o governo Lula e o governo Dilma estão indenizando as vítimas da ditadura militar, que ocorreu tantos anos atrás. Ainda que demore, não é possível que esse povo pobre não veja justiça, porque eles foram massacrados, porque eles são criminalizados. E o crime que cometeram é serem pobres e morarem no Estado de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da Sessão Solene a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de realizar a abertura da Comissão Estadual da Verdade, solicitada pelo Deputado Adriano Diogo.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 50 minutos.

 

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