Os ex-maquinistas das concessionárias ALL, Rumo ALL, MRS e FCA relataram as condições de trabalho a que estão submetidos os maquinistas e qual a atual situação de manutenção dos equipamentos e do leito ferroviário. Os trabalhadores relataram que é usual, principalmente na ALL, a excessiva jornada de trabalho com turnos que chegam a 16 horas de trabalho sem intervalo. Não há estrutura para que eles possam usar sanitário durante a condução dos trens. A ausência de um ajudante, ou um segundo maquinista, também foi ponto reforçado pelos ex-maquinistas. Hoje, só uma pessoa conduz o trem durante todo o trajeto, o que amplia a possibilidade de acidentes. Outro fato que chamou a atenção dos parlamentares foi o fato de que, para evitar problemas de manutenção e atrasos, muitas concessionárias retiraram dos vagões as válvulas de segurança, medida que pode favorecer a ocorrência de acidentes, já que o tempo de frenagem torna-se maior, bem como distância percorrida até que o trem pare completamente. O relator da CPI, deputado Ricardo Madalena (PR), questionou os depoentes sobre as condições de segurança e o respeito aos limites de velociadade impostos pela Agência Nacional de transportes Terrestres (ANTT). Todos os ex-maquinistas afirmaram que desconheciam quais eram esses limites, e que respeitavam os limites impostos pela concessionária.