A omissão dos governos desses países, aliada à debilidade da fiscalização brasileira nas fronteiras, favorecem o aumento de trabalhadores que se sujeitam a atividades degradantes e exaustivas, principalmente na área têxtil. Essa foi a conclusão partilhada pelo padre Roque Pattussi, coordenador do Centro de Apoio ao Migrante (Cami), e por Juliana Felicidade Armede, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, que participaram, nesta quarta-feira, 30/4, da reunião da CPI do Trabalho Escravo. O próprio presidente da CPI, Carlos Bezerra Jr. (PSDB) questionou, por mais de uma vez, os dois cônsules presentes à reunião, Arturo Jarana, do Peru, e Jaime Pedro Valdivia Almanza, da Bolívia, sobre as providências tomadas pelos seus governos para coibir a migração ilegal de trabalhadores. Participaram também da reunião os deputados Marco Aurélio de Souza (PT), Sahra Munhoz (PCdoB), Luiz Cláudio Marcolino (PT) e Hélio Nishimoto (PSDB)