A biografia "Um homem torturado: Nos passos de frei Tito de Alencar" foi lançada nesta segunda-feira, 14/4, em audiência pública da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva. Na obra, as autoras Leneide Duarte-Plon e Clarisse Meireles mostram como os dominicanos do Convento das Perdizes eram próximos da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização de luta armada criada por Carlos Marighella, com a qual colaboravam escondendo perseguidos políticos e organizando a fuga pela fronteira de pessoas procuradas pelos órgãos de segurança. Na mesma reunião, a Comissão da Verdade realizou audi¬ência para abordar o caso de Frei Tito, que desenvolveu seu trabalho político principalmente em São Paulo. O frei cearense Tito de Alencar Lima foi preso em 1969, tendo sido brutamente torturado. Deixou a prisão em 1970 e foi deportado imediatamente. Acolhido na França, cometeu suicídio em 1974, em decorrência dos horrores que vivera. Além do presidente da comissão, Adriano Diogo, e das autoras da biografia, compôs a mesa de abertura do evento Frei Betto, jornalista, ex-preso político e amigo de Frei Tito.