Comissão da Verdade aborda casos de Hélber Goulart e Hiroaki Torigoe

Para o deputado Adriano Diogo, é fundamental, neste caso, o levantamento das equipes responsáveis pela tortura e morte dos militantes, informações que não constam em nenhum relatório e solicitar à Comissão nacional da Verdade novos laudos necroscópicos condizentes com a verdade dos acontecimentos.
18/03/2014 09:15

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A Comissão estadual da Verdade Rubens Paiva, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), recebeu, nesta segunda-feira, 17/3, Suzana Lisboa, ex-integrante da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, para tratar dos casos de Hiroaki Torigoe e Hérber José Gomes Goulart, mortos por órgãos de repressão da ditadura militar.

Segundo Suzana Lisboa, o anúncio oficial da morte de Hélber, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), ocorreu em 16 de julho de 1973 em suposto tiroteio no museu do Ipiranga. Contudo, relatos afirmam que Hélber teria sido visto nos corredores do DOI/Codi após sua prisão, além de fotos encontradas nos arquivos do DOPS nas quais estaria supostamente morto, mostrarem-no evidentemente ainda vivo e com sinais de tortura. Em 1990, com a abertura da vala de Perus, seu corpo foi identificado, tarefa facilitada pelo fato de Hélber ser desdentado. Em 1991, os restos mortais foram enviados à Mariana (MG), sua cidade natal. Os restos mortais de Hiroaki Torigoe, estudante de medicina da santa casa, até hoje não foram encontrados. O militante da ALN e do Movimento de Libertação Popular (Molipo) foi assassinado e oficialmente e deliberadamente enterrado em Perus com nome falso.

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