Conselheiros da Comissão da Verdade fazem balanço de suas atividades

Coordenadores da Comissão da Verdade, Maria Amélia Teles, Ivan Seixas e o presidente da comissão, deputado Adriano Diogo (PT), falaram sobre os trabalhos realizados, ouviram dos membros do Conselho Consultivo sugestões valiosas para as futuras atividades da comissão
18/07/2013 19:02

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A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva reuniu, nesta quarta-feira, 17/7, seu Conselho Consultivo, para fazer um balanço das atividades desenvolvidas.

Coordenadora da comissão, Maria Amélia Teles falou sobre as dificuldades de acesso aos documentos e comentou os dados dos trabalhos. Nas 56 audiências anteriores, foram realizadas as oitivas de cerca de 200 depoimentos sobre 67 casos de mortos e desaparecidos políticos, do universo de 160 casos que serão abordados, referentes a pessoas que nasceram no Estado de São Paulo ou que aqui foram vítimas da repressão. Uma das atividades destacadas foi o lançamento do livro que contém a Sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o Caso Araguaia, com realização de uma audiência no último dia 10/6. No evento, houve defesa da revisão da Lei da Anistia, questão que ainda será retomada na comissão. Ocorreram também 12 audiências temáticas, sobre questões como a participação da Fiesp e do Consulado Americano na repressão; testemunhos das mulheres vítimas da ditadura; repressão aos operários; abertura da vala do cemitério de Perus, com a apresentação do relatório de Patrícia Bernardi, cofundadora da Equipe de Antropologia Forense, da Argentina; e a oitiva de dois ex-agentes da repressão. Ivan Seixas, também coordenador da comissão, informou que será lançado um livro com os depoimentos deste seminário Verdade e Infância Roubada. Seixas ainda lembrou a decisão política de se manter os trabalhos da comissão abertos e divulgados. Para isso, há links no Portal da Assembleia Legislativa para todas as matérias jornalísticas publicadas e para o canal do Youtube com os vídeos da TV Assembleia. O presidente da comissão, deputado Adriano Diogo (PT) disse que uma das metas é "não trabalhar com factoides, com a mídia a curto prazo, não personalizar". Agradeceu ainda o trabalho da equipe de coordenadores e a cobertura feita pela imprensa, rádio e televisão da Assembleia.

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