Comissão da Verdade aborda caso de Rui Pfützenreuter III

Cláudio Antonio de Vasconcelos Cavalcanti, companheiro de Rui no Partido Operário Trotskista (Port), fala sobre a Organização a que pertenceu e sua relação com Rui.
17/07/2013 17:45

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Na 56ª audiência pública da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), foram ouvidos depoimentos sobre Rui Osvaldo Aguiar Pfützenreuter, morto em 14/4/1972. Formado em jornalismo e sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rui escrevia para vários jornais, organizava grupos de estudos e debates, dava palestras sobre a situação nacional e os caminhos da revolução brasileira. Nascido em Santa Catarina, mudou-se para São Paulo com o objetivo de organizar o Partido Operário Revolucionário Trotskista (Port) do qual se tornou um dos principais dirigentes. "Rui era um homem extremamente dedicado à causa", revelou Cláudio Antonio de Vasconcelos Cavalcanti, militante do Port. Preso em 1970, Claudio descreveu Rui como um homem que não costumava se esquivar dos trabalhos mais espinhosos. De acordo com a versão oficial, Rui teria sido morto pela polícia ao resistir à prisão. Barnabé Medeiros Filho, companheiro de militância de Rui, contou que foi preso em 12/4/1972 e intensamente torturado. Ao não suportar mais a tortura, acabou revelando o local em que morava, onde haveria uma reunião do partido. Rui, ao chegar à casa na noite anterior à reunião, acabou sendo preso. Não se sabe ao certo se foi morto neste momento, se foi preso e levado ao DOI/Codi ou se foi torturado e morto no local da prisão. Barnabé lembra-se de ter ouvido, quando preso, alguém dizer que vira Rui morto nas dependências do DOI/ Codi.

Participaram também da audiência a irmã de Rui, Regina Célia Pfützenreuter, seu sobrinho, Rui Pfützenreuter Direne e a militante do Port Helena Iono. (DC)

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