CPI federal que investiga tráfico de pessoas ouve depoimentos em São Paulo

A deputada Flávia Morais PDT/GO, relatora da CPI,faz uma avaliação da audiência pública e dos depoimentos que foram dados. A relatora destacou sua preocupação com a situação dos travestis e transexuais, que ficam presos em penitenciárias masculinas.
04/07/2013 18:43

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A CPI da Câmara dos Deputados, que investiga o tráfico de pessoas no Brasil no período de 2003 a 2011, compreendido na vigência da Convenção de Palermo, reuniu-se nesta quinta-feira, 4/7, na Assembleia Legislativa, para tratar de casos ocorridos em São Paulo. A reunião da CPI foi dirigida por seu presidente, Arnaldo Jordy (PPS/PA), pela relatora Flávia Morais (PDT/GO) e por Severino Ninho (PSB/PE). No período da manhã a CPI abordou o caso referente à denúncia de que crianças teriam sido retiradas ilegalmente de 48 famílias e encaminhadas para abrigos e famílias temporárias, na cidade de Itaquaquecetuba. No período da tarde, a CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil fez oitiva de dois outros casos. Conhecida como Rana Maiorana, Geovane Monteiro Cardoso está presa, acusada de ser chefe de uma rede de tráfico, que traria pessoas das regiões norte e nordeste do Brasil, para trabalhar como prostitutas. Respondendo às perguntas dos deputados da CPI, Rana disse que sofreu atentado a tiros por não concordar em pagar "pedágio" para intermediários. Lourisvaldo Pereira de Jesus foi preso por 32 dias em março de 2013 acusado de explorar mulheres oriundas do Maranhão em sua boate Bella"s Night Club, localizada no bairro de São Miguel Paulista, na zona leste da capital. À CPI, ele afirmou que mantinha um comércio de bebidas, um bar, e que as mulheres, todas maiores de idade, que o frequentavam ajudavam a vendê-las aos clientes. Seu bar mantinha nos fundos quartos que eram alugados às garotas mediante uma "taxa de manutenção", que seria de R$ 40 por "programa". Lourisvaldo disse que a denúncia que o levou à prisão foi feita por intriga de uma das moças que trabalhava em seu bar, disse ainda que não considerava estar agindo de forma ilegal e que atualmente trabalha com revenda de carros.

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